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Introdução

O Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário, e a ele compete,


precipuamente, a guarda da Constituição, conforme definido no art. 102 da Constituição da
República.

É composto por onze Ministros, todos brasileiros natos (art. 12, § 3º, inc. IV, da CF/1988),
escolhidos dentre cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber
jurídico e reputação ilibada (art. 101 da CF/1988), e nomeados pelo Presidente da República,
após aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado Federal (art. 101, parágrafo único,
da CF/1988).

ATRIBUIÇÕES:

• Julgar a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou


estadual, a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, a
arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da própria
Constituição e a extradição solicitada por Estado estrangeiro.
• Na área penal, destaca-se a competência para julgar, nas infrações penais comuns, o
Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus
próprios Ministros e o Procurador-Geral da República, entre outros (art. 102, inc. I, a e
b, da CF/1988).
• Em grau de recurso, sobressaem-se as atribuições de julgar, em recurso ordinário, o
habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão, e,
em recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a
decisão recorrida contrariar dispositivo da Constituição.
• A partir da Emenda Constitucional 45/2004, foi introduzida a possibilidade de o
Supremo Tribunal Federal aprovar, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, súmula com efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal (art. 103-A da CF/1988).

Os ministros

Ministra Rosa Weber – Presidente

Gaúcha de Porto Alegre (RS), Rosa Weber ingressou na magistratura em 1976, como juíza do
Trabalho substituta. Ao ser eleita, afirmou que pretende desempenhar a função com
serenidade e apoio dos demais ministros, sempre na defesa da integridade e da soberania da
Constituição e do regime democrático.

Ela é a terceira mulher a ocupar o mais alto posto do Poder Judiciário brasileiro, ao qual chega
após 46 anos de carreira na magistratura. O ministro Luís Roberto Barroso será empossado
como vice-presidente.

Currículo:

Rosa Weber graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) em 1971. Foi juíza do trabalho de 1976 a 1991 e integrou o Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) de 1991 a 2006. Presidiu o TRT-4 no biênio de 2001 a
2003. De 2006 a 2011, foi ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), até ser nomeada
para o STF, onde tomou posse em 19/12/2011. Ela presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
de 2018 a 2020 e é autora de diversos artigos.

Quem indicou:

A presidente da República, Dilma Rousseff.

Relatoria:

Com base no entendimento da ministra Rosa Weber, o Plenário estabeleceu que a requisição
de dados bancários e fiscais considerados imprescindíveis pelo corregedor nacional de Justiça
é constitucional, mediante decisão fundamentada e baseada em indícios concretos da prática
do ato investigado (ADI 4709). Segundo a ministra, o STF reconhece o status constitucional do
sigilo fiscal, mas não como direito absoluto.

Ministro Roberto Barroso – Vice-Presidente

Barroso nasceu em Vassouras, mas ainda criança mudou-se para o Rio de Janeiro. É neto de
judeus gregos que vieram para a América do Sul na década de 1920 e se estabeleceram
inicialmente em Montevidéu, onde sua mãe viveu até os 17 anos e militou no movimento
sionista local. Seu pai foi promotor de justiça e sua mãe, advogada.

Currículo:

Formou-se bacharel em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 1980.
Simultaneamente cursou, por dois anos e meio, graduação em administração e economia pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), sem a concluir. Durante o curso de
direito da UERJ, atuou no movimento estudantil e foi um dos fundadores do Centro Acadêmico
Luiz Carpenter.

Tornou-se mestre (Master of Laws) pela Yale Law School (Estados Unidos) em 1989, e livre
docente e doutor pela UERJ, em 1990 e 2008, respectivamente. Em 2011, realizou estudos de
pós-doutorado como visiting scholar na Universidade de Harvard, ocasião em que escreveu e
publicou, nos Estados Unidos, trabalho intitulado Here, there and everywhere: human dignity
in contemporary law and in the transnational discourse.

Quem indicou:

A presidente da República, Dilma Roussef.

Relatoria:

O ministro Luís Roberto Barroso foi designado relator da ação apresentada pela Rede
Sustentabilidade ao Supremo Tribunal Federal contra portaria do Ministério do Trabalho que
proíbe que empresas exijam comprovante de vacinação no ato da contratação ou manutenção
do emprego do trabalhador.

Caberá a Barroso decidir se a portaria publicada pelo ministro Onyx Lorenzoni é constitucional
ou não.

Ministro Gilmar Mendes – Decano


Mestre e doutor em direito pela Universidade de Münster, é docente da Universidade de
Brasília (UnB), pela qual se graduou, e do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do qual
é co-fundador. Recebeu o Prêmio Jabuti em 2008, como um dos autores do livro Curso de
Direito Constitucional, e em 2014, como um dos organizadores da obra Comentários à
Constituição do Brasil, ambos pela Editora Saraiva.

Currículo:

Graduado pela Faculdade de Direito da Universidade de Brasília em 1978, ali também concluiu
o curso de mestrado em Direito e Estado, em 1987, com a dissertação Controle de
Constitucionalidade: Aspectos Jurídicos e Políticos, desenvolvida sob a orientação do ministro
do Supremo Tribunal Federal José Carlos Moreira Alves.

