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Brazilian Journals of Business 1662

ISSN: 2596-1934

A utilização dos plásticos biodegradáveis e de fontes renováveis em São Lourenço do


Oeste

The use of biodegradable plastics and renewable sources in São Lourenço do Oeste
DOI: 10.34140/bjbv3n2-026

Recebimento dos originais: 04/01//2021


Aceitação para publicação: 31/03/2021

João Francisco Ribeiro de Oliveira


Mestrando em Economia Social pela Universidade do Minho
Instituição: Universidade do Minho
Endereço: Rua da Universidade, 4710-057 Braga, Portugal
E-mail: jmourato@unochapeco.edu.br

Cleberton Franceski
Bacharel em Administração pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó, UNOCHAPECÓ.
Instituição: Universidade Unochapecó
Endereço: Rodovia SC-480, Km 3, s/n - Centro, São Lourenço d'Oeste - SC, 89990-000,Brasil
E-mail: clebertonfranceski@unochapeco.edu.br

RESUMO
O artigo em questão apresenta os resultados de uma pesquisa qualitativa, que teve a finalidade de, através
da análise sintetizar o aprofundamento sobre a utilização dos produtos biodegradáveis e de fontes
renováveis por parte das empresas do município de São Lourenço do Oeste. Em meio á ênfase ouve a
análise e a inter-relação entre os idealizadores do artigo, a contribuição de renomados autores para o
modulo contextual, pesquisas político-sociais, e a pesquisa externa para fins interpretativos. Resultando
então na percepção positiva sobre os produtos biodegradáveis, e juntamente a apresentação de soluções
plausíveis para o uso de tais, observando-se assim que basta apenas a plena conscientização dos
empresários e consumidores, para a integração definitiva dos produtos biodegradáveis.

Palavras chave: Informação, conscientização, abnegação, preservação ambiental.

ABSTRACT
The article presents the results of a qualitative research, whose purpose was, through the analysis, to
synthesize the deepening about the use of biodegradable products and renewable sources by the companies
of the county of São Lourenço do Oeste. During its development, there was the analysis and inter-
relationship between the idealizers of the article, the contribution of renowned authors for the contextual
module, social-political research, and the external research for interpretive purposes. So, it resulted in the
positive perception of biodegradable products, and together with the presentation of plausible solutions for
the use of those, we can observe that only the full awareness of businessmen and consumers is sufficient
for the definitive integration of biodegradable products.

Keywords: Information, Awareness, Abnegation, Environmental Preservation.

1 INTRODUÇÃO
Biodegradável, simples palavra motivadora do presente artigo, tão simples, mas ou mesmo tempo

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tão complexa que desencadeou o interesse dos pesquisadores no aprofundamento da mesma. Por se tratar
os plásticos biodegradáveis de fontes renováveis um assunto ainda que com certa timidez discutida pala
sociedade, cabe a este artigo romper esses entraves através da pesquisa sobre o uso desses produtos por
parte das empresas, ainda que num pequeno município como o de São Lourenço do Oeste.
Mediante o desenvolvimento e construção do assunto sobre os biodegradáveis, ao longo do artigo
a idéia é aprofundar o estudo sobre a natureza desses produtos, e verificar o comportamento das empresas
e consumidores, por meio de pesquisa. Em meio ao grande numero de empresas do município a idéia foi
desenvolver o estudo em apenas dois segmentos, supermercados e confecções bem como seus
consumidores. A partir daí traçou-se alguns objetivos que clareiam o artigo, como identificar quais
empresas utilizam as novas embalagens, avaliar a aceitação por parte de seus clientes, reconhecer vantagens
e desvantagens na utilização dos plásticos biodegradáveis, e por ultimo, conhecer possíveis soluções para
a integração desses produtos no município de São Lourenço do Oeste.
O intuito da realização do artigo é evidenciar o cenário atual que se propaga nesse município, com
relação á utilização de produtos oriundos de plásticos biodegradáveis de fontes renováveis, buscando
esclarecer as possibilidades do uso dessa inovação por parte das empresas estudadas, a seguir identificar
de que maneira elas podem se adaptar e promover mudanças, e por ouro lado conhecer a posição dos
consumidores acerca do assunto. Posteriormente confrontar as idéias, estabelecendo uma possível solução
para o tema, e ao final avaliar se as empresas e consumidores irão embarcar nessa que será mais um passo
no uso de materiais biodegradáveis e de fontes renováveis.

