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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


CURSO DE MESTRADO EM ENGENHARIA E GESTÃO DE ÁGUA

PROJETO – PROPOSTA DE NOVO PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DA


BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO LÚRIO ATENDENDO AS MUDANÇAS
CLIMÁTICAS E IMPACTO DA AÇÃO ANTRÓPICA NO PERÍODO DE 2017 A
2022, PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL, ECONÓMICO E AMBIENTAL
SUSTENTÁVEL.

António Acácio Morela

Engenheiro Civil Pela UniZambeze – BEIRA

Especialista em Design de Interiores e Processamento Tecnológico de Madeira pelo


IFSP - Brasil

antonioacacio4675@gmail.com

BEIRA
Fevereiro, 2022
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
2. OBJETIVOS ........................................................................................................... 3
Objetivo geral: ................................................................................................................ 3
Objetivos estratégicos: ................................................................................................... 3
3. Revisão do Antigo plano de gestão integrada da bacia hidrográfica do rio
Lúrio. ............................................................................................................................... 4
4. Caracterização da Região da bacia hidrográfica do rio Lúrio........................... 5
4.1. Área de Estudo – Vila de Namapa, Distrito de Erati, Povincia de
Nampula. ..................................................................................................................... 5
4.1.1. Enquadramento geográfico ......................................................................... 5
4.1.2. Demografia .................................................................................................... 7
4.1.3. Divisão administrativa ................................................................................. 7
4.1.4. Clima e Precipitação .................................................................................... 8
4.1.5. Hidrologia ..................................................................................................... 8
4.1.6. Hidrogeologia................................................................................................ 9
4.2. Potencialidade Socioeconómica .................................................................... 10
4.3. Mudanças climáticas verificadas na região da bacia hidrográfica do rio
Lúrio no período de 2017 a 20222. .......................................................................... 10
4.4. Impactos resultante da atividade antrópica na região da bacia do rio
Lúrio no período de 2017 a 2022. ............................................................................ 11
4.5. Plano de Gestão Integrada da Bacia hidrográfica do rio Lúrio atendendo
as mudanças climáticas e impactos da ação antrópica no período de 2017 a 2022
para o desenvolvimento social, económico e ambiental sustentável. ................... 12
5. CONCLUSÃO....................................................................................................... 15
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 16

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1. INTRODUÇÃO

Em Moçambique existe uma crescente preocupação relativo a gestão integrada dos


recursos hídricos, visto que este por excesso pode ocasionar danos, porem a falta do
mesmo afeta consideravelmente a vida dos seres vivos. A que garantir o control, e
monitoramento da existência do mesmo de modo a manter a o desenvolvimento
económico, social sustentável das sociedades Moçambicanas.

Este trabalho cinge-se essencialmente na elaboração de uma proposta de novo plano de


gestão integrada da bacia hidrográfica do rio Lurio atendendo as mudanças climáticas e
impacto da ação antrópica no período de 2017 a 2022, para o desenvolvimento social
económico e ambiental sustentável.

2. OBJETIVOS

Objetivo geral:

 Propor novo plano de gestão integrada da bacia hidrográfica do rio Lúrio


atendendo as mudanças climáticas e impacto da ação antrópica no período de 2017
a 2022, para o desenvolvimento social, económico e ambiental sustentável.

Objetivos estratégicos:

 Realizar revisão do antigo plano de gestão integrada da bacia hidrográfica do rio


Lúrio.
 Identificar a característica geral da região da bacia hidrográfica do rio Lúrio.
 Identificar as mudanças climáticas verificadas na região da bacia hidrográfica do
rio Lúrio no período de 2017 a 2022.
 Identificar os impactos resultantes da atividade antrópica na região da bacia do rio
Lúrio no período de 2017 a 2022.
 Elaborar novo plano de gestão integrada da bacia hidrográfica do rio Lúrio
atendendo as mudanças climáticas e impacto da ação antrópica no período de 2017
a 2022, para o desenvolvimento social, económico e ambiental sustentável.

