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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS


CURSO DE MESTRADO EM ENGENHARIA E GESTÃO DE ÁGUA

ESTUDO COMPARATIVO DE SISTEMA CENTRALIZADO DO


DESCENTRALIZADO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA.

ANTÓNIO ACÁCIO MORELA

Engenheiro Civil Pela UniZambeze – BEIRA


Especialista em Design de Interiores e Processamento Tecnológico de Madeira pelo IFSP -
Brasil
antonioacacio4675@gmail.com

BEIRA
Agosto, 2022
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ESTUDO COMPARATIVO DE SISTEMA CENTRALIZADO DO


DESCENTRALIZADO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA.

ANTÓNIO ACÁCIO MORELA

DOCENTES: PROF. DOUTOR ALBANO SALZON MAPARAGE

Trabalho individual de Mestrado


denominado MEGA de caracter
avaliativo, do módulo Sistema
Descentralizado de Fornecimento de
Água submetido a apreciação do
professor.

BEIRA
Agosto, 2022
ÍNDICE

RESUMO ......................................................................................................................... II
ABSTRACT ................................................................................................................... III
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................... IV
LISTA DE TABELAS .....................................................................................................V
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS .................................................................... VI
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
Estrutura do trabalho ........................................................................................................ 2
CAPITULO I: MARCO TEÓRICO ................................................................................. 3
1.0 Introdução .............................................................................................................. 3
1.1 Definição de sistema de abastecimento de água potável. ........................................... 3
1.2 Componentes do sistema de abastecimento de água potável ..................................... 4
1.2 Tipos de Sistema de abastecimento de água potável (SAA) ...................................... 4
1.2.1 Sistemas descentralizados ou autônomos de abastecimento de água potável ......... 6
1.2.2 Sistema centralizado de abastecimento de água potável ......................................... 7
1.2.3 Sistema centralizado e descentralizado de abastecimento de água não potável –
agua recuperada. ............................................................................................................... 8
1.3 Serviços e gestão pública – Funções elementares de governos resultantes da
descentralização ................................................................................................................ 9
1.4 Modelos de gestão de sistemas de abastecimento de água em Brasil. ..................... 12
1.5 Gestão dos serviços de abastecimento de água potável em Moçambique. ............... 13
CAPITULO II ................................................................................................................. 16
1.7 Estudo comparativo de sistema centralizado do descentralizado de abastecimento de
água Potável e não potável – agua recuperada. .............................................................. 16
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 20

I
RESUMO

A ineficiência do sistema centralizado e descentralizado de abastecimento de água, coloca


em causa o funcionamento dos serviços e politicas geradas pelos governos e entidades
particulares. No entanto por meio de uma revisão bibliográfica, realiza-se um estudo
comparativo de sistema centralizado do descentralizado de abastecimento de agua, tendo
em conta o estudo de sistema descentralizado de abastecimento de água potável, estudo
de sistema centralizado de abastecimento de água Potável, estudo de sistema centralizado
e descentralizado de abastecimento de água não potável – agua recuperada, realização
estudo comparativo de sistema centralizado do descentralizado de abastecimento de água
potável e realização de estudo comparativo de Sistema Centralizado do Descentralizado
de Abastecimento de agua não Potável – agua recuperada. Podendo chegar a realizar um
quadro comparativo entre o sistema centrado do descentralizado de abastecimento de
água. O sistema centralizado de abastecimento de água potável atende na sua maioria
grande número consumidores, gerida pelo estado com caixa única e serviços delegáveis
e não delegáveis incluindo serviços sociais e económicos, tendo em conta pessoal
qualificado, não existe autonomia financeira. O sistema centralizado e descentralizado de
abastecimento de água não potável – água recuperável, face a escassez deste valioso
recurso tem sido de estrema importância para que possa atender as necessidades da
população, como para o caso de regadio de jardins, agricultura entre outras necessidades,
Os estudo comparativo mostram que na sua maioria as fontes do tipo poço artesianos e
rasos tem sido aplicados em sistemas descentralizados, onde o número de fontes é único.
O sistema descentralizado de água potável na maioria das vezes não possui estação de
tratamento de água potável, no sistema descentralizado existe autonomia financeira. Os
estudos comparativos de sistema centralizado do descentralizado de abastecimento de
água não potável – água recuperável mostra que em todas condições apresentem afluentes
do esgoto direcionado para tratamento, com grande número de consumidores.

Palavra-chave: Sistema centralizado, sistema descentralizado , abastecimento de agua,


gestão de serviços

II
ABSTRACT

The inefficiency of the centralized and decentralized water supply system jeopardizes the
functioning of services and policies generated by governments and private entities.
However, through a bibliographic review, a comparative study of a centralized and
decentralized water supply system is carried out, taking into account the study of a
decentralized system of drinking water supply, a study of a centralized system of drinking
water supply, a study of a centralized and decentralized system of non-potable water
supply – reclaimed water, carrying out a comparative study of the centralized and
decentralized system of drinking water supply and carrying out a comparative study of
the Centralized System of the Decentralized Non-potable Water Supply – reclaimed
water. Being able to achieve a comparative picture between the centralized and
decentralized system of water supply. The centralized drinking water supply system
mostly serves a large number of consumers, managed by the state with a single box and
delegable and non-delegable services including social and economic services, taking into
account qualified personnel, there is no financial autonomy. The centralized and
decentralized system of non-potable water supply - recoverable water, given the scarcity
of this valuable resource, has been of extreme importance in order to meet the needs of
the population, such as in the case of irrigation of gardens, agriculture, among other needs.
Comparative study show that mostly artesian and shallow well sources have been applied
in decentralized systems, where the number of sources is unique. The decentralized
drinking water system most of the time does not have a drinking water treatment plant, in
the decentralized system there is financial autonomy. Comparative studies of a centralized
and decentralized non-potable water supply system – recoverable water show that in all
conditions, sewage tributaries are directed to treatment, with a large number of
consumers.

