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Sociologia

Psicologia social e formação identitária.

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1 Apresentação
Sejam bem-vindos a mais uma aula de Sociologia!

É com prazer que iniciamos mais um capítulo do material PDF FOCADO do Focus
Concursos. Apresentaremos conteúdos com normativas atuais, com abordagem bem
didática e assertiva para a sua compreensão.

Ressaltamos que o PDF FOCADO conta com a produção intelectual das aulas do
professor, além das complementações, atualizações e revisões elaboradas pela nossa
equipe Pedagógica do Focus Concursos.

A respeito das complementações, frisamos que, este material pode conter

informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas, claro, com tudo que é
necessário para a sua aprovação, com a profundidade necessária – nem mais, nem
menos.

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2 Roteiro do PDF FOCADO

Bom, feita esta análise geral, você já deve ter percebido que estamos no caminho certo.
Preciso que você, futuro aprovado(a), juntamente com este professor que passa a ser o seu
maior torcedor, organize seus estudos da seguinte forma:

Estrutura do PDF FOCADO:

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das videoaulas.
Este material pode conter informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas,
claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com a profundidade
necessária – nem mais, nem menos.);

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs para
complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso. VAMOS
NESSA!

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3 Sumário
1 Apresentação.......................................................................................................................2
2 Roteiro do PDF FOCADO .......................................................................................................3
4 Psicologia Social e a Formação Identitária ............................................................................5
4.1 a) Identidade de gênero .............................................................................................................. 5
5 Questões de Sala..................................................................................................................8
5.1 b) Etnia ..................................................................................................................................... 10
6 Questões de Sala................................................................................................................ 12
6.1 c) Nacionalidade ....................................................................................................................... 14

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4 Psicologia Social e a Formação Identitária

A psicologia social desempenha um papel crucial na formação identitária, pois

explora as interações sociais que moldam a percepção que os indivíduos têm de si
mesmos e de pertencimento a grupos específicos.

A construção da identidade é fortemente influenciada pelo ambiente social,

onde normas, valores e expectativas culturais exercem uma pressão significativa. Os
psicólogos sociais investigam como a identidade individual se desenvolve em resposta
às interações sociais, considerando fatores como grupo de pertencimento,
estereótipos e influências culturais.

Ao compreender esses processos, a psicologia social contribui não apenas para

uma melhor compreensão da formação identitária, mas também para a promoção de
ambientes sociais mais inclusivos e aceitáveis, reconhecendo a diversidade e
complexidade das identidades humanas.

A teoria da identidade social, desenvolvida principalmente por Henri Tajfel e

John Turner, destaca a forma como as pessoas categorizam a si mesmas e aos outros
em grupos sociais, e como essas categorias influenciam as interações sociais e a
formação de identidade. Segundo a teoria, as pessoas tendem a buscar uma
identidade positiva associando-se a grupos socialmente valorizados, chamados de
"ingroups", e diferenciando-se de grupos percebidos como menos valorizados,
chamados de "outgroups".

O processo de categorização social pode levar à formação de uma identidade

social compartilhada, na qual os indivíduos se identificam não apenas como
indivíduos, mas como membros de grupos sociais específicos. Essa identidade social
pode ter implicações significativas para comportamentos, atitudes e relações
intergrupais, influenciando a coesão e o sentido de pertencimento. A teoria da
identidade social contribui para a compreensão das dinâmicas sociais e dos
fenômenos de preconceito, discriminação e favoritismo dentro da psicologia social.

4.1 a) Identidade de gênero

A identidade de gênero refere-se à experiência interna e profunda de uma

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pessoa em relação ao seu próprio gênero, que pode ou não coincidir com o sexo
atribuído no nascimento. Em outras palavras, é como uma pessoa se identifica e
percebe a si mesma em termos de gênero, que pode ser masculino, feminino, uma
combinação de ambos, ou nenhum deles (gênero não-binário). A identidade de
gênero não está necessariamente ligada às características biológicas, mas sim à
autopercepção e vivência pessoal de cada indivíduo. É um componente fundamental
da autenticidade e autonomia de uma pessoa, e o respeito à diversidade de
identidades de gênero é uma parte importante da promoção da igualdade e inclusão.

