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CENTRO UNIVERSITÁRIO - FAMETRO

CURSO TECNOLÓGICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

PGRSS

Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde

Manaus – AM
2021
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CHARLES BELEZA
KLEYTHON ROBERTO UCHOA ALMEIDA
JULIANA DE SOUZA CHAVES
WARLEY FONTES MUNIZ
WILLIAM MARIM DE OLIVEIRA

Professor (a): Edmilson Pereira

PGRSS
CENTRO MÉDICO DE ONCOLOGIA

Trabalho solicitado pelo Prof. Edmilson


Pereira, apresentado ao Centro Universitário -
FAMETRO, como requisito para obtenção de
nota parcial da disciplina de Biossegurança, do
Curso de Segurança no Trabalho.

Manaus – AM
2021
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ÍNDICE

INTRODUÇÃO........................................................................................................................................6

OBJETIVO DO PGRSS DO CMO..........................................................................................................7

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO PGRSS...................................................................................7

CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE....................................................................................................7

SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL...........................................................................................8

CAPACITAÇÃO......................................................................................................................................8

CUIDADOS COM O MANUSEIO DE RESÍDUOS VISADOS PELO SERVIÇO DE SEGURANÇA


E SAÚDE OCUPACIONAL....................................................................................................................9

EQUIPE TÉCNICA DE SEGURANÇA E SAÚDE................................................................................9

REQUESITOS LEGAIS APLICÁVEIS.................................................................................................9

FEDERAL................................................................................................................................................9

ESTADUAL...........................................................................................................................................10

MUNICIPAL..........................................................................................................................................10

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS RESÍDUOS .....................................................................................10

PROCEDIMENTOS DO GERECIMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS DA CMO..........................12

RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS QUE PODEM SER DESCARTADOS NO LIXO OU EM REDE DE


ESGOTO.................................................................................................................................................12

MANEJO DOS RESÍDUOS QUÍMICOS...............................................................................................13

SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO.......................................................................................13

CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS QUÍMICOS GERADOS..............................................................14

RESÍDUOS QUÍMICOS INCINERÁVEIS...........................................................................................14

RESÍDUOS QUÍMICOS NÃO INCINERÁVEIS.................................................................................15

SÓLIDOS QUÍMICOS..........................................................................................................................15

OUTROS RESÍDUOS SÓLIDOS..........................................................................................................16

MEDICAMENTOS VENCIDOS...........................................................................................................16
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IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS .................................................................................16

ARMAZENAMGEM DE RESIDUOS QUIMICOS EM ABRIGO......................................................17

ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO.................................................................................................18

ENVIO DO MATERIAL PREPARADO PARA DESCARTE..............................................................18

TRANSPORTE EXTERNO E DESTINAÇÃO FINAL.........................................................................19

PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL E CONTROLE AMBIENTAL DA EMPRESA........................20

SELEÇÃO DE MOTORISTAS..............................................................................................................20

PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA E INSPENÇÃO NOS TRANSPOSRTES..........................20

AÇÃO DE EMERGÊNCIA NA INSTITUIÇÃO ..................................................................................20

EM CASO DE FOGO.............................................................................................................................21

DERRAMENTO OU VAZAMENTO....................................................................................................21

PRIMEIROS SOCORROS.....................................................................................................................21

USO DOS PAINÉIS DE SEGURANÇA E RÓTULOS DE PRODUTOS............................................22

MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS NA FONTE GERADORA..............................................................22

RISCOS
AMBIENTAIS........................................................................................................................................22

MONITORAMENTO.............................................................................................................................23

MONITORAMENTO PARA CONTROLE E INDICADORES...........................................................23

CONTROLE DE INSETOS E ROEDORES..........................................................................................24

DIAGNÓSTICO INCIAL......................................................................................................................24

