Você está na página 1de 197

PERIGOSAS NACIONAIS

SUMÁRIO
NOTA DAS AUTORAS
DEDICATÓRIA
S.O.S
VÍCIO
PARTE I
PARTE II
PARTE III
PUTA
FAKE
PARTE I
PARTE II
REAL
REDES SOCIAIS
OUTRAS OBRAS
AGRADECIMENTOS

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

O universo on-line é tema agradável para


nós. Quem nos acompanha já deve ter notado que
sempre usamos a tecnologia em favor do prazer:
uma mensagem aqui, uma vídeo-chamada ali e tudo
isso acaba em suspiros ofegantes. Aqui não é
diferente. Nosso primeiro texto publicado no
Wattpad foi S.O.S, que narra o primeiro acesso de
uma garota ao bate-papo. De lá para cá, alguns anos
se passaram, mas a vontade de escrever sobre isso
não. Por isso, trabalhamos em alguns contos e os
juntamos aqui para vocês.
Assim como os acessos ao Chat, os contos
são quentes e rápidos e fará você desejar muito
mais.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Prepare uma roupa confortável e já vá


pensando no seu nick. Depois desses textos você,
com certeza, desejará conhecer esse universo.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Eu deveria estar terminando de revisar


minha monografia. Duas da manhã, estou usando
uma camiseta masculina maior que eu e uma
calcinha tipo short. Na minha mesa estão o
Macbook, uma xícara de café vazia e uma lata de
Coca-Cola recém-aberta. Há quem diga que essa

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

mistura de cafeína não faça bem.


Não consigo me concentrar nas palavras,
tampouco nas infinitas páginas do editor de texto.
Abro uma nova aba na página da internet, deixo-me
levar de clique em clique e acabo em uma página
de bate-papo. Por que não?
Tema: Amizade? Encontro? Namoro?
Sexo? Imagens Eróticas! Já que estou na chuva...
Apelido. Hum... Gata? Não, cadê a minha
modéstia? S.O.S, o código para o sinal de Socorro,
no meu atual estado de desespero, cai bem. Além
de não revelar, nem expor nada, posso entrar e
apenas observar enquanto aguardo a disposição
para retornar à monografia. Assim que faço a
autenticação com um código, sou redirecionada
para a sala de bate-papo.

S.O.S acabou de entrar...


PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Nenhuma mensagem direcionada a mim.


Alguns contatos conversam de maneira pública e
minha tela é bombardeada por inúmeras imagens.
Dois homens pelados se tocando, uma mulher de
quatro sendo penetrada por um cara super-dotado,
muitas bundas, peitos e todas as partes da
anatomia... Talvez eu devesse ter começado com
uma sala mais leve. No meu atual estado de
carência, as cenas que se desenrolam na minha tela
causam mais tortura que prazer.
Estava prestes a clicar em "sair", mas antes
fui conferir os apelidos que ficavam do lado direito
da tela.
________
S.O.S
Gata 25
Coração de aço H
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Amigo 36
Professor Gostoso
Lobo Mau
Gata Nua Cam
Sou Vadia
Quero te dar
Dr. Delícia
Puta de cachorro
Empresário Foda
Comedor De Xanas
Pelado na CAM
Casado sozinho
________

Definitivamente não levo jeito para essa


coisa, meu apelido está mais adequado para uma

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

comédia romântica do que para sala erótica.


Movimento os dedos no touchpad e levo o cursor
até "sair", antes de clicar noto que uma das
mensagens que passam na tela está cinza, ou seja, é
para mim.

Dr. Delícia – Acho que aqui não é o melhor


lugar para pedir socorro! A menos que ele seja
metafórico ;)

Alguém que sabe o significado de metáfora


acordado a essa hora, num ambiente como esse?
Vale a pena conferir. Clico no apelido Dr. Delícia
do lado direito, e minha caixa de diálogo fica verde.

S.O.S – Poxa, achei que ia achar um médico


disposto a me ajudar :(

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Dr. Delícia – Serve um psicanalista? ;)

S.O.S – Não sei se o meu caso é


propriamente resolvido com análise...

Dr. Delícia – Posso tentar?

S.O.S – Considerando que você foi o único


a perguntar... boa sorte! :p

Dr. Delícia – kkkk obrigado. Está em


perigo?

Demoro alguns segundos para pensar na


minha resposta.