Sexo biológico: É constituído pelas características fenotípicas (órgãos genitais

externos, órgãos reprodutores internos, mamas, barbas) e genotípicas (genes
masculino e feminino).
Identidade de gênero: Conjunto de fatores internos e externos que
juntamente com sua cultura formam a identidade do ser humano.
Orientação Sexual: Manifestação intima de um desejo erótico

No âmbito da sexualidade, é importante ressaltar que sexualidade não é sexo,

o sexo tem começo, meio e fim, já a sexualidade não é vivida apenas durante o ato
sexual, ela é uma forma de ser, vestir, olhar, etc. A orientação sexual existe sem que a
pessoa tenha um controle efetivo sobre ela; ou seja, não é algo que se escolhe
voluntariamente.

A psicologia desempenha um papel crucial na formação da identidade de

gênero, uma vez que explora as complexas interações entre fatores individuais e
sociais que moldam a percepção e vivência do gênero por parte dos indivíduos. Esse
campo da psicologia busca compreender como as pessoas desenvolvem e
internalizam sua identidade de gênero, considerando influências biológicas,
ambientais e culturais.

Além disso, a psicologia desafia estereótipos de gênero arraigados na

sociedade, promovendo a desconstrução de normas que limitam a expressão e
aceitação de diversas identidades de gênero. Em um contexto mais prático, psicólogos
desempenham um papel crucial ao oferecer apoio emocional e psicológico a
indivíduos que estão explorando ou vivenciando transições de gênero.

Isso inclui fornecer um ambiente seguro para a expressão de sentimentos,

ajudar na navegação de desafios emocionais e sociais associados à identidade de
gênero, e contribuir para o desenvolvimento de uma autoimagem mais autêntica e

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congruente.

O respeito à diversidade de identidades de gênero e o entendimento das

experiências individuais são fundamentais para a abordagem psicológica nesse
campo, que busca promover a aceitação, a compreensão e a inclusão de todas as
identidades de gênero na sociedade.

A teoria de gênero de Judith Butler, uma renomada filósofa e teórica queer,

desafia as concepções tradicionais e binárias de gênero. Em suas obras, notavelmente
"O Problema do Corpo" e "Problemas de Gênero", Butler propõe uma visão
performativa do gênero, argumentando que a identidade de gênero não é uma
característica inata, mas sim um ato repetido e performado ao longo do tempo. Ela
destaca que as normas sociais e culturais moldam nossas expressões de gênero, e ao
questionar e desafiar essas normas, as pessoas podem desconstruir e reconstruir suas
próprias identidades de gênero de maneira mais livre e autêntica. A teoria de Butler
destaca a fluidez e a contingência das categorias de gênero, oferecendo uma
abordagem crítica e transformadora para entender como as identidades de gênero
são construídas e vivenciadas. Sua influência se estende não apenas à academia, mas
também aos movimentos sociais que buscam a igualdade e a aceitação de diversas
expressões de gênero.

O psicólogo deve pautar sua prática profissional no respeito à diversidade de

orientações afetivo-sexuais dos indivíduos, contribuindo com seus conhecimentos
para uma reflexão sobre o preconceito e o enfrentamento das discriminações e
estigmatizações em relação às orientações afetivo-sexuais não heteronormativas. O
papel do psicólogo no processo de identidade de gênero é fundamental para oferecer
suporte, compreensão e orientação aos indivíduos que estão explorando ou
vivenciando questões relacionadas à sua identidade de gênero. Estabelecer um
ambiente acolhedor e empático é crucial, permitindo que os indivíduos se sintam à
vontade para explorar e expressar sua identidade sem medo de julgamento. Facilitar
sessões que incentivem a exploração e o autoconhecimento em relação à identidade
de gênero é uma prática importante, possibilitando discussões sobre experiências
passadas, sentimentos, dúvidas e expectativas para ajudar os clientes a
compreenderem melhor a si mesmos.

Além disso, fornecer informações e educação sobre identidade de gênero é

essencial, desmitificando conceitos e desconstruindo estereótipos. Orientar sobre
processos médicos, legais e sociais relacionados à transição é relevante para aqueles

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que estão considerando ou passando por mudanças em sua identidade de gênero. Os

psicólogos também desempenham um papel importante ao orientar indivíduos e suas
famílias, parceiros ou amigos, promovendo um ambiente de apoio por meio de
sessões familiares ou de grupo para facilitar a comunicação e compreensão entre as
partes envolvidas.

