Franz Hartmann - Secret Symbols of The Rosicrucians

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COSMOLOGIA
OU
Ciência universal.
Cabala. Alquimia.
CONTENDO
OS MISTÉRIOS DA
UNIVERSO,
A RESPEITO DE
DEUS
HOMEM NATUREZA,
Macrocosmo e Microcosmo
ETERNIDADE e TEMPO
EXPLICADO DE ACORDO COM
A RELIGIÃO DE CRISTO
,
POR MEIO DE
OS SÍMBOLOS SECRETOS
DO
ROSACRUZES
DOS SÉCULOS XVI E XVII.
COPIADO E TRADUZIDO DE UM ANTIGO MANUSCRITO ALEMÃO E FORNECIDO

COM UM DICIONÁRIO DE TERMOS OCULTOS
POR
FRANZ HARTMANN, MD
óóóóóóóóó
BOSTON
EDITORA DE OCULTO
RUA TREMONT 130
1888
A maior parte deste livro é uma tradução de uma obra alemã publicada em Altona em duas partes em 1785 e
1788 (Die Lehren der Rosenkreuzer e Geheime Figuren der Rosenkreuzer).
As 25 placas de figuras simbólicas com o texto que as acompanha são retiradas disso, assim como os textos
alquímicos que compõem a primeira metade da Parte II (eles foram um pouco reorganizados a partir da edição
original). A introdução e o “Vocabulário de Termos Ocultos” são de Hartmann, assim como as anotações dos
textos alquímicos e alegóricos.
Peças de texto OCRed e revisadas por Frater TS a partir de digitalizações de fotocópias da edição de 1888.
Revisão adicional pode ser necessária.
Por um erro editorial, uma seção do 'Glossário' (de uma nota para 'Macrocosmo e Microcosmo' até 'Materia
Prima') foi colocada fora de seqüência na edição impressa; isso foi corrigido.
Os textos alquímicos e alegóricos na Parte II foram traduzidos por Hartmann, e um pouco reorganizados e
hackeados, do Aureum Seculum Redivivum (Idade de Ouro Restaurada) e Tractatus Aureus (Golden Tractate),
dois tratados alquímicos alemães do início do século XVII , que antes de sua aparição no Geheime Figuren havia
sido traduzido para o latim e publicado no Hermetic Museum Restored and Amlarged.
As notas de rodapé de Hartmann podem ter a intenção de enganar e provavelmente podem ser ignoradas com
segurança.
Uma tradução inglesa mais completa do Geheime Figuren foi publicada em algum ponto da primeira metade do
século XX pela sociedade "rosacruz" americana AMORC e teve várias reimpressões; inclui 11 placas de figuras
simbólicas e dois pequenos escritos alquímicos omitidos na presente edição.
Este trabalho é de domínio público.
O presente e-texto consiste apenas em excertos.

Release 0.3 – 19.02.2004
Composto por: páginas de rosto, ensaio introdutório, glossário, seção introdutória da Parte II, “Parábola”
e “Alegoria”.
Atualmente omitido: todas as placas.
Imprensa do Celepha
Ulthar - Sarkomand - Inquanok ñ Leeds
PARTE I.
AUREUM SECULUM REIVIVUM

ou
A antiga idade de ouro,

que desapareceu da Terra, mas reaparecerá;
cujo germe está começando a brotar, e dará flores e frutos,
por
HENCRICUS MADATHANUS THEOSOPHUS,
Medicus & tandem, Dei gratia, aureÊ crucis frater.
Traduzido do alemão.
“Se houver alguém entre vós que é deficiente em sabedoria, que ore ao espírito da
verdade, que vem aos simples, mas não se intromete em ninguém,
e ele certamente a obterá.” —Jacob . Epist. 5.
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AUTOR DO SÍMBOLO :
Centrum Mundi: Granum Fundi.

OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.
óóó><><óóó
INTRODUÇÃO
(PELO TRADUTOR ).
A POUCOS séculos atrás, o nome “Rosacruz” produziu um grande rebuliço no mundo. De repente e
misteriosamente apareceu no horizonte mental, e misteriosamente desapareceu novamente. Dizia-se que os
Rosacruzes eram uma sociedade secreta de homens que possuíam poderes sobre-humanos, se não sobrenaturais;
dizia-se que eles eram capazes de profetizar eventos futuros, penetrar nos mistérios mais profundos da natureza,
transformar Ferro, Cobre, Chumbo ou Mercúrio em Ouro, preparar um Elixir da Vida ou Panacéia Universal, pelo uso
do qual eles poderiam preservar sua juventude e masculinidade; além disso, acreditava-se que eles podiam comandar
os Espíritos Elementais da Natureza e conheciam o segredo da Pedra Filosofal, uma substância que tornava aquele
que a possuía todo-poderoso, imortal; e supremamente sábio.
Muitos fatos históricos parecem confirmar a veracidade de tais afirmações, e certos documentos legais ainda
existentes provam que o ouro em certas ocasiões foi de fato produzido por meios artificiais, mas os Rosacruzes
sempre insistiram que esta arte era apenas uma das mais insignificativas. nada de sua ciência divina, e que eles
possuíam segredos muito mais importantes. Algumas dessas pessoas que se acredita serem Rosacruzes podiam
curar os enfermos com o mero toque de suas mãos, ou por meio de alguns remédios maravilhosos, e realizavam os
mesmos feitos extraordinários que se igualavam aos registrados na Bíblia cristã e em outros livros sagrados e
histórias das religiões antigas. Acreditava-se que alguns atingiram uma idade de várias centenas de anos; acredita-
se que alguns ainda estejam vivendo nesta terra. Os próprios Rosacruzes não contradiziam tais histórias; pelo
contrário, eles afirmaram que havia muitas leis ocultas e poderes misteriosos; da qual a humanidade em geral sabia
muito pouco naqueles tempos, e que por muitos séculos permaneceria desconhecida da “ciência”; porque toda ciência
se baseia na observação de fatos, e os fatos devem ser percebidos antes de serem observados; mas os poderes
espirituais de percepção ainda não são suficientes entre a humanidade como um todo para capacitá-los a perceber
as coisas espirituais. Eles dizem que se nossos poderes espirituais de percepção estivessem totalmente desenvolvidos,
veríamos este universo povoado por outros seres além de nós, e de cuja existência nada sabemos no momento. Eles
dizem que deveríamos então ver este universo cheio de coisas da vida, cuja beleza e sublimidade superam a mais
exaltada imaginação do homem, e deveríamos aprender mistérios em comparação com os quais a arte de fazer ouro
afunda na insignificância e se torna comparativamente sem valor.
Eles falam dos habitantes dos quatro reinos da natureza, das Ninfas, Ondinas. Gnomos, Silfos.
Salamandras e Fadas, como se fossem pessoas com quem estivessem mais intimamente familiarizados, e como se
não pertencessem ao reino da fábula, mas fossem seres vivos de uma organização etérea. sutil demais para ser
percebido por nossos sentidos materiais grosseiros; mas vivo, consciente e conhecedor, pronto para servir e instruir
o homem e ser instruído por ele. Eles falam de Espíritos Planetários que antes eram homens. mas que agora estão
tão acima dos seres humanos quanto estes estão acima dos animais, e afirmam seriamente que se os homens
conhecessem os poderes divinos, que estão adormecidos em sua constituição, e prestassem atenção ao seu
desenvolvimento, em vez de desperdiçar toda a sua vida e energias nos assuntos comparativamente insignificantes
e triviais de sua curta e transitória existência externa nesta terra. eles podem, com o tempo, tornar-se como aqueles
espíritos ou deuses planetários.
Não estamos em posição de demonstrar até que ponto tais afirmações foram feitas por rosacruzes antigos e
modernos. são verdadeiros, ou se esses relatos foram exagerados ou mal compreendidos, nem esperaríamos que
acreditassem se apresentássemos nosso testemunho para fortalecer uma doutrina rejeitada pelas autoridades
científicas modernas que nunca viram nada além do que pode ser visto por meio de os sentidos externos.
Não queremos disputar com aqueles que são incapazes de ver no homem mais do que um animal intelectual,
2 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.
que são extremamente céticos em relação à existência de um mundo invisível dentro do visível, mas que são vaidosos
e crédulos o suficiente para acreditar que nada pode existir de cuja existência eles nada saibam; e que se alguma
coisa espiritual ou divina existisse, apesar de suas afirmações em contrário, eles teriam descoberto isso há muito
tempo. Não temos nenhum desejo de discutir com os eruditos sobre tais assuntos: porque a existência do Invisível
não pode ser provada enquanto for invisível para eles, e mesmo a existência do visível permanece uma mera questão
de opinião e especulação para aqueles que são cegos.
O que uma ciência puramente material pode saber sobre o Espírito ou sobre Deus? o que pode uma ciência que
lida apenas com os detalhes dos fenômenos externos da vida saber sobre os princípios fundamentais invisíveis que
são as causas externas das manifestações universais da vida?
Havia verdadeiros e falsos “rosacruzes” durante a Idade Média, como há verdadeiros e meramente nominais
“cristãos” hoje. Os pseudo-rosacruzes eram muito numerosos; os verdadeiros raramente eram encontrados.
Algumas pessoas que se acreditava serem Rosacruzes foram presas em masmorras e torturadas, com o objetivo de
extrair deles seus segredos; mas nada foi ganho por tais perseguições, porque as coisas divinas não podem ser
reveladas àquele que não tem a capacidade de compreender tais revelações. Ninguém pode ser ensinado a empregar
poderes espirituais que não possua, e ninguém possui poderes espirituais a menos que ele próprio se torne espiritual.
Ninguém pode ser ensinado a ser um bom artista ou músico, a menos que possua um talento natural para o exercício
de tais artes; ninguém pode ser ensinado a exercer as funções espirituais, a menos que possua os órgãos necessários
para isso. Podemos também tentar instruir um animal sobre como usar a fala humana, assim como tentar ensinar
uma pessoa não espiritual a exercer poderes espirituais e se tornar um alquimista.
Tais tentativas sempre terminariam em fracasso; porque as leis da natureza são imutáveis e nenhum ser pode entrar
em um estado mais elevado do que aquele ao qual sua natureza está adaptada. A intelectualidade não é idêntica à
espiritualidade. mas apenas um produto da atividade espiritual em seu estágio incipiente; somente, quando o homem
superou sua animalidade, sua organização pode se tornar um instrumento adequado para o exercício dos poderes
divinos e um templo adequado para a habitação de Deus.
Embora os antigos Rosacruzes fossem homens visíveis, habitando corpos mortais e visíveis, não obstante, eles
eram seres altamente desenvolvidos espiritualmente, nos quais os poderes ocultos, adormecidos na constituição de
todos os homens, haviam se desenvolvido a tal ponto que podiam controlar a ação. do princípio universal da Vida, e
obter poder sobre certas forças secretas da natureza; e eles foram, portanto, capazes de realizar ações que devem
necessariamente parecer incríveis ou milagrosas para aqueles que não possuem tais poderes. Essa ignorância das
forças secretas da natureza é. a causa pela qual todas as pesquisas científicas e históricas modernas sobre a
verdadeira natureza dos Rosacruzes falharam; e seu caráter e história não são compreendidos apenas porque o
verdadeiro caráter e natureza daquele ser que chamamos de Homem não são compreendidos, nem sua história
completa é conhecida.
O que e quem eram os Rosacruzes? A pergunta é respondida pelo eco: O que e quem é o Homem? Enquanto
não soubermos nada do homem, exceto sua anatomia e fisiologia externa, não podemos esperar ser capazes de
julgar sobre as fontes de suas funções emocionais e intelectuais, muito menos sobre os atributos divinos que o
verdadeiro homem interior – o espírito regenerado – possui. Se quisermos saber alguma coisa sobre o homem interior
divino, a consciência de nossa própria divindade deve primeiro tornar-se viva dentro de nós e devemos alcançar o
autoconhecimento; pois o homem não pode realmente conhecer nada, exceto o que existe dentro de si mesmo - todo
o outro aprendizado é meramente especulação, adivinhação, desmentido e opinião.
Um pouco de reflexão provará a veracidade desta afirmação: Se olharmos para qualquer objeto externo, digamos,
por exemplo, uma árvore, não percebemos nada dele exceto a imagem que seu reflexo cria em nossa mente,
conseqüentemente dentro de nós mesmos. Como, então, poderíamos saber algo sobre uma coisa que não existe em
nossa própria mente, mas na mente de outra pessoa? É verdade que outra pessoa pode nos dar uma descrição que
nos permitirá formar uma imagem em nossa mente semelhante, até certo ponto, à imagem na mente do outro; mas
tal imagem é nosso próprio produto; isso é. meramente nossa própria criação que criamos com a ajuda de outro e,
portanto, não conhecemos nada além daquilo que nós mesmos criamos. Além disso, se, podemos ver, sentir, cheirar.
ouvir. ou provar uma coisa, nós sabemos. por tudo isso, nada sobre isso; tudo o que conhecemos são as sensações
que ela produz em nosso organismo. ami se nossa organização fosse diferente, as sensações recebidas seriam
diferentes. Portanto, não sabemos nada sobre a coisa em si, mas apenas nossas relações com ela. Como, então,
poderíamos saber algo sobre uma coisa com a qual não temos nenhuma relação, ou em uma relação da qual não
temos consciência? Esta é uma velha doutrina filosófica, que é aceita teoricamente por nossos cientistas e filósofos,
mas que eles estão continuamente desconsiderando na vida prática, porque ainda não despertaram totalmente para
a compreensão de sua verdade.
INTRODUÇÃO. 3
O que sabemos sobre as coisas externas é, portanto, apenas a relação que mantemos com sua aparência externa, ao passo
que dos poderes invisíveis, que são as causas de tais aparências externas, não sabemos absolutamente nada; porque eles não
produzem impressões em nossas mentes e, portanto, são inexistentes dentro de nós mesmos. É verdade que podemos empregar
nossos poderes intelectuais falíveis e tirar deduções lógicas em relação ao desconhecido, raciocinando com base naquilo que
imaginamos saber: mas isso não é conhecimento verdadeiro; é meramente especulação, teoria e opinião. Tais teorias e opiniões
podem ser verdadeiras ou falsas; eles podem ser bons o suficiente até que novas descobertas sejam feitas, que os derrubem. e
sobre o qual novas teorias são construídas, para serem derrubadas no tempo novamente por outros. Este não é o tipo de
conhecimento sobre o qual se baseia a ciência espiritual. O conhecimento real é o resultado de uma percepção direta e compreensão
da verdade, somente quando a verdade existe dentro de nós podemos conhecê-la; e podemos conhecê-lo apenas pelo conhecimento
de si mesmo.
As únicas coisas que a ciência moderna realmente conhece é a natureza externa das coisas como elas aparecem; mas há
certos poderes latentes na constituição do homem que, se forem desenvolvidos, acionam uma escala superior de sentidos internos
em atividade, o que pode capacitá-lo a receber impressões espirituais e ouvir, ver, sentir, saborear e cheirar. coisas que ultrapassam
em muito os poderes de percepção dos sentidos externos e, como os últimos podem ser educados pelo uso, da mesma forma os
primeiros podem se tornar mais aguçados e receptivos pela prática.
Todos os homens possuem este poder de percepção interior, até certo ponto; aquele que negasse esse fato negaria sua
própria razão; pois “Razão” é a percepção espiritual ou intuitiva de uma verdade; é o “senso comum” cujas decisões frequentemente
contradizem a lógica do intelecto calculista. Este poder de intuição, ou, como nós o definiríamos, o sentimento de uma verdade,
está, na maioria dos homens, apenas em um estado rudimentar, uma coisa incerta, uma sensação facilmente anulada pelo intelecto
especulativo; mas naquele cujo espírito despertou para a consciência de sua existência divina, sua luz se torna mais brilhante e sua
voz se torna mais forte, e chama à vida os sentidos internos pelos quais o homem pode ver e perceber os seres e coisas existentes
no reino do Alma do Universo e as causas internas de todos os fenômenos externos, e contemple as belezas de uma existência
espiritual com a qual a ciência material nem mesmo ousa começar a sonhar.
Quem pode imaginar ou descrever as glórias e belezas do Invisível? Vivendo em um mundo de formas de matéria grosseira,
nada sabemos sobre as formas etéreas da Vida que habitam a imensidão do espaço; tendemos a imaginar que sabemos tudo o
que existe, mas nossa reflexão nos diz que o reino infinito do Desconhecido é tão maior do que o reino daquilo que é conhecido
quanto o oceano é maior do que um seixo deitado em sua costa. A natureza é um grande todo vivo, e o poder espiritual agindo
dentro dela é onipotente e eterno. Aquele que deseja conhecer a Natureza Universal e o Espírito Eterno deve elevar-se acima das
considerações pessoais e temporais e olhar para a natureza do ponto de vista do Eterno e Infinito. Ele deve, por assim dizer, sair da
concha de sua consciência pessoal limitada e circunscrita e subir ao topo da montanha, de onde poderá desfrutar de uma visão da
vasta extensão do Todo. Aquele que vive na periferia vê apenas uma parte do Todo; somente a partir do centro do círculo podemos
observar as ações da luz em todas as suas direções, à medida que os feixes irradiam do centro. Portanto, os Rosacruzes dizem
que aquele que conhece o Uno conhece Tudo, enquanto aquele que acredita conhecer muitas coisas conhece apenas as ilusões
da sombra produzidas pela luz do Uno.
O pequeno não pode abranger o grande, o finito não pode conceber o infinito; se os homens desejam conhecer o que é
imensamente superior a seus eus pessoais, eles devem sair desses eus e pelo poder do Amor abraçar o infinito Todo.
Quantos que anseiam por conhecimento oculto estão dispostos a renunciar a esse eu pessoal, que lhes é tão querido, e em
torno de cuja existência estão centradas todas as suas esperanças, cuidados e afeições? Quantos desses. que desejam ser
instruídos na ciência oculta estão dispostos a aceitar e realizar praticamente a verdade das primeiras doutrinas do Ocultismo; ou
seja, que o Espírito Universal é Um. e que nele e por seu poder vivemos e existimos, e que devemos amar a Sabedoria acima de
tudo, e toda a humanidade, sim, todos os seres vivos, como se fossem parte de nós mesmos? Não são verdades semelhantes
proclamadas todos os dias de todos os púlpitos em países cristãos e pagãos, e são compreendidas, realizadas e praticamente
seguidas pelos ouvintes ou pelos próprios pregadores? Ou são meras palavras, impressas na memória, ouvidas pelo ouvido, mas
nem vindo do coração nem penetrando nele? Na verdade, se essas verdades fossem realizadas e praticadas, a Idade de Ouro logo
aparecer novamente na terra, e devemos encontrar anjos e santos, Adeptos e Rosacruzes a cada passo.
Esta renúncia ao próprio amado eu pessoal, com todos os seus desejos, teorias e especulações intelectuais, é
a grande pedra de tropeço no caminho dos que buscam a verdade, bloqueando o caminho para a entrada da luz no
limiar da alma. . É “a pedra que os construtores rejeitaram e que se tornou a pedra angular”. Todo aquele que cair
sobre esta pedra será despedaçado, mas aquele sobre quem ela cair será esmagado.” É a única condição inevitável
e necessária para aqueles que desejam obter a vida eterna; pois como eles poderiam participar da consciência do
Espírito Universal enquanto se apegassem à consciência de serem meramente uma personalidade muito limitada?
Sobre o reconhecimento desta verdade são baseadas todas as doutrinas fundamentais das religiões do mundo;
é a rocha (Petra) sobre a qual a igreja espiritual universal da humanidade é construída; é alegoricamente
representado no Bhagavatâ-Gita pela batalha que Arjuna trava com seus próprios Egos pessoais, para capacitá-lo
a unir-se a Krishna; é representada pela cruz cristã adornada com a figura de um moribundo; pois não é o princípio
de Cristo que morre na cruz, mas o eu semi-animal que deve sofrer e morrer para que o homem real possa ascender
a uma ressurreição gloriosa e unir-se à luz do Logos, o Cristo . . Não é a morte física que é representada nesta
bela alegoria, mas a morte mística, a morte dos desejos pessoais, reivindicações pessoais e considerações
pessoais. A morte física é um assunto de pouca importância, no que diz respeito ao espírito do homem: é apenas
um dos muitos incidentes semelhantes que o homem deve experimentar durante sua carreira eterna; e o homem
físico morre, nasce e morre de novo muitas vezes antes de atingir aquele estado em que não precisa mais nascer e
morrer. A morte mística refere-se à cessação da existência do homem como um ser separado e isolado e sua
elevação a um estado superior, preparatório para sua entrada no Nirvana.
Para compreender esta sublime idéia, será necessário, antes de tudo, formar uma concepção correta da
verdadeira natureza do Homem. É reconhecido por todos, exceto pelos observadores mais superficiais, que a forma
externa do homem, cuja anatomia conhecemos, não é o pensamento real e o sentimento interior do homem, mas
meramente uma expressão externa deste último. O que mais esse homem interior pode ser senão um poder
invisível, ativo dentro da forma física? Este poder interno, chamado Espírito do Homem, estabeleceu um centro de
vida no coração e a. centro do pensamento no cérebro; envia o sangue do coração a todas as partes do organismo
físico, e a luz que emana do cérebro se irradia pelos nervos e comunica os pensamentos aos mais distantes órgãos
dos sentidos. Inconscientemente, mas efetivamente, a alma atua na oficina chamada ser humano, guiando os
processos da vida e construindo uma forma na qual o caráter do espírito se expressa em cada parte da forma
externa.
O homem leva três tipos diferentes de existência. Dois desses estados são conhecidos por todos; o terceiro é
conhecido apenas por aqueles que possuem o poder da percepção espiritual, e para todos os outros é meramente
uma questão de especulação. O primeiro estado em que o homem existe como ser humano pessoal é como uma
criança no ventre de sua mãe. Lá ele leva uma existência quase meramente negativa, nada sabendo sobre a
existência do mundo exterior, com seus habitantes, sua vida, luz e som. Sepultado no ventre de sua mãe, ele não
tem mais nada a fazer senão crescer. Mesmo que fosse capaz de pensar e raciocinar, um estado de existência fora
desse útero seria incompreensível para ele, porque está além de sua experiência; e podemos facilmente imaginar
um corpo de cientistas no estado fútaI realizando uma reunião e, tirando deduções lógicas do que sabem, provando
cientificamente e satisfatoriamente uns aos outros que qualquer outra existência que não seja dentro do útero é
uma impossibilidade científica, e uma acreditar nisso é uma ilusão deplorável. Por fim, porém, chega o grande
momento; apesar de todo raciocínio científico aquela criança nasce, e entra em um. novo e, a princípio,
incompreensível. existência. Agora está rodeado de luz e som, que começam a atrair sua atenção. Coisas que em
seu estado anterior eram de suprema importância para seu bem-estar - como a placenta, o líquido amnii, o cordão
umbilical etc. - agora não têm importância alguma e se tornaram totalmente inúteis. O novo homem começa a
crescer; ele vê outros seres além de si mesmo. que, como ele, parecem ter vida própria; ele se sente corporalmente
separado de outras formas; ele sente desejos corporais, prazeres e dores, que não são compartilhados por outros;
e assim a ilusão do eu é criada, e esse eu parece ser de suprema importância para ele. Todos os pensamentos,
desejos e aspirações do homem estão agora centrados em torno desse eu pessoal. Ele estuda como pode aumentar
seus prazeres e confortos, como pode evitar que sofra e prolongar sua existência. Aquilo que diz respeito a si
mesmo lhe parece ser a única coisa
INTRODUÇÃO. 5
indispensável; aquilo que diz respeito aos outros, como uma questão de consideração secundária, porque ele sente,
conhece e desfruta apenas da existência de si mesmo.
Muitos seres humanos morrem antes de ver a luz do mundo terrestre, ou logo depois de nascerem; muitos seres
humanos morrem antes de terem superado a ilusão do ego e despertado para um estado superior de existência:
relativamente poucos nascem na luz da vida eterna no espírito, pelo processo de regeneração espiritual. Este estado
espiritual é tão superior à existência terrestre do homem quanto esta ao seu estado fútal; e ainda é desconhecido para a
ciência e incompreensível para o raciocinador superficial. Não podemos saber o que é enquanto não o experimentarmos;
mas podemos, mesmo por raciocínio lógico, nos convencer de que tal a. existe estado..
Se estudarmos os processos pelos quais a existência das coisas externas é trazida à nossa consciência interior,
compreenderemos facilmente que a mente do homem não é uma coisa encerrada nos estreitos limites do homem físico;
mas enquanto a consciência do homem está centrada em sua organização, a substância da mente deve necessariamente
alcançar tanto quanto os pensamentos do homem podem alcançar. A ciência oculta ensina que o poder espiritual que
constitui o homem real e cujo centro de atividade está no coração do homem, de onde se irradia para todas as partes de
seu organismo, é um princípio universal que preenche, envolve e penetra todas as coisas. Da mesma forma, a influência
dos raios do sol físico se manifesta em toda parte, penetrando nas sementes e germes das plantas e desenvolvendo
suas formas de acordo com seus caracteres individuais. O sol, sem deixar seu lugar no céu, age por influência dele.
poder dentro das formas das coisas terrestres, fazendo com que uma árvore crescesse de um núcleo no qual nenhuma
árvore poderia estar contida. Da mesma forma, o poder eterno universal do Sol espiritual do Universo entra no coração
do homem e pode desenvolver um ser imortal.
Um raio de luz espiritual entra no coração e estimula os elementos superiores da alma à atividade e à vida. Ele
estabelece, por assim dizer, um centro de polaridade na alma, fazendo com que o germe espiritual se expanda e viva
uma vida mais elevada do que aquela da qual o homem físico tem consciência; respirar um éter espiritual, muito sutil
para sustentar a vida da alma animal, e obter um conhecimento de verdades espirituais, superando em muito a
concepção dos mortais. Os poderes do sol terrestre entram no coração de uma árvore e causam o crescimento de galhos
e galhos, o desenvolvimento de flores e frutos; eles vivem até no odor invisível que emana das árvores, e que talvez seja
percebido antes mesmo de nos aproximarmos delas. Os poderes do sol celestial da graça entram no coração do homem
e causam o desenvolvimento de uma alma cuja atividade se estende muito além dos limites do corpo físico.
A vida, sendo uma função do Espírito eterno, causa o desenvolvimento do corpo e da alma. Ele permite que o
organismo físico assuma uma forma semelhante à de seus pais e adaptada às condições em que está destinado a viver;
mas quando a forma física atinge seu pleno desenvolvimento, a atividade espiritual não cessa. O corpo físico do homem
pode ter atingido seu ápice de crescimento e sua força pode começar a declinar, e ainda assim o homem pode crescer
mais forte no amor e mais forte no conhecimento, e adquirir mais sabedoria mesmo durante a velhice. Além disso, parece
que o desenvolvimento das faculdades espirituais superiores é facilitado quando as energias animais começam a
declinar; porque o poder que em um estado anterior de crescimento foi usado para promover o desenvolvimento do
corpo pode então ser empregado para o desenvolvimento da alma. Tudo isso serve para provar que o corpo visível do
homem não é o homem real, mas que este é um poder invisível, que pode crescer mesmo durante a vida terrestre em
um ser de grande magnitude, enquanto apenas o núcleo - o corpo físico - é visível para as percepções sensoriais
imperfeitas. de mortais.
Este, Ligbt, sendo a Vida e a Verdade brilhando nos corações dos homens, é o Cristo, ou Redentor da humanidade.
É universal e. não há outro redentor; é conhecido pelos sábios de todas as nações, embora nem todos o chamem pelo
mesmo nome; existiu no início da criação e existirá no fim; é a carne e o sangue, a substância e o poder do homem
espiritual interior, em seu mais alto aspecto divino.
Pelo que sabemos, o homem interior vive em sua casa - chamada corpo físico - apenas durante o tempo em que
este último está em estado de vigília e consciente de seu ambiente externo. Quando a forma externa está adormecida, o
homem interior pode estar totalmente desperto e viver em um estado mais elevado, muito mais. adequado à sua natureza
e dignidade; mas quando o homem físico desperta novamente, pode não se lembrar de nada sobre as experiências do
eu espiritual, porque o último é muito superior ao primeiro e tem uma memória própria. Essas afirmações não são mera
questão de especulação, mas conhecidas por todos os que investigaram a natureza dual do homem; e, além disso,
existem certas condições sob as quais o
o homem invisível pode manifestar seus poderes e nos contar suas experiências durante o sono da forma visível; e
tais condições são encontradas em casos de transe, sonambulismo e êxtase.
A ciência universal ensina que o eu espiritual e invisível do homem é um ser muito superior ao eu visível e
pessoal do homem, e que o primeiro não penetra totalmente no último, mas pode ser considerado como seu espírito
guardião, cobrindo-o com suas asas. Este eu espiritual viveu antes do nascimento do corpo físico e continuará a
viver quando este último for novamente dissolvido nos elementos; pode ter ofuscado muitas outras personalidades
antes de dar luz e vida à sua atual expressão externa; pode ter habitado muitas casas de carne e osso, e tirado de
cada uma suas joias mais preciosas para se ornamentar.
Tal, de fato, é a antiga doutrina da reencarnação. É ensinado pelas religiões antigas e era conhecido pelos
Roskrucians da Idade Média. Ensina que somente o eu superior do homem é imortal, e que aquele que deseja
entrar na Vida eterna deve se esforçar para crescer fora de seu eu animal inferior e tornar-se capaz de unir sua
alma com seu próprio Ego espiritual, ou “Cristo”. Aquele que conseguir fazer isso durante sua vida terrestre pode
agora mesmo compartilhar a vida superior e os atributos dessa existência superior, na qual ele pode alternadamente
se tornar um com a fonte suprema de todo Bem, da qual seu espírito emanou no início dos tempos. .
Os ensinamentos cristãos, assim como os livros brâmanes, cuja origem remonta a tempos pré-históricos,
contam todos a mesma história em várias formas alegóricas. Todos eles dizem que o homem original, um ser
espiritual puro, emanou no início da substância eterna de Parabrahm. Este Adão celestial era o Cristo ou a Palavra,
existindo com Deus e sendo o próprio Deus desde toda a eternidade. “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos
homens.” Este Homem espiritual era uma expressão da Vontade e do Pensamento de Deus e, portanto, não podia
ter outro pensamento e nenhuma outra vontade senão aquela de sua fonte eterna. Ele era bissexual; isto é, nele
existiam os elementos masculino e feminino em um estado de harmonia antes de se tornarem, em conseqüência de
sua diferenciação em formas materiais, até certo ponto separados um do outro. Gradualmente, esse Homem divino
foi tentado pelas ilusões de seus sentidos, que se tornaram mais enganosas à medida que sua organização se
tornou mais material. Ele começou a pensar e a querer de uma maneira que se desviava da vontade e imaginação
de Deus; ele “comeu da árvore do conhecimento” – tornou-se material e mergulhou na matéria. O poder espiritual
original, constituindo o Homem aborígine, diferenciou-se em homens e mulheres terrestres, encarnados em formas
materiais, sujeitos aos sofrimentos causados pelas influências dos elementos e expostos às vicissitudes da vida
terrestre; e agora é o objetivo supremo da existência do homem nesta terra, vivendo de acordo com a lei universal,
sujeitar e purificar os elementos animais existentes em sua constituição, assumir seu antigo estado espiritual de
pureza e trazer seus pensamentos e ações em perfeita harmonia com a vontade e imaginação de Deus, para se
reunir com a luz do Logos.
Esta verdade fundamental forma as leis de toda verdadeira religião, e todos os principais sistemas religiosos
neste globo são fundados nesta unificação final com Deus. Os sábios de todas as épocas sabem do nascimento de
Cristo, não de um homem chamado “Cristo”, mas do divino Salvador, que. pode nascer em cada coração humano.
O Cristo é o “Filho de Deus”, um raio de Luz do eterno sol espiritual do universo, brilhando nos corações dos homens
e crescendo no meio dos elementos semimateriais da organização do homem. A natureza produz o Cristo. Ela é
uma mãe eterna, pois todas as formas evoluíram da Natureza e todas retornam novamente ao seu ventre. No
entanto, ela é uma virgem sempre imaculada; pois ela não tem conexão com nenhum Deus externo; a força frutífera
do “Espírito Santo” vive e age em seu próprio centro.
Essas verdades são tão antigas quanto o mundo e eram conhecidas milhares de anos antes do advento do
cristianismo moderno. Freqüentemente, eles foram impressos na humanidade por grandes reformadores e sábios,
e foram novamente esquecidos pelo homem. Diz-se que em certos períodos, quando a humanidade como um todo
começa a esquecer as velhas verdades, quando as religiões se materializam por um esquecimento do significado
secreto de seus símbolos e por uma crença cega em formas externas, assumindo a ascendência sobre o verdadeiro
poder espiritual da Fé, um novo Avatar, ou “Cristo”, aparece nesta terra para refrescar a memória dos homens e
ensinar novamente as velhas verdades por sua palavra e por seu exemplo. Pelo que sabemos, Jesus de Nazaré
pode ter sido tal reformador, penetrado pela luz do Logos. Se os relatos dados sobre ele forem verdadeiros, ele era
um homem cheio do espírito divino de Cristo e, portanto, um Cristo em pessoa, como qualquer outro homem pode
ser, se conseguir entrar na luz do Cristo. Ele era um homem penetrado pelo poder divino, um homem em cuja alma
a Divindade tomava forma e, portanto, ele era um deus; e "da mesma forma, qualquer outro homem em quem o
mesmo poder cresce em uma forma pode ser um deus como Cristo.
INTRODUÇÃO. 7
A dualidade do homem em seu aspecto material e espiritual é universalmente reconhecida; é uma verdade que se impõe
continuamente à atenção de todo aquele que é capaz de pensar. A última união. dos elementos divinos existentes na
organização do homem, com a soma e substância dos elementos divinos existentes na natureza, é a verdade sobre a qual se
baseiam todos os ensinos religiosos razoáveis. Todos os principais sistemas religiosos levam em consideração, entretanto,
apenas as duas visões extremas da existência do homem; a saber, a existência do homem em um estado espiritual supremo,
sendo uno e idêntico a Deus, como uma gota d'água é una e idêntica ao oceano, embora mesmo nesse estado a gota, o
homem individual esteja consciente da existência no inteiro, e desfrutando de uma felicidade da qual não podemos formar
nenhuma concepção: o outro extremo é aquele da existência do homem nesta terra como um ser corpóreo material; isto é,
como um espírito, preso a um corpo material formado pela terra que impede os movimentos livres do espírito e cujas
sensações, desejos e tentações tendem continuamente a arrastar o homem real ainda mais fundo na animalidade e na
materialidade. .
Mas entre esses dois extremos existem inúmeras outras formas de existência, nas quais o homem pode levar uma vida
consciente, livre das amarras da matéria grosseira, vivendo de forma comparativamente etérea, em condições mais elevadas
e superiores àquelas a que está acostumado. durante sua vida na terra; em um mundo onde seus pensamentos assumem
para ele uma realidade objetiva, e onde ele desfruta da felicidade ou sofre o mal de acordo com a natureza das forças
espirituais que ele pôs em movimento durante sua carreira terrena. Como a vida existe em milhares de formas múltiplas nesta
terra, da mesma forma pode haver milhares de modos múltiplos de existência no estado espiritual; como o número de sóis
que aparecem no céu durante uma noite sem nuvens é tão grande que, visto do ponto de vista do Infinito, nosso pequeno
globo aparece como uma insignificante partícula de poeira no universo dos sóis e dos mundos giratórios; da mesma forma,
os estados de existência em que o homem em um estado superior pode entrar devem ser tão numerosos quanto seus estados
nesta terra, e alguns deles podem ser tão superiores à nossa existência atual que esta última pode de fato ser considerada
um exílio ou punição pelos nossos pecados; em outras palavras, como o efeito do mau Karma criado por nós mesmos durante
alguma existência anterior nesta terra. Enquanto a vida terrestre dura no máximo cem anos, nossa vida no estado espiritual
pode durar milhares de anos antes, pela lei do Karma (a lei de causa e efeito no plano moral), seremos novamente forçados
a ofuscar um ser humano recém-nascido e submeter-se a uma nova encarnação.
O homem é um ser dual em um de seus aspectos; mas em outro aspecto sua natureza é trina, enquanto visto de outros
pontos de vista ele aparece sob aspectos ainda mais variados. Em seu aspecto trino, ele aparece não apenas como uma
trindade de Espírito, Alma e Corpo, mas essa trindade existe em três planos diferentes. O plano mais elevado é o estado
divino no qual o homem vive à luz do Logos, e a luz do Logos nele. O estado mais baixo é sua existência semi-animal, na
qual ele pode estar consciente da luz meramente por sentir sua presença em momentos de profunda meditação. Entre esses
dois estados, o homem existe como um poder espiritual, mas ainda não puramente divino, levando uma vida tão superior ao
homem terrestre quanto a vida deste último é superior à de uma planta; e ainda não entraram ou atingiram o estado mais
elevado, no qual toda consciência de separação e isolamento deixa de existir, e onde o homem se torna um com Deus.
As doutrinas dos antigos filósofos herméticos, e mais recentemente as teorias apresentadas por Darwin, vão mostrar
como o princípio universal da Vida atuando dentro da Matéria primordial evolui continuamente em novas e superiores formas,
de modo que, para falar na linguagem dos Rosacruzes, em o curso de milhões de eras “uma pedra se torna uma planta, uma
planta um animal, um animal um homem e um homem um deus”.
Por toda parte, nos reinos mineral, vegetal e animal, vemos inúmeras gradações de existência, sem quaisquer linhas rígidas
de separação entre elas; ou, se tais linhas são vistas, é porque os “elos perdidos” foram perdidos. Além disso, existem seres
anfíbios igualmente adaptados para viver no ar e na água, na terra e no ar, ou na terra e na água; e o mesmo pode ser dito
sobre os Elementais, ou Espíritos da Natureza.
Assim como existem inúmeras gradações de formas visíveis, também existem inúmeras gradações de formas invisíveis;
e existem existências anfíbias no reino da Alma Universal que podem existir em dois estados diferentes, que podem aparecer
algumas vezes em formas visíveis, enquanto outras vezes são invisíveis para nós. Existem seres no Plano Astral que só são
vistos por aqueles que desenvolveram seus sentidos internos a ponto de capacitá-los a perceber tais formas; mas podem
existir certas condições que podem fazer com que tais formas etéreas se tornem mais densas e materiais, de modo a se
tornarem perceptíveis até mesmo pelos sentidos físicos do homem. A alma do homem é um ser anfíbio.
Sua forma corporal externa é visível, seu espírito é invisível aos olhos; mas a alma que conecta espírito e
corpo pode viver dentro ou fora do corpo; e embora via de regra seja invisível para nós, ainda assim sua
forma etérea pode, sob certas condições, tornar-se densa o suficiente para ser visível e até tangível para os
mortais.
Para compreender plenamente esta ideia, será necessário que nos elevemos acima das opiniões e
preconceitos que a confiança nas impressões produzidas pelas ilusões dos sentidos criou dentro da esfera
de nossa mente. Devemos ter em mente o fato de que todo o universo, com todas as suas formas, nada mais
é do que pensamento materializado e visível; isto é, imagens que existiam subjetivamente dentro da
imaginação da Grande Causa Primeira e foram lançadas na objetividade por sua própria vontade. Se nossa
organização fosse suficientemente etérea, talvez não devêssemos ter consciência da existência da matéria
grosseira; mas veríamos as almas dos homens, animais, plantas e minerais, e seríamos capazes de ver um
pensamento assim que se formasse na mente de um ser humano.
A maioria das pessoas cujas mentes não foram pervertidas pelas doutrinas insanas de uma ciência falsa
e superficial, ou pelas doutrinas supersticiosas apresentadas pelo sacerdócio moderno sob o disfarce da
religião, acredita que a condição espiritual do homem acima descrita é aquela em que eles entrarão depois
que a mão da morte dissolver os laços que prendem o espírito ao seu tabernáculo terrestre; mas a ciência
oculta prova que tal condição pode ser alcançada mesmo durante a vida terrestre. Além disso, se desejamos
continuar existindo em um estado espiritual elevado após a morte do corpo físico, devemos tentar entrar
nesse estado ainda durante nossa vida terrestre; pois a “morte” é apenas uma eliminação daquilo que se
tornou inútil: ela não pode fazer milagres, nem nos dotar de quaisquer atributos que não tenhamos
legitimamente alcançado por nossa própria evolução enquanto no estado físico.
Os verdadeiros Irmãos da Cruz Dourada e Rosa-Cruz foram homens que atingiram esse estado. Sua
existência é tão bem provada quanto qualquer outro fato na história; mas sua verdadeira natureza só pode
ser conhecida por aquele que se tornou como eles. Essas pessoas existiram em várias épocas e existem
agora; podemos ler sobre tais pessoas nos livros sagrados do Oriente, na vida dos santos cristãos e na
literatura ocultista medieval e moderna. Sendo eles próprios espirituais, esses Adeptos são capazes de ver e
conversar com outros seres espirituais, conhecendo tanto o mundo das causas invisíveis quanto o mundo dos
efeitos externos: eles são capazes de guiar e contra1 os processos da vida pelos quais a matéria é alterado
e transformado; tendo ganho a vida espiritual, eles encontraram a Panacéia Universal que cura os males
_pertencentes a um estado inferior de existência - firmando-se sobre a rocha da verdadeira Fé viva -
significando a percepção espiritual direta e o conhecimento das causas e efeitos - eles entraram na posse da
Pedra Filosofal , que os eleva acima da região da dúvida e estabelece dentro de seus próprios corações o
Cubo da Vida, a pedra angular do templo da Sabedoria.
O que impede um homem que adquiriu a consciência e o conhecimento de ser um poder espiritual,
independente de uma organização material, de deixar sua casa de carne e osso quando quiser, e nela entrar
novamente sempre que for necessário fazer isso? A consciência é a realização de um estado de existência, e
o homem não pode se tornar consciente de ser aquilo que não é; ele deve primeiro se tornar espiritual antes
de poder saber que é um ser espiritual: imaginar ser algo que não se é seria meramente uma suposição vã.
Se o homem uma vez se tornou espiritual, ele perceberá a existência de outros seres espirituais como ele, e
daqueles que são inferiores a ele. Ele será então comparável a um ser anfíbio, capaz de viver sobre a terra,
ou de mergulhar no oceano eterno do Espírito.
Tais seres ainda são homens, e não se deve supor que, mesmo em seu estado espiritual, eles não
tenham forma nem organização, ou que fossem, como um sopro de ar, sem forma e consciência.
Nenhum pensamento é possível sem uma mente organizada, nenhuma função pode ser exercida sem algum
tipo de órgão; a forma é uma expressão externa de atributos internos, e onde quer que exista um personagem,
existe uma forma na qual ele encontra sua expressão. O caráter superior dos seres espirituais encontra sua
expressão nas formas divinas e etéreas: Vontade, Imaginação e Expressão na Forma são a trindade que
constitui a base de toda a existência no universo visível e invisível.
Tais seres, enquanto em seu estado espiritual, são independentes das condições de espaço e tempo
como os concebemos; A “matéria” para eles não é impenetrável: eles podem ver o coração dos homens e ler
seus pensamentos mais íntimos; em seu estado humano, eles são como os outros homens e estão sujeitos
às condições humanas. Assim, eles levam dois tipos diferentes de existência, como homens na terra e como
anjos no céu; e quando a morte destruir seus corpos físicos, será um assunto de pouca importância para eles,
INTRODUÇÃO. 9
pois apenas destruirá aquilo de que eles não precisam, e do qual aprenderam a prescindir e a não se importar mais do que um
homem cuidaria de seu casaco de inverno quente quando chega o verão. Este estado divino pode, talvez, ser alcançado por
todos depois de incontáveis eras e no lento progresso da evolução humana; mas entrar agora requer esforços, e todos os
esforços para ser eficaz. deve ser bem direcionado e fundamentado no verdadeiro conhecimento da natureza, origem e destino
final do homem. Teoria sem prática pouco vale; mas para tornar a prática disponível, ela deve ser precedida por uma teoria
correta, a verdadeira religião, a ciência da Vida Universal.
Como podemos esperar que um homem crescido em meio a deturpações científicas e dogmas teológicos errôneos,
alimentado por preconceitos e superstições, seja capaz de compreender e realizar verdades tão exaltadas? A verdadeira religião
e o vil sacerdócio estão tão inextricavelmente misturados, no presente, que é quase impossível para o homem comum distinguir
entre os dois. Se as verdades do cristianismo forem ensinadas, aqueles que não conseguem discriminar entre o verdadeiro e o
falso aceitarão de imediato as superstições que a ignorância e a presunção clerical misturaram com as anteriores, ou rejeitarão
o verdadeiro com o falso. Se a idolatria e as superstições dos eclesiásticos modernos forem expostas, os que não conseguem
pensar profundamente rejeitarão toda religião e, em vez de ver a verdade, afundarão ainda mais na lama do materialismo. Os
animais não podem ser raciocinados; eles só podem ser governados pelo amor ou pelo medo; mas a grande maioria dos homens
ainda está muito cercada de seus próprios elementos animais para poder ver a verdade, mesmo que seja mostrada a eles; e até
que se tornem receptivos à razão, a existência do sacerdócio existirá; ser um mal necessário para eles. Mas quando os
sacerdotes e clérigos despertarão para a compreensão dos mistérios da religião que ensinam e começarão a mostrar ao povo a
verdade, em vez de clamar pela crença em fábulas e pela aceitação literal de alegorias? Eles não chegarão a esse estado até
que também consigam vencer as propensões egoístas de sua própria natureza animal e se elevem à concepção de. o Deus
verdadeiro e universal, cujo templo é o homem e que não precisa de representantes ou representantes na terra para tornar sua
vontade conhecida de cada homem individualmente. Eles não conhecerão a verdade até que se tornem verdadeiros servos do
Deus da Humanidade, em vez de serem apenas servos de suas igrejas, cujas energias são empregadas para servir aos
benefícios temporais desta última.
A teoria do cristianismo moderno não está em harmonia com sua prática: em nossas igrejas modernas, a teoria e a prática
se contradizem a cada passo. A verdadeira igreja espiritual do Cristo vivo é construída sobre a rocha da Fé viva, um poder pelo
qual as verdades espirituais são reconhecidas; mas a igreja moderna baseia-se na ignorância popular com respeito às leis da
existência e é mantida unida por considerações egoístas e pessoais. Segundo a Bíblia, Deus é um Espírito universal, e só se
pode chegar a ele através da Luz do Cristo; mas a prática da igreja moderna faz de Deus a caricatura de um homem, e do padre
um meio inevitável de comunicação com ele. Para a mente do vulgo, a fé em Deus é algo que está muito além dos poderes de
sua compreensão, enquanto a crença no padre é de suprema importância; pois o primeiro é sempre inacessível, enquanto o
último pode ser abordado. Tais equívocos continuam, porque promovem os interesses temporais da igreja. Deus é destronado
de seu assento e seu lugar é ocupado pelo sacerdote; e assim a “Besta da Babilônia” se sentará no trono até que o braço forte
da razão desperta a derrube e a justiça divina a mande para o “poço sem fundo”.
Quando o homem deixa de ser criança e começa a pensar, a verdade de que viver não pode ser o verdadeiro objetivo da
vida impõe-se em sua mente. Ele faz a grande pergunta: “Quem sou eu; e qual é o objetivo da minha existência?” e ele espera
que seus pais ou professores respondam. Dar a resposta correta a essas perguntas deve ser o objetivo principal da educação
religiosa ou científica. Como a ciência e a religião modernas respondem a bim? O primeiro lhe ensina tudo sobre sua forma
externa, sua anatomia, fisiologia e suas relações com o ambiente externo; mas este não é todo o conhecimento que ele deseja.
Ele sabe que o corpo externo morrerá e conhecerá as condições. de sua curta existência é apenas uma parte pequena e
comparativamente insignificante daquela grande ciência que lida com o homem espiritual interior, que pode viver por milhões de
anos, ou ser eternamente imortal. O homem quer saber algo definitivo sobre seu próprio eu espiritual e sobre as condições sob
as quais esse eu pode existir independentemente de sua forma física. A ciência permanece muda, ou trata suas questões com
escárnio e desprezo. Ele então se volta para a religião, e a religião responde - mas qual é a resposta dela?
Cerca de duzentas e cinquenta seitas cristãs - talvez com um número maior de não-cristãs - dizem a ele as coisas mais
contraditórias, quase todas as suas declarações sendo opostas umas às outras.
Eles não dão nenhuma prova positiva para suas declarações, nem quaisquer razões inteligíveis para suas crenças; mas cada um
seita afirma possuir a verdade, e alguns deles chegam a condenar ao castigo eterno todo aquele que não
aceita suas opiniões. Suas crenças geralmente se referem a algum evento histórico, supostamente ocorrido há
muitos séculos, e sobre o qual não existem documentos históricos confiáveis; ou referem-se à interpretação de
certas passagens em alguns livros, que podem ser interpretadas de várias maneiras.
Assim, o buscador da verdade que espera obtê-la por meio de informações externas é levado de um porto a
outro, como um navio sem leme soprado por ventos contrários. Há muitos que finalmente sufocam a voz da
razão que fala em seus corações, aceitam alguma forma de crença e se convencem de que assim alcançarão
a salvação que cobiçam; muitos outros, nos quais o elemento intelectual é mais dominante. concluem que a
verdade não pode ser encontrada e deve permanecer para sempre desconhecida. Eles param de indagar ou
adotam as superstições de pensadores materialistas superficiais e, doravante, deixam de se importar com
qualquer coisa, exceto com seu próprio eu pessoal e suas aquisições temporais.
Mas o verdadeiro buscador da verdade não ficará satisfeito enquanto o desconhecido existir.
Tendo examinado os vários altares e não encontrando o Deus verdadeiro, ele finalmente se aproxima do altar
do Deus desconhecido, ao redor do qual nada existe além da escuridão. Mas no centro de seu próprio coração
arde um fogo divino; e acendendo a lâmpada de seu intelecto neste fogo divino da Razão, ele começa a ver a
verdade e a acha muito mais sublime do que jamais ousou esperar. A verdade não pode ser encontrada em
livros ou em doutrinas religiosas de qualquer tipo, nem em especulações intelectuais. Se desejamos conhecer
a verdade, devemos permitir que ela entre em nosso coração, para que se torne parte de nós mesmos. Então,
pelo poder do autoconhecimento, podemos ver a verdade em sua própria luz; podemos senti-lo e vê-lo e saber
o que é.
Se aprendermos apenas um sistema religioso e aceitarmos cegamente suas doutrinas, seremos facilmente
enganados na crença de que somente esse sistema contém toda a verdade; mas se à luz da razão examinarmos
os vários sistemas religiosos do mundo, estudarmos seus símbolos e alegorias e seu significado secreto,
comparando as várias doutrinas umas com as outras, logo descobriremos que todos eles têm uma grande
verdade fundamental, de cuja existência a maior parte dos adeptos dessas religiões são ignorantes, ou cuja
sublimidade, mesmo que a ensinem, não percebem: a saber. a Unidade da Natureza e o Espírito divino eterno
interior.
Oh, quão maior que o deus das igrejas é o Deus do Universo! Ele não é um ser limitado a ser persuadido
e persuadido pelos sacerdotes, mas um poder eterno, imutável como a Lei.
O deus das igrejas é um bicho-papão que as pessoas não podem realmente amar, porque são ensinadas a ter
medo dele; o Deus da humanidade é o poder eterno do Amor, a fonte de todo ser, cuja imagem existe no
coração dos puros, cuja natureza é o Fogo, cujos raios são a Luz da Inteligência e o princípio da Vida imortal.
Existem milhares de cristãos nominais vivendo uma vida de sensualidade e egoísmo, esperando poder
enganar o deus de sua igreja no final de seus dias e obter dele a salvação, apesar de seus pecados; mas o
Deus universal cria no coração de cada homem seu próprio juiz, que não pode ser persuadido por palavras.
mas que lê os pensamentos mais íntimos e julga cada homem de acordo com seus verdadeiros méritos.
A religião universal baseia-se no reconhecimento da verdade de que toda a humanidade é uma e que
devemos sempre ser guiados em nossas ações por nossas considerações pelo bem-estar de todos, em
detrimento de todas as considerações pessoais. O sectarismo, por outro lado, apela aos desejos egoístas dos
homens, seja em relação a esta vida ou em relação ao pavor da vida futura. Ensina-lhes que devem buscar
acima de tudo a salvação para si mesmos; a salvação dos outros é uma questão de consideração secundária.
O verdadeiro fanático sectário estaria pronto para aniquilar o mundo, se desse modo pudesse evitar a morte
de sua pessoa ou prolongar a existência desta última. Da mesma forma, o fanático científico ficaria feliz em
destruir a verdade, se pudesse assim salvar da perdição o sistema artificial de teorias que ele construiu
laboriosamente. A ciência moderna e a religião moderna ensinam que a felicidade pessoal, seja nesta ou em
uma existência futura, é o grande desiderato; a ciência oculta ensina que a Humanidade é um todo, que o
homem pessoal é apenas uma ilusão transitória e que a felicidade permanente não pode ser obtida até que a
ilusão do eu seja destruída.
A verdade da última doutrina é auto-evidente, como ele pode ver, se observarmos a vida diária do homem.
Quanto mais um homem pensa em si mesmo, mais infeliz e descontente ele se torna; quanto mais ele se
esquecer de si mesmo, mais feliz será. Por que as pessoas correm atrás de prazeres e passatempos, por que
amam bebidas inebriantes, música e shows, apresentações teatrais e sensuais?
INTRODUÇÃO. 11
distrações de todos os tipos, senão porque nesses momentos eles são capazes de esquecer de si mesmos?
Os homens não ficam inconscientes ou morrem assim que param de pensar em si mesmos; mas suas almas
se expandem em tais ocasiões além dos limites da prisão do dia material, e eles desfrutam por um curto
período de uma forma superior de existência. Os prazeres sensuais, entretanto, não transmitem felicidade
permanente; eles não são duradouros e são freqüentemente seguidos por reações que são prejudiciais e se
tornam a causa do sofrimento.
O homem sensual vive nas impressões que os objetos externos produzem em seus sentidos; o homem
intelectual vive em um mundo de pensamento do qual seu cérebro é o criador e que é real para ele; o homem
espiritual vive em um mundo espiritual de beleza que a divindade em seu coração criou para ele e que é a
imagem do céu. O animal fica feliz se suas necessidades físicas são atendidas; pois não conhece outro senão
o mundo sensual; e se tudo nesse mundo relativo ao animal está em harmonia, então esse mundo está em
harmonia consigo mesmo. No homem meramente intelectual, cheio de uma concepção errônea da importância
de sua própria personalidade, o mundo do pensamento que ele criou para si mesmo não está em harmonia
com o mundo exterior. Tal pessoa tem continuamente algo a desejar; ele vê as coisas, não como elas são,
mas como ele as imagina. No homem espiritual, o mundo do pensamento e o mundo da vontade estão em
perfeita harmonia; ele reconhece a verdade e vê as coisas como elas são, sem consideração pessoal.
Olhando o mundo, não de um ponto de vista pessoal e sem se considerar como algo separado e isolado dos
outros seres, ele reconhece a ação das leis universais pelo poder de sua percepção ampliada.
Aqui podemos acrescentar algumas palavras de explicação para aqueles que não estão suficientemente
familiarizados com as doutrinas da ciência oculta para entender o que queremos dizer. Vida, Consciência e
Sensação não são – como uma “ciência” superficial tende a acreditar – produtos da organização física do
homem; mas são estados ou funções daquele princípio universal que os homens chamam de “Deus” e que se
manifestam nas formas dos seres terrestres. Todas as formas de Vida no Universo podem ser consideradas
como manifestações únicas do Princípio Uno e Universal da Vida em várias formas; a totalidade do Cosmos,
sendo um produto da Mente Universal, pode ser considerada universal, a consciência absoluta tornando-se
relativa em formas separadas. A consciência universal da Mente Universal forma centros espirituais de
consciência nos seres vivos, por meio dos quais cada ser pode sentir e conhecer o que o cerca; e conforme o
tipo de seres vivos se expande, sua consciência e poder de sensação e percepção se expandem com ele;
pois todos os seus poderes pertencem à mente. e não ao corpo: o último sem a mente é apenas uma forma
sem vida. Onde quer que exista a consciência de um homem, existe o homem real.
Enquanto a consciência do homem estiver centrada nos princípios animais de sua organização, ele estará
meramente consciente de ser um animal e viverá na esfera de suas emoções sensuais. Se a consciência de
um homem estiver inteiramente centrada em seu cérebro, ele viverá em um mundo de especulações e idéias;
se a consciência de um homem se estabelecer dentro dos elementos divinos de sua alma, ela se expandirá
com sua alma e o elevará às regiões superiores do pensamento, onde ele se tornará inconsciente de estar
em um estado de limitação e viverá em uma condição mais elevada de existência. , incompreensível para
quem nunca experimentou. Tal estado de existência, sem consciência da própria personalidade, é descrito
pelo apóstolo Paulo, que foi “arrebatado” em tal estado, e a mesma condição é conhecida pelos santos
indianos, que lhe dão o nome de Samadhi .
Na renúncia final do próprio Eu pessoal consiste a vitória sobre a morte e a ressurreição do espírito; é a
morte mística, representada pela cruz cristã, símbolo conhecido milhares de anos antes do advento do
cristianismo moderno nesta terra. O símbolo da Cruz é visto em todos os lugares nos países cristãos, nas
torres das igrejas, nas capelas e residências e nas margens das estradas; mas para a grande maioria dos
sacerdotes e leigos não passa de uma lembrança, para evocar a memória de um evento que se diz ter ocorrido
há quase 2.000 anos na Palestina, ocasião em que um homem perfeito e divino foi executado como um
criminoso, caindo vítima da ignorância do clero e da vaidade dos fariseus de seu tempo. A crença na realidade
dessa ocorrência, pela qual se diz que Deus se reconciliou com o homem, é considerada entre os cristãos de
suprema importância para a salvação futura de alguém; embora nenhuma razão inteligível seja dada para
mostrar que Deus sempre esteve zangado com o homem e que tal reconciliação era necessária; nem é
explicado por que uma certa opinião em relação a um evento do qual não podemos saber por experiência
deve ser necessária. alcançar a vida eterna do espírito. Aqueles, porém, cujos olhos não estão cegos por
dogmas e que compararam as alegorias da religião cristã com as alegorias das religiões orientais sabem
disso -
quer o relato histórico da crucificação de Cristo tenha realmente ocorrido conforme registrado, quer seja
puramente simbólico, o símbolo da cruz tem um significado secreto muito mais profundo e sublime.
Representa um episódio na história de cada um que se tornou um Cristo; é o símbolo da regeneração
espiritual, pela qual devem passar todos os que desejam entrar no estado divino de existência. Na mente
do pensador superficial, a Cruz é um sinal de tortura e morte; na concepção dos iluminados, é um símbolo
de vitória sobre o eu, de triunfo e do início da vida imortal. Rios de sangue correram e milhões de seres
humanos foram assassinados nas tentativas feitas por "cristãos" professos de forçar todas as nações do
mundo a adotar ou professar uma certa opinião - tal como foi autorizada pela Igreja Católica Romana - em
relação a um certo evento histórico sobre a vida e a morte de um homem que ensinava que a doutrina
fundamental de sua religião era o amor e a benevolência universais! Para aqueles assassinos “em nome de
Cristo” a Cruz era um símbolo de pilhagem, destruição e roubo, e não havia crime tão vil que não fosse
permissível se perpetrado sob a bandeira da Cruz. A Cruz do fanatismo religioso governava os autos de fé
da igreja e sancionava a queima de vítimas vivas; encheu as masmorras da Santa Inquisição e inspirou as
vilanias cometidas nas câmaras de tortura.
O Cristo que vive na humanidade estremece, se pensa em todos os crimes horríveis que foram
perpetrados em seu nome por aqueles que não entenderam sua verdadeira natureza. Poderiam tais coisas
ter sido possíveis se os “crentes em Cristo” tivessem compreendido o verdadeiro significado da Cruz, em
vez de simplesmente se apegarem à forma externa? Poderia a intolerância sectária existir hoje, se o
verdadeiro significado da Cruz fosse compreendido pelos padres? Poderia o espírito de Cristo do século
XIX, o espírito da verdade, ter sido insultado pelos dogmas da Imaculada Conceição e da Infalibilidade
Papal, se os autodenominados representantes de Cristo conheciam seu próprio Mestre? Todo fanatismo
religioso, intolerância, superstição e degradação nos países cristãos encontram sua raiz e causa em um
mal-entendido das doutrinas nas quais eles professam acreditar. Nossos guardiões da verdade legalmente
nomeados, como os antigos fariseus, não conhecem a verdade; eles falam sobre isso, mas sua prática não se harmo
A verdade é tão bela que aquele que conseguiu conhecê-la irá praticá-la e apegar-se a ela para sempre.
Que aquele que deseja sentir e conhecer o verdadeiro significado da Cruz saia dos templos sombrios
onde o terror e o medo, a ignorância e o sacerdócio estabeleceram seu trono, e que ele adore o verdadeiro
Deus vivo, a luz e o Espírito Santo. permeando toda a natureza, a fonte de toda a vida desde o homem até
o inseto, sim, até mesmo a centelha de vida adormecida em uma pedra; a fonte de toda glória e poder,
conhecimento e sabedoria, amor e harmonia; cuja atividade se manifesta em todos os lugares e cuja
imagem deve ser vista em todo coração humano. Que ele deixe sacerdotes e monges com seus salmodios
e com a contemplação de um pavor futuro, que muitas vezes eles justamente causaram temer, e que ele
entre na Luz Viva que torna até mesmo o mundo material externo resplandecente de beleza. Deixe-o sair
das bibliotecas mofadas de nossa ciência especulativa e superficial e estudar o livro da natureza à luz desta
última. Deixe-o limpar as teias de aranha que se acumularam em seu próprio quarto; para que a luz da
verdade possa entrar pelas janelas de sua alma e derreter a crosta de gelo ao redor de seu coração e levá-
lo a perceber a sublimidade e a majestade do Deus de cristãos e pagãos, o Deus do Universo do qual
ninguém pode se aproximar. mas cuja natureza pode ser conhecida na manifestação de seu poder que
desenvolveu o Cosmos.
Quem pode conhecer uma coisa que nunca viu? Quem tem o direito legítimo de falar como autoridade
sobre coisas que estão além de sua própria compreensão? Quem pode ser o guardião legítimo das verdades
que estão além de seu horizonte mental e das quais ele nada sabe? Somente aquele que se tornou divino -
não aquele que simplesmente assumiu esse título - pode conhecer as coisas divinas; somente aquele que
saiu dos laços da matéria e se tornou espiritual pode conhecer as coisas do espírito. Somente aquele cujos
sentidos internos estão abertos é capaz de ver e conversar com os seres do plano superterrestre. Os
homens falam e dogmatizam sobre os atributos de Deus, como se o conhecessem bem; eles pregam sobre
Amor e Caridade, Fé e Sabedoria sem entender praticamente o significado desses termos. Quem pode
saber o que é o Amor senão aquele que amou? Quem pode conhecer a Sabedoria senão aquele que é
sábio? Quem pode conhecer a Verdade senão aquele em quem a Verdade habita? Quem pode conhecer a
Deus, senão aquele que identificou sua própria alma com ele?
O homem é originalmente um filho de Deus. Se ele deseja conhecer o Pai, deve retornar ao seu estado
divino original e tornar-se um Cristo, cheio do Espírito Santo, a Luz do Logos. Ele é filho de
INTRODUÇÃO. 13
Natureza eternamente imaculada; se quer conhecer sua mãe, deve entrar em perfeita harmonia com ela e tornar-se
natural. Como pode o homem conhecer a natureza como ela é, enquanto ele próprio não é natural e a imagina diferente
do que é? Como ele pode entender a Natureza enquanto não deixa a luz dela entrar em seu coração, mas olha apenas
para seus próprios equívocos não naturais a respeito dela e que ele mesmo criou em sua mente? Antes que o homem
possa desenvolver quaisquer poderes espirituais, ele deve primeiro restabelecer relações harmoniosas entre ele e a
Natureza universal; somente quando ele se tornou natural ele pode esperar crescer espiritualmente e ser capaz de
obter o comando sobre os poderes divinos de sua mãe.
A verdadeira ciência natural é, portanto, a base de toda religião verdadeira; mas, para obter um verdadeiro conhecimento
da Natureza, devemos estudá-la como ela é, não como ela foi representada por aqueles que continuamente a
deturpam e que nada sabem sobre ela, exceto algumas de suas formas externas.
Para conhecer a Natureza como ela é, e não como ela é suposta pelos outros, devemos libertar nossa mente de
todos os preconceitos e equívocos que nela se estabeleceram por uma ciência meramente superficial e por uma
teologia dogmática baseada em todo um equívoco de a verdadeira natureza do homem. Devemos libertar nossa mente
das influências nocivas provenientes do elemento animal; existindo dentro de nossa própria alma, para que nosso
entendimento se torne claro e a luz da verdade possa brilhar através da atmosfera pura de nosso próprio céu interno
sem nenhuma nuvem obstruindo seu caminho. Devemos nos tornar Um com a Natureza e Um com a Verdade e, pelo
conhecimento do Ser, conheceremos a Verdade e teremos os poderes da Natureza sob nosso comando.
É uma das verdades fundamentais da ciência oculta que o homem individual é uma imagem da Natureza.
Sua constituição é baseada nas mesmas leis sobre as quais a Natureza como um todo é construída, e como, uma
criança se assemelha a sua mãe; da mesma forma, o organismo do homem se assemelha à natureza universal em
tudo, menos na forma externa. Ele é um Microcosmo do Macrocosmo da natureza; contendo dentro de si,
germinalmente, potencialmente ou ativamente, todos os poderes e princípios, substâncias e forças contidas no grande
organismo da natureza e, além disso, o grande e o pequeno mundo continuamente agem e reagem um sobre o outro;
as forças elementares da natureza agem sobre o homem, e as forças que emanam do homem - até mesmo seus
pensamentos - reagem novamente sobre a natureza; e quanto mais harmonia existir entre o homem e as leis da
natureza universal, mais íntima será a conexão entre os dois: pois os dois são realmente apenas um, o fato de
parecerem dois sendo apenas uma ilusão que foi causada pela contravenção do homem das leis da natureza, e por
sua conseqüente queda em um estado antinatural. Deixe o homem novamente se tornar um verdadeiro filho da
Natureza, e de uma só mente com sua mãe, e ele conhecerá toda a natureza conhecendo a si mesmo. Ele então será
como o filho perdido mencionado na Bíblia, que volta novamente para a casa de seu pai e tem seu direito natural de
primogenitura e herança restaurados a ele. Que ele estabeleça o trono no qual a verdade possa residir dentro de seu
próprio coração, e ele conhecerá a verdade sem o estudo de livros e sem especulação teórica.
Nos Símbolos Secretos dos Rosacruzes, a ciência da Natureza como um todo, com os poderes invisíveis vivendo
e agindo nela, foi estabelecida, como parecia. aqueles grandes e sábios homens que estavam em harmonia com a
Natureza e capazes de lê-la à sua própria luz. Esses símbolos são facilmente compreendidos por aquele que encontra
a chave para sua compreensão dentro de seu próprio coração; mas para todos os outros serão ininteligíveis. porque
eles verão apenas suas formas externas e não podem entrar em seu espírito.
Assim como o corpo de um homem é uma coisa sem vida, depois que o princípio de vida que atuou nele o abandonou,
da mesma forma esses símbolos antigos são coisas sem vida, a menos que tornem-se novamente vivos dentro de nós
mesmos. Equívocos e interpretações errôneas modernas construíram um muro ao redor do Templo da Verdade,
através do qual devemos romper antes de podermos entrar no último; mas se uma abertura foi feita na parede através
da qual a luz pode brilhar, então esses símbolos nos servirão como guias e nos ajudarão a compreender as verdades
que sentimos e vemos dentro de nós mesmos; e sem tal percepção interior a verdadeira compreensão é impossível, e
devemos permanecer no campo da mera teoria e especulação.
Nossa época atual é eminentemente dada à especulação intelectual e teórica; enquanto até mesmo o significado
do termo “Sabedoria”, ou seja , aquele conhecimento que só se pode encontrar no fundo do próprio coração, foi perdido.
Em nossa época, as coisas são feitas com pressa e com pressa, e são feitas de maneira muito superficial quando se
trata de verdades religiosas. Agora viajamos a uma velocidade de sessenta milhas por hora, a uma distância que
nossos ancestrais levaram semanas ou meses para alcançar; mas enquanto nossos antepassados aprenderam a
conhecer o país por onde viajaram, em todos os seus detalhes, suas montanhas e vales, florestas e lagos, conosco o
cenário parece voar além de nossa visão enquanto avançamos com o poder gigantesco de
vapor, e finalmente nos lembramos de apenas alguns pontos proeminentes do que vimos, ou talvez apenas alguns
detalhes insignificantes que atraíram nossa atenção. Da mesma forma, nossa civilização atual lê enquanto corre. e
esquece durante a execução; alguns detalhes sem importância às vezes atraem nossa atenção, mas a sublimidade
da verdade não é apreendida porque ainda não crescemos mentalmente o suficiente para apreender o todo.
Observações superficiais ficam gravadas em nossa memória e desaparecem novamente; somente aquilo que atinge
o coração, a sede da vida, pode obter a vida. Somente aquilo que é conhecido pelo coração constitui o verdadeiro
conhecimento.
Somos ensinados por uma ciência superficial a considerar a natureza como um compêndio de coisas mortas em
que, de uma maneira incompreensível, a vida é produzida por meio de movimento mecânico, sendo a origem deste
último igualmente incompreensível. Assim, a ciência material ensina que algo pode ser produzido do nada; isto é ,
que um poder pode ser produzido a partir de uma coisa na qual ele não existe. A julgar por seu ponto de vista muito
inadequado e superficial, ela ensina que a Vida é um produto da organização, e da causa da organização ela não
pode dar qualquer explicação. Ela acredita saber tudo sobre a “Matéria” e, no entanto, não sabe absolutamente nada
sobre ela, exceto sua manifestação externa.
Somos ensinados pela ciência oculta e universal a ver o universo como uma manifestação do pensamento,
conseqüentemente da Consciência e da Vida. Somos ensinados pela Sabedoria que Deus e a Vida, a Verdade e o
Poder são Um, manifestando-se em várias formas de acordo com a capacidade deste último, e que o homem -
mesmo o mais instruído - ele mesmo não é mais do que um instrumento através do qual os poderes bons ou maus
existentes na natureza podem encontrar sua expressão.
O que acontece com toda a nossa presunção científica e teológica, com nosso alardeado poder e conhecimento,
se uma vez percebermos plenamente o fato de que o homem nada é, nada sabe e não tem poder próprio, mas tudo
o que ele imagina ter? pertence ao Deus universal, e que ele é apenas um instrumento no qual a verdade pode
encontrar sua expressão ou no qual pode ser deturpada? Nenhum homem tem vida própria. A vida que ele possui é
meramente emprestada a ele para purificar sua curta aparição nesta terra e deve ser devolvida à Natureza. É extraído
do depósito universal da Vida e retirado dele quando ele desaparece do palco. Quão pequeno e insignificante é o
homem pessoal neste globo, e quão grande e sublime é a majestade do poder divino que se manifesta na Natureza,
e que pode produzir sua mais alta manifestação de sabedoria e poder no Homem, se este último se tornar um
instrumento adequado para tais manifestações! Quão pequenas, absurdas e ridículas parecem as disputas de nossos
eruditos doutores em divindade e filosofia, com todos os seus mesquinhos dogmatismos e teorias, se comparadas
com a suprema Sabedoria que o elemento divino no homem pode experimentar se uma vez se tornar autoconsciente
de sua própria divindade no organismo do Homem! Há apenas uma Verdade, e ninguém pode conhecê-la, exceto
aquele em quem a verdade vive e que assim se torna um instrumento ou espelho no qual a verdade se reconhece.
Existe apenas um Conhecimento verdadeiro e apenas um Conhecedor, e aquele que deseja obter o conhecimento
verdadeiro deve tornar-se um com o Supremo Conhecedor de todos. Ele será então um instrumento mágico por meio
do qual o Deus interior conhece a si mesmo. A ciência que lida com as ilusões da vida é ela mesma ilusória, e não
tem valor exceto enquanto durarem as ilusões da vida. É acessível tanto para os maus quanto para os bons, e
muitas vezes aqueles que são os mais maus no coração são os mais instruídos e astutos; mas a compreensão das
leis fundamentais da natureza, a ciência da vida eterna, só é alcançável pela união com o Supremo. As ilusões da
vida podem ser vistas à luz da natureza externa; mas as verdades eternas só podem ser vistas quando a Luz do
Logos ilumina a mente.
Para conhecer as coisas que pertencem às regiões superiores do pensamento, devemos ser capazes de nos
elevar a essas regiões; e como há poucos que têm o poder de fazê-lo, a consequência é que, assim que começamos
a falar dessas coisas, surgem mal-entendidos. Quase todas as brigas e disputas teológicas e filosóficas entre os
homens surgem de um mal-entendido do significado dos termos.
Enquanto os homens falarem de coisas que podem ser percebidas pelos sentidos externos e que, portanto, vêm da
experiência de todos, a linguagem humana é suficiente para permitir que os homens transmitam suas idéias uns aos
outros; mas quando eles tentam construir a torre de suas idéias nas regiões superiores do pensamento e falar de
coisas que estão além do alcance de sua compreensão intelectual e além de sua experiência, então começa a
confusão babilônica, porque cada homem forma uma concepção de o seu próprio respeito a tais coisas difere da
concepção dos outros; e embora todos usem as mesmas palavras, cada um interpreta seu significado de maneira
diferente. Assim, muitas vezes acontece que duas pessoas
INTRODUÇÃO. 15
que têm a mesma opinião), no entanto, disputam entre si apenas porque diferem na aplicação dos termos. Cada
um denuncia a concepção do outro como errada, simplesmente porque ele próprio formou uma concepção errada
daquilo em que o outro acredita. Parece, portanto, acima de tudo necessário que, se falamos de assuntos ocultos
ou transcendentais1, definamos exatamente os significados dos termos que desejamos usar e, portanto, tentamos
dar tais definições no final deste capítulo, bem sabendo que tal tentativa será incompleta, pois nenhuma quantidade
de raciocínio lógico pode substituir o poder divino da intuição.
O cultivo do poder espiritual da intuição é o principal requisito para a obtenção do conhecimento espiritual. A
intuição é a Razão pura e não adulterada por quaisquer considerações ou especulações egoístas. É o poder do
Espírito Santo, a Luz da Verdade, que brilha no coração dos homens. É uma força que se sente no coração e, se
cultivada e desenvolvida, torna-se um sol que ilumina todo o homem interior. Não tem nada a ver com especulação
intelectual e dedução lógica, que em nossos tempos modernos são confundidas com a Razão; pois o Intelecto é
meramente um reflexo da luz da Razão; é como a Lua que recebe sua luz do Sol, e que se tornaria escura se a luz
do sol parasse de brilhar. As teorias e especulações do homem são suas próprias invenções, mas a intuição não é
inventada pelo homem, nem um homem pode, por seu próprio poder, tornar-se mais intuitivo do que é; é uma luz
do divino Sol da Graça que desce sobre a terra como a chuva desce das nuvens.
Um pássaro não pode voar mais alto do que suas asas podem levá-lo; um navio não pode conter mais do que
é capaz; um homem não pode ver mais do que seu organismo e seus meios lhe permitem ver.
Não temos o direito de culpar os representantes do Cristianismo moderno por não serem capazes de ver o
verdadeiro significado de seus próprios símbolos, mas os aconselhamos a não fechar voluntariamente os olhos
para a luz da verdade quando a verdade procura entrar em seus corações. Aconselhamo-los a prestar mais atenção
ao seu próprio bem-estar eterno do que aos interesses temporais de suas igrejas, e a praticar a verdade que
professam ensinar.
Os símbolos dos antigos filósofos herméticos foram adotados pela igreja cristã moderna. Muitos desses
símbolos existem desde tempos imemoriais, embora talvez os nomes empregados para significar o caráter dos
princípios que eles representam tenham mudado muitas vezes.
As igrejas católicas romanas estão repletas de símbolos que eram conhecidos dos antigos egípcios, dos brâmanes
ainda mais antigos e talvez dos habitantes da antiga Atlântida, cuja história se desvanece na noite do passado
esquecido. Sacerdotes e leigos se curvam reverentemente diante desses sinais; porque são ensinados a fazê-lo e
porque os consideram como lembranças históricas da morte de Jesus de Nazaré.
O cético moderno trata esses sinais com desprezo. Como ele poderia razoavelmente fazer o contrário? pois as
concepções que ele formou sobre eles em sua própria mente são absurdas e infantis. e mais ainda, eles o lembram
dos dias de perseguição “religiosa” e intolerância. Pouco sabe o cristão ou o cético sobre o verdadeiro significado
desses símbolos; pois seu verdadeiro significado nunca lhes foi ensinado. Não sabemos de um único livro publicado
por qualquer autoridade cristã moderna dando sua verdadeira explicação. Seu significado secreto era conhecido
pelos antigos Iniciados nos Mistérios; mas os guardiões modernos desses símbolos perderam a chave de sua
compreensão e sabem pouco mais sobre eles do que suas formas externas.
De fato, pouco valeria essas figuras se não tivessem outro significado senão aquele que está representado em
sua superfície. De fato, pouco valeria a Bíblia se suas histórias não se referissem a nada além de eventos que
teriam ocorrido na história dos judeus. Mesmo que tais eventos tivessem realmente acontecido conforme descrito,
eles poderiam ser de pouco interesse para nós, porque essa história pertence ao passado, e as pessoas envolvidas
nela já se foram do palco do mundo. Mas se olharmos com os olhos do espírito dentro do mundo invisível e
aprendermos a observar os processos que ocorrem dentro do reino da alma do Universo, cuja verdadeira imagem
e representação existe dentro de nós mesmos, logo aprenderemos que as fábulas e as alegorias representadas por
tais contos e símbolos são de profundo significado e seu conhecimento de suprema importância para nós; e além
disso parece que. muitas dessas histórias foram propositalmente tão absurdas que nenhuma pessoa sensata
deveria ser tentada a aceitá-las em seu sentido literal.
Como as imagens dos deuses dos gregos e romanos não pretendiam representar pessoas, mas consistiam
meramente em personificações figurativas de poderes universais da natureza; da mesma forma as pessoas faladas
de na Bíblia são personificações dos mesmos poderes ou princípios, que ainda existem hoje como existiam antes da
Bíblia ser escrita. Nós os encontramos novamente no livro sagrado do Oriente, no Mahabharata e no Bhagavat-Gita,
nas canções de Homero e em outros livros inspirados. São alegorias mitológicas, mas nem por isso menos
verdadeiras; porque, se bem compreendidos, representam verdades vivas.
O sinal mais seguro da decadência de uma religião é quando o significado secreto de seus símbolos se perde
inteiramente. É um sinal de que o espírito que deu vida àquela religião fugiu, que a opinião tomou o lugar da Fé e a
crença o lugar do Conhecimento. A forma externa de tal sistema pode existir por um tempo, mas finalmente a forma
morta se dissolverá apesar dos esforços para prevenir sua decadência.
A crença universal no significado externo dos símbolos dos antigos egípcios, romanos e gregos foi um precursor
da decadência dessas religiões; o contínuo desrespeito ao verdadeiro significado dos símbolos das igrejas cristãs
certamente levará à decadência e dissolução destas últimas. Esta decadência é tão universalmente visível e
publicamente denunciada e reconhecida pelos professores da religião cristã, que seria um desperdício de palavras
tentar provar o que ninguém nega.
Que maior serviço poderia, portanto, ser prestado à verdadeira religião do que restaurar seu verdadeiro significado
aos símbolos sagrados do passado e induzir aqueles que desejam a verdade a estudar os sinais pelos quais as leis
fundamentais da evolução física e espiritual foram muito melhor representadas? do que poderia ser feito por a.
descrição verbal? As palavras são enganosas; são inúteis para quem não tem intuição; mas para aquele que possui o
poder do pensamento, um ponto, uma linha, um triângulo ou um círculo é muito sugestivo e pode ser suficiente para
indicar-lhe o caminho para chegar à verdade.
A publicação dos Símbolos Secretos dos Rosacruzes ajudará a restaurar as muletas para uma igreja decrépita,
ou aqueles que são cegos rejeitarão a verdade, se ela não vier a eles sob o selo de alguma autoridade feita pelo
homem? Este livro servirá para infundir vida em um cadáver, ou será permitido que o cadáver apodreça e uma nova
criança nasça? O vinho novo será despejado em odres novos em vez de ser colocado em barris velhos cujos cajados
estão se desfazendo em pedaços? O sacerdócio crescerá novamente em poder nesta terra; ou está se aproximando
o tempo em que todo homem será um rei e um sacerdote em seu próprio reino, um conquistador de si mesmo, livre
de preconceitos sectários e científicos, adorando nenhum outro deus senão a Verdade, e professando nenhum outro
credo senão o amor divino Razão e a Unidade do Todo?
VOCABULÁRIO DE TERMOS OCULTOS.
ESCRITO COM A FINALIDADE DE MITIGAR A CONFUSÃO CRIADA PELA CONSTRUÇÃO DA TORRE DA BABILÔNIA.
“Omnia ab Uno” é um dos lemas dos Rosacruzes. Expressa O ADÃO TERRESTRE. -Adão depois de sua “queda”; isto
a ideia de que o Todo evoluiu do Um; ou, em outras palavras, é, o homem original se tornou a imagem distorcida de Deus por
que Deus é um e indivisível, e que as múltiplas atividades da ter perdido sua pureza original em conseqüência da
vida que vemos no universo são apenas várias formas de desobediência à lei e abandono da linha reta da vontade divina
manifestações de Deus; ou, para expressá-lo mais corretamente, universal. Essa desobediência é ilustrada pela alegoria do
do Poder criador, a Luz e a substância do sol da Vida que emanou “comer a maçã no paraíso” a “cobra” que tentou Adão e Eva é a
da causa eterna de toda a existência no início de nossa criação, e ilusão de si mesmo, levando o homem a imaginar ser algo diferente
que foi chamada de Logos, o Verbum ou Verbo , o Cristo. do Deus universal, e assim criando dentro dele desejos pessoais.
À medida que o Uno Universal se manifestou, assumiu vários Gen. ii. 17.ó Gen. iii. 7.óGen iii. 10.óRom. eu. 27.óGm. iii. 16-19.-
aspectos e, portanto, aparece como uma grande variedade de Lucas iv. 6.-João iv. 32.
poderes e como inúmeras formas de várias substâncias, embora A`DONAI.-Deus na dele. aspecto como o Summum Bonum na
todos os poderes e substâncias sejam essencial e fundamentalmente natureza; isto é, a Luz do Logos tendo se manifestado na natureza.
um. Os vários termos usados na ciência oculta não são, portanto,
intencionais. para descrever poderes e princípios radicalmente AER.óAr, Pneuma, Alma, um princípio universal e invisível. Veja
diferentes uns dos outros. mas apenas os vários aspectos de um Elementos.
princípio universal; e como o aspecto das coisas muda de acordo A`LQUIMIA. - A ciência de guiar os processos invisíveis da Vida
com o ponto de vista do qual são consideradas, conseqüentemente com o propósito de alcançar certos resultados no plano material,
um nome aplicado a um poder, se considerado de um ponto de vista. astral ou espiritual. A alquimia não é apenas uma ciência, mas uma
pode não ser aplicável se o mesmo princípio for considerado de outro arte, pois o poder para exercê-la deve ser adquirido; um homem deve
ponto de vista. Da mesma forma, os quatro lados de uma pirâmide se primeiro adquirir certos poderes antes que possa ser ensinado como
originam em um ponto e terminam em um, cada lado parecendo ter empregá-los; ele deve saber o que é “Vida” e aprender a controlar os
uma individualidade distinta própria. Quanto mais nos elevamos em processos vitais dentro de seu próprio organismo antes que possa
direção ao cume, mais essa diferenciação desaparece, e mais a guiar e controlar tais processos em outros organismos. Química não
Unidade de todas as coisas e sua identidade umas com as outras se é Alquimia. O primeiro lida com as chamadas substâncias mortas. o
tornam aparentes, até que toda diferença seja novamente absolvida último com o princípio da vida. A composição ou decomposição de
no Uno último . Aquele que conhece o Um conhece o Todo; aquele uma substância química é um processo químico ; o crescimento de
que acredita saber muitas coisas não sabe nada. O Um é o ponto de
uma árvore ou de um animal é um processo alquímico. A alquimia
partida para todos os mais elevada é a evolução de um ser divino e imortal a partir de um
homem mortal semi-animal.
Ciência.
A & W (ALFA E OMEGA).—O Princípio e o Fim de todas as coisas; O Cântico dos Cânticos descreve processos alquímicos.
isto é, o começo e o fim de toda manifestação de atividade e vida no ANJOS.—Poderes espirituais conscientes agindo dentro do reino
Cosmos; o Logos ou Cristo. Veja logotipos. da Alma, ou seja , certos estados espirituais individualizados da
consciência universal.
Comparar. ROM. ix. 5.ó1 Tim. iii. 16.-1 João v. 26.-João viii. 58.ó 2 Sam. xiv., xvii., xx.-Ps. cxciii. 20.—Mat. xv. 31.-Lucas xx. 36.ó
João v. 26. - João xiv. 6.óJoão x. 9-João xiv. 1.óJoão x. 30, 38. João vi. Obs. xxxiv. 7.
40, etc:.
A`NIMA.óVeja Alma.
A'DAM.-Homem primordial em seu aspecto como um poder
ANIMATIO.óAnimação. (Alch.) O ato de infundir vida em uma
espiritual, contendo os elementos masculino e feminino. O princípio
coisa ou de fazer com que seu próprio princípio de vida latente se
espiritual, constituindo a humanidade, antes de se diferenciar na
torne ativo. Veja Vida.
matéria e assumir formas de matéria grosseira.
ANTIMÔNIO.ó(Alch.) Um símbolo que representa o elemento da
Gen. i. 26.—Efés. 4. 9.
Terra em seu aspecto material grosseiro; matéria primordial, também
O CELESTIAL ADAM.—O divino poder formador do homem representada como o insaciável Wulf, o destruidor das formas.
em seu estado original de pureza como uma imagem do Criador.
Geração i. 27. -Rom. 14 . AQUA.ó(Alch.) Água. Veja Elementos.
AQUILA.ó(Alch.) Águia, o emblema de Júpiter; o símbolo da caráter das coisas e suas formas em relação ao peso, número e
Alma Espiritual. medida. É o conhecimento das leis de harmonia que existem no
A`RCANUM.ó(Alch.) Segredo. Um mistério que não está ao universo.
alcance de todos. certo conhecimento que requer uma certa CAPUT MORTUUM.ó(Alch.) Recusar. Matéria morta.
quantidade de desenvolvimento para ser compreendido. CARITAS.óAmor Espiritual; benevolência, caridade.
Também significa certos segredos que não devem ser divulgados
CELESTIAL.—Um estado espiritual, divino; um estado de
ao vulgo que provavelmente faria mau uso desse conhecimento. perfeição.
Mat. vii. 6.
CHAOS.-A matriz universal ou depósito da natureza. - Veja
ARCHUS. - O grande depósito invisível da Natureza, onde os Archeus.
caracteres de todas as coisas estão contidos e preservados. Por Gen. i. 2.
um lado representa a Luz Astral; em outro, Matéria Primordial.
CHIMLA.óQuímica. Às vezes, o termo se refere ao
Química da Vida, Alquimia.
ARGENTUM.ó(Alch.). Prata. Simbolizado pela Lua.
CRISTO. - Consciência espiritual, Vida e Luz. O elemento divino
CORPO ASTRAL. —Substância semimaterial, formando, por assim dizer,
na humanidade, que se manifesta no homem, torna-se o Cristo
as partes mais densas da alma, que a conectam com o corpo físico. Cada
pessoal no homem individual. “Cristo” significa, portanto, uma vida
coisa em que existe o princípio da vida, desde os minerais até o homem, tem
espiritual interna e um poder ou princípio consciente, idêntico em
um corpo astral, sendo a contraparte etérea da forma externa visível.
sua natureza ao Logos, com o qual os atributos espirituais mais
elevados de cada ser humano se tornarão finalmente unidos se
esse ser humano tiver desenvolvido tais atributos semelhantes
LUZ ASTRAL . - A Luz da Natureza. A Memória, ou depósito aos de Cristo. Este princípio é em si mesmo de natureza tríplice,
universal da natureza, no qual são preservados os caracteres de mas parece inútil especular sobre seus atributos, pois eles serão
todas as coisas que já existiram. Quem pode ver as imagens compreensíveis apenas para aquele que percebe sua presença
existentes na Luz Astral pode ler a história de todos os eventos dentro de si mesmo. – Veja Logos.
passados e profetizar o futuro.
AZOTH.ó(Alch.) O princípio criativo universal da Vida. NOTA.-A concepção errônea do significado original do termo "Cristo"
(Kristos) tem sido a causa de muitas guerras sangrentas e das mais cruéis
perseguições religiosas. Sobre tal equívoco ainda se baseiam as reivindicações
BABILÔNIA.—A humanidade em seu estado não regenerado, de certas seitas “cristãs”. “Cristo” originalmente significa um princípio espiritual
o mundo da moda, da superficialidade, da animalidade e da universal, a “Coroa da Luz Astral”, coexistindo desde toda a eternidade com o
“Pai”, isto é, a fonte Divina da qual emanou no princípio.
intelectualidade sem espiritualidade. O mundo do Conhecimento Diz-se que este princípio em muitas ocasiões penetrou com sua luz certos
superficial, presunção e ignorância, vivendo no exterior. e estar seres humanos, encarnou-se neles e então produziu grandes heróis,
apegado a ilusões. reformadores ou Avatares. Aqueles que não podem elevar-se à sublimidade
Rev. xiv. 8.óRev. xvi. 19.óRev. xvii.óRev. xviii. desta concepção consideram “Cristo” apenas como uma pessoa histórica,
que de uma maneira inconcebível tomou sobre si os pecados do mundo.
BESTA. (Falso profeta, prostituta babilônica, etc.) Animalidade, Tem havido tantos dogmas clericais e equívocos acumulados em torno deste
sensualidade e egoísmo; mas sobretudo intelectualidade sem termo, que parece ser impossível lançar alguma luz sobre este assunto, a
menos que chamemos em nosso auxílio os livros sagrados dos hindus e
espiritualidade, conhecimento sem amor, ignorância científica, comparemos as doutrinas de Krishna com as de Cristo . . 1 João v. 20.-1 Tim.
ceticismo, arrogância, materialismo, brutalidade. O Anticristo, ou vi. 16. —Hos. xiii. 4.-Jer. xliii.—Lucas xxiv. 19.-João xii. 44.óMark ix. 37 .-João
seja, os falsos profetas. que estão colocando a autoridade do xiv. 28.óJoão x. 29.-João xx. 17.-1 Pe. eu. 21.óJoão i. 4.ó
João v. 26.—João v. 30.—Mat. xvii. 2.-João xiv. 6, etc
homem no lugar da verdade universal, que degradam a religião ao
sectarismo e prostituem as coisas divinas para fins egoístas - COAGULATIO.ó(Alch.) Coagulação. O ato de alguma substância
idolatria, fanatismo, superstição, astúcia sacerdotal, astúcia, falsa fluida ou etérea assumir um estado de densidade corpórea.
lógica, etc.
Rev. xvii.óRev. xviii. Cântico. v, 9-14.
BÍBLIA. Os “livros sagrados” dos “cristãos”, contendo uma COMBINATIO.ó(Alch.) Combinação. O ato de combinar certas
grande quantidade de sabedoria antiga revestida de fábulas e coisas visíveis ou invisíveis.
alegorias, e descrevendo muitos processos ocultos na forma de CONJUNCTO.ó(Alch.) Conjunção. O ato de duas ou mais
personificação de poderes e eventos históricos que se acredita coisas se unirem ou entrarem em um relacionamento harmonioso
terem ocorrido entre os judeus. Alguns dos eventos descritos entre si.
naqueles livros parecem ter realmente acontecido no plano CORPUS.ó(Alch.) Corpo. A matéria é um estado de densidade
externo, enquanto outros são meramente figurativos; e parece ser corpórea. O veículo de um poder.
atualmente impossível determinar na Bíblia a linha exata entre CRIAÇÃO.— A manifestação externa e visível de um poder
ficção e história. interno e invisível. A produção de uma forma visível a partir do
SANGUE.ó(Alch.) O veículo para o princípio da Vida; invisível, sem forma. substância. A chamada à existência de uma
a sede do Will forma.
CORPO.-Matéria em certo estado de densidade, exibindo uma NOTA.-O termo "criação" tem sido muitas vezes mal interpretado como
significando a criação de algo do nada; mas não conhecemos nenhuma
forma. Um corpo pode ser visível ou invisível, corpóreo ou etéreo. passagem na Bíblia que possa justificar tal definição irracional. As únicas
pessoas que acreditam que algo pode vir do nada são certos autodenominados
Mat. xxii. 30.-1 Cor. xv. 42, 51. – Phil. iii. 21. “cientistas”, que imaginam que a vida e a consciência são produtos da
atividade mecânica do corpo; o que é idêntico a dizer que algo superior pode
CABALA. - A ciência que ensina as relações existentes entre
ser produzido por algo inferior; em outras palavras, por algo que, de acordo
o lado visível e o lado invisível da natureza; ou seja, o com todas as leis conhecidas da natureza, não é capaz de produzi-lo.
VOCABULÁRIO DE TERMOS OCULTOS. 3