REFERÊNCIAS.....................................................................................................................................25
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SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ART - Artigo
CC – Centro Cirúrgico
CCA – Centro Cirúrgico Ambulatorial
CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
CCM – Centro Cirúrgico da Mulher
CME – Central de Material Esterilizado
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
COREN – Conselho Regional de Enfermagem
CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
CRESS – Conselho Regional de Serviço Social
CRF – Conselho Regional de Farmácia
CRM – Conselho Regional de Medicina
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
EPI – Equipamento de Proteção Individual
FISPQ – Ficha de Informações de Segurança para Produtos Químicos
LER/DORT – Lesão por esforço repetitivo/Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho
LTDA - Limitada
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego
MTR -Manifesto de Transportes de Resíduos
NBR – Norma Brasileira PA – Pronto Atendimento PC – Posto de Coleta
PGRSS – Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
POP – Procedimento Operacional Padrão
SCIRASS– Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
SESMT – Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho
SRPA – Sala de Recuperação Pós-Anestésica
UTI – Unidade de Tratamento Intensivo
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Introdução
Com os impactos causados pelo armazenamento e descarte incorreto de resíduos no
meio ambiente físico e a ausência de áreas para disposição final, são alguns dos fatores que
justificam e influenciam a criação de mecanismo para a correta gestão dos resíduos sólidos,
garantindo que os resíduos sejam descartados de forma adequada. O Plano de Gerenciamento
de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS é o documento integrante do processo de
licenciamento ambiental, que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos
sólidos, observadas suas características, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os
aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno,
armazenamento temporário, armazenamento externo, coleta interna, transporte externo,
destinação final ambiental adequado, bem como a proteção à saúde pública. Devem envolver
os setores de Saúde, CCIH, SESMT, possuindo ações de emergência e acidentes, controle de
pragas, controle químico, medidas preventivas e corretivas a saúde ocupacional.
Ele comprova a capacidade de uma empresa de gerir de modo ambientalmente correto
todos os resíduos que gera, oferecendo uma segurança de que os processos produtivos serão
controlados, minimizando a geração de resíduos na fonte, reduzindo e evitando grandes
poluições ambientais e suas consequências para a saúde pública. Segundo o conceito do
Ministério da Saúde do Brasil, os danos causados ao meio ambiente afetam toda a sociedade,
cujo modelo de organização individualista, consumista e descartável, dificulta o entendimento
por parte do cidadão da sua parcela de responsabilidade diante dos problemas ambientais. De
um modo geral, um PGRSS, se bem desenvolvido e aplicado é uma excelente ferramenta para
se minimizarem os riscos e impactos ambientais, bem como reduzir a ocorrência de acidentes,
sobretudo no manejo de resíduos de serviços de saúde (RSS), observando suas características,
no âmbito do estabelecimento, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como
a proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
Diante disso, o hospital apresenta uma geração contínua e inesgotável de resíduos que
requerem soluções técnicas e ambientalmente seguras de coleta, tratamento e disposição final.
Conforme literatura, só uma pequena parte destes resíduos necessita de cuidados especiais.
Sendo que uma adequada segregação diminui significativamente a quantidade de RSS
contaminados, impedindo a contaminação do total dos resíduos gerados. O Programa de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) pretende contribuir para
desenvolver o CMO - Centro Médico de Oncologia uma mentalidade voltada para a preservação
ambiental, através da discussão e conscientização em torno dos resíduos químicos gerados por
esta estabelecimento. Além de: racionalizar o consumo de material, diminuir a quantidade de
resíduos gerados, instrumentalizar as pessoas para aderirem ao programa de coleta seletiva,
prevenir e reduzir os riscos à saúde e/ou ao meio ambiente. Por ser um programa que visa a
minimização de resíduos, se pauta no princípio dos 3 Rs: Redução de consumo e desperdício,
Reutilização e Reciclagem.
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Objetivos
PGRSS tem como objetivo definir as normas e procedimentos para a correta destinação
de resíduos químicos na unidade. Visa ser um documento onde toda o estabelecimento e
usuários do CMO - Centro Médico de Oncologia encontrem: regulamentos, competências,
responsabilidades, procedimentos e documentos para o adequado gerenciamento dos resíduos
químicos nos seus respectivos locais de trabalho e pesquisa. Aplica-se, portanto, a todos os
departamentos e laboratórios da CMO. Buscando aderir as ações relativas ao manejo dos
resíduos de serviços de saúde (RSS), observando suas características, no âmbito do
estabelecimento, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como
a proteção à saúde pública e ao meio ambiente.

Os principais objetivos do PGRSS são:


▪ Estabelecer um manejo dos resíduos químicos de maneira ambientalmente adequada e
através de métodos seguros, desde a segregação até disposição final;
▪ Sensibilizar os colaboradores sobre a correta destinação dos resíduos e educação
ambiental e sanitária;
▪ Minimizar riscos e impactos ambientais e ambiente de trabalho;
▪ Reduzir o volume e toxicidade na geração dos resíduos
▪ Racionalizar o consumo de material, evitando desperdícios;
▪ Proporcionar o cumprimento das legislações vigentes (RDC 306/04 e CONAMA 358/05),
evitando infrações ambientais e sanções legais;
▪ Reduzir o número de infecções hospitalares.

Estrutura Administrativa do PGRSS


Caracterização da unidade
Razão social: CMO – Centro Médico de Oncologia
Nome Fantasia: Centro Médico de Oncologia
CNJP: 36.478.264/0001-44
Tipo de Estabelecimento: Hospital de Oncologia

Endereço: Rua Rio de Janeiro, nº 9 – Cep 69045-180


Bairro: Planalto
Município: Manaus
Estado: AM
Fone: (92) 3633-8800
E-mail: Cmo_am@saúde.com.br
Responsável Técnico pelo Dr. Max Azevedo Farias
estabelecimento:
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Responsável Administrativo pelo Dr. Carlos Roberto Lima


estabelecimento
Responsável Técnico pelo Dr. Helena da Costa Ramos
PGRSS:

Caracterização do Estabelecimento
Número total de funcionários 440
Condições de funcionamento Em atividade
Tipo de Serviço Tratamento de Câncer
Área total 3.518,06 m²
Licença Ambiental 4601706
Abastecimento de água pública Águas do Amazonas
Coleta de esgoto sanitário Rede publica

Caracterização das Atividades e Serviços


Tipos de Especialidade médica/ assistência Oncologia, UTI adulto, Tomografia,
Mamografia, Hemodinâmica, CDI,
Densitometria óssea, Clínica cirúrgica.
Média de atendimentos/ mês 5.626
Números de leitos por especialidade 7 - UTI Adulto, 64 – Clínicos, Cirúrgicos,
Pediátricos, Sala de tratamentos, sala de
quimioterapia
Tipo de contrato dos Profissionais Misto (Direto e Terceirizado)

Segurança e Saúde Ocupacional


O Serviço de Segurança e Saúde Ocupacional é responsável por avaliar todas as Fichas
de Informações de Segurança para Produtos Químicos (FISPQ), indicando a aprovação do uso
a que se destina na instituição. É responsável por planejar e executar treinamentos abordando
os temas sobre uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e Equipamentos
de Proteção Coletiva (EPC’s), prevenção de acidentes de trabalho, análise ergonômica,
prevenção de LER/DORT, entre outros. Para isso, participa do programa de Integração de novos
colaboradores que é realizado mensalmente. É responsável ainda por descrever as ações a serem
adotadas em emergências e acidente conforme fluxograma a seguir.