Em 1989, concluiu um segundo mestrado na Universidade de Münster, na Alemanha, sob a


orientação do Professor Hans-Uwe Erichsen. Em 1990 obteve seu doutorado nessa mesma
universidade, também sob a orientação do professor Erichsen.

Quem indicou:

O presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.

Relatoria:

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi definido como relator da
petição apresentada por deputados do PT contra o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, por
causa do apagão de dados do ministério sobre a situação epidemiológica da pandemia da
Covid-19.

Ministro Ricardo Lewandowski

Nasceu em 11/05/48, na cidade do Rio de Janeiro – RJ. É casado com Yara de Abreu
Lewandowski, tendo com ela os filhos Ricardo, Lívia e Enrique. O casal possui três netos e duas
netas, chamados Philip, Mark, Martin, Betina e Catarina.

Currículo:

Formou-se em Ciências Políticas e Sociais, pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo
(1971). Bacharelou-se também em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São
Bernardo do Campo (1973).

É Mestre (1980), Doutor (1982) e Livre-docente em Direito do Estado pela Faculdade de Direito
da Universidade de São Paulo (1994). Nos Estados Unidos obteve o título de Master of Arts, na
área de Relações Internacionais, pela Fletcher School of Law and Diplomacy, da Tufts
University, administrada em cooperação com a Harvard University (1981).

Quem indicou:

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Relatoria:
ADPF 186 e RE 597.285, em que se decidiu pela constitucionalidade do sistema de
reserva de vagas nas universidades públicas com base em critério étnico-racial,
bem como para estudantes egressos do ensino público.

Ministra Cármen Lúcia

Nascida em Montes Claros,[13] é filha de Florival Rocha e Anésia Antunes, de origem


portuguesa,[14] em uma família de sete irmãos. Foi interna em colégio de freiras até a idade
de prestar vestibular. Nunca se casou e, segundo uma prima, a economista Silvana Antunes,
sempre anunciou que não o faria. “Ouvi várias vezes de sua boca que não se casaria. ‘Vou me
dedicar à profissão’”.

Foi a segunda mulher a integrar o STF e a primeira ministra a usar calça comprida durante a
sessão plenária em 15/03/2007 (o traje foi liberado às mulheres desde maio de 2000).

Currículo:

Formou-se em Direito em 1977 pela Faculdade Mineira de Direito da PUC MG, da qual se
tornaria professora. É especialista em Direito de Empresa pela Fundação Dom Cabral (1979) e
mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (1982). Cursou
doutorado em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo em 1983, sem concluí-lo.

Quem indicou:

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Relatoria:

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Carmen Lúcia será a relatora do inquérito
que investiga o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por priorizar pastores a pedido
do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ministro Dias Toffoli

Filho do cafeicultor e marceneiro Luiz Toffoli e da professora e catequista Sebastiana


Seixas Dias Toffoli, graduou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade
de São Paulo (1986 - 1990). Durante o período de faculdade, foi diretor do Centro
Acadêmico XI de Agosto.

Currículo:

Bacharel em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (1990), foi
professor colaborador no curso de pós-graduação desta instituição, além de lecionar
direito constitucional e direito de família no Centro de Ensino Unificado de Brasília.

Ingressou na advocacia em 1991, tendo sido consultor jurídico na Central Única dos
Trabalhadores de 1993 a 1994, assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo em 1994 e assessor jurídico da liderança do Partido dos
Trabalhadores na Câmara dos Deputados de 1995 a 2000. Atuou como advogado de
três campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições de 1998, 2002 e
2006. Foi subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil da Presidência da República de
2003 a 2005.

Quem indicou:

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Relatoria:

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi escolhido relator de uma
notícia-crime apresentada por deputados de oposição contra o secretário de Ciência,
Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (Conitec), Helio
Angotti Neto, por causa de uma nota elaborada por sua secretaria referendando
medicamentos ineficazes no tratamento contra a Covid-19.

Ministro Luiz Fux

Filho de Mendel Wolf Fux e Lucy Luchnisky Fux, judeus de origem romena exilados pela
Segunda Guerra Mundial, Luiz Fux foi criado no bairro carioca do Andaraí e estudou no
Colégio Pedro II.

Currículo:

É bacharel (1976) e doutor (2009) em direito pela Faculdade de Direito da Universidade


do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Desde 1995 é professor titular de direito processual
civil da UERJ, tendo chefiado o Departamento de Direito Processual dessa universidade,
além de ter lecionado processo civil na Escola de Magistratura do Estado do Rio de
Janeiro e direito judiciário civil na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Quem indicou:

A Presidente da República, Dilma Rousseff.

Relatoria:

RE 1008166 - Tema 548, o Tribunal acompanhou voto do ministro Fux que


entendeu que o dever constitucional do Estado de assegurar o atendimento em
creche e pré-escola às crianças de até 5 anos de idade é de aplicação direta e
imediata, sem a necessidade de regulamentação pelo Congresso Nacional. O
colegiado estabeleceu, ainda, que a oferta de vagas para a educação básica pode
ser reivindicada na Justiça por meio de ações individuais.

