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GEANNE FREIRE BARROS DE SÁ

GLEILSON JOSÉ DE SOUSA ABREU


MARIA JAISLANE DE LINO SOUZA
JOYCE NAIARA GONÇALVES DA SILVA
PATRICIA ALVES DA SILVA
STEFANE CRISTINE SILVA ABREU

1ª WEBQUEST:

Memórias escolares: A escola sob o olhar de outras


gerações.

Trabalho apresentado a(ao) Adriana


Rodrigues Paiva Prof.ª, da disciplina de
Fundamentos Sociológicos da Educação do
Curso Bacharelado em Administração
Pública Brasileira, da Universidade do
Estado de Pernambuco - UPE, com objetivo
de fins avaliativos.

CABROBÓ - PE
2023.1
Para a realização da entrevista foi utilizado o seguinte questionário:

1) Como era a postura do professor em sala de aula?

2) Quais atividades eram feitas?

3) Como ficavam organizadas as cadeiras (em círculo, fileiras...)?

4) Quantos alunos tinha a turma?

5) Como o professor passava o conteúdo (livro, quadro, leitura, slide…)?

6) Quais as dificuldades enfrentadas no processo de aprendizagem?

7) O que era ser um bom aluno naquela época

Respostas dos entrevistados:

Moisés José, 41 anos, zona urbana de Recife/PE, escola pública.

1) “Meu professor era sério, sempre deixou uma regra: pode levantar a mão, sem
bagunça, quem tiver dúvidas”.

2) “Ele ensinava português, matemática, ciências e desenhos geométricos”.

3) “As cadeiras ficavam organizadas em fileiras”.

4) “Eram 28 alunos na turma”.

5) “Utilizavam quadro a giz e livros”.


6) “A escola era longe de casa”

7) “Um bom aluno, era aquele que ajudava os colegas com dificuldade, e não fazia
bagunça na sala de aula”.

José Mário, 36 anos, zona rural de Carnaubeira da Penha/PE, escola pública.

1) “ Minha professora era muito séria e exigente”.

2) “Eram feitas atividades em livros, quadros de giz, apresentações em cartazes e


colagem”.

3) “As cadeiras ficavam em fileiras e quando tinha apresentação, ficavam em


círculo.

4) “De 30 a 50 alunos”.

5) “Quadro de giz e livros”.

6) “Eu tinha bastante dificuldade em estudar na zona rural. Na década de 90 era


bem difícil, não tinha energia, acesso a computadores, bibliotecas, nenhum tipo
de tecnologia, Na minha comunidade não tinha energia elétrica, o meu ensino
fundamental foi bem diferente dos dias de hoje”.

7) “Na minha época era conhecido por bom aluno, os que conseguiram aprender a
ler com mais facilidade, decorar a tabuada, cantar o hino nacional, tirar notas
boas nas provas”.
Rebeca Stefany, 16 anos, zona Urbana de Orocó/PE, escola pública.

1) “A professora visava passar o conteúdo com competência, para que o


aprendizado fosse coletivo”.

2) “ Eram feitas algumas atividades sobre o assunto, às vezes pediam para


participarmos oralmente também”.

3) “As cadeiras ficavam em fileiras”.

4) “De 30 a 40 alunos”.

5) “O conteúdo era passado tanto no livro, para lermos, no quadro ou em slides".

6) “Algumas vezes alguns professores não davam uma explicação tão clara do
assunto, então ficava difícil entender”.

7) “Um aluno que tirava notas boas”.

Sezuila, 45 anos, zona urbana de Orocó/PE, escola pública.

1) “O professor era visto como uma figura de autoridade e respeitado pelos alunos”.

2) “Aulas expositivas, leitura em voz alta, exercícios de fixação, ditados, redações e


provas”.

3) “Geralmente em fileiras, com o professor na frente da sala”.