Keywords: Centralized system, decentralized system, water supply, service management

III
LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1: Sistema publico de abastecimento de agua potável, (FUNASA BRASIL,


2015)…………………………………………………………………………………..…4

Figura 1.2: Sistema Isolado de abastecimento de agua potável, (FUNASA BRASIL,


2015)…………………………………………………………………………………..…5

Figura 1.3: Sistema Integrado de abastecimento de agua potável, (FUNASA BRASIL,


2015)………………………………………………………………………………….….5

Figura 1.4: Sistema descentralizado de agua não potável que atende um único edifício,
(FERREIRA E OLIVEIRA, 2018)……………………………………………………….9

Figura 1.5: Sistema descentralizado de agua não potável que atende um grupo edifício,
(FERREIRA E OLIVEIRA, 2018)……………………………………………………….9

Figura 1.6: Sistema centralizado de agua não potável, (FERREIRA E OLIVEIRA,


2018)……………………………………………………………………………………..9

IV
LISTA DE TABELAS

Tabela 1.1: Estudo comparativo de sistema centralizado do descentralizado de


abastecimento de agua potável, elaboração própria……………………………………..17

Tabela 1.2: Estudo comparativo de sistema centralizado do descentralizado de água não


potável - agua recuperada, elaboração própria………………………………………….18

V
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURA

FUNASA – Fundação nacional de Saúde

FIPAG – Fundo de Investimento e Património do Abastecimento

UNIR – Universidade Federal de Rondónia

DNA – Direção Nacional de Águas

DPOPH – Direcção Provincial das Obras Públicas e Habitação

DAS – Departamento de Água e Saneamento

CRA – Conselho de Regulação do Abastecimento de Água

PSAA – Pequenos Sistemas de Abastecimento de Água

AIAS – Administração de infraestrutura de Agua e Saneamento.

ETE – Estação de tratamento de esgoto

VI
INTRODUÇÃO

O atual desenvolvimento económico, científico e populacional, mostra uma crescente


necessidade do uso da água, no entanto o estado se vê obrigado em criar politicas e
serviços que permitam responder a necessidade das comunidades a nível das
infraestruturas e de gestão, trazendo assim os conceitos relativos a centralização e
descentralização de sistemas de abastecimento de água, tornando deste modo em sistemas
capazes de responder as necessidades das populações a curto e longo prazo, de forma
mais económica possível. No entanto baseando-se numa análise global e epistemológica
leva-se como prolema científico “ineficiência do sistema centralizado e do
descentralizado de abastecimento de água”. Este trabalho tem como objetivo geral
estudar comparativamente o sistema centralizado do descentralizado de
abastecimento de água, no entanto para concretizar este objetivo foram delimitadas seis
atividades, denominadas por objetivos específicos:

1. Realizar revisão bibliográfica dos conceitos teóricos que sustentam a investigação.


2. Estudar sistema descentralizado de abastecimento de água potável.
3. Estudar sistema centralizado de abastecimento de água Potável.
4. Estudar sistema centralizado e descentralizado de abastecimento de água não potável
– agua recuperada
5. Realizar estudo comparativo de sistema centralizado do descentralizado de
abastecimento de água potável.
6. Realizar estudo comparativo de Sistema Centralizado do Descentralizado de
Abastecimento de agua não Potável – agua recuperada.

Havendo a necessidade de delimitar o objeto de investigação de forma mais estreita


possível, há que precisar o seguinte campo de ação: estudo comparativo de sistema
centralizado do descentralizado de abastecimento de água, e em correspondência da
ordem problemática e dos objetivos a serem alcançados se tem a seguinte hipótese: Se se
fazer uma revisão bibliográfica, utilizando técnicas de investigação tais como:
observações, entrevistas, estudo de sistema descentralizado de abastecimento de água
potável, estudo de sistema centralizado de abastecimento de água Potável, estudo de
sistema centralizado e descentralizado de abastecimento de água não potável – agua
1
recuperada e agua potável é possível chegar a realizar estudo comparativo de sistema
centralizado do descentralizado de abastecimento de água.

Estrutura do trabalho

Este trabalho desenvolve-se em dois capítulos fundamentais, sendo o primeiro (1)


capítulo concernente ao marco teórico referente ao estudo centralizado e descentralizado
de sistema de abastecimento de água e o segundo (2) capítulo apresenta-se um estudo
comparativo de sistema de abastecimento de água potável e não potável – agua
recuperada.

2
CAPITULO I: MARCO TEÓRICO

1.0 Introdução
Este capitula cinge-se essencialmente nos conceitos fundamentais de sistema de
abastecimento agua potável, tipos de mananciais, componentes do sistema de
abastecimento de agua potável, tipos de sistema de abastecimento de agua potável quanto
ao numero de consumidores, estudo de sistema descentralizado ou autónomo e
centralizado de abastecimento de agua potável e estudo de sistema descentralizado ou
autónomo e centralizado de abastecimento de agua não potável – agua recuperada.