Capacitação
Os colaboradores participam de treinamento sobre aspectos contemplados neste
PGRSS. São abordados aspectos de legislação básica em vigor, definições, classificação e
potencial de risco do resíduo, manejo dos resíduos (segregação, transporte interno, tratamento
interno, armazenamento externo, destino final), formas de reduzir a geração de resíduos -
programa de reciclagem, reconhecimento dos símbolos de identificação das classes de resíduos,
medidas de prevenção de ocorrências de acidentes ocupacionais com ênfase na importância do
uso de EPIs, conforme Art. 91 da RDC ANVISA Nº 222, de 28 de março de 2018.
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Cuidados com o manuseio de resíduos visados pelo Serviço de Segurança e Saúde


Ocupacional
Durante as etapas do gerenciamento de resíduos deverão ser seguidos todos os preceitos
de segurança do trabalho, como a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs)
adequados: máscara apropriada para vapores; óculos de segurança; luvas de acordo com a classe
dos produtos a serem manipulados; avental de algodão e manga longa; vestimenta adequada
(calça comprida, blusa não sintética e sapato fechado etc.), assim como os equipamentos de
proteção coletiva (EPCs): capelas de exaustão, extintores bem localizados (de classe
compatível); chuveiro e lava-olhos de emergência. A movimentação dos resíduos perigosos
deve ser feita com cautela, de forma a evitar derramamentos e quedas dos recipientes.

Equipe técnica de segurança e saúde ocupacional

Técnico de Segurança do Trabalho Kleython Roberto Uchoa – TEM 4.373


Engenheiro Civil Warley Fontes Muniz – CREA 3398-2
Médico do Trabalho Charles Beleza – CRM 5.938
Médico CCIH William Marim – CRM 4.927
Enfermeira CCIH Juliana de Souza Chaves – COREN/AM
494.595

Requisitos legais aplicáveis


Federal
1. A preocupação com os resíduos sólidos, no Brasil, iniciou-se em 1954, com a Lei Federal
no 2.312, art. 12: “a coleta, o transporte e o destino final do lixo, deverão processar-se em
condições que não tragam inconvenientes à saúde e ao bem-estar públicos”. Em 1961, com a
publicação do Código Nacional de Saúde – Decreto 49.974-A, art. 40. Em 1979, com a Portaria
MINTER nº 53, de 01/03/1979. Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, a
questão dos resíduos sólidos foi relacionada nos art. 23 e 30. Mais recentemente foi aprovada a
lei Nº 13.305 de 2010, que institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS).
2. Na área da saúde, foi aprovada a RESOLUÇÃO Nº 5 DO CONAMA, em 05/08/93, que
dispõe sobre o gerenciamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde. A RESOLUÇÃO –
RDC Nº 15 de março de 2012, que dispõe sobre requisitos de boas práticas para o
processamento de produtos para a saúde e dá outras providências.
3. RDC Nº 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004, RESOLUÇÃO DA DIRETORIA
COLEGIADA da ANVISA, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde.
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4. RESOLUÇÃO Nº 358, DE 29 DE ABRIL DE 2005 que dispõe sobre o tratamento e a


disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.
5. Normas relativas ao controle dos resíduos de serviços de saúde, no âmbito da Associação
Brasileira de Normas Técnicas:
• NBR 10.004, de setembro de 1987 – Classifica os resíduos sólidos quanto aos riscos
potenciais ao meio ambiente e à saúde pública.
• NBR 7.500, de setembro de 1987 – determina os símbolos de riscos e o manuseio para
o transporte e armazenamento de materiais.
• NBR 9.190, de dezembro de 1985 – classificação de sacos plásticos para
acondicionamento de lixo.
• NBR 9.191, de dezembro de 1993 – especificação de sacos plásticos para
acondicionamento de lixo.
• NBR 12.807, de janeiro de 1993 – estabelece a terminologia dos RSS.
• NBR 12.809, de fevereiro de 1993 – determina os procedimentos de manuseio dos RSS.
• NBR 12.810, de janeiro de 1993 – normatiza os procedimentos de coleta de RSS.
(REFORSUS, 2001). 4.2

Estadual
1. Resolução Normativa 001/98/DUS/SES. 4.3

Municipal
1. Lei nº 3.549/91 - Disciplina a coleta, destinação e tratamento do lixo.

Classificação geral de resíduos


O manejo dos RSS no âmbito dos estabelecimentos de saúde deve obedecer a critérios técnicos
e sanitários e contemplar os aspectos de minimização na geração, segregação,
acondicionamento, identificação, coleta e transporte interno, armazenamento temporário,
tratamento interno, armazenamento externo, coleta e transporte externo, tratamento externo e
disposição final.
Os resíduos são classificados da seguinte forma:

Grupo A Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
(Resíduos características podem apresentar risco de infecção, tais como, gazes,
infectantes) equipos, cateteres, sondas, drenos, compressas, luvas, micro pores,
seringas e demais materiais médico-hospitalares que tenham entrado
em contato com secreções humanas.
Grupo B - Resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio
(Resíduos com ambiente, devido às suas características químicas, conforme
risco químico) classificação da ABNT NBR 10.004 – Resíduos Sólidos –
Classificação (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos) tais como
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medicamentos vencidos e/ou impróprios para uso, produtos de


limpeza.
Grupo C - Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que
(Rejeitos contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de
radioativos) isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a
reutilização é imprópria.
Grupo D Todos os demais que não se enquadram nos grupos descritos
(Resíduos comuns) anteriormente são os resíduos comuns não contaminados. Neste grupo
estão incluídos os itens recicláveis: papel, plástico, metal, vidro e
resíduo orgânico. o Resíduos recicláveis – neste grupo os principais
resíduos gerados são embalagens plásticas, copos de água e café,
folhas de papel, papelão, jornal, latas de refrigerante, embalagens de
vidro inteiras e outros materiais recicláveis. o Resíduos
orgânicos/rejeitos – os principais exemplos são papel toalha, restos de
alimento, cascas de frutas, erva mate, borra de café, gorro, propés e
fraldas.
Grupo E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, são tudo e qualquer
(Materiais perfuro material que possa cortar ou perfurar, tais como, agulhas, ampolas
cortantes) quebradas, lancetas, lâminas de bisturi.