4) “35 alunos”
5) ”O professor costumava utilizar o quadro negro e o livro didático como principais
recursos para passar o conteúdo”.

6) “Dificuldades de leitura e escrita, falta de interesse nas disciplinas e falta de


apoio em casa”.

7) “Um bom aluno era aquele que demonstrava interesse pelas disciplinas, era
disciplinado, respeitoso e que tirava boas notas nas provas e trabalhos
escolares”.

Antônio César, 18 anos, zona urbana de Orocó/PE, escola particular.

1) “O professor era visto como uma autoridade na sala de aula e esperava-se que
ele fosse respeitado pelos alunos”.

2) “Leitura, discussão de textos, resolução de exercícios e trabalhos em grupo”.

3) “Em fileiras”.

4) “Aproximadamente 9 alunos”.

5) “Livros didáticos, quadro branco, leituras, apresentação de slides”.

6) “Alguns alunos tinham dificuldade em entender o conteúdo, enquanto outros


tinham falta de motivação”.

7) “Aluno disciplinado, respeitoso, dedicado aos estudos e com uma média boa no
boletim escolar”.
Cláudia Daniela, 20 anos, zona urbana de Orocó/PE, escola pública.

1) “A professora era muito legal com os alunos”.

2) “Leitura, jogos educativos, música, brincadeiras”.

3) “Em círculo”.

4) “30 alunos”.

5) “Passava através de texto escrito no quadro”.

6) “A maior dificuldade era a leitura, para alguns alunos”.

7) “Um aluno comportado, que sabia ler e que tirava boas notas”.

Conclusões

A partir dos relatos das pessoas entrevistadas, é possível perceber que a escola e a
forma de lidar com o saber variam de acordo com o contexto social, econômico e
geográfico em que se encontram. Além disso, é possível observar que as metodologias
utilizadas pelos professores também mudam com o passar do tempo.

No relato de Moisés José, pode-se observar que a postura do professor era mais rígida,
e que as atividades eram tradicionais, com o uso de livros e quadros de giz. Já no relato
de José Mário, é possível perceber que havia uma maior variedade de metodologias,
com atividades em cartazes e colagens, por exemplo. Ainda assim, ambos os sujeitos
relatam a organização das cadeiras em fileiras, o que sugere uma abordagem mais
tradicional do ensino.
Por outro lado, Rebeca Stefany relata uma abordagem mais participativa, com
atividades orais e variedade de recursos para a transmissão do conteúdo, como o uso
de slides. No entanto, ela também observa dificuldades em compreender alguns
assuntos devido à falta de clareza na explicação de alguns professores.

Sezuila relata uma abordagem mais tradicional, com aulas expositivas, leitura em voz
alta e provas, mas também destaca a importância do interesse do aluno nas disciplinas
e do apoio em casa. Já Antônio César relata uma abordagem mais satisfatória, com a
utilização de livros, quadro branco, leituras e apresentação de slides, mas também
identifica a falta de motivação de alguns alunos.

Por fim, Cláudia Daniela destaca a importância da relação entre o professor e o aluno,
destacando a importância de uma postura mais acolhedora e a utilização de
metodologias mais lúdicas.

Em minha vivência, é possível observar que há uma tendência em direção a


abordagens mais participativas e diferenciadas, que buscam uma maior aproximação
entre o professor e o aluno, o que pode ser observado nas respostas de Rebeca
Stefany e Cláudia Daniela. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, como a
dificuldade de acesso a tecnologias em regiões mais remotas, como relatado por José
Mário.

Em suma, a partir dos relatos dos sujeitos atendidos, pode-se concluir que a escola e a
forma de lidar com o saber variam de acordo com o contexto social, econômico e
geográfico em que se encontram, e que as metodologias utilizadas pelos professores
também mudam com o passar do tempo. Além disso, é possível observar uma
tendência em direção a abordagens mais participativas e diversificadas, que buscam
uma maior aproximação entre o professor e o aluno.

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