1.1 Definição de sistema de abastecimento de água potável.


Conforme FUNASA BRASIL (2015), define o Sistema de Abastecimento Público de
Água como o conjunto de obras, instalações e serviços, destinados a produzir e distribuir
água a uma comunidade, em quantidade e qualidade compatíveis com as necessidades da
população.

O sistema de abastecimento de água potável, que é um dos pilares do saneamento básico,


consiste na captação da água da natureza, tratamento adequado ao uso para garantia da
sua qualidade, adução da água, elevatória quando preciso e o seu fornecimento em
quantidade adequada às necessidades da população (TSUTIYA, 2006).

Segundo informações publicadas pela UNIR por meio do Prof. Marcelo Barroso a
cessado no dia 21 de agosto de 2022 os sistemas de abastecimento de agua constitui-se
em obras de engenharia que, alem de objetivarem assegurar a necessidade básica pela
agua e prover parte da infraestrutura das cidades, visam prioritariamente superar os riscos
a saúde impostos pela agua.

Segundo FUNASA (2016), A captação de água bruta pode ser definida como o conjunto
de estruturas e dispositivos, construídos ou montados junto a um manancial para a retirada
de água destinada a um SAA. Existem trens grandes tipos de mananciais a citar:

 Manancial superficial
 Manancial subterrâneo
 Manancial de águas meteóricas.

3
1.2 Componentes do sistema de abastecimento de água potável

Segundo FUNASA (2016), um sistema de abastecimento de água potável é composto


pelas seguintes infraestruturas e serviços:

 Captação de água bruta;


 Adução e subadução de água bruta e tratada;
 Estações elevatórias e/ou estações de recalque;
 Estação de tratamento de água;
 Reservatórios;
 Rede de distribuição de água tratada;
 Ligação domiciliar.

A figura 1.1, apresenta de forma esquemática, um sistema público de abastecimento de


água potável, no qual a captação é realizada a partir de um manancial superficial
FUNASA (2016).

Figura 1.1: Sistema publico de abastecimento de agua potável, (FUNASA BRASIL, 2015).

1.2 Tipos de Sistema de abastecimento de água potável (SAA)

Segundo FUNASA BRASIL (2016), um sistema público de abastecimento de água


potável é constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias para o
abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e
respetivos instrumentos de medição (Lei nº 11.445/2007).

4
Conforme FUNASA BRASIL (2016), os SAA implantados no Brasil podem ser
classificados como isolados ou integrados

Para FUNASA BRASIL (2016), Os sistemas isolados têm a água captada de um único
manancial e abastecem isoladamente bairros, setores ou localidades de um mesmo
município, (FUNASA BRASIL,2015). (ver figura 1.2)

Figura 1.2: Sistema Isolado de abastecimento de agua potável, (FUNASA BRASIL, 2015).

Segundo FUNASA BRASIL (2016), Os sistemas integrados atendem mais de um


município, simultaneamente, a partir de um ou mais mananciais, (ver figura 2.3).

Figura 1.3: Sistema Integrado de abastecimento de agua potável, (FUNASA BRASIL, 2015).

Segundo informações a cessadas no website da MYHOUSE em 22 de agosto de 2022, o


sistema de abastecimento de água quanto ao número de consumidores pode ser ser central
ou descentralizado (autónomo):

 Sistemas descentralizados ou autônomos de abastecimento de água potável.


 Sistema centralizado de abastecimento de água potável.

5
1.2.1 Sistemas descentralizados ou autônomos de abastecimento de água potável

Segundo informações a cessadas no website da MYHOUSE em 22 de agosto de 2022,


fornece água a um número limitado de consumidores e pertencer a usuários particulares.
A aparência individual do sistema de abastecimento de água quente e fria é generalizada
em edifícios particulares, em casas de campo, em aldeias de casas de campo. A fonte de
entrada de água está localizada perto da casa, uma bomba é baixada para dentro dela. A
água é fornecida à casa através de uma tubulação equipada com um filtro.

Segundo informações a cessadas no website da IVILLA no dia 22 de agosto de 2022 A


melhor opção para uma casa de campo é um sistema centralizado de abastecimento de
água. Mas se for impossível fornecer esse abastecimento de água, então você precisa
pensar em um sistema autônomo de abastecimento de água para a casa. A fonte de água
pode ser um poço. Cada fonte de água tem suas próprias vantagens e desvantagens.

Segundo informações a cessadas no website do IVILLA a vantagem do poço é que você


mesmo pode equipá-lo. O poço é cavado a uma profundidade de 5 a 12 m, podendo ser
feito apenas no local onde o lençol freático está próximo à superfície do solo. Via de
regra, o poço é escavado apenas até o terceiro horizonte. Sem instalar um sistema de
filtragem, a água do poço não será potável. Para instalar o sistema de filtragem correto,
você precisa saber a composição bioquímica da água. Isso pode ser feito em qualquer
laboratório. Os especialistas, com base em análises bioquímicas, selecionarão os filtros
adequados.