Outras áreas de atuação incluem a resolução de conflitos internos relacionados

à identidade de gênero, abordando questões de autoaceitação, pressões sociais e
expectativas culturais. Além disso, trabalhar na promoção da resiliência é essencial,
ajudando os indivíduos a se adaptarem às mudanças em suas vidas relacionadas à
identidade de gênero e desenvolverem estratégias de enfrentamento saudáveis. Por
fim, os psicólogos desempenham um papel-chave ao orientar os clientes para
recursos e redes de apoio adicionais, como grupos de apoio, organizações LGBTQ+ e
profissionais de saúde especializados, proporcionando um suporte abrangente
durante o processo de exploração e aceitação da identidade de gênero.

5 Questões de Sala

Questão 1. Caitlyn Jenner na capa da revista Vanity Fair após assumir sua identidade
feminina (2015).

Algumas pessoas não se identificam com o sexo com o qual nasceram, como no caso
da cartunista Laerte e da ex-atleta Caitlyn Jenner, por exemplo. Para abordar
sociologicamente este fenômeno, é necessário conhecer os conceitos básicos que
envolvem o debate sobre gênero.

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Assinale a afirmativa que caracteriza corretamente um dos conceitos envolvidos no

debate sobre identidade de gênero.

A) Identidade de gênero é o padrão de comportamento masculino e feminino.

B) Orientação sexual se refere à sexualidade da pessoa e por quem ela sente atração
afetivo-sexual.

C) Sexo biológico é a distinção entre feminino e masculino, com base no modo como
o cérebro representa essas condições.

D) Papel de Gênero indica como a pessoa se reconhece, enquanto homem, mulher ou

nenhum deles.

E) Transexual é a pessoa que tem papel de gênero feminino, mas não se reconhece
como mulher ou homem.

Gabarito: B

Questão 2. Com a proliferação de estudos referentes a sexo e sexualidade, “gênero”

tornou-se uma palavra particularmente útil, pois oferece um meio de distinguir a
prática sexual dos papéis sexuais atribuídos às mulheres e aos homens. Ainda que os
pesquisadores reconheçam a conexão entre aquilo que os sociólogos da família
chamaram de “papéis sexuais”, esses pesquisadores não postularam um vínculo
simples ou direto entre os dois. O uso de “gênero” enfatiza todo um sistema de
relações que pode incluir o sexo, mas não é diretamente determinado pelo sexo, nem
determina diretamente a sexualidade.

SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação &
Realidade. Porto Alegre, vol. 20 n. 2, jul/dez., 1995, pp. 71-99, com adaptações

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Ao demonstrar que papéis de gênero são padrões e expectativas de comportamentos

aprendidos em sociedade, os estudos de gênero fazem uma crítica à visão
denominada

A) determinismo biológico.

B) etnocentrismo.

C) apropriação cultural.

D) multiculturalismo.

E) identitarismo.

Gabarito: A

5.1 b) Etnia

A etnia refere-se a um grupo social que compartilha características culturais,

históricas, linguísticas ou ancestrais específicas, que são distintas de outros grupos.
Essas características comuns incluem elementos como idioma, religião, costumes,
tradições e ancestralidade compartilhada. A identidade étnica é fundamental na
formação da autopercepção e na interação dos indivíduos com a sociedade. No
entanto, é importante notar que a etnicidade não é uma categoria fixa, mas sim
dinâmica e fluida, refletindo a diversidade e complexidade das experiências humanas.
O reconhecimento e a valorização da diversidade étnica são fundamentais para a
construção de sociedades inclusivas, promovendo o respeito mútuo e a compreensão
entre diferentes grupos étnicos.