2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 PLÁSTICOS BIODEGRADÁVEIS
A partir da segunda metade do século XX, o mundo começava a passar por uma crise ambiental e
social e com isso a Organizações das Nações Unidas (ONU) começou a realizar estudos sobre as mudanças
climáticas, fazendo com que o termo desenvolvimento sustentável surgisse (BARBOSA, 2008). Na
Comissão Mundial para o Meio Ambiente e do Desenvolvimento (CMMAD), presidida pela norueguesa
Gro Haalen Brundtland, durante a preparação para a Conferência das Nações Unidas, popularmente
conhecida como “Rio 92”, foi desenvolvido um relatório que ficou conhecido como “Nosso Futuro
Comum”. Nesse relatório está presente a definição mais clara sobre desenvolvimento sustentável: “o
desenvolvimento sustentável é aquele que atende ás necessidades do presente sem comprometer às
possibilidades das gerações futuras atenderem suas próprias necessidades” (BARBOSA, 2008, p.1e2).
BARBOSA (2008) fundamenta ainda que apesar de ser uma questão ainda em discussão, por não
definir quais são as reais necessidades presentes e futuras, o relatório de Brundtland pediu a atenção do
mundo no estudo de novas fontes de desenvolvimento econômico, sem a redução de recursos naturais, e
sem danos ao meio ambiente. Para além desse objetivo central que é o desenvolvimento econômico

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sustentável, deve ser levada em consideração a proteção ambiental e equidade social.


No entanto, sendo tais dificuldades visíveis o relatório acima foi amplamente criticado por
apresentar como causa da situação de insustentabilidade do planeta, o descontrole populacional e a miséria
dos países subdesenvolvidos, colocando o assunto da poluição ocasionada pelos países desenvolvidos em
segundo plano (ACSELRAD,1999).
Todo esse assunto indigesto e conflituoso já era previsto muitos anos atrás, foi em (1976) no “III
Relatório do Clube de Roma” afirmava que: “ Muito antes de esgotarmos os limites físicos do nosso
planeta, ocorrerão graves convulsões sociais provocadas pelo grande desnível existente entre a renda dos
países ricos e dos países pobres”(VEIGA, 2005).
Vale lembrar que a conferência de Ottawa em (1986) estabelece cinco requisitos para alcançar o
desenvolvimento sustentável, que seriam: a integração da conservação e do desenvolvimento, satisfação
das necessidades básicas humanas, alcance da equidade e justiça social, provisão da autodeterminação
social e da diversidade cultural, e por fim a manutenção da integração ecológica OTTAWA (1986).
Para a CMMAD (1991), o conceito de desenvolvimento sustentável possui os seguintes objetivos:

• Crescimento renovável;
• Mudança de qualidade do crescimento;
• Satisfação das necessidades essenciais por emprego, água, energia, alimento e saneamento
básico;
• Garantia de um nível sustentável da população;
• Conservação e proteção da base de recursos;
• Reorientação da tecnologia e do gerenciamento de risco;
• Reorientação das relações econômicas internacionais (CMMAD,1988,1991)

O desenvolvimento sustentável não é um estado fixo de harmonia, mas sim um processo de


transformações, onde se compatibiliza a exploração de recursos, o gerenciamento de investimento
tecnológico e as mudanças institucionais com o presente e o futuro (CANEPA, 2007).
A pobreza e a degradação ambiental estão entrelaçadas, portanto a conservação ambiental e o
desenvolvimento econômico são temas que devem ser tratados de forma conjunta. Os problemas
ecológicos e culturais são decorrentes dos problemas econômicos e sociais. A junção dos aspectos
ambientais e do desenvolvimento levará a uma qualidade de vida mais digna para a sociedade. É um cenário
que envolve o governo, empresários e a comunidade (VEIGA, 2005).
Na história do planeta á séculos vem sendo de melhorias, aparentemente lento aos olhos humanos,
pode-se afirmar que isso acontece primeiro porque se dá pouca importância ás coisas benéficas, ou se está

