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COESÃO TEXTUAL

Profa Fernanda Feyh


COESÃO TEXTUAL
A coesão textual está relacionada ao encadeamento de
ideias em um texto e às referências que fazemos. Ela
garante a fluidez e a progressão temática da leitura,
evitando que ela se torne cansativa.

1) COESÃO REFERENCIAL
2) COESÃO SEQUENCIAL
REFERENCIAL
Conjunto de termos que remetem a uma mesma entidade
(referente).

Evita repetição de palavras.

● omissão
● sinônimo
● pronome
● forma nominal
● hiperônimo/hipônimo
Falso terrorista assusta passageiros de ônibus

A polícia Civil confirmou na manhã de ontem o indiciamento de um jovem


de 24 anos por apologia ao crime. Ele fingiu ser um terrorista árabe e provocou
pânico nos passageiros de um ônibus na tarde de terça-feira, em Pelotas.
Segundo o delegado Rafael Lopes, da Delegacia de Polícia de Pronto
Atendimento(DPPA), o rapaz também será indiciado por corrupção de menores.
Um adolescente o acompanhava. O jovem, que alegou manter um canal no
youtube para postagem de “pegadinhas”, prestou depoimento, pagou fiança de
R$1,5 mil e foi liberado. (...)
O incidente aconteceu no ônibus que fazia a linha Sanga Funda. Vestido com
uma túnica branca semelhante ao traje usado por árabes, o jovem retirou de sua
mochila um artefato parecido com bananas de dinamite e também um
detonador geral.Em seguida, anunciou que explodiria o coletivo, matando a
todos.
Imagens gravadas em um celular mostram os passageiros em pânico,
desembarcando do ônibus desesperados. Alguns, inclusive crianças, ficaram
feridos na correria. Ao explicar que se tratava de uma brincadeira, o falso
terrorista foi cercado e rendido até a chegada da Brigada Militar. Os policiais o
conduziram até a DPPA. O simulacro da bomba foi apreendido.
1.1 Substituição
• A substituição se dá quando um componente é
retomado (anáfora) ou precedido (catáfora) por
uma pró-forma
anáfora: COMPONENTE 🡪 PRÓ-FORMA
catáfora: PRÓ-FORMA 🡪 COMPONENTE

• As pró-formas podem ser pronominais, verbais,


adverbiais, numerais.
Pró-formas
• Pronominal: um nome é substituído por um
pronome.

Ex: Tenho um automóvel. Ele é verde.


Ex: Há a hipótese de terem sido os asiáticos os
primeiros habitantes da América. Essa
suposição é bastante plausível.
Pró-formas
• Verbal: uma ação é substituída pelo verbo fazer,
acompanhado de uma forma pronominal (o, o mesmo, isto,
etc).

Ex: Lúcia corre todos os dias. Patrícia faz o mesmo.

Obs: O verbo “fazer” substitui somente verbos de ação; verbos


de estado, como “parecer”, “ser”, “estar”, não são substituídos
por “fazer”. Não posso ter:

Ex.: * Eduardo se parece com a mãe. Lúcia faz o mesmo.


Pró-formas
• Numeral: dois nomes ou mais são substituídos por numerais.

Ex: Mariana e Luiz são irmãos. Ambos estudam inglês.


Ex: Brasil, Argentina e Uruguai são países sul-americanos. As
três nações fazem parte do MERCOSUL.

• Adverbial: quando um lugar é retomado por um advérbio de


lugar.

Ex: Não irei à Europa em janeiro. Lá faz muito frio.


Ex: A Noruega, onde há uma alta expectativa de vida, fica no
hemisfério norte.
Omissão
• Apagamento do antecedente na sua segunda
ocorrência:

Exemplo:
O soldado pretendia casar-se no final de
semana e, por isso mesmo, (?) saiu do
quartel e foi procurar a noiva.
Alteração
• Ampliação:

Lula
Luiz Inácio Lula da Silva

• Redução:

O ditador Getúlio Vargas


O ditador
Getúlio Vargas
O ditador Vargas
O ditador Getúlio
Getúlio
Vargas
1.2 Reiteração
• Ocorre quando há repetições de expressões no
texto (os elementos repetidos têm a mesma
referência. Dá-se por:

• Sinônimo
• Hipônimos e Hiperônimos
• Expressões nominais definidas
• Nomes genéricos
• Sinônimo: palavras que possuem praticamente o mesmo
significado.

Ex: O governo não investe em educação básica, assim o Estado


tenta remediar o problema criando cotas.
Ex: Composta em 1978, a música de Roberto Carlos fez sucesso
imediatamente. A canção, quando ouvida, eleva o espírito.

• Hiperônimo e hipônimo: palavras que pertencem ao mesmo


campo semântico, com sentido mais ou menos abrangente.

Ex: Gosto muito de doces. Cocada, então, adoro. (hipônimo)


Ex: Os corvos ficaram esperando. As aves aguardavam a
saída dos homens. (hiperônimo)
• Expressões nominais definidas:

Ex: Em 1805, casam-se, no Rio de Janeiro, Francisco José de Assis e


Inácia Maria Rosa, avós paternos de Machado de Assis. Em 1838,
casam-se, no Rio de Janeiro, os pais do nosso maior escritor, ele
pintor e dourador, ela agregada da chácara da rica portuguesa D.
Maria José de Mendonça Barroso, na capela da mesma, no Morro
do Livramento. De 26 de setembro a 3 de novembro de 1874, o
Bruxo de Cosme Velho publica, em O Globo, o romance A mão e
a luva, editado em livro no mesmo ano.