S.O.S – Somos cercados de perigo. No


PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

momento, estou falando com um desconhecido,


para alguns isso é considerado muito perigoso...

Dr. Delícia – Tem toda razão. Dessa


maneira, também estou em perigo. Vamos melhorar
isso?

S.O.S – Como?

Dr. Delícia – Deixando de ser estranhos


rsrsrs. Quantos anos?

S.O.S – 28 e você?

Dr. Delícia – 30. Tc de onde?

S.O.S – Teclo do RJ. Sua vez.


PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Dr. Delícia – Cidade maravilhosa?


Interessante também sou daí, mas moro em SP.

Dr. Delícia – Como você é? Se descreva...


;)

S.O.S – Oi? kkkkkkkkkk sou péssima em


descrição.

Dr. Delícia – Quer que eu pergunte? rsrs

S.O.S – :p Sou morena, 1,70, 60 kg.

Dr. Delícia – Huuum... peitos e bumbum?

S.O.S – Achei que os psicanalistas se


PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

interessassem pelo discurso, pelo inconsciente...

Dr. Delícia – Ah sim, mas você disse que


não sabia se seu caso era de terapia rsrs então estou
partindo pra anatomia.

S.O.S – kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
MUITO BOA

S.O.S – Tenho seios médios, enchem uma


mão. Bunda... não tenho do que reclamar, não
chego a ser a mulher melancia, mas os homens
olham quando eu passo.

Comedor De Xanas – Deixa eu ver se eles


cabem na minha boca, safada!

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Pelado na CAM – Mostra essa bunda pra


mim gostosa.

Lobo Mau te convidou para uma sala


privada, clique aqui para aceitar

Lobo Mau – Aceita gata!

Estava tão absorta no flerte que esqueci


completamente onde estava. As mensagens que se
seguiram me convidavam pra salas privadas,
pediam meu telefone e diziam o quanto eu devia ser
gostosa. Na minha troca de mensagens com o Dr.
Delícia descobriram que S.O.S é uma mulher,
afinal. E assim eu, que antes fui ignorada, agora
estava sendo bem requisitada.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Dr. Delícia – Que sucesso! Acho que a sua


descrição agradou rsrs. É a sua primeira vez aqui
né?

S.O.S – Por que?

Dr. Delícia – Marque a opção


"reservadamente" que as suas mensagens vão
somente para as pessoas que você selecionar ;)

S.O.S ​– Huuuuuuuuuum

Marquei a opção.

S.O.S – É a minha vez de saber como você


é, doutor.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Dr. Delícia – Sou o homem que vai te


socorrer.

Ele é evasivo, mas consegue me distrair.


Perguntou o que eu fazia, se tinha namorado e
como parei naquela sala, respondi que trabalhava
em banco, estava solteira – o que era verdade já que
estava dando um tempo no namoro – e que parei ali
sem querer. Ele usou o destino como argumentação
para traduzir essa noite.

Estou encantada com esse novo universo,


afinal há vida inteligente e interessante na
madrugada em sites de bate-papo, quem diria? Não
percebo as horas passando, a conversa estava leve e
boa... Quando noto, são 4h da manhã.

S.O.S – Caramba, você realmente


PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

conseguiu me socorrer! Já deu uma olhada na hora?


Preciso ir deitar.

Dr. Delícia – Já? A noite é uma criança. E


eu nem pedi para te ver ainda rs

S.O.S – Me ver? Não te disse que tinha uma


câmera. E ainda não estou certa de que não corro
perigo...

Dr. Delícia – Você tá certa, tem que ter


cuidado na internet. Mas não precisa mostrar seu
rosto. E se ficar tímida, eu deixo a minha câmera
desligada até você pedir para me ver... Que tal?

S.O.S – kkkkk não sei. Estou usando uma


camisa masculina enorme, minha cara está

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

amassada...

Dr. Delícia – Já estou encantado por você,


só preciso dar forma aos meus pensamentos. Faz o
seguinte...

Dr. Delícia – Imagina que eu estou atrás de


você. Você está linda nessa camisa, a minha
camisa. Passo minhas mãos pelas suas pernas
lentamente. Sinto como você tem a pele macia...