No caso dos resíduos do GRUPO B (RISCO QUÍMICO)


São representantes deste Grupo Resíduos contendo produtos químicos que apresentam
periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de
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inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade,


mutagenicidade e quantidade:
• Produtos farmacêuticos;
• Resíduos contendo metais pesados;
• Reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;
• Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas;
• Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos.
conforme classificação da NBR 10.004/2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) e Resolução 420/2004 Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT)
A periculosidade é avaliada pelo risco que esses compostos representam à saúde ou ao meio
ambiente, levando em consideração as concentrações de uso.
Como exemplos de resíduos perigosos, temos as soluções de brometo de etídio,
diaminabenzidina (DAB), formol e fenol-clorofórmiomio, cianetos, solventes contendo flúor,
cloro, bromo ou iodo, benzenos e derivados e soluções contendo metais, como chumbo,
mercúrio, cádmio etc. De modo geral, nos rótulos dos produtos químicos existem símbolos
impressos que dão ideia da periculosidade do produto. Em produtos fabricados antes de 1990,
os símbolos podem não estar impressos. Informações sobre as características de cada produto
podem ser encontradas nas Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos
(FISPQ) no site dos fabricantes.

Procedimentos do gerenciamento de resíduos químicos da CMO


No Procedimentos do gerenciamento de resíduos químicos na CMO, todo resíduo
químico deve ser devidamente: classificado, acondicionado, identificado e segregado,
independentemente do tipo de resíduo gerado. A identificação e segregação dos resíduos
químicos deve constituir procedimento incorporado ao trabalho experimental em laboratório e
integrar método de rotina após finalização de análises. Alguns resíduos químicos podem ser
descartados sem tratamento na rede de esgoto comum ou lixo comum.

Resíduos não perigosos que podem ser descartados no lixo ou em rede de esgoto
apresenta a listagem dos resíduos químicos que podem ser descartados sem tratamento,
bem como as condições e regras para esse tipo de destinação. Alguns tipos de resíduos
apresentam condições de serem tratados no laboratório gerador, formando produtos inertes que
podem ser descartados na rede de esgoto comum, de forma a minimizar o envio de resíduos
para o abrigo, como exemplo: soluções ácidas e básicas, soluções contendo metais
(precipitação), formaldeído, agentes oxidantes e redutores, glutaraldeído, entre outros. Estas
informações podem ser encontradas no documento suplementar, essas Orientações são
Procedimentos para tratamento de resíduos químicos que contêm procedimentos gerais e
específicos para aplicação em resíduos passíveis de tratamento químico nos laboratórios
geradores.
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Manejo dos Resíduos Químicos


Segregação e Acondicionamento:
Se refere à separação dos resíduos, conforme a classificação dos grupos descritos na
RDC ANVISA Nº 222, de 28 de março de 2018, no momento e local de sua geração. Os
ambientes/salas geradores de resíduos têm coletores e Descarpack necessária para tal rotina. O
resíduo uma vez acondicionado não pode ser manuseado com a finalidade de segregação. Salvo
em casos de auditoria e/ou treinamentos. A coleta de resíduos químicos é feita bimestralmente.
O laboratório deverá encaminhar previamente a “Ficha para Inventário de Resíduos” o órgão
responsável, que, após o recebimento da mesma, comunicará ao laboratório a data e horário
para encaminhamento dos itens listados ao Abrigo de Resíduos Químicos. Pontualmente no dia
e hora marcados, os rejeitos devem ser levados até o Abrigo pelo funcionário do laboratório
gerador. Contudo, o processo de coleta deve começar nos laboratórios, com a correta
segregação e acondicionamento dos materiais e produtos a serem descartados, conforme as
orientações que seguem: adequados no manejo do RSS. Os funcionários da coleta externa
utilizam os EPIs específicos indicados.
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Classificação de resíduos químicos gerados


Devem ser classificados dentro das seguintes classes químicas:
Resíduos Químicos Incineráveis
Hidrocarbonetos (HC): Substâncias que contenham em sua fórmula química apenas carbono,
hidrogênio e oxigênio

Hidrocarbonetos pentano, hexano, tolueno, benzeno, hexano e


derivados etc.
Álcoois e Cetonas etanol, metanol, acetona, butanol,
isopropanol, fenol, ácido gálico etc.
Acetatos e Aldeídos acetaldeído, benzaldeído, ácido acético,
formaldeído, ácido fórmico
Ésteres e Éteres acetato de etila, éter etílico, tetrahidrofurano
etc.
Óleos lubrificantes combustíveis, graxas, vaselina líquida ou
sólida, tinner, tintas, querosene

Organohalogenados (OH): substâncias que contenham em sua fórmula química carbono


ligado a algum átomo de halogênio (Cl, Br, I, F) mesmo que em pequenas proporções ou
traços.

Clorofórmio, diclorometano, tetracloreto de carbono, hexafluorobenzeno,


Bromoformio, ácido tricloroacético, ácido trifluoracético, clorofenol, brometo de etídio,
clorobenzeno.

Observação: Nessa classe não podem ser incluídos compostos inorgânicos como: ácido
clorídrico, ácido fluorídrico, cloretos, brometos, iodetos e fluoretos de outros metais (sódio,
potássio, zinco, bário, prata, zircônio, estanho, antimônio, cobre etc.

Compostos Nitrogenados (CN): Substâncias que contenham em sua fórmula química carbono
ligado ao nitrogênio

Acetonitrila, anilina, trietilamina, etilamina, succinimida, dimetilformamida, hidroxilamina


Nitrofenol, nitrobenzeno, piridina, acrilamida, acetamida, fenantrolina

DNS (ácido dinitrosalicílico), azul brilhante de coomassie, ABTS

Aminoácidos – Compostos Sulfurados (CS): substâncias que contenham em sua fórmula


química carbono ligado a enxofre.
dimetilsulfeto, mercaptoetanol, dissulfeto de carbono, ácido sulfosalicílico, ácido sulfanílico
metil-sulfóxido, dimetilsulfóxido, dimetil-sulfato
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Observação: Nessa classe não são incluídos sais inorgânicos como sulfatos de
sódio/potássio/magnésio ou ácido sulfúrico.)
Organofosforados (OF): substâncias que contenham em sua fórmula química carbono ligado
a fósforo
Herbicidas e pesticidas em geral, dentre outros.
Organometálicos (OM): substâncias que contenham em sua fórmula química átomos de
metais ligados a carbonos
n-butil lítio, fenil lítio, reagentes de Grignard (haletos alquil ou aril magnésio), metil lítio,
trietilalumínio.