A teoria de Stuart Hall sobre identidade étnica destaca a natureza dinâmica e

construída socialmente das identidades étnicas. Hall argumenta que a identidade
étnica não é uma característica inata, mas sim um processo contínuo de construção e
negociação em resposta às mudanças sociais, políticas e culturais. Ele propõe que as
identidades étnicas são formadas por meio de discursos e representações culturais,
influenciando a maneira como os indivíduos se percebem e são percebidos pela
sociedade. Hall enfatiza a importância do "diferente" como uma construção social que

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cria categorias étnicas, e destaca como as pessoas se envolvem ativamente na

construção de suas identidades étnicas, muitas vezes contestando ou redefinindo
rótulos culturais preexistentes. Em vez de ver a identidade étnica como algo fixo, Hall
a concebe como algo fluido, situacional e sujeito a transformações ao longo do tempo.
Essa perspectiva dinâmica e contextualizada oferece uma abordagem mais flexível e
sensível às complexidades das experiências étnicas individuais e coletivas.

O papel do psicólogo na formação da identidade étnica é significativo, uma vez

que essa dimensão da identidade é crucial para a compreensão da própria
autenticidade e pertencimento cultural. O psicólogo desempenha um papel crucial ao
oferecer um ambiente terapêutico seguro e inclusivo, onde os indivíduos podem
explorar suas experiências étnicas, compreender a influência cultural em suas vidas e
refletir sobre como esses elementos contribuem para a construção de sua identidade.
Esse processo envolve a exploração de valores, tradições familiares, narrativas culturais
e a maneira como esses aspectos interagem com outros componentes da identidade.
Ao facilitar discussões reflexivas e promover a aceitação da diversidade étnica, o
psicólogo pode ajudar os clientes a desenvolverem uma compreensão mais profunda
de sua identidade étnica, fortalecendo o sentido de pertencimento e promovendo o
respeito pela pluralidade cultural. Além disso, o psicólogo pode orientar os clientes na
navegação de desafios relacionados à identidade étnica, como estigmatização,
discriminação e conflitos interculturais, oferecendo estratégias de enfrentamento e
promovendo a resiliência emocional. Dessa forma, o psicólogo desempenha um papel
ativo na promoção do bem-estar psicológico e no fortalecimento da identidade étnica
dos indivíduos.

Desde o início do século XXI, o Sistema Conselhos de Psicologia tem produzido

uma variedade de materiais, recursos e campanhas para contribuir com o
enfrentamento do racismo no Brasil, principalmente a partir da Resolução CFP n.º
018/2002, que estabelece normas de atuação para as/os psicólogas/os em relação ao
preconceito e discriminação racial com base na Declaração Universal dos Direitos
Humanos.

A construção de um olhar à heterogeneidade de povos que compõem este país

chama a atenção da Psicologia para uma abordagem atenta e crítica, além de uma
intervenção que respeite as diferenças e as culturas, buscando o desenvolvimento de
uma escuta integral, para diminuir as vulnerabilidades destas populações na
promoção da qualidade digna de vida, contribuindo para eliminação dos
preconceitos, violências e opressões.

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A Psicologia tem um compromisso ético e político com a diversidade de povos

que compõem o Brasil e deve buscar respeitar as autonomias destes povos e seus
valores. As práticas psicológicas oferecidas precisam, antes de tudo, reconhecer os
diferentes costumes e estilos de vida existentes, assim como as crenças e relações com
os territórios que determinam as diferentes subjetividades que compõem o povo
brasileiro.

O Plano Nacional de Assistência Social (PNAS) considera os serviços

socioassistenciais como Políticas Públicas de proteção social cuja família é o centro de
suas intervenções, sob a perspectiva da territorialização. Isso significa que, à(o)
profissional, cabe a aproximação do cotidiano de seus usuários, com intuito de
reconhecer as demandas exigidas e a interferência da cultura sócio-histórica na
dinâmica de desenvolvimento de seus membros.

Desse modo, primeiramente, a(o) Psicóloga(o) do SUAS precisa romper com

alguns imaginários ainda dominantes de atendimento clínico de consultório,
disseminados nas instituições de ensino superior que atendem o indivíduo descolado
de seu território e de como foi formada sua personalidade em consonância com a
realidade carregada de significados simbólicos referentes a sua existência.

Essa característica da Psicologia ocorre devido ao surgimento da mesma para

adequação e conserto, atuando com conceitos de normalidade e anormalidade. Logo,
identificar de que modo a cultura social do racismo afeta aos usuários atendidos nos
serviços socioassistenciais, é tarefa primordial de enfrentamento à discriminação
racial.

