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PGRSS
Manaus – AM
2021
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CHARLES BELEZA
KLEYTHON ROBERTO UCHOA ALMEIDA
JULIANA DE SOUZA CHAVES
WARLEY FONTES MUNIZ
WILLIAM MARIM DE OLIVEIRA
PGRSS
CENTRO MÉDICO DE ONCOLOGIA
Manaus – AM
2021
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO........................................................................................................................................6
CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE....................................................................................................7
CAPACITAÇÃO......................................................................................................................................8
FEDERAL................................................................................................................................................9
ESTADUAL...........................................................................................................................................10
MUNICIPAL..........................................................................................................................................10
SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO.......................................................................................13
SÓLIDOS QUÍMICOS..........................................................................................................................15
MEDICAMENTOS VENCIDOS...........................................................................................................16
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ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO.................................................................................................18
SELEÇÃO DE MOTORISTAS..............................................................................................................20
EM CASO DE FOGO.............................................................................................................................21
DERRAMENTO OU VAZAMENTO....................................................................................................21
PRIMEIROS SOCORROS.....................................................................................................................21
RISCOS
AMBIENTAIS........................................................................................................................................22
MONITORAMENTO.............................................................................................................................23
DIAGNÓSTICO INCIAL......................................................................................................................24
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................................25
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SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ART - Artigo
CC – Centro Cirúrgico
CCA – Centro Cirúrgico Ambulatorial
CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
CCM – Centro Cirúrgico da Mulher
CME – Central de Material Esterilizado
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
COREN – Conselho Regional de Enfermagem
CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
CRESS – Conselho Regional de Serviço Social
CRF – Conselho Regional de Farmácia
CRM – Conselho Regional de Medicina
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
EPI – Equipamento de Proteção Individual
FISPQ – Ficha de Informações de Segurança para Produtos Químicos
LER/DORT – Lesão por esforço repetitivo/Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho
LTDA - Limitada
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego
MTR -Manifesto de Transportes de Resíduos
NBR – Norma Brasileira PA – Pronto Atendimento PC – Posto de Coleta
PGRSS – Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
POP – Procedimento Operacional Padrão
SCIRASS– Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
SESMT – Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho
SRPA – Sala de Recuperação Pós-Anestésica
UTI – Unidade de Tratamento Intensivo
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Introdução
Com os impactos causados pelo armazenamento e descarte incorreto de resíduos no
meio ambiente físico e a ausência de áreas para disposição final, são alguns dos fatores que
justificam e influenciam a criação de mecanismo para a correta gestão dos resíduos sólidos,
garantindo que os resíduos sejam descartados de forma adequada. O Plano de Gerenciamento
de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS é o documento integrante do processo de
licenciamento ambiental, que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos
sólidos, observadas suas características, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os
aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno,
armazenamento temporário, armazenamento externo, coleta interna, transporte externo,
destinação final ambiental adequado, bem como a proteção à saúde pública. Devem envolver
os setores de Saúde, CCIH, SESMT, possuindo ações de emergência e acidentes, controle de
pragas, controle químico, medidas preventivas e corretivas a saúde ocupacional.
Ele comprova a capacidade de uma empresa de gerir de modo ambientalmente correto
todos os resíduos que gera, oferecendo uma segurança de que os processos produtivos serão
controlados, minimizando a geração de resíduos na fonte, reduzindo e evitando grandes
poluições ambientais e suas consequências para a saúde pública. Segundo o conceito do
Ministério da Saúde do Brasil, os danos causados ao meio ambiente afetam toda a sociedade,
cujo modelo de organização individualista, consumista e descartável, dificulta o entendimento
por parte do cidadão da sua parcela de responsabilidade diante dos problemas ambientais. De
um modo geral, um PGRSS, se bem desenvolvido e aplicado é uma excelente ferramenta para
se minimizarem os riscos e impactos ambientais, bem como reduzir a ocorrência de acidentes,
sobretudo no manejo de resíduos de serviços de saúde (RSS), observando suas características,
no âmbito do estabelecimento, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como
a proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
Diante disso, o hospital apresenta uma geração contínua e inesgotável de resíduos que
requerem soluções técnicas e ambientalmente seguras de coleta, tratamento e disposição final.