Ex: O cantor Sting tem lutado pela preservação da Amazônia. O ex-


líder da banda Police chegou ontem ao Brasil. O voalista veio
acompanahdo do cacique Raoni, com quem escreveu um livro.
SEQUENCIAL
Diferentemente da referencial, a coesão sequencial não
acontece através da retomada de termos, mas mediante
o uso de conectores ou operadores discursivos, que são
responsáveis por construir as relações semânticas (causa,
contradição, condição, explicação, finalidade, etc.) que
estarão a serviço da argumentação.
Uma ferramenta construtora
Vivemos em uma sociedade livre, na qual, através da liberdade
de expressão, temos o direito de expor nossa opinião. Esse ato,
conhecido como crítica, se utilizado de maneira correta, trará
apenas benefícios para os envolvidos. Entretanto, pelo fato de
estarmos inseridos em um meio competitivo, observa-se um
constante uso desse artifício com o intuito de prejudicar o próximo,
resultando em uma estagnação de iniciativas.
Atualmente, deparamo-nos com constantes batalhas
diárias, sejam elas pessoais ou profissionais. Esses conflitos,
acirrados pela competitividade do meio, muitas vezes, são
benéficos para a sociedade, pois estimulam e exigem o melhor
de cada indivíduo. Contudo, pelo excesso de críticas
destrutivas, as quais são utilizadas com o propósito de oprimir e
de rebaixar o próximo, a sociedade está se estagnando no
quesito criatividade. O medo de comentários violentos freia as
ideias incomuns, tornando-nos reféns de um direito nosso: a
liberdade de expressão.
Todos temos o direito de nos expressar e opinar sobre
algo. No entanto, precisamos fazer isso do modo correto,
respeitando o próximo. A crítica, aliada à liberdade que nos é
concedida para utilizá-la, é uma grande arma construtora de
sociedades independentes e fortalecidas. Através dela, é possível
extrairmos o melhor de cada pessoa, resultando,
consequentemente, em um meio mais desenvolvido e evoluído
racionalmente. A chave para alcançarmos esse patamar é
encontrarmos a dosagem da crítica para que possamos cobrar
sem oprimir.

Em suma, criticar é um direito que deve ser utilizado


Em suma, criticar é um direito que deve ser utilizado
de maneira consciente. Uma crítica construtiva fortalece o
próximo e evolui a sociedade, formando um meio rígido,
porém evoluído racionalmente.
Internet: o novo cérebro da sociedade moderna.
Divergente da realidade ideal, a internet, muito embora tenha facilitado o
acesso à informação, restringiu a capacidade de reflexão do indivíduo.
Nesse sentido, parte do problema está extremamente ligado ao fato de
que as redes sociais concederam ao usuário uma informação pronta e
minimalista, ou seja, uma perspectiva rasa e unilateral dos fatos,
limitando a possibilidade de pensar do indivíduo a partir de uma lógica
racional e coerente. Além disso, a fragmentação da informação prejudica
ainda mais esse cenário na medida em que impossibilita o acesso a
materiais desvencilhados de uma narrativa tendenciosa e cobertos por
um pensamento ideológico, os quais o indivíduo aceita a partir de sua
cultura imediatista.
Nesse sentido, uma das principais características do problema está
relacionada à própria educação pessoal, tendo em vista que o poder de
filtrar uma informação e refletir sobre ela depende, quase que
exclusivamente, da capacidade intelectual do indivíduo. Sendo assim, pelo
fato de a internet ser uma ferramenta relativamente recente, a sociedade
ainda ‘engatinha’ diante dos seus perigos e das suas consequentes
precauções e, dentro dessa lógica, entram aspectos como as notícias falsas,
que abrem precedente para uma ampla discussão. Por isso, o pensamento
crítico é uma ferramenta cuja valorização é de fundamental relevância para o
contexto social e só é possível a partir da educação e da conscientização
para os riscos da internet.
Ademais, a incapacidade de reflexão acerca do que é visto no meio
virtual é altamente preocupante na medida em que pode levar a
influenciar negativamente todo o tecido social, levando a conflitos e a
discussões não embasadas e, por vezes, desnecessárias. Nessa
perspectiva, a sociedade atual, que está sempre atarefada e ocupada,
dispõe da cultura do imediatismo, a qual está tão envolta em sua
ansiedade que não disponibiliza de tempo para pesquisar suas fontes e
ter seus próprios pensamentos.
Destarte, a internet é um ambiente no qual a informação está à disposição
do usuário, mas que a capacidade de refletir sobre aquilo depende do
indivíduo e de suas bases. Por isso, com o intuito de diminuir esse quadro, é
necessária a criação de espaços que discutam e debatam, no limite da
razoabilidade, sobre os aspectos negativos da internet em conjunto da
cultura imediatista, permitindo, com isso, inclusive, o desenvolvimento do
pensamento crítico e racional individual e coletivo, de modo a impedir que
esse cenário se perpetue ao longo do tempo.
Problema na coesão
O consumidor possui em seus hábitos a postura passada por seus
antepassados, e esta é a maior responsável pelas atitudes tomadas pelo
consumidor futuramente. Em geral o consumidor denominado consciente tem por
conveniência o uso de produtos sustentáveis, a consciência de economizar e o
cuidado com desperdícios desnecessários; já o consumidor não consciente
realiza ações desfavoráveis e contraria a postura do consumidor consciente.

O consumo consciente envolve muito mais que apenas o uso de produtos


sustentáveis, como também antever a procedência dos produtos e a metodologia
de produção da empresa em questão, a reputação da empresa produtora, além
da obtenção do controle sobre sua própria impulsividade, tendo como
pressuposto que uma boa educação e boas instruções originam um homem com
pensamento consciente.

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