Dr. Delícia – Deslizo meus dedos por baixo


da sua camisa, chego na sua barriga e a aliso. Traço
o caminho até o vale entre os seus seios... Você é
muito gostosa. Com uma mão em cada seio eu
provoco até sentir os bicos ficarem duros... prontos
para mim.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Enquanto ele descreve, eu faço tudo o que


diz. É muito excitante. Meu corpo reage às minhas
mãos como se fossem as dele. Suspiro ao sentir
meu corpo excitado, os bicos dos seios duros.

Dr. Delícia – Então, posso te ver? Posso te


conduzir por esse caminho até te deixar louca...
você vai dormir relaxada... ;)

Antes que eu possa pensar, clico na opção


ao lado e o convido para uma sala privada. Corro
até a porta do quarto e tranco. Levo o Macbook
para minha cama e permito que a sala privada use a
câmera e o microfone. Em segundos, minha
imagem numa camisa branca enorme toma uma
janela na minha tela. Ajustei a tampa do
computador para que não mostre meu rosto.
A tela dele continua escura.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

S.O.S – Aqui estou... :)

Dr. Delícia – Linda. Quer que eu continue?

S.O.S – Não se pode frustrar uma mulher


dessa maneira, Freud explica, pode continuar rs

Dr. Delícia – Passe as mãos no seu corpo.

Hesito. Uma coisa é imaginar, outra é ele


direcionar meus passos. Fecho os olhos e
suspiro. O que você tem a perder? Minhas mãos
passam pelas minhas pernas dobradas e sobem pela
camisa, tocando–me sobre a roupa. Abro os olhos
para ver que reação causei.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Dr. Delícia – Estou louco aqui, se eu


pudesse atravessar a tela, estaria tocando você...
deixe eu te ver. Imagine que estou sentado no lugar
do seu computador. Te olhando e sorrindo. Beijo
sua boca e seguro seu cabelo. Conduzo meus lábios
pelo seu pescoço e dou uma mordida forte o
bastante para te fazer gemer. Levanto sua camisa
devagar...

Me perco nas palavras e faço cada toque ser


real, materializando suas palavras com as minhas
mãos.
Tiro a blusa.

Dr. Delícia – Gostosa, uau! Você disse que


seus seios encheriam uma mão, mas acredito que
eles transbordem um pouco. Aperto eles e você
protesta com um gemido entre a dor e o prazer.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Hum... te ouvir está me enlouquecendo.

Dr. Delícia – Minhas mãos descem por essa


barriga sequinha... e encontram sua calcinha.
Coloco minha mão por dentro dela e noto que você
está bem excitada. Provoco você com um dedo
entrando e saindo... entrando. Saindo. Você suspira
alto e remexe na minha mão. Eu quero chupar você.
Sinta a minha língua... hum, seu gosto é
sensacional, quero que você goze na minha boca.

Meu coração está disparado. Não sabia que


as palavras tinham o poder de excitar tanto quanto
o toque. Perdida em sensações, tiro a calcinha e
sento com as pernas abertas para a câmera. Não
consigo mais pensar. Agradeço a distância, pois se
ele estivesse presente eu estaria transando com um
completo estranho. Toco–me e sinto como meu

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

sexo está quente e escorregadio, meus dedos me


fodem enquanto eu leio o que ele me ordena,
desejando que fosse a mão dele. A boca dele. O pau
dele. Gemo alto, mexendo descontroladamente...
Sinto a temperatura aumentar e o meu corpo se
retesar.
Gozo sozinha pela primeira vez.

Dr. Delícia – Nossa, você é a coisa mais


linda que já vi gozando. E tenho que te dizer, seu
rosto é lindo.

Ainda sem fôlego e meio em pânico, digito:

S.O.S – Rosto?

Dr. Delícia – Não se preocupe, foi rápido,

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

só notei que você é linda, mal vi a cor dos seus


cabelos, infelizmente eles estão presos, né? Sei que
não é loira, mas isso é pouco, tem certeza que não
posso ver seu sorriso?

S.O.S =D <<<< aqui.

S.O.S – Foi incrível... estou exausta, posso


te ver e ir dormir? Vamos trocar e–mails?

Dr. Delícia – Eu adoraria falar com você


novamente, mas infelizmente você não vai querer.

S.O.S – Por que?