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mais concentrado em destruir do que construir, ou será que o tempo de vida seja curto mesmo. São questões
que até hoje não tem resposta (GORE AL, 2006).
Por sua vez entende-se que as primeiras revoluções foram a agrícola, seguido pela industrial,
tecnológica, e agora a da informação, tudo isso em um pouco mais de trezentos anos, chegando agora a
hora de reformular a idéia de somente produzir sem pensar em sustentabilidade. Por muitos anos o plástico
vem sido usado pelas indústrias como uma alternativa mais barata ao alumínio e vidro, porem econômico
para o bolso de todos, mas um custo gigantesco para o ecossistema, apesar de nos últimos anos haver uma
atenção maior sobre essas conseqüências, milhares de toneladas de plástico derivados de recursos fósseis
estão sendo descartados no meio ambiente (BEZENA, BURSZTYN, 2000).
De fato o real problema desses plásticos é que demoram em torno de quinhentos a mil anos para se
decompor, e a questão era: se haveria alternativa de produzir embalagens que pudessem ser deterioradas
em menos tempo, e foi isso que SugiantoTandio, Indonésio, e diretor da empresa Tinta Marta, percebeu e
tentou desenvolver. Ex-funcionário da grandiosa 3M, mundialmente conhecida, ele com tantos anos de
experiência em plásticos e embalagens, sentindo-se com uma percentagem de culpa de tal destruição,
resolveu então desenvolver o projeto Ecoplas com a proposta de produzir embalagens consumidas pela
natureza em menos de dez dias, e foi o que fez, com sua mente brilhante desenvolveu plástico
biodegradável a partir de um recurso renovável e de fácil produção, essas embalagens tem como base a
mandioca, embora seja um pouco mais caro que o normal, reduz e muito os danos no meio ambiente.
Sugianto Tandio percebeu que para além de sua descoberta facilitar a vida das pessoas, iria somente essa
ajudar a diminuir um bom percentual da poluição que se produz no planeta, e por isso aplica até hoje parte
dos lucros de Tinta Marta em pesquisas para o desenvolvimento de embalagens biodegradáveis
(HYPENESS, 2014).
Neste contexto percebe-se, que a palavra sustentabilidade se tornou um dos principais assuntos a
serem discutidos, a fim de que haja uma melhora considerável nas atitudes dos seres humanos em relação
ao ambiente onde vivem, os produtos biodegradáveis se tornam um dos expoentes de toda essa nova
geração contagiada com o pensamento verde. Assim sendo deve-se entender o que são produtos
biodegradáveis, sua importância e contribuição ao meio ambiente, nesta parte do presente trabalho busca-
se respostas para todas essas perguntas.
Nas abordagens de Pereira (2007) biodegradável é a junção da palavra “bio” com “degradar”, bio
significa vida, “degradar” quer dizer deteriorar ou diminuir gradativamente, de uma forma mais simples
de se entender biodegradável seria a vida em deterioração. A pesquisa feita pela UEC, juntamente com a
CRF (Universidade Estadual da Califórnia), e pela (Fundação e Pesquisa Chico) em (2007), afirmam que
esse termo caracterizaria a decomposição natural de materiais no ambiente, por meio de bactérias e fungos,
e esse tipo de matéria seria desenvolvido por meio de recursos encontrados no meio ambiente mesmo, que
se regeneram de forma contínua e rápida. Os produtos desenvolvidos de forma biodegradável são de fontes

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renováveis, á partida se entende como renováveis recursos como o vento, a luz solar, a água entre outros,
mas esses produtos são desenvolvidos a partir de componentes naturais, como plantas e animais, ou seja,
produtos benéficos ao meio ambiente. Produtos esses que têm uma facilidade maior de decomposição são
compostos de produtos orgânicos, que em contato com o solo seus agentes biológicos naturais facilitam a
degradação, evitando a contaminação do solo (UEC, CRF, 2007).
Plástico biodegradável pode ser definido como resinas, cujos componentes são derivados de
matérias primas de fontes renováveis, podendo ser de vegetais ou animal, tais como o amido, a celulose, e
fibras animais ou vegetais, ou seja, recursos encontrados em abundância na natureza. O processo de
produção em escala desses plásticos substituiria tranquilamente a industrialização de resinas de fontes não
renováveis, como petróleo (BRITO et al, 2011, p.2).
Ainda de acordo com os autores Brito et al (2011, p.2), para que seja biodegradável os plásticos
tem de ter como componentes resinas que em contato com o solo, os micro-organismos com uma certa
umidade, em contato com o ar, e a luz solar, ao contrario como que acontece com as resinas petroquímicas,
consigam decompor em no máximo cento e oitenta dias, de acordo com as normas internacionais. Para
além desse detalhe os plásticos biodegradáveis, de acordo com as recomendações da Avaliação do
Desempenho de Embalagens Plásticas Ambientalmente Degradáveis e de Utensílios Plásticos Descartáveis
para Alimentos, não poderão tais plásticos ser descartados em aterros comuns ou na natureza, segundo a
avaliação não são locais ideais para a degradação desses materiais, e sim deverão ser depositados em
ambientes de compostagem (UEC, FPC, 2007).
Caracterizam-se biológicos, matérias no qual o carbono vem de fonte biológica, ou seja, não fósseis,
os chamados polímeros biodegradáveis:

Polímeros biodegradáveis são polímeros nos quais a degradação resulta da ação de


microorganismos de ocorrência natural como bactérias, fungos e algas, podendo ser consumidos
em semanas ou meses sob condições favoráveis de bio-degradação. Eles podem ser provenientes de
fontes naturais renováveis como milho, celulose, batata, cana de açúcar, ou serem sintetizados por
bactérias [...] respectivamente, ou até mesmo serem derivados de fonte animal, como a quitina, a
quitosana ou proteínas.( BRITO et al,2011, p. 2 ).

