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Trabalho 1 (individual), de carater avaliativo, do módulo Recursos Orientados Para Saneamento, Dezembro, Beira, 2022

PROPOSTA DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA


POTÁVEL PARA UMA POPULAÇÃO DE UMA CIDADE QUE
VIVE EM UM AGLOMERADO ORGANIZADO COM 10000
HABITANTES E OUTRA PARTE DA POPULAÇÃO DISPERSA
NA ZONA PERIURBANA COM ÁREA TOTAL DE 55 KM².
Antonio Acácio Morela
Engenheiro Civil Pela UNIZAMBEZE – BEIRA
Especialista em Design de Interiores e Processamento Tecnológico de Madeira pelo IFSP – Brasil
Pós-graduando EAD em Engenharia de Estrutura de Concreto Armado – FAVENI - Brasil
Pós-graduando EAD em Engenharia Geotécnica – FAVENI - Brasil
Mestrando em Engenharia e Gestão de Aguas - UNIZAMBEZE – BEIRA
antonioacacio4675@gmail.com
Faculdade de Ciências e Tecnologias – UNIZAMBEZE
Av. Alfredo Lawley, nº 1018, Matacuane, Beira/Sofala -
Moçambique
Caixa Postal 2100 – Cidade da Beira – Sofala – Moçambique

RESUMO: A inexistência de sistema de abastecimento de água potável em algumas cidades,


coloca em causa a saúde pública e o desenvolvimento socioeconómico das populações, sendo a
água um bem que deve ser fornecido em qualidade, segurança e quantidade necessária para a
população, quer seja para uso em residências ou em processos de rega de plantios. No entanto
por meio de uma revisão bibliográfica propõem-se um sistema de abastecimento de agua potável
para uma cidade com um aglomerado organizado de 10000 habitantes e outra parte da população
dispersa na zona periurbana com área total de 55 Km², faz-se a caracterização da Cidade com um
aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana
com área total de 55 Km², estudo o crescimento da população de uma Cidade que vive em um
aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana
com área total de 55 Km², caracterização do canal de água bruta para abastecimento de água potável de
uma Cidade que vive em um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da população
dispersa na zona periurbana com área total de 55 Km², dimensionamento de sistema de abastecimento de
água potável para uma população de uma cidade que vive em um aglomerado organizado com 10000
habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana com área total de 55 km², descrição da
tecnologia de tratamento de água potável para uma população de uma cidade que vive em um aglomerado
organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana com área total
de 55 km². Podendo chegar a propor um sistema de abastecimento de água potável para uma população
de uma cidade que vive em um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da população
dispersa na zona periurbana com área total de 55 km², para um período de 30 anos, onde a toma de
agua bruta será realizado em um manancial hipotético com uma cota manométrica de 17,2 m por
meio de uma bomba de Potencia P1=35 CV e P2=30 CV, ate ao canal de agua bruta com um
caudal de adução equivalente a 112,69 l/s e 450 mm de diâmetro e uma velocidade equivalente a
0,88 m/s, sendo reservado num reservatório com capacidade total de 3245,472 m³ incluindo um
caudal de distribuição igual a 253,60 l/s com, cuja rede adotada é ramificada com ramais
principais de dimensão variando de 150 a 225 mm e velocidade mínima de 0,93 m/s e máxima
1,65 m/s, com pressões estáticas mínima de 11,18 m.c.a e máxima 20,69 m.c.a.

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PALAVRAS CHAVES: Abastecimento de água, dimensionamento, População, rede de
abastecimento.

ABSTRACT: The lack of a drinking water supply system in some cities jeopardizes public health and
the socioeconomic development of populations, with water being a good that must be provided in the
quality, safety and quantity necessary for the population, whether for use in homes or in irrigation
processes for plantations. However, through a bibliographic review, a drinking water supply system is
proposed for a city with an organized cluster of 10,000 inhabitants and another part of the population
dispersed in the peri-urban area with a total area of 55 km², a characterization of the City with an
organized cluster with 10,000 inhabitants and another part of the population dispersed in the peri-urban
area with a total area of 55 km², I study the population growth of a City that lives in an organized cluster
with 10,000 inhabitants and another part of the population dispersed in the peri-urban area with a total
area of 55 Km², characterization of the raw water channel for the supply of drinking water in a City that
lives in an organized cluster with 10,000 inhabitants and another part of the population dispersed in the
peri-urban area with a total area of 55 Km², sizing of a drinking water supply for a population of a city
that lives in an organized cluster with 10000 inhabitants and another part of the population scattered in
the peri-urban zone with a total area of 55 km², description of the drinking water treatment technology for
a population of a city living in an organized cluster with 10000 inhabitants and another part of the
population dispersed in the peri-urban zone with a total area of 55 km². Being able to propose a drinking
water supply system for a population of a city that lives in an organized cluster with 10,000 inhabitants
and another part of the population dispersed in the peri-urban area with a total area of 55 km², for a period
of 30 years, where raw water intake will be carried out in a hypothetical source with a manometric quota
of 17.2 m by means of a pump of Power P1=35 CV and P2=30 CV, to the raw water channel with an
adduction flow rate equivalent to 112.69 l/s and 450 mm in diameter and a speed equivalent to 0.88 m/s,
being reserved in a reservoir with a total capacity of 3245.472 m³ including a distribution flow equal to
253.60 l/s with, whose The network adopted is branched with main branches ranging in size from 150 to
225 mm and a minimum speed of 0.93 m/s and a maximum of 1.65 m/s, with a minimum static pressure
of 11.18 m.c.a and a maximum of 20.69 m.c.a.

KEY WORDS: Water supply, dimensioning, Population, supply network.