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3. Revisão do Antigo plano de gestão integrada da bacia hidrográfica do rio Lúrio.

Segundo as informações que constam no website da Administração Regional de Aguas


do Norte (ARA NORTE, IP) acessada em 01/03/2022 A bacia hidrográfica do rio Lúrio
é gerida pela ARA NORTE, IP cuja missão, visão e valores se encontram no quadro a
baixo.

Tabela 1: Missão, visão e valores da ARA NORTE, IP (Elaboração própria segundo informações que constam no
website da ARA NORTE, IP , acessada em 01/03/2022 ).
Missão Propor uma melhor gestão integrada e sustentável dos recursos
hídricos em benefício das comunidades”.
Visão Uma Bacia com agua disponível em qualidade e quantidade
adequadas para os usos atuais e futuros, assegurando o
desenvolvimento sustentável e promoção do bem-estar e paz das
comunidades.
Valores 1. Compromisso
2. Profissionalismo
3. Integridade
4. Excelência
5. Eficiência/Eficácia
6. Transparência

Conforme ARA NORTE, IP O programa Gestão Integrada de Recursos Hídricos, é um


programa financiado pela Embaixada do Reino dos Países Baixos, concebido para
Desenvolvimento Institucional no Sector de Águas. A assistência a ser prestada ao
Governo de Moçambique, para o fortalecimento das instituições no sector de água para
melhorar a eficiência das instituições no sector (DNGRH, DNAAS, ARA-NORTE IP e
ARA-CENTRO IP) e promover o envolvimento dos stakeholders na gestão dos recursos
hídricos aos níveis nacional, regional e local.

Segundo ARA NORTE, IP as linhas gerais que orientam as melhores praticas


recomendadas na agenda internacional de gestão de recursos hídricos, tendo em conta o
desenvolvimento sustentável são Proteção do ambiente; Adaptação as mudanças
climáticas; Prevenção e mitigação de cheias e secas; Unidade e coerência da gestão da
bacia hidrográfica; Uso racional e sustentável dos recursos hídricos disponíveis;
Poluidor-pagador; Utilizador-pagador; Conservação dos recursos hídricos;
Rentabilização das infraestruturas hidráulicas; Salvaguarda dos efeitos nocivos das águas;
e Gestão participativa e integrada.

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Segundo a TPF (2019), o Plano Estratégico para Utilização e Desenvolvimento da Bacia
Hidrográfica do Rio Lúrio foi elaborado no âmbito do Projeto Nacional de
Desenvolvimento dos Recursos Hídricos de Moçambique. Com uma área de intervenção
de 61.200 km², o estudo tem como principal objetivo a definição da estratégia de
desenvolvimento social, económico e ambiental sustentável da bacia do Rio Lúrio, onde
a componente da capacitação e formação dos técnicos, que no futuro serão responsáveis
pela implementação e gestão do plano assume especial relevância. O Plano inclui:
1. Monografia da Bacia do Rio Lúrio;
2. Cenários de Desenvolvimento da Água da Bacia do Rio Lúrio;
3. Plano Estratégico de Investimento envolvendo o Desenvolvimento de
Infraestrutura da Água e a Gestão da Capacidade de Desenvolvimento dos
Recursos Hídricos;
4. Estratégia Integrada de Gestão e Desenvolvimento dos Recursos Hídricos que
orienta a implementação do Plano Estratégico de Investimento;
5. Sistema de Informação Geográfica,

Acrescenta ainda que este estudo foi financiado pelo Banco Mundial.

Figura 1: Bacia hidrográfica do rio Lúrio. (TPF, 2019)

4. Caracterização da Região da bacia hidrográfica do rio Lúrio

4.1. Área de Estudo – Vila de Namapa, Distrito de Erati, Povincia de Nampula.