T
CRUZ. - Um símbolo que expressa sob vários aspectos. Cada elemento constitui, por assim dizer, um
várias idéias; Mas especialmente. o mundo próprio, com seus próprios habitantes, os “espíritos
poder criativo da Vida em um aspecto elementares da natureza” e pela combinação desses elementos sob
espiritual; agindo dentro do várias condições, uma infinita variedade de formas é produzida.
O A
Macrocosmo da natureza e dentro do
Microcosmo do homem.
ELOHIM. - A Luz do Logos em seu aspecto como um poder ou
Também representa o Espírito e a influência espiritual, cuja presença pode ser sentida ao penetrar na
Matéria ascendendo e descendo. O R alma e no corpo do adorador em seus momentos de exaltação
feixe perpendicular representa o espiritual. Esta Luz, tendo sido a causa e o princípio da criação, o
Espírito, a barra horizontal o princípio animal ou terreno, sendo termo Elohim também expressa seu aspecto como o poder criativo
penetrado pelo Espírito divino. Tanto o homem universal quanto o do universo.
individual podem ser simbolizados por uma cruz.
EVA.—Eve. O poder feminino ou gerador na natureza; a eterna
O corpo animal do homem é uma cruz, ou instrumento de tortura
mãe de todos, uma virgem sempre imaculada; porque ela não tem
para a alma. Por meio de sua batalha com os elementos inferiores
conexão com nenhum deus externo, mas contém o princípio
de sua constituição, sua natureza divina se desenvolve.
espiritual frutífero (o Espírito Santo) dentro de si mesma.
Por meio de seu corpo físico, o homem é pregado ao plano de
sofrimento pertencente à existência terrestre. Os elementos animais
A Eva celestial representa Theo-Sophia, Sabedoria divina ou
devem morrer naquela Cruz, e o homem espiritual deve ser
ressuscitado para se unir ao Cristo. “Morte na Cruz” representa a Natureza em seu aspecto espiritual.
A Eva terrestre representa a Natureza em um aspecto mais
renúncia da própria personalidade e a entrada na vida eterna e
material, como o útero ou matriz a partir do qual as formas são
universal. A inscrição às vezes encontrada no topo da Cruz,
continuamente evoluídas e na qual são reabsorvidas.
composta pelas letras INRI, significa, em seu sentido esotérico, Ingi
NOTA.—O homem primordial era um ser espiritual bissexual; a separação
Natura Renovatur Integra; isto é: Pelo (divino) Fogo (do Amor) toda
do sexo ocorreu em conseqüência da diferenciação do espírito na matéria. O
a Natureza se renova. A Cruz dourada representa a Vida espiritual, homem ainda é até certo ponto bissexual; porque cada ser humano masculino
iluminada pela Sabedoria. É o símbolo da imortalidade. contém feminino, e cada fêmea sendo elementos masculinos. O sexo é
meramente um atributo da forma externa; o homem espiritual que habita a
forma externa não tem sexo específico. Gen. ii. 8.óGen. eu. 27.-Heb. vii.
3.óGen. vi. 3. —Lucas xx. 25.
DEUS.—Deus.
MAL.-A antítese do Bem, ou seja , a reação do bem contra si
DIABO. - O princípio do Mal, a antítese do princípio ou causa do mesmo, ou o bem pervertido. Não pode haver Mal absoluto, porque
Bem, no sentido são como a Escuridão é a antítese da Luz. Deus, tal. coisa se destruiria.
sendo a causa de todos os poderes e princípios, é também a causa
EX CENTRO IN CENTRUM.óTudo se origina de
do “Diabo”, mas não sua causa direta; pois como o mal nada mais é um centro e retorna a esse centro.
do que o bem pervertido, da mesma forma o poder chamado Diabo
FÉ.—Conhecimento espiritual. Um poder pelo qual o espírito
é, por assim dizer, a reação de Deus, ou a causa que perverte o
pode sentir a existência de verdades que transcendem a percepção
bem em mal. Pode-se dizer que o diabo é a contraparte escura e,
sensorial externa. “Fé” nunca deve ser confundida com “Crença”; o
consequentemente, inferior de Deus; conseqüentemente, como
último sendo apenas uma opinião controversa sobre algo do qual
Deus, uma trindade de pensamento, palavra e sua manifestação.
nada se sabe.
Rev. xvii. 8óRev. ii. 13.—Lucas iv.—2 Tess. ii. 9-11.ó Atos viii. 9. -Mark xiii. A fé repousa sobre a percepção direta; Crença, mediante
13.óRev. xvi. 14.óMarcos v. 18.óSab. xii. 2.-João xxxii. 31.—Ef. vi. 12. especulação intelectual.
Sab. iii. 4.óRom. 4. 21.ó2 Tim. eu. 12.-1 João iii.-2 Cor. 4. 13. ó
TERRA.—Ver Elementos. Lucas ix. 23.-João xi. 40.—Mat. xxi. 22.óMark ix. 23.ó Mat. xvii. 20, 21. - Lucas
xvii. 6.óMarcos xvi, 17, 18.óJoão xiv. 12.-Tess. iii, 18-2 Cor. xiii. 15.
EAGLE.ó(Alch.) A Alma espiritual. “O Glúten da Águia Branca”,
puro amor espiritual, a substância ígnea da Alma espiritual.
PAI.-(Trindade.) O Fogo divino e incompreensível , de onde
emanou a Luz (o Filho). Não podemos conceber o “Pai” exceto
ELEMENTA.ó(Alch.) Elementos. Princípios universais e (para como o Absoluto incompreensível, a Causa de toda a existência, o
nós) invisíveis, as causas de todos os fenômenos visíveis, sejam Centro da Vida, tornando-se compreensível somente quando ele se
eles de natureza terrena (material), aquosa (líquida), aérea (gasosa) manifesta como o “Filho”. No mesmo sentido a. ponto geométrico é
ou ígnea (etérea). apenas uma abstração e incompreensível, e deve se expandir em
Há, portanto, quatro “Elementos”, a saber: um círculo antes de se tornar um objeto de nossa imaginação.
1. Terra, representando a matéria primordial, uma substância
etérea invisível, formando a base de todos os corpos externos 1 Cor. viii. 6.óMark xii. 29-32.- 1 João v. 7.-Wisd. vii. 26.ó
aparências. 1 João i.-1 João v. 1.-1 Tim vi. 16.óJoão i. 5.—Ef. eu. 23.-1 Cor. xii. 6.
2. Água, referindo-se ao reino da Alma, o elo de ligação entre o
espírito e a matéria. Também representa o Pensamento. FIAT.-A expressão ativa da Vontade e Pensamento da Grande
Primeira Causa pela qual Deus se manifestou no ato da criação; em
3. Fogo. representando o reino do Espírito ou Vida. outras palavras, a energia pela qual ele lançou a Luz que criou o
4. Ar aludindo ao Espaço ou Forma. Não é, estritamente falando, universo em uma existência objetiva. A expiração de Brahm no início
um “Elemento”. de um Manvantara. Fiat Lux, óQue haja Luz!
Há um quinto elemento, que é a Quint-essência espiritual (o
Mercúrio) de todas as coisas. Cada elemento pode ser considerado
FIDES.ó Ver Fé. evidência histórica de que os antigos Rosacruzes possuíam o poder
FOGO. Uma atividade interna cujas manifestações externas são de transmutar metais básicos em ouro por meios alquímicos, fazendo
batida e luz. Essa atividade difere em caráter de acordo com o plano com que crescesse de sua própria “semente”, e afirma-se que pessoas
em que se manifesta. “Fogo” no plano espiritual representa Amor ou possuidoras de tais poderes existem até hoje.
Ódio; no plano astral representa o Desejo e a Paixão; no plano físico. GRAÇA. - Um poder espiritual que emana do Logos.
Combustão. É o elemento purificador, e em certo aspecto idêntico à Não deve ser confundido com “favor” ou “parcialidade”.
“Vida”. Veja Elementos. É uma influência espiritual comparável à luz do sol, que brilha em toda
parte, mas para a qual nem todas as coisas são igualmente receptivas.
FIRMAMENT.óRealm. O espaço nas suas várias vertentes. O
horizonte físico e mental. Aquilo que limita a percepção física ou Mat. vii. 16.-1 Cor. xv, 10. -Rom. xii. 3.—Ef. 4. 7.-João vi. 14.ó
mental. O céu. Mat. xx. 15.-1 Cor. iii. 6.-João iii. 27.-João vi. 44.-1 Pet. eu. 13-16. -1 Cor. vii. 7.-1
Cor. vii. 17.—Mat. xxii. 14.—Mat. xx. 16.2 Cor. xii. 31. -Rom. ix, 11, 22.
FIXATIO.ó(Aleh.) Fixação. O ato de tornar fixa uma substância
volátil (por exemplo, um pensamento). O ato de tornar permanente o
HEAVEN.- Um estado de felicidade e contentamento. O homem só
impermanente.
Não pode. ii 12.-Cant. vii 4.
pode ser perfeitamente feliz quando se esquece de si mesmo. “Céu”
refere-se a um estado espiritual livre dos laços de
FUNDAÇÃO.-O Real. A base ou centro das coisas, em contraste
matéria.
com sua aparência fenomênica, ilusória e transitória. Podemos
1 Cor. xv. 50.-Jer. lxvi. 18.-Lucas xii. 34.-Lucas xvii. 21.
considerar todas as coisas como tendo uma base comum, que em
cada coisa manifesta certos atributos. Podemos conhecer os atributos INFERNO.-A antítese do Céu; um estado de miséria e
das coisas, mas não a coisa em si. descontentamento. Uma pessoa sofre quando está consciente de sua
própria personalidade e de suas imperfeições. Cada ser sofre quando
GLUTEN.óAdesão. Substância espiritual. -Veja Águia. está rodeado de condições que não são adequadas ao seu bem-estar;
conseqüentemente, a alma do homem cercada por elementos malignos
DEUS. - A Causa eterna, onipresente e auto-existente de todas as
sofre até que os elementos malignos sejam expulsos de sua
coisas, em seu aspecto como a Causa de todo Bem. O significado do
organização. O estado em que o espírito divino e, conseqüentemente,
termo “Deus” difere de acordo com o ponto de vista a partir do qual o
puro, ainda está ligado a uma alma impura, buscando se livrar das
vemos; mas em seu ponto mais alto está necessariamente além do
impurezas desta, é chamado de Purgatório (Kama loca). Quando esse
imperfeito; significado intelectual da compreensão do homem
baa acontecer, a consciência da entidade desencarnada estará
porque o imperfeito não pode conceber o perfeito, nem o finito o infinito.
centrada em sua organização espiritual e ela ficará feliz; mas se a
Em um aspecto, tudo o que existe é Deus, e nada pode existir que não
consciência foi centrada na alma impura e permanece com esta, a
seja Deus; pois é a Vida Única, e nela todo ser tem sua vida e
existência. Deus é a única Realidade eterna, incognoscível para o alma ficará infeliz e em estado de inferno. Este último ocorre
homem; tudo o que sabemos dele são suas manifestações. Em um especialmente nos casos em que pessoas de grandes poderes
aspecto, Deus é considerado o Sol espiritual central do Cosmos, cujos intelectuais, mas com más tendências, praticam intencionalmente e
raios e substância penetram o universo com vida, luz e poder. Deus propositadamente atos maus.
sendo o Absoluto, não pode ter nenhum atributo relativo concebível;