Resíduos químicos não incineráveis


Metais tóxicos (MT): soluções ou sólidos contendo Cd, Hg, Pb, Cr, As, Se, Co, Mo, Ag, W
eV

Inorgânicos (IN): substâncias que não contenham carbono em sua fórmula química
→ ácido sulfúrico, ácido nítrico, ácido clorídrico, ácido fosfórico

sais de bário, pentóxido de fósforo, carbonato de potássio/sódio, nitrito de sódio, nitrato de


sódio, sulfito de sódio, bissulfato de sódio, iodeto de potássio, enxofre,

sulfatos em geral, fosfatos (inclusive tampão), hidróxidos, nitratos, cloretos, peróxidos,


fluoretos, cianetos

Observação: Preencher no máximo 80 % do volume total de cada bombona; não será aceita
para descarte a bombona que apresentar volume acima de 80 %.
- Manter, sempre, a bombona identificada com o tipo de resíduo;
- A bombona poderá ser enviada ao abrigo sem atingir 80 % da capacidade se tiver com o
mesmo resíduo estocado por mais de 6 meses.

Sólidos químicos:
Perfurocortantes contaminados por agentes químicos perigosos como, brometo de
etídio, diaminobenzidina (DAB), forbol, fenol-clorofórmio etc. deverão ser coletados no local
de geração em caixa para perfurocortante (Descartex, Descarpack etc.) com a inscrição
“Perfurocortantes com resíduos químicos” bem visível ou em caixa específica para produtos
químicos. Em qualquer situação deverá ser colado ou impresso o símbolo universal do risco
químico associado ao produto (Resolução 420/2004 - ANTT). Quando o conteúdo atingir a
marca tracejada da caixa, esta deverá ser fechada, identificada com o preenchimento da etiqueta
utilizada para resíduos químicos. Designar no campo “Descrição” qual o material descartado e
o químico contaminante (Ex: ponteiras contaminadas por brometo de etídio). No campo “Tipo”,
assinalar “resíduo seco”. Serão, então, armazenados em local protegido até a chamada para
recolhimento de resíduos químicos
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- Reagentes vencidos/obsoletos (passivos químicos) deverão ser segregados dos demais


reagentes em uso, devendo ter local específico de armazenamento;
- Mantê-los preferencialmente na sua embalagem original e com identificação preservada;
- Se a identificação estiver danificada ou com risco de perda de informação, identificar
adequadamente.

Outros resíduos sólidos:


Contendo químicos perigosos, como filtros com precipitado perigoso, embalagens
secundárias contaminadas, frascos e luvas utilizadas no manuseio de substâncias perigosas
deverão ser acondicionados em recipientes de material rígido, como caixa para perfurocortante.
• A caixa será lacrada e receberá identificação com etiqueta para resíduos químicos preenchida.
• Será armazenada em local protegido até a chamada para recolhimento Resíduos úmidos
podem ser ensacados e os sacos fechados e depositados na caixa de descarte.

Medicamentos Vencidos
Os medicamentos hormonais, antimicrobianos, citostáticos, antineoplásicos,
imunossupressores, digitálicos, imunomoduladores, antirretrovirais vencidos ou o resíduo de
seus produtos são considerados de risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente,
portanto, o seu descarte deverá seguir as orientações de Segregação e Acondicionamento de
Resíduos Químicos. Os demais medicamentos, uma vez descaracterizados (retirados da
embalagem e triturados ou dissolvidos), podem ser descartados como Resíduos Comuns na
rede de esgoto.

Identificação de resíduos líquidos


- Resíduos Químicos Líquidos Não Perigosos
Soluções aquosas de sais inorgânicos de metais alcalinos e alcalinos terrosos: NaCl,
KCl, CaCl2, MgCl2, Na2SO4, MgSO4 e tampões PO43-, não contaminados com outros
produtos, podem ser descartados diretamente na rede de esgoto, respeitando-se os limites
estabelecidos nos decretos estaduais 8.468/1976 e 10.755/1997.
- Resíduos Químicos Líquidos Perigosos
Materiais que não foram misturados com outras substâncias devem ser mantidos nas
embalagens originais. Na impossibilidade da utilização da embalagem original e para
acondicionar misturas, deverão ser usados galões e bombonas de plástico rígido fornecidos aos
laboratórios, resistentes* e estanques, com tampa rosqueada e vedante. (*A relação de
substâncias que reagem com embalagens de polietileno de alta densidade estão descritas na
RDC 306/2004 - ANVISA).
• Encher o frasco somente até 90% da sua capacidade.
• Quando forem utilizadas bombonas ou galões de 20 litros ou mais, estes devem ser
preenchidos até 3/4 da capacidade total. Dependendo das características de cada laboratório,
crie os seguintes sistemas para acondicionamento das misturas:
17

