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LEGISLAÇÃO – UBS NÍVEL III

Para implantação de um Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS),


existem leis e normas que são fundamentais para a regulamentação e
determinação de critérios de segurança, conforto, funcionalidade e higiene. As
atividades exercidas em um EAS requerem situações específicas para que
possam atuar de maneira eficiente.

O Ministério da Saúde é o setor governamental responsável pelos assuntos


relacionados à saúde pública no Brasil. A função do Ministério da Saúde é
promover condições adequadas de saúde a partir da redução de enfermidades,
do controle de doenças endêmicas, da vigilância dos setores de saúde, entre
outros aspectos, garantindo a melhora da qualidade de vida da população. A
Lei nº 6.229, de 17 de julho de 1975, instituiu o Sistema Nacional de Saúde e
determinou as competências do Ministério da Saúde, por exemplo, “fixar
normas e padrões para prédios e instalações destinados a serviços de saúde”
(BRASIL, 1975b). No mesmo ano, surge o Decreto nº 76.973, de 31 de
dezembro, que regulariza a aprovação dos projetos relacionados à saúde.

Para aprovação de um projeto de arquitetura hospitalar, o Arquiteto deverá


seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
referentes à apresentação do projeto arquitetônico, Código Sanitário,
Bombeiros, bem como as diretrizes determinadas pela prefeitura da cidade na
qual será implantado, como o Código de Obras e o Plano Diretor Municipal,
com a Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano, que abrangem aspectos de
circulação, conforto ambiental, controle de infecções e contaminação, além de
combate a incêndios

A diferença é que os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) deverão


obedecer às normativas impostas pelo Ministério da Saúde, junto da ANVISA-
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, com objetivo de verificar e promover
a adesão às normas e aos regulamentos técnicos vigentes, avaliar as
condições de funcionamento e identificar os riscos e os danos à saúde dos
pacientes, dos trabalhadores e ao meio ambiente.

CÓDIGO DE OBRAS - LEI Nº 8.065, DE 13 DE JULHO DE 2000.

O Código de Obras é o instrumento que permite à Administração Municipal


exercer o controle e a fiscalização do espaço edificado e seu entorno,
garantindo a segurança e a salubridade das edificações.

O Código de Obras de Santo André, classifica as edificações segundo a


atividade à qual se destinam (Art.115).

Item V - Prestação de Serviços de Saúde, a edificação destinada à prestação


de serviços de assistência à saúde.
CAPÍTULO IV

DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS

Art.125 - As instalações de abastecimento e distribuição de água potável na


edificação devem ser projetadas e executadas observando as normas da
concessionária.

SEÇÃO I

DAS ÁGUAS PLUVIAIS

Art.126 - As instalações de águas pluviais devem ser projetadas e executadas


observando as normas do órgão municipal competente.

Art.127 - A partir do alinhamento, as águas pluviais devem ser lançadas no


espaço público através de descarga no meio-fio da rua, por tubulação ou
canaleta instalada sob o passeio.

§ 1º - Será admitido outro tipo de ligação desde que tecnicamente justificado, a


critério do órgão municipal competente.

§ 2º - A edificação implantada na divisa ou alinhamento deve ser provida de


calha e condutor vertical para escoamento das águas pluviais, sempre que a
inclinação dos telhados orientar a água para essas divisas.

§ 3º - Em nenhuma hipótese será permitido o lançamento das águas pluviais


na rede de esgoto.

Art.128 - As condições naturais de absorção das águas pluviais no terreno


devem ser garantidas pela execução de um ou mais dos seguintes dispositivos:

c) Área Permeável, 15% (quinze por cento) da área do terreno com mais de
1.000m² (mil metros quadrados).

SEÇÃO II

DOS ESGOTOS

Art.129 - As instalações de esgotos sanitários devem ser projetadas e


executadas de acordo com as normas do órgão municipal competente.

Art.130 - O coletor predial de esgoto deve ser ligado à rede pública de coleta
de esgotos sanitários, ou a um sistema particular quando não houver rede
pública, sendo admitidas outras soluções de tratamento, a critério do órgão
municipal competente.