Jr. lvii. 21. -Rom. eu. 27.óMark ix. 44.óRev. xx. 10.ó2 Pet. ii. 27. —Wisd. v.
porque como nada existe além dele mesmo, ele não está em relação
1-15.
a nada e, portanto, é inexistente de um ponto de vista relativo. Não
podemos formar nenhuma concepção do Absoluto não manifestado; ESPÍRITO SANTO . (Trindade.) A Luz do Logos manifestado,
mas assim que este último se manifesta, ele aparece como uma representando o corpo e a substância de Cristo. O Espírito da Verdade,
Trindade de Pensamento, Palavra e Revelação, isto é , como o “Pai”, vindo do Pai e do Filho.
o “Filho” e o “Espírito Santo”. João xiv. 11.-João xv. 26. -Rom. eu. 20.óWisd. eu. 17.
HOMO.óHomem.
ESPERANÇA. - A esperança espiritual é um estado de consciência

espiritual, resultante da percepção de uma certa verdade e baseada
Inúmeras pessoas foram mortas porque diferiam em suas opiniões sobre
como o termo “Deus” deveria ser definido; mas é óbvio que uma Causa que está na convicção de que um certo desejo será realizado.
além de toda concepção humana também está além de qualquer definição Este tipo de esperança não deve ser confundido com a esperança que
correta possível e que, portanto, todas as disputas teológicas sobre a natureza
se baseia apenas na opinião, formada por conclusões lógicas ou
de Deus são absurdas e inúteis. João IV. 24.—Ef. eu. 23.óJoão x. 16.-1 Reis viii.
17.—Mat. v. 35.—João i. 18.óCol. eu. 15.ó1 Tim. vi. 16.-1 João i. 5.-Ps. civil causada por promessas incertas.
30.óWisd. eu. 7.—Ef. eu. 16.
HYLE.-O princípio universal primordial invisível da matéria, contendo
DEUS.—Um ser humano em quem os poderes divinos os germes de tudo o que está por vir à existência objetiva.-Ver ArchÊus.
tornar-se ativo. Um Adepto.
BOM.-Tudo o que conduz a um propósito em vista é relativamente IGNIS.—Fogo.
bom; mas só isso. que leva à felicidade permanente é o Bem
permanente. Tudo, portanto, que enobrece e eleva a humanidade pode ILUSÃO. Tudo o que se refere à Forma e aparência exterior. Tudo
ser chamado de bom, enquanto o que degrada é mau. O Bem Supremo isso é de caráter fenomenal ; transitório e impermanente; em contraste
é aquele que estabelece a felicidade real e permanente. com o Real e Perma
nente.
OURO.ó(Alch.) Um emblema de perfeição no plano terrestre, como JEOVÁ.—Jod-He-Vah.—Deus manifesto, em seu aspecto como o
o Sol é um símbolo de perfeição no plano superterrestre1. Existe uma poder criador, transformador e regenerador do universo. O Deus auto-
quantidade considerável de existente e universal.
JERUSALÉM.—A humanidade em sua condição espiritual. A alma João xiv. 28.óJoão x. 29.-João xx. 16.óJoão i. 4.-João v. 30.-Lucas v. 17.-Rom. ix.
5.ó1 Tim. iii. 16.-1 João v. 26.-João viii. 58.-João xiv. 6.óJoão x. 9.óJoão x. 30,
em estado de pureza. 38. -João xvi. 27.óMark xii. 29.óCol. ii. 3.ó
JESUS.-O homem divino. O Ego espiritual de cada homem . 1 Cor. vi. 17. -Rom. eu. 4.
O deus pessoal de cada pessoa ou Atman. O princípio redentor no AMOR. - O Amor Espiritual é um poder espiritual que tudo penetra,
Homem, com o qual o homem pode esperar unir-se durante a sua unindo os elementos superiores da Humanidade em um todo
vida. inseparável. Não é conduzido por atrações sensuais externas. É o
Acredita-se que Jesus de Nazaré tenha sido um Adepto; ou seja poder pelo qual o homem reconhece a unidade do Todo e o produto
um homem puro e grande, professor e reformador, em quem o Logos desse conhecimento que surge quando o homem reconhece a
tomou forma; em outras palavras, um ser humano no qual o princípio identidade de seu próprio espírito com o espírito de todos os outros
de Cristo se encarnou. seres. Este Amor espiritual nunca deve ser confundido com desejo
João eu. 14.-Lucas xxiv. 19.-João x. 9.ó João xiv. 28.-João i. 4.ó sexual, afeto parental, etc., que são apenas sentimentos, sujeitos a
João v. 26, 30. -João xiv. 6.óJoão x. 30, 38. atração e mudança.
JÚPITER.- O Deus supremo. Jeová.
1 João IV. 8.-1 João iv. 13.-1 Cor. xiii. 7, 8.-Prov. viii. 35.-1 Cor. xiii. 2.
CONHECIMENTO.-Ciência, baseada na percepção e compreensão
de uma verdade. Nunca deve ser confundido com “aprendizagem” ,
LÚCIFER. - O portador da 'Luz. Um anjo de Luz. possuidor de
que significa a adoção de certa opinião ou teoria com base em algum
Sabedoria. Lúcifer em seu estado caído é Intelectualidade sem
boato ou especulação lógica. Não podemos realmente conhecer
Espiritualidade; conhecimento sem a luz da sabedoria.
nada, exceto aquilo que somos capazes de perceber por meio de
nossos sentidos externos ou internos.
1 Cor. iii. 19.-1 Cor. xiii. 8, 9.óWisd. vii. 23.óWisd. vii. 17.-1 Cor. xiv. 1.óGal. LUMEN.óUma energia que emite luz.
vi. 3.-1 Cor. eu. 20.ó Jó xviii. 28.óWisd. x. 21.—Mat. x. 19.-1 Cor. eu. 19.óWisd. LUNA.óVeja Lua.
vii. 13.óWisd. vi. 13.
LUX.óVeja Luz.
LAPIS PHILOSOPHORUM.ó(Alch.) Um mistério, conhecido apenas pelo
MACROCOSMO & MICROCOSMO.- O grande e o pequeno
ocultista prático que experimentou sua
mundo; o último sendo uma imagem ou representação do primeiro,
poder.
1 Cor. iii. 16.-Heb. viii. 2.—Mat. xxi. 42-1 Pet. ii. 4. —Ef. ii. mas em menor escala. O microcosmo do Homem se assemelha ao
21, 22. macrocosmo do universo em todos os seus aspectos, exceto na
LEAD.ó(Alch.) simbolizado por Saturno, o emblema da Matéria; o forma externa.
elemento Terra. NOTA. - Assim, o homem não é apenas uma imagem de "Deus", mas cada
parte de nosso organismo tem o caráter do todo impresso nela, no mesmo sentido
LEO.ó(Alch.) Leão. O símbolo de força e fortaleza; correspondente em que as qualidades de uma árvore estão latentes na semente. Portanto, é
a Marte. “O Sangue do Leão Vermelho”, o veículo do princípio vital. possível para aqueles que podem ler à luz da natureza conhecer o caráter,
atributos e história de uma coisa examinando uma de suas partes.
MAGIC.-A ciência e arte de empregar poderes espirituais para