O Ministério do Meio Ambiente (2015) acrescenta que todos estes recursos são encontrados
facilmente em território Brasileiro, e pela extensão do mesmo, com uma enorme capacidade produtiva.

2.2 BIODEGRADÁVEIS NO BRASIL


Algumas pesquisas apontam o plástico comum como um grande vilão para o meio ambiente, pois
demoram milhares de anos para se decompor na natureza. Pensando nisso algumas fábricas já estão
produzindo embalagens derivadas de fibras vegetais, óleos, e até resinas de fontes de reflorestamento. Seu
maior benefício é que sua decomposição acontece completamente e bem mais rápida, contribuindo para o
não acumulo de lixo no planeta, no entanto se por um lado reduz a poluição no solo com sua decomposição,

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provocam o chamado efeito estufa devido á liberação de gás metano durante o processo de degradação, e
a liberação desse gás acontece proporcionalmente á aceleração do processo do mesmo, portanto quanto
mais produto se decompõem mais gás é liberado (BRITO et al, 2011, p.2).
Apesar de esses estudos mostrarem algum tipo de desvantagem, os produtos biodegradáveis
representam uma infinidade de vantagens ambientais sobre os produtos convencionais, especialistas
comprovaram que esse detalhe do gás metano poderá ser usado em favor da população, desde que os
produtos biodegradáveis sejam acondicionados em aterros sanitários próprios para que o gás proveniente
de decomposição seja aproveitado para gerar calor ou energia, tendo um impacto mais reduzido no meio
ambiente (ECODESENVOLVIMENTO, 2012).
Com todas as pesquisas apontando os biodegradáveis como uma solução solida e com argumentos,
somente isso não trará o controle absoluto da poluição. Segundo Pereira (2007), ainda hoje existem
controvérsias que apontam as embalagens biodegradáveis não sendo a melhor solução, admitindo é claro
que já foi feito avanços significativos que contribuem no aprimoramento das embalagens dos produtos
utilizados. Na realidade eles preferem antes mesmo de pensar na composição química ou biológica, ou até
mesmo no tipo de descarte, voltar o olhar para a redução do consumo e dar preferência aos produtos e
embalagens reutilizáveis. Existe uma infinidade de práticas sustentáveis que preservem o meio ambiente,
práticas simples que são extremamente importantes, pois o planeta vem sofrendo constantemente danos
que o próprio ser humano causa, e sua reparação sem o auxilio de todos poderá levar séculos para se restituir
completamente (UEC, FPC, 2007).
A partir da pesquisa, simples atitudes imediatas podem ser tomadas para diminuir esses danos,
como a utilização de sacolas biodegradáveis, uma vez que elas reduzem o tempo significativamente de
decomposição ao contrário das comuns que levam décadas e até séculos. Por esses motivos acabam sendo
uma alternativa sustentável, uma vez que não deixam nenhum resíduo prejudicial no meio ambiente.
A questão é: que atitudes simples podem ser tomadas numa forma de ajudar a preservar o
ecossistema? Segundo Pereira (2007) a idéia principal é aos poucos ir substituindo as sacolas plásticas
descartáveis por sacolas realmente biodegradáveis, (pesquisas estão sendo feitas no Brasil para a produção
de plásticos a partir de fibras de cana de açúcar e amidos de milho) numa forma de aos poucos ir
introduzindo-as no mercado.
Canepa (2007) argumenta que a participação espontânea do Brasil na ciência dos biodegradáveis
ainda é muito pequena, mas alguns estados já vêem aprovando o uso de determinadas sacolas ecológicas
ou biodegradáveis, as conhecidas “sacolinhas”, com o objetivo de minimizar os impactos causados ao meio
ambiente. Essas sacolas são feitas de materiais que se decompõem em contato com a luz, a umidade e o
oxigênio. A grande maioria dos estabelecimentos como padarias, supermercados, drogarias, e lojas tiveram
que se adequar a tais regras. Portanto, conscientemente pode-se ajudar o meio ambiente dando preferência
a produtos embalados por plásticos biodegradáveis, como utensílios de cozinha, sabão, detergentes,

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plásticos, sacolas plásticos, entre outros, para além de poder reciclar alguns deles.

