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Plano de aula - Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Libras

LIBRAS
Expressões interrogativas e advérbio de
frequência; a forma condicional - “SI” (“SE”)

Tutora: Rosimeire Moreira Quintela


Graduandos: Amanda Rafaela de Souza
Déborah Weber Buenas
Evandra Amara da Silva Henschel
Izabel Caldeira Leite da Silva
Izalian Caldeira da Silva
Juliana Caldeira da Silva Serrato
Surdez e educação

● História da educação surda


● Antes e após 1880

● Séc XX - comunicação total e


bilinguismo
● Luta pela identidade surda
Conquistas da comunidade surda
● Lei n° 10436, 24 de Abril de 2002.
Língua Materna
● Decreto n° 5626, 22 de Dezembro de
2005.
Libras como disciplina obrigatória
We Came, We Saw, We Conquered
Nancy Rourke
Conteúdos estruturantes

1- Legislações específicas para o ensino da Libras.


2- Fundamentos históricos da educação de surdos.
3- Os movimentos Surdos e a resistência ao
ouvintismo.
4- Surdez e linguagens.
5- Educação bilíngue para surdos.
6- A acessibilidade e o aprendizado em Libras.
Turma: 4º Ano - Formação de Docentes

Duração: 2 horas/aula

Conteúdos:
● Expressões interrogativas
● Advérbio de frequência
● Forma condicional - “SI”
Objetivos:

● Ampliar vocabulário
● Compreender diálogos do contexto escolar
● Entender e aplicar a gramática básica da Libras
● Iniciar conversação, através da Libras, com pessoas surdas.

Geral:

● Utilizar os conhecimentos adquiridos na disciplina de Libras para promover a


inclusão de alunos surdos, durante os estágios e também em sua futura vida
profissional.
Metodologia:

● As aulas serão expositivas e dialogadas, com exercícios práticos e


dramatizações atrelado a fixação dos conteúdos trabalhados, durante a
semana;

● As apresentações serão presenciais ou utilizando apps de gravação e edição,


permitindo aos alunos a composição de duplas e/ou grupos, de no máximo
quatro alunos;

● Será promovido material audiovisual e atividades práticas contextualizando


ambientes escolares, onde os alunos atuaram assim que formados.
Expressões interrogativas

● São perguntas de argumentos por meio de


expressões interrogativas.

● As expressões faciais e corporais são


características fundamentais para reconhecer
as perguntas, tais como as sobrancelhas
franzidas e ligeiro movimento da cabeça para
cima ou para trás.
Marcações não-manuais

a) Interrogativa QU (qu): há uma pequena elevação da cabeça, acompanhada do franzir da testa.


<O QUE JOÃO PAGAR> qu
b) Interrogativa S/N (sn): há um leve abaixamento da cabeça, acompanhado elevação das sobrancelhas.
< JOÃO GOSTAR VÔLEI> sn
c) Interrogativa que expressa dúvida e desconfiança (pode ser feita com uma ou duas mãos): lábios comprimidos
ou em protrusão, olhos mais fechados e testa franzida, leve inclinação dos ombros para um lado ou para trás.
[JOÃO BANHEIRO TRANCADO Q-e]dúvida
d) QU que aparece em sentenças subordinadas sem a marcação não-manual interrogativa: os sinais para O-QUE e
QUEM dentro da sentença são realizados com a marcação não manual da própria sentença, ou seja, será
afirmativa ou negativa:
<EU SEI QUEM ROUBOU> afirmativa
<EU NÃO SEI QUEM ROUBOU> negativavas
Você já sabe fazer perguntas em Libras? Vou te explicar! Em português, temos um cantado diferente na
última palavra da frase interrogativa. Em Libras, temos uma expressão facial diferente. Quando a pergunta
exige uma explicação, do tipo “Por quê? Quando? Como? Qual o seu nome? Qual a sua idade?”, a
expressão facial é feita com um leve levantamento da cabeça e franze-se a testa. Essa expressão é usada
no último sinal da frase. Há perguntas simples que podem ser feitas apenas com um sinal e a expressão
facial de pergunta. Nesses casos o advérbio de interrogação está sendo suprimido, como na imagem abaixo:

Temos as sinalizações:
(1) NOME? (para qual o seu nome?)
(2) SINAL? (para qual o seu sinal?)
(3) IDADE? (para qual a sua idade?)

Nesses exemplos a pergunta está sendo direcionada para quem o sinalizador está olhando, nesse caso pode-se inferir que seria
VOCÊ/TU/Segunda _ Pessoa.
Na construção de perguntas em Libras é muito comum que o pronome interrogativo apareça ao
final da sentença e que aconteça, ao mesmo tempo desse sinal, o movimento de cabeça para
cima e o franzir das sobrancelhas.

Como nas frases:

VOCÊ QUERER O-QUE?


VOCÊ ESTUDAR O-QUE?
VOCÊ GOSTAR O-QUE?
VOCÊ COMER O-QUE?
Em algumas situações, pode acontecer o fenômeno de aglutinação da expressão interrogativa
ao verbo da sentença. Isso quer dizer que o sinal interrogativo O-QUE e ONDE podem ser
omitidos, mas o movimento de cabeça e a expressão facial permanecem sobrepostos, agora ao
verbo.