VIDA.—Um princípio universal; uma função do Espírito universal.
obter certos resultados. Ninguém pode exercer Magia a menos que
NOTA.-A vida está presente em todos os lugares, em uma pedra ou planta,

possua poderes mágicos. e para obter tais poderes, o homem deve
bem como em um animal ou homem, e não há nada em natun: que é totalmente ser desenvolvido espiritualmente. “Magia” nunca deve ser confundida
destituído de vida; porque todas as coisas são uma manifestação da Vida Única, com “Feitiçaria”. A primeira lida com o Real, a última lida com Ilusões.
que preenche o universo:. Em alguns corpos, a atividade da vida age muito
A magia é a culminação de todas as ciências e inclui todas elas;
lentamente, de modo que pode ser vista como dormente ou latente, em outros ela
age rapidamente; mas uma forma abandonada pelo princípio vital deixa de existir mas não pode haver verdadeira ciência sem sabedoria e nem
como forma. Atração, Coesão, Gravitação, etc., são todas manifestações da vida, sabedoria sem santificação.
enquanto nos animais esta atividade entra em um estado de autoconsciência, que
é aperfeiçoado no homem. Supor que a Vida é um produto da atividade mecânica
MAN.-O
ou fisiológica de um organismo é confundir efeitos com causas e causas com efeitos. – Veja Criação homem
. real é um poder interno e espiritual invisível que,
1 Cor. xv. 53.-João vi. 44.—Lucas v. 14.—João i. 4.-Lucas vi. 19.—Lucas v. 17.— em sua manifestação externa, aparece como um ser humano.
Atos viii. 17.
LIGHT.- Uma manifestação visível externa de um poder invisível NOTA.-O homem pode ser considerado como um raio individual emanado do
interno. grande mar espiritual do universo, tendo se polarizado no coração de um
incipiente organismo humano, dotando este último de vida e estimulando seu
A Luz Divina da Graça é uma Luz espiritual, a Luz do Logos,
crescimento. Em certo estado de seu desenvolvimento, esse organismo torna-se
iluminando a mente do Adepto. consciente de sua existência no mundo fenomênico, e com isso a ilusão do eu é
A Luz da Natureza é a Luz Astral. criada. Não há nada real e permanente sobre esse ser chamado Homem, exceto
esse poder divino interno chamado Espírito, que é, em última análise, idêntico ao
LIMBUS.óA matriz universal de todas as coisas.-Veja ArchÊus.
Espírito universal - o Cristo.
Gen. i. 27.óGen. ii. 7.—Atos xvii.—1 Cor. iii. 16.2 Cor. vi. 16.ó
Lucas iii. 38. -Lucas xx. 35.
LOGOS & LOGOI. - Um centro ou centros de atividade espiritual,
Vida e luz. existindo desde toda a eternidade no DEUS manifestado MARTE. - O poder que dota os seres de força. —Veja Leo.
(o Absoluto). O princípio de Cristo, que, brilhando no coração do
homem, pode produzir um Avatar ou Cristo. MARIA.-A matriz universal da Natureza. Ceres, Tris, etc. - Veja
NOTA.-É ensinado que em certos períodos tal encarnação da divina Luz do Eve.
Logos ocorre na Terra, e assim faz com que um novo salvador, redentor e
reformador apareça entre a humanidade, ensinando as velhas e meio esquecidas
MATERIA PRIMA.ó(Alch.) Matéria Primordial. AíW‚sa.
verdades novamente por palavra e exemplo, produzindo assim um novo Um princípio universal e invisível, a substância básica da qual todas
renascimento do sentimento religioso. As antigas religiões falam de vários desses as coisas são formadas. Reduzindo uma coisa à sua prima materia e
Avatares nos quais “o Verbo se tornou Carne”. John i. 14.óCol. ii. 19.-João xvi.
revestindo-a de novos atributos, ela pode ser transformada em outra
27.óZac. xiii. 1.ó2 Cor. 4. 4.óHeb. vii. 16.ó1 João v. 20.ó
1 Tm. vi. 16.óHos. xiii. 4.-Jer. xliii. 1, 2. -João xii. 44.óMark ix. 37.ó coisa por aquele que a possui.
poder espiritual e conhecimento. Existem vários estados da matéria, Senhor. eu. 16.óWisd. vii. 21-35. -Jer. ix. 24.óAtos: x. e xi.-Jacob. eu. 5. —1
Cor. xiii. 8, 9.
desde o primordial até a matéria visível grosseira, e os alquimistas,
portanto, distinguem entre Materia proxima, Materia remota e Materia OCULUS.—Olho.
ultima. OCULUS DIVINUS. - O símbolo da consciência espiritual e do conhecimento.
MATRIX.ó(Alch.) Ventre. A mãe em que um germe, semente ou

princípio é levado ao amadurecimento. Todo germe requer uma OCULUS NATUR.óA Luz Astral..
certa matriz apropriada para o seu desenvolvimento. OMNIA AB UNO.óìTudo se origina do Um.î
Minerais, plantas ou animais requerem uma matriz no estado PATER.-Padre.
incipiente de seu crescimento.
PERFECTIO.ó(Alch.) Perfeição.
MATTER.- Uma manifestação externa de um poder interno.
PESSOA.-Um ser ou princípio individual, organizado,
MERCÚRIO.ó(Alch.) Uma das Três Substâncias. A Luz Astral. O autoconsciente, capaz de pensar e de querer diferente de outros
princípio da Mente. A quinta essência espiritual de todas as coisas. seres ou princípios. Uma unidade indivisível.
PERSONALIDADE.-Máscara. A soma e a substância dos
METALS.ó(Aleh.) Certos poderes ocultos. Os “metais” de que é atributos que distinguem um indivíduo dos outros.
o homem. feito e que produz suas virtudes ou vícios são mais Como um e o mesmo ator pode aparecer em vários trajes e
permanentes e duradouros do que o corpo composto de carne e máscaras; da mesma forma, uma entidade espiritual individual pode
sangue. aparecer sucessivamente no palco da vida como várias personalidades.
LUA.-(AIch.) Uma reflexão causada pelos raios do Sol. O Intelecto, NOTA.-Para compreender a doutrina da Reencarnação, deve ser lembrado
sendo um reflexo da luz divina que emana do Fogo do coração que na e após a transformação chamada "morte" apenas aqueles atributos de
uma pessoa que atingiram um certo grau de espiritualidade e, portanto, estão
aptos para sobreviver, permanecerão com o indivíduo espírito. Quando este último
MORTIFICATIO.ó(Alch.) Mortificação. A arte de tornar os ofusca novamente uma forma recém-nascida, ele desenvolve um novo conjunto
elementos inferiores passivos, para que os superiores possam se de atributos, que vão compor sua nova personalidade.
tornar ativos. A arte de dissolver o corpo, para que o espírito se Deut. eu. 17.2 Crônicas. xix. 7.ó Jó xxxiv. 19.—Atos x. 34. -Rom. ii. 2.óGal. ii.
6.—Ef. vi. 9.óCol. iii. 25.-1 Pe. eu. 17.
liberte.
FILOSOFIA. Verdadeira “Filosofia” é conhecimento prático de
MULTJPLTCATIO.ó(AJch.) Multiplicação. Aumentar. O
causas e efeitos: mas o que é hoje chamado de “Filosofia” é um
personagem é o grande multiplicador.
sistema de especulação baseado em deduções lógicas, ou opiniões
Não pode. vi. 7.
alcançadas pelo raciocínio daquilo que imaginamos saber para o
NATURAL, ANTINATURAL, SOBRENATURAL. —Termos desconhecido.
relativos, referindo-se às relações existentes entre certas coisas e
Wisd. vii. 21.-1 Cor. iii. 19.-1 Cor. xiii. 8, 9.
certas condições. Tudo na Natureza é natural no sentido absoluto NOTA.-A base fundamental sobre a qual repousa nossa filosofia moderna é
deste termo; mas nem tudo é cercado por condições que de acordo errônea e ilusória, porque repousa sobre a suposição de que o homem poderia
saber algo sem conhecer a si mesmo, enquanto, na verdade, o homem não pode
com as leis de sua própria natureza deveriam ser cercadas. O ar é
possuir nenhum conhecimento positivo de qualquer coisa, exceto o que existe
natural, mas para um peixe não é seu elemento natural; um ser dentro seu próprio eu; e ele não pode saber nada sobre as coisas divinas enquanto
sobrenatural é aquele que existe em uma condição espiritual superior a divindade dentro dele não se tornar viva e autoconsciente. A filosofia sem a
Teosofia é, portanto, mera especulação e frequentemente conduz ao erro.
à dos seres inferiores, e na qual os seres materiais grosseiros não
podem existir. PHåNIX.ó(Alch.) Um pássaro fabuloso: o símbolo da morte e
regeneração.
NATURE.- A manifestação externa de um poder criativo interno. ORAÇÃO.- Um esforço da vontade para obter aquilo que se
Toda a natureza não pode ser outra coisa senão um pensamento deseja. A oração no plano físico consiste em atos: a oração no plano
de Deus, tendo sido lançado à objetividade pelo poder de sua do pensamento consiste em pensamentos; a oração no plano
Palavra e crescido em formas de acordo com a lei da evolução. “A espiritual consiste no ato de elevar-se em pensamento ao mais alto
natureza de uma coisa” significa o resumo de seus atributos. e unir-se a ele.
Marcos vii. 6.—Mat. vi. 7.óJas. 4. 3.ó2 Tess. iii. 12.—Mat. 4. 2.-1 Tess. 4. 10.ó1
Pe. iii. 4.ó2 Cor. xii. 4.Dan. vi. 23. - Lucc xviii. 17. ó
Gen. i. 1.óRom. eu. 20.2 Cor. xv. 53.—Mat. v. 35.—Marcos xiii. 15.
ROM. viii. 26.-1 João v. 15.-João ix. 31.-1 Cor. xiv. 14.óMarcos. XI. 24.—Mat. xxi.
NADA.- A antítese de alguma coisa. O termo nada às vezes é 22.-João xv. 5.
aplicado para significar algo que é inconcebível e, portanto, nada PRIMUM MOBILE.ó(Alch.) Movimento Primordial. O primeiro
para nós. A forma não é coisa; é apenas uma forma e não existe no impulso de vida.
Absoluto. Se um pensamento se expressa em uma forma, aquilo PRINCÍPIO.—Princípio, Causa, Início da Atividade.
que não era nada para nós torna-se algo.
PRIMA MATERIA.óVeja Matéria Prima.
PROJECTIO.ó(Alch.) Projeção. O ato de dotar uma coisa com

OCULTISMO. - A ciência das coisas que transcendem os poderes
um certo poder ou qualidade por meio de um poder oculto cuja raiz
ordinários de observação. A ciência das coisas cuja percepção
é a Vontade.
requer faculdades de percepção extraordinárias ou superiores.
Não pode. viii. 8.
Tudo está oculto para nós enquanto não pudermos vê-lo, e com
PUREFACTIO.ó(Alch.) Purificação.
cada ampliação do campo de nossa percepção, um mundo novo e
PUTREFACTIO.ó(Alch.) Putrificação.
até então “oculto” torna-se aberto à nossa investigação. Podemos
Não pode. iii. 1.
especular sobre o Invisível; mas não podemos realmente saber
nada sobre isso, a menos que possamos compreender mentalmente RAVEN.ó(Alch.) Um símbolo para um certo poder oculto.
seu espírito. Veja Conhecimento. REBIS.ó(Alch.) Recusar. Matéria a ser remodelada.
REGENERAÇÃO.ó(Alch.) Regeneração. O ato de renascer no SOFISTA.-Originalmente este termo significava um "homem

espírito. A penetração da alma e do corpo pelo calor divino do amor sábio"; mas agora significa um falso raciocinador, um especulador
e pela luz da inteligência. emanando do fogo divino dentro do cético, uma pessoa que é astuta, mas não possui sabedoria; aquele
coração. O despertar e o desenvolvimento da autoconsciência que julga as coisas não pelo que são, mas pelo que imagina que
espiritual e do autoconhecimento. sejam; aquele que dogmatiza sobre coisas que não pode
compreender espiritualmente; um cientista de materiais; um
João III. 3.-João xvi. 33.óGal. vi. 15.ó1 Pe. eu. 23.-1 João iii. 9.ó aspirante a sábio, uma pessoa intelectual sem amor; aquele que
1 João II. 29.óWisd. eu. 4.-1 João v. 4.-João iii. 10.-João vi. 27.óGal. iii. 10.-Tess. vive, por assim dizer, em seu cérebro e não recebe nenhuma luz de seu coração
XI. 19.-Lucas xx. 35.óGal. 4. 19.-João iii. 6.
Rev. xvi. 14.óRev. xx. 10.-Jer. xxviii.-1 John iv. 1.óJoão x. 1.ó
RESSURREIÇÃO.ó(Alch.) Ressurreição. Iniciação em um estado 1 Tm. vi. 20.—Mat. xxii. 14.
superior, de existência. A nova vida em wbich ijJ.c por. elemento
ALMA.—O princípio semimaterial que conecta a matéria com o
afetado :s de a. O ser entra depois que os imperfeitos com os quais
espírito. Leva, por assim dizer, uma existência anfíbia entre esses
foram amalgamados foram destruídos.
dois pólos de substância. e podem finalmente se fundir com um ou
outro. O Corpo é a máscara da Alma; a Alma, o corpo do Espírito.
Col. i. 27.óGal. 4. 5, 6.-óJó. xix. 25.óGen. iii. 15. -Rom. v. 15.ó 2
Cor. v, 15.-1 Tim. ii. 3.óRom. vi. 7.-1 Cor. iii. 17.-1 Cor. xv. 35.
ROSA.ó(Alch.) O símbolo da evolução, desenvolvimento e beleza.

ROM. viii. 6.ó2 Cor. 4. 16.óWisd. iii. 4.óRom. v. 2.—Mat. xviii. 22.
SPES.óEsperança.
ROSICRUCIANO. - Uma pessoa que pelo processo de despertar
espiritual alcançou um conhecimento prático do significado secreto SPIRITUS.—Espírito. Deus em seu aspecto como um princípio
da Rosa e da Cruz. Um filósofo hermético. Um verdadeiro ou poder eterno, universal e invisível em um estado da maior
Teosofista ou Adepto. Aquele que possui conhecimento e poder pureza e percepção. O elemento divino na Natureza.
espiritual. A antítese da Matéria, mas “materia1” em um sentido transcendental.
NOTA.—Nomes não têm significado se não expressarem o verdadeiro Substância espiritual. Um consciente, organizado. princípio invisível.
caráter de uma coisa. Chamar uma pessoa de rosacruz não a torna um, nem o A Substância ou Corpo de Cristo. O termo “Espírito” também é
ato de chamar uma pessoa de cristão a torna um Cristo. O real Rosacruz ou usado para significar a essência ou o caráter de uma coisa, a soma
Maçom não pode ser feito; ele deve crescer para ser um pela expansão e
desdobramento do poder divino dentro de seu próprio coração. A desatenção a
dos atributos ou poderes mais elevados.
esta verdade é a causa de que muitas igrejas e sociedades secretas estão longe 1 Cor. viii. 6.óMark xii. 29-32.- 1 João v. 7.-João xiv. 17.-João xv. 26.óWisd.
de ser aquilo que seus nomes expressam. eu. 7.-1 Pe. eu. 10.-Lucas xvii. 21.óGal. ii. 20.2 Cor. 4. 2.ó
Fil. iii. 21. -Rom. xiv. 7.
SAL.ó(Alch.) Sal. Substância. Um dos três sub
posturas. A vontade. Sabedoria. ESPÍRITOS.—Poderes.
Mat. v. 13.—Lucas xiv. 34. NOTA - O uso moderno para aplicar o termo "espíritos" a formas astrais
desencarnadas e almas de homens e animais originou-se na moderna concepção
SATURNO.ó(Alch.) O símbolo do princípio universal da matéria; errônea da verdadeira natureza do homem.
o produtor e destruidor de formas.
SUBLIMATLO.ó(Alch.) Sublimação. A ascensão de um estado
SEED.-(Alch.) Um germe, elemento ou poder a partir do qual um inferior para um superior. Os vícios podem ser sublimados em
ser pode crescer. Existem germes de Elementais. Minerais, Plantas, virtudes.
Animais, Seres Humanos e Deuses. Não pode. iii, 6.
Lucas xix. 26.óGal. vi. 7.-1 Cor. iii. 6.óMark iv. 6.—Mat. xiii.. 23. ó-1 Cor. ix.
10.ó1 Cor. iii. 9.-João xv. 5, 6. -Lucas vi. 43.—Mat. vii. 16. SUBSTÂNCIA.-Aquele algo desconhecido e invisível que pode
se manifestar como matéria ou força; em outras palavras, aquele
SILVER.ó(Alch.) Um emblema de inteligência, simbolizado pela substrato de todas as coisas que é energia em um de seus aspectos
Lua. Amalgamado com Mercúrio (a Mente) e penetrado pelo Fogo e matéria em outro.
do Amor divino, transforma-se no Ouro da Sabedoria. As Três Substâncias: Sal, Enxofre e Mercúrio representam a
trindade de todas as coisas. Eles são a base de toda a existência, e
em cada uma dessas três substâncias estão contidas as outras
SOL.ó(Alch.)óVer Sol.
duas. Eles formam uma Unidade inseparável em uma Trindade,
SOL-OM-ON. - O nome do Sol da Sabedoria expresso
diferindo, porém, em seus aspectos e manifestações.
em três línguas.
Conseqüentemente, em algumas coisas o Sal, em outras o Enxofre,
SOLUÇÃO.ó(Alch.) Solução. O ato de trazer um e em outras ainda o Mercúrio é preeminentemente manifesto.
coisa em uma condição fluida. Eles representam Pensamento, Palavra e Forma; Corpo, Alma e
Corpora non agunt nisi fluida sunt. Espírito; Terra, Água e Fogo; Fogo, Luz e Calor, etc. - Veja Trinity.
FILHO DE DEUS.—Um dos três poderes que constituem a
Trindade. A Luz, ou Cristo. O homem espiritual regenerado. O Adão
SULPHUR.ó(Alch.) Uma das três substâncias. O princípio do
celeste. O Logos. Somente o homem espiritual e divino interior é um
Amor. O fogo invisível.
Filho direto de Deus; o homem não gerado é seu descendente
1 João IV. 8.—Mat. xx. 37.—Ef. v. 2.-1 João. 4. 13.óProv. viii. 35. —1 Cor. xiii.
indireto. O Espírito é o Filho de Deus; a Alma é filha do Sol 2.
(influências astrais); o Corpo o filho da Terra.
SUN.ó(Alch.) O Símbolo da Sabedoria. O Centro do Poder ou
Coração das coisas. O Sol é um centro de energia e um depósito
Geração i. 27.-1 Tess. v. 23.-1 Cor. iii. 16.2 Cor. vi. 16.-Lucas iii. 38. -Rom.
de poder. Cada ser vivo contém dentro de si um centro de vida, que
14 .
pode se tornar um sol. Em
SOPHIA.—Sabedoria.
o coração do regenerado, o poder divino, estimulado pela Luz do são de Form. A diferenciação e a separação existem meramente na
Logos, cresce em um Sol que ilumina sua mente. superfície da periferia do Todo; o Centro é um.
Reunir-se com o Centro é entrar no Real e tornar-se divino e imortal.
O Sol espiritual da Graça. O Logos ou Cristo. Depois que um homem se une ao seu próprio eu superior, ele pode
O Sol natural. O centro de todos os poderes contidos em nosso se unir a Cristo.
sistema solar.
NOTA.-O sol terrestre é a imagem ou reflexo do sol celestial invisível; o primeiro NOTA. Este processo de regeneração e unificação é ensinado em todas as religiões
está no reino do Espírito o que o último está no reino da Matéria; mas o último recebe do Oriente, mas - embora toda a religião cristã seja baseada nesta verdade - é, no
seu poder do primeiro. Veja Logos. entanto, universalmente mal compreendida pelos cristãos modernos, que esperam obter
a salvação mais pelo mérito de outro do que por sua próprios esforços. Compreender o
SUPERIUS & INFERIUS.ó(Alch.) O Acima e Abaixo, o Interno e o
processo de regeneração e unificação requer uma compreensão da verdadeira natureza
Externo, o Celestial e o Terrestre. do homem e de suas relações com a natureza; uma ciência que em nossos tempos
Tudo abaixo tem sua contraparte etérea acima, e os dois agem e modernos não é ensinada nas escolas em nenhum lugar da Europa, porque nossos
reagem um sobre o outro; na verdade, eles são um e apenas parecem próprios teólogos e cientistas ignoram a verdadeira natureza do homem e porque a
humanidade acha mais fácil aceitar uma crença do que adquirir conhecimento.
ser dois.
TARTARUS.ó(Alch.) Matéria. Resíduo. Uma substância que foi Col. i. 27.óGal. 4. 5, 6, 19. -Jó xix. 25.-1 Cor. xv. 53-55.-1 John iii.-2 Phil. iii. 21.
depositada por um fluido ou cristalizada a partir deste. Os elementos

UNIVERSO.- O Cosmos. O Todo; além do qual nada pode existir,
grosseiros da alma.
porque não há "além". Todo o universo visível é uma manifestação do
TERRA.—Terra.
poder divino interno invisível chamado Espírito de Deus. É a
TERRESTRIAL.—Um estado terreno ou imperfeito. substância de Deus, moldada por seu pensamento em imagens e
TEOLOGIA. - Um sistema que ensina a natureza e ação dos lançada na objetividade por um exercício de sua Vontade. Tudo o
poderes divinos e sua relação com o Homem. Algumas teologias que Deus pensa, ele expressa na Palavra. e o que ele fala se torna
antigas são produtos de certas pessoas espiritualmente desenvolvidas um Ato. Tudo isso ocorre de acordo com a Lei, porque Deus é a
que foram capazes de perceber e compreender as verdades própria Lei e não age contra si mesmo.
espirituais, e que estabeleceram os resultados de sua experiência em
certos sistemas e descreveram o que sabiam, geralmente em algumas Gen. i. 1.óWisd. vii. 17.óRev. xxi. 6.óRev. xxii. 13.-João xvi. 22.ó
formas alegóricas. A teologia moderna é um sistema de especulação ROM. eu. 29. -Rom. eu. 20.-1 Reis vi.-viii.-Matt. v. 35.—Marcos xiii. 15.
baseado no conhecimento de símbolos externos e alegorias sem VÊNUS.ó(Alch.) O princípio do Amor.

qualquer compreensão do verdadeiro significado destes últimos. VERBUM.— A Palavra, o A e o W. O Cristo ou Logos.
A expressão de um pensamento divino. O poder que emanou no
TEOSOFIA. Sabedoria Suprema. O conhecimento dos poderes início do Centro Eterno. A origem de toda a vida.
divinos obtido por aquele que possui tais poderes. “Teosofia” é,
portanto, idêntico ao autoconhecimento. João eu. 18.—Mat. xxvi. 64.-João i. 3.-Senhor. xliii. 8.óGen. i.ó Eccles.
iii. 15.óPs. xxxiii. 6.óVeja Logos.
Wisd. vii. 21.óWisd. vii. 35.óWisd. vii. 26, 27.-1 Ped. eu. 10.óWisd. vii. 17-27.óSab.
viii. 18.óWisd. x. 21.—Mat. x. 19.-Jer. ix. 24.-1 Cor. eu. 29.óWisd. vi. 13.ó5ir. eu. 13. VIR.óHomem. Um ser humano em quem os elementos masculinos
são preponderantes.
TEOSOFISTA.— Uma pessoa cuja mente é iluminada pelo espírito VIRGEM, CELESTIAL - Veja Eva.
da Sabedoria Divina. Aquele que é capaz de captar mentalmente o VISÍVEL & INVISÍVEL.óTermos relativos; referindo-se a coisas
espírito de uma coisa e entendê-la. Aquele que alcançou o que geralmente estão além dos poderes de percepção do homem
autoconhecimento dos poderes divinos existentes em sua própria comum em seu estado normal. O que pode ser invisível para um
organização. pode ser visível para outro.
TINCTURA.ó(Alch.) Tintura. Uma substância etérea ou espiritual ÁGUA.—Veja Elementa.
que, ao impregnar outra substância, dota (tintura) esta última com
VONTADE. - O único poder universal e fundamental no universo,
suas próprias propriedades. Se um princípio grosseiro é penetrado
do qual todos os outros poderes se originam.
por um superior, diz-se que o primeiro é tingido (colorido) pelo inferior.
Fundamentalmente é idêntico à Vida. Ela se manifesta nos planos
inferiores da existência como Atração, Gravitação, Coesão; nos
TRINTTY.- O Todo. A totalidade do Universo. Cada coisa é uma planos superiores como Vida, Vontade, Poder Espiritual, etc.,
trindade, e Três é o número da Forma. Cada coisa concebível conforme as condições em que atua. A Vontade é uma função do
consiste em matéria e movimento no espaço, e os três são sempre Espírito universal de Deus, e não há outro poder no Universo senão
um e inseparáveis. “Deus” é uma trindade, e sendo o Universo uma a Vontade de Deus, agindo consciente ou inconscientemente, natural
manifestação de Deus, cada parte do Universo deve necessariamente ou antinatural, se pervertida pelo homem. O homem não pode ter
ser uma trindade. Cada coisa é um produto de pensamento, vontade vontade própria; ele é meramente capaz de empregar a vontade
e substância (forma); isto é, Mercúrio, Enxofre e Sal. universal agindo em sua organização durante sua existência terrena,
e pervertê-la e usá-la mal por conta de sua ignorância com as leis
1 João v. 7.-1 Cor. viii. 6.ó1 João i. 5.-1 João iv. 8. -Rom. eu. 20.ó eternas da natureza.
Wisd. eu. 7.
UNIFICAÇÃO. -At-one-ment. A arte de unir em um. ROM. v. 19.—Mat. xxvi. 39.-Heb. x. 7,36. - Matt. vii. 21.-João v. 30.-João vi. 38.-Heb.
A unificação com o Eterno é o único objetivo e objetivo de toda religião x. 9.-Heb. x. 10. O homem só pode acumular força de vontade pela obediência à lei.
verdadeira. Todas as coisas são originalmente uma; todos eles são
estados de uma consciência divina universal; eles apenas parecem SABEDORIA.- O mais alto atributo concebível do Espírito;
ser diferentes uns dos outros por causa da ilusão concebível - como todos os outros poderes - apenas por aquele em quem
a sabedoria tornou-se manifesta, e quem assim se torna sábio. A MULHER.- Um ser humano em cuja organização o
sabedoria não é obra do homem; ele não pode inventar, mas pode os elementos femininos são preponderantes sobre os masculinos.
adquiri-lo. O mesmo pode ser dito de todos os outros poderes PALAVRA.—Consulte Verbum. A e W.
espirituais; eles existem no universo e devem ser alcançados pelo
ZODÍACO. Os doze signos do Zodíaco representam os doze
homem.
princípios universais que formam a base da construção do universo
Wisd. vii. 17-27.óSab. viii. 18.óWisd. x. 21.óExo. 4. 12.—Mat. x.
material.
19.-1 Cor. eu. 19.óWisd. vii. 13.óJacob i. 5.-Senhor. xxxix. 7, 8.óWisd.
vi. 13.óWisd. vii. 7.-1 Pe. eu. 10.ó2 Pet. eu. 19.-1 Cor. xiii. 8, 9.
óóóóóó<>óóóóóó
SÍMBOLOS
óóóóóó
AS TRÊS SUBSTÂNCIAS
F Sufur. H Mercúrio. Sal G.
OS QUATRO ELEMENTOS
Fogo B. Água C. Ar D. E Terra
OS SETE PRINCÍPIOS OU PLANETAS ! Sol

(Ouro). e Júpiter (Estanho). # Mercúrio (Mercúrio). % Marte (Ferro) $ Vênus (Cobre)
" Lua (Prata). ' Saturno (Chumbo).
O Oitavo Planeta é $ a Terra (Antimônio).
! Dia. # Noite.
OS DOZE SIGNOS DO ZODÍACO
1. um Áries (Carneiro). 3. c Gêmeos 2. b Touro (Dirigir).