SEÇÃO IV

DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS


Art.136 - O número mínimo de aparelhos sanitários será calculado em função
da lotação da edificação e da atividade desenvolvida, conforme abaixo:

CONSULTÓRIOS / CLÍNICAS

COM CIRURGIA OU INTERNAÇÃO conforme


legislação específica

SEM CIRURGIA OU INTERNAÇÃO 1 bac e 1


lav / 20 pessoas

CAPÍTULO VI

DA PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO E DAS CONDIÇÕES DE


ESCOAMENTO

Art.153 - A edificação em geral, segundo o porte e risco de uso, deve dispor de


instalações e equipamentos específicos a fim de garantir as condições de
segurança de utilização, de escoamento dos usuários e de combate a
incêndios, inclusive aqueles de proteção contra descarga elétrica atmosférica,
observada a legislação pertinente.

Parágrafo único - Nos casos previstos em legislação específica, o projeto


deverá ser submetido à aprovação do Corpo de Bombeiros, ficando a
concessão do certificado de conclusão da obra ou serviço condicionada à
apresentação do Auto de Vistoria daquele órgão.

TÍTULO XII

DOS ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES

-Coletivo, quando destinado ao uso público ou coletivo, devendo observar a


largura mínima de:

a) 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) nas escolas e locais de reunião;

b) 1,20m (um metro e vinte centímetros) nos demais usos

CAPÍTULO I

DAS ESCADAS

Art.155 - Os degraus das escadas devem apresentar altura do espelho "e" e


largura do piso "p" dispostos de forma a assegurar passagem com altura livre
de 2,10m (dois metros e dez centímetros), respeitadas ainda as seguintes
dimensões:

I - escada privativa, "e" menor ou igual 0,19m (dezenove centímetros) e "p"


maior ou igual 0,25m (vinte e cinco centímetros);

II - escada coletiva, "e" menor ou igual 0,18m (dezoito centímetros) e "p" maior
ou igual 0,27m (vinte e sete centímetros);

III - escada restrita, "e" menor ou igual 0,20m (vinte centímetros) e "p" maior ou
igual 0,20m (vinte centímetros).

Art.156 - É obrigatório patamar intermediário nas escadas sempre que os


lances excederem a 16 (dezesseis) degraus ou quando houver mudança de
direção em escada coletiva.

Parágrafo único - Os patamares deverão apresentar as seguintes dimensões


mínimas:

I - 0,80m (oitenta centímetros) quando em escadas privativas;

II - 1,20m (um metro e vinte centímetros) quando em escada coletiva sem


mudança de direção;

III - da largura da escada, quando esta for coletiva e houver mudança de


direção, de forma a não reduzir o fluxo de pessoas.

CAPÍTULO II

DAS RAMPAS PARA PEDESTRES

Art.159 - Visando a garantir o acesso de pessoa portadora de deficiência,


deverá ser prevista rampa com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte
centímetros) para vencer o desnível entre o logradouro, ou área externa, e o
piso correspondente à soleira de ingresso da edificação.

Art.161 - A rampa para pedestres deverá ser dimensionada de acordo os


parâmetros estabelecidos na Tabela "C" a seguir:
Tabela C - Dimensionamento da rampa de pedestre

Art.220 - Na edificação destinada à prestação de serviços de saúde deve ser


prevista área de embarque e desembarque de pacientes interna ao imóvel,
dimensionada de acordo com a demanda, de forma a evitar aglomeração na
via pública.

§ 1º - O espaço para embarque e desembarque deverá apresentar dimensões


mínimas de 3,40m (três metros e quarenta centímetros) por 5,00m (cinco
metros), ou outra conformação que permita a operação sem interferência com
o logradouro.

LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - LEI Nº 9.924 DE 21 DE DEZEMBRO


DE 2016

A Lei de Uso e Ocupação do Solo é definido em função das normas relativas a


densificação, regime de atividades, dispositivos de controle das edificações e
parcelamento do solo, que configuram o regime urbanístico.