2.3 EMBALAGENS BIODEGRADÁVEIS


Pereira (2007, p.2) argumenta que o interesse é tanto que segundo pesquisas já existe embalagens
que podem ser decompostas juntamente com seu conteúdo, quando o produto termina a validade ou se
deteriora, ou outras que simplesmente podem ser consumidas junto com o produto, as chamadas
embalagens comestíveis. Por iguais razões outros processos vêm sendo desenvolvidos e com bastante
repercussão, como é o caso das laminas de plástico que podem ser misturados na terra com o composto,
juntamente com as sementes. Na jardinagem não é diferente aonde adubos orgânicos de origem de
compostagem vem sendo muito usados (ECODESENVOLVIMENTO, 2012).
No caso da medicina tem se observado que á muito tempo vem sendo usado em suturas materiais
absorvíveis, ou no caso das cápsulas de embase de medicamentos que usam amido de cereais que são
facilmente absorvidas pelo corpo humano. No entanto passa despercebida toda essa inovação
(ECODESENVOLVIMENTO, 2012).
Percebe-se que as embalagens de produtos de limpeza são de difícil degradação e nocivos ao meio
ambiente, são compostos por derivados de petróleo, poluem principalmente os rios, uma vez que os
detergentes em geral e outros produtos são descartados junto à rede de esgoto e muitas vezes não recebem
tratamento adequado. Os materiais de limpeza biodegradáveis por sua vez utilizam compostos naturais e
se decompõe facilmente na natureza, observando sempre se as embalagens dos produtos também são
biodegradáveis (ECODESENVOLVIMENTO, 2012).
Como em todo o processo seja industrial ou manufatureiro, existe sempre uma contra partida e nas
embalagens biodegradáveis á possibilidades de ocorrer degradação precoce, principalmente em matérias
foto-degradáveis o que poderá resultar em diminuição da performance da embalagem, ficando menos
apelativa. Pode também essas embalagens no momento de sua triagem, acabarem sendo incorretamente
separadas e serem incluídas nos resíduos para reciclagem, ou até o contrário enviado para centros de
compostagem contaminando igualmente o solo. Portanto terá de haver uma informação do uso correto e
ensinar a população a dar o destino certo a estas inovações, senão nada terá valido a pena (MMA, 2015 p.
1).
Por fim, conforme Barbosa (2008) ressalva, a importância do documento que foi escrito na “Rio
92” com uma grande participação de organizações não governamentais e representantes da sociedade civil
chamada de “A Carta da Terra”, referenciava a importância do meio ambiente, sendo retificada pela
UNESCO e aprovada pela ONU em 2002:

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve
escolher seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro
enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos

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reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma
família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para
gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos
universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo
que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a
grande comunidade da vida, e com as futuras gerações (A Carta da Terra, 2002, p.1).

3 ESTUDO DE CASO
O presente artigo buscou embasamento em um assunto cada vez mais difundido, as embalagens
biodegradáveis de fontes renováveis. A pesquisa baseou-se em dados municipais, chegando ao numero de
20 empresas do ramo supermercadista e 31 confecções na cidade de São Lourenço do Oeste estado
Catarinense, município esse com aproximadamente 22.000 habitantes, e com um território geográfico de
361.067 quilômetros quadrados, dados da Prefeitura Municipal de São Lourenço do Oeste SC (2015).
Este estudo caracteriza-se como um estudo qualitativo quanto ao problema, por utilizar técnicas de
pesquisas científicas e artigos sobre as embalagens biodegradáveis de fontes renováveis, exploratório por
ter o objetivo de buscar informações sobre os produtos biodegradáveis, através de opiniões de diversos
autores que argumentam sobre o assunto, aonde os mesmos, por ter conhecimento ajudam a incrementar o
artigo desenvolvido. Quanto ao procedimento, para um melhor aprofundamento e esclarecimento do artigo,
o autor usou o método de estudo de caso, por serem as embalagens biodegradáveis de fontes renováveis
um assunto pertinente da pesquisa, requerendo tal método.
O artigo limitou-se apenas a algumas empresas do município de São Lourenço do Oeste e a seus
consumidores, devido ás embalagens biodegradáveis de fontes renováveis estarem diretamente ligadas ás
práticas dessas empresas, oportunizando de maneira mais coerente o artigo, através da coleta de dados.
Como neste caso os supermercados e confecções são de um numero pouco relevante, como tal, foi realizado
um questionário com perguntas simples e de fácil compreensão, do tipo abertas e fechadas, com a intenção
de saber se existe o conhecimento da parte dessas empresas sobre esse tipo de embalagens, e ao mesmo
tempo se conhecem seus benefícios.
Conforme o andamento dos questionários achou-se necessário para um maior incremento de
informações do artigo, á analise do conteúdo primário e secundário na sua amplitude. Com o retorno, houve
a sua interpretação e demonstração através de gráficos, com a pretensão de definir qual o percentual das
empresas que conhecem as embalagens e seus benefícios, quais utilizam no dia a dia, e no caso de as
utilizarem, demonstrar quais os materiais utilizados. Tudo isso para ter uma idéia ampla da situação atual
das empresas e sua posição quanto ás embalagens biodegradáveis de fonte renováveis, e da mesma forma
conhecer o lado do consumidor, numa tentativa de obter resultados consolidadores.

