Você está na página 1de 5

1 - Características gerais do ArcGIS

O software ArcGIS foi desenvolvido pela empresa americana ESRI no fim da década de 1990 e
constitui uma plataforma primária de última geração para realizar as análises em ambiente de
SIG.

Com o surgimento dos computadores pessoais de baixo custo e com capacidade de


processamento de dados gráficos foi desenvolvida uma nova geração de softwares para
Sistemas de Informação Geográfica (SIG).

Esses softwares, conhecidos como Desktop Mapping (DM), tinham como objetivo espalhar nas
organizações o uso de dados geográficos que antes estavam restritos a laboratórios bem
equipados e caros. Com os DMs os usuários passaram a acessar os bancos de dados
geográficos de seus próprios equipamentos pessoais, podendo gerar consultas, mapas e
relatórios que antes precisavam ser "encomendados" em um centro de processamento de
dados. Assim, os grandes avanços tecnológicos originaram softwares altamente eficazes para o
processamento das informações geográficas.

Os DMs deram origem também aos sistemas voltados para Internet, que possibilitam o acesso
remoto a uma base de dados armazenada em um servidor WEB. Hoje, o ArcGIS Desktop tem a
capacidade de interagir com aplicativos como o Google Earth, por exemplo, exportando
arquivos vetoriais ou ainda importando imagens.

O ArcGIS possui as seguintes funções principais:

* utilização de várias projeções cartográficas definidas no momento da apresentação dos


dados em tela, sem a necessidade de transformações físicas nos dados originais;
* interface customizável que pode ser adaptada às necessidades dos usuários;
* disponibilidade de uma linguagem de programação orientada para objetos;
*
* edição de dados tabulares, possibilitando a inclusão de novos itens nas tabelas alfa-
numéricas, a exclusão de itens existentes e a alteração dos valores armazenados;
* estabelecimento de relações entre tabelas do tipo 1 x n;
* geração de mapas de alta qualidade;
* conexão com bancos de dados de mercado através de ODBC;
* digitalização de dados vetoriais na tela ou através de mesa digitalizadora;
* geração de análises espaciais com dados vetoriais e raster;
* processamento de imagens de satélite;
* processamento de redes geográficas;
* processamento de dados 3D;
* leitura direta de arquivos shapefiles (ArcView), coverages (Arc/INFO), CAD (Computer-Aided
Drafting), imagens (TIFF, JPEG, BMP, etc.), grids (raster), TINs (Triangulated Irregular Networks)
e tabelas (atributos);
* Acessar informações de um servidor WEB.
Este software integra cinco componentes principais, a saber: ArcMap, ArcCatalog, ArcToolbox,
ArcGlobe e ArcScene.

* ArcMap: utilizado para criar e interagir com os mapas. As informações geográficas são
visualizadas, editadas, analisadas e consultadas de forma interativa. São disponibilizadas duas
formas de visualização dos dados: a visualização geográfica (Data View) e a visualização de
layout (Layout View). Os mapas são construídos sobrepondo-se os temas (Layer), os quais são
adicionados na tabela de conteúdo.

* ArcCatalog: é semelhante ao Windows Explorer, pois permite navegar a árvore de diretórios


locais ou remotos para procurar, pré-visualizar, documentar e organizar arquivos. Entretanto,
é adaptado às informações geográficas, pois simplifica os dados, os quais são constituídos por
um conjunto de arquivos.

* ArcToolbox: é um aplicativo disponível apenas dentro dos demais: ArcMap, ArcCatalog,


ArcGlobe e ArcScene. De maneira simples e direta, funciona como uma “caixa de ferramentas”
de SIG utilizadas no geoprocessamento. Dentre elas destacam-se: análises espaciais,
projeções, transformações, etc.

* ArcGlobe: é semelhante ao ArcMap, porém apresenta informações em uma visão 3D. As


layers são associadas a uma fonte de dados tridimensional em comum.