(Gêmeos). 5. (Caranguejo). 6. f Virgem (Virgem).
4. d Câncer
e Leo (Leão).
7. g Libra (Equilíbrio). 9. i Sagitário (Arqueiro). 8.
10. jCapricórnio (Capricórnio). 11. k Aquário
(Waterman). 12. l Peixes (peixes). hScorpio (Escorpião).
NOTA.-O aluno deve tentar compreender intuitivamente o significado desses sinais; pois uma explicação em palavras será totalmente
inadequada para expressar seu significado, a menos que seu espírito seja apreendido pelo poder da intuição.
PARTE II.
UM TRATADO
no
PEDRA FILOSOFÉRICA
Por um Filósofo ainda vivo, mas que não deseja ser conhecido.
Escrito para as instruções daqueles que amam a Doutrina Secreta e para
a orientação dos Irmãos de Ouro e Rosa-Cruz.
Copiado e traduzido de um antigo alemão

Rosacruz MS.
HO
ISN
LB OMNE DECUS
NISUS NA ARENA
Fig I. — A PREPARAÇÃO DA PEDRA FILOSOFAL REPRESENTADA ALEGORICAMENTE.
A FIGURA I representa a Natureza, uma grande divindade feminina, simbolizada como uma ninfa ou rainha da água (Vênus surgindo do oceano), da qual ela nasceu.
De seus seios correm dois fluxos contínuos de leite branco e sangue vermelho. Os dois devem ser fervidos juntos até se transformarem em prata e ouro. Feliz
aquele que surpreende a incomparável rainha em seu retiro mais secreto e obtém a posse.
óóóóóóóóó
DIRIGIDO AO DISCÍPULO QUE DESEJA APRENDER A ARTE HERMÉTICA :

A razão pela qual, nestes últimos dias do mundo, me comprometi a escrever este livro é porque desejo evitar que você caia em opiniões errôneas. Não escrevo
livros para meu próprio bem, pois não preciso deles. Li muitos livros escritos e impressos durante os últimos vinte anos; mas achei a maior parte deles cheia de
fantasia e erro. Neste livro, descreverei todo o processo na forma de uma parábola e farei minha descrição da maneira mais simples possível.
No que diz respeito ao meu nome, decidi, após a devida deliberação, não revelá-lo. Não desejo obter fama ou notoriedade
perante o mundo; nem desejo expor minha vida a perigos que inevitavelmente estariam relacionados com a publicação desses
mistérios, se minha pessoa fosse conhecida. Alguns dos Irmãos da Cruz Dourada já agiram imprudentemente a esse respeito
e, conseqüentemente, foram emboscados por certos companheiros ambiciosos e vaidosos, e roubados de sua tintura, o maior
tesouro que um homem pode possuir.
Mas deixe-me perguntar àqueles que são incapazes de entender este livro, e que, no entanto, estão prontos para criticá-lo
e condená-lo: “ Você viu o grande Mar Salgado? Diga-me, querida, onde eles fazem o Enxofre, e onde o Mercúrio vem à
existência? Você já viu o casal amoroso, formado por homem e mulher, abraçando-se de modo que a eternidade não possa
separá-los, e que eles se tornem um só ser? com as mãos. Serei seu irmão e pedirei para ser internado em seu laboratório;
mas se você não entender; Eu aconselho você a manter seu próprio conselho. Algumas pessoas reclamam que esta arte é
muito difícil de aprender, mas deixe-me dizer a elas. que aqueles que amam a Deus e são considerados dignos por ele
aprenderão com muita facilidade; enquanto os ímpios nunca serão capazes de entendê-lo, por mais que exerçam sua própria
imaginação.
Se, no entanto, alguns de vocês estão inclinados a me acusar de ter descrito esta arte com muita clareza e revelado
segredos que não deveriam ser publicados, deixe-os saber que aqueles que são dignos de aprender a arte entenderão
facilmente o que eu digo, e será muito útil para eles; mas aqueles que não são dignos certamente o deixarão em paz. Eu contei
todo o processo para os pretensos sábios, e eles riram de mim em seus corações, e não puderam acreditar que há uma dupla
ressurreição dos mortos em nosso trabalho. Nossa arte é um dom de Deus. Ele o dá a quem quer, e o tira quando quer, e a
vontade pessoal de ninguém tem qualquer influência na determinação deste assunto. É uma arte que me é conhecida com
todas as suas manipulações há mais de dezessete anos; no entanto, tive que esperar até que, pela graça de Deus, pudesse
entrar na prática. É uma arte que existe tão verdadeiramente quanto o sol brilha durante o dia e a lua à noite, mas existe
apenas para aqueles que são capazes de vê-la.
Mas vocês, meus amados Irmãos da Cruz Dourada e Rosa-Cruz, que se mantêm escondidos do mundo e desfrutam em
segredo dos frutos de seus dons divinos, não me evitem; e se você não sabe. quem sou eu, direi que a Cruz é a pedra de
toque da Fé; revela seu verdadeiro valor, mas segurança e sensualidade imaginárias sufocam seu germe. A paz esteja com
todos vós. Amém.
PREFÁCIO.
óóó><><óóó
QuÊrivi: inveni: purgavi sÊpius: atque

Coniunxi: maturavi: Tinctura secuta est
Aurea, NaturÊ centrum quÊ dicitur: inde Tot
sensus, tot scripta virum, variÊque figurÊ Omnibus,
ingênua fator, Medicina metallis, Infirmisque
simul: punctum dinvinitus ortum . *
HARMANNUS DITICHIUS, Auth. famulus.
LEITOR GENTIL E QUE AMA A VERDADE :

ALGUNS anos atrás, depois de ter orado longa e fervorosamente ao Bem, a causa imanifesta e incompreensível de todas as coisas, fui
atraído a Ele e pelo poder de seu Espírito Santo - por meio de quem toda a Sabedoria desce sobre nós e que nos foi enviado por meio de
Cristo, o logoj, do Pai, iluminou minha visão interior, de modo que pude reconhecer o Centrum in Trigono Centri, que é a única e verdadeira
substância para a elaboração da Pedra Filosofal. Mas embora eu conhecesse essa substância e a tivesse em minha posse por mais de
cinco anos, não sabia como obter dela o Sangue do Leão Vermelho e o Glúten da Águia Branca, nem conhecia os processos. como essas
substâncias poderiam ser misturadas, engarrafadas e seladas, ou como deveriam ser tratadas pelo fogo secreto, um processo que requer
muito conhecimento, prudência e cautela.
Estudei bastante os escritos, parábolas e alegorias de vários escritores e fiz grandes esforços para entender seus enigmas, muitos dos
quais eram evidentemente invenções de sua própria fantasia; mas descobri finalmente que todos os seus métodos prescritos para a
preparação da Pedra Filosofal não passavam de fábulas. Todas as suas purificações , sublimações, destilações, retificações e coagulações,
juntamente com seus fornos e retortas, cadinhos, potes, areia e banhos de água, etc. Paracelso, que disse a respeito daquela pedra, que é
um grande erro procurá-la nas coisas materiais e externas, e que as pessoas que o fazem são muito tolas, porque em vez de seguirem a
Natureza, seguem seus próprios cérebros, que não sei o que a Natureza exige.
A natureza em sua nobreza não requer nenhum método artificial para produzir o que deseja. Ela produz tudo de sua própria substância,
e nessa substância devemos procurá-la. Aquele que a merece, lá a encontrará escondida. Mas nem todos são capazes de ler o livro da
Natureza e esta é uma verdade que descobri por minha própria experiência; pois embora a verdadeira substância para a preparação da
Pedra Filosofal estivesse em minha posse por mais de cinco anos; no entanto, foi apenas no sexto ano que recebi a chave do mistério por
uma revelação secreta de Deus. Para abrir os segredos da Natureza é necessária uma chave. Esta chave estava na posse dos antigos
patriarcas, profetas e Adeptos, mas eles sempre a mantiveram escondida, de modo que ninguém, exceto os dignos, deveria entrar em sua
posse; pois se os tolos ou mal-intencionados conhecessem os mistérios da natureza, muito mal seria o resultado.
Na descrição a seguir, revelei tanto desses mistérios quanto me é permitido revelar, e fui fortemente proibido de falar de maneira mais
explícita e clara. Aqueles que lêem estas páginas apenas com seu entendimento externo obterão muito pouca informação valiosa: mas
para aqueles que as lêem à luz da verdadeira fé, brilhando nos fogos sempre ardentes sobre os altares erguidos no santuário de seus
próprios corações , o significado será claro.
Eles obterão doces frutos, e se tornarão e permanecerão para sempre verdadeiros irmãos da Cruz Dourada e Rosa-Cruz, e membros de
nossa inseparável fraternidade.
Mas para aqueles que desejam saber meu nome, e que podem me acusar de ser muito reservado se eu não revelá-lo, vou descrevê-lo
da seguinte forma, para que não tenham motivos para reclamar: O número do meu nome é M.DCXII, e neste número todo o meu nome
está totalmente inscrito no livro da Natureza por onze mortos e sete vivos. Além disso, a quinta letra é a quinta parte da oitava e a décima
quinta a quinta parte da décima segunda.
Que isso seja suficiente para o seu propósito.
MONTE ABIEGNO, 25 de março de 1625.
* procurei e encontrei; Eu purifiquei (isso) muitas