Conforme literatura, só uma pequena parte destes resíduos necessita de cuidados especiais.
Sendo que uma adequada segregação diminui significativamente a quantidade de RSS
contaminados, impedindo a contaminação do total dos resíduos gerados. O Programa de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) pretende contribuir para
desenvolver o CMO - Centro Médico de Oncologia uma mentalidade voltada para a preservação
ambiental, através da discussão e conscientização em torno dos resíduos químicos gerados por
esta estabelecimento. Além de: racionalizar o consumo de material, diminuir a quantidade de
resíduos gerados, instrumentalizar as pessoas para aderirem ao programa de coleta seletiva,
prevenir e reduzir os riscos à saúde e/ou ao meio ambiente. Por ser um programa que visa a
minimização de resíduos, se pauta no princípio dos 3 Rs: Redução de consumo e desperdício,
Reutilização e Reciclagem.
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Objetivos
PGRSS tem como objetivo definir as normas e procedimentos para a correta destinação
de resíduos químicos na unidade. Visa ser um documento onde toda o estabelecimento e
usuários do CMO - Centro Médico de Oncologia encontrem: regulamentos, competências,
responsabilidades, procedimentos e documentos para o adequado gerenciamento dos resíduos
químicos nos seus respectivos locais de trabalho e pesquisa. Aplica-se, portanto, a todos os
departamentos e laboratórios da CMO. Buscando aderir as ações relativas ao manejo dos
resíduos de serviços de saúde (RSS), observando suas características, no âmbito do
estabelecimento, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como
a proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
Caracterização do Estabelecimento
Número total de funcionários 440
Condições de funcionamento Em atividade
Tipo de Serviço Tratamento de Câncer
Área total 3.518,06 m²
Licença Ambiental 4601706
Abastecimento de água pública Águas do Amazonas
Coleta de esgoto sanitário Rede publica
Capacitação
Os colaboradores participam de treinamento sobre aspectos contemplados neste
PGRSS. São abordados aspectos de legislação básica em vigor, definições, classificação e
potencial de risco do resíduo, manejo dos resíduos (segregação, transporte interno, tratamento
interno, armazenamento externo, destino final), formas de reduzir a geração de resíduos -
programa de reciclagem, reconhecimento dos símbolos de identificação das classes de resíduos,
medidas de prevenção de ocorrências de acidentes ocupacionais com ênfase na importância do
uso de EPIs, conforme Art. 91 da RDC ANVISA Nº 222, de 28 de março de 2018.
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Estadual
1. Resolução Normativa 001/98/DUS/SES. 4.3
Municipal
1. Lei nº 3.549/91 - Disciplina a coleta, destinação e tratamento do lixo.
Grupo A Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
(Resíduos características podem apresentar risco de infecção, tais como, gazes,
infectantes) equipos, cateteres, sondas, drenos, compressas, luvas, micro pores,
seringas e demais materiais médico-hospitalares que tenham entrado
em contato com secreções humanas.
Grupo B - Resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio
(Resíduos com ambiente, devido às suas características químicas, conforme
risco químico) classificação da ABNT NBR 10.004 – Resíduos Sólidos –
Classificação (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos) tais como
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Resíduos não perigosos que podem ser descartados no lixo ou em rede de esgoto
apresenta a listagem dos resíduos químicos que podem ser descartados sem tratamento,
bem como as condições e regras para esse tipo de destinação. Alguns tipos de resíduos
apresentam condições de serem tratados no laboratório gerador, formando produtos inertes que
podem ser descartados na rede de esgoto comum, de forma a minimizar o envio de resíduos
para o abrigo, como exemplo: soluções ácidas e básicas, soluções contendo metais
(precipitação), formaldeído, agentes oxidantes e redutores, glutaraldeído, entre outros. Estas
informações podem ser encontradas no documento suplementar, essas Orientações são
Procedimentos para tratamento de resíduos químicos que contêm procedimentos gerais e
específicos para aplicação em resíduos passíveis de tratamento químico nos laboratórios
geradores.
