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Resumo
Autores de diferentes matizes teóricos, que convergem para uma compreensão “pós-
moderna” da sociedade de classes contemporânea, preconizam que vivemos no suposto
“pós-capitalismo”. Como consequência deste processo, viveríamos uma obsolescência
do materialismo histórico, tida apenas como uma “metanarrativa” incapaz de explicar a
realidade da “nova economia” que deveria conter a centralidade da análise sobre a
esfera da circulação. Mas, principalmente, a teoria do valor-trabalho em Marx (1983)
teria perdido o sentido e, portanto, também o conceito de mais-valia como central nas
relações sociais de produção. No presente artigo, pretendemos mostrar os efeitos da
reestruturação produtiva sobre o design e seu campo teórico, que tem assumido as
ideologias “pós-industrialistas” voltadas para a subjetividade dos “consumidores”, para
o design de experiência. A produção material, num momento em que a discussão teórica
do design incorpora o uso do léxico gestorial, teria sido substituída pela produção da
imagem corporativa: o branding.
Palavras-chave
1
Pesquisa de Iniciação Científica desenvolvida no Programa de Educação Tutorial - PET Design, no Instituto Federal
de Santa Catarina, teve como projeto “guarda-chuva” a Tese de Doutorado em Sociologia, pela Unicamp, Projeto e
Revolução: do fetichismo à gestão, uma crítica à teoria do design, recém-publicada (MATIAS, 2014).
2
Doutor em Sociologia, UNICAMP (2014), Mestre em Sociologia Política, UFSC (2007), Bacharel em Design
Industrial, UDESC (2004). Prof. do CST Design de Produto e Tutor do Grupo PET Design IFSC. Email:
iraldom@gmail.com.
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Graduando em Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto, IFSC e ex-Bolsista de Iniciação Científica do
Grupo PET Design IFSC. Email: danilo.sakamotosoares@gmail.com.
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Introdução
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A problemática acerca do chamado “imaterial” é complexa e extensa, não sendo comportada por este artigo. O
mapeamento teórico do debate, bem como sua influência sobre o campo do design foi desenvolvido em Matias
(2014).
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Para uma maior compreensão do conceito de fetichismo da mercadoria, ver Marx (1983).
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Ao diferenciar burgueses e gestores, Bernardo (2009, p. 269) ainda afirma que estas classes distinguem-se: “a) pelas
funções que desempenham no modo de produção e, por conseguinte; b) pelas superestruturas jurídicas e ideológicas
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que lhes correspondem; c) pelas suas diferentes origens históricas; d) pelos seus diferentes desenvolvimentos
históricos”.
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O design completo deve incorporar o que eles [os clientes] vêem, interagir e
entrar em contato com eles - todas as coisas que eles experimentam sobre
sua empresa e usam para formar opiniões e desenvolver o desejo pelos seus
produtos. Não devemos permitir que esses pontos de referência apenas
aconteçam. Eles devem ser projetados e coordenados de maneira a levá-lo
aonde você quer chegar com seus consumidores - onde você é importante
para eles. (E acredite, você quer ser importante.).
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Considerações Finais
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REFERÊNCIAS
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corporativa. Porto Alegre: Bookman, 2011.
NEUMEIER, M. The brand gap = o abismo da marca: como construir a ponte entre a
estratégia e o design. Porto Alegre: Bookman, 2008.
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