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Dores do mundo: esboço de um ensaio

sobre a conjunção do pecado e sociedade


Introdução
O filosofo pré-socrático Anaximandro engendrará no cadáver de sua obra propriedade comum aos
pecados cristãos; entretanto tal qualidade ignóbil manifesta-se unicamente na materialidade
tornando-a demasiado sútil para observações internas do espírito, sendo necessário realizar um
estudo relações sociais almejando percebe-lo, em suma, devemos transcender à interação Deus-
Pecador na descrição do fenômeno do pecado através da adição do agente “Sociedade” ocasionando
revelação do princípio citado acima.

Anaximandro
Anaximandro conceberá acertadamente a condição do homem enquanto ser social definindo-o como:
injusto e agressor; contudo somente Hume ao ponderar sobre “necessidade” e “conexão” permite
questionar: o que é agressão? Uma sucessão de ações desconexas que geram dor ou buscam gerar
dor; eis portanto que toda ação agressiva existe somente na possibilidade de prejuízo, inexistindo
movimentos invariavelmente agressivos.

O espírito indisposto ao sofrimento é alheio as dores do mundo, sendo inocente do pecado original
pois Deus não o expulsara do Éden, isto é, preservará tal homem do vazio.

Sociedade
A humanidade residida no Jardim e além dele igualam-se na fertilidade da alma para cometer pecados
carnais e idolatrias, contudo os primeiros são pacíficos como bestas românticas enquanto teus
descendentes negam tamanha piedade, ocasionando duas raças de mesmo gênero e semelhantes
potencialidades, porém uma eternamente torturada e outra insensível, produzindo nos últimos
homens estímulo aos desejos e idolatrias objetivando término das dores, entretanto traições e
obsessões oriundas dessas vontades engendram novos sofrimentos, desenvolvendo volições
igualmente prejudiciais, condenando essa raça ao perpétuo declínio; porém a gênese humana na
ausência de estímulo nunca cometerá crimes, necessitando da corrupção de Satanás para ocorrência
do pecado.

Conclusão
As dores do mundo esvaziam o coração dos homens. Portanto estabeleço que Deus transmutará o
gênero humano numa espécie sensível como punição pelo pecado original, assim impossibilitando
retorno de Adão a sua primazia.

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