Ivilla acrescenta ainda no seu website que existem dois tipos de poços: perfuração
artesiana e rasa. Onde Poço artesiano perfurado a mais de 100 m de profundidade, com
a vantagem de que, para o seu funcionamento, não é necessário instalar equipamentos
adicionais (bomba e filtros). Devido à alta pressão do solo, a água sobe sem o auxílio de
uma bomba. Além disso, a 100 m de profundidade, a água é limpa e potável, não havendo
necessidade de instalação de sistema de filtragem em poço artesiano. A desvantagem de
tal poço é o seu custo, e também a água é frequentemente muito mineralizada. Em geral,
o abastecimento de água para uma casa particular usando um poço artesiano é um
investimento que vale a pena, se você planeja morar em uma casa particular durante todo

6
o ano - essa fonte de água não vai secar. Devido ao alto custo de um poço artesiano, o
abastecimento de água nas residências é feito em poço raso. Esse poço pode atingir uma
profundidade de 65 m, mas mais frequentemente um poço é perfurado com uma
profundidade de 45-50 m, dependendo de onde estão os horizontes de água. Nessa
profundidade, a água ainda pode estar poluída. No entanto, os filtros no sistema de
filtragem de água do poço são instalados de forma mais grosseira do que no sistema de
abastecimento de água do poço. A perfuração de poços, ao contrário da construção de
poços, não pode ser feita sem equipamentos especiais. Mas um poço raso é contaminado
com menos frequência do que um poço e seca mais lentamente, por isso é mais racional
fornecer água usando um poço.

1.2.2 Sistema centralizado de abastecimento de água potável

Segundo informações a cessadas no website da MYHOUSE em 22 de agosto de 2022, O


sistema centralizado de abastecimento de agua potável é projetado para fornecer água a
um grande número de consumidores. Todos eles usam água de um único sistema,
fornecido através de um sistema de tubulação. Geralmente esse tipo de sistema combina
água quente e fria. Uma ou várias fontes podem ser usadas para a ingestão de água; as
instalações de tratamento de água, de levantamento de água são usadas no tratamento de
água.

Conforme OLIVEIRA e GONÇALVES (1999) a demanda crescente de água potável é


maioritariamente atendida pelo sistema centralizado de abastecimento, em que se
verificam problemas de escassez e de ordem econômica, devido às distâncias, cada vez
maiores, dos mananciais, bem como, à necessidade de tratamentos mais intensos causados
pela poluição da água.

7
1.2.3 Sistema centralizado e descentralizado de abastecimento de água não potável

– agua recuperada.

HESPANHOL (2015), O reúso potável indireto não planejado é praticado extensivamente


no Brasil, consiste no lançamento de esgotos (tratados ou não) e coletados à jusante para
tratamento e abastecimento público.

PATUCCI (2018), No entanto, uma parte da demanda poderia ser suprida por água não
potável para os usos que prescindam de água potável em edifícios residenciais.

Segundo UNITED (2004), no sistema predial descentralizado individual de água não


potável a coleta do efluente, o transporte, o tratamento e o uso da água não potável
ocorrem em uma única residência ou edifício.

Segundo FERREIRA E OLIVEIRA (2018), Considerando-se a logística de localização


de estações de tratamento de efluentes (ETE) em relação ao edifício e com base nos
conceitos de sistemas de tratamento de esgoto sanitário, os sistemas de água não potável
podem ser denominados descentralizados e centralizados.

Para UNITED (2004), nos sistemas descentralizados as águas residuais de uma casa ou
de um edifício são coletadas, tratadas e reutilizadas ou dispostas no próprio local ou
próximo ao ponto de geração. (ver figura 1.4 e 1.5).

Segundo FERREIRA E OLIVEIRA (2018), Os sistemas descentralizados são


denominados individuais quando atendem a um único edifício (Figura 1.4), e
descentralizados em grupo (Figura 1.5) quando atendem a um conjunto de edifícios como,
por exemplo, de um condomínio, de uma quadra ou de um bairro. Observa-se que os
sistemas descentralizados em grupo podem ser considerados um tipo de sistema
centralizado

8
Figura 1.4: Sistema descentralizado de agua não potável que atende um único edifício, (FERREIRA E OLIVEIRA, 2018).

Figura 1.5: Sistema descentralizado de agua não potável que atende um grupo edifício, (FERREIRA E OLIVEIRA, 2018).

Para UNITED (2004), nos sistemas centralizados de água não potável as águas residuais
provenientes de vários edifícios são coletadas e transportadas para um único local e, em
seguida, são tratadas e distribuídas aos mesmos edifícios ou a outros edifícios para
utilização. (ver figura 1.6)

Figura 1.6: Sistema centralizado de agua não potável, (FERREIRA E OLIVEIRA, 2018).

1.3 Serviços e gestão pública – Funções elementares de governos resultantes da


descentralização
Para Justen Filho (2006) definir serviço público é definir as funções do Estado, os limites
da sua atuação e os limites da livre iniciativa. É portanto um conceito variável que reflete
a conceção política de cada sociedade. Assim, o serviço público pode ser definido como
sendo toda a atividade desempenhada direta ou indiretamente pelo Estado, visando solver
9
necessidades essenciais do cidadão, da coletividade ou do próprio Estado. É todo aquele
que é prestado pela administração direta, indireta ou por agentes delegados, sob normas
e controles estatais, com o objetivo de satisfazer as necessidades coletivas.

