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Prezado (a) Aluno(a),

Você fará agora seu TESTE DE CONHECIMENTO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não
valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha.

Após responde cada questão, você terá acesso ao gabarito comentado e/ou à explicação da mesma.
Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.

1. Com relação aos estereótipos sobre o continente africano e às historias do


personagem Tarzan, leia, com atenção, as afirmativas abaixo:

I. Por diversas razões, a África de Tarzan continua presente até os dias de


hoje. Um exemplo disso é o fato de muitas crianças em idade escolar
avançada (e por vezes até adultos) não saberem precisar se a África é
um país ou um continente.

I. Os tempos da África de Tarzan ficaram definitivamente para trás. Hoje, é


do conhecimento de todos que a África é um continente diversificado, com
várias culturas e sociedades diferenciadas.

I. Ainda que a África possua florestas densas e seja habitada por leões,
macacos e elefantes, caracterizá-la unicamente como uma grande selva
seria um erro ao mesmo tempo geográfico e histórico.

Assinale, abaixo, a opção que contém as afirmativas corretas.

As afirmativas II e III estão corretas.

As afirmativas I e III estão corretas.

As afirmativas I, II e III estão corretas.

As afirmativas I e II estão corretas.

Somente a afirmativa II está correta.

Explicação:

A resposta correta é a opção c, isto é, as afirmativas I e III estão corretas. A afirmativa II não está correta
porque, na verdade, a África de Tarzan continua presente nos dias de hoje, como nos ensina a afirmativa
I. Ver telas 7 e 8 da aula online 1.

2. No princípio, era o principal componente da cultura regional popular entre os


brasileiros de origem africana, mas logo o Samba de Roda foi adotado pelos
migrantes procedentes do Rio de Janeiro e influenciou a evolução do samba urbano,
que se converteu em símbolo da identidade nacional brasileira no século XX. (...)

Uma das características desse samba é que os participantes se reúnem em um


círculo chamado roda. Geralmente, apenas as mulheres dançam. Uma por uma,
elas vão se colocando no centro do círculo formado pelos outros dançarinos, que
cantam e batem palmas ao seu redor. Essa coreografia frequentemente
improvisada se baseia nos movimentos dos pés, das pernas e dos quadris.

Um dos movimentos mais característicos é a famosa umbigada (movimento de


umbigo), de origem banto, pelo qual a dançarina convida quem vai sucedê-la no
centro do círculo. Existem outros detalhes específicos, como canções típicas, o
passo de dança chamado miudinho, a utilização de instrumentos raspados e a
viola machete, um tipo de viola pequena, originária de Portugal, e canções.

http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/intangible-
cultural-heritage-list-brazil/samba-de-roda-do-reconcavo-baiano/

A partir das informações acima acerca dessa manifestação cultural, marque a


alternativa correta.

Esse é um exemplo de que não se pode falar de uma cultura pura, original, pois as práticas sociais
são consequências das mais diversas interações e assimilações de povos, algo muito comum na
África pré-colonial.
Essa manifestação cultural não tem identidade africana pois é uma representação criada por
escravos no Brasil, sem conexões com as práticas culturais do continente africano.
O samba de roda no Recôncavo baiano não tem a sua importância como fonte histórica ou
manifestação cultural por ser uma imitação de algo que já existia entre escravos e seus
descendentes no Rio de Janeiro.
A prática cultural não pode ser identificada como de origem africana porque inclui elementos da
cultura europeia, do grupo étnico que participou da dominação de negros para escravidão.
Não há como falar de cultura de origem africana, como na referência à cultura dos bantos porque
não há registro escrito que aponte se tal prática realmente existia entre os bantos.

3. O termo África Branca pode ser considerado:

equivocada pois o norte da África é negro e o sul é branco

como uma boa forma de diferenciar a áfrica negra e islâmica

equivocada pois apesar de islâmicas os grupos eram morenos, não brancos.

um dado aceito pela historiografia pois isola a África em duas partes

equivocado, pois dá uma noção de unidades que não existem

Gabarito
Comentado

4. O diálogo da História com outras disciplinas, especialmente ao longo do século


XX, foi fundamental para ampliar o conhecimento sobre a história e a cultura do
continente africano. Sobre esse aspecto, podemos considerar:

I. As relações entre a História e a Antropologia são de grande valia para a


interpretação das diferentes culturas africanas;

II. O uso dos métodos arqueológicos é importante para análise da cultura


material das diferentes sociedades;
III. O diálogo da História com a Sociologia se mostra eficaz na identificação dos
grupos sociais que se encontram num nível de desenvolvimento mais avançado e
aqueles que ainda estão em estágio mais primitivo.