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Observação: Nessa classe não podem ser incluídos compostos inorgânicos como: ácido
clorídrico, ácido fluorídrico, cloretos, brometos, iodetos e fluoretos de outros metais (sódio,
potássio, zinco, bário, prata, zircônio, estanho, antimônio, cobre etc.
Compostos Nitrogenados (CN): Substâncias que contenham em sua fórmula química carbono
ligado ao nitrogênio
Observação: Nessa classe não são incluídos sais inorgânicos como sulfatos de
sódio/potássio/magnésio ou ácido sulfúrico.)
Organofosforados (OF): substâncias que contenham em sua fórmula química carbono ligado
a fósforo
Herbicidas e pesticidas em geral, dentre outros.
Organometálicos (OM): substâncias que contenham em sua fórmula química átomos de
metais ligados a carbonos
n-butil lítio, fenil lítio, reagentes de Grignard (haletos alquil ou aril magnésio), metil lítio,
trietilalumínio.
Inorgânicos (IN): substâncias que não contenham carbono em sua fórmula química
→ ácido sulfúrico, ácido nítrico, ácido clorídrico, ácido fosfórico
Observação: Preencher no máximo 80 % do volume total de cada bombona; não será aceita
para descarte a bombona que apresentar volume acima de 80 %.
- Manter, sempre, a bombona identificada com o tipo de resíduo;
- A bombona poderá ser enviada ao abrigo sem atingir 80 % da capacidade se tiver com o
mesmo resíduo estocado por mais de 6 meses.
Sólidos químicos:
Perfurocortantes contaminados por agentes químicos perigosos como, brometo de
etídio, diaminobenzidina (DAB), forbol, fenol-clorofórmio etc. deverão ser coletados no local
de geração em caixa para perfurocortante (Descartex, Descarpack etc.) com a inscrição
“Perfurocortantes com resíduos químicos” bem visível ou em caixa específica para produtos
químicos. Em qualquer situação deverá ser colado ou impresso o símbolo universal do risco
químico associado ao produto (Resolução 420/2004 - ANTT). Quando o conteúdo atingir a
marca tracejada da caixa, esta deverá ser fechada, identificada com o preenchimento da etiqueta
utilizada para resíduos químicos. Designar no campo “Descrição” qual o material descartado e
o químico contaminante (Ex: ponteiras contaminadas por brometo de etídio). No campo “Tipo”,
assinalar “resíduo seco”. Serão, então, armazenados em local protegido até a chamada para
recolhimento de resíduos químicos
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Medicamentos Vencidos
Os medicamentos hormonais, antimicrobianos, citostáticos, antineoplásicos,
imunossupressores, digitálicos, imunomoduladores, antirretrovirais vencidos ou o resíduo de
seus produtos são considerados de risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente,
portanto, o seu descarte deverá seguir as orientações de Segregação e Acondicionamento de
Resíduos Químicos. Os demais medicamentos, uma vez descaracterizados (retirados da
embalagem e triturados ou dissolvidos), podem ser descartados como Resíduos Comuns na
rede de esgoto.
• Soluções de ácidos ou bases inorgânicas: H2SO4, HCl, H3PO4, HNO3, KOH, NaOH,
Na2CO3, K2CO3, NaHCO3, KHCO3. Devem ser diluídas e neutralizadas, podendo então ser
desprezadas na rede de esgoto, desde que não contaminados com outros produtos, respeitando-
se os limites estabelecidos nos decretos estaduais 8.468/1976 e 10.755/1997.
• Soluções de sais de metais de transição: prata, chumbo, mercúrio, cromo, ósmio etc. Podem
ser misturados em recipientes identificados, respeitando se as possíveis incompatibilidades.
Cada recipiente deve ser corretamente identificado. Os laboratórios capacitados podem
precipitar e filtrar o material. A fase líquida deverá ter destinação adequada, conforme sua
composição, e o precipitado deverá ser descartado como resíduo químico sólido.