6 Questões de Sala
Questão 3. Analise as afirmações abaixo referente identidade, etnia e raça:

( ) Identidade é um conceito que não comporta uma definição única, sua construção
também diz respeito à interpretação da realidade, uma vez que é um processo de
representação simbólica, uma tentativa de compreensão de posições no mundo.

( ) Em linhas gerais, o conceito de identidade pode ser definido como um conjunto de

aspectos individuais que caracterizam uma pessoa e também em um aspecto plural,
constituída a partir das relações sociais permanentemente mutáveis.

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( ) A identidade cultural é um organismo de relações sociais e patrimônios simbólicos

compartilhados que estabelece a comunhão de determinados valores, tradições,
hábitos e outros aspectos entre os membros de uma sociedade.

( ) O conceito de raça é alvo de grande discussão fora e dentro das comunidades

científica devido à sua aplicação continuada para categorizar grupos populacionais na
espécie humana.

Levando-se em consideração que (V) significa Verdadeiro e (F) significa Falso, a

sequência das proposições acima é:

A) V-F-F-V.

B) F-V-F-V.

C) F-F-V-V.

D) V-V-V-V.

Gabarito: D

Questão 4. Com referência a identidades culturais e étnicas, assinale a opção correta

A) As identidades culturais e étnicas são fixas e determinadas pela herança biológica

e ancestral, mas independem do processo de mudança histórica.

B) Como são construídas na socialização primária, as identidades culturais são

inalteráveis ao longo da vida.

C) A identidade cultural é constantemente renegociada e reconstruída no contexto

das relações sociais e de poder, além de ser influenciada por fatores históricos e
políticos.

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D) A identidade de uma pessoa é exclusivamente individual e desvinculada das

questões coletivas, culturais ou étnicas.

E) A diversidade cultural e étnica perdeu relevância na sociedade contemporânea,

visto que as identidades estão se tornando cada vez mais homogêneas.

Gabarito: C

6.1 c) Nacionalidade

O conceito de nacionalidade refere-se à ligação legal e cívica de um indivíduo

com um Estado-nação específico, estabelecendo sua afiliação a uma comunidade
política. Esta afiliação geralmente implica direitos e responsabilidades, como
participação em eleições, acesso a serviços públicos, e a proteção consular quando no
exterior. A nacionalidade é muitas vezes determinada pelo local de nascimento,
ascendência, naturalização ou outros critérios legais. No entanto, além do aspecto
legal, a nacionalidade também pode envolver um componente identitário,
influenciando a forma como as pessoas se percebem e são percebidas em termos de
sua relação com uma comunidade nacional específica. Este conceito, muitas vezes
interligado com a cidadania, desempenha um papel significativo na organização
política e social das sociedades, moldando as experiências e interações dos indivíduos
em um contexto nacional.

O papel do psicólogo na formação da nacionalidade está relacionado à

compreensão e influência nos aspectos psicológicos individuais e coletivos que
moldam a identidade nacional. O psicólogo pode desempenhar diversas funções
nesse contexto:

Exploração Identitária: Ao trabalhar com clientes, o psicólogo pode facilitar a

exploração das experiências e significados associados à identidade nacional. Isso
envolve investigar como as pessoas se percebem como parte de uma nação, seus
vínculos emocionais e as influências culturais que contribuem para a construção dessa
identidade.

Conscientização Cultural: Promover a conscientização cultural sobre a diversidade

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presente em uma nação, desafiando estereótipos e preconceitos. O psicólogo pode

ajudar os indivíduos a compreenderem a complexidade das identidades nacionais,
reconhecendo a coexistência de diferentes culturas dentro de um mesmo país.

Abordagem de Conflitos Identitários: Oferecer suporte a indivíduos que enfrentam

conflitos identitários relacionados à nacionalidade, como aqueles que vivenciam
questões de pertencimento ou marginalização. Isso pode incluir imigrantes, minorias
étnicas ou pessoas que se sentem alienadas em relação à identidade nacional
dominante.