A área para implantação da UBS, é classificada como “uso não-residencial”


(Art.5º), localizado numa região de Macrozona Urbana – Zona de Qualificação
Urbana.

Conforme Art.36 – a implantação de uma UBS, não se enquadra em


Empreendimentos de Impacto, não sendo necessário o EIV.

Art.38. Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV é o documento que apresenta o


conjunto dos estudos e informações técnicas relativas à identificação,
avaliação, prevenção, mitigação e compensação dos impactos na vizinhança
de um empreendimento ou atividade, de forma a permitir a análise das
diferenças entre as condições que existirão com a implantação do mesmo e as
que existiriam sem essa ação.

DA DISCIPLINA DA OCUPAÇÃO DO SOLO

Subseção IV - Dos hospitais, maternidades e prontos atendimentos


médicos

Art.136. Ficam definidos os seguintes parâmetros a serem observados para a


atividade de prestação de serviços de saúde caracterizada como Hospital,
Maternidade e Pronto Atendimento Médico de urgência:

I - Coeficiente de Aproveitamento Básico: 2,5 (dois e meio) para as Zonas de


Qualificação Urbana e Recuperação Urbana

II - Taxa de Ocupação Máxima: 80%(oitenta por cento);

III - recuos obrigatórios; 5,00m (cinco metros)

IV - gabarito; máximo permitido de 15,00m (quinze metros)

V - número máximo de pavimentos; máximo 2 (dois) acima do térreo

VI - Taxa de Permeabilidade do solo – TP Art. 61. A TP será de no mínimo,


15% (quinze por cento) nos lotes com área igual ou superior a 3.000m² e
inferior a 10.000m².

DOS PARÂMETROS ESPECÍFICOS PARA ABRIGO DE RESÍDUOS PARA O


USO NÃO RESIDENCIAL E MISTO

Art.112. Nos lotes de uso não residencial com área construída computável
maior ou igual a 200m² (duzentos metros quadrados) é obrigatória a construção
de abrigo para armazenamento dos resíduos.

§ 1º Para o cálculo do volume do abrigo de resíduos sólidos, deverá ser


aplicada a fórmula: V= A x 0,003, Onde: V = volume do abrigo em metros
cúbicos A = área construída computável.

§ 3º O pé direito mínimo dos abrigos deverá ser de 1,80m (um metro e oitenta
centímetros).
CÓDIGO SANITÁRIO - Lei nº 8345 de 07 de maio de 2002

Art.2º Os princípios expressos neste Código disporão sobre proteção,


promoção e preservação da saúde, no que se refere às atividades de interesse
à saúde e meio ambiente, nele incluído o do trabalho, e têm os seguintes
objetivos:

Iº- assegurar condições adequadas à saúde, à educação, à moradia, ao


transporte, ao lazer e ao trabalho;

IIº- promover a melhoria da qualidade do meio ambiente, nele incluído o do


trabalho, garantindo condições de saúde, segurança e bem estar público;

IIIº- assegurar condições adequadas de qualidade na produção,


comercialização e consumo de bens e serviços de interesse à saúde, incluídos
procedimentos, métodos e técnicas que as afetem;

IVº- assegurar condições adequadas para prestação de serviços de saúde;

Vº- promover ações visando o controle de doenças, agravos ou fatores de risco


de interesse à saúde;

VIº- assegurar e promover a participação da comunidade nas ações de saúde.

Art.15- Toda e qualquer edificação deverá ser construída e mantida,


observando - se:

Iº- proteção contra as enfermidades transmissíveis e as crônicas;

IIº- prevenção de acidentes e intoxicações;

IIIº- redução dos fatores de estresse psicológico e social;

IVº- preservação do ambiente do entorno;

Vº- uso adequado da edificação em função da sua finalidade;

VIº- respeito a grupos humanos vulneráveis.

SEÇÃO I

ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

Art. 19- Os projetos de construção, ampliação e reforma de sistema de


abastecimento de água, sejam públicos ou privados, individuais ou coletivos,
deverão ser elaborados, executados e operados conforme normas técnicas
estabelecidas pelos órgãos competentes.
SEÇÃO II

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Art. 22- Os projetos de construção, ampliação e reforma de sistemas de


esgotamento sanitário, sejam públicos ou privados, individuais ou coletivos,
deverão ser elaborados, executados e operados conforme normas técnicas
vigentes.