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1.0 INTRODUÇÃO: O Sistema de abastecimento de agua potável é um dos componentes extremamente
importante e indispensável para o desenvolvimento socioeconómico das cidades, vilas e comunidades,
sendo este líquido de grande valor para o ser humano que na constituição da Republica de Moçambique é
tida como direito humano que deve ser disponibilizado em qualidade, segurança e quantidade necessária
para o consumidor, atendendo a problemática de “inexistência de Sistema de abastecimento de água
potável para uma população de uma cidade que vive em um aglomerado organizado com 10000
habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana com área total de 55 km²”, no entanto,
este trabalho tem como objetivo geral: “Propor um sistema de abastecimento de água potável para uma
população de uma cidade que vive em um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da
população dispersa na zona periurbana com área total de 55 km²”, de modo que se concretizasse o
objetivo geral deste artigo, realizou-se as seguintes atividades:

1. Realizar revisão epistemológica dos conceitos teóricos que sustentam a investigação.


2. Caracterizar a Cidade com um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da
população dispersa na zona periurbana com área total de 55 Km².
3. Estudar o crescimento da população de uma Cidade que vive em um aglomerado organizado com
10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana com área total de 55 Km².
4. Caracterizar o canal de água bruta para abastecimento de água potável de uma Cidade que vive em
um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona
periurbana com área total de 55 Km².
5. Dimensionar sistema de abastecimento de água potável para uma população de uma cidade que vive
em um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona
periurbana com área total de 55 km².
6. Descrever tecnologia de tratamento de água potável para uma população de uma cidade que vive em
um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona
periurbana com área total de 55 km².
7. Propor sistema de abastecimento de água potável para uma população de uma cidade que vive em um
aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana
com área total de 55 km².

No entanto avança-se como objeto de estudo deste artigo científico como sendo “sistema de
abastecimento de água potável para uma população de uma cidade que vive em um aglomerado
organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana com área total
de 55 km²”. Como hipótese do respetivo artigo se tem: Se se fizer revisão bibliográfica dos conceitos
teóricos que sustentam a investigação, caracterização de uma Cidade com um aglomerado organizado
com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana com área total de 55
Km², estudo de crescimento da população de uma Cidade que vive em um aglomerado organizado com
10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana com área total de 55 Km²,
caracterização do canal de água bruta para abastecimento de água potável de uma Cidade que vive em
um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona
periurbana com área total de 55 Km², dimensionamento de sistema de abastecimento de água potável
para uma população de uma cidade que vive em um aglomerado organizado com 10000 habitantes e
outra parte da população dispersa na zona periurbana com área total de 55 km², descrição de tecnologia
de tratamento de água potável para uma população de uma cidade que vive em um aglomerado
organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana com área
total de 55 km², torna-se possível chegar propor sistema de abastecimento de água potável para uma
população de uma cidade que vive em um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte
da população dispersa na zona periurbana com área total de 55 km².

1.1 REVISÃO EPISTEMOLÓGICA DOS CONCEITOS TEÓRICOS QUE SUSTENTAM A


INVESTIGAÇÃO
Conforme FUNASA BRASIL (2015), define o Sistema de Abastecimento Público de Água como o
conjunto de obras, instalações e serviços, destinados a produzir e distribuir água a uma comunidade, em
quantidade e qualidade compatíveis com as necessidades da população.
O sistema de abastecimento de água potável, que é um dos pilares do saneamento básico, consiste na
captação da água da natureza, tratamento adequado ao uso para garantia da sua qualidade, adução da

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água, elevatória quando preciso e o seu fornecimento em quantidade adequada às necessidades da
população (TSUTIYA, 2006).

1.1.1 ESTUDOS POPULACIONAIS


Conforme TAVARES (2020), A taxa de crescimento da população refere-se ao percentual de incremento
médio anual da população residente, em determinado local e ano. Acrescenta ainda para estimar a
população, existem vários métodos, porem se pode utilizar o método da progressão aritmética e o método
de progressão geométrica.
Para TAVARES (2020), no método aritmético, a hipótese é que a população em estudo apresenta uma
evolução linear. Sendo assim, o incremento é constante por unidade de tempo no decorrer do período
considerado. Mediante os valores da população em dois momentos, calcula-se o crescimento médio por
unidade de tempo. Primeiramente, é preciso identificar a fórmula do coeficiente da projeção aritmética
(ra):
(P1 −P0 )
ra = (t1 −t0 )
(1.0)

Onde:
ra: coeficiente da projeção aritmética (habitantes/ano);
P0 e P1 : população no 1° e 2° censos considerados; (habitantes);
𝑡0 e 𝑡1 : anos no 1° e 2° censos considerados; (ano);

Segundo TAVARES (2020), Com base no incremento constante dado pela equação 1.0, tem-se a fórmula
da projeção aritmética (equação 1.2):
Pt = P0 + ra × (t−t 0 ) (1.1)

Onde:
Pt : população que se deseja estimar; (habitantes);
t: ano da projeção que se deseja estimar (ano);
t 0 : ano inicial (ano).

Segundo TAVARES (2020), no método geométrico, a hipótese é que a população cresce segundo uma
progressão geométrica, a uma razão constante por unidade de tempo. A taxa média geométrica de
crescimento anual (rg) da população no intervalo “n” é obtida pela seguinte fórmula:
𝑛 Pt+𝑛
rg = √ Pt
−1 (1.2)

Onde:
rg: taxa media geométricos de crescimento anual da população;
Pt+𝑛 : População no final do período (habitantes);

De acordo com TAVARES (2020), Se a população ao tempo 𝑡0 (P0 ) e a taxa de crescimento anual (rg)
são conhecidas, a população ao tempo 𝑡𝑥 é:
P𝑥 = P0 × (1 + rg)𝑡𝑥 −𝑡0 (1.3)
Onde:
P𝑥 : População estimada no ano de estimatica“x”;
P0 : População no 1° censo considerado; (habitantes);
𝑡𝑥 : ano de estimativa.

Segundo FUNASA BRASIL (2015), para efeitos de projeto de rede de abastecimento de agua deve-se
considerar relativamente a população flutuante 1% da população estimada.