* ArcScene: permite a visualização dos mapas, além de criar animações em uma apresentação
dinâmica dos dados.

Estes aplicativos trabalham em conjunto e são complementares para a construção de um SIG.


Neste tutorial, em razão de sua maior utilidade, serão apresentados apenas os aplicativos
ArcMap, ArcCatalog e ArcToolbox.

Outra característica importante dos softwares de SIG é sua modularidade, ou seja, a partir de
um núcleo principal é possível a adição de módulos específicos com novas funções.

Os módulos são denominados "extensões" e podem ser adquiridos da ESRI ou outro fabricante
qualquer. Muitos usuários têm desenvolvido extensões e as distribuído gratuitamente (ver site
da ESRI: arcscripts.esri.com).

Dados compatíveis com ArcGIS

O ArcGIS utiliza um modelo de dados próprio denominado Geodatabase. Neste formato, as


informações vetoriais são estruturadas em Features Classes, e são integradas juntamente com
as imagens, grids, TIN’s e tabelas em uma única base de dados.

No entanto, outros formatos de dados também podem ser lidos pelo ArcGIS. A seguir é
apresentada uma lista dos formatos compatíveis:
Dados vetoriais

* ArcInfo (UNIX e Windows);


* Modelos digitais do terreno ArcInfo (TIN);
* AutoCAD nos formatos DWG e DXF;
* Microstation no formato DGN;
* Arquivos Shapefile;

Dados raster

* Arquivos ArcInfo no formato GRID;


* Imagens nos formatos TIFF, TIFF/LZW compressed, ERDAS, IMAGINE, BSQ, BIL, BIP, Sun
rasterfiles, BMP, Run-length compressed files, JPEG e catálogos de imagens ArcInfo;
* Display multimídia de imagens nos formatos: GIF, TIFF, JPEG

Bancos de dados

* Formatos DBF, INFO, texto delimitado e conexões ODBC.

Barra de Desenhos (gráficos)


Com esta barra (Figura 5) podemos adicionar ao mapa desenhos gráficos (polígonos,
textos, linhas,...) independentes das Layers. No botão ‘Drawing’ (38) são executadas
ferramentas como ordenamento, alinhamento, propriedades dos desenhos gráficos, etc.
O botão ‘Select Elements’ (39) permite selecionar os elementos gráficos como desenhos
e textos. Com o botão ‘Rotate’ (40) pode-se rotacionar livremente os elementos
gráficos. O botão ‘Zoom to Selected Elements’ (41) direciona o zoom para os elementos
gráficos selecionados. O botão ‘New Polygon’ (42) permite adicionar um polígono e
constitui um elemento gráfico do mapa que sobrepõem as layers. Neste mesmo botão,
ao clicar na seta ao lado você pode escolher outros elementos como retas, retângulos,
círculos, elipses, curvas, desenhos livres, ou ainda, pontos. O botão ‘New Text’ (43),
permite adicionar textos e, assim como o anterior, também possui outras opções. No
botão ‘Edit Vertices’ (44) o usuário pode modificar os vértices de um polígono ou
linhas. Os itens ‘Font’ (45), ‘Font Size’ (46), ‘Bold’ (47), ‘Italic’ (48), ‘Underline’ (49)
e ‘Font Color’ (50) permitem alterar as características gerais das fontes de textos
selecionados. No botão ‘Fill Color’ (51) pode-se alterar a cor do interior de um polígono
selecionado, em ‘Line Color’ (52) altera-se a cor de uma linha ou o contorno de um
polígono selecionado e em ‘Marker Color’ (53) define-se a cor de um ponto
selecionado.
Barra de ferramentas da Data View