Nesse momento o êxtase é substituído pelo


pânico. Não sei o nome, profissão ou nada

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

relacionado a quem está do outro lado da tela. E ele


me viu nua e me levou a um orgasmo.
A janela, que passou a maior parte do tempo
escura, se ilumina de uma forma brusca. O
ambiente é claro demais. Como se fosse um...
Hospital. Um homem com olhos profundamente
marcados pela dor me encara, em seguida, a câmera
é desviada do seu rosto e passa pelo cômodo,
mostrando–me que é realmente um hospital. Ao
lado da cama há uma cadeira de rodas. Antes que
eu processe a informação ou digite qualquer coisa,
a sala privativa é fechada.

Dr. Delícia saiu da sala...

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Naquela noite eu senti o impacto que o


mundo virtual pode causar. Nós não sabemos quem
está do outro lado da tela, mas podemos construir
ligações com elas mesmo assim. Não consegui
dormir, mesmo exausta pelas horas acordada.
Voltei ao site no dia seguinte, buscando–o para
retomar o contato, conhece-lo melhor, saber quem
ele realmente era. Eu queria saber mais sobre ele.
Mas esse é um dos problemas desse tipo de
ambiente: se um não quiser, dois nunca mais se
encontrarão.

Passei alguns dias me perguntando o que ele


tinha, que dores sentia e o que realmente buscava
em uma sala de bate–papo. Depois de algumas
semanas, me perguntei se ele ainda estaria vivo...

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Por fim, joguei–o no fundo da mente junto com


outras coisas passageiras. Eu pretendia voltar
aquele ambiente diverso qualquer dia da vida, mas
com o lembrete mental: pedir algum meio para
contato posterior.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PARTE I

Não consigo me livrar desse vício. Assim


como qualquer outro quando se vê, já caiu na
tentação. As consequências, os medos, às vezes até
o arrependimento, vem depois. Mas, aí vale a
máxima do "não adianta chorar pelo leite
derramado". Até que o ciclo vicioso se inicia

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

novamente.
A lua está alta. Estou trancada no meu
quarto. Meu notebook está posicionado no lugar de
sempre, a luz está acesa. Gosto de ser vista, quando
quero. Meus dedos estremecem em antecipação,
digito o site... Quem sou eu, hoje?
Minhas escolhas geralmente são aleatórias,
olho a infinidade de salas do lado esquerdo da tela,
não quero disputar atenção com Imagens eróticas,
não quero ser caçada na sala Sexo, também não
quero correr o risco de corromper um garotinho de
13 anos na sala Amizade. Suspiro. Sim, estou
tentando dificultar as coisas... Tentando fazer com
que meu inconsciente fique entediado e desista.

Sexy Lady acabou de entrar...

Previsivelmente, meu nick é recebido com


PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

inúmeras mensagens.

Velho gordo e feio (reservadamente) – Oi

Se estivesse nos meus dias de boazinha,


conversaria com esse cara: ele quer chamar
atenção!

Charmosa (reservadamente) – Sexy e


Charmosa rsrsrs juntas seríamos uma combinação
irresistível... ;)

Mulher? Interessante. Realmente preciso


usar mais esse apelido, mas hoje não estou
disposta. Mais algumas mensagens e convites para
conversas particulares surgem rapidamente, corro
os olhos na tela.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Chupo Buceta UNB (reservadamente) – E


aí gata, a fim de ver um homem de verdade?

Esse tipo me cansa fácil. Se acha gostoso,


mas não é capaz de fazer ninguém gemer...
Orgasmo? Só se for o dele próprio.

CasadoQuerAmante (reservadamente)
– Olá. Sou bonito, educado, discreto e muito
safado. Especialista em sexo oral. Procuro por uma
amante para encontros. Interessada? me passe seu
Whatsapp... posso ajudar $$...

A mensagem me faz rir. Clico no apelido.

Sexy Lady (reservadamente) – A modéstia

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

passou longe...

CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Só escrevi verdades! Se interessou?

Sexy Lady (reservadamente) – Você


escreveu tudo que acha que uma mulher deseja.
Inclusive, dinheiro. Sua abordagem costuma dar
certo?

CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Você está teclando comigo, não está?

Sexy Lady (reservadamente) – PONTO!


Mas, isso não significa que eu deseje o mesmo que
você...

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

CasadoQuerAmante (reservadamente) –
O que deseja? Acho pouco provável que não
deseje nada do que ofereci. Que mulher não quer
um especialista em sexo oral?

Sexy Lady (reservadamente) – É verdade,


se você for um completo imbecil, pelo menos se
ganha um orgasmo...

CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Ai! Doeu.