Apenas a afirmativa II está correta.

Apenas a afirmativa III está correta

Apenas as afirmativas I e III estão corretas

Apenas as afirmativas I e II estão corretas

Apenas a afirmativa I está correta.

5. Em relação ao momento em que homens e mulheres se colocaram como seres


históricos no mundo, é correto afirmar:

as pesquisas arqueológicas vêm apontando que a história humana teve início há um milhão de
anos, em várias regiões do globo terrestre, simultaneamente.
entre 4 e 6 milhões de anos atrás, surgiram na África os primeiros antepassados do ser hu-
mano com os quais teve início a história da humanidade
a história da humanidade teve início há um milhão de anos na região conhecida na Antigui-dade
como Mesopotâmia, quando se inventou a escrita
a invenção da escrita, da roda e do fogo é o que caracteriza os povos considerados com
história, que se estabeleceram às margens do Nilo, há milhares de anos.
o elemento preponderante no reconhecimento dos homens e mulheres como seres históri-cos é
invenção da linguagem, há cerca de 2 milhões de anos, no continente europeu.

Gabarito
Comentado

6. Os berberes eram tribos nativas que viviam espalhadas por toda a África do
Norte. Segundo o cronista muçulmano Ibn Khaldun (c. 1332-1395), os berberes
eram quase totalmente nômades:

...gentes que vivem em tendas e que viajam no lombo do camelo, e se instalam


nas alturas das montanhas (...) No deserto, a maioria da população mantém suas
genealogias, porque, de todos os laços que servem para vincular um povo, o de
sangue é o mais próximo e de maior força (...)

Os povos que experimentam a influência desse sentimento preferem sempre a


vida do deserto à das cidades... (IBN JALDÚN, 1997: 633).

Acesso em: 15/05/2019.

Sobre o trecho escrito pelo cronista islâmico, é CORRETO afirmar que:

é uma fonte secundária, pois o que deve prevalecer nas pesquisas sobre a África são as fontes
orais.

é um texto etnocêntrico.

é uma fonte sem validade pois não foi feito por um africano.
é um texto que discrimina o povo berbere por se vincularem ao parentesco por sangue e
preferirem o deserto à cidade.

é uma fonte descritiva sem o uso de uma metodologia para explicar o povo citado.

Explicação:

As fontes sobre a África de origem árabe não tinham como característica alguma metodologia de história,
mas eram relatos ouvidos por terceiros, descrições de viajantes; não havia um papel de confronto com a
relaidade local, o que não invalida a sua importância para a reconstituição de organizações e práticas
sociais, mas elas, sozinhas, não podem responder por esse passado.

7. Quando falamos de tradição em relação à história africana, referimo-nos à


uma tradição tal que nenhuma tentativa de penetrar a história e o espírito
dos povos africanos terá validade a menos que se apóie nessa herança de
conhecimentos de toda espécie, pacientemente transmitidos de boca a
ouvido, de mestre a discípulo, ao longo dos séculos. Esse trecho se refere à:

Pesquisa antropológica.

Pesquisa arqueológica.

Pesquisa sociológica.

História oral.

História escrita.

Explicação:

A resposta certa é a da letra a, ou seja, a História Oral, como pode ser verificado no texto em pdf disponível
na tela 16 da aula 1.

8. Por que sabemos tão pouco sobre a história da África? Segundo o antropólogo
Kabengele Munanga, as razões são:

Falta de fontes para se estudar a história da África

Ausência de interesse por parte dos africanos em divulgar sua história

Preconceitos, ignorância e uma questão ideológica ligada ao interesse colonizador.

Falta efetiva de história e cultura no continente africano

Inexistência de historiadores na áfrica interessados em produzir e divulgar a história africana

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