4.1.1. Enquadramento geográfico

Conforme ARA NORTE, IP a Divisão de Gesta da Bacia Lurio – DGBL, possui a sede
localizada na vila Namapa, Distrito de Erati, província de Nampula, a cerca de 250 Km
da cidade de Nampula, é responsável pela gestão operacional dos recursos hídricos da

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bacia hidrográfica do rio Lúrio. Esta bacia tem a forma de uma elipse com a diagonal
principal com cerca de 600 km. O seu factor de forma é 0.23, indicando que a bacia tem
pouca propensão a cheias. Nasce no Monte Malema no Posto Administrativo de
Molumbo a uma altitude de cerca de 1300 m, e tem a sua foz próximo do Posto
Administrativo de Lúrio. Os afluentes principais são Muanda, Nihuregè, Luleio, Muataza,
Rurruma, na sua margem esquerda, e na sua margem direita os rios Lalaua, Malema e
Nalume. A topografia da bacia é caracterizada pela existência de montes dispersos com
altitudes entre 1500 a 2400 m, uma zona de Mesoplanície com cotas entre 1000 e 1500
m, e uma planície baixa, abaixo dos 200 m, que vai até ao mar.

Figura 2: Divisão de Gestão da Bacia Lúrio. (ARA NORTE, IP, 2022)

Conforme se pode observar no Mapa apresentado pela Grain em 2015 abaixo a bacia do
rio Lúrio se encontra localizado a nordeste de Moçambique abrangendo as províncias de
Nampula, Niassa e Cabo Delgado e o seu rio tem a sua nascente no monte Malema
localizado em Nampula, encontrando o seu estuário no oceano indico.

Figura 3: Localização da Bacia do rio Lúrio. (Grain, 2015)

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4.1.2. Demografia

Segundo o Censo Populacional de 2007 realizado em Moçambique, indicou que Namapa


– Erati possui uma população de 256 715 residentes. Com uma área de 5671 km²,
a densidade populacional rondava os 45,27 habitantes por km².

4.1.3. Divisão administrativa

Segundo a Resolução nº 3/94 de 25 de Agosto de 1994, publicada no Boletim da


República nº 34, I Série, Supl. de 25 de Agosto de 1994, Eráti, também é conhecido
como Namapa-Eráti, é um distrito da província de Nampula, em Moçambique, com sede
na vila de Namapa. Tem limite, a norte com o distrito de Chiúre da província de Cabo
Delgado, a oeste com o distrito de Mecubúri, a sul com os distritos de Muecate e Nacarôa,
e a este com o distrito de Memba. O nome do distrito foi alterado
de Namapa para Eráti em 25 de Agosto de 1994.

No que tange a divisão dos postos administrativos, o distrito Eráti é composto por três
postos administrativos (Alua, Namapa - Eráti e Namiroa), sendo constituído por seguintes
localidades:

 Posto administrativo de Alua: Alua e Samora Machel

 Posto administrativo de Namapa – Eráti: Namapa e Odinepa

 Posto administrativo de Namiroa: Muanona e Namiroa.

A seguir apresenta-se a tabela de divisão administrativa segundo o Plano Estrategico de


Desenvolvimento Distrital de 2014 a 2015, aprovado pelo conselho consultivo distrital
em 2009

Tabela 2: Divisão Administrativa do distrito Eratis (Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital de 2014 – 2015,
2009).
Distrito Posto Administrativos Localidades Localização
Posto administrativo de Namapa - Sede Sede do distrito
Namapa - Sede Odinepa - Sede A 35 Km do Este
Alua-Sede A 25 Km do Sul da
Posto administrativo de sede distrital
Alua Samora Machel A 55 Km do Sudoeste
Eráti
do distrito
Namiroa - Sede A 70 Km do Oeste do
Posto administrativo de distrito
Namiroa Muanoma A 65 Km do Noroeste
do distrito
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4.1.4. Clima e Precipitação

Segundo o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Eráti de 2010 a 2014,


aprovado pelo conselho consultivo distrital em 2009 o clima é predominante Tropical
húmido, havendo algumas regiões que os elementos do clima sofrem alterações
motivadas pela altitude, como são os casos das montanhas de Mirrote, Odinepa, Namiroa
e Alua. A estação chuvosa inicia em Novembro e termina na primeira quinzena de Abril
e a estação seca vária de Maio a Outubro.

