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Imagens Acústicas

A imagem acústica é a mais perfeita tradução que um sistema de som pode fazer de uma
apresentação ao vivo, simulando a experiência de estar presente em um conserto. Os pontos
principais são a largura e a profundidade de palco, o posicionamento dos músicos, enfim, tudo o
que deverá ser reproduzido pelo sistema de som, gerando a sensação de que o som é emitido por
um grupo de músicos e não através de alto-falantes. Existem vários pontos que merecem atenção
mas, basicamente, o posicionamento dos alto-falantes é o responsável pelo resultado da imagem.
Outros fatores como a fidelidade dos equipamentos e a correta divisão das freqüências completam
a imagem acústica. O ouvido humano percebe a direção dos sons de duas maneiras: pela
diferença de tempo de chegada entre os dois ouvidos e pela diferença da intensidade do som que
chega a cada um deles. Como um dos objetivos da imagem é não sentir que o som esteja vindo do
alto-falante, com a presença do cantor principal ou instrumento solo no centro do palco sonoro, o
cruzamento da onda propagada dos médios e tweeters esquerdo e direito cria uma zona acústica
de reforço sonoro, teoricamente com 3 dB de ganho. Essa zona de sobreposição quando passa
próxima aos ouvidos dos ocupantes dos bancos dianteiros do automóvel, polariza o sentido de
direção para o centro do pára-brisas, criando no cérebro o chamado “canal fantasma”

O primeiro cruzamento sugerido é o dos tweeters, posicionando-os na parte baixa do carro e


passando por baixo da coluna de direção, de forma também a não encontrarem as pernas dos
ocupantes. Os dois campos acústicos irão se encontrar entre as cabeças dos ocupantes e o
espelho retrovisor interno resultando em uma boa sensação estereofônica e o canal central
fantasma. Os detalhes de estéreo se pronunciam mais nas altas freqüências, que são mais
direcionais e fazem com que a sobreposição das ondas sonoras sejam menores, o suficiente para
que haja a percepção da direcionalidade.

Fato que não acontece com os agudos de freqüência mais baixa, região onde a voz é mais
significante e que cria a sobreposição e a conseqüente presença do canal central. Nessa técnica
de imagem, a frente é composta apenas pelos tweeters e alto-falantes de 6", que precisam ter
resposta de freqüência de 80 a 5.000 Hz.
Outra técnica muito eficiente de imagem acústica é o Kick Panel, ou seja pequenos painéis
instalados nas laterais dos pés, localizados perto dos pedais na posição do motorista e perto da
posição do descanso dos pés na posição do passageiro. Devem ser instalados no Kick Panel alto-
falantes pequenos como os de 4" ou 5" e tweeter de até 3", ou até mesmo coaxiais do mesmo
tamanho.
Os pezinhos devem possuir um posicionamento preciso de forma que haja cruzamento dos
campos acústicos entre os dois conjuntos de alto-falantes. Na faixa de sobreposição dos campos
acústicos, existe um aumento de pressão sonora, fato que ilude o nosso sistema de percepção da
direção do som, forma-se, assim, o canal central fantasma.
Com esse tipo de montagem, não se percebe que o som vem dos alto-falantes, promovendo
imagem, espacialização e profundidade. Para que seja conseguido o efeito de canal central, o
ângulo de inclinação e sua posição de fixação são fundamentais, mas variam de acordo com cada
tipo de carro.

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