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4 RESULTADOS
Em meio ao tema explorado, as embalagens biodegradáveis de fontes renováveis na cidade de São
Lourenço do Oeste, veio a necessidade de coletar dados sobre o assunto como forma de clarear o artigo e
ajudar no embase do mesmo. Foi então através da elaboração e aplicação de questionário desenvolvido
pelo autor, com perguntas especificas e direcionadas ás empresas do ramo de Confecção e Supermercado,
bem como seu público, que puderam auxiliar o seu desenvolvimento. Tais informações após tabuladas e
devidamente interpretadas foram anexadas ao artigo por meio de gráficos, com o intuito de facilitar a
interpretação através do visual. Com isto busca-se o objetivo principal analisar a utilização dos plásticos
biodegradáveis de fontes renováveis, pelas empresas do município de São Lourenço do Oeste.
A importância de se fazer uma pesquisa acontece quando se escolhe um assunto ou problema, como
é o caso dos plásticos biodegradáveis de fontes renováveis, que envolve opiniões e consensos diferentes, e
por ser a análise científica generalizada, faz-se necessário e válido a pesquisa qualitativa. Portanto é válida
e importante a análise de dados atuais e realistas, de opiniões dos usuários e empresários que fazem uso de
tais embalagens.
Com a análise dos questionários percebeu-se que aproximadamente 70% das empresas pesquisadas
têm de 6 a 10 anos ou mais de atividade, nos segmentos confecção e supermercado no município
pesquisado. No entanto em meio á pesquisa pode-se observar que a maioria dos empresários questionados,
conhecem ou já ouviram falar sobre os plásticos biodegradáveis de fontes renováveis, entendendo-se assim
que a difusão do assunto pesquisado não é de todo uma incógnita.
Por outro lado para que exista uma interpretação mais solida, o comparativo se torna interessante
entre empresas e seus consumidores. Então a mesma questão fora apurada aos consumidores das empresas
questionadas, e o resultado é equivalente como se pode perceber através dos resultados obtidos, descobriu-
se que 90% dos consumidores conhecem ou já ouviram falar acerca das embalagens biodegradáveis de
fontes renováveis. E após o esclarecimento quanto ao conhecimento das embalagens buscou-se saber de
que forma as empresa e seus consumidores obtiveram tal informação, numa intenção de entender a forma
inicial da solidificação das bases do conhecimento em relação aos plásticos biodegradáveis de fontes
renováveis.
Entretanto ao serem questionados sobre como obtiveram tal conhecimento pode-se observar que a
mídia tem um papel importante na divulgação dessa nova e recente tendência para o lado dos plásticos
biodegradáveis de fontes renováveis, constatando-se que mais de 80% dos questionados responderam que
foi através da mídia que ficaram sabendo da existência de tais produtos, podendo representar esse meio de
comunicação, a televisão, a rádio, internet, ou seja, qualquer meio social. Resultado esse que veio
consolidar a idéia de que existe um lado positivo da mídia, na difusão de novas tendências em relação ás
novas tecnologias de prevenção ao meio ambiente, através da divulgação de soluções práticas como os
plásticos biodegradáveis de fontes renováveis.

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Através desse resultado entende-se que esses meios estreitam a relação entre consumidores e novas
soluções ambientais, para alem de mudar atitudes e opiniões das empresas levando ou seu conhecimento
as melhorias a serem implementadas em prol da vontade de seu consumidor. Partindo desse contexto é
possível afirmar que o domínio da informação está diretamente ligado ao poder de interferir e reorientar as
relações humanas e da sociedade com a natureza. Donde se pode inferir que a influência dos meios de
comunicação ajuda a humanidade a tomar conhecimento dos problemas ambientais e a procurar rediscutir
os seus modelos de desenvolvimento e de atuação na preservação do meio ambiente (FERNANDES, 2001).
Como se pode perceber no Gráfico1 a maioria das empresas se preocupam com a questão ambiental,
resultado esse, fruto da divulgação e conscientização das mesmas a partir da difusão da informação. Dado
expressivo como esse são cada vez mais comuns e com a tendência a aumentar gradativamente conforme
as exigências não só governamentais, mas também a conscientização civil (FERNANDES, 2001).