Conforme ARA NORTE, IP (2022), a precipitação anual média é aproximadamente de


1100 mm. O escoamento anual médio estimado é de 7,000 mm3, e o escoamento anual
com 20% de probabilidade de ocorrência é de 4,500 mm3.

4.1.5. Hidrologia

Segundo ARA NORTE, IP 2022, o rio Lúrio possui a sua nascente no monte Malema,
na província de Nampula, desaguando no mar, na baía do Lúrio, às margens do posto
administrativo de Lúrio Tem como afluentes principais os rios Muanda, Nihuregè, Luleio,
Muataza, Rurruma, na sua margem esquerda, e os rios Lalaua, Malema e Nalume na sua
margem direita. O rio é caracterizado por fluxos sazonais e extensas margens pantanosas,
com fluxo caudal mormente, permitindo certa navegação nos primeiros quilómetros.

Conforme ARA NORTE, IP 2022 A sub-bacia com maior coeficiente de escoamento é a


do rio Malema. Nesta bacia a precipitação anual é de 1000 mm e gera 300 a 500 mm de
escoamento superficial; em toda a bacia, a mesma precipitação gera apenas 120 mm de
escoamento superficial. No relatório “Avaliação do potencial de desenvolvimento e
inventariação dos recursos hidráulicos da bacia do rio Lúrio” elaborado em 1980 pela
Hidrotécnica Portuguesa, foram identificados os principais usos potenciais de recursos

hídricos.

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Neste sentido, foram estudados os potenciais de irrigação, produção de energia
hidroeléctrica, exploração de recursos minerais. A produção total de hidroenergia pode
atingir 6,000 GWh, mas apenas 50% deste valor pode ser garantido em 95% do tempo. É
na sub-bacia do Malema que se concentra o maior potencial.

Figura 3: Rio Lúrio. (ARA NORTE, IP, 2022)

4.1.6. Hidrogeologia

De acordo com os dados fornecidos no relatório sobre a capacidade institucional do


distrito de Namapa-Erati, provincia de Nampula, foi realizado pesquisas nos três postos
administrativos onde chegou-se a conclusão que no posto administrativo de Namapa Sede
a profundidade normais dos furos se localizam a uma profundidade de 50 a 75 metros
com uma taxa de sucesso de abertura de furo que varia na ordem de 60 – 80% a qualidade
de água ou salinidade classificada como “muitos fontes salobras”.

Enquanto no posto administrativo de Alua a profundidade dos furos variam na ordem de


25 a 50 metros de profundidade, porem neste caso com maior taxa de sucesso para
abertura de furos onde a qualidade da agua ou salinidade tem apresentado de forma
variada fontes salobras e no Posto administrativo de Namirroa com furos de
profundidades usuais na ordem de 50 a 75 metros e txa de sucesso igual a do posto
administrativo de Namapa Sede e com muitos fontes salobras. A qualidade da agua dos
distritos de Namapa-Erati deve-se ao facto de se encontrarem localizados nas
proximidades do estuário do rio Lúrio o que ocasionam interferência no nível de fontes
salobras.

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Tabela 3: Zonamento de risco Hidrológico (Relatorio do distrito Namapa-Erati, 2012.

Em termos de hidrogeologia, as formações aquíferas do Distrito de Búzi são em geral


pouco produtivas na costa a algumas muito produtivas no interior do distrito e no vale de
Búzi, as águas são de boa qualidade.

4.2. Potencialidade Socioeconómica

Conforme Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Eráti de 2010 a 2014,


aprovado pelo conselho consultivo distrital em 2009, Eráti dispõe de enormes
potencialidades económicas que compreendem uma vasta extensão de terras aráveis para
o plantio de ervas medicinais, produção de culturas milho, mandioca, mapira, castanha
de cajú, algodão, gergelim, tabaco, arroz, feijões, batata-doce, amendoim. Para além da
produção agrícola, Eráti detém um forte potencial na atividade turística de caracter
antropológico e cultural. O distrito possui também um enorme potencial na prática da
medicina natural sendo referência a nível provincial, regional e nacional.