SEÇÃO III

RESÍDUOS SÓLIDOS

Art.24 - Para efeito desta lei entende - se que: 

I - resíduos sólidos são todos aqueles que se apresentam nos estados sólido,
semi - sólido ou líquido, não passíveis do tratamento convencional e que
resultam das atividades humanas em sociedade;
 
II - resíduos perigosos são todos aqueles que em função de suas
propriedades físicas, químicas ou infectantes possam apresentar riscos à
saúde pública ou à qualidade do meio ambiente; 

III - resíduos industriais são todos aqueles provenientes de atividades de


pesquisa e de transformação de matérias primas e substâncias orgânicas ou
inorgânicas em novos produtos, por processos específicos, bem como, os
provenientes das atividades de mineração, de montagem e manipulação de
produtos acabados e aqueles gerados em área de utilidade, apoio e
administração das indústrias; 

IV - resíduos de serviços de saúde são aqueles provenientes de atividades


de natureza médico - assistencial, de pesquisa, desenvolvimento e
experimentação na área de saúde, farmácias e drogarias, laboratórios de
análises clínicas, consultórios médicos e odontológicos, hospitais e clínicas
médicas e veterinárias, e outros prestadores de serviços de saúde humana e
animal que requeiram condições especiais de acondicionamento,
armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final, por
apresentarem risco real ou potencial à saúde humana, animal e ao meio
ambiente.

CAPÍTULO III

ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Art.156 - Para fins deste Código e de suas normas técnicas, considera - se


assistência à saúde a atenção à saúde prestada nos estabelecimentos
definidos e regulamentados em norma técnica, destinados precipuamente à
promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde, bem como ao
diagnóstico e prevenção de doenças.

Art.157 - Os estabelecimentos de assistência à saúde dependem de licença


sanitária para o funcionamento.

Art.159 - Os estabelecimentos de assistência à saúde deverão manter


fluxograma e manual de procedimentos no local onde as atividades são
desenvolvidas e apresentarem à autoridade sanitária sempre que solicitado.

Art.168 - Todos os estabelecimentos de assistência à saúde deverão manter,


de forma organizada e sistematizada, os registros de dados de identificação
dos pacientes, de exames clínicos e complementares, de procedimentos
realizados ou terapêutica adotada, da evolução e das condições de alta, para
apresentá - los à autoridade sanitária sempre que esta o solicitar,
justificadamente, por escrito.

Art.171 - Todos os estabelecimentos de Assistência à Saúde são obrigados a


manter fixada, em local visível, placa informativa aos usuários constando o
nome completo do responsável pela chefia do serviço e respectivos horários de
atendimento.

Parágrafo único - Os pronto atendimentos e pronto socorros, públicos e


privados do Município também deverão informar as chefias responsáveis de
cada plantão, em acordo com portaria. 

LIVRO III

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

TÍTULO I

DO FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE INTERESSE À


SAÚDE

Art.201- Todos estabelecimentos de que trata esta lei, ou que venham a ser
definidos em norma técnica, deverão regularizar - se perante os órgãos
municipais, conforme legislações pertinentes.

Art.202- Os estabelecimentos definidos no artigo anterior deverão, antes de


iniciarem suas atividades, apresentar a documentação necessária, juntamente
com uma declaração de que suas atividades, instalações, equipamentos e
recursos humanos obedecem à legislação sanitária vigente, para fins de
cadastramento.
BOMBEIROS

INTRODUÇÃO

Todas as edificações e áreas de risco por ocasião da construção, da reforma


ou ampliação, regularização e mudança de ocupação, necessitam de
aprovação no Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo
(CBPMESP), com exceção das "Residências Unifamiliares". No município onde
não existe Posto de Bombeiros, nem convênio entre Estado e Município, a
aprovação das edificações dependerá de iniciativa do interessado ou por
determinação das autoridades competentes.

PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES QUE TRATAM DA SEGURANÇA CONTRA


INCÊNDIO

I. Decretos Estaduais, que dispõe sobre as exigências das medidas de


segurança contra incêndio nas edificações e nas áreas de risco, no Estado de
São Paulo.

II. Instruções Técnicas (IT) do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado


de São Paulo (CBPMESP), que prescrevem as regras para execução e
implantação das medidas de segurança contra incêndio, disponíveis no campo
legislação.

III. Normas Técnicas Oficiais da Associação Brasileira de Normas Técnicas


(ABNT).

IV. Normas complementares (federais, estaduais e municipais).

ANVISA-AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, Dispõe sobre o


Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e
avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

DIMENSIONAMENTO, QUANTIFICAÇÃO E INSTALAÇÕES PREDIAIS DOS


AMBIENTES

A presente norma não estabelece uma tipologia de edifícios de saúde, como


por exemplo posto de saúde, centro de saúde, hospital, etc., procura tratar
genericamente todos esses edifícios como sendo estabelecimentos
assistenciais de saúde - EAS, que devem se adequar as peculiaridades
epidemiológicas, populacionais e geográficas da região onde estão inseridos.
Portanto, são EASs diferentes, mesmo quando se trata de edifícios do tipo
centros de saúde, por exemplo. O programa arquitetônico de um centro de
saúde irá variar caso a caso, na medida em que atividades distintas ocorram
em cada um deles.

Desta forma, as diversas tabelas contidas no documento permitem que sejam


elaborados programas arquitetônicos dos mais diversos. Para tanto se deve, a
partir da definição da listagem das atividades que o EAS irá realizar (Tab.1),
escolher os ambientes próprios para realização das mesmas. Portanto, deve-se
procurar nas tabelas relativas as atividades de apoio os ambientes
complementares, como por exemplo banheiros, copas, etc. Esses ambientes
encontram-se listados abaixo das tabelas, com a denominação ambientes de
apoio.

Tab.1

Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0050
DIMENSIONAMENTO

REQUISITO – PÉ-DIREITO

Apresentar pé-direito mínimo dos ambientes da edificação da UBS compatível


com as atividades e necessidades humanas. O pé-direito deve ser considerado
como a altura livre entre a superfície superior do piso acabado e a superfície
inferior do teto ou forro. Pé-direito mínimo de 2,80m com tolerância de 10%
(dez por cento) a maior.

Fonte:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
diretrizes_tecnicas_apresentacao_projetos_construcao_unidades_basicas_sau
de

ESTACIONAMENTO

Em toda a área de estacionamento prevista devem ser implantadas vagas


especiais para o estacionamento de veículos que conduzam ou que sejam
conduzidos por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, de acordo
com a NBR 9050-ABNT e o Estatuto do Idoso. Essas vagas deverão contar
com espaço adicional de circulação para o uso da cadeira de rodas e estarem
diretamente ligadas às rotas acessíveis com sinalização horizontal e vertical..

Segue adiante o número de vagas a ser reservada de acordo com a legislação


vigente:

- Vaga Especial para Pessoa com Deficiência: Nos estacionamentos externos


ou internos das edificações de uso público ou de uso coletivo, ou naqueles
localizados nas vias públicas, serão reservados, pelo menos, 2% (dois por
cento do total de vagas) para veículos que transportem pessoa com de
deficiência física ou visual definidas no Decreto Federal nº 5.296/2004, sendo
assegurada, no mínimo 01(uma vaga), em locais próximos à entrada principal
ou ao elevador, de fácil acesso à circulação de pedestres, com especificações
técnicas de desenho e traçado conforme o estabelecido nas normas técnicas
de acessibilidade da ABNT.

- Vaga Especial para Pessoa Idosa: É assegurada para os idosos, nos termos
da lei local, a reserva de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos
públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a
melhor comodidade ao referido usuário. (Lei Federal nº 10.741 / 2003 –
Estatuto do Idoso)

-Necessário dispor de uma Área de Embarque e Desembarque de 21m².