VOCÊ QUERER?
VOCÊ COMER?
VOCÊ TRABALHAR?
VOCÊ MORAR?
Atividades

Qual expressão interrogativa foi utilizado?


a) como
b) por que
c) quando
d) nunca https://youtu.be/FJHoKr96jAw
Atividades

Qual expressão interrogativa foi utilizado?


a) como
b) por que
c) quando
d) nunca https://youtu.be/1IfZFiSERwA
Advérbio de Frequência

MENINA PRIMEIR@,
INTELIGENTE

PRIMEIR@ MATRÍCULA,
DEPOIS COMPRA UNIFORME

PRIMEIR@
Advérbio de Frequência

PRIMEIRO PALESTRA, CONHECER


REGRAS ESCOLA

PRIMEIRAMENTE OLHAR, EU
PRIMEIRAMENTE EXPLICAR FAZER VOCES

PRIMEIRO
Advérbio de Frequência

BAGUNÇA UMA-VEZ AVISAR,


SEGUNDA-VEZ VAI DIREÇÃO

UMA VEZ BOLO COMER,


DEPOIS NÃO PODE

1-VEZ
Advérbio de Frequência

PRIMEIRA-VEZ TRABALHAR PROFESSOR

ALUNOS PRIMEIRA-VEZ IR MUSEU

PRIMEIRA - VEZ
Advérbio de Frequência

VER ALUNO ÚLTIM@ GOSTAR PINTAR

ÚLTIM@
Advérbio de Frequência

NUNCA EU COLA PROVA

MENINO PREGUIÇA ESTUDAR NUNCA

NUNCA
Advérbio de Frequência

SEMPRE ESTUDAR SÉRIO

SEMPRE CADERNO CÓPIA

SEMPRE
Advérbio de Frequência

PAPAI FREQUENTEMENTE IR
REUNIÃO PROFESSORES

DIRETOR FREQUENTEMENTE OLHAR


ALUNOS SALA COMPORTAMENTO

FREQUENTEMENTE
Advérbio de Frequência

FAZ-TEMPO EU ESCOLA REPROVAR

FAZ-TEMPO ESCOLA ENSINAR


MÚSICA APRESENTAÇÃO

FAZ-TEMPO
Advérbio de Frequência

ÁS VEZES EU PAPO,
PROFESSOR@ BRAV@

ÁS VEZES BRINCAR FUTEBOL

ÁS VEZES
Advérbio de Frequência

EU RARAMENTE IR
ÔNIBUS ESCOLA

FALTAR RARAMENTE, SÓ
DOENTE FALTAR ESCOLA

RARAMENTE
Advérbio de Frequência

1 2 3 4
Atividades

Quais os advérbios de frequência foram utilizados nessa narrativa?


a) raramente e nunca
b) nunca e raramente
c) sempre e frequentemente
https://youtu.be/XVr0QE0D2LY
d) nunca e frequentemente
Atividades

Quais os advérbios de frequência foram utilizados nessa frase?


a) sempre e raramente
b) nunca e primeir@
c) primeiro e raramente
d) últim@ e às vezes https://youtu.be/4_Q3ajckmyk
“SI” (SE) Condicional

Exemplos

Você ir escola amanhã?


Si chover, eu não ir.

Você entender aula?


Si ter mais exemplo, eu aprender melhor.

Por que você ruim prova?


Si estudar mais eu passar.
Atividades

Podem me dizer o que entenderam?


https://youtu.be/A-tR0QlrriI
Atividades

Vamos para outro exemplo, e aí?


https://youtu.be/hyNKHTPt8bM
Avaliação:
● Atividades práticas, direcionadas ao ambiente escolar.
● Participação e interação
● Google formulário
● Teatralização

Recursos pedagógicos:
● Sala de aula, educareis, internet, celular, aplicativos de
gravação e edição, quadro negro, giz, caderno, caneta e
livros físicos.
Atividade para alunos do 4 ano - Formação de Docentes

https://youtube.com/shorts/B4TABothovg?feature=share
Referências bibliográficas:

ALBRES, Neiva de Aquino. De sinal em sinal: comunicação em LIBRAS para educadores. São Paulo, SP: Editora Duas Mãos –
Apoio FENEIS/SP, 2008.
ALEIXO, Felipe. Orações condicionais na língua brasileira de sinais (libras) : uma análise funcionalista. 2021. Tese doutorado
(letras) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araraquara, 2021.
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e dá outras providências. Diário Oficial
da União, Brasília, 25 de abril de 2002.
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre
a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União, Brasília,
23 de dezembro de 2005
FELIPE, T A; MONTEIRO, M S. Libras em Contexto: curso básico, livro do professor instrutor. Brasília: Programa Nacional de
Apoio à Educação dos Surdos, MEC: SEESP, 2001.
LÓPEZ, Alberto. Charles Michel de l'Epée, o pai da educação pública para surdos. El País, 2018. Disponível em
<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/24/cultura/1543042279_562860.html> Acesso em 01 de mar. 2023.
QUADROS, R.M. Educação de Surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre. Artes Médicas, 1997

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