Ministro Edson Fachin

Luiz Edson Fachin, cujo pai era agricultor e a mãe professora, nasceu no então distrito
de Rondinha, Passo Fundo, Rio Grande do Sul, em uma família de poucas posses, que
mudou-se para Toledo, Paraná, quando ele tinha dois anos de idade. Aos dezessete
anos, ele se mudou para Curitiba para estudar. Em sua sabatina pelo Senado Federal
em 2015, Fachin declarou que teve uma infância de privações e uma adolescência
difícil, tendo vendido laranjas nas ruas da cidade e passagens em uma estação
rodoviária.

Currículo:

Graduado em direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1980, obteve os


títulos de mestre e doutor pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP),
defendendo, em 1986 e 1996, respectivamente, a dissertação "Negócio jurídico e ato
jurídico em sentido estrito: diferenças e semelhanças sob uma tipificação
exemplificativa no Direito Civil brasileiro" e a tese "Paternidade presumida: do Código
Civil brasileiro à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal", ambas sob a orientação
do professor José Manoel de Arruda Alvim Netto. Realizou pós-doutorado no Canadá e
foi professor visitante do King's College (Reino Unido) e pesquisador convidado
do Instituto Max Planck (Alemanha).

Quem indicou:

A Presidente de República, Dilma Rousseff.

Relatoria:

O Supremo Tribunal Federal (STF), por sorteio eletrônico, que o ministro Luiz Edson Fachin vai
ser o novo relator da Lava Jato na Corte. Ele vai suceder Teori Zavascki, que morreu em um
acidente aéreo no dia 19 de janeiro.

Ministro Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes é casado com a advogada Viviane Barci de Moraes, com quem
tem três filhos: Gabriela, Giuliana e Alexandre.

Currículo:

Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), na tradicional Faculdade de


Direito Largo de São Francisco, no ano de 1990, também ali Alexandre de Moraes
obteve o título de Doutor em Direito do Estado no ano de 2000, com a tese "Jurisdição
constitucional e tribunais constitucionais - garantia suprema da Constituição", sob
orientação do Professor Dalmo Dallari, então titular de Teoria Geral do Estado.

Quem indicou:

O Presidente da República, Michel Temer.

Relatoria:

O ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi sorteado


relator do processo que envolve a análise pela corte da candidatura do presidente à
reeleição. Caberá ao ministro, portanto, avaliar a declaração sobre o patrimônio de
Bolsonaro, por exemplo.

Ministro Nunes Marques


Nunes é maçom e se declara católico. De origem humilde, filho de professores da rede
pública, cresceu na periferia de Teresina e foi o primeiro de sua família a se formar em
um curso de ensino superior. É casado com Maria do Socorro Marques, que em 2020
trabalhava como funcionária comissionada no gabinete do senador Elmano Férrer
(Podemos-PI) e que, previamente, serviu nos gabinetes de Wellington Dias (PT/PI) entre
2011 e 2014, depois da suplente desse Regina Sousa (PT/PI) entre 2015 e 2018 e, em
seguida, do segundo suplente Zé Santana (MDB-PI) em 2019.

Currículo:

Graduado em direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) em 1994, Nunes


concluiu especialização em processo e direito tributário pela Universidade Federal do
Ceará (UFC) em 2013, bem como mestrado em direito constitucional pela Universidade
Autônoma de Lisboa (Portugal) em 2015[5] e doutorado em direito pela Universidade
de Salamanca (Espanha) em 2020.

Quem indicou:

O Presidente da República, Jair Bolsonaro.

Relatoria:

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), será o relator do
pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para que o presidente eleito, Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), e a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi
Hoffmann, sejam investigados por "macular sua honra" durante a campanha eleitoral.

Ministro André Mendonça

André Mendonça nasceu em Santos, São Paulo, e torce para o Santos Futebol Clube.
Foi criado numa família religiosa, e frequenta a Igreja Presbiteriana Esperança
de Brasília. É casado e tem dois filhos.

Currículo:

André Mendonça graduou-se em ciências jurídicas e sociais em 1993 pela Instituição


Toledo de Ensino (ITE), atual Centro Universitário de Bauru, no interior de São Paulo.
Concluiu especialização em direito público pela Universidade de Brasília (UnB),
mestrado pela Universidade de Salamanca, Espanha, com dissertação sobre corrupção
e Estado de Direito, e doutorado pela mesma universidade, tendo recebido a avaliação
mais alta pela tese Estado de Derecho y Gobernanza Global (“Estado de Direito e
Governança Global”).

Quem indicou:

O Presidente da República, Jair Bolsonaro.

Relatoria:
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado o relator
de um pedido de impeachment contra o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira de
Oliveira. O pedido foi apresentado por um grupo de advogados.

A petição dos advogados cita crime de responsabilidade por conta da nota na qual as
Forças Armadas afirmam que o relatório que confirma os dados da votação das
eleições deste ano “não exclui a possibilidade da existência de fraude” nas urnas.

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