Conforme Uandela (2012), os princípios inerentes ao serviço público são, de acordo com
Shvoong, os seguintes:

 A continuidade: o serviço público deve ser permanente, não podendo ser


interrompido, a não ser em hipóteses previstas na lei ou num contrato.
 A generalidade (também conhecido como princípio da impessoalidade): de acordo
com este princípio todos os usuários que satisfaçam as condições legais fazem jus à
prestação do serviço, sem qualquer discriminação, privilégio, ou abusos de outra
ordem. O serviço público deve ser estendido ao maior número possível de
interessados, e todos devem ser tratados igualmente.
 A eficiência: os serviços devem ser prestados com a maior eficiência possível. A
eficiência reclama que o poder público se actualize relativamente aos novos
processos tecnológicos, de modo que a execução seja mais proveitosa e com o menor
dispêndio possível.
 A modicidade: os serviços públicos devem ser prestados a preços módicos,
razoáveis, devem ser estabelecidos de acordo com a capacidade económica do
usuário e com as exigências do mercado, evitando que o usuário com capacidades
económico-financeiras baixas seja excluído do universo de beneficiários do serviço
público.

Para Justen Filho (2006), e do ponto de vista institucional, os serviços públicos podem
ser classificados em quatro categorias, nomeadamente:

 Serviços delegáveis e não delegáveis: serviços delegáveis são aqueles que pela sua
natureza, ou pelo fato de disporem de um ordenamento jurídico, devem ser executados
pelo estado ou por particulares colaboradores. Serviços não delegáveis são aqueles
que só podem ser prestados pelo Estado diretamente, pelos seus órgãos ou agentes.
 Serviços administrativos e de utilidade pública: são aqueles que o Estado executa
para compor melhor sua organização. Os serviços de utilidade pública destinam-se
diretamente aos indivíduos.

10
 Serviços colectivos e singulares: são serviços gerais, prestados pela Administração
à sociedade como um todo, sem um destinatário determinado e são mantidos através
do pagamento de impostos. Serviços singulares são os individuais onde os usuários
são determinados e são remunerados pelo pagamento de taxa ou tarifa.
 Serviços sociais e económicos: serviços sociais são os que o Estado executa para
atender às necessidades sociais básicas e representam ou uma actividade propiciadora
de comodidade relevante, ou serviços assistenciais e de protecção. Serviços
económicos são aqueles que, por sua possibilidade de lucro, representam atividades
de carácter mais industrial ou comercial.

Segundo Dias (2022), gerir serviços públicos tem sido um grande desafio para as
sociedades em todos os tempos. Com o advento do estado moderno, as formas de gestão
de serviços públicos têm vindo a ser aperfeiçoadas de forma a responderem, por um lado,
à necessidade de providenciar serviços de qualidade para um público cada vez mais
exigente e, por outro, à necessidade de garantir a sustentabilidade através da eficiência e
eficácia. A gestão, neste âmbito, deve ser vista como o lançar mão de todas as funções e
conhecimentos necessários para através de pessoas se atingir os objectivos de uma
organização de forma eficiente e eficaz.

Conforme Uandela (2012), a tendência actual de gestão de serviços públicos tem feito
uma viragem em duplo sentido: por um lado, no sentido de tornar a gestão mais eficiente
e eficaz introduzindo um estilo mais empresarial na gestão pública e, por outro, no sentido
de descentralizar, desconcentrar e autonomizar. Neste último sentido, o objectivo
principal é o de aproximar cada vez mais a decisão sobre os serviços aos
consumidores/cidadãos.

Para Bailey (1999), do ponto de vista teórico a descentralização de serviços públicos


como o abastecimento de água pode ser sustentado pelo argumento da eficiência
económica da alocação de recursos públicos: é muito menos eficiente em termos
económicos, ou seja, é mais caro deixar o Estado central com a responsabilidade da gestão
de sistemas de água, de recolha de lixo, de cemitérios etc. em comparação com o governo
local.

Segundo Cheema (2007), associado ao argumento de Bailey (1999) esta é a crença


profundamente enraizada na literatura sobre a governação local de que a aproximação dos

11
serviços aos cidadãos melhora os processos de accountability e, por via disso, a qualidade
do serviço prestado.

Booth, (2010), coloca em causa os preceitos largamente advogados de que uma provisão
eficiente e eficaz de serviços públicos deva passar necessariamente pela boa governação
e pela descentralização dessa responsabilidade para os governos locais. Acrescentando
que no contexto africano, a provisão de serviços públicos pelos governos locais não
trouxe grandes melhorias e em muitos casos, os serviços se deterioraram.

Conforme Uandela (2012), uma centralização dos processos de gestão de serviços


públicos por lideranças comprometidas com o bem dos cidadãos tem vindo a mostrar
mais resultados positivos. Por outro lado, experiências indicam que uma gestão financeira
eficiente e transparente dos fundos e dos recursos humanos é uma condição sine qua non
para uma melhoria significativa dos processos de provisão de serviços públicos. Este é
um aspecto que não pode ser ignorado seja quais forem os mecanismos institucionais
colocados em prática, do ponto de vista de governação.

1.4 Modelos de gestão de sistemas de abastecimento de água em Brasil.

Segundo informações publicadas pela UNIR por meio do Prof. Marcelo Barroso a
cessado no dia 21 de agosto de 2022 existem dois modelos de sistema de abastecimento
de água:

 Modelo Centralizado ou administração direta: Prestado diretamente pela


prefeitura Municipal, por meio de secretaria, departamento ou repartição da
administração direta. Neste modelo não há autonomia financeira ou patrimonial isto
é caixa único.
 Modelo descentralizado ou por administração indireta: prestado por autarquias
municipais, SAAE (Serviços Autónomo Aguas e Esgoto), incluindo pessoas jurídicas
de direito público, de natureza meramente administrativa, criadas por lei específica,
para a realização de atividades, obras ou serviço descentralizados da entidade estatal
que as criou, mas sem subordinação hierárquica, sujeitas apenas ao controlo
finalístico de sua administração e da conduta de seus dirigentes, também podem ser
administrados pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).