vezes eu misturei (isso) e fiz (isso) amadurecer.
A tintura dourada foi o resultado; ele foi chamado de centro da natureza
A origem de todo pensamento e de todos os livros dos homens e várias figuras.
Agora reconheço livremente, é uma panacéia
Para todos os metais, os fracos (na constituição do homem), E um
ponto que se originou de Deus.
INTRODUÇÃO.
óóó><><óóó
Figura II.
FIGURA II. representa a Prima Materia, ou matéria primordial, o fundamento de todas as coisas e da qual todas as coisas nascem. É o princípio dual da natureza,
seus pais são o Sol e a Lua; produz água e vinho, ouro e prata, pela bênção de Deus. Se você torturar a Águia, o Leão ficará fraco. As “lágrimas da Águia”
e o “sangue vermelho do Leão” devem se encontrar e se misturar. A Águia e o Leão tomam banho, comem e se amam. Eles se tornarão como a
Salamandra e se tornarão constantes no fogo.
óóóóóóóóó
T AQUI estiveram entre muitas nações, e em várias épocas, certas pessoas que foram iluminadas
pelo Espírito de Sabedoria e que escreveram livros nos quais descreviam o resultado de seu
conhecimento de tal maneira que aqueles que sinceramente amaram a verdade por si mesma O saquê
pode ser capaz de encontrá-lo seguindo suas instruções. Algumas dessas pessoas iluminadas eram
egípcios ou caldeus; outros, gregos, árabes, italianos, franceses, ingleses, holandeses, espanhóis,
alemães, húngaros, judeus, etc. harmonia para que o verdadeiro filósofo reconheça facilmente o fato de
ser obra de um só espírito. falando por meio de vários instrumentos, em várias línguas e em vários
momentos. Essa harmonia existe em todos os escritos dos sábios; mas nos livros dos sábios mundanos
encontramos muita desarmonia; pois estes, em vez de seguirem a voz da verdade universal, que é uma
só, seguem os caprichos de seus próprios cérebros. que são muitos, e. portanto, suas opiniões divergem
e seus escritos estão cheios de erros.
Os escritos dos sábios diferem apenas em relação à forma em que a verdade é expressa, mas todos
concordam nos pontos essenciais. Todos dizem que existe apenas uma substância, da qual é feita a Pedra
Filosofal . e que nesta substância está contido tudo o que é necessário para sua produção. Esta substância
é espiritual e viva , e todos concordam que, se você tentar realizar o trabalho com qualquer outra
substância que não contenha espírito ou vida, não terá sucesso em seu trabalho. Renuncie a toda
complexidade. A natureza está satisfeita com apenas uma coisa, e aquele que não conhece essa coisa,
não pode comandar os poderes da natureza. Esta substância é distribuída universalmente em todos os
lugares e pode ser obtida com pouco custo. Pode ser encontrado em todos os lugares; todos a veem,
sentem e amam, mas poucos a conhecem. Tleophrastus Paracelsus o chama de Tinctura Physicorum ou
o Leão Vermelho; Hermes Trismegisto o chama de Mercúrio, solidificado em seu interior; no Tubra é
chamado de minério; no “Rosarium Philosophorum” é chamado Sal. Tem tantos nomes quantos objetos
existem no mundo e, no entanto, é conhecido apenas por poucos. Desta substância pode ser preparado um espírito tã
sangue, e outro branco como a neve, e nestes dois se esconde um terceiro, o mistério, que há de ser revelado
pela arte. Aqueles que não sabem como iniciar o trabalho alquímico ainda estão longe de ter alcançado o
verdadeiro conhecimento. Aqueles que trabalham com materiais mortos não obterão nada que viva.
Nossa substância, ou Rebis, consiste em duas coisas, Espírito e Matéria; mas os dois são apenas um, e eles
produzem a. terceiro, que é a Panacéia Universal, purificando todas as coisas, a Tintura, que transmuta os metais
básicos em ouro. Nosso Elixir é, portanto, uma coisa, feita de duas; mas os dois são um.
A água é adicionada ao corpo e o dissolve em um espírito, e assim a água e o corpo produzem uma solução.
Alguns filósofos descrevem a Pedra Filosofal como sendo o verdadeiro Spiritus Mercurii com a Anima Sulpnuris e
o Sal Espiritual transformados em uma só coisa, preparados sob um só céu, vivendo em um só corpo; o Dragão e
a Águia; outros o chamam de uma preparação feita de espírito, corpo e alma, e dizem que o espírito não se
combina com o corpo, exceto por meio da alma, que conecta ambos, e ainda assim os três são essencialmente um.
O Criador onipotente, cuja sabedoria se estende até sua própria substância, criou no princípio, quando nada
além dele existia, duas classes de coisas, a celestial e a terrestre.
As coisas celestiais são o mundo interior, com todos os seus habitantes; as coisas terrestres são as externas e
foram formadas dos quatro elementos. O último consiste em três classes; a saber, Animalia, Vegetabilia e
Mineralia, e são distintas umas das outras; de modo que, por exemplo, o reino animal não produz árvores, nem os
macacos do reino vegetal, etc. Mas cada ser tem sua própria semente peculiar pela qual sua própria espécie pode
ser propagada, mas nenhuma outra espécie é produzida por eles; a espécie, porém, pode ser melhorada, purificada
e enobrecida até certo ponto e por meios apropriados, como todos sabem.
A natureza é um grande laboratório alquímico no qual ocorre uma purificação e sublimação contínuas para
um padrão mais elevado. A matéria primordial, da qual surgiram todos os diversos metais, é originariamente uma
só, e contém em si um Enxofre1 que, agindo sob diversas condições, produziu ao longo dos tempos uma
variedade de formas, diferindo em suas qualidades exteriores, mas sendo essencialmente apenas um. Assim, uma
porção desta matéria, passando por um certo processo de evolução, assumiu os atributos do ferro, e é chamada
de Ferro; outro tornou-se Chumbo, etc.
Nossa Pedra Filosofal é de natureza mineral e, portanto, é inútil tentar prepará-la a partir de substâncias
animais ou vegetais. Nada pode ser extraído de uma coisa sem que esteja nela contida. Aqueles, portanto, que
fingem ser capazes de fazer isso com tais substâncias são impostores. Além disso, nossa pedra é incombustível
e todas as substâncias animais e vegetais são combustíveis; eles serão destruídos no fogo, e nada restará senão
fumaça e cinzas, que são inúteis para nosso propósito.
Nem pode ser feito de nenhum metal ou mineral imperfeito, nem de Mercúrio, Enxofre ou Sal comuns, pois todas
essas coisas são destrutíveis em sua forma.
Se você deseja ver algo crescer, deve procurar por sua semente. Um cavalo nasce de uma égua, uma planta
cresce por meio da raiz e um fogo cresce de uma faísca. Se você deseja fazer ouro ou prata, deve possuir ouro e
prata; mas deve ser puro e natural, como não pode ser agarrado com as mãos. Pegue esse ouro espiritual puro e
semeie-o na terra lamelada, feita por uma calcinação ardente. Cultive-o e ele crescerá e dará frutos.
O ouro filosófico usado pelo Alquimista não é o ouro material bruto comum, embora este último possa ser
extraído daquele. O ouro que ele usa é uma tintura branca e vermelha, verdadeira, fixa e viva . Ele usa ouro vivo e
prata viva; mas o ouro e a prata comuns estão mortos e permanecem mortos, não importa a que processo químico
sejam submetidos. Portanto, não aceitem o ouro e a prata mortos, mas os nossos, que estão vivos.
O início do grande trabalho é dissolver a Pedra Filosofal na água. É a unificação do espírito e do corpo, pela
qual é produzida uma água mercurial . É um trabalho muito difícil, como será testemunhado por todos os que
tentaram realizá-lo; mas para aquele que souber preparar esta solução, o resto do mistério ficará claro. A solução
requer uma associação permanente dos elementos masculino e feminino, da união de onde pode nascer uma nova
forma.
Que o discípulo pondere sobre os atributos desta água: pois o conhecimento do mênstruo no qual a pedra é
dissolvida é a condição principal, sem a qual nada pode ser realizado nesta arte. É o grande mistério que os sábios
não revelarão e que a ninguém é permitido revelar.
1
Um poder.
INTRODUÇÃO. 7
dizer. A primeira parte do trabalho é a solução, e consiste em umedecer o corpo, de modo que possa
ser novamente dissolvido na substância do Mercúrio, e assim diminuir a salinidade do Enxofre. Este
enxofre é afastado de dois outros enxofres quando o espírito encontra o corpo. A segunda parte é a
regeneração do corpo na água que se chama Mercúrio. Existem três Mercúrios, cujo conhecimento é a
chave para esta ciência, e sem este conhecimento nada será realizado nesta arte. Dois desses
Mercúrios não pertencem aos verdadeiros atributos do corpo; o terceiro é o Mercúrio essencial do Sol e
da Lua. O Mercúrio contido nos demais metais é o material mais nobre para a elaboração da Pedra
Filosofal.
Nosso ouro e prata não são vistos nos raios do Sol e da Lua, mas sua presença é conhecida por
seus efeitos. Nossa pedra é a substância brilhante vinda do Sol e da Lua, pela qual a Terra recebe sua
iluminação. Nenhuma matéria impura é acrescentada, exceto uma, que é o Leão Verde, e que é usada
para unir as duas tinturas existentes entre o Sol e a Lua, e trazê-las à perfeição.
As observações acima serão suficientes para a instrução do verdadeiro discípulo; mas se você não
os compreende, então sua mente ainda não está madura para conhecer a substância da qual a Pedra
Filosofal é preparada; e você deve esperar até chegar a esse estado por meio da meditação e da
oração. Direi, porém, que a primeira parte do nosso trabalho é a redução do corpo à sua substância
primordial; a segunda é a solução perfeita de corpo e espírito juntos. O solvente e o que se dissolve
permanecem juntos e, à medida que o corpo se dissolve, o espírito se coagula.
Assim, todo o segredo agora é revelado a você. Se você o compreender, verá que não é nada
difícil, mas um trabalho para as mulheres e uma diversão para as crianças, devido ao pouco trabalho
relacionado a ele. Aquele que conhece, o começo conhece o fim, e seu corpo glorificado contemplará
todo o esplendor eterno de Deus, quando as ilusões da vida desaparecerem diante de seus olhos,
sendo engolidas em sua própria insignificância. Siga os ensinamentos contidos na parábola a seguir, e
o espírito de sabedoria descerá sobre você e o encherá. Para chegar a este estado exaltado, desejamos
a você e a todos nós a bênção do Pai, do Filho e do Espírito Santo por toda a eternidade. Amém.
PARÁBOLA.
óóó><><óóó
O Certo dia, dei um passeio em uma bela floresta de árvores jovens e verdes e comecei a meditar
sobre os problemas da vida, e lembrei-me de como todos nós ficamos expostos a tanta tristeza
e miséria em consequência da queda profunda. de nossos primeiros pais. Comecei a chorar
amargamente. Assim continuei, sem prestar atenção ao lugar em que estava, e por acaso me afastei
da estrada comum. Depois de um tempo, descobri que estava caminhando por uma trilha estreita e
irregular, toda coberta de ervas daninhas, arbustos e arbustos, e vi que era uma trilha muito raramente
usada. Tentei voltar para a estrada principal, mas foi impossível; porque havia um vento tão forte
soprando daquela direção que teria sido mais fácil para mim dar dez passos para frente do que um para trás.
Decidi, portanto, não me importar com a aspereza da estrada, mas seguir em frente. Eu segui aquele
caminho por uma extensão considerável, e finalmente cheguei a uma bela planície na forma de um
círculo e toda coberta de árvores com frutos deliciosos. Os habitantes daquele lugar o chamavam de
Pratum felicitatis. Eram todos homens velhos e de aparência venerável, com longas barbas grisalhas;
todos exceto um, que era bastante jovem e cuja barba era preta e pontiaguda; e havia outro ainda
mais jovem, cujo nome eu sabia, mas não pude ver seu rosto naquele momento. Eles discutiram
muitas coisas, e especialmente um certo grande e profundo mistério contido na natureza, e do qual
afirmavam que Deus o mantinha escondido de todo o mundo e o revelava apenas àqueles poucos que
o amavam muito.
Eu os escutei por muito tempo e fiquei muito satisfeito com o que eles disseram, mas me pareceu
que as opiniões de alguns deles a respeito - não da matéria ou da obra - mas apenas de certas
formas e alegorias , se desviavam do comum estabelecido. regras de crença e que seguiram certos
métodos descobertos por Aristóteles, Plinius e outros, e que um copiou do outro. Então não pude mais
me conter, mas entrei na conversa e refutei seus argumentos inúteis, explicando os resultados de
minha própria experiência. Eles me ouviram com muita atenção e me fizeram passar por um exame
severo; mas o fundamento da minha doutrina era tão forte que eles não podiam me contradizer. Eles
pareciam estar muito surpresos e satisfeitos, e resolveram unanimemente me receber em seu colégio,
o que me deixou extremamente feliz.
Mas eles me disseram que eu não poderia entrar em plena comunhão com eles até que
1
conhecesse perfeitamente todas as qualidades de um certo leão que eles possuíam e conhecesse
exatamente seus atributos e capacidades exteriores e interiores. Possuindo muita confiança em mim
mesmo, prometi fazer o meu melhor para obter esse conhecimento; pois eu estava tão satisfeito com
a companhia deles que, sob nenhuma circunstância, permitiria que me separassem deles.
Eles me acompanharam até o leão e o descreveram com muita exatidão, mas nenhum deles
consentiu em me dizer como lidar com ele a princípio. Alguns deles deram algumas dicas sobre esse
assunto, mas eram tão sombrios e incertos que nem um homem em mil seria capaz de entendê-los.
Eles disseram, no entanto, que se eu apenas acorrentasse o leão e me protegesse contra suas garras
afiadas e dentes pontiagudos, eles me explicariam tudo. O leão era velho, feroz e feroz; sua juba
amarela e desgrenhada pendia em cachos confusos em volta do pescoço; parecia invencível, e tão
feroz era seu olhar que a princípio me assustei com minha própria audácia; mas tomei coragem porque
estava com vergonha de quebrar minha promessa e, além disso, esses velhos ficaram parados, esperando para ve
1
A vontade individual, ou desejo pessoal, divergindo da vontade universal. A razão individual do homem é meramente um reflexo da
razão eterna na mente individual do homem; onde geralmente se torna pervertido e tingido pelos desejos que existem no princípio
(animal) inferior. Tornar-se-á então um poder forte, que é necessário subjugar, antes que a imagem da razão divina possa ser reconhecida
em sua pureza original.
o que eu ia fazer, e sem dúvida eles teriam me impedido, se eu tentasse fugir. Portanto, entrei
corajosamente na vala onde o leão era mantido, aproximei-me dele e tentei acariciá-lo; mas ele
me lançou um olhar tão feroz com seus olhos luminosos que fiquei apavorado. No entanto,
lembrando-me de ter ouvido um dos homens dizer que muitas pessoas tentaram subjugar o leão e
muito poucas conseguiram, não quis cair em desgraça e pensei em um certo truque que aprendi
2
estudando o arte atlética, e sendo, além disso, bem versado em magia natural3, parei minhas
carícias e ataquei o leão com tal ousadia e sutileza que consegui tirar o sangue de seu corpo e
até de seu coração, antes que ele se tornasse ciente disso. Continuei minhas investigações e
encontrei em seu corpo muitas coisas que me surpreenderam. Seus ossos eram brancos como a
neve, e sua quantidade era maior que a de seu sangue.
Quando os bons velhos que estavam ao redor da vala perceberam o que eu havia feito,
começaram a discutir veementemente entre si. Observei suas gesticulações, mas não consegui
entender suas palavras, pois estava muito fundo naquela vala. No entanto, como eles se tornaram
muito turbulentos, ouvi um deles dizer: “ Ele deve fazer aquele leão viver novamente, senão ele
não pode se tornar um de nós. ”4 Eu queria agir o mais sem cerimônia possível, então saí da vala,
e de repente me vi sobre uma grande parede, sem saber como cheguei lá. A altura daquela parede
era de mais de cem jardas, alcançando as nuvens; mas no topo não tinha mais de um pé de
largura, e havia do começo ao fim uma grade de ferro, bem presa, com muitos pilares e postes, no
meio da parede. Digo que subi nesta parede e me pareceu que alguém estava andando alguns
passos à minha frente, do lado direito daquela grade.
Depois de tê-lo seguido por um tempo, percebi ainda que outro caminhava atrás de mim do
outro lado. Não sei se era homem ou mulher; no entanto, ouvi aquela pessoa me chamar, dizendo
que era mais fácil andar do outro lado, e prontamente acreditei; porque, devido à estreiteza da
estrada e à multidão de postes e alças que a obstruíam, era muito difícil andar em tal altura, e
notei como várias pessoas que tentaram andar atrás de mim caíram. Agarrei-me, portanto,
firmemente ao corrimão de ferro com ambas as mãos e balancei-me para o outro lado, continuando
a caminhar até chegar a uma parte da parede que era muito íngreme e perigosa. Então me
arrependi de não ter permanecido do outro lado; mas não pude passar para aquele outro lado,
nem era possível voltar. Portanto, tomei coragem, confiei na força dos meus pés, agarrei-me ao
corrimão e desci da parede em segurança. Tendo progredido um pouco mais, esqueci todo o
perigo pelo qual havia passado; a parede e o corrimão desapareceram de minha vista e eu não
sabia o que havia acontecido com eles.
Cheguei a uma linda roseira, na qual cresciam algumas rosas brancas e vermelhas. Peguei
alguns deles e coloquei no meu chapéu. Percebi então um muro que circundava um grande jardim,
e neste havia alguns jovens. Algumas virgens pertencentes a esses, jovens, e que estavam do
lado de fora do jardim. estavam muito ansiosos para ir até eles; mas eles não queriam andar ao
redor do muro, nem queriam se esforçar muito para chegar ao portão. Senti pena deles e corri de
volta na direção de onde tinha vindo, mas agora em uma estrada plana, e corri tão rápido que logo
cheguei a um lugar onde vi várias casas, uma das quais eu supunha ser seja a cabana do
jardineiro. Lá encontrei um grande número de pessoas, cada uma com seu próprio quarto. Eles
pareciam ser pessoas lentas; mas dois deles trabalharam juntos com muita diligência, cada um
deles tendo seu próprio trabalho separado. Também me pareceu que o trabalho que eles
realizavam havia sido realizado por mim até então e que, portanto, eu o conhecia bem. Agora eu
via que todo o trabalho deles era imundo e desagradável, irreal e fantasioso de acordo com as
peculiaridades da educação de cada um, mas sem fundamento na natureza; e sabendo que todo
o seu trabalho era apenas como a fumaça que passa, não quis mais parar com eles, mas continuei meu camin
Enquanto eu caminhava em direção ao portão do jardim, algumas daquelas pessoas me
olhavam de forma ameaçadora, como se fossem me impedir de entrar, enquanto outras
ridicularizavam minha intenção e diziam: “Veja! ele quer entrar naquele jardim. Estamos aqui há
muitos anos, prestando serviço ao jardineiro, e nunca conseguimos entrar. Vamos rir dele ao ver sua decepçã
2 3
A arte do autocontrole. Fé.
4
Depois que a vontade própria foi morta, ela deve ser revivida; mas agora, não em oposição, mas em harmonia com a vontade universal. É
inútil ser apenas passivamente bom e não ter vontade alguma. Para se tornar um membro útil da sociedade, ele deve se tornar um cooperador do
bem.
PARÁBOLA. 11
ment.” No entanto, eu não dei atenção às suas ameaças, porque eu sabia mais sobre aquele jardim do que eles,
embora nunca tivesse estado lá dentro, e fui direto para o portão que estava firmemente fechado, e no qual, com
palavras comuns, olhos, não havia sequer um buraco de fechadura para ser visto; mas eu sabia intuitivamente
que ali o portão poderia ser aberto. Assim, apliquei uma pequena picareta5 que trouxera comigo, abri o portão e
entrei. Deparei-me então com mais algumas portas fechadas, mas abri-as facilmente e sem grande esforço. Agora
me encontrei em uma passagem, como pode ser vista em uma casa bem construída. Tinha cerca de um metro e
oitenta de largura e vinte pés de comprimento, com um teto suspenso e, embora as outras portas ainda estivessem
fechadas, eu podia, no entanto, depois que a primeira porta estava aberta, olhar através delas para o jardim,
vendo com clareza suficiente para observar tudo. eu queria ver.
Em nome de Deus, caminhei por aquele jardim e, depois de algum tempo, cheguei a uma pequena praça,
cada lado com cerca de seis varas de comprimento. Era cercada por roseiras, e as rosas ali eram muito bonitas.
Caía um pouco de chuva, o sol brilhava muito forte e um lindo arco-íris apareceu. Eu estava prestes a me afastar
dali e ir em direção ao lugar onde tinha visto as virgens a quem desejava oferecer minha ajuda, quando vi que a
parede havia desaparecido completamente e em seu lugar havia apenas uma cerca baixa. de galhos retorcidos, e
perto daquele jardim de rosas eu vi a mais bela virgem, vestida inteiramente de cetim branco, com um jovem de
aparência nobre, vestido de escarlate.
Seus braços estavam entrelaçados e eles carregavam rosas perfumadas em suas mãos. Aproximei-me deles e
perguntei como haviam conseguido passar aquele esgrimista e a senhora respondeu: “ Este, meu querido e
amado noivo, ajudou-me a superá-lo, e agora vamos deixar o jardim e entrar em nosso quarto para atender ao
deveres que nossa amizade nos impõe.” Eu disse: “Estou feliz que Você está obtendo Seu desejo sem me
incomodar mais. No entanto, você verá que eu estava ansioso para servi-lo e percorri um longo caminho em muito
pouco tempo para cumprir esse propósito.
Segui adiante e cheguei a um moinho, cujo interior era feito de pedras. Não havia caixas de refeição, nem
utensílios para moer, mas através da parede eu podia ver várias rodas d'água girando na água. Perguntei a um
velho moleiro como era feita a moagem e ele me disse que a usina ficava do outro lado. Ao mesmo tempo, vi um
moleiro atravessando a ponte e entrando no moinho. Seguindo-o, fiquei surpreso, pois agora as rodas que antes
estavam à esquerda da ponte agora estavam acima dela; a água que antes parecia branca, agora era negra como
carvão; e a própria ponte parecia ter apenas três dedos de largura. No entanto, ousei voltar; Agarrei-me a alguns
pedaços de madeira que estavam acima da ponte e atravessei com segurança sem me molhar. Então perguntei
ao velho moleiro quantas rodas d'água ele tinha e ele respondeu: dez. Essa aventura me fez refletir, e eu estava
ansioso para saber seu significado; mas quando descobri que o velho moleiro não estava disposto a satisfazer
minha curiosidade, fui embora.
Não muito longe daquele lugar havia uma alta colina pavimentada com pedras, e sobre essa colina havia
alguns dos velhos mencionados acima passeando sob o sol quente. Eles haviam escrito uma carta para o Sun,
assinada por todo o corpo docente de sua faculdade, e estavam se consultando sobre isso.
Percebi que o conteúdo daquela carta se referia a mim. Portanto, aproximei-me deles e perguntei o que eles
queriam dizer. Eles disseram: “Queremos dizer que você deve manter a mulher que recentemente tomou como
sua legítima esposa; mas se você se recusar a fazê-lo, seremos obrigados a relatar seu comportamento ao nosso
soberano.”
Eu respondi: “Você não precisa se preocupar com este negócio, pois eu a amo tanto como se tivesse nascido
simultaneamente com ela. Cresci com ela e, tendo-a levado, ficarei com ela, e nada nos separará, nem mesmo a
própria morte. Eu a amo apaixonadamente e com todo o meu coração.
Eles então continuaram: “Se assim for, não teremos motivos para reclamar. A noiva fica igualmente satisfeita.
Temos o consentimento dela; e Você deve agora entrar nos laços do matrimônio.”
“Muito bem,” foi minha
resposta. “Então”, disse um deles, “o leão começará a viver novamente. e tornar-se mais forte e mais
poderoso do que antes.î
Então me lembrei de meu trabalho e problemas anteriores; e de alguma forma me pareceu que o que eles
disseram não dizia respeito a mim, mas a alguma outra pessoa bem conhecida por mim. Só então eu vi nosso
noivo e sua noiva novamente. Eles estavam vestidos como antes e se aproximaram. Eles estavam prontos para
se casar e fiquei muito feliz com isso; pois eu estava com muito medo de que o assunto fosse comigo mesmo.
5
Conhecimento.
Mas quando o noivo, em suas roupas brilhantes de cor escarlate , e a noiva, em seu vestido de
cetim branco que emitia raios em todas as direções, se aproximaram desses velhos, eles os casaram
imediatamente. e fiquei muito surpreso ao ver que a virgem, embora ela fosse a mãe de seu noivo,
ainda era tão jovem que parecia ter acabado de nascer.
Não sei que pecado perverso eles cometeram, exceto que, sendo irmão e irmã um do outro,
estavam unidos por um amor tão ardente que era impossível separá-los, e talvez fossem acusados
de incesto. Seja como for, em vez de serem colocados no leito conjugal, eles foram condenados a
serem colocados em prisão perpétua, para chorar para sempre, arrepender-se e expiar seus delitos
passados. Mas em consideração ao seu alto nascimento e nobre estado, uma prisão foi escolhida
para eles que era perfeitamente clara e transparente como um globo de cristal; e isso, além disso,
serviu para expô-los à vista do público, para que no futuro eles não pudessem fazer nada em
segredo. mas que todas as suas ações e omissões pudessem ser imediatamente conhecidas pelo
guarda que estava observando. Antes de serem colocados naquela prisão, eles foram despojados
de todas as suas roupas, joias e ornamentos que usavam, e então foram forçados a coabitar naquela
câmara em estado de nudez total. Ninguém foi autorizado a entrar em sua prisão para servi-los,
mas depois de terem recebido a comida necessária e um pouco de água retirada do tanque do
moinho acima descrito, a porta de sua prisão foi firmemente fechada e trancada, e o selo da prisão
a faculdade foi colocada na fechadura; e eles me mandaram vigiá-los e aquecer sua prisão, porque
o inverno se aproximava. Recebi ordens para tomar os devidos cuidados para que não queimassem
nem congelassem, e para que não pudessem escapar ou fugir; e, além disso, fui informado de que,
se negligenciasse meu dever, e se isso causasse dano, eu seria severamente punido por isso.
Fiquei muito inquieto com esse caso e meu coração começou a afundar, pois sabia que o dever
imposto a mim não era de pouca importância; e eu também estava bem ciente de que o Collegium
Sapientiê não tinha o hábito de se vangloriar em vão, mas que em caso de descumprimento do
dever de minha parte, eles certamente executariam suas ameaças. No entanto, não pude mudar
isso e, além disso, a prisão estava situada no interior de uma forte torre e cercada por altos
parapeitos e paredes, e era possível aquecer a câmara por meio de um fogo moderado, mas
contínuo. Assumi a tarefa e comecei, em nome de Deus, a aquecer a câmara, a proteger aquele
casal aprisionado contra o frio, e eis! muito em breve ocorreu uma ocorrência muito estranha; pois
assim que meus prisioneiros começaram a sentir o menor grau de calor, eles se abraçaram com tal
paixão que nunca se viu igual, e permaneceram nesse estado até que o coração do noivo se
derreteu no calor de seu fervor, e todo o seu corpo se dissolveu no abraço de sua bela noiva e caiu
em pedaços. Mas quando a bela noiva. cujo amor por ele não era menor do que seu amor por ela,
viu o que aconteceu, ela começou a chorar, e ela derramou tantas lágrimas que ela - por assim dizer
- enterrou-o nessas lágrimas, e elas inundaram a câmara a tal ponto que o corpo de seu amante
estava totalmente submerso e não podia mais ser visto. Por um curto período de tempo ela continuou
chorando dessa maneira, e sua tristeza foi tão grande que ela resolveu não viver mais e então ela
imediatamente e voluntariamente morreu. Oh, quão grande foi minha dor e aflição ao ver aqueles
cujo bem-estar havia sido confiado aos meus cuidados - por assim dizer - dissolvidos e mortos
diante de meus olhos! Eu esperava minha perdição certa, e o que eu mais temia - e mais do que o
castigo que esperava - era o ridículo e a ignomínia, dos quais eu tinha certeza de que seria minha sorte.
Por vários dias pensei e me preocupei com esse assunto, e estudei como remediar esse
infortúnio, e finalmente me lembrei de como Medeia ressuscitou o cadáver de seu filho , e ocorreu-
me que, como ela havia conseguido fazer isso, façanha, talvez não esteja além do meu poder fazer
o mesmo. Meditei então sobre a maneira como faria o experimento e decidi continuar a aplicar um
calor moderado até que a água tivesse evaporado, caso em que esperava ver novamente os
cadáveres de nossos amantes e, assim, Esperava escapar de todos os perigos e obter lucro e
elogios. Continuei, portanto, a aplicar calor da mesma forma que antes, por quarenta dias
consecutivos, quando notei que a quantidade de água na câmara estava diminuindo gradualmente,
e os dois cadáveres, que entretanto haviam se tornado pretos como carvão, estavam novamente visível.
Isso teria acontecido antes se a câmara tivesse sido dosada e selada com menos firmeza; mas
não me foi permitido abrir a porta. Percebi que a água subia e os vapores subiam até as nuvens;
mas caiu novamente do teto acima e não pôde escapar, e isso continuou até que os cadáveres de
nosso noivo e sua amada noiva jaziam diante de meus olhos em um estado pútrido e podre.
PARÁBOLA. 13
estado; emitindo um odor extremamente ruim. Nesse ínterim, a brilhante luz do sol atuando sobre a atmosfera
úmida dentro da câmara produziu um lindo arco-íris com cores esplêndidas, cuja visão alegrou meu coração.
Mas o que mais me agradou foi a circunstância de poder ver novamente os corpos dos dois amantes.
Ainda assim, não há felicidade sem mistura de tristeza e, portanto, minha alegria não foi isenta de
tristeza; pois os dois amantes estavam mortos e nenhuma vida podia ser percebida em seus corpos. Eu
sabia, no entanto, que sua prisão era feita de material tão sólido e tão firmemente fechado que suas almas e
espíritos não poderiam escapar dela, e por isso continuei meu trabalho sem interrupção, dia e noite,
imaginando que os dois não retornar aos seus corpos, desde que houvesse alguma umidade presente. Tal
foi realmente o caso, pois observei que, ao anoitecer, muitos vapores se levantaram da Terra, produzidos
pelo sol da mesma maneira que o sol atrai vapores do oceano. Esses vapores coagularam durante a noite
e formaram um lindo e frutífero orvalho, que caiu no início da manhã e umedeceu a terra. e banhou os dois
cadáveres, de modo que o último com o passar do tempo, e de dia para dia, tornou-se mais belo e branco.
Sua beleza e brancura aumentavam proporcionalmente à medida que a quantidade de umidade diminuía,
até que finalmente, quando o ar se tornou claro e belo, e todos os vapores e umidade desapareceram, o
espírito e a alma. da noiva não podia mais permanecer na atmosfera clara e tênue; mas eles entraram no
corpo clarificado e agora glorificado da rainha, que logo sentiu sua presença e imediatamente começou a
viver novamente. Você pode acreditar em mim quando digo que me regozijei muito com isso; especialmente
porque eu vi que ela estava usando um vestido tão bonito, como nunca antes visto na terra, e ela tinha na
cabeça uma coroa cara feita de diamantes puros. Eu a vi se levantar e a ouvi dizer: “ Ouçam, ó mortais, e
saibam todos vocês que nasceram de mulher, que o SUPREMO tem o poder de nomear reis e demiti-los.
Ele torna os homens ricos ou pobres, conforme sua vontade, ele mata e faz reviver. Eis em mim um exemplo
verdadeiro e vivo de seu poder. Eu era grande e me tornei pequeno. Tendo sido humilhada, tornei-me
exaltada e rainha de muitos reinos; tendo sido morto, tornei a viver.
Pobre como sou, os grandes tesouros dos sábios e poderosos são confiados à minha guarda. Portanto, foi-
me dado poder para tornar os pobres ricos, para dar misericórdia aos humildes e saúde aos enfermos; mas,
apesar de todo o meu poder, não sou tão grande quanto meu amado irmão, o grande e poderoso rei, que
será ressuscitado dos mortos.
Quando a rainha parou de falar, o sol começou a brilhar muito forte, o dia estava mais quente do que
antes e os dias caninos estavam se aproximando. Muito antes disso, muitos vestidos lindos e caros foram
preparados como presentes de casamento para nossa nova rainha. Eles eram feitos de veludo preto,
damasco cinza, seda cinza, tefetá prateado, cetim branco como a neve, e um que era acima de todos os
outros extremamente bonito, feito de tecido prateado, bordado com pérolas caras e esplendidamente brilhantes. diamante
Agora eles fizeram para o jovem rei igualmente vários casacos de encarnado e amarelo, de tecidos caros e,
finalmente, um terno de veludo vermelho bordado e provido de um grande número de rubis preciosos. e
feixes de carros. Mas os alfaiates que faziam essas roupas eram totalmente invisíveis, e fiquei muito
surpreso ao ver como um vestido após o outro era acabado. bem sabendo que ninguém além do noivo e sua
noiva haviam entrado naquela câmara; mas o que mais me surpreendeu foi ver que sempre que se terminava
uma roupa nova ou um vestido novo, o que havia sido feito antes desaparecia, e ninguém sabia o que
acontecia com ele.
Quando o último casaco caro foi terminado, o grande e poderoso rei apareceu em todo o seu
incomparável esplendor e glória, e quando ele viu que estava preso, falou com muita doçura e cortesia, e
me pediu para abrir a porta e permitir que ele saísse. , dizendo que grande benefício haveria do resultado
para mim. Minha ordem era não abrir a porta em hipótese alguma; mas a majestade do rei e a eloqüência de
seu discurso eram tão grandes que abri a porta sem hesitar. Ao sair da câmara, ele agiu com tanta gentileza,
amabilidade e modéstia que ficou evidente para mim que pessoas de alta posição não podem ter ornamentos
melhores do que essas virtudes. Tendo sido exposto ao calor dos dias caninos, ele estava com muita sede,
fraco e cansado, e me ordenou que fosse buscar para ele um pouco da água corrente debaixo das rodas do
moinho. Fiz como solicitado e, tendo bebido a água com muita vontade, ele entrou novamente no quarto e
ordenou-me que fechasse a porta com firmeza, para que ninguém pudesse perturbá-lo ou despertá-lo de seu
sono.
Lá ele descansou por alguns dias e depois me pediu para abrir a porta. Pareceu-me então que ele havia
se tornado ainda mais belo e glorioso, e seu sangue mais rico. Ele mesmo tomou conhecimento
isso, e atribuindo-o ao efeito da água, ele pediu mais e, tendo obtido, bebeu muito mais do que
antes, de modo que finalmente se tornou necessário fazer seu quarto muito maior.
Depois que o rei bebeu o quanto quis desse precioso fluido, que os ignorantes consideram sem
valor, ele se tornou tão belo e glorioso que nunca em toda a minha vida vi pessoa mais bela,
nem ações mais belas. Ele então me levou para seu reino e me mostrou todos os tesouros e
riquezas do mundo; provando-me assim que não apenas a rainha falou a verdade, mas que
ainda há muito mais verdade a ser descrita por aqueles que o conhecem. Não havia fim de ouro
e carbúnculos; de poderes rejuvenescedores e reconstrutores, de restituição da saúde e
destruição da doença. Mas o melhor e mais precioso de tudo era que o povo daquele país
conhecia seu criador. Eles o amaram e respeitaram, e obtiveram dele sabedoria e compreensão
e, finalmente, depois desse esplendor temporal, felicidade eterna; para cuja obtenção pedimos
a bênção de Deus Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
ALEGORIA.1
óóó><><óóó
EU ESTAVA meditando sobre as maravilhosas obras do Altíssimo , dos mistérios da Natureza e do ardente e
ardente Amor da Humanidade, e pensei na colheita do trigo, quando Ruben , o filho de LeÊ , encontrou no
campo os Dÿdaim que foi dado por Lea a Rachel2 como recompensa por ter coabitado com o patriarca Jacob.
Meus pensamentos foram muito profundos e se estenderam a Moisés , que pegou o bezerro solar que Aaron havia
fabricado e o tornou potável queimando -o com fogo, esmagando-o em pó e borrifando-o sobre a água que ele deu
aos filhos de Israel . para beber.3 Fiquei atônito e, ao compreender a verdade, meus olhos se abriram como os
dos discípulos de Emaús, que reconheceram o Senhor pela maneira como partiu o pão. Meu coração ardia dentro
do peito, deitei-me para meditar mais e adormeci, quando eis! o Rei Sol-Om-On4 apareceu para mim em meu
sonho com toda a sua glória, riquezas e poder. Ele estava acompanhado por suas esposas5 e havia sessenta
rainhas, oitenta concubinas, e o número de virgens7 estava além da descrição de concubinas . Mas uma era sua
6
querida, sua pomba, a mais bela e doce de todas para o seu coração.
Eles iam em uma longa procissão, como é costume entre os católicos romanos, e na fila o Centro era muito
venerado e amado, e o nome do Centro8 era como uma pomada que foi derramada e cuja fragrância ultrapassou
em doçura todas as especiarias do Oriente, e seu espírito ígneo era uma chave para a porta do Templo, e seu
possuidor podia entrar no Santuário e agarrar os chifres no altar.
Terminada a procissão, Salomão me mostrou o Único Centrum em Trigono Centri. Ele abriu meu entendimento,
e percebi que atrás de mim estava uma mulher nua, com uma ferida sangrenta no peito, da qual sangue e água
escorria, e seus lombos se tocavam como duas lantejoulas feitas pelas mãos de um Mestre. . Seu umbigo era
como taças redondas, sempre cheias de uma bebida deliciosa; sua barriga era como duas jovens gêmeas, seu
pescoço como uma torre de marfim, seus olhos como os poços profundos em Hessbon perto da porta Bathrabbin,
seu nariz como uma torre no Líbano olhando para Damasco. Sobre seu pescoço estava sua cabeça como o Monte
Carmelo, e seu cabelo estava preso em tranças, caindo sobre seus ombros como o manto púrpura de um rei.
Mas as roupas que ela havia tirado estavam a seus pés; eram repugnantes, imundos e venenosos. e ela
começou a dizer “eu tirei minhas roupas; como poderia me contentar em usá-los novamente? lavei meus pés; por
que devo contaminá-los agora? Os guardas10 que andam pela cidade me encontraram; eles me espancaram e
tiraram meu véu.
Quando ouvi essas palavras, fiquei apavorado de medo e de minha própria ignorância e caí por terra. Salomão
então me mandou levantar e disse: “Não tema. O que tu vês é a Natureza descoberta e o maior mistério que existe
abaixo do céu e sobre a terra. Ela é tão bela como Tirce, amável como Jerusalém, terrível como uma floresta de
lanças, mas uma virgem pura e imaculada, da qual nasceu Adão. Selada e fechada está a entrada oculta de sua
cabana, pois ela mora no jardim e dorme nas cavernas duplas de Abraão no acre Efrom. e seu palácio está no
fundo do Mar Vermelho, nas grutas de cristal e fendas transparentes. Ela nasceu do ar e foi criada pelo fogo. Ela é
uma rainha do país; leite e mel estão em seu peito, seus lábios estão
1
Esta alegoria contém as verdades fundamentais do Ocultismo e da Teosofia, e um livro poderia ser escrito para explicar completamente seu significado
múltiplo. Fazer isso destruiria o propósito original para o qual foi escrito; ou seja, estimular o pensamento próprio e a pesquisa independente.
2
Esses nomes bíblicos nada têm a ver com personagens históricos, mas referem-se a poderes ocultos no universo.
3
A água (da verdade) era etérea demais para ser engolida (e assimilada) pelos “Filhos de Israel” sem a adição de “Matéria” .
4 5 Artes. 6 Ciências. 7 Segredos ainda não descobertos da Natureza.
Os três nomes do Sol (espiritual).
8
O Vazio, no qual somente o Espírito pode começar a agir.
9 As formas externas.
10
Os padres e cientistas que se apegam a ilusões, os “legalmente nomeados” guardiões da (suposta) verdade.
doces pingando, açúcar e leite estão em sua boca e debaixo de sua língua, suas roupas são para os sábios como odores
exalados do Líbano, mas para os ignorantes são uma abominação. Desperte, olhe ao redor, observe todas essas
mulheres e veja se você pode encontrar uma única que possa ser comparada a ela.”
Ao dizer essas palavras, ele deu um sinal e imediatamente todas as mulheres presentes foram forçadas a se
despir.11 Comecei minha busca; mas não consegui decidir a favor de ninguém, pois meus olhos estavam cativos e eu
não sabia dizer qual era o mais encantador.
Quando Salomão observou minha fraqueza, ele separou todas as outras mulheres daquela mulher nua e disse:
“Teus pensamentos são vãos, teu intelecto é queimado pelo Sol,12 tua memória é como uma nuvem negra e, portanto,
tu não és capaz de decidir corretamente. ; mas se você não perder sua perspectiva e desperdiçar sua oportunidade, o
suor sangrento e as lágrimas brancas como a neve desta virgem nua podem refrescar seu coração, restaurar seu
intelecto e purificar sua memória, para que seus olhos possam ver a Magnalia de o Altíssimo, a altura do mais alto e a
profundidade do mais baixo. O fundamento da natureza: e o poder e a ação de todos os elementos serão claros para ti,
teu intelecto será de prata e tua memória de ouro; joias de todas as cores13 aparecerão diante de seus olhos e você
saberá como elas nasceram.
Tu poderás então separar os bons dos maus, os carneiros das ovelhas. Tua vida será descanso, mas o barulho dos
jingles de Arão te despertará de teu sono, e o som da harpa de meu pai Davi te despertará de teu sono.
Este discurso de Salomão me assustou ainda mais e fiquei extremamente apavorado; não apenas por causa de
suas palavras de partir o coração, mas também por causa da beleza e beleza daquela mulher real. O rei me pegou pela
mão e me conduziu por uma adega até um salão secreto, mas muito magnífico, no qual me refrescou com flores e me
deu maçãs para comer; e as janelas daquele apartamento eram feitas de cristais transparentes, através dos quais eu
olhava. Salomão então me perguntou o que eu vi, e eu respondi; “Eu vejo o mesmo quarto em que eu estava há pouco,
e de onde vim para este lugar, e vejo todas as tuas mulheres reais à esquerda e a virgem nua à direita.
Seus olhos são mais vermelhos que o vinho, seus dentes mais brancos que o leite, mas as roupas aos seus pés são
mais imundas, mais negras e mais nojentas que o riacho Kedron.
“Escolha uma dessas mulheres para sua namorada,” disse Solomon. “Eu os estimo e a minha virgem igualmente.
Estou muito encantado com a beleza de minhas damas, e não tenho medo de suas roupas sujas.” E Salomão virou-se e
começou a conversar com uma de suas rainhas.
Havia entre as senhoras uma velha governanta cuja idade devia ter mais de cem anos.
Ela usava um vestido cinza sobre o corpo e um gorro preto na cabeça. O primeiro era enfeitado com pérolas brancas
como a neve e forrado por dentro com caramelo vermelho, e bordado muito artisticamente com seda azul e amarela. Seu
manto era de várias cores turcas e ornamentado com figuras indianas elevadas.
Esta velha senhora deu-me um sinal secreto, chamou-me à parte e jurou-me que era a mãe da mulher nua; que esta
última era uma virgem casta, pura e misteriosa, sua própria filha, que até então nunca se permitira ser vista por homem
algum; e embora ela tivesse sido prostituída muitas vezes e entre todas as nações, mesmo na rua, nenhum homem
jamais a tinha visto nua nem tocado nela, pois ela era a virgem da qual o profeta disse: “Veja! temos um filho nascido
secretamente que é diferente do resto. Ver! Uma virgem deu à luz uma criança, uma virgem chamada Apdorossa, que
significa secretamente, e que não gosta de se associar com os outros. “Como esta filha ainda é solteira,” continuou a
velha, “seu dote e ornamentos nupciais são colocados sob seus pés, por causa do perigo da guerra, para que não sejam
levados por tropas saqueadoras, e ela seja privada de suas joias. de suas roupas, mas que eu deveria escolher sua filha
acima de todas as outras para meu amor e luxúria, e depois ela me daria um certo líquido com o qual eu poderia limpar
essas roupas. Ela me prometeu que eu obteria um sal fluido e um óleo incombustível que eu poderia usar em minha
casa, e acharia um tesouro inesgotável, e que sua mão direita me acariciaria continuamente, enquanto sua mão
esquerda estaria sob minha cabeça. .
Eu estava prestes a declarar categoricamente o que pretendia fazer, quando Solomon de repente se virou, olhou
em meu rosto e disse: “ Eu sou o mais sábio sobre a terra; bela e encantadora é minha mulher, e o esplendor de minhas
rainhas supera o ouro de Ofir. Os ornamentos de minhas concubinas ofuscam
11 12
Eles foram forçados a se submeter a uma investigação de seus verdadeiros méritos. O julgamento enganado por desejos.
13
As “jóias de todas as cores” representam certos estados espirituais.
ALEGORIA. 17
a luz do sol, as de minhas virgens a lua. Celestiais são minhas damas, inescrutável minha sabedoria, insondável
meu intelecto.” Eu estava muito assustado, e me curvei profundamente, e disse: “Eis que encontrei graça diante
de ti porque sou pobre. Dê-me, portanto, esta virgem nua, a quem escolhi entre todas para a continuação da minha
vida. Suas roupas estão sujas e rasgadas, mas eu as purificarei e a amarei de todo o coração, e ela será minha
irmã, minha noiva; porque com um de seus olhos, e com uma das correntes de seu pescoço, ela arrebatou meu
coração e me deixou apaixonado, de modo que estou doente de amor . uma agitação e tumulto entre as mulheres15
que acordei e, tomando tudo por um sonho, meditei sobre isso até a hora de levantar.
Mas quando me levantei, e depois de ter orado, vi as roupas da virgem nua caídas no chão ao lado da minha
cama. Ela própria, no entanto, não estava em lugar nenhum, e comecei a tremer de medo. Meu cabelo estava
eriçado sobre minha cabeça e um suor frio começou a cobrir minha pele; mas me esforcei para criar coragem.
Recordei o sonho em minha memória, mas minha mente não foi capaz de entender o significado do que eu tinha
visto. Portanto, não me dei ao trabalho de examinar as roupas imundas, nem ousei retirá-las, mas deixei-as intactas
e mudei minha cama para outro quarto. Além disso, o mau cheiro que exalava dessas roupas era tão forte que,
durante o sono, meus olhos ficaram envenenados e inflamados, 16 e, portanto, não pude ver o tempo da graça,
nem meu entendimento pôde perceber a grande sabedoria de Salomão.
Mas depois que essas roupas estiveram em meu quarto por mais de cinco anos, e como eu não achava que
elas poderiam ser de alguma utilidade para mim, eu finalmente resolvi queimá-las, para me livrar de sua presença,
e para tirá-los do meu caminho. Resolvi fazer isso no dia seguinte; mas na noite seguinte o. a velha apareceu
novamente para mim, olhou para mim com muito desdém e disse: “Ó tu miserável ingrato! Nos últimos cinco anos
não confiei a ti as roupas de minha filha, junto com suas joias mais preciosas, e tu nunca tentaste limpá-las, nem
as expuseste ao sol, para que as mariposas e os vermes pudessem ser removido? E o que é ainda pior, e ainda
mais lamentável, você até pensa em jogá-los no fogo! Não é suficiente que tu sejas a causa da morte de minha
filha, e que ela tenha perecido por tua causa?
Quando ouvi essas palavras, fiquei muito zangado e respondi: “Não entendo o que você quer dizer. Quer
dizer que sou um assassino? Nunca mais vi sua filha, nem ouvi falar dela nos últimos cinco anos. Como eu poderia
ser a causa de sua morte?
Mas a velha não quis me ouvir e disse: “Minhas palavras são verdadeiras. Você pecou contra Deus e,
portanto, não pôde obter minha filha, nem eu poderia lhe dar o fluido filosófico17 que prometi a você e com o qual
você poderia ter lavado suas roupas. Salomão deu a você minha filha voluntária e voluntariamente, mas você
18
detestou o vestido dela e, portanto, o planeta Saturno, que é seu avô, ficou com raiva e a transformou novamente
naquilo que ela era antes de nascer.
Foi você quem irritou Saturno com seu desrespeito e, portanto, você é a causa de sua morte, putrefação e
decomposição final; pois ela é aquela de quem o Sênior diz: 'Ai de mim! Dê-me uma mulher nua! Meu corpo era
invisível e pequeno, enquanto eu nunca havia sido mãe, até que nasci pela segunda vez, e então dei à luz os
poderes e virtudes de todas as19raízes e ervas, e tornei-me vitoriosa em minha essência. , íî
etc.
Essas e outras queixas de cortar o coração saíram de seus lábios e me pareceram muito estranhas e injustas.
Tentei reprimir minha raiva tanto quanto possível, mas não pude deixar de protestar solenemente contra suas
acusações. Eu disse a ela que não sabia absolutamente nada sobre sua filha, muito menos sobre sua morte e
putrefação. Eu disse que, embora tivesse guardado suas roupas em meu quarto por mais de cinco anos, nunca
havia percebido que elas poderiam ser de alguma utilidade e que, portanto, eu era perfeitamente inocente diante
de Deus e dos homens.
Minhas desculpas pareceram agradar à velha; ela olhou para mim com mais gentileza e disse: “Vejo pela
sinceridade de suas maneiras que você é realmente inocente de qualquer crime doloso e sua inocência agora será
recompensada. Portanto, direi honestamente e em grande segredo que, em consideração ao extraordinário amor
e afeição que minha filha sentia por você, ela deixou entre suas roupas demitidas um
14
A verdade será dada àquele que a deseja seriamente .
15
O reconhecimento da verdade é seguido por uma derrubada de erros e preconceitos intelectuais.
16
Eles se tornaram quase cegos para a verdade , tendo sido influenciado por equívocos e credos populares.
17 18 19
da Razão Iluminada. Os princípios de vida. Até que eu me tornei manifesto na alma.
caixão de mármore cinza para sua herança. Este caixão é cercado por uma cobertura de pano áspero,
sujo e preto. Limpa-o de toda a sujidade e mau cheiro que ainda lhe adere devido ao contacto com a
roupa e, depois de bem limpo, não necessitas de chave; pois ele se abrirá facilmente e você encontrará
nele as duas coisas seguintes: Primeiro, uma caixa de prata cheia de diamantes esplêndidos e polidos
que foram lapidados com chumbo; e segundo, uma joia de ouro adornada com rubis. Este é o valor
total das relíquias de minha filha falecida, e tudo isso ela deixou para você por sua última vontade e
testamento antes de morrer, como sua herança. Pegue esse tesouro, trate-o de acordo com as regras
ensinadas pela arte hermética, purifique-o secretamente, mas silenciosamente, e com muita paciência,
e guarde-o em um ambiente quente, úmido e vaporoso. e cofre secreto transparente, onde ficará
protegido do frio, vento, granizo, raios. trovões e outras influências prejudiciais, até a época das
colheitas do trigo, quando você perceberá seu grande e sublime esplendor e se regozijará em sua posse.
Enquanto a velha falava, ela me deu uma garrafa contendo a lixívia líquida. Então acordei e orei a
Deus com sinceridade e fervor para que ele pudesse abrir meu entendimento, para que eu pudesse
encontrar a caixa do tesouro que eu tinha visto quando me foi apontada em meu sonho. Depois de
terminar minha oração, comecei a procurar na pilha de roupas velhas e encontrei o caixão, mas o pano
que o envolvia estava coberto por uma crosta dura que havia crescido ao redor e que tentei em vão
remover, pois não seria amolecido pela lixívia líquida, nem poderia ser raspado com ferro ou aço, e o
fluido de limpeza não o afetaria de forma alguma. Finalmente perdi a paciência e deixei para lá, sem
saber o que mais poderia fazer. Suspeitei que estava enfeitiçado e lembrei-me do dito do profeta: “Se
você o limpasse com lixívia e usasse muito sabão, seus vícios seriam ainda mais visíveis para mim”.
Mais uma vez, um ano se passou em vãs especulações. Freqüentemente eu quebrava a cabeça
pensando em como poderia remover aquela crosta do caixão, mas não conseguia encontrar resposta .
sobre uma pedra quadrada e adormeceu. Meu corpo dormia, mas meu coração estava acordado.
22
Então a velha apareceu para mim
novamente e perguntou: “Você conseguiu a herança da minha filha?” Eu me senti muito melancólico e
disse: “Não. Encontrei o caixão, mas não posso remover a crosta, pois o líquido que você me deu não
parece amolecê-lo.”
Quando a velha me ouviu dizer uma bobagem dessas, ela começou a sorrir e disse: “Você espera
comer ostras e lagostins sem abrir a casca? Não é sempre necessário prepará-los primeiro por Vulcano,
o antigo e honrado cozinheiro? Eu não lhe disse para tentar limpar a crosta externa que envolve a
caixa, mas para purificar o próprio caixão com o fluido de limpeza que dei a você e que se originou
naquele caixão. Queime a crosta no fogo filosófico e terá mais sucesso em seu trabalho. Ela então me
deu alguns carvões brilhantes amarrados em isca branca e me ensinou como acender um fogo filosófico
artificial, para queimar a crosta do caixão. Segui seu conselho e imediatamente começou a soprar um
vento do norte e um vento do sul, e ambos sopraram ao mesmo tempo pelo jardim.
Acordei e, depois de esfregar os olhos, encontrei os carvões em brasa embrulhados em isca

