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O acidente de trabalho
De acordo com o artigo 19 da Lei nº 8.213 da Previdência Social, o acidente de
trabalho é aquele que acontece enquanto o empregado está desenvolvendo
atividades a serviço da empresa ou aquele que ocorre pelo exercício do trabalho dos
segurados relacionados no inciso VII do artigo 11 da lei.
O acidente de trabalho é aquele que provoca lesão corporal ou perturbação
funcional, ou que causa a morte ou a perda/redução temporária ou permanente da
capacidade para o desenvolvimento do trabalho.
As Normas Regulamentadoras
As NRs, ou Normas Regulamentadoras, oferecem orientação sobre medidas
obrigatórias relacionadas à Segurança e Medicina do Trabalho. A CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) aludiu a elas no capítulo V, título II, e a Portaria
nº 3.214/78 aprovou-as. Essas normas são elaboradas e modificadas por comissões
compostas por representantes do governo, patrões e empregados, ou seja, uma
comissão tripartite.
Hoje em dia, existem 38 NRs que tratam individualmente de um assunto específico.
As Normas Regulamentadoras que abordam a segurança do trabalho são:
1. NR 11;
2. NR 12;
3. NR 13;
4. NR 15;
5. NR 20;
6. NR 24;
7. NR 31;
8. NR 35.
A Norma Regulamentadora 31 aborda especificamente a Segurança e Saúde no
Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura.
O agronegócio
O agronegócio é composto das relações industriais e comerciais que envolvem a
cadeia produtiva da agricultura (cultivo da terra) ou da pecuária (criação de animais).
Quando se estuda o agronegócio, é comum dividi-lo em três partes:
1. negócios agropecuários propriamente ditos (da porteira para dentro): são
representados pelos produtores rurais constituídos como pessoas físicas
(camponeses, fazendeiros) ou jurídicas (empresas);
2. negócios a montante da agropecuária (antes da porteira): são representados
pelas indústrias e pelos comércios que fornecem insumos aos produtores da
zona rural, como os fabricantes/vendedores de equipamentos, fertilizantes,
defensivos químicos etc.;
3. negócios à jusante da agropecuária (após a porteira): são representados por
compra/venda, transporte e beneficiamento dos produtos até chegarem ao
consumidor final, como as indústrias têxteis, supermercados, frigoríficos
e distribuidores de alimentos.
Os mais importantes riscos de segurança na agroindústria
As normas de segurança do trabalho variam conforme os riscos envolvidos. A
agroindústria oferece riscos ocupacionais com gravidade variável, envolvendo
intempéries, efeitos dos agrotóxicos, desgastes físicos, ataques de animas
peçonhentos (serpentes, escorpiões, aranhas), poeira, calor, ruídos, manuseio de
equipamentos e máquinas diversas.
Riscos químicos
Os agrotóxicos (defensores agrícolas) usados para proteger as plantas são muito
prejudiciais à saúde, podendo causar danos irreversíveis e até a morte. Com os
fertilizantes, ocorre da mesma forma.
Os agrotóxicos podem entrar no organismo de três maneiras:
! pele (via dérmica);
! inalação (vias respiratórias);
! ingestão (via oral).
Riscos mecânicos
Referem-se aos acidentes causados por máquinas, ferramentas e equipamentos
agrícolas, além daqueles associados aos animais, como arado puxado por boi,
carroças, queda de cavalo etc.
Riscos biológicos
Relacionam-se aos acidentes provocados por animais peçonhentos, agentes
infecciosos (bactérias, vírus, fungos, vermes), pólen, fezes e urina de animais,
partículas de grãos etc.
Riscos físicos
Quando o trabalhador rural se expõe ao sol em excesso, ele pode sentir cãibras,
sofrer síncopes e até desenvolver câncer de pele.
A hidratação é um importante meio de prevenção para o trabalhador do campo que
se expõe muito à radiação solar.
Riscos organizacionais
Resultam do ritmo acelerado e de um trabalho mal organizado. O trabalhador pode
sofrer com dores musculares e outras disfunções mais sérias.
O esforço repetitivo pode causar doenças osteomusculares e lesões diversas.