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 Modelos descentralizados – companhias estaduais: prestado por personalidade
jurídica de direito, com finalidade de exploração de atividades económicas ou de
prestação de serviços públicos, onde a atuação nos municípios é regulada por contrato
de concessão.
 Gestão associada: associação voluntaria de entes federados, por convénio de
cooperação ou consorcio publico.

1.5 Gestão dos serviços de abastecimento de água potável em Moçambique.

Conforme Uandela (2012), Moçambique tem dois níveis de governação: o central e local.
O nível central é constituído pelos órgãos centrais e locais do estado e o local é constituído
pelas autarquias. A nível do estado central, o Ministério das Obras Públicas e Habitação,
através da Direcção Nacional de Águas (DNA) é a instituição responsável pela gestão
estratégica do sector de águas em Moçambique, que inclui nomeadamente, o
abastecimento de água e o saneamento e gestão dos recursos hídricos. A nível provincial,
a responsabilidade de coordenação do sector cabe à Direcção Provincial das Obras
Públicas e Habitação (DPOPH), através do Departamento de Água e Saneamento (DAS).

Segundo Uandela (2012), a nível do distrito, no âmbito da implementação da LOLE, a


responsabilidade pelo sector de águas cabe ao Serviço Distrital de Planeamento e Infra-
estruturas. Os municípios, como entidades autónomas do poder local, têm a
responsabilidade de garantir o abastecimento de água e saneamento na sua área de
jurisdição. O abastecimento de água para o consumo doméstico está dividido em duas
áreas principais, nomeadamente o abastecimento de água para as zonas urbanas e o
abastecimento de água para as zonas rurais. O abastecimento de água urbana pode, por
sua vez, ser subdividida em dois grandes grupos: os grandes sistemas urbanos e as
pequenas cidades e vilas urbanas.

Segundo Uandela (2012), o abastecimento de água às grandes cidades foi desenhado um


Quadro de Gestão Delegada que está em implementação desde 1999. Neste, o património
necessário para o abastecimento de água, que pertence ao Fundo de Investimento e Património
de Águas (FIPAG) é alugado a uma empresa privada, ou seja, um operador, que tem um
contrato de exploração e a obrigação de abastecer o consumidor, na base de um
relacionamento contratual entre o operador e o consumidor. O Conselho de Regulação do

13
Abastecimento de Água (CRA) representa a instância reguladora da Gestão Delegada,
incluindo a função de supervisão, controlo de qualidade e fixação de tarifas.

Para Uandela (2012) o quadro de gestão delegada é a base legal que viabiliza a
reestruturação dos sistemas de abastecimento de água e enquadramento para a gestão
delegada aos privados e cria novas entidades no sector. Este quadro tem como objectivos
garantir a eficiência da gestão dos sistemas do abastecimento de água e responder às
necessidades de planificação e de desenvolvimento do sector, bem como a execução dos
objectivos principais definidos na Política Nacional de Águas, que veio a ser revista em
2007, confirmando e reconhecendo a necessidade de ampliação desta experiência a outros
sistemas. Para as zonas rurais, está em implementação o princípio de procura, uma
estratégia que incentiva a participação dos beneficiários em todas as fases do processo de
abastecimento de água nas comunidades, e a sua responsabilização pela operação e
manutenção das fontes, condição essencial para a garantia de serviços sustentáveis.

Segundo Uandela (2012), o abastecimento de água às vilas e pequenas cidades,


nomeadamente feito por Pequenos Sistemas de Abastecimento de Água (PSAA) é um
segmento muito importante para o sector e que tem constituído um grande desafio. No
passado, a responsabilidade pelo abastecimento de água nestas vilas cabia, a nível central,
ao Departamento de Água Rural. Com o processo de transformações em curso, foi criada
uma entidade que se vai responsabilizar pela gestão deste segmento dos serviços, a
Administração de Infra-estruturas de Abastecimento de Água e Saneamento (AIAS), e
que abarca também algumas pequenas cidades.

Segundo Uandela (2012), em Moçambique, todos os sistemas públicos de abastecimento


de água são propriedade do Estado. Esta definição de propriedade é muito lacta, dando
espaço para interpretações diversas. O Estado tem vários níveis de governação e não está
claro se os OLEs podem deter a posse legal dos sistemas de abastecimento de água que
estão na área territorial sob a sua jurisdição, ou se a posse é dos órgãos centrais do Estado.

A Lei 2/97 estabelece no seu artigo 6 que cabe às autarquias, entre outras competências,
providenciar o abastecimento público, incluindo o abastecimento de água e saneamento.
A Lei 1/2008 (Lei das Finanças Autárquicas) estabelece, por seu turno, no artigo 3, que
‘as autarquias locais gozam de autonomia administrativa, financeira e patrimonial,
possuindo finanças e património próprios geridos autonomamente pelos respectivos
órgãos’. Assim, as autarquias passam a ser uma entidade que pode deter a posse legal das

14
infra-estruturas que compõem os sistemas de abastecimento de água e saneamento nas
áreas sob sua jurisdição, para a prossecução das suas atribuições. O investimento público
na área de abastecimento de água e saneamento é também competência própria das
autarquias locais. Contudo, os relevantes bens do domínio público necessários que
consubstanciam esta competência, isto é os sistemas de captação, tratamento e
distribuição de água, não pertencem formalmente ao património municipal (Gistac, 2001:
261).