Promoção do Diálogo: Facilitar o diálogo intercultural e interétnico para promover

uma compreensão mais profunda entre diferentes grupos dentro da nação. Isso
contribui para a construção de uma identidade nacional mais inclusiva e harmoniosa.

Desenvolvimento de Estratégias de Enfrentamento: Auxiliar na identificação e

desenvolvimento de estratégias de enfrentamento saudáveis para lidar com questões
de identidade nacional, especialmente em contextos de mudanças sociais, políticas ou
econômicas que possam afetar a percepção de pertencimento.

Integração de Imigrantes: Trabalhar com imigrantes no processo de integração,

auxiliando na adaptação às nuances culturais da nova nacionalidade. O psicólogo
pode fornecer suporte emocional para lidar com os desafios da transição e facilitar a
construção de uma identidade híbrida.

O papel do psicólogo no acolhimento de imigrantes é crucial para promover

uma transição emocional e psicossocial bem-sucedida em um novo contexto cultural.
Ao criar um ambiente terapêutico acolhedor e culturalmente sensível, o psicólogo
oferece um espaço seguro para os imigrantes expressarem suas experiências, desafios
e aspirações. Além de fornecer apoio emocional para lidar com possíveis estresses de
adaptação, o psicólogo pode auxiliar na navegação de questões relacionadas à
identidade, perda cultural, e na construção de uma nova narrativa de vida em um país
estrangeiro.

Adicionalmente, ao sensibilizar-se para as complexidades culturais e

contextuais, o psicólogo pode colaborar com outros profissionais, serviços sociais e
comunitários para garantir uma abordagem integrada e abrangente no processo de
acolhimento, contribuindo para o fortalecimento do bem-estar emocional e

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psicológico dos imigrantes.

O psicólogo desempenha um papel vital ao facilitar o entendimento dos direitos

e responsabilidades cívicas, bem como ao promover o senso de pertencimento e
engajamento social. Através de intervenções que exploram valores cívicos, éticos e
políticos, o psicólogo pode ajudar os indivíduos a desenvolver uma compreensão mais
profunda de sua identidade como cidadãos, incentivando a participação em processos
democráticos e comunitários. Além disso, ao abordar questões de desigualdade,
discriminação e exclusão social, a psicologia contribui para a construção de uma
cidadania mais inclusiva e justa.

Ao promover a educação cívica e a consciência das dinâmicas sociais, o

psicólogo auxilia na formação de cidadãos informados, capazes de contribuir
positivamente para o desenvolvimento e fortalecimento de suas comunidades.

O aumento significativo de refugiadas(os/es) e da vulnerabilidade desse grupo

fez com que profissionais da rede de saúde e dos serviços sociais se encontrassem
cada vez mais confrontada(os/es) com casos cuja sintomatologia estava estreitamente
ligada e expressa por forte codificação cultural. Ao adentrar em outro país, a(o/e)
imigrante insere-se em novos círculos sociais, profissionais e acadêmicos, e passa a
vivenciar o luto e a necessidade de reconfiguração da sua identidade profissional e
social. Isso relaciona-se a uma possível perda de diferentes funções e papéis
desempenhados no país de origem, o que gera um importante impacto na sua
subjetividade.

Desse modo, a Psicologia tem o compromisso social de defender a promoção

igualitária de acesso à saúde, à assistência social, à moradia e residência, e qualidade
de vida a todos os seres humanos, além do combate às violências e às opressões.
Portanto, em nossa prática, precisamos nos atentar para os fatores de vulnerabilidade
e às barreiras impostas pela migração, compreendendo como a saúde mental está
relacionada à organização dos sujeitos em sua dinâmica concreta.

Sendo assim, a articulação entre a temática migratória e a promoção de saúde

mental é fundamental para a construção de uma Psicologia comprometida com a
garantia de direitos humanos. Considerar esses aspectos é pensar, também, nos
impactos que causam na subjetividade dessas pessoas, no luto vivenciado por elas
diante do que deixaram para trás no seu país de origem, e na reconfiguração da sua
identidade diante de uma nova cultura e de uma nova realidade.

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Bons estudos!

Lembre-se de que o futuro pertence aqueles que acreditam

na beleza de seus sonhos. (Eleanor Roosevelt).

Nós acreditamos e apostamos na realização dos seus objetivos.

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