4.3. Mudanças climáticas verificadas na região da bacia hidrográfica do rio


Lúrio no período de 2017 a 20222.

O clima é predominante Tropical húmido, havendo algumas regiões que os elementos do


clima sofrem alterações motivadas pela altitude, como são os casos das montanhas de
Mirrote, Odinepa, Namiroa e Alua. A estação chuvosa inicia em Novembro e termina na

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primeira quinzena de Abril e a estação seca vária de Maio a Outubro (Plano Estratégico
de Desenvolvimento do Distrito de Eráti de 2010 a 2014, aprovado pelo conselho
consultivo distrital em 2009).
O mesmo plano de 2009 acrescenta que o meio ambiente em Eráti apresenta-se de forma
degradado devido ao problema de erosão hídrica que vem afetando significativamente o
distrito.
No entanto nos últimos anos tem, se verificado em Moçambique eventos tempestivos de
alta dimensão aerodinâmica que afetam de alguma forma o clima local de certas regiões,
como é o caso do ciclone Ana e Kenneth que deixaram grandes danos na zona Norte
associado ao problema de erosão hídrica que o distrito de Erati possui tem afectado
significativamente no clima local, assoreando canais devido ao nivel de destruição
verificado.
Não obstante a esta situação o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Eráti
de 2010 a 2014, aprovado pelo conselho consultivo distrital em 2009 também relata que
existe queimada descontrolada na região afetando o ambiente e o clima local.

4.4. Impactos resultante da atividade antrópica na região da bacia do rio Lúrio


no período de 2017 a 2022.

Conforme o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Eráti de 2010 a 2014,


aprovado pelo conselho consultivo distrital em 2009 a ação antrópica local no que tange
a queimadas descontroladas tem se verificado em grande escala, o que afeta a
biodiversidade da região. Comprometendo deste modo o funcionamento do ecossistema
local, colocando em causa a própria vida humana.
Sendo o rio Lurio composto por varias afluentes, tornasse atrativo para realização de
atividades pesqueiras, realizada de forma descontrolada como o caso de uso de redes
finas, pescando deste modo peixes miúdos comprometendo comprometendo assim a
continuidade dos mesmos,

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4.5. Plano de Gestão Integrada da Bacia hidrográfica do rio Lúrio atendendo as
mudanças climáticas e impactos da ação antrópica no período de 2017 a 2022
para o desenvolvimento social, económico e ambiental sustentável.

4.5.1 Sinopse do inventário


A seguir se apresenta a sinopse relativo ao inventário realizado referente ao distrito de
Namapa – Eráti, nos postos administrativos de Namapa-Sede, Alua e Namiroa.

Tabela 4: Sinopse do inventário (Elaboração própria, 2022).


Distrito Unidades Ambientais Características Funções ambientais Articulação/observação
(geofaceis)
Posto Administrativo de  O clima Tropical húmido  Plantio de ervas Atividade turística de
Namapa-Sede  Estação chuvosa inicia em medicinais, caracter antropológico e
Novembro e termina na produção de cultural
primeira quinzena de Abril milho, mandioca,
 Estação seca vária de Maio mapira, castanha
a Outubro de cajú, algodão,
 Profundidade normais dos gergelim, tabaco,
furos se localizam a de 50 a arroz, feijões,
75 metros batata-doce,
 Vasta extensão de terras amendoim
aráveis  Pescado
 Abastecimento de
agua
Posto administrativo de  O clima Tropical húmido,  Plantio de ervas Atividade turística de
Alua sofrendo alterações medicinais, caracter antropológico e
motivadas pela altitude produção de cultural
 Estação chuvosa inicia em milho, mandioca,
Novembro e termina na mapira, castanha
primeira quinzena de Abril de cajú, algodão,
Eráti  Estação seca vária de Maio gergelim, tabaco,
a Outubro arroz, feijões,
 Profundidade normais dos batata-doce,
furos se localizam a de 25 a amendoim
50 metros.  Pescado
 Vasta extensão de terras  abastecimento de
aráveis agua
Posto administrativo de  O clima Tropical húmido,  Plantio de ervas Atividade turística de
Namiroa sofrendo alterações medicinais, caracter antropológico e
motivadas pela altitude produção de cultural
 Estação chuvosa inicia em milho, mandioca,
Novembro e termina na mapira, castanha
primeira quinzena de Abril de cajú, algodão,
 Estação seca vária de Maio gergelim, tabaco,
a Outubro arroz, feijões,
 Profundidade normais dos batata-doce,
furos se localizam a de 50 a amendoim
75 metros  Pescado
 Vasta extensão de terras  abastecimento de
aráveis agua