Sexy Lady (reservadamente) – Você


mereceu. Vamos ao que interessa?

CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Vamos. Quantos anos? Onde mora e qual o seu

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

estado civil?

Sexy Lady (reservadamente) – Eu me


referia a sexo. Mas, tenho 28 e sou casada. Onde
moro não é da sua conta.

Dessa vez, havia entrado na sala por


regiões, precisamente estava numa das salas de São
Paulo onde moro, mencionar esse fato está
totalmente fora de cogitação.

CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Você leu a parte em que eu quero uma amante?

Não deveria ter entrado nessa conversa. A


última coisa que eu preciso é de um cara mandão,
irritante e que me quer pessoalmente... Para isso eu

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

tenho marido.

Sexy Lady (reservadamente) – Preciso ir.


Boa sorte na próxima conversa.

CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Por que está fugindo?

CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Você não me disse o que deseja.

CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Podemos chegar num consenso.

CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Lady... sério. Gostei de vc.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Agora sim... hoje eu quero estar no controle.


Sorrio triunfante.

Sexy Lady (reservadamente) – Ainda


estou aqui. Vamos para o reservado?

CasadoQuerAmante te convidou para uma


sala privada, clique aqui para aceitar.

Antes de habilitar o aparecimento da minha


imagem, sempre verifico quem está do outro lado,
pois tive algumas desagradáveis surpresas. Num
dos meus primeiros acessos conversei com um
homem gentil que me disse ter 30 anos, quando
ligou a câmera me deparei com um senhor
decrépito que parecia ter 200.
Nesse momento, a imagem que surge na
minha tela me deixa sem ar por uns três segundos.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Ao contrário do que a maioria dos homens nas salas


de bate–papo faz, fui recebida por um par de olhos
castanhos tão claros e límpidos que nem os óculos
de grau conseguiram disfarçar. O olhar é
penetrante.

CasadoQuerAmante – Já cansou de me
analisar? Aparece.

Ele não era o primeiro homem bonito a usar


salas desse tipo. A minha surpresa é ele dar a cara a
tapa, a maioria se esconde e mostra apenas os
corpos... Eu mesma me incluo nessa lista.
Hoje você é a caçadora, não se deixe
intimidar.
É minha vez de jogar. Permito que a sala
use minha imagem e som.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

CasadoQuerAmante – UAU!

Sorrio ao notar o que causei. Ele achou que


estava lidando com uma amadora e seus olhos se
arregalaram ao notar meu corpete preto. O decote
em V vai até quase o umbigo, é amarrado por um
fino cordão e os meus seios fartos e contraídos pelo
corpete saltam de maneira sensual. As meias se
conectam ao corpete por ligas, tudo negro.

CasadoQuerAmante – Sou capaz de gozar


só com essa imagem.

Sexy Lady – Vou te dar um pouquinho


mais que isso.

Não espero a resposta, levanto da cadeira e

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

a posiciono mais atrás. Agora, ele consegue ver


toda a minha produção. Dou play na música que
havia separado para ocasião, uma versão um pouco
mais sensual de Beautiful Liar da Beyoncé.
Aumento o volume para sentir a música, a acústica
do quarto não permite que o som se espalhe pelos
outros cômodos.
Lentamente, passo as mãos pelos lados do
meu corpo, chegando até a perna. Vagarosamente,
coloco essa perna sobre o assento da cadeira,
passando as mãos por toda a extensão. Meu toque é
agradável. Repito o movimento com a outra perna.
Ouço o suspiro do meu expectador.
Desfaço o lacinho que prende o cordão do
corpete. E, numa dança sensual, desmancho cada
amarra que segura o meu decote. Dispo o corpete e
admiro, com satisfação, o momento em que meu
admirador se ajeita dentro da sua calça. Meu

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

showzinho está surtindo o efeito esperado.


