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BELÉM 2022
LUIZ GUSTAVO CUNHA SARGES
BELÉM 2022
LUIZ GUSTAVO CUNHA SARGES
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
Prof.ª Dr.ª Natalia Guarino Souza Barbosa
Universidade Federal Rural Da Amazônia - Ufra
Orientadora – Presidente banca
___________________________________________________________________
Prof.° Dr.° André Sanches de Ávila
Universidade Federal Rural Da Amazônia - Ufra
Primeiro Membro titular
___________________________________________________________________
Prof.° Dr.° José Luiz Moraes
Universidade Federal Rural Da Amazônia - Ufra
Segundo Membro titular
BELÉM 2022
AGRADECIMENTOS
A Deus pela graça da vida, por guiar os meus caminhos e permitir que chegasse até
aqui; minha avó e meu avô, por tudo que fez por mim a minha mãe por ter me
ajudado na faculdade e a minha namorada Victória Tayná Mafra Sena, por ser uma
mulher excelente, linda e cheia de qualidades, que faltam adjetivos para citar.
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................8
2 OBJETIVOS............................................................................................................10
3 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................11
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................12
4.3.1 Mussarela..................................................................................................14
4.3.5 Prato...........................................................................................................19
4.3.6 Edam..........................................................................................................20
4.4.2 Coagulação................................................................................................23
4.4.6 Maturação..................................................................................................25
5 CONCLUSÃO..........................................................................................................31
REFERÊNCIAS..........................................................................................................32
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1 INTRODUÇÃO
O queijo pode ser definido como um produto fresco ou que sofreu maturação,
obtido a partir da separação parcial do soro de leite, leite reconstituído ou de soros
lácteos, coagulados pela ação física do coalho, enzimas e bactérias específicas,
ácidos orgânicos, isolados ou combinados, todos com qualidade aceitável para o
consumo, com ou sem agregação de substâncias alimentícias e/ou condimentos,
aditivos especificamente indicados, substâncias aromatizantes e corantes (BRASIL,
1996; BRUMANO, 2016).
Segundo Barbosa (2020), o queijo fresco é aquele que está pronto para
ingestão imediatamente depois de fabricado; já o queijo maturado sofre modificações
no seu produto, que é submetido a mudanças bioquímicas e físicas necessárias e
características a sua diversidade (BARBOSA, 2020).
Estima-se que cerca de 30% do leite produzido no Brasil não sofre nenhum tipo
de fiscalização e considerável parte do seu volume é comercializado na forma de
queijo, o qual é fabricado nas propriedades rurais e distribuídos em feiras ou
estabelecimentos de forma informal, designados, genericamente, de queijos
artesanais (LIMA; LEAL, 2017).
Entre os anos de 2007 e 2016, o leite e seus derivados foram responsáveis por
2,6% das enfermidades transmitidas por alimentos, estando a Escherichia coli entre
os principais agentes etiológicos, representando 7,2% (BRASIL, 2016; LIMA; LEAL,
2017). Desta forma, destaca-se que produtos fabricados fora do padrão de qualidade
e contaminados podem causar diversos danos à saúde dos consumidores, visto que
uma série de microrganismos patogênicos pode ser veiculado por meio dos queijos
artesanais, em função de sua alta suscetibilidade de contaminação e pelo leite ser
considerado um excelente meio de cultura (LIMA; LEAL, 2017).
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Dessa forma, este trabalho tem por objetivo discorrer, a partir de informações
levantadas através de revisão de literatura, sobre a produção dos queijos artesanais,
apontando suas características, composição, tipos e processos de fabricação,
destacando-se aspectos higiênico-sanitários, que envolvem estes produtos lácteos.
2 OBJETIVOS
3 MATERIAL E MÉTODOS
Realizou-se pesquisa da literatura científica disponível, utilizando-se as
bibliotecas eletrônicas digitais Scielo, PubMed e Google Scholar com o intuito de
obter artigos sobre a fabricação de queijos artesanais.
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De forma geral, a produção dos queijos artesanais tem como principal finalidade
o aproveitamento do leite, sua fabricação geralmente ocorre em moradias ou
pequenas queijarias, sendo utilizada a mão de obra familiar e fabricação manual.
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4.3.1 Mussarela
É um queijo de origem italiana, sendo uma das variedades mais fabricadas e
vendidas no Brasil (figura 1) (OLIVEIRA et al., 2017). Anteriormente, era produzido
apenas com leite de búfala, mas após anos, seu método de fabricação foi alterado,
resultando em queijos mussarela feitos de leite de vaca e/ou uma mistura de leite de
vaca e búfala (PERRY, 2004).
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antes de estar pronto para consumo (PERRY, 2004). O queijo possui textura aberta,
com poucas olhaduras pequenas, de consistência semidura, sabor levemente ácido e
cor interna branco-creme, sua crosta é lisa, fina e amarelada, e detém cerca de 48%
de umidade e 24% de gordura (figura 3) (PERRY, 2004).
4.3.6 Edam
Em 1880 este queijo foi introduzido no Brasil, produzido primeiramente no
município mineiro de Palmira, atual Santos Dumont. Foi durante muito tempo
conhecido como queijo Palmira, também recebia o nome de queijo de cuia por causa
da sua embalagem em cuia dupla feita de folha de flandres, porém, já foi quase
inteiramente substituída por invólucro plástico (PERRY, 2004).