ACESSIBILIDADE

Acessibilidade é um atributo essencial do ambiente que garante a melhoria da


qualidade de vida das pessoas. Deve estar presente nos espaços, no meio
físico, no transporte, na comunicação, inclusive nos sistemas e tecnologias da
informação e comunicação, como também nos serviços e instalações abertos
ao público ou de uso público, tanto na zona urbana como na rural.

As Leis e Normas que tratam da Acessibilidade, tem como referências a


Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, o Decreto Federal
nº 5.296/2004, o conjunto de Normas de Acessibilidade da Associação
Brasileira de Acessibilidade – ABNT, em especial a NBR 9050 - Acessibilidade
a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos e as demais leis
federais, estaduais, municipais e normas.

CIRCULAÇÃO INTERNA HORIZONTAL E VERTICAL

CIRCULAÇÕES HORIZONTAIS

As circulações horizontais adotadas no EAS devem seguir às seguintes


orientações:

a) corredores

 os corredores de circulação de pacientes ambulantes ou em cadeiras de


rodas, macas ou camas, devem ter a largura mínima de 2,00 m, não
podendo ser utilizados como áreas de espera;
 os corredores de circulação de tráfego intenso de material e pessoal
devem ter largura mínima de 2,00 m, não podendo ser utilizados como
área de estacionamento de carrinhos;
 nas áreas de circulação só podem ser instalados telefones de uso
público, bebedouros, extintores de incêndio e lavatórios, de tal forma
que não reduzam a largura mínima estabelecida e não obstruam o
tráfego, a não ser que a largura exceda a 2,00 m;
 os corredores destinados apenas a circulação de pessoal e de cargas
não volumosas, devem ter largura mínima de 1,20 m;
 no caso de desníveis de piso superiores a 3 cm, tem de ser adotado
solução de rampa unindo os dois níveis. ·

b) portas ·

 todas as portas de acesso a pacientes, têm de ter dimensões mínimas


de 0,80 x 2,10 m, inclusive sanitários; ·
 todas as portas de acesso a ambientes onde forem instalados
equipamentos de grande porte, tem de possuir folhas ou paneis
removíveis, com largura compatível com o tamanho do equipamento,
permitindo assim sua saída;
 todas as portas utilizadas para a passagem de macas e camas devem
ter dimensões mínimas de 1,10 x 2,10 m, exceto as portas de acesso as
unidades de diagnóstico e terapia, que necessitam acesso de maca,
inclusive as salas de exame ou terapias, tem de possuir dimensões
mínimas de 1,20 x 2,10 m; ·
 as portas de banheiros e sanitários de pacientes devem abrir para fora
do ambiente, ou permitir a retirada da folha pelo lado de fora, a fim de
que sejam abertas sem necessidade de empurrar o paciente
eventualmente caído atrás da porta. As portas devem ser dotadas de
fechaduras que permitam facilidade de abertura em caso de
emergência.

CIRCULAÇÕES VERTICAIS

A circulação vertical para movimentação de pacientes no EAS, só pode ser


feita através de rampas e elevadores, sendo permitia a circulação através de
escadas, somente para funcionários e alunos.

São as seguintes normas a serem seguidas nos EAS, para movimentação


vertical de pessoas ou materiais:

a) escadas

A construção das escadas deve obedecer aos critérios referentes à prevenção


de incêndio, ao código de obras da localidade e outras exigências legais
supervenientes, bem como às seguintes especificações adicionais: ·

 as escadas que, por sua localização, se destinem ao uso de pacientes,


têm de ter largura mínima de 1,50m e serem providas de corrimão;
 nas unidades de internação, a distância entre a escada e a porta do
quarto (ou enfermaria) mais distante não pode ultrapassar de 35,00m;
 escadas destinadas ao uso exclusivo do pessoal têm de ter largura
mínima de 1,20m;
 o piso de cada degrau tem de ser revestido de material antiderrapante;
 as variações possíveis dos degraus terão de obedecer à seguinte
formula: 2 vezes altura + profundidade = 0,64m;
 nenhuma escada pode ter degraus dispostos em leque; ·
 nenhum lance de escada pode vencer mais de 2,00m sem patamar
intermediário;
 o vão de escada não pode ser utilizado para a instalação de elevadores
ou monta-cargas;
 as escadas não podem abrir diretamente para corredores; ·
 “halls” de escadas que servem à mais de três pavimentos têm de estar
isolados por porta corta-fogo; ·
 no pavimento em que se localize a saída do prédio tem de estar
nitidamente assinalado "SAÍDA".