1.1.2 SUPERFÍCIE E DENSIDADE DEMOGRAFICA DE MOÇAMBIQUE


Segundo INE (2017), Moçambique tem uma superfície de 799 380 km² e uma população equivalente a
28 861 863, perfazendo uma densidade populacional de 36,1 hab/Km². A seguir apresenta-se a tabela 1.1
relativo ao senso populacional dos anos 1980, 1997, 2007 e 2017.

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Tabela 1.1: População total, superfície e densidade populacional de Moçambique. (INE, 2017)
Ano do Censo População (hab.) Superfície (Km²) Densidade (hab./Km²)
1980 12 130 000 799 380 15,2
1997 16 099 246 799 380 20,1
2007 20 579 265 799 380 25,7
2017 28 861 863 799 380 36,1

1.1.3 DEMANDA DE ÁGUA POTÁVEL


Segundo FUNASA (2016), a conceção de um sistema público de abastecimento de água exige o
conhecimento da quantidade de água que o município ou a localidade demandam. Essa quantidade ou
“demanda” é calculada em função do número de habitantes a ser abastecido, da quantidade de água
necessária a cada indivíduo (segundo literaturas ou normas de referência), das características locais
(clima, pluviometria, etc.) e das condições socioeconômicas da população. As Normas Técnicas da
ABNT recomendam adotar os seguintes valores per capita:
 Municípios com população acima de 50.000 habitantes: 200 a 300 L/hab.dia;
 Municípios com população inferior a 50.000 habitantes: 150 a 200 L/hab.dia
FUNASA (2016), acrescenta ainda que Considera-se demanda de água o volume que deve ingressar no
SAA para satisfazer as necessidades dos usuários/consumidores, acrescida das perdas e dos desperdícios.
Por esta razão é importante que seja conhecida, além do consumo per capita a real demanda de água em
uma comunidade, ou seja, o quanto se requer de água tratada para satisfazer as necessidades desta
comunidade. A ABNT recomenda também que para um estudo das demandas deverão ser consideradas
as vazões médias, máxima diária e máxima horária utilizando-se as seguintes equações:
P×q
Qm = 86400
(1.4)
P×q×K1
Q max dia = 86400
(1.5)
P×q×K1 ×K2
Q max ℎ𝑜𝑟𝑎 = 86400
(1.6)
Onde:
Q m : Vazão media (L/s)
Q max 𝑑𝑖𝑎 : Vazão máxima diária (L/s)
Q max ℎ𝑜𝑟𝑎 : Vazão máxima horaria (L/s)
P: população (habitantes)
q: consumo per capita de água (L/hab.dia)
K1 : coeficiente de reforço para o dia de maior consumo (varia entre 1,2 e 2,0 dependendo das condições
locais (o valor usualmente adotado no Brasil para K1 é 1,20).
K 2 : Coeficiente de reforço para a hora de maior consumo (podendo variar entre 1,5 e 3,0, no entanto, é
usual adotar, para fins de projeto, o valor 1,5).

Segundo o artigo 23 do Decreto n° 30/2003 de 1 de julho, que aprova o Regulamento dos Sistemas
Públicos de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais no seu artigo 14 fundamenta a
respeito de Consumos domésticos, comerciais e públicos com o seguinte teor:
As capitações totais devem ser determinadas pela análise e extrapolação da sua evolução nos últimos
anos na zona a servir, ou em zonas de características semelhantes em situações de suficiência de água,
não devendo, no entanto, ser inferiores a:
a) 30 l/hab./dia em áreas abastecidas por fontanários;
b) 50 l/hab./dia em áreas com torneiras de quintal;
c) 80 l/hab./dia em áreas até 2 000 hab. com abastecimento domiciliário e distribuição predial;
d) 125 l/hab./dia em áreas com mais de 2 000 hab. com abastecimento domiciliário e distribuição predial.
Acrescenta ainda que não se consideram incluídos nestes consumos os relativos a estabelecimentos de
saúde, ensino, militares, prisionais, turismo, bombeiros e instalações desportivas, que devem, sempre que
possível, ser avaliados de acordo com as suas características e assimilados a consumos industriais. Em
caso de impossibilidade prática de obter informação que permita estimar os consumos a que se refere o
n.° 2, podem usar se a título indicativo os seguintes valores de referência:

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a) Hospitais: 300 a 400 l / cama / dia;
b) Hotéis: 70 l/quarto s/ banheira ou 230 l/ quarto c/l banheira.
c) Escritórios 15 l/ pessoa / dia d) Restaurantes: 20 a 45 l/ refeição servida / dia.
d) Escolas: 10 l/ aluno / dia

1.2 MATERIAL E MÉTODOS


1.2. Metodologia de dimensionamento de Sistema de abastecimento de água potável atendendo a
rede de distribuição ramificada para ramais principais.
De acordo com TAVARES (2020), RICCALDONE (2016) FUNASA (2016), NBR 12218 (1994) e
Decreto n° 30/2003 de 1 de julho, que aprova o Regulamento dos Sistemas Públicos de Distribuição de
Água e de Drenagem de Águas Residuais, foi possível formular os seguintes passos para
dimensionamento de sistema de abastecimento de água potável atendendo a rede de distribuição
ramificada dos ramais principais:
1. Estimar a população para o período de projeto conforme o item 1.4 do capítulo I.
2. Determinar o fator de ponta de acordo com Decreto n° 30/2003 de 1 de julho, que aprova o
Regulamento dos Sistemas Públicos de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais,
fundamentado no artigo 21.
70
𝑓 = 2+ (1.7)
√𝑃

Onde:
𝑓: factor de ponta.
P: população a servir (habitantes)