Gráfico: 1 Preocupação com o meio ambiente ou por questões ambientais por parte das empresas

Fonte: Dados da Pesquisa (2015)

Do mesmo modo a pesquisa procurou saber a opinião dos consumidores, e da mesma forma apurou-
se que os consumidores também se preocupam com o meio ambiente, representando esse dado 70 % dos
consumidores. Nessa apuração foram questionados os clientes habituais dos segmentos comerciais
estudados, e notou-se que a maioria são mulheres com a idade entre os 21 e 30 anos, com renda mensal
media de um a três salários mínimos, com o ensino superior incompleto.
Embora o nível de conhecimento sobre os plásticos biodegradáveis de fontes renováveis seja
considerável e a preocupação com o meio ambiente elevada da mesma forma, apurou-se que mais de 70%
das empresas não utilizam embalagens biodegradáveis ou até mesmo embalagens oriundas de fontes
renováveis. No entanto quando comparado com os dados dos consumidores que verificam se os produtos
que consomem se utilizam de embalagens provenientes de plásticos biodegradáveis de fontes renováveis,

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descobre-se que somente 13% dos consumidores costumam observar tamanho detalhe.
Atitudes como essas é que tornam as empresas como confecções e supermercados se acomodarem
e continuarem utilizando embalagens prejudiciais ao meio ambiente, fazendo com que indústrias de
embalagens ecologicamente corretas vejam seus produtos se acumularam nas prateleiras, esperando que
apenas os governos tomem as atitudes de restrição das embalagens poluentes, sendo que seria da
responsabilidade da população tal intervenção e conscientização ECODESENVOLVIMENTO, (2015).
De acordo com o questionário aplicado, nota-se que realmente existe uma preocupação acerca dos
malefícios causados pelas embalagens plásticas ou plásticos de fonte fóssil, e que deveria haver uma
mudança de hábitos por parte dos consumidores. Porem á partida a pesquisa os consumidores concordaram
parcialmente quando o assunto se refere ao valor agregado ao produto, pois praticamente 48% dos
entrevistados não estão dispostos a pagar mais caro por os produtos embalados com embalagens
biodegradáveis ou de fontes renováveis como mostra o Gráfico 2.

Gráfico: 2 Consumidor que pagam mais caro por produtos que possuam embalagens de origem biodegradável

Fonte: Dados da Pesquisa (2015)

Em análise ao Gráfico 2 torna a contra partida das empresas aceitável, pois os comércios buscam a
obtenção de lucros, e não é nada viável perder clientes, por o produto agregar um custo a mais por utilizar
uma embalagem de origem biodegradável. Empresas que fizessem uso estariam em desvantagem em
relação ás empresas que não se utilizam desse tipo de embalagens, tornando assim o seu produto mais caro
e como tal venderia menos do que aquelas que têm seus produtos embalados de maneira tradicional.
Portanto essa mudança não depende exclusivamente das empresas, e sim dos consumidores que terão de
mudar o conceito de consumismo inconsciente. O Gráfico 3 é um retrato dessa realidade, quando
questionadas sobre a demanda por essas embalagens por parte dos clientes as empresas afirmaram que
existe uma procura, mas tem muito para melhorar, uma vez que o interesse ainda é da minoria.

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Gráfico: 3 Consumidores que utilizam produtos ou embalagens derivados de plásticos biodegradáveis de fontes renováveis.

Fonte: Dados da Pesquisa (2015)

Questionadas sobre qual seria a solução mais eficaz a curto prazo que solucionaria esse problema
comercial/ambiental, dentre alguns proprietários e gerentes dos comércios pesquisados, o Sr. Pedro (2015)
admite que teria de ser uma conscientização não só dos empresários como também do consumidor, pois a
minoria das empresas que utilizam esse tipo de embalagem sofrem com a concorrência que não faz uso dos
plásticos biodegradáveis de fonte renovável, acabando as empresas que utilizam desistindo e voltando ao
modo tradicional por uma questão de diminuição dos custos que resulta no aumento dos lucros para a
empresa. Porem esses empresários observando o cenário atual acreditam que a longo prazo irá acontecer
uma mobilização de um todo para as questões ambientas, e sem duvida que os plásticos biodegradáveis de
fontes renováveis estarão em pauta, porem infelizmente á força da lei, ou seja, uma obrigação legal.
Perante o decorro veio a curiosidade de identificar se as empresas questionadas utilizavam alguma
estratégia de marketing, numa forma de divulgação desses produtos, ou até mesmo em beneficio de seu
próprio negócio. Percebeu-se em meio aos questionários que 93% das empresas responderam que nunca
usaram as embalagens biodegradáveis de fontes renováveis, ou seja, qualquer segmento de produtos
recicláveis, para beneficiar sua organização. Tal dado por mais que seja relevante equiparado á quantidade
de empresas que não utilizam os produtos ou embalagens biodegradáveis de fontes renováveis que foi de
70% dos questionados, encontra-se ai o propósito do relevante dado diagnosticado.
Do mesmo modo como resposta dos consumidores de S. Lourenço do Oeste notou-se que
propagandas promotoras de orientação para o consumo de produtos portadores de embalagens
biodegradáveis de fontes renováveis, e até mesmo as empresas que promovam a quebra do paradigma das
embalagens comuns, usando as sacolas biodegradáveis para o acomodamento das mercadorias, não é o
suficiente para que exista uma preferência na hora da compra, uma vez que representou apenas 19% dos
questionados que admitem dar preferência para as empresas que buscam melhorias quanto ao uso das
embalagens comuns prejudiciais ao meio ambiente. Para estes o valor do produto acrescido por portar
embalagens que agridam menos o meio ambiente, como é o caso das embalagens biodegradáveis de fontes
renováveis, se torna relativo. Segundo os mesmos o importante mesmo é a preservação do meio ambiente,