b) Rampas

As rampas devem ser construídas obedecendo aos itens: ·

 rampas só podem ser utilizadas quando vencerem no máximo dois


pavimentos independentemente do andar onde esta se localiza. Ex.:
poderá ser do térreo ao 2º pavimento, ou do 10º ao 12º pavimento. É
livre o número de lances quando complementada por elevadores;
 admite-se o vencimento de mais um pavimento além dos dois
previstos, quando este for destinado exclusivamente a serviços;
 a largura mínima será de 2,00m, declividade conforme tabela a seguir e
patamares nivelados no início e no topo. Rampa só para funcionários,
podem ter 1,20 m de largura;
 quando as rampas mudarem de direção, deve haver patamares
intermediários, destinados a descanso e segurança, conforme Tabela; ·
as rampas devem ter o piso não escorregadio, corrimão e guarda-
corpo; ·
 não é permitida a abertura de portas sobre a rampa; em caso de
necessidade deve existir vestíbulo com largura mínima de 1,50 m e
comprimento de 1,20 m, mais a largura da folha da porta ;
 em nenhum ponto da rampa o pé-direito poderá ser inferior a 2,00m.

NBR 9077

Esta Norma fixa as condições exigíveis que as edificações devem possuir a fim
de que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio,
completamente protegida em sua integridade física; permitir o fácil acesso de
auxílio externo (Bombeiros) para o combate ao fogo e a retirada da população.

Saída de emergência, rota de saída ou saída

Caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas,


corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas
ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo
usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a
via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio, em comunicação com o
logradouro.
Numa UBS deve ter o mínimo de 2 saídas de emergência.

Dimensionamento das saídas de emergência para construções menor


750m²

As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser as seguintes:

a) 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55 cm, para


as ocupações em geral, ressalvado o disposto a seguir;
b) 2,20 m, para permitir a passagem de macas, camas, e outros que se
enquadrem nas Unidades de Saúde.
c) A largura das saídas deve ser medida em sua parte mais estreita, não
sendo admitidas saliências de alizares, pilares, e outros, com dimensões
maiores que as indicadas na Figura 1, e estas somente em saídas com
largura superior a 1,10 m.

Fig.1

Fonte: https://www.cnmp.mp.br/NBR9077

d) As portas que abrem para dentro de rotas de saída, em ângulo de 180°,


em seu movimento de abrir, no sentido do trânsito de saída, não podem
diminuir a largura efetiva destas em valor menor que a metade, sempre
mantendo uma largura mínima livre de 1,10 m para as ocupações em geral
e de 1,65 m.

a) As portas que abrem no sentido do trânsito de saída, para dentro de


rotas de saída, em ângulo de 90°, devem ficar em recessos de paredes,
de forma a não reduzir a largura efetiva em valor maior que 0,10
m(Fig.2)

Fig.2
Fonte: https://www.cnmp.mp.br/NBR9077

BIBLIOGRAFIAS

http://www4.cmsandre.sp.gov.br:9000/normas/15203

http://sigamapa.santoandre.sp.gov.br/

https://cm-santo-andre.jusbrasil.com.br/legislacao/699099/lei-8345-02

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/normas_montar_centro

http://www.ccb.policiamilitar.sp.gov.br/
Ministério da Saúde

 Conceito
O Ministério da Saúde é o setor governamental responsável pelos assuntos relacionados à saúde pública no
Brasil. A primeira iniciativa em criar um órgão público para a gestão da saúde surgiu com o governo
de Getúlio Vargas, no ano de 1930 (SILVA, 2017). 
 Função
A função do Ministério da Saúde é promover condições adequadas de saúde a partir da redução de
enfermidades, do controle de doenças endêmicas, da vigilância dos setores de saúde, entre outros aspectos,
garantindo a melhora da qualidade de vida da população.