Artigo 21, Decreto n° 30/2003 de 1 de julho, acrescenta ainda quando se trate de abastecimento em
regime contínuo.
21
𝑓 = t
× 1,5 (1.8)
Em que “t” é o tempo médio de abastecimento diário nas condutas a dimensionar, expresso em horas,
quando se trate de abastecimentos em regime intermitente e o uso de reservatórios domiciliários seja
generalizado; podem utilizar-se valores de t diferentes para partes diferentes da rede.
1. Calcular o caudal de dimensionamento ou caudal de adução segundo Decreto n° 30/2003
considerando 10% de perdas e segundo ABNT, onde deve-se adotar o maior caudal de adução
calculado pelas duas expressões:
a) Conforme RSPDADAR Para efeitos de dimensionamento do sistema, a água perdida no sistema
equivale a 10% do caudal. Sendo assim se tem a expressão abaixo:
Q dim = Q m × 𝑓 × 1,1 (1.9)
Onde Q m encontra-se descrito no item 1.1.3 (equação 1.4) e Q dim é o caudal de dimensionamento ou
caudal de adução expresso em l/s.
b) Segundo ABNT determinar o caudal com a expressão 1.5 do item 1.1.3.
2. Por meio da expressão de pre-dimensionamento de Bresse apresetado pelo UFSC, (2005) para
condutos forçados determinar a velocidade e o dímetro do ducto de adução por recalque:
D = K × Q1/2 (bombeamento em 24 horas) (1.10)
No brasil: 1,0 < K < 1,4 , (para K=1,2, v=0,88 m/s
D = 1,3(n/24)1/4 × Q1/2 (bombeamento menor que 24 horas) (1.11)

Onde:
n: numero de horas de bombeamento
D: diâmetro do ducto (m)
Q: Caudal de adução (m³/s).

Segundo RICCALDONE (2016), O valor de k depende do peso específico da água, do regime de trabalho
e rendimento do conjunto elevatório, da natureza do material da tubulação e dos preços unitários
vigentes, isto é, do preço da unidade de potência do conjunto elevatório e da unidade de comprimento do
tubo de diâmetro unitário. De um modo geral, pode ser tomado o valor 1,2 quando se utilizam tubos de
ferro fundido. Com o valor do diâmetro assim pré-dimensionado, pode-se pesquisar por tentativas uma

6
dimensão prática no entorno do valor obtido e que mais se aproxime da solução de máxima economia
global, levando em conta o custo de instalação e os gastos anuais de amortização e de operação.
3. Dimensionar a potência da motor-bomba por meio da expressão abaixo 1.12, tendo em conta a altura
manométrica. Conforme RICCALDONE (2016), a fórmula de base segue:
Q × Hman.
P1 = 75η
(1.12)

Hman. = Hg + hf + ∑ hf (1.13)

P2 = P1 × 0,736 (1.14)
Onde P1 Possibilitará o cálculo do custo da moto-bomba, utilizar os valores comerciais seguintes:
HP: 1/4 - 1/3 - 1/2 - 3/4 - 1 - 11/2 - 2 - 3 - 5 - 6 - 71/2 - 10 - 12 - 15 - 20 - 25 - 30 -35 - 40 - 45 - 50 - 60 -
80 - 100 - 125 - 150 - 200 - 250.

Conforme RICCALDONE (2016), P2 determinará a energia consumida, possibilitando calcular os custos


anuais de amortização e juros do capital a ser aplicado na tubulação e conjunto motor-bomba.
4. Calcular a capacidade ou volume de reservatório atendendo 8h de trabalho por dia, segundo
RICCALDONE (2016), onde
C =V= Q×t (1.15)
Atendendo 8h de trabalho, se pode chegar na expressão 1.17
24
C =V= Q× (1.16)
3
86400
C =V= Q× 3
(1.17)

Onde:
V: Volume ou capacidade do reservatório (m³)
Q: Vazão media de consumo normal (vazão de adução)
t: intervalo de tempo previsto contado do instante de interrupção ate o instante que for restabelecido o
funcionamento no sistema.

5. Calcular a forma do reservatório retangular, segundo RICCALDONE (2016), atendendo que não
existe informações relativamente a curva de consumo de agua para uma dada região:
Um reservatório retangular em planta terá menor comprimento de paredes se as suas dimensões estiverem
na relação.
x 3
y
=4 (1.18)
3
x = 4y (1.19)

Tendo em conta a figura 1.11, se pode chegar a expressão 1.21, conjugando a equação 1,19 e 1,20.
ATotal = xy + xy (1.20)
6
ATotal = 4 y 2 (1.21)
A figura 1.1 representa um reservatório retangular duplo, que apresenta vantagem no período de limpeza
do reservatório, enquanto se faz a limpeza do primeiro reservatório que recebe da adução, o segundo
reservatório alimenta a rede da cidade.

7
Figura 1.1: Representação de forma de reservatório retangular. Elaboração própria, 03/06/2022

Segundo Heller e Pádua (2010), para reservatórios retangulares, compostos por dois módulos, o menor
comprimento de parede será obtido para a relação ¾ entre a largura e o comprimento. A seguir apresenta-
se a tabela 1.2 de indicação da lâmina de água no reservatório. Em função do volume de água no
reservatório arbitra-se a lamina de agua no reservatório em função da tabela 1.2
Tabela 1.2: Altura da lamina de agua no reservatório , adaptado, (Heller; Pandua, 2010).

Volume (m³) Altura da lâmina de água (m)


Ate 3500 2,5 a 3,5
3500 a 15000 3,5 a 5,0
Acima de 15000 5,0 a 7,0

Sendo assim calcula-se área total com a expressão 1.22


V
ATotal = h (1.22)
agua

Onde:
V: Volume de agua no reservatório (m³).
hagua : Altura de água no reservatório (m).
ATotal : Área total do reservatório (m²).

Conjugando a equação 1.21 e 1.22, determina-se o “y” e de seguida efectua-se substituição na equação
1,19 e determina-se assim o “x”

Sabe-se que:
V = ATotal × hreservatorio (1.23)
V
hreservatorio = A (1.24)
Total

Por meio da equação 1.24 determina-se a altura do reservatório.