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4.5.2 Análise do inventário
A seguir se apresenta a analise relativo ao inventário realizado referente ao distrito de
Namapa – Eráti, nos postos administrativos de Namapa-Sede, Alua e Namiroa.

Tabela 5: Análise do inventário (Elaboração própria, 2022).


Distrito Unidades Ambientais Analise das propriedades naturais Analise das propriedades
(geofaceis) socioeconómicas
Posto Administrativo de  Os rios existentes é caracterizado  Vasta extensão de terras aráveis para o
Namapa-Sede por fluxos sazonais e extensas plantio de ervas medicinais, produção
Posto administrativo de margens pantanosas, com fluxo de culturas milho, mandioca, mapira,
Alua caudal mormente, permitindo certa castanha de cajú, algodão, gergelim,
navegação nos primeiros tabaco, arroz, feijões, batata-doce,
quilómetros. amendoim.
 Diminuição da vegetação  Forte potencial na atividade turística
 A topografia da bacia é de caracter antropológico e cultural.
caracterizada pela existência de  O distrito possui também um enorme
Eráti
montes dispersos com altitudes potencial na prática da medicina
Posto administrativo de entre 1500 a 2400 m, natural sendo referência a nível
Namiroa  Zona de Mesoplanície com cotas provincial, regional e nacional.
entre 1000 e 1500 m,  Crescimento populacional
 Planície baixa, abaixo dos 200 m,
que vai até ao mar
 Hidrogeologia classificada em geral
com fontes salobras

4.5.3 Sinopse da análise


A seguir se apresenta a sinopse da analise relativo ao inventário realizado referente ao
distrito de Namapa – Eráti, nos postos administrativos de Namapa-Sede, Alua e Namiroa.

Tabela 6: Análise do inventário (Elaboração própria, 2022).


Distrito Unidades Ambientais Problema Limitações naturais e Potencialidades Articulaçã
(geofaceis) legais o/observaç
ão
Posto Administrativo de  Queimadas descontroladas  Qualidade de  Agricultura
Namapa-Sede  Erosão hídrica águas dos furo  Vasta extensão de
 Perda de biodiversidades possuem fontes terras aráveis para o
 Assoreamento de canais salobras plantio
hídricos  Solo erodível  Fonte de
 Pesca descontrolada abastecimento de
agua
Posto administrativo de  Queimadas descontroladas  Qualidade de  Agricultura
Alua  Erosão hídrica águas dos furo  Vasta extensão de
Eráti  Perda de biodiversidades possuem fontes terras aráveis para o
 Assoreamento de canais salobras plantio
hídricos  Solo erodível Fonte de abastecimento
 Pesca descontrolada de agua
Posto administrativo de  Queimadas descontroladas  Qualidade de  Agricultura
Namiroa  Erosão hídrica águas dos furo  Vasta extensão de
 Perda de biodiversidades possuem fontes terras aráveis para o
 Assoreamento de canais salobras plantio
hídricos  Solo erodível Fonte de abastecimento
 Pesca descontrolada de agua

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4.5.3 Diagnostico
A seguir se apresenta o diagnostico da analise relativo ao inventário realizado referente
ao distrito de Namapa – Eráti, nos postos administrativos de Namapa-Sede, Alua e
Namiroa.

Tabela 7: Diagnostico (Elaboração própria, 2022).


