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Eduardo Simões1
RESUMO ABSTRACT
Revista Brasileira de Futsal e Futebol, Edição Suplementar 1, São Paulo, v.7, n.24, p.195-206. 2015. ISSN 1984-4956
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O quadro 3 aponta que 76,47% dos de que “são poucos os ex-goleiros que se
preparadores de goleiros possuem filhos, preocupam em cursar uma faculdade de
enquanto que 23,53% não possuem. Educação Física”.
Observamos também que, dentre os É evidente que muitos possuem
17 preparadores de goleiros que possuem condições de transmitir bons ensinamentos e
filhos, 47,05% tem apenas 1 filho, 29,42% se esforcem em realizar um treinamento de
possuem 2 filhos e nenhum deles, 0,00%, qualidade, entretanto, fica prejudicado pela
possui 3 ou mais filhos. falta do conhecimento acadêmico e científico
Esta situação reflete que a função que possibilite aliar tudo que foi adquirido
exercida pelos mesmos não possibilita estar enquanto goleiro, com a cientificidade e as
tão presente, por isso o número baixo de filhos bases essenciais ao treinamento esportivo.
(1 ou 2). Pode-se dizer que, pela complexidade que a
Observa-se, no Quadro 5, que a função exige, a formação profissional dos
grande maioria 82,35% mora em imóvel preparadores de goleiros está muito aquém do
próprio, enquanto que 17,65% moram em que se necessita para o bom desempenho da
imóvel alugado. Isso pode ser resultante de função.
anos atuando como goleiro e, depois, como A atuação anterior como goleiro para
preparador de goleiros, que lhes deram as exercer essa profissão; os meios utilizados
condições de adquirir seus imóveis, para aprimoramento profissional; as
garantindo-lhes mais segurança, bem-estar e aspirações profissionais; a valorização
satisfação para poder exercer sua função com profissional e remuneração; as condições
tranquilidade. oferecidas para os treinamentos e o registro
Pelo quadro podemos observar que no Conselho Regional de Educação Física -
41,18% dos preparadores de goleiros CREF?
possuem o Ensino Médio completo, enquanto O quadro 7 demonstra que o nível de
que 23,53% possuem o Ensino Superior competitividade e profissionalismo entre as
completo (Educação Física) e 23,53% equipes participantes da Série “A2” do
possuem o Ensino Superior incompleto Campeonato Paulista de Futebol de 2014 é
(Educação Física), 5,88% possuem o Ensino tão grande, que todas elas, 100,00%,
Médio incompleto e 5,88% possuem o Ensino possuem Preparadores de Goleiros exclusivos
Fundamental II incompleto. para a equipe profissional.
Este é um dos pontos mais É bem interessante verificar que todos
importantes do estudo, que dá uma visão atual os entrevistados, 100,00%, atuaram como
e do futuro, no que se refere à preparação de goleiro anteriormente, sendo que, 94,12%
goleiros, visto que, como cita Oliveira (2004), jogaram como profissionais e 5,88% jogou
“os treinadores de hoje não podem ser meros como amador.
repetidores daquilo que vivenciaram enquanto Rigotti (2005) cita que “é possível dizer
atletas”. que o fato desta maioria destes preparadores
Entre os entrevistados, pode-se terem sido goleiros, é uma questão de
verificar que apenas 23,53% dos preparadores afinidade com a função de oportunidade. Mas,
de goleiros possuem formação superior, o que isso nem sempre é sinônimo de qualidade”.
vem corroborar a citação de Oliveira (2004),
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Quadro 12 - A importância de ter sido goleiro para desempenhar a função de Preparador de Goleiros.