6. Calcula-se com a equação 1.6, o caudal de distribuição ou rede de abastecimento de água conforme o
item 1.1.3.
7. Por meio do caudal de distribuição e longitude te dos ramais ou condutos principais da rede, calcula-
se o caudal distribuído por metros lineares (l/s.m), conforme a expressão apresentada por:
Q
q=L (1.25)
rede

A seguir apresenta-se a tabela 1.3, que contem o resumo do caudal de distribuição, comprimento da rede e
o caudal distribuído por metros lineares.
Tabela 1.3: resumo de caudal de distribuição, comprimento total da rede e caudal de distribuição na rede, elaboração própria.

Caudal de dim. Comp. total da Caudal distribuido na rede


(l/s) rede (m) (l/s,m)

8. Preenche-se a tabela 1.5 seguinte atendendo cada trecho, determina-se a vazão dos trechos,
multiplicando o caudal de distribuição pelo cumprimento em cada trecho. Com a equação 1.26 de

8
forma iterativa e experimental determina-se a velocidade e o diâmetro correspondente respeitando os
parâmetros do NBR 12218/1994:
 Velocidades: vmin = 0,6 m/s e vmax = 3,5 m/s. (item 5.7.1 de NBR 12218/1994).
 O cálculo da perda de carga distribuída deve ser feito preferencialmente pela fórmula universal,
considerando, também, o efeito do envelhecimento do material das tubulações da rede, (item 5.7.3 de
NBR 12218/1994).
 O diâmetro mínimo dos condutos secundários é de 50 mm (item 5.7.2 de NBR 12218/1994).
4×Q
v= 2 (1.26)
π×D

Determina-se perda de carga com a equação 1.27, respeitando item 5.7.3 de NBR 12218/1994, por meio
da equação de Hazen-williams.
10,674×Q1,852
hf = C1,852 ×D4,871
(1.27)
Onde:
hf: perda de carga, (m); Q: Caudal do trecho; D: Diâmetro da tubagem e C: rugosidade do material da
tubulação.
A tabela 1.4 conforme RICCALDONE (2016), representa o coeficiente C de rugosidade que depende do
material da tubulação.
Tabela 1.4: Coeficiente C da expressão de Hazen-Willians , adaptado, (RICCALDONE, 2016).

Valor do coeficiente
Material
C
Aço corrugado (chapa ondulada) 60
Aço com juntas lock-bar, tubos novos 130
Aço com juntas lock-bar, em serviço 90
Aço galvanizado 125
Aço rebitado, tubos novos 110
Aço rebitado em uso 85
Aço soldado, tubos novos 130
Aço soldado em uso 90
Aço soldado com revestimento especial 130
Cobre 130
Concreto, bom acabamento 130
Concreto, acabamento comum 120
Ferro fundido novo 130
Ferro fundido após 15-20 anos de uso 100
Ferro fundido usado 90
Ferro fundido revestido de cimento 130
Madeiras em aduelas 120
Tubos extrudados, P.V.C 150

Tabela 1.5: dimensionamento de diâmetro em função da velocidade, caudal do trecho e perda de carga, elaboração própria.

Trecho Comp.(m) Vazao (l/s) Diametro (mm) V (m/s) Perda de carga (hf) (m)

Somatório ---------- ----------

9. Determinação de cotas piezométricas e cotas do terreno, preenche-se a tabela 1.6, atendendo a ordem
dos nós.

9
Tabela 1.6: cota piezométrica e cota do terreno, elaboração própria

Cota Piezometrica (m) Cota do terreno (m)


Nó Cota Trecho Perda de carga (hf)
Montante Jusante Montante Juzante
---------- ---------- ---------- ---------- ---------- ----------

A cota piezométrica do nó N1 a jusante será obtida fazendo a diferença da perda de carga do trecho pela
cota piezométrica montante. Assim sucessivamente, atendendo sempre a sequencia dos nós, com o
mesmo raciocínio é executado para cota do terreno.

10. Com as cotas piezométricas e do terreno determina-se as pressões estáticas existentes em cada nó,
preenchendo a tabela 1.7, respeitando o do NBR 12218/1994:
 Pressão dinâmica mínima: 100 KPa (10 m.c.a).
 Pressão estática: 500 KPa (50 m.c.a).
Tabela 1.7: cota piezométrica e cota do terreno, elaboração própria

Cota Piezometrica (m) Cota do terreno (m) Pressoes (m.c.a)


No
Montante Jusante Montante Juzante Montante Juzante
---------- ---------- ---------- ---------- ---------- ----------

Tendo realizado todas verificações necessárias pode-se dizer que o sistema encontra-se devidamente
dimensionado de forma segura, economia e estável.

1.3 ESTUDO DE CASO


1.3.1 Caracterização da Cidade com um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte
da população dispersa na zona periurbana com área total de 55 Km².
A cidade é composta por um aglomerado organizado com 10000 habitantes, com um total de 2000
parcelas destinas a habitação, uma escola primária, 4 parcelas reservado para saúde, área reservado para
um posto policial, 10 parcelas reservado para estado, 28 parcelas reservados a praças, áreas verdes,
porem contem também uma população dispersa na zona periurbana com uma área total de 55 Km²,
conforme a figura 1.2.

Figura 1.2: Planta de parcelamento da Cidade com aglomerado organizado e a zona periurbana. Elaboração própria.