Conforme Uandela (2012), o Estado delega a responsabilidade de gestão do património


nas entidades públicas autónomas (FIPAG, AIAS) que se responsabilizarão pela gestão
do financiamento do investimento público necessário em tais sistemas e pela organização
e disponibilização dos serviços até se efectivar a transferência total de responsabilidades
e do património para as autarquias locais. Neste compasso, as autarquias locais participam
no planeamento e superintendência dos serviços através de mecanismos institucionais
definidos para o efeito.

15
CAPITULO II

1.7 Estudo comparativo de sistema centralizado do descentralizado de


abastecimento de água Potável e não potável – agua recuperada.

Com base no estudo de sistema centralizado e descentralizado de sistema de


abastecimento de água potável apresentado no item 1.1 a 1.5, por meio dos conceitos de
FUNASA BRASIL (2016), informações a cessadas no website da MYHOUSE e IVILLA,
incluindo OLIVEIRA e GONÇALVES (1999), HESPANHOL (2015), PATUCCI
(2018), UNITED (2004) e FERREIRA E OLIVEIRA (2018), tendo em conta a
experiencia própria, foi possível chegar a formular o seguinte quadro comparativo.

A tabela 1.1 apresenta uma análise comparativa de sistema centralizado do


descentralizado de abastecimento de água potável tendo como escopo de analise fonte,
numero de fontes, números de consumidores, tipos de motobomba, tipo de condução,
componentes do sistema, necessidade de tratamento, tempo de projeccao, tipos de
servicos segundo Justen (2006) e gestão.

Enquanto a tabela 1.2, apresenta os resultados de análise comparativa de sistemas


centralizados dos descentralizados atendendo agua não potavel com base nos estudos
apresentados no item 1.2.3 e respeitando os mesmos critérios descritivos aprsentados na
tabela 1.1.

16
Tabela 1.1: Estudo comparativo de sistema centralizado do descentralizado de abastecimento de água potável, elaboração própria.

Estudo comprativa de sistema de abastecimento de água potável


Descrição Sistema Centralizado Sistema descentralizado
Manancial superficial, manancial
Fonte Manancial superficial subterrâneo (Poços artesianos e
rasos)
Número de Uma ou várias fontes para ingestão de
Uma fonte
fontes água.
Numero limitado de consumidores,
Número de
Grande numero de consumidores, pertence na sua maioria a usuários
consumidores
particulares.
Tipo de
Motobomba centrífugas Motobomba submersível
motobomba
Tipo de
Forçada e gravitacional Forçada e gravitacional
Condução
Captação de água bruta; Adução e
subadução de água bruta e tratada; Captação de água;
Estações elevatórias e/ou estações de Transporte/Adução e subadução de
Componentes
recalque; Estação de tratamento de água; Estações elevatórias e/ou
do sistema
água; Reservatórios; Rede de estações de recalque; Reservatórios;
distribuição de água tratada; Ligação Ligação domiciliar
domiciliar.
Necessidade Sim (de acordo com exigências do Sim (de acordo com exigências do
de tratamento MISAU) MISAU)
Tempo de Maior tempo de projeção, na ordem
Tempo de projeção reduzido
projeção de 20 a 30 anos
Serviços delegáveis e não
Tipos de delegáveis
Serviços delegáveis e não delegáveis
serviços Serviços administrativos e de
Serviços sociais e económicos
segundo utilidade pública
Justen (2006) Serviços sociais e económicos
Serviços coletivos e singulares
A população participa em tomada
A tomada decisão está a cargo do
de decisões.
estado
Eficiência e eficácia económica
Gestão Custo elevado
Existe autonomia financeira
Não existe autonomia financeira
Pessoal não qualificado na sua
Pessoal qualificado
maioria

17
Tabela 1.2: Estudo comparativo de sistema centralizado do descentralizado de água não potável - agua recuperada, elaboração
própria.

Estudo comprativa de sistema de abastecimento de água não potável-agua recuperada


Descrição Sistema Centralizado Sistema descentralizado
Fonte Afluente Afluente
Coleta do efluente, o transporte, o
Provenientes de vários edifícios são
Número de tratamento e o uso da água não potável
coletadas e transportadas para um único
fontes ocorrem em uma única residência ou
local
edifício.
Numero limitado de consumidores,
Número de
Grande numero de consumidores, pertence na sua maioria a usuários
consumidores
particulares.
Tipo de
Motobomba centrífugas Motobomba centrífugas
motobomba
Tipo de
Forçada e gravitacional Forçada e gravitacional
Condução
Afluentes, adução e subaducao,
Afluentes, adução e subaducao, estação
Componentes estação de tratamento de esgoto,
de tratamento de esgoto, Reservatórios,
do sistema Reservatórios, rede distribuição,
rede distribuição, Ligação domiciliar
Ligação domiciliar
Necessidade Sim (de acordo com exigências do Sim (de acordo com exigências do
de tratamento MISAU) MISAU)
Tempo de Maior tempo de projeção, na ordem Maior tempo de projeção, na ordem
projeção de 20 a 30 anos de 20 a 30 anos
Tipos de Serviços delegáveis e não delegáveis
Serviços delegáveis e não delegáveis Serviços administrativos e de utilidade
serviços
Serviços sociais e económicos pública
segundo Serviços sociais e económicos
Justen (2006) Serviços coletivos e singulares
A população participa em tomada de
A tomada decisão está a cargo do estado
decisões.
Custo elevado
Gestão Não existe autonomia financeira
Eficiência e eficácia económica
Existe autonomia financeira
Pessoal qualificado
Pessoal não qualificado na sua maioria

