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Resumo: A presente pesquisa divide-se em três partes: a primeira, baseada nos escritos de Deleuze &
Guatarri, trata-se da arte e do papel do artista contra a opinião, trazendo recortes do caos ao sensível afim
de provocar afetos. Na segunda parte, tratará do conceito de angústia para Heidegger como fundamental
para a saída do homem da decadência. Na terceira parte, apresentará uma saída para o estado de angústia,
presente no momento de pandemia, através da concepção de afetos a partir da criação e da experiência
estética.
‘’O olho vê o mundo, e o mundo que falta para ser quadro, e o que falta ao
quadro para ser ele próprio, e sobre a paleta, a cor que o quadro espera. E ver
uma vez feito o quadro que responde essas faltas, e ver nos quadros dos
outros, as respostas ás outra e outras faltas’’ (Merleau Ponty, 2014, p.)
"Se o cinábrio fosse ora vermelho, ora preto, ora leve, ora pesado..., minha
imaginação não encontraria a ocasião para receber, no pensamento, o pesado
cinábrio com a representação da cor vermelha." (DELEUZE, 1991, p.)
...
Angústia
“a essência da técnica também não é de modo algum algo técnico. E por isso
nunca experimentaremos nossa relação para com a sua essência enquanto
somente representarmos e propagarmos o que é técnico, satisfizercemos-nos
com a técnica ou escaparmos dela. Por todos os lados, permaneceremos, sem
liberdade, atados a ela, mesmo que a neguemos ou a confirmemos
apaixonadamente. Mas, de modo mais triste, estamos entregues à técnica
quando a consideramos como algo neutro, pois essa representação, à qual
hoje em dia especialmente se adora prestar homenagem, nos torna
completamente cegos perante a essência da técnica. ”
A tecnologia não é algo ruim, porém, sua reprodução passiva pode levar
o ser a uma vida de subserviência e repetição automática, de sujeição às coisas,
deixando de lado justamente o cuidado de si e as possibilidades de ser.