• Soluções de ácidos ou bases inorgânicas: H2SO4, HCl, H3PO4, HNO3, KOH, NaOH,
Na2CO3, K2CO3, NaHCO3, KHCO3. Devem ser diluídas e neutralizadas, podendo então ser
desprezadas na rede de esgoto, desde que não contaminados com outros produtos, respeitando-
se os limites estabelecidos nos decretos estaduais 8.468/1976 e 10.755/1997.
• Soluções de sais de metais de transição: prata, chumbo, mercúrio, cromo, ósmio etc. Podem
ser misturados em recipientes identificados, respeitando se as possíveis incompatibilidades.
Cada recipiente deve ser corretamente identificado. Os laboratórios capacitados podem
precipitar e filtrar o material. A fase líquida deverá ter destinação adequada, conforme sua
composição, e o precipitado deverá ser descartado como resíduo químico sólido.
• Solventes orgânicos não halogenados: álcoois, fenóis, acetona e hidrocarbonetos, como
hexano, ciclo-hexano, pentano etc. éteres, benzeno (benzol), tolueno (toluol), xileno (xilol) e
derivados. Desde que não contenham material radioativo, podem ser misturados em recipiente
identificado, respeitando-se as possíveis incompatibilidades.
• Soluções aquosas de solventes orgânicos, álcoois, formol, assim como rodamina B, brometo
de etídio e iodeto de propídio em solução aquosa:
Podem ser misturados em recipientes identificados, respeitando-se as possíveis
incompatibilidades. 16 17 resíduos químicos
• Solventes orgânicos halogenados, como tetracloreto de carbono, clorofórmio,
diclorometano, dicloroetano, iodeto de bromo e iodeto de iodo derivados ou soluções
orgânicas que os contenham. Podem ser misturados em recipiente identificado, respeitando-se
as possíveis incompatibilidades.
• Soluções contendo acetonitrila, como a resultante da utilização de cromatografia líquida de
alto desempenho (HPLC), ou de algum outro processo. Deverão ser armazenadas em um
recipiente identificado separado.
Caso sejam utilizados frascos de volume inferior a 20 litros, os mesmos deverão ser
acondicionados em caixa de papelão de tamanho compatível, que será lacrada e identificada
por meio da etiqueta para resíduos químicos. Colocar em cada caixa apenas reagentes do
mesmo grupo de risco (Resolução 420/2004 - ANTT) (ex.: álcoois - metanol, etanol,
propanol, butanol etc.; derivados de benzeno: benzeno, tolueno, xileno etc.; hidrocarbonetos:
hexano, heptano, éter de petróleo etc.; bases: hidróxidos de potássio, sódio, cálcio, entre
outros, respeitando se possíveis incompatibilidade dos produtos (RDC 306/2004 - ANVISA).
Não aproveitar o espaço em uma caixa para colocação de substâncias de grupos diferentes.
Para evitar atrito entre os frascos, colocar jornal ou papelão entre eles.

ARMAZENAMGEM DE RESIDUOS QUIMICOS EM ABRIGO


- Ao dar entrada ao abrigo, os resíduos deverão ser devidamente registrados nos Formulários
de entrada de resíduos por um responsável da CRQ;
- Através desse formulário os resíduos receberão uma identificação unívoca, de forma a
possibilitar a rastreabilidade da origem dos mesmos;
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- Para bombonas 20L, a numeração seguirá o modelo CMO-XXX, onde XXX representa um
número sequencial que facilita o rastreamento no formulário;
- Para resíduos sólidos, a caixa/frasco receberá numeração SOL-XXX;
Observação: O resíduo sólido será disposto, a critério da CRQ (Comissão de Resíduos
Químicos), em caixas ou bombonas para sólidos.

Armazenamento Temporário
O armazenamento temporário é o local onde os resíduos, por um curto tempo, ficam
armazenados em contentores para então serem enviados para o armazenamento externo, onde
os mesmos, serão posteriormente recolhidos pelas empresas responsáveis da coleta externa. O
armazenamento temporário existe nas seguintes unidades de internação/serviços, Alojamento
Conjunto, Pediatria, Ambulatório. O armazenamento temporário dos resíduos químicos fica
numa sala apropriada na área externa do serviço descarte. Entretanto por questão de segurança
alguns coletos para o armazenamento temporário que ficam dentro de todas as unidades, ficam
em lugares específicos.

Envio do Material Preparado Para Descarte


As bombonas com solventes e soluções deverão:
• apresentar perfeito estado de conservação
• Vedação de tampas originais, não sendo admitido o uso de plásticos presos por fitas adesivas
em substituição à tampa.
• No lado externo do recipiente, colocar a etiqueta de declaração de conteúdo e simbologia de
risco, em concordância com a NBR 10004 e NBR 7500.
Os frascos de vidro com substâncias para descarte, deverão ter identificação das
substâncias que contêm. Serão acondicionados em caixas de papelão ou plástico em tamanho
compatível, com os espaços vazios preenchidos com jornal para que os frascos não se choquem
dentro das caixas. Do lado de fora da caixa, colocar a etiqueta de declaração de conteúdo. Por
questão de segurança, a cada chamada
encaminhar para descarte todas as
bombonas com resíduos armazenadas
no laboratório, ainda que o volume
existente em seu interior seja
pequeno. Juntamente com todo o
material a ser descartado, os
laboratórios deverão encaminhar a
“Ficha Para Inventário de Resíduos”
devidamente preenchida e uma Ficha
de Informações de Segurança de
Produtos Químicos (FISPQ) que
19

foram gerados no laboratório. No caso de descarte de produtos vencidos nas embalagens


originais, pode ser usada a FISPQ do fornecedor do produto, com a indicação de que o emissor
é o laboratório de origem do resíduo. Não será permitida a inclusão ou exclusão de qualquer
item, na coleta após o envio da relação de material ao Órgão adequado. Todos os sacos/caixas
que saem do laboratório devem ser identificados por meio do preenchimento dos campos
impressos na etiqueta e afixados na própria embalagem.

Transporte Externo e Destinação Final


O transporte e destinação final serão realizados de acordo com o cronograma
estabelecido pelo GGS (Grupo de Gestão Sustentável).
Em geral, são realizadas:
- Três a quatro retiradas para incineração por ano; uma retirada para aterro a cada dois anos. O
GGS:
- Informa ao facilitador da CMO sobre as datas (vistoria, retirada e incineração)
-Realiza a vistoria final
-Apenas os resíduos armazenados de acordo com as normas de acondicionamento e
identificação são permitidos para destinação final;
-Realiza o embarque em caminhões, para encaminhamento ao entreposto da CMO e finalmente
para a empresa incineradora.
- Repassa as datas informadas pelo GGUS à CRQ;
- Envia a planilha com o inventário de resíduos ao GGUS.