Nesta barra (Figura 6) são realizadas as seguintes operações básicas na Data View para
a visualização dos dados espaciais: ‘Zoom In’ (53), permite definir o local e tamanho do
aumento da escala; ‘Zoom Out’ (54), define o local e tamanho na diminuição da escala;
‘Fixed Zoom In’ (55), aumenta em 25% a escala a partir do centro da Data View; ‘Fixed
Zoom Out’ (56), diminui em 25% a escala a partir do centro da Data View; ‘Pan’ (57),
permite ao usuário movimentar o posicionamento da Data View; ‘Full Extent’ (58),
ajusta o zoom para abranger todas as layers; ‘Go Back To Previous Extent’ (59), volta
ao zoom observado anteriormente; ‘Go To Next Extent’ (60), avança para o zoom
posterior; ‘Select Features’ (61), seleciona as feições das Layers; ‘Clear Selected
Features’ (62), limpa a seleção das Layers; ‘Select Elements’ (63), seleciona elementos
gráficos da Data View e da ‘Layout View’; ‘Identify’ (64), identifica as feições das
Layers, abrindo uma janela com as informações da tabela de atributos; ‘Find’ (65),
permite localizar atributos de uma feição; ‘Go to’ (66), localiza as coordenadas de um
ponto específico; ‘Measure’ (67), mede a distância entre pontos definidos pelo usuário;
‘Hiperlink’ (68), permite abrir uma janela da internet ou um documento específico.
Obs.: No modo Layout View esta barra continua habilitada, o que permite fazer ajustes
na Data Frame ativada, mesmo no modo de Layout.

Barra de ferramentas do Layout View


Esta barra (Figura 7) é habilitada e operada apenas quando se utiliza o modo Layout
View e tem as seguintes funções: Zoom In’ (69) permite definir o local e tamanho do
aumento da escala na página; ‘Zoom Out’ (70), define o local e tamanho na diminuição
da escala na página; ‘Pan’ (71), permite ao usuário movimentar o posicionamento da
Layout View; ‘Fixed Zoom In’ (72), aumenta o zoom do layout a partir do centro;
‘Fixed Zoom Out’ (73), diminui o zoom do layout a partir do centro; ‘Zoom Whole
Page’ (74), ajusta o layout para o tamanho do papel; ‘Zoom to 100%’ (75), ajusta o
zoom do papel para 100%; ‘Go back to extent’ (76), volta para o zoom anerior; ‘Go
forward to extent’ (77), adianta para o próximo zoom; ‘Zoom Control’ (78), controla o
ajuste do zoom manualmente; ‘Toggle Draft Mode’ (79), desabilita a visualização da
Data Frame no Layout; ‘Focus Data Frame’ (80), focaliza a Data Frame, de modo a
adicionar gráficos diretamente na Data View; ‘Change Layout’ (81), permite alterar o
modelo de layout para um já elaborado pela ESRI.

Barra de ferramentas Editor


Esta barra (Figura 8) é utilizada para editar ou mesmo criar as layers. Apresenta as
seguintes funções: o botão ‘Editor’ (82), onde pode-se iniciar (‘Start Editing’), salvar
(‘Save Editing’) e parar (‘Stop Editing’) o modo de edição, além de permitir outras
opções específicas para edição das layers; ‘Edit Tool’ (83), onde são selecionadas as
feições de cada layer; no botão 84 podem ser escolhidas diferentes ferramentas (‘Sketch
Tool’, ‘Intersection Tool’, ‘Arc Tool’, ‘Midpoint Tool’, ‘End Point Arc Tool’,
‘Distance-Distance Tool’, ‘Direction-Distance Tool’ e ‘Trace Tool’) para traçar as
feições, clicando na seta ao lado; em ‘Task:’ defini-se as diferentes funções de edição
em uso; em ‘Target:’ seleciona-se a layer para edição; em ‘Split Tool’ pode-se criar um
vértice separando duas feições de um linha; em ‘Rotate Tool’ a layer pode ser
rotacionada; em ‘Attributes’ visualiza-se os atributos do tema; em ‘Sketch Properties’
pode-se editar as coordenadas e sobreposições das feições das layers.

Você também pode gostar