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UNIVE3RSIDADE ESTADUAL VALE ACARAÚ – UVA

CENTRO DE FILOSOFIA, LETRAS E PEDAGOGIA


MESTRADO ACADÊMICO EM FILOSOFIA

DISCIPLINA: FIOLOSFIA TEÓRICA


ACADÊMICO: LUIZ FERNANDO DOS SANTOS OLIVEIRA

AVALIAÇÃO I

2.

Kant argumenta que a metafísica clássica, que busca conhecer a natureza da realidade em si,
mesmo na tradição aristotélica, quanto nos racionalista “ultrapassa o âmbito da experiência
sensorial humana” como Lux aponta. Kant afirma que não podemos conhecer a realidade em
si mesma, mas apenas as coisas como elas aparecem para nós, e aponta o que seria para ele, o
verdadeiro problema da razão pura.

O verdadeiro problema da razão pura está, pois, contido na questão: como


são possíveis juízos sintéticos a priori? (KANT, 2019. P.56)

E uma das razões que aponta para as incertezas e contradições da metafísica clássica, é falta
da distinção entre juízos analíticos e sintéticos.

Os juízos analíticos (afirmativos) são, portanto, aqueles que a conexão do


predicado com o sujeito é pensada por meio da identidade, e aqueles, ao
contrário, em que essa conexão é pensada sem identidade, devem-se
denominar-se juízos sintéticos. (KANT, 2019. P. 51)

A filosofia transcendental kantiana questiona a possibilidade de conhecer a realidade em si


mesma, ou seja, além das nossas percepções e representações mentais. Kant argumenta que a
metafísica clássica, ao buscar conhecimento sobre o mundo além da experiência sensível, está
tentando ultrapassar os limites do conhecimento humano, que se restringem aos dados
fornecidos pelos sentidos.

Na Crítica da Razão Pura, Kant desenvolve uma teoria do conhecimento que busca
estabelecer os limites e as possibilidades da razão humana. Ele distingue entre o
conhecimento a priori, que é independente da experiência sensível, e o conhecimento a
posteriori, que depende dela. Segundo Kant, a metafísica clássica se baseia em conceitos que
supostamente representam a realidade em si mesma, mas que na verdade são apenas
construções mentais sem correspondência com a realidade.

Para Kant, o conhecimento humano é limitado pelos "esquemas" ou estruturas mentais que
utilizamos para organizar as informações fornecidas pelos sentidos. Esses esquemas são
universais e necessários, mas não nos permitem conhecer a realidade em si mesma. Assim, o
conhecimento humano é sempre limitado e condicionado pelas estruturas mentais que
utilizamos para interpretar os dados sensoriais.
Nada mais há do que as história que contamos, as imagens que constru´ms.
Aquilo a que chamamosa existência de um objeto é apenas questão de algo
figurar numa história; e aqulo a que chamamos a verdade das nossas
crenças é apenas uma questão das diversas componentes de uma história
encaixarem umas nas outras ou de serem coerentes entre si. (LOUX, 2008. P.
7)

A filosofia transcendental de Kant busca investigar as condições necessárias para que


possamos ter conhecimento, e que este não é passivo, mas depende das estruturas mentais que
possuímos. E isso se dá na distinção entre fenômeno e coisa em si mesma. E, para Kant, os
fenômenos são as coisas como elas aparecem para nós, enquanto as coisas em si mesmas são
incognoscíveis. Em suma, percebe-se, em Kant, que o conhecimento humano é fruto da
relação entre a experiência e a razão, e que é impossível conhecer as coisas em si mesmas. A
razão não pode conhecer o mundo em sua totalidade, mas apenas aquilo que é sensível e que
pode ser objeto de experiência.

4.

Aristóteles acreditava que todas as coisas que existem no mundo são compostas de duas
partes: a substância e os atributos. A substância é aquilo que é a coisa em si, sua essência,
aquilo que a faz ser o que é. Os atributos, por outro lado, são as características que a
substância possui, como cor, tamanho, forma, peso, entre outras. A substância é mais
importante do que os atributos, pois é ela que dá sentido e significado aos atributos. Como em
exemplo dado no curso, se uma maçã é vermelha, doce e suculenta, isso se deve à sua
substância, que é a maçã em si mesma. Se mudarmos a substância da maçã para uma laranja,
os atributos também mudam, pois uma laranja não é vermelha, nem doce como uma maçã.

O que nos remete que as substâncias são individuais, ou seja, elas existem no mundo de forma
particular e única, já os atributos são universais, pois podem ser aplicados a diferentes
substâncias.

Essa dicotomia substância-atributo é fundamental para a metafísica aristotélica porque ela


permite entender a natureza da realidade de forma mais profunda. Ao separar as coisas em
suas partes constituintes, Aristóteles conseguiu explicar como as coisas existem no mundo e
como elas se relacionam entre si.

5.

A individualidade é uma das características mais importantes da noção aristotélica de


substância. Segundo Aristóteles, as substâncias são individuais, ou seja, cada substância é
única e distinta das outras. Isso significa que cada substância tem suas próprias propriedades e
características que a distinguem das outras. Essas substâncias têm também independência
ontológica, o que significa que elas existem por si mesmas e não dependem de outras coisas
para existir.
As substâncias são dotadas de identidades transtemporal e transmundana, o que significa que
elas mantêm sua identidade ao longo do tempo e permanece a mesma, mesmo que suas
propriedades ou características mudem ao longo do tempo. E elas existem em todos os lugares
e em todos os tempos, sendo a mesma em qualquer lugar.

8.

O realismo transcendente platônico defende a existência de um mundo além do mundo


sensível, a realidade verdadeira não pode ser encontrada no mundo sensível, seria apenas uma
cópia imperfeita do mundo das ideias. Para ele, as ideias são entidades eternas e imutáveis que
existem independentemente da nossa percepção. Essas ideias são a verdadeira realidade e são
acessíveis apenas através da razão.

O realismo imanente aristotélico, ao contrário de Platão, dizia que a realidade está imanente
nas coisas do mundo sensível e as formas, ou essências das coisas, estão presentes em cada
objeto individual. E isso pra ele represente a essência de cada coisa.

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