18
CONCLUSÃO

1. Todo sistema de abastecimento de água potável, deve fornecer água em quantidade


adequada e necessária para a população sendo indispensável para o crescimento social
e económico do país.
2. O sistema descentralizado a nível de infraestruturas é constituindo na sua maioria por
fontes de manancial subterrâneos a citar poços artesanais e rasos, onde a gestão é de
caracter autónomo, permitindo deste modo que as zonas rurais tenham acesso a água,
com serviços que podem ser de natureza delegáveis e não delegáveis, servicos
administrativos e de utilidade publica, serviços sociais e económicos incluindo
serviços coletivos e singulares.
3. O sistema centralizado de abastecimento de água potável atende na sua maioria
grande número consumidores, gerida pelo estado com caixa única e serviços
delegáveis e não delegáveis incluindo serviços sociais e económicos, tendo em conta
pessoal qualificado, não existe autonomia financeira.
4. O sistema centralizado e descentralizado de abastecimento de água não potável – água
recuperável, face a escassez deste valioso recurso tem sido de estrema importância
para que possa atender as necessidades da população, como para o caso de regadio de
jardins, agricultura entre outras necessidades.
5. Os estudo comparativo mostram que na sua maioria as fontes do tipo poço artesianos
e rasos tem sido aplicados em sistemas descentralizados, onde o número de fontes é
único. Se pode também observar nos resultados comparativos da tabela 1.1 que o
sistema descentralizado de água potável na maioria das vezes não possui estação de
tratamento de água potável, no sistema descentralizado existe autonomia financeira.
6. Os estudos comparativos de sistema centralizado do descentralizado de abastecimento
de água não potável – água recuperável mostra que em todas condições apresentem
afluentes do esgoto direcionado para tratamento, com grande número de
consumidores

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. FUNASA et all, Caderno temático de Saneamento Básico – Abastecimento de Agua


Potavel, Grafitto, junho de 2016,
2. Link a cessado em 21 de Agosto de 2022: https://
https://player.slideplayer.com.br/2/366587/#
3. Justen Filho, Marçal, 1997. Concessões de serviços públicos: (comentários às leis ns.
8.987 e 9.074, de 1995). São Paulo: Dialética.
4. Dias, Emerson de Paulo, 2002. Conceitos de Gestão e Administração: Uma Análise
Crítica: Revista Electrónica de Administração,1(1).
http://www.facef.br/rea/edicao01/ed01_art01.pdf
5. Bailey, Stephen J., 1999. Local Government Economics: Principles and Practice.
London: Palgrave Macmillan.
6. Cheema, Shabbir, & Rondinelli, Dennis A. (Eds.), 2007. Decentralizing Governance.
Emerging Concepts and Practices. Washington D.C.: Brookings Institution Press.
7. Booth, David, 2010. Towards a Theory of Local Governance and Public Goods’
Provision in sub-Saharan Africa. Working Paper No. 13. London: Africa Power and
Politics Programme/ODI. http://www. institutions-africa.org/filestream/20100812-
appp-working-paper-13-towards-a-theory-of-local governance-and-public-goods-
provision-in-sub-saharan-africa-david-booth-aug-2010.
8. Lei 2/1997, de 18 de Fevereiro de 1997. Boletim da República, I Série, N°7, 2°
Suplemento.
9. Lei 1/2008, Decreto 63/2008 CTA (Código Tributário Autárquico), 2008. Boletim da
República, I Série, Nº 52.
10. Gistac, Gilles, 2001. Manual de Direito das Autarquias Locais. Maputo: Universidade
Eduardo Mondlane (UEM), Livraria Universitária.
11. Link da Myhouse a cessado em 22 de Agosto de 2022:
https://myhouse.technoluxpro.com/pt/vodosnabzhenie/razlichnye-vidy-sistem-
vodosnabzheniya-nasosnyx-stancij-trub-i-istochnikov-vodozabora/
12. Link da ivilla a cessado em 22 de Agosto de 2022: https://ivilla-
pt.decorexpro.com/avtonomnaya-sistema-vodosnabzheniya/
13. OLIVEIRA, L. H., GONÇALVES O. M., Metodologia para implantação de programa
de uso racional da água em edifícios. 1a ed. São Paulo; EPUSP-PCC, 1999. 18 p.

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14. HESPANHOL, I. Reúso potável direto e o desafio dos poluentes emergentes. Revista
USP. v.106, p. 79-94, 2015.
15. PATUCCI, R. P.; OLIVEIRA, L. H.; KUROKAWA, F. A.; MIELLI, V. G. Tomada
de decisão entre a produção de água não potável em edifícios residenciais e água
potável no Sistema Produtor São Lourenço. In: ENCONTRO NACIONAL DE
TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 17., 2018, Foz do Iguaçu. Porto
Alegre: ANTAC, 2018.
16. FERREIRA, T. de V. G.; OLIVEIRA, L. H. de. Sistema descent ralizado individual
de água não pot ável: a necessidade da gest ão da qualidade e da quant idade.
Ambiente Construído, Port o Alegre, v. 18, n. 1, p. 379-392, j an./ mar. 2018.
17. UNITED STATES ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Primer for
Municipal Wastewater Treatment Systems. Washington: Office of Wastewater
Management and Office of Water, 2004.

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