10
1.3.2 Estudo de crescimento da população de uma Cidade que vive em um aglomerado organizado
com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana com área total de 55
Km².
Conforme a caracterização da cidade e da zona periurbana no item 1.3.1, a cidade com aglomerado
organizado possui 10000 habitantes e a outra parte da população se encontra dispersa na zona periurbana
cum uma área total de 55 Km², adotando a densidade populacional de 36,1 hab/Km² de Moçambique de
acordo com o ultimo senso de 2017 (vede a tabela 1.1 do item 1.1.2). Para determinação da população
zona periurbana multiplicou-se a densidade populacional pela área da zona periurbana de modo a estimar
a população existente nesta área e o somatório da população com o aglomerado organizado e a zona
periurbana é igual a população total no ano inicial. (vede a tabela 1.8)

Tabela 1.8: Calculo da Populacao total (Cidade ) Elaboração própria


População da Área da Densidade Populaç População total da
Cidade com zona populacional ão da Cidade com
aglomerado periurba adoptada zona aglomerado
organizado na (hab/Km²) periurba organizado + zona
(hab.) (Km²) na (hab) periurbana (hab)
10000 55 36,1 1986 11986

Fazendo uso da equação 1.0, conjugada com a equação 1.2 é possível chegar a determinar a população
total tendo em conta a projeção aritmética apresentada de forma resumida na tabela 1.9, considerando o
tempo de vida útil dos sistemas de abastecimento para uma população estimada em 30 anos, tendo em
conta o ano da população inicial. No entanto por questões de seguimento do projecto foi adoptado para o
ano 2018 uma população equivalente a 12300 habitantes. Tendo em conta o conceito abordado no item
1.1.1 relativamente a população flutuante a se ter em conta 1% da população estimada

Tabela 1.9: População estimada PA, num período de 30 anos, Elaboração própria
Ano (t) População (𝐏) – Coeficiente da projeção População estimada (Pt +
habitantes aritmética (ra) Pflutuante)-habitantes
2017 11986
314 21406
2018 12300

Tendo em conta dos conceitos abordados no item 1.1.1, relativamente ao crescimento populacional, na
segunda fase a população evolui em uma progressão geométrica, tendo em conta as equações 1.2 e 1.3 é
possível determinar a população estimada, para o período de 30 anos. Levando em consideração 1% da
população flutuante.

Tabela 1.10: População estimada PG, num período de 30 anos, Elaboração própria
Ano (t) População (𝐏) – Coeficiente da projeção População estimada (Px +
habitantes geométrica (rg) Pflutuante)-habitantes
2017 11986
0,03 29385
2018 12300

1.3.3 Caracterização o canal de água bruta para abastecimento de água potável de uma Cidade que
vive em um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na
zona periurbana com área total de 55 Km².
O projeto reflete uma cidade hipotética, no entanto, deve ser adotado um canal ou manancial superficial
cujo curso de agua seja permanente, de modo a satisfazer de forma permanente a necessidade do projeto.
O canal deve estar isento de minérios pesados para facilitar o processo de tratamento da água e reduzir os
custos do mesmo. Deve ser realizada uma análise do custo e benéfico atendendo a distancia do canal ou
manancial hipotético adotado.

1.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dimensionamento de sistema de abastecimento de água


potável para uma população de uma cidade que vive em um aglomerado organizado com 10000
habitantes e outra parte da população dispersa na zona periurbana com área total de 55 km².

11
Tendo em conta a população estimada para um intervalo de 30 anos equivalente a 29385 habitantes,
determina-se com a equação 1.4 o caudal medio anual com base no artigo 14 do decreto fundamentado no
item 1.1.3 para a população total da cidade, sendo possível chegar a determinar. (ver tabela 1.11)
Para o cálculo do caudal de dimensionamento de adução foi adotado a media do coeficiente do dia de
maior consumo K1 = 1,6 e Coeficiente da hora de maior consumo K 2 = 2,25.

Tabela 1.11: caudal de adução, num período de 30 anos, Elaboração própria


Cons. per Pop. Factor de Caudal Caudal de Caudal Caudal de
capita estimada Ponta (f) medio dim. de dim. dim.
Pop.> 2000 (Px + (Q m ) – l/s RSPDADAR ABNT adotado
hab - Pflutuante)- (Q dim ) – l/s
l/hab./dia hab.
125 29385 2,41 42,51 112,69 68,02 112,69

Com base na equação 1.10 do item 1.2.1, determina-se a o diâmetro do ducto de adução por recalque e a
sua respetiva velocidade, numa condição em que o bombeamento é realizado em 24 horas, a tabela 1.12
ilustra o resumo resultante da determinação do ducto de recalque considerando K=1,2 e v= 0,88 m/s.

Tabela 1.12: diâmetro de adução, num período de 30 anos, Elaboração própria


Diâmetro do
Velocidade Caudal de adução
K Diâmetro do ducto (mm) ducto adotado
(m/s) (l/s)
(mm)
1,2 0,88 112,69 402,83 450

O diâmetro adotado na tabela 1.12 foi em função dos diâmetros tabelados existentes no mercado
que se encontram apresentados no anexo I, adotado é ferro fundido dúctil chanfrada e bolsa de
com anel – água de 300 mm de diâmetro.
Para efeitos de projecto, adotou-se a altura manométrica de 17,2 m e o η adoptado é ¾, sendo
possível chegar a potencia da motor-bomba por meio do uso das equações 1.12 e 1,14, tendo em
conta que a altura manométrica é conhecida, (ver tabela 1.13).

Tabela 1.13: Potência do motor-bomba, Elaboração própria


Altura Potência da motor-
𝜼 Potência da motor-bomba 𝐏𝟐
manométrica bomba 𝐏𝟏
adotado (CV)
(m) (CV)
17,2 3/4 35 30

Para a determinação da capacidade ou volume do reservatório atendeu-se 8h de trabalho por dia


conforme pontuado no passo 4 do item 1.2, por meio da equação 1.17 e o caudal media de adução, sendo
possível chegar aos resultados apresentados na tabela 1.14, com a capacidade ou volume do reservatório
igual a 3245,472 m³.

Tabela 1.14: Volume do reservatório, Elaboração própria


Caudal de adução (m³/s) Volume do reservatório (m³)
112,69 3245,472

Para determinação da forma do reservatório de modo que as paredes tenham menor comprimento
consequentemente economia da obra e resposta da necessidade adotou-se a forma retangular, admitindo
que o reservatório seja duplo para garantir que a Cidade seja alimentado pelo segundo reservatório
enquanto o primeiro esteja se realizando limpeza, fazendo uso da equação 1.22, considerando que o
volume do reservatório de acordo com a tabela 1,2 a altura da lamina de agua se encontra entre 2,5 m a

12
3,5 m, no entanto adotou-se hagua = 3 m, Conjugando a área total com a equação 1,19 e 1,21 é possível
chegar aos resultados apresentados na tabela 1.14.