O queijo Edam, conhecido também como queijo do Reino, conserva seu típico
formato de bola, com crosta colorida de vermelho (figura 6). Apresenta consistência
semidura, pouco elástica, cor interna amarelo-palha e gosto picante, sua textura é
aberta, com poucos olhos arredondados e brilhantes. Deve ser maturado por no
mínimo dois meses, e seu peso varia entre 1,8 e 2,2 kg (PERRY, 2004).
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Após a adição de coalho é agitado o leite por dois ou três minutos, para não
causar perda de caseína para o soro. O leite é deixado em repouso durante 40
minutos, tempo suficiente para que a coagulação aconteça. Em seguida, quando a
coalhada atinge o ponto de corte, é cortada na cuba efetuando o trabalho da
coalhada até a prensa mecânica vertical onde acontecerá a prensagem, então a
coalhada será encaminhada para a antecâmara, onde será colocado no tanque de
salmoura, no qual os queijos são submersos, processo esse denominado salga. A
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adição de sal funciona não só como adição de condimento, mas também com a
função de remover umidade através do efeito osmótico. Na antecâmara realiza-se a
1ª fase da maturação e em seguida os queijos são enviados para a câmara de
maturação, para concluir a sua cura, ou 2.ª fase de maturação (CASTANHEIRA,
2004).
O leite, que for coletado por meio da ordenha até antes de ser pasteurizado,
precisa ser mantido sob resfriamento médio de 4 °C a 5 °C em tanques de
refrigeração/expansão, com a finalidade de criar um meio desfavorável a sua
deterioração (CAMPOS, 2019). Baixas temperaturas são desejáveis visto que
diminuem a multiplicação de microrganismos indesejáveis, além de proporcionar uma
redução expressiva na atividade enzimática do leite. Portanto, a qualidade do produto
fica conservada por mais tempo (SILVA; SILVA; FERREIRA, 2012).
No processo de pasteurização aplica-se calor com o objetivo de eliminar
totalmente a flora microbiana patogênica sem alteração física, sensível e do equilíbrio
do leite, assim como de suas propriedades organolépticas normais, de forma que
existem dois tipos de pasteurização: a lenta e a rápida (CAMPOS, 2019).
4.4.2 Coagulação
O processo de transformação da coagulação do leite consiste na modificação do
estado liquido para o gel, também conhecida como coalhada. Acontece por meio das
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Devido ao resultado da primeira fase que tem redução da carga líquida negativa
e da repulsão elétrica, assim as micelas se tornam susceptíveis a agregação (fase
secundaria) criando uma rede de gel tridimensional (chamado de coalhada), que tem
a parte parte Nterminal da κ-CN (para-κ-CN, peptídeos 1-105). Somente quando
cerca de 70% da κ-CN sofre hidrólise, a estabilidade coloidal das micelas é reduzida
o suficiente para o início da segunda fase. O gel (coalhada) é formado por 23-24
cadeias moleculares conectadas por meio de interações hidrofóbicas formando uma
rede tridimensional, seguida pela solidificação através de ligações cruzadas com o
cálcio hidrofóbicas formando uma rede tridimensional, seguida pela solidificação
através de ligações cruzadas com o cálcio (BEUX, 2017).
4.4.6 Maturação
É um processo que consiste em uma série de modificações físicas, bioquímicas
e microbiológicas que decorre em todos os queijos com exceção aqueles que são
consumidos frescos. Estes processos transformam a composição química dos
queijos, principalmente no que tange a seu conteúdo em açúcares, proteínas e
lipídeos. A etapa de maturação varia para cada tipo e é neste processo que se
desenvolvem as características organolépticas e de textura, características de cada
um deles (PERRY, 2004).
2015).
Minas Gerais é apontado como estado com maior produção de queijo artesanal
no Brasil, com cerca de aproximados 215 mil toneladas no total (ABIQ, 2019).
Aproximadamente 70% da produção de queijo minas artesanal concentra-se nas
regiões do Serro, de Araxá e da Serra da Canastra (CORREIA; ASSIS, 2017). O
queijo minas artesanal é produzido por cerca de 27 mil pequenos e médios
produtores, o que torna uma fonte geradora de renda para a agricultura familiar, e
está presente em 519 dos 823 municípios do estado mineiro (CORREIA; ASSIS,
2017).
5 CONCLUSÃO
Uma série de microrganismos patogênicos pode ser veiculados por meio dos
queijos artesanais em função de sua alta suscetibilidade de contaminação e por ser
considerado um excelente meio de cultura, podendo acarretar diversos danos à
saúde de quem o ingere. Queijos artesanais são alimentos frequentemente
envolvidos em surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs), devido à falta
de padronização e boas práticas na fabricação dos mesmos.
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6 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A.C; DINIZ, T.T.; SOUZA, M.R.; PINTO, M.S.; SOUZA, R.M.; SILVA, N.O.;
QUEIROZ, M.R.A. Caracterização da produção de queijo artesanal na região de
Montes Claros, norte de Minas Gerais. Acta Veterinaria Brasilica, v.6, n.4,
p.312320, 2012.
2017.
IBGE. Censo agropecuário 2017: resultados definitivos. 2017. Disponível em: https://
sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-agro - pecuario/censo-agropecuario-2017.
SILVA, N.C.; TUNES, R.M.M.; CUNHA, M.F. Avaliação química de queijos Minas
artesanais frescos e curados em Uberaba, MG. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 16, Ed.
203, Art. 1358, 2012.