 A Lei nº 6.229, de 17 de julho de 1975, instituiu o Sistema Nacional de Saúde e determinou as competências
do Ministério da Saúde,

 O Decreto nº 76.973, de 31 de dezembro de 1975, regularizou a aprovação dos projetos relacionados à


saúde.

1940

A evolução das normas de saúde teve como ponto de partida uma publicação do Serviço Especial de Saúde Pública
(SESP) com o título “Padrões Mínimos Hospitais” no final da década de 1940.

1954

Em 1954, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) publicou o título “Planejamento de Hospitais”, uma obra literária que
se originou do I Curso de Planejamento de Hospitais do IAB-SP.

1965

Em 1965, o Ministério da Saúde publicou o livro “Projeto de Normas Disciplinadoras das Construções Hospitalares”, um
aprimoramento das técnicas e modelos disponibilizados pelo SESP.

1974

Em 1974, o Ministério da Saúde publicou as “Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral”, que tinha por
finalidade a orientação dos profissionais com relação às normas hospitalares sem limitar as inovações de técnicas
construtivas e partido arquitetônico.

1977 e 1994

As Normas de Construção e Instalação do Hospital Geral foram revisadas pela Portaria nº 400/BSB, de 6 de dezembro
de 1977, e novamente pela Portaria nº 1.884/GM, de 11 de novembro de 1994, a qual está em vigor atualmente e
originou o manual intitulado “Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde”.

De acordo com ao manual de Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde
(BRASIL, 1994a), podemos estabelecer os seguintes critérios:
As circulações externas e internas compreendem os acessos, que devem ser o mais restrito possível, o
estacionamento e as circulações horizontais e verticais e deverão estar em conformidade com a Norma
de Acessibilidade nº 9050/2015. Quanto à setorização dos acessos, esta pode ser realizada a partir de
seis categorias: paciente externo ambulante, doador e acompanhante; paciente externo transportado e
acompanhante; paciente a ser internado - ambulante ou transportado; cadáver, acompanhante e visita;
funcionário e residente, vendedor, fornecedor e prestador de serviço, etc.; e materiais e resíduos.

O conforto ambiental dos edifícios parte de duas situações: a endógena, na qual a construção garante
o conforto do usuário por meio da eliminação ou atenuação dos efeitos dos fatores externos (temperatura,
umidade do ar, poluição, entre outros), e exógena, que avalia o impacto causado pela edificação no
ambiente externo. As normas técnicas de conforto ambiental (térmico, luminoso, acústico), de higiene e
de segurança do trabalho regem o funcionamento da dimensão endógena, enquanto documentos como
Código de Obras e Plano Diretor Municipal e leis do Código Florestal estão relacionados à dimensão
exógena.

A infecção hospitalar é aquela contraída dentro do EAS, proveniente de falhas operacionais e de


planejamento. O controle de contaminação e infecção hospitalar está relacionado a dois princípios: os
procedimentos, que se referem ao manuseio de utensílios, roupas e resíduos; e o projeto arquitetônico,
no qual o arquiteto tem papel fundamental. Diversos fatores interferem no controle da contaminação, por
exemplo: fluxos e padrões de circulação; transportes de materiais, equipamentos e resíduos sólidos;
sistemas de renovação de ar; facilidade de limpeza das superfícies e materiais; entre outros.

O primeiro passo para garantir o controle contra incêndios é permitir a aproximação dos veículos do
corpo de bombeiros. O edifício deve ser acessado por pelo menos duas fachadas opostas e os acesos
devem estar livres de congestionamento. O zoneamento dos ambientes do EAS deve ser setorizado de
acordo com as instalações físicas e função, a fim de identificar os espaços com maior ou menor risco de
incêndio, e a compartimentação deve impedir que o fogo se propague de um ambiente ao outro horizontal
e verticalmente.

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