Tabela 1.14: Área, altura da lamina de agua e dimensões do reservatório, Elaboração própria
Volume do
𝐡𝐚𝐠𝐮𝐚 𝐀𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥 Altura do reservatório
reservatório Y (m) X (m)
(m) (m²) 𝐡𝐫𝐞𝐬𝐞𝐫𝐯𝐚𝐭𝐨𝐫𝐢𝐨 (m)
(m³)
3245,472 3,00 1081,824 26,855 20,145 6,00

Para determinação do caudal de distribuição ou rede de abastecimento de agua foram utilizados os


procedimentos do item 1.1.3, por meio da equação 1.6, adotou-se a media dos coeficientes, sendo K1 =
1,6 e K 2 = 2,25. Aplicou-se de seguida o passo 7 para determinação do caudal distribuído por metros
lineares por meio da equação 1.25, a extensão ou comprimento total é equivalente ao somatório de
comprimentos de todos trechos, chegando assim aos resultados da tabela 1.15.

Tabela 1.15: caudal da rede de abastecimento de água, Elaboração própria


Caudal de dim. (l/s) Comp. total da rede (m) Caudal distribuido na rede (l/s,m)
253,60 4347 0,0583

As cotas do terreno foram adotadas para fins de projecto hipotético para que permitisse o
dimensionamento da rede de abastecimento de agua potável para população de toda cidade, a
rede ilustrada na figura 1.2, representa os ramais principais.

Em função dos dados da rede ramificada de abastecimento de água potável e dos parâmetros
descritos no passo 8 do item 1.2, dimensiona-se o diâmetro dos ductos principais da rede
abastecimento de água potável para a população total da cidade por meio da expressão 1.26 e
determinação de perda de cargas com a expressão 1.27 , sendo possível chegar aos resultados
apresentados na tabela 1.16. Todas dimensões relativamente ao diâmetro e velocidades cumprem
com a norma NBR 12218/1994.

Tabela 1.16: Diamentro, velocidades e pera de cargas para rede de abastecimento, Elaboração própria

Diametro Perda de carga -


Trecho Comp.(m) Vazão (l/s) V (m/s)
(mm) hf) (m)

RNT-N1 300 17,50 150,00 0,99 2,24


N1-N2 283 16,51 150,00 0,93 1,90
N2-N3 350 20,42 150,00 1,16 3,47
N3-N4 358 20,89 150,00 1,18 3,71
N1-N5 481 28,06 150,00 1,59 8,60
N2-N6 616 35,94 175,00 1,49 8,22
N3-N7 835 48,71 200,00 1,55 10,21
N4-N8 1124 65,57 225,00 1,65 13,43
Somatório 4347 253,60 ---------- ---------- 51,78

De seguida com base no passo 9 do item 1.2 do primeiro capítulo calcula-se as cotas piezométricas e
cotas do terreno, chegando aos resultados da tabela 1.17.

13
Tabela 1.17: Pera de cargas, cotas Piezometricas e do terreno para rede de abastecimento do bairro de reassentamento de Mútua, Elaboração própria

Perda Cota Piezometrica (m) Cota do terreno (m)


No Cota Trecho de carga
(hf)
Montante Jusante Montante Juzante
RNT 51 ---------- ---------- ---------- ---------- ---------- ----------
N1 31 RNT-N1 2,24 51 48,76 51,00 31,00
N2 28 N1-N2 1,90 48,76 46,87 31,00 28,00
N3 25 N2-N3 3,47 46,87 43,39 28,00 25,00
N4 19 N3-N4 3,71 43,39 39,69 25,00 19,00
N5 28 N1-N5 8,60 48,76 40,16 31,00 28,00
N6 23 N2-N6 8,22 46,87 38,65 28,00 23,00
N7 22 N3-N7 10,21 43,39 33,18 25,00 22,00
N8 15 N4-N8 13,43 39,69 26,26 19,00 15,00

14
Figura 1.2: rede ramificada de abastecimento de agua potável para a cidade, elaboração própria.
Nota: Números a vermelho representam os nós

15
De seguida determina-se as pressões estáticas existentes nos nós e realiza-se verificação face ao
parâmetro definido por NBR 12218/20194, sendo possível apresentar os resultados da tabela 1.18. as
pressões apresentadas na tabela 1.18 cumpre com a norma técnica aplicada neste projeto.

Tabela 1.18: cotas Piezométricas e do terreno incluindo Pressões nos nós da rede de abastecimento, Elaboração própria

Cota Piezometrica (m) Cota do terreno (m) Pressoes (m.c.a)


No

Montante Jusante Montante Juzante Montante Juzante


RNT ---------- ---------- ---------- ---------- ---------- ----------
N1 51,00 48,76 51,00 31,00 0,00 17,76
N2 48,76 46,87 31,00 28,00 17,76 18,87
N3 46,87 43,39 28,00 25,00 18,87 18,39
N4 43,39 39,69 25,00 19,00 18,39 20,69
N5 48,76 40,16 31,00 28,00 17,76 12,16
N6 46,87 38,65 28,00 23,00 18,87 15,65
N7 43,39 33,18 25,00 22,00 18,39 11,18
N8 39,69 26,26 19,00 15,00 20,69 11,26

As tabelas de cálculo acima permitiram o dimensionamento dos ramais principais da rede de


abastecimento de água para toda população da cidade, apresentado na figura 1.3.