branca aos meus pés. Eu os peguei com muita pressa e com grande alegria e, orando frequentemente,
os visitei. o Senhor. Estudei e pratiquei dia e noite, e pensei no verdadeiro e. excelente lema do
filósofo, que disse, “ Ignis et Azoth tibi sufficiunt,”23 como verdade que também é referido por Esdra em
seu quarto livro, onde ele diz, “ Ele me deu uma taça cheia de fogo, e sua forma era como fogo ; Eu
cresci e a sabedoria cresceu em mim.” E Deus me deu o quinto estado de percepção, e meu espírito
entrou na memória eterna. Minha boca não foi mais aberta e fechada, e depois que a quadragésima
noite terminou, os duzentos e quatro livros foram terminados; setenta deles foram escritos; para os
mais sábios; eles eram dignos de serem lidos, e eu os escrevi em um buxo.
Trabalhei silenciosamente e esperançosamente, de acordo com as instruções que me foram
reveladas pela velhinha, até que depois de muito tempo meu intelecto tornou-se de prata e minha
memória de ouro, como me fora predito pelo rei Salomão; e depois de ter trancado com muito cuidado e prudência
20
Os vícios não podem ser erradicados a menos que sejam removidos pelas virtudes. Enquanto existirem as más inclinações, os resultados serão maus; mas
se a vontade for mudada, os desejos e inclinações mudarão. Atos maus são apenas expressões exteriores de desejos maus, e o desejo é mais permanente do
que o ato.
21 Na mente interior.
22
Meus sentidos externos e as faculdades perceptíveis do corpo astral estavam adormecidos, mas as percepções espirituais internas estavam despertas.
23
O Fogo (espiritual) e o princípio da Vida são suficientes para realizar o trabalho.
ALEGORIA. 19
a caixa do tesouro e a guardei de acordo com as instruções recebidas, encontrei os esplêndidos e
gloriosos diamantes lunares e rubis solares, todos os quais se originaram de um caixão e de um país, e
ouvi a voz de Salomão, dizendo: —
“Meu amigo é branco e vermelho, e eleito entre muitos milhares. Seus cabelos são cacheados e
negros como as asas de um corvo. Seus olhos são como os olhos de pombas banhadas em leite à beira
do rio, suas faces são como jardins, cheios de ervas curativas. Seus lábios são como rosas pingando
mirra, suas mãos são como turquesas, seu corpo é puro como o ébano adornado com safiras, suas pernas
são como pilares de mármore baseados em pés de ouro. Sua estatura é como a dos cedros do Líbano,
seu hálito é doce e delicioso. Tal é meu amigo! meu amigo! Agarre-se a ele, ó filhas de Jerusalém, e não
o perca até que você o tenha levado para a casa de sua mãe e o tenha levado para o quarto dela.
Quando Solomon terminou de falar, eu não sabia o que responder e, portanto, fiquei em silêncio; mas
pensei em reabrir o tesouro trancado, para poder desfrutar da paz e permanecer sem ser molestado. Só
então, porém, ouvi outra voz, que disse:
“Eu vos conjuro, ó filhas de Jerusalém, pelas ovas sobre o campo, a não despertar minha amada até
que ela mesma decida despertar, porque ela é como um jardim fechado, uma fonte oculta, uma fonte
selada. Ela é a vinha de Baalhamon, o jardim de Engeddi, a montanha de mirra e incenso, a cama, a
poltrona, a coroa, a palmeira e a macieira, as flores Saron, a safira, a turquesa, a parede, a parapeito, o
poço de água viva, a princesa e o amor de Salomão em voluptuosidade. Ela é a mais amada de sua mãe
e foi selecionada por ela. Sua cabeça está coberta de orvalho, e seus cabelos com a chuva que caiu
durante a noite.”
Quando ouvi este discurso e revelação comecei a entender o propósito dos sábios, e resolvi deixar o
tesouro escondido intocado até que, pela misericórdia de Deus, pela ação da Nobreza da Natureza, e pelo
trabalho de minhas mãos, tudo será felizmente terminado.
Pouco depois desse dia, e no dia da lua nova, ocorreu um eclipse solar24, que produziu um efeito
terrível em todos os que o contemplaram. A princípio, o sol apareceu com cores verdes escuras e um tanto
misturadas, mas por fim ele ficou preto como carvão, e o céu, assim como a terra, ficou escuro. Então o
povo ficou muito alarmado, mas eu estava alegre em meu coração, e pensei na grande misericórdia de
Deus e no novo nascimento, ao qual se refere a fábula de Cristo sobre o grão de trigo, e como a semente
é decomposta e absorvida por o germe que cresce a partir dele. e- que se isso não acontecesse, não
poderia crescer e dar frutos. E um braço se estendeu por entre as nuvens, e meu corpo começou a tremer,
pois aquele braço segurava uma carta em sua mão. ao qual foram anexados quatro selos pendurados, e
naquela carta estava escrito: “ Eu sou negro, mas sou adorável, ó filhas de Jerusalém. Sou como as casas
de Kedar e como os tapetes de Salomão. Não me despreze porque sou negro, pois o sol queimou meu rosto.”
Mas assim que aquilo que estava fixo começou a agir no fluido, um arco-íris apareceu, e pensei no
pacto que o Supremo havia feito, e na fidelidade do meu guia que havia me instruído, e o resultado foi que
pelo Com a ajuda dos planetas e estrelas fixas, o sol venceu a escuridão e um dia brilhante apareceu
sobre as montanhas e vales. Então todo medo e terror acabaram, e todos os que viveram para ver aquele
dia se alegraram e se alegraram. Eles louvaram ao Senhor e disseram: “O inverno se foi, a chuva
desapareceu, as flores brotaram por todo o país; a primavera chegou e o grito da rola é ouvido na floresta.
A figueira e a videira brotaram e exalam sua fragrância. Portanto, vamos nos apressar e pegar as raposas,
as pequenas raposinhas que estão destruindo nossa vinha, para que possamos colher uvas maduras,
cheias de vinho artificial, e obter leite e mel, e nos banquetear e nos saciar.”
E quando o dia estava declinando e a noite apareceu, todo o céu ficou colorido e a constelação das
Sete Estrelas surgiu e emitiu raios amarelos. A noite seguiu seu curso regular, até que a manhã foi
dispersada pelos raios vermelhos do sol. Então os sábios de. o país acordou de seu sono, olhou para o
céu e disse: “ Quem é esta que surge como a glória da manhã, bela como a lua, excelente como o sol e
sem defeito? O brilho de suas faces é ardente e uma chama do Senhor, e muitas águas não podem
extinguir seu amor, nem o conteúdo de todos os rios seria suficiente para afogá-la. Portanto, não vamos
abandoná-la, pois ela é nossa irmã, e embora ela tenha ficado pequena e não tenha seios, nós a
receberemos novamente em sua casa.
24
No reino da mente causado por uma onda de pensamento material; por um ofuscamento do sol da intuição pelo raciocínio
superficial, falsa lógica e sofisma.
casa da mãe, na câmara de cristal em que ela morou antes, para que ela possa ser alimentada pelos seios de sua
mãe. Então ela crescerá e avançará como a torre de Davi com seus parapeitos e ameias, nas quais estão
pendurados mil escudos e armas para os fortes.”
E quando ela saiu de seu palácio, as filhas a elogiaram, e as rainhas e concubinas a admiraram.
ela e exaltei sua virtude, mas eu caí de cara no chão, agradeci a Deus e louvei seu santo nome.
Assim, ó seguidores da verdade, o grande mistério dos sábios e a revelação do espírito foram agora realizados
em todo o seu poder e glória. Theophrastus Paracelsus, o grande monarca do reino da mente, em seu Apocalypsis
Hermetis, diz que esta misteriosa essência está contida no começo e no fim do mundo. Em seu poder repousam
os elementos e a Quinta Substância;25 ela adapta os elementos e o espírito entre si e supera verdadeiramente a
resistência do primeiro.
É o único Noumen, uma unidade, uma atividade divina e maravilhosa. Nenhum olho jamais viu, nenhum ouvido
ouviu e no coração de nenhum mortal jamais penetrou aquilo que o céu incorporou a este espírito de verdade.
Somente neste mistério está a verdade e, portanto, foi chamada de voz da verdade. É o poder do qual Adão e os
antigos patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó, obtiveram o Elixir da Vida e grandes riquezas. Pelo poder desse espírito,
os antigos filósofos descobriram as sete artes livres e encheram seus tesouros com ouro. Pelo poder desse espírito
Noé construiu sua arca, Moisés seu tabernáculo, Salomão seu templo e moldou os vasos de ouro que foram
usados nele. Esdras restaurou a lei por seu poder, e diz-se que sua posse permitiu a Maria, a irmã de Moisés, ser
muito hospitaleira com estranhos. Este espírito foi usado universalmente entre os antigos profetas: é uma Panacéia
Universal para todas as doenças do corpo e da mente, o último e o mais alto mistério da Natureza. É o espírito do
Bem que preenche o universo infinito e que se moveu sobre a face das águas no início. O mundo não pode
concebê-lo sem a inspiração misteriosa e graciosa do Espírito Santo, ou sem a instrução secreta daqueles a quem
é conhecido; mas o mundo inteiro precisa dele, deseja-o e não pode existir sem ele; seu valor não pode ser
superestimado pelo homem, e os santos de todas as épocas e de todas as nações, desde o começo do mundo,
têm desejado sinceramente obtê-lo. Ele sobe aos sete planetas, levanta as nuvens, dispersa as névoas, dá a
todas as coisas sua luz. transforma tudo o que toca em prata e ouro, produz saúde e superabundância, virtudes e
26
tesouros, conforta o sofredor, cura o enfermo e cura todas as doenças. É o mistério de todos os mistérios, o
segredo de todos os segredos, a força e a vida de tudo. Ela nutre o corpo, refresca a alma, mantém o homem em
contínua juventude, afasta a velhice e a debilidade, destrói a fraqueza e rejuvenesce o mundo. Sua qualidade é
inescrutável, seu poder infinito, sua ação invisível. sua magnificência maior do que tudo.
Está acima de todas as coisas terrenas e celestiais, um espírito dos espíritos, uma essência seleta, que dá
saúde, felicidade, alegria, contentamento, paz e amor. Destrói a pobreza, a ignorância e a miséria. Transforma os
homens em seres que não podem pensar, nem falar mal, nem agir mal, mas que são todo-poderosos para o bem.
Dá a cada um o que seu coração deseja. Aos bons dá honra e vida longa; mas para os maus, que abusam dela,
castigo eterno.
E agora vamos - em nome da Santíssima Trindade, e nas seguintes palavras - encerrar o que tínhamos a
dizer sobre este grande mistério, o segredo da Pedra Filosofal, e agora, assim, celebramos solenemente e
concluímos a mais alta festa da sábios:ó
Louvado seja a honra e seja dado graças para sempre ao Deus Altíssimo e Todo-Poderoso, que criou esta
arte e a quem aprouve revelá-la a mim por meio de uma aliança sagrada. de acordo com sua promessa que ele
cumpriu apesar de suas próprias imperfeições. Rogo-lhe com todas as aspirações do meu coração e com grande
humildade de espírito, para que governe e guie a minha alma, o meu sentido e o meu entendimento, pelo poder do
seu espírito de santidade, para que eu não fale deste segredo perante o mundo, muito menos comunicá-lo aos
indignos, ou revelá-lo a qualquer criatura. e assim quebrar meu juramento, rasgar o selo da divindade. e tornar-se
um irmão perjuro da Cruz de ouro; pois, ao fazê-lo, eu acumularia o mais negro dos insultos à majestade do
Supremo e, consciente e infalivelmente, cometeria um pecado contra o Espírito Santo, um mal do qual o Bem ,
27
como pai, filho e espírito, a Adorável Trindade em Unidade, pode proteja-me para todo o sempre. Amém! Amém!
Amém!
25 26
“Mercúrio”, a essência da mente Universal. Os Sete Princípios.
27
O “Pecado contra o Espírito Santo” é a rejeição voluntária da Verdade depois de ter sido totalmente reconhecida e compreendida.

Franz Hartmann - Secret Symbols of The Rosicrucians

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COPIADO E TRADUZIDO DE UM ANTIGO MANUSCRITO ALEMÃO E FORNECIDO

Este trabalho é de domínio público.

O presente e-texto consiste apenas em excertos.

AUREUM SECULUM REIVIVUM

A antiga idade de ouro,

HENCRICUS MADATHANUS THEOSOPHUS,

Medicus & tandem, Dei gratia, aureÊ crucis frater.

Centrum Mundi: Granum Fundi.

OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

2 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

4 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

6 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

8 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

10 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

12 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

14 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

16 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

VOCABULÁRIO DE TERMOS OCULTOS.

2 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

VOCABULÁRIO DE TERMOS OCULTOS. 3

4 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

sendo o Absoluto, não pode ter nenhum atributo relativo concebível;

ESPERANÇA. - A esperança espiritual é um estado de consciência

VOCABULÁRIO DE TERMOS OCULTOS. 5

MAGIC.-A ciência e arte de empregar poderes espirituais para

NOTA.-A vida está presente em todos os lugares, em uma pedra ou planta,

6 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

MATRIX.ó(Alch.) Ventre. A mãe em que um germe, semente ou

PROJECTIO.ó(Alch.) Projeção. O ato de dotar uma coisa com

VOCABULÁRIO DE TERMOS OCULTOS. 7

REGENERAÇÃO.ó(Alch.) Regeneração. O ato de renascer no SOFISTA.-Originalmente este termo significava um "homem

ROSA.ó(Alch.) O símbolo da evolução, desenvolvimento e beleza.

8 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

depositada por um fluido ou cristalizada a partir deste. Os elementos

baseado no conhecimento de símbolos externos e alegorias sem VÊNUS.ó(Alch.) O princípio do Amor.

VOCABULÁRIO DE TERMOS OCULTOS. 9

F Sufur. H Mercúrio. Sal G.

Fogo B. Água C. Ar D. E Terra

OS SETE PRINCÍPIOS OU PLANETAS ! Sol

1. um Áries (Carneiro). 3. c Gêmeos 2. b Touro (Dirigir).

Escrito para as instruções daqueles que amam a Doutrina Secreta e para

a orientação dos Irmãos de Ouro e Rosa-Cruz.

Copiado e traduzido de um antigo alemão

Fig I. — A PREPARAÇÃO DA PEDRA FILOSOFAL REPRESENTADA ALEGORICAMENTE.

DIRIGIDO AO DISCÍPULO QUE DESEJA APRENDER A ARTE HERMÉTICA :

QuÊrivi: inveni: purgavi sÊpius: atque

LEITOR GENTIL E QUE AMA A VERDADE :

* procurei e encontrei; Eu purifiquei (isso) muitas

6 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

10 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

12 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

14 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

16 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

18 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

Acordei e, depois de esfregar os olhos, encontrei os carvões em brasa embrulhados em isca

20 OS SÍMBOLOS SECRETOS DOS ROSICRUCIANOS.

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