Sento na cadeira, abro as pernas e rebolo ao
som da música. Minhas mãos percorrem meus seios
e barriga. Toco de leve meu sexo e sigo em direção
oposta. Estou excitada, gosto de ser vista.
Levanto–me e de pé, viro de costas para ele
a tela. Movimento a cintura e me inclino de forma a
dar total visão da minha bunda num fio dental
preto. Ele geme. Segurando no encosto da cadeira,
abro um pouco as pernas e continuo dançando
nessa posição.
Ainda de costas, levo minhas mãos até a
calcinha, abaixando–a devagar.
— Filha da puta — o ouvi praguejar.
Estou apenas de salto e meias, excitada e
me sentindo a mais gostosa entre todas as mulheres.
Ao me virar, vejo que ele está se tocando. Mãos
fortes acariciam um membro grande e duro, sua
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

virilidade notável não deixaria a desejar, caso ele


optasse por se apresentar usando seu nada modesto
pau. Sorrio ao imaginar o que ele seria capaz de me
proporcionar...
— Achei que já tinha gozado... — digo
olhando para o movimento das suas mãos.
Dificilmente eu falo nessas conversas, acabei me
deixando levar.
— Além de gostosa, tem uma voz que me
arrepia. Quero ouvir você falar meu nome aqui no
meu ouvido... — sua voz sai rouca de excitação. Eu
me arrepio. E não gosto disso. Resolvo voltar
digitar.

Sexy Lady – Precisa de mais algum


incentivo? Você disse que gozaria só com a minha
imagem vestida, no entanto...

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

CasadoQuerAmante – nunca gozo antes


de uma mulher. Quero te ver estremecer Lady...
quero te ouvir ofegar. Por que voltou a escrever?
Adoro sua voz.

CasadoQuerAmante – Você conseguiu me


surpreender, estou louco e se você tivesse me dito
onde morava, nesse momento estaria a caminho de
te encontrar. Te sentir é quase uma necessidade
nesse momento. Percorrer cada centímetro desse
corpo gostoso com a minha língua, sentir o sabor
de cada gota de suor que farei escapar de você.

Embriago–me com as palavras. Esse é o


meu maior vício, me deixar levar pela imaginação
daquelas fantasias. Sou capaz de sentir a sua língua
percorrendo meu corpo. Minhas mãos vagam pelos
meus seios. Meus dedos apertam e punem meus

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

mamilos duros... Gemo baixinho.


— Isso... imagina meus dentes mordendo
esse biquinho duro, huuuum...quero foder você!
É como se ele adivinhasse que meus olhos
estavam fechados e ao invés de escrever, ele fala.
Sua voz me conduz para cada vez mais perto do
abismo.
Sentada e recostada na cadeira, me deleito.
Meu polegar gira sob o clitóris, me fazendo ofegar
a cada nova descarga de prazer que emana daquele
pequeno ponto. Acelero o ritmo e uso dois dedos
para me foder ao mesmo tempo. Meu corpo
esquenta. Meu coração acelera. Eu desabo no tão
desejado abismo de braços abertos. A sensação de
queda, sempre me agradou.
Assim que as batidas do meu coração se
normalizam, abro os olhos e noto que ele havia
tirado a camisa... Seu abdômen definido mostra as

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

evidências do seu gozo. Ele provavelmente teria


estragado a camisa com a quantidade de porra que
tinha liberado.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PARTE II
Depois de um dia exaustivo, uma boa
rodada de sexo relaxante é tudo que desejo. Pena
que a minha esposa não pense da mesma forma. Ela
está muito ocupada com algo que não me inclui.
Depois do jantar, vou para o escritório de casa e
busco na internet o que não encontro em casa:
diversão.
Escolho a sala por região, há algum tempo
venho fazendo isso, tentando achar alguém que
queira sexo real. Clico aletoriamente nos apelidos e
começo a abordagem:
CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Olá. Sou bonito, educado, discreto e muito safado.
Especialista em sexo oral. Procuro por uma amante
para encontros. Interessada? me passe seu
Whatsapp... posso ajudar $$...
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Sexy Lady (reservadamente) – A modéstia


passou longe...
Recosto na cadeira, Sexy Lady, hein? Hum.
São todas iguais, nem mesmo um apelido original
para variar, mas vamos lá...
CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Só escrevi verdades! Se interessou?
Sexy Lady (reservadamente) – Você
escreveu tudo que acha que uma mulher deseja.
Inclusive, dinheiro. Sua abordagem costuma dar
certo?
Tenho que rir. Até que é esperta, mas
vamos ver até onde vai...
CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Você está teclando comigo, não está?
Sexy Lady (reservadamente) – PONTO!
Mas, isso não significa que eu deseje o mesmo que

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

você...
Ah não? Solto uma gargalhada da sua
tirada.
CasadoQuerAmante (reservadamente) –
O que deseja? Acho pouco provável que não deseje
nada do que ofereci. Que mulher não quer um
especialista em sexo oral?
Sexy Lady (reservadamente) – É verdade,
se você for um completo imbecil, pelo menos se
ganha um orgasmo...