1.4.1 Descrição da tecnologia de tratamento de água potável para uma população de uma cidade
que vive em um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa
na zona periurbana com área total de 55 km².
Para o tratamento da água captada no manancial superficial hipotético do nosso projecto propor-
se as seguintes tecnologias a citar, em primeiro lugar a agua captada deve ser direcionada a um
sistema de grades que seja capaz de reter resíduos sólidos de maiores dimensões, de seguida por
meio de adução a agua será conduzida em regime forçado (Bombas) ate a estação de tratamento
de agua simplesmente denominado por ETA, onde segue-se com a tecnologia de coagulação por
meio de adição de Sulfato de Alumínio para permitir a desestabilização de partículas coloidais e
por meio de floculação formem flocos maiores e mais pesados com um sistema de agitação
continua de modo que haja sedimentação de partículas e formação de flocos, que por meio de
decantação seja possível capturar as tais partículas., porem para garantir que que algumas
partículas que escaparão da decantação propor-se a aplicação de areia para filtragem da agua e
retenção dos mesmos, não obstante a esta situação realizara-se a etapa denominada por Pos-
alcalinização, desinfeção e fluoretação para eliminação de vírus e bactéria por meio de correção
de PH, eliminação de microrganismos com adição de cloro o ozónio e por final adição de fluor
para prevenção de carie na população.

1.4.2 Propor sistema de abastecimento de água potável para uma população de uma cidade que
vive em um aglomerado organizado com 10000 habitantes e outra parte da população dispersa na
zona periurbana com área total de 55 km².

Propõem-se para a cidade com aglomerado organizado de 10000 habitantes e a outra parte dispersa na
zona periurbana com uma área total de 55Km², um sistema de abastecimento de agua potável, para um
período de 30 anos, onde a toma de agua bruta será adoptado conforme especificado no item 1.3.3, com
uma cota manométrica de 17,2 m por meio de uma bomba de Potencia P1=35 CV e P2=30 CV, ate a
ETA com um caudal de adução equivalente a 112,69 l/s e 450 mm de diametro e uma velocidade
equivalente a 0,88 m/s, sendo reservado num reservatório com capacidade total de 3245,472 m³ incluindo
um caudal de distribuição igual a 253,60 l/s com as dimensões apresentadas em planta (ver figura 1.3).

16
Figura 1.3: rede ramificada de abastecimento de água potável para o bairro de reassentamento de Mútua, elaboração própria.

17
CONCLUSÕES
1. A rede de distribuição de água potável é um dos componentes do sistema de abastecimento
de água extremamente importante, indispensável e responsáveis para que água potável
chegue ao consumidor de forma segura, em pressões e quantidades necessárias.
2. A Cidade é composto por um aglomerado organizado com uma população equivalente a
10000 habitantes e outra parte da população vive dispersa na zona periurbana em uma área
total de 55 Km², não possui sistema de abastecimento de agua potável.
3. Durante o período de projecto 30 anos a população total da cidade passa dos 11986
habitantes na progressão aritmética para uma população equivalente a 21406 habitantes, no
que tange a progressão aritmética o crescimento é maior relativamente a progressão
aritmética, saindo dos 11986 habitantes no ano de 2017 passando a apresentar em 2047 um
total de 29385 habitantes.
4. O canal hipotético do projeto deve ser de um manancial superficial, onde a captação será
realizada por bombagem submersíveis com uma capacidade nominal de 35 CV e 30 CV e
uma altura manométrica de 17,2 m.
5. O estudo dos diferentes métodos de dimensionamento de sistema de agua potável, permitiu
chegar a dimensionar um sistema de abastecimento de agua potável com uma motor-bomba
de potencia P1=1,75 CV e P2=1,29 CV e 400 mm de diâmetro e um reservatório com
volume total de 3245,472 m³, com um caudal de adução de 112,69 l/s e um caudal de
distribuição equivalente a 253,60 l/s cuja rede adotada é ramificada com ramais principais de
dimensão variando de 150 a 225 mm e velocidade mínima de 0,99 m/s e maxima 1,65 m/s,
com pressões estáticas mínima de 11,18 m.c.a e maxima 20,69 m.c.a.
6. No que que tange a tecnologia de tratamento de agua será adoptado as sequintes tecnologias,
pre-tratamento por meio de sistema de grades, que de seguida sera conduzida por meio de
bombagem ate a ETA, onde serão aplicadas as seguintes tecnologias de tratamento de agua a
citar coagulação, floculação, filtragem, pos-alcalinização, desinfecção e fluoretação.
7. Propõem-se para cidade com a população total, um sistema de abastecimento de agua
potável, para um período de 30 anos, onde a toma de agua bruta será realizado no rio num
manancial superficial hipotético com uma cota manométrica de 17,2 m por meio de uma
bomba de Potencia P1=1,75 CV e P2=1,29 CV, ate ao canal de agua bruta com um caudal
de adução equivalente a 112,69 l/s e 400 mm de diametro e uma velocidade equivalente a
0,88 m/s, sendo reservado num reservatorio com capacidade total de 3245,472 m³ incluindo
um caudal de distribuição igual a 253,60 l/s.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Decreto n° 30/2003, de 1 de Julho, Regulamento dos Sistemas Públicos de Distribuição de Água e de


Drenagem de Águas Residuais, Boletim da República, I Serie, numero 26.
2. ABNT - NBR 12211, “Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de agua”, 1989.
3. ABNT - NBR 12218, “Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público”, 1994.
4. Lei 2/1997, de 18 de Fevereiro de 1997. Boletim da República, I Série, N°7, 2° Suplemento.
5. BRASIL, Lei Nº. 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21, p. 9433-
97, 2010.
6. FUNASA et all, Caderno temático de Saneamento Básico – Abastecimento de Agua Potavel, Grafitto,
junho de 2016,
7. Lei n° 16/91 de 3 de Agosto, publicada no Boletim da Republica na I serie, numero 31 do 2° Suplimento.
8. TAVARES, J. M. da S., PEREIRA NETO, C. Aspectos do crescimento populacional: estimativas e uso
de indicadores sociodemográficos. Formação (Online), v. 27, n. 50, p. 3–36, 2020
9. INE – Instituto Nacional de Estatística - “Divulgação dos resultados preliminares IV RGPH 2017,
2017”, 29 de Dezembro de 2017.

18
ANEXO I

19
ANEXO I (CONTINUAÇÃO)

20

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