Mapeamento do Processo
A apresenta o mapeamento do processo de gerenciamento de resíduos químicos, conforme as
instruções do PGRQ-CMO

Dados de Identificação das Empresas Responsáveis pelo Recolhimento do


Resíduo do Grupo A, B, D e E:
Dados da empresa
Empresa coletora: Coleta Resíduos Clean all - AM

CNPJ: 05.869.279/0001-68

Endereço: Avenida Getúlio Vargas, nº 2.211.

Bairro: Centro CEP: 876.483.180-66 Cidade: Manaus Estado: Amazonas


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Frequência das coletas na empresa geradora: Três vezes por semana.

Plano de ação emergencial e controle ambiental da empresa: Coleta Resíduos


Clean All:
Normas Gerais
• Adequação e cumprimento das regras e procedimentos estabelecidos no Decreto n.º 960044
de 18.05.88, da Lei 2063 de 06.10.83 e das NBR’s 7500, 7501, 7502, 7503, 7504, 8285, 8286,
que tratam da regulamentação do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, sem prejuízo
do disposto em legislação e disciplina peculiar de cada produto.
• Adequação e cumprimento do Código Brasileiro de Trânsito, conforme Lei n.º 9503 de
23/09/97;
• Verificar sempre se está sendo despachado o produto (resíduo/rejeito) correto, de acordo com
a nota fiscal.

Seleção dos motoristas


Motoristas qualificados e treinados com a devida carteira de habilitação para serviços
de transporte rodoviário de produtos perigosos, e de resíduos Classes I, IIA e IIB.

Procedimento de emergência e inspeção nos Transportes


Em caso de acidente envolvendo o caminhão, desligar o motor, apagar o cigarro, advertir
os outros motoristas por sinalizações da estrada e avisar a polícia o mais rápido possível. Ligar
imediatamente parta a empresa, através do telefone constante na ficha de emergência; tomar as
primeiras medidas de prevenção conforme a ficha de emergência. Periodicamente o
motorista deverá examinar a integridade da carga transportada, visando checar qualquer
vazamento, observando se os veículos estão adequadamente enlojados para evitar o
derramamento de resíduos nas vias de tráfego; os veículos deverão estar munidos de calha
protetora para evitar o vazamento de líquido. Em época de seca as estradas de acesso utilizadas
pela empresa, deverão ser umedecidas para evitar o arraste de material particulado. Especial
cuidado deve ser tomado com respeito à velocidade do veículo, observando os limites fixados
pela Lei de trânsito; para o transporte de produtos perigosos o veículo deve portar
obrigatoriamente os painéis de segurança e rótulo de risco, de acordo com a NBR 7500, além
da Ficha de Emergência (NBR 7503), do envelope (NBR 7504) e do Kit de segurança.

Ação de Emergência na Instituição


• Manter as pessoas afastadas; isolar a área de risco e impedir a entrada.
• Manter-se o vento pelas costas; afastar-se de áreas baixas.
• Usar equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo
oferecendo proteção limitada.
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• Isolar a área em todas as direções, num raio de 800m, se o vagão ou carreta estiverem
envolvidos no fogo.
• Chamar assistência de emergência.
• Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes.

Em caso de fogo
• Incêndio de pequenas proporções: Pó químico, CO2, Halon, neblina de água ou espuma
normal.
• Incêndio de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normalmente são recomendadas.
• Remover os recipientes de área de fogo, se isso puder ser feito sem risco.
• Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos as chamas, mesmo
após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques.
• Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à
distância ou canhão monitor. Se isso não for possível, abandonar as áreas e deixar queimar.
• Retirar-se imediatamente caso aumente o barulho do dispositivo de segurança/ alívio ou
ocorrendo qualquer descoloração do tanque devido ao fogo.

Derramamento ou Vazamento
• Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco.
• Estancar o vazamento, se isso puder ser feito sem risco.
• Usar neblina de água para reduzir os vapores; mas isso não evitará a ignição em locais
fechados.
• Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente não combustível
e guardar em recipientes para posterior descarte.
• Grandes derramamentos: Confiar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte

Primeiros Socorros
• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência: se não estiver
respirando, fazer respiração artificial: se a respiração é difícil, administrar oxigênio.
• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente os olhos com água corrente, durante
pelo menos quinze minutos; lavar a pele com água e sabão.
• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados.
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Uso dos painéis de segurança e rótulos de produtos


Durante as operações de carga,
transporte, descarga, transbordo,
limpeza e descontaminação, os
veículos e equipamentos, utilizados no
transporte de produtos perigosos
deverão portar rótulos de risco e painéis
de segurança específicos, de acordo
com as NBR 7500 e NBR 8286.

Minimização de resíduos na fonte geradora


Ações visando à redução da quantidade de resíduos químicos gerados na CMO deverão
ser sempre consideradas. Seguem alguns exemplos:
- Substituição de produtos químicos perigosos por equivalentes de menor periculosidade;
- Aquisição de reagentes apenas na quantidade a ser utilizada;
- Minimização do uso de reagentes de alta periculosidade e toxicidade na prática de laboratório;
- Desenvolvimento de práticas internas aos laboratórios que evitem a geração de resíduos
químicos complexos de difícil tratamento;
- Evitar doações de produtos químicos sem que haja previsão de consumo em, no máximo, um
ano. Além disso, as doações só poderão ser aceitas se houver um docente que se responsabilize
por garantir sua destinação final, caso o produto não seja consumido no prazo previsto;
- Diminuição de escala de reações e análises de forma a diminuir o volume de resíduo final.