Indispensável Muita Relativa Pouca Nenhuma Total
Frequência Absoluta (FA) 11 3 3 0 0 17
Frequência Relativa (FR) 64,70% 17,65% 17,65% 0,00% 0,00% 100,00%
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de clubes em optar por profissionais (a qual ele tem a vivência prática, de campo)
experientes e com boa vivência na função. com as áreas que a Ciência do Esporte tem
Observa-se no quadro 12 que 64,70% aprimorado, conduzindo de forma correta, na
dos preparadores afirmaram ser indispensável dosagem e carga adequadas, sabendo
ter atuado como goleiro para o bom explorar e aprimorar as valências físicas que o
desempenho da função, 17,65% julgam ter goleiro mais utiliza em sua posição, além dos
muita importância e 17,65% acham que tem aspectos psicológicos, nutricionais, etc.
importância relativa. No quadro 13 evidencia que, apesar
Segundo Rigotti (2005), o fato de ter do preconceito que existe por parte de
sido goleiro possibilita que o preparador treinadores, dirigentes e até mesmo da
transmita as diversas orientações técnicas imprensa, que não dão oportunidades para
inerentes da posição, posicionamentos dentro que os professores de Educação Física atuem
da área e debaixo da trave, meios de orientar na área, preferindo contar com ex-goleiros
sua equipe, entre outros. Mas, e se ele tiver para ocupar esta função, a maioria dos
sido um goleiro com uma série de defeitos na entrevistados 82,35% afirmam ser possível
época em que jogava? que um professor de Educação Física venha a
Como irá passar estes conhecimentos desempenhar a função de preparador de
se ele não conseguiu corrigir em si próprio goleiros com sucesso, ao passo que 17,65%
quando goleiro? acreditam que não. Isso vem de encontro à
Nesse sentido, Oliveira (2004) cita que opinião defendida por Abelha (1999) quando
os preparadores de goleiros, em sua maioria, cita que, por meio de cursos, estágios, estudos
são meros repetidores do que fizeram com pesquisas, é possível que pessoas que não
eles enquanto jogadores. tenham sido goleiros possam apresentar uma
O fato de ter sido goleiro fará a metodologia ou didática até melhor do que
diferença se o preparador conseguir conciliar muitos ex-goleiros.
em seu treinamento a parte técnica de campo
Quadro 13 - Um professor de Educação Física, que não tenha sido goleiro, pode tornar-se um
preparador de goleiros e desempenhar essa função com sucesso?
Sim Não Total
Frequência Absoluta (FA) 14 3 17
Frequência Relativa (FR) 82,35% 17,65% 100%
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Quadro 16 - O principal meio utilizado para buscar o seu aperfeiçoamento profissional e/ou para o
aprendizado de novos métodos de treinamento.
Trocas e conversas com
Cursos Pesquisas Estágios Leituras outros Preparadores Total
de Goleiros
Frequência
2 7 1 2 5 17
Absoluta (FA)
Frequência
11,76% 41,18% 5,88% 11,76% 29,42% 100,00%
Relativa (FR)
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Quadro 18 - A valorização dos Preparadores de Goleiros, por parte da Comissão Técnica do clube.
Não é
É muito Não é
É valorizado valorizado Total
valorizado valorizado
como deveria
Frequência Absoluta (FA) 7 8 2 0 17
Frequência Relativa (FR) 41,18% 47,06% 11,76% 0,00% 100,00%
Quadro 19 - A valorização dos Preparadores de Goleiros, por parte dos Diretores do clube.
É muito Não é valorizado Não é
É valorizado Total
valorizado como deveria valorizado
Frequência Absoluta (FA) 5 4 7 1 17
Frequência Relativa (FR) 29,42% 23,52% 41,18%% 5,88% 100,00%
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Quadro 24 - O material e/ou equipamento mais importante para ser utilizado nos treinamentos.
Equipamentos Traves Barreiras
Piscina Campo Estacas Bolas Elásticos Total
de Musculação móveis para saltos
Frequência
1 0 5 8 0 3 0 0 17
Absoluta (FA)
Frequência
5,88% 0,00% 29,42% 47,05% 0,00% 17,65% 0,00% 0,00% 100,00%
Relativa (FR)
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REFERÊNCIAS E-mail:
eduardo.maia2009@gmail.com
1-Abelha, J. B. L. Treinamento de goleiro:
técnico e físico. São Paulo. Ícone. 1999. Endereço para correspondência:
Rua Maria Paula, n° 200 - Apto 11.
2-Aquino, R. S. L. Futebol, uma paixão Bairro: Bela Vista, São Paulo, São Paulo.
nacional. Rio de Janeiro. Jorge Zahar. 2002. CEP: 01319-000.
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