Distrito Unidades Ambientais Diagnostico
(geofaceis)
Posto Administrativo de Queimadas descontroladas a altercao da alteração de camada de ozono consequentemente excesso de
Namapa-Sede dióxido de carbono na atmosfera – efeito estufa, possibilidades de ocorrência de chuvas acidadas –
Posto administrativo de alteração do clima local
Alua Erosão hídrica – Mudanças do ambiente e constantes eventos tempestivos elevam o nível de erosão
Eráti Posto administrativo de hídrica na região
Namiroa Assoreamento de canais hídricos da região devido aos eventos tempestivos e falta de realização de
trabalhos de rotina por parte da administração distrital
Pesca descontrolada – falta de fiscalização e sensibilização da comunidade por parte da administração
local.

4.5.3 Sinopse das atividades

A seguir se apresenta a sinopse das atividades relativo ao diagnostico do inventario


referente ao distrito de Namapa – Eráti, nos postos administrativos de Namapa-Sede,
Alua e Namiroa.

Nota: Os responsáveis, corresponsáveis, período, local e recursos financeiros serão


definidos apos a realização de trabalho de campo no distrito de Namapa-Erati, provincia
de Nampula, porem o projecto deixa patente as actividades em fusão do trbalho de
pesquisa.

Tabela 8: Sinopse das atividades (Elaboração própria, 2022).


Distrito Atividade Responsável Co-responsável Período Local Recursos Observações
financeiros
Levantamento das zonas
com queimadas
descontroladas
Realizar zonamento de
regiões de fortes índices de
erosão hídrica
Eráti
Identificar canais hídricos
naturais com fortes índices
de assoreamento
Realizar levantamento das
áreas de pratica de pescas
descontroladas

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5. CONCLUSÃO

1. O antigo antigo plano de gestão integrada da bacia hidrográfica do rio Lúrio foi
realizado antes de ocorrência de novos eventos tempestivos como ciclones Ana e
Kenneth, não tendo sido levado em conta a magnitude das mudanças climáticas que
o distrito de Namapa – Erati enfrenta actualmente
2. A População de Namapa - Eráti teve um crescimento considerável relativamente aos
indicadores dos últimos censo populacional face ao grande potencial socioeconomico
associado a vasta terra arável que a região possui possibilitando plantio de varias
naturezas e com um poder atrativo ao nível de turismo de caracter antropológico e
cultural.
3. As mudanças climáticas registadas no distrito de Namapa- Erati estão fortemente
ligados a ocorrência de novos eventos tempestivos como o caso de ciclones, onde
ocasionam transporte de sedimentos e materiais de variais ordens assoreando canais
hídricos da região, levado degradação do solo por erosão, não só também esta afeto
a queimada descontrolada que inibe o desenvolvimento da biodiversidade
4. Os impactos da actividade antrópica como queimada descontrolada eleva o nivel da
perda da biodiversidade da região afectando as comunidades locais. A pesca
descontrolado por meio de uso de redes finas coloca em extinção algumas espécies
aquática da região.
5. A administração local não possui planos de control das zonas de queimadas
descontroladas, não possui o zonamento das regiões com fortes índices de erosão
hídrica, assim como não possui fisalizacao dos canais que sofrem assoreamento e
pratica de actividade de pesca descontrolada

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. WE CONSULT,”relatório sobre capacidade institucional de Namapa-Erati –


Provincia de Nampula”, Janeiro, 2012

2. Resolução nº 3/94 de 25 de Agosto de 1994, publicada no Boletim da República nº


34, I Série, Supl. de 25 de Agosto de 1994, pág. sn.
3. Divisão de Gestão da Bacia do Lúrio (DGBL), ARA Norte. Consultado em 27 de
outubro de 2021
4. http://www.ine.gov.mz/censo2007/rdcenso09/Sofala/pts/q2 - INE, (2007), Instituto
Nacional de Estatística. Censo 2009. Extraído em 01 de Março de 2022
5. TPF CONSULTORES, Plano Estratégico da Bacia Hidrografica do rio Lúrio, 2019
6. Governo distrital de Erati, “Plano Estrategico de desenvolvimento distrital ”, 2009

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