Riscos Ambientais
Os riscos ambientais estão associados diretamente com os procedimentos adotados
pelos colaboradores, cooperados e demais envolvidos. Quando o manuseio do material a ser
descartado ocorre de forma incorreta, esta apresenta de acordo com as suas características,
riscos à saúde e ao meio ambiente.
• Riscos: é qualquer probabilidade de perigo para o homem e/ou para o meio ambiente;
• Impacto: Interferências biológicas, químicas e físicas no meio ambiente levadas como
resultado do sistema produtivo humano, que tem consequências na saúde, segurança, bem-estar
da população, seja entre os seres humanos como também nos biomas.
Classificamos o impacto da seguinte forma:
1. Baixo: Quando a interferência biológica, química ou física ocorre dentro das dependências
do CMO;
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2. Médio: Quando as interferências biológicas, químicas ou físicas extrapolam os limites da


cooperativa, atingindo a comunidade em torno, dentro do município;
3. Alto: Quando as interferências biológicas, químicas ou físicas podem transpor o limite do
município. Isso pode ocorrer através do transporte de materiais através da água ou vento.

Classificação de Riscos
Resíduo Risco Impacto
Grupo Os resíduos químicos são caracterizados como POPs – Poluentes Alto
B Orgânicos Persistentes, são bioacumulativos, ou seja, são resistentes à
degradação química, biológica e fotolítica (da luz), afetam a saúde
humana e os ecossistemas mesmo em pequenas concentrações.

EPI´s Os equipamentos de proteção individual quando descartados Médio


incorretamente podem contaminar o solo e água além de ser um possível
disseminador de microrganismos.

Monitoramento
São feitas revisões frequentes de todas as atividades que compõem a operação do
PGRSS, sendo submetido a revisões anuais por profissionais habilitados com respectiva
Anotação de Responsabilidade Técnica sobre o mesmo. Devem ser mantidos todos os registros
por pelo menos 5 anos, a partir da geração dos mesmos.
MONITORAMENTO PARA CONTROLE E INDICADORES
O monitoramento visa checar e avaliar periodicamente se o PGRSS está sendo
executado conforme o planejado, consolidando as informações por meio de indicadores e
eventualmente elaborando relatórios, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia,
aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas. Os resíduos devem ser quantificados
anualmente, conforme preconizado na RDC nº 306/2004 da ANVISA (Itens 4.2.2 e 4.2.3 do
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde), assim como a
taxa de acidentes com resíduos perfurocortantes em profissionais da limpeza. A ANVISA exige,
no mínimo, o monitoramento dos seguintes indicadores:
1. Taxa de acidentes com resíduos perfurocortantes
2. Variação da geração de resíduos
3. Variação da proporção de resíduos do grupo A
4. Variação da proporção de resíduos do grupo B
5. Variação da proporção de resíduos do grupo C
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6. Variação da proporção de resíduos do grupo D

7. Variação da proporção de resíduos do grupo E


8. Variação do percentual de resíduos encaminhados para a reciclagem
9. Pessoas capacitadas em gerenciamento de resíduos
10. Custo com RSS

Controle de Insetos e Roedores


O controle preventivo de infestação de insetos é feito semanalmente por empresa
terceirizada a área de Hospedagem programa e monitora os serviços. O controle é feito em toda
a área interna e externa do estabelecimento. A empresa contratada emite relatório dos serviços
realizados, mensalmente, os quais são armazenados em pasta eletrônica compartilhada
(Documentos para Vigilância).

Diagnóstico Inicial
O CMO é uma instituição de médio porte, vertical, categorizado como nível de
complexidade. Os resíduos químicos líquidos e sólidos produzidos pelo Centro Médico de
Oncologia são tratados de forma adequada. O CMO produz os seguintes resíduos sólidos de
serviços de saúde:
• Resíduos do Grupo A (Biológico)
• Resíduos do Grupo B (Químicos)
• Resíduos do Grupo D (Comum)
• Resíduos do Grupo E (Perfuro-cortante)
Resumidamente, estes resíduos são segregados pelos colaboradores da instituição, nos
locais de origem dos mesmos. A coleta e transporte destes resíduos até os abrigos temporários
e abrigos externos é realizada por uma equipe de Higienização e Limpeza do próprio hospital,
devidamente treinada e capacitada para execução do processo.
1. Isolamento da área em emergência e notificação à autoridade responsável;
2. Identificação do produto ou resíduo perigoso;
3. Reembalagem em caso de ruptura de sacos ou recipientes;
4. Procedimentos de limpeza da área de derramamento e proteção do pessoal;
5. Alternativas para o armazenamento e o tratamento dos resíduos em casos de falhas no
equipamento respectivo de pré-tratamento;
6. Alternativas de coleta e transporte externos e de disposição final em casos de falhas no
sistema contratado
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Referências

ABNT – Associação Brasileira de Normas e Técnicas.


ANVISA – Agência Nacional de vigilância Sanitária.
CONAMA – nº 237/97 Conselho Nacional do Meio Ambiente.
NBR 10004 – Resíduos Sólidos – Classificação, de setembro de 1987.
NBR 12235 – armazenamento de resíduos sólidos perigosos, de abril de 1993.
NBR 12807 – Resíduos de Serviços de Saúde – Terminologia, de janeiro de 1993.
NBR 12810 – Coleta de resíduos de serviços de saúde, de janeiro de 1993.
NBR 13853 – Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes. Requisitos
e métodos de ensaio, de maio de 1997.
NBR 7.500 – Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Material,
de março de 2000.
NBR 9191 – Sacos plásticos para condicionamento de lixo – Requisitos e métodos de ensaio,
de julho de 2000.
NBR 9191-Sacos plásticos para acondicionamento de lixo-Requisitos e métodos de ensaio, de
julho de 2000.
NBR 9259 – Agulha hipodérmica estéril é de uso único, de abril de 1997.
Plano de gerenciamento de resíduos químicos – FEA
Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde do hospital Unimed
Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde - HU/UFSC
Cartilha de orientação de descarte de resíduos no sistema FMUSP-HC
OBS: Nomes de instituições, pessoas e dados são fictícios.

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