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e se a grande maioria dos consumidores fizesse o mesmo provocaria uma maior demanda por esse tipo de
embalagens, forçando com que as empresas aderissem a essa nova modalidade, e em longo prazo ocorreria
a diminuição gradativa dos custos das embalagens biodegradáveis inseridos nos produtos.
Em resumo, em meio aos resultados através da pesquisa, percebe-se no geral que as mudanças de
comportamento são necessárias e bem vindas por ambas as partes, consumidores e empresas, restando
apenas a mobilização individual para a futura reestruturação de hábitos benéficos ao eco-sistema. Segundo
Al Gore (2006) tentar achar desculpa para tudo é uma atitude simples, o complicado é entrevir e optar por
uma postura ou personalidade própria, tarefa difícil nos dias atuais. Olhar em volta e dizer ”porque que eu
irei tomar uma atitude se meu vizinho também não o faz”, a grande mudança começa por ai conscientização
parte de pequenas unidades, e se juntando com mais unidades faz dezenas e das dezenas, centenas e por ai
a diante, fluxo esse capaz de modificar parcialmente o equilíbrio de nosso eco-sistema.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após analisar diversos autores citados ao longo do artigo, que argumentam sobre os conceitos dos
produtos biodegradáveis, e em meio á pesquisa desenvolvida com o público empresarial e consumista, os
executores deste artigo chegaram á conclusão que existe uma falha quanto á divulgação benéfica dos
produtos biodegradáveis e de fonte renováveis, e como conseqüência percebe-se o desinteresse de mudar
velhos hábitos, que acabam prejudicando o meio ambiente.
Quanto aos objetivos pode-se afirmar que de maneira geral foram atingidos. Levando em
consideração o primeiro objetivo, pode-se identificar que algumas empresas utilizam as embalagens
biodegradáveis de fontes renováveis e mais do que isso, elas apóiam seu uso, mas ou mesmo tempo
identificam alguns entraves e alguns desafios na quebra de tabus. Para tal, por meio da pesquisa percebe-
se que a aceitação dos produtos renováveis pelas empresas e seus consumidores na cidade de São Lourenço
do Oeste é positiva, e essas embalagens estão presentes no dia a dia dos supermercados e confecções, sendo
mais significativo nos supermercados, por comercializar e dispor das “sacolinhas” oriundas de plásticos
biodegradáveis de fontes renováveis.
Considerando o ultimo objetivo, a identificação das vantagens e desvantagens na utilização dos
plásticos biodegradáveis de fontes renováveis, entende-se que a argumentação por parte dos autores
referenciados basta, pois seus benefícios são indiscutíveis, e sua utilização é mais que urgente, é um ato de
sanidade. Para isso não basta só o reconhecimento das enumeras vantagens dos plásticos e embalagens
biodegradáveis de fontes renováveis, mas também a utilização no dia a dia da população. À partida, uma
intervenção municipal através de uma lei orgânica elaborada, discutida, e acertada com a população e
comerciantes, poderão auxiliar em uma intervenção mais efetiva quanto ao uso das novas embalagens. Para
Al Gore (2006), uma vez que a conscientização é plena e as atitudes presunçosas e imediatistas, restam
apenas o auxilio de medidas legais, para fazer valer uma idéia tão simples e sublime como os plásticos

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biodegradáveis de fontes renováveis, que auxiliam na preservação do meio ambiente.


A sugestão é a proibição imediata da distribuição e venda de sacolas plásticas e qualquer outro tipo
de embalagem de fonte não renovável, tendo sempre em mente é claro que, ao passo que se proíbe algo,
tende-se a elaborar uma solução antecipadamente, na busca de soluções que beneficie um todo, esse todo
principalmente o meio ambiente.

AGRADECIMENTOS
Agradeço inicialmente ao meu professor orientador Cleberton Franceski e á UNOCHAPECO-
Universidade Comunitária da Região de Chapecó pelo incrível trabalho prestado, e como exemplo de
instituição de ensino no Brasil.

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