• Solventes orgânicos não halogenados: álcoois, fenóis, acetona e hidrocarbonetos, como
hexano, ciclo-hexano, pentano etc. éteres, benzeno (benzol), tolueno (toluol), xileno (xilol) e
derivados. Desde que não contenham material radioativo, podem ser misturados em recipiente
identificado, respeitando-se as possíveis incompatibilidades.
• Soluções aquosas de solventes orgânicos, álcoois, formol, assim como rodamina B, brometo
de etídio e iodeto de propídio em solução aquosa:
Podem ser misturados em recipientes identificados, respeitando-se as possíveis
incompatibilidades. 16 17 resíduos químicos
• Solventes orgânicos halogenados, como tetracloreto de carbono, clorofórmio,
diclorometano, dicloroetano, iodeto de bromo e iodeto de iodo derivados ou soluções
orgânicas que os contenham. Podem ser misturados em recipiente identificado, respeitando-se
as possíveis incompatibilidades.
• Soluções contendo acetonitrila, como a resultante da utilização de cromatografia líquida de
alto desempenho (HPLC), ou de algum outro processo. Deverão ser armazenadas em um
recipiente identificado separado.
Caso sejam utilizados frascos de volume inferior a 20 litros, os mesmos deverão ser
acondicionados em caixa de papelão de tamanho compatível, que será lacrada e identificada
por meio da etiqueta para resíduos químicos. Colocar em cada caixa apenas reagentes do
mesmo grupo de risco (Resolução 420/2004 - ANTT) (ex.: álcoois - metanol, etanol,
propanol, butanol etc.; derivados de benzeno: benzeno, tolueno, xileno etc.; hidrocarbonetos:
hexano, heptano, éter de petróleo etc.; bases: hidróxidos de potássio, sódio, cálcio, entre
outros, respeitando se possíveis incompatibilidade dos produtos (RDC 306/2004 - ANVISA).
Não aproveitar o espaço em uma caixa para colocação de substâncias de grupos diferentes.
Para evitar atrito entre os frascos, colocar jornal ou papelão entre eles.
- Para bombonas 20L, a numeração seguirá o modelo CMO-XXX, onde XXX representa um
número sequencial que facilita o rastreamento no formulário;
- Para resíduos sólidos, a caixa/frasco receberá numeração SOL-XXX;
Observação: O resíduo sólido será disposto, a critério da CRQ (Comissão de Resíduos
Químicos), em caixas ou bombonas para sólidos.
Armazenamento Temporário
O armazenamento temporário é o local onde os resíduos, por um curto tempo, ficam
armazenados em contentores para então serem enviados para o armazenamento externo, onde
os mesmos, serão posteriormente recolhidos pelas empresas responsáveis da coleta externa. O
armazenamento temporário existe nas seguintes unidades de internação/serviços, Alojamento
Conjunto, Pediatria, Ambulatório. O armazenamento temporário dos resíduos químicos fica
numa sala apropriada na área externa do serviço descarte. Entretanto por questão de segurança
alguns coletos para o armazenamento temporário que ficam dentro de todas as unidades, ficam
em lugares específicos.
Mapeamento do Processo
A apresenta o mapeamento do processo de gerenciamento de resíduos químicos, conforme as
instruções do PGRQ-CMO
CNPJ: 05.869.279/0001-68
• Isolar a área em todas as direções, num raio de 800m, se o vagão ou carreta estiverem
envolvidos no fogo.
• Chamar assistência de emergência.
• Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes.
Em caso de fogo
• Incêndio de pequenas proporções: Pó químico, CO2, Halon, neblina de água ou espuma
normal.
• Incêndio de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normalmente são recomendadas.
• Remover os recipientes de área de fogo, se isso puder ser feito sem risco.
• Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos as chamas, mesmo
após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques.
• Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à
distância ou canhão monitor. Se isso não for possível, abandonar as áreas e deixar queimar.
• Retirar-se imediatamente caso aumente o barulho do dispositivo de segurança/ alívio ou
ocorrendo qualquer descoloração do tanque devido ao fogo.
Derramamento ou Vazamento
• Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco.
• Estancar o vazamento, se isso puder ser feito sem risco.
• Usar neblina de água para reduzir os vapores; mas isso não evitará a ignição em locais
fechados.
• Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente não combustível
e guardar em recipientes para posterior descarte.
• Grandes derramamentos: Confiar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte
Primeiros Socorros
• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência: se não estiver
respirando, fazer respiração artificial: se a respiração é difícil, administrar oxigênio.
• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente os olhos com água corrente, durante
pelo menos quinze minutos; lavar a pele com água e sabão.
• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados.
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Riscos Ambientais
Os riscos ambientais estão associados diretamente com os procedimentos adotados
pelos colaboradores, cooperados e demais envolvidos. Quando o manuseio do material a ser
descartado ocorre de forma incorreta, esta apresenta de acordo com as suas características,
riscos à saúde e ao meio ambiente.
• Riscos: é qualquer probabilidade de perigo para o homem e/ou para o meio ambiente;
• Impacto: Interferências biológicas, químicas e físicas no meio ambiente levadas como
resultado do sistema produtivo humano, que tem consequências na saúde, segurança, bem-estar
da população, seja entre os seres humanos como também nos biomas.
Classificamos o impacto da seguinte forma:
1. Baixo: Quando a interferência biológica, química ou física ocorre dentro das dependências
do CMO;
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Classificação de Riscos
Resíduo Risco Impacto
Grupo Os resíduos químicos são caracterizados como POPs – Poluentes Alto
B Orgânicos Persistentes, são bioacumulativos, ou seja, são resistentes à
degradação química, biológica e fotolítica (da luz), afetam a saúde
humana e os ecossistemas mesmo em pequenas concentrações.
Monitoramento
São feitas revisões frequentes de todas as atividades que compõem a operação do
PGRSS, sendo submetido a revisões anuais por profissionais habilitados com respectiva
Anotação de Responsabilidade Técnica sobre o mesmo. Devem ser mantidos todos os registros
por pelo menos 5 anos, a partir da geração dos mesmos.
MONITORAMENTO PARA CONTROLE E INDICADORES
O monitoramento visa checar e avaliar periodicamente se o PGRSS está sendo
executado conforme o planejado, consolidando as informações por meio de indicadores e
eventualmente elaborando relatórios, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia,
aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas. Os resíduos devem ser quantificados
anualmente, conforme preconizado na RDC nº 306/2004 da ANVISA (Itens 4.2.2 e 4.2.3 do
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde), assim como a
taxa de acidentes com resíduos perfurocortantes em profissionais da limpeza. A ANVISA exige,
no mínimo, o monitoramento dos seguintes indicadores:
1. Taxa de acidentes com resíduos perfurocortantes
2. Variação da geração de resíduos
3. Variação da proporção de resíduos do grupo A
4. Variação da proporção de resíduos do grupo B
5. Variação da proporção de resíduos do grupo C
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Diagnóstico Inicial
O CMO é uma instituição de médio porte, vertical, categorizado como nível de
complexidade. Os resíduos químicos líquidos e sólidos produzidos pelo Centro Médico de
Oncologia são tratados de forma adequada. O CMO produz os seguintes resíduos sólidos de
serviços de saúde:
• Resíduos do Grupo A (Biológico)
• Resíduos do Grupo B (Químicos)
• Resíduos do Grupo D (Comum)
• Resíduos do Grupo E (Perfuro-cortante)
Resumidamente, estes resíduos são segregados pelos colaboradores da instituição, nos
locais de origem dos mesmos. A coleta e transporte destes resíduos até os abrigos temporários
e abrigos externos é realizada por uma equipe de Higienização e Limpeza do próprio hospital,
devidamente treinada e capacitada para execução do processo.
1. Isolamento da área em emergência e notificação à autoridade responsável;
2. Identificação do produto ou resíduo perigoso;
3. Reembalagem em caso de ruptura de sacos ou recipientes;
4. Procedimentos de limpeza da área de derramamento e proteção do pessoal;
5. Alternativas para o armazenamento e o tratamento dos resíduos em casos de falhas no
equipamento respectivo de pré-tratamento;
6. Alternativas de coleta e transporte externos e de disposição final em casos de falhas no
sistema contratado
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Referências