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As sensações não são algo exclusivo dos seres humanos, considera Aristóteles, uma
vez que as percepções através dos sentidos são algo comum à natureza animal. Entretanto,
apenas em alguns animais da percepção sensorial brota a memória, assim sendo, denota ele,
são mais inteligentes e mais aptos a aprender os animais em que o processo descrito
anteriormente ocorre.
Percebemos que Aristóteles traça uma correlação entre “ser inteligente” e “ter
memória” e entre “aptidão à aprendizagem” e “ter memória”. Parecem casos distintos, mas
semanticamente podemos julgar como processos semelhantes e/ou complementares. Podemos
considerar que, para Aristóteles, o fato de possuir memória caracteriza a possibilidade de
aprendizagem, de apreensão, que gera consequentemente a faculdade de recordação. Sendo
assim, é oportuno denotar que “ser inteligente” para Aristóteles é aquele capaz de apreender
algo e subsequentemente poder recordar esse algo. Outro sentido apontado por Aristóteles
como condição necessária à aprendizagem é a audição, que segundo Reale possibilita o
entendimento da diversidade de emissões sonoras.
BIBLIOGRAFIA
ARISTÓTELES. Metafísica. Tradução de Geovanni Reale. Edições Loyala: São Paulo, 2002.