Wool então a gatinha sabe arranhar, não é?


CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Ai! Doeu.
Sexy Lady (reservadamente) – Você
mereceu. Vamos ao que interessa?
Mulher Direta. Gosto disso.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Vamos. Quantos anos? Onde mora e qual o seu
estado civil?
Sexy Lady (reservadamente) – Eu me
referia a sexo. Mas, tenho 28 e sou casada. Onde
moro não é da sua conta.
Ok. Me aprumo na cadeira, essa mulher já
está começando a perder o encanto. Ela quer ser
direta, então sejamos... digito e aperto enter com
mais ênfase, engole essa Sexy Lady:
CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Você leu a parte em que eu quero uma amante?
Sexy Lady (reservadamente) – Preciso ir.
Boa sorte na próxima conversa.
Filha da mãe. Quando vejo já digitei e
apertei enter...
CasadoQuerAmante (reservadamente) –

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Por que está fugindo?


CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Você não me disse o que deseja.
CasadoQuerAmante (reservadamente) –
Podemos chegar num consenso.
Me dê um bom motivo para continuar
perdendo meu tempo com você, docinho. Aguardo
outra resposta malcriada. O tempo passa. Corro o
olhar pela lista ao lado, mas a maioria dessa porra é
homem! Respiro profundamente e solto o ar.
Lady... sério. Volta aqui, gostei de você, porra.
Sexy Lady (reservadamente) – Ainda
estou aqui. Vamos para o reservado?
Humm, então é um jogo? Ela não gosta de
ser mandada. A gatinha tem garras e tem algo —
além do fato de os outros apelidos não me
chamarem atenção — que me deixou curioso. Ok,
vamos lá.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Convido–a para uma sala reservada.


Me ajeito no acento e ponho os óculos de
leitura. O grau é ínfimo, mas sei que causa uma boa
impressão. Ela não aparece de imediato, sei o que
está fazendo, Docinho, pode olhar à vontade...
Encaro a tela escura.
Impaciento-me depois de algum tempo, se
ela vai ficar me comendo com os olhos, vai ter que
me dar algo em troca.
CasadoQuerAmante – Já cansou de me
analisar? Aparece.
Quando ela aparece, eu perco o ar. Puta que
pariu! Limpo a garganta, não é que a gatinha é
mesmo um tesão?
CasadoQuerAmante – UAU!
Gostosa para caralho! Esse maridinho deve
ser um merda para dar mole com um avião desses,

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

mas não vou ser eu a reclamar. Existe alguma


espécie de justiça no mundo, afinal.
CasadoQuerAmante – Sou capaz de gozar
só com essa imagem.
Sexy Lady – Vou te dar um pouquinho
mais que isso.
Vamos lá, Docinho, faça o seu show. Antes
que apertasse enter ela já estava se mostrando na
tela. A filha da mãe era mesmo deliciosa, com
aquela música de fundo e dançando para mim com
aquele corpo todo durinho... As curvas em seus
devidos lugares. Que pernas! Ela começa a se
despir lentamente, me torturando. Hum. A gatinha
sabia mesmo o que estava fazendo, havia segurança
em cada gesto ao despir-se lentamente do corpete
negro que deixavam seus seios fartos ainda mais
atrativos. Minha boca logo seca com o espetáculo
que está me dando.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Com a mesma lentidão ela rebola ao som da


música, desliza as mãos pelo corpo onde eu queria
estar deslizando. Até penso em digitar, mas meus
dedos se ocupam presos ao encosto de braço da
cadeira, tensos. Solto um gemido quando ela me
mostra aquela bunda gostosa. Filha da puta! Ela
estava somente de saltos e meias e eu querendo
muito estar socado dentro dela até as bolas... Que
delícia!
Puxo meu pau para fora do short, sem tirar
os olhos de toda aquela tentação na minha frente.
Aquela boquinha generosa se entreabre ao ver o
que eu estava fazendo e eu fico ainda mais duro.
Imagino estar enfiado entre os lábios sensuais, ela
também está gostando do que vê, pois sorri. Se toca
de que está praticamente babando com a minha
visão.
— Achei que já tinha gozado... — ela diz,

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

olhando para o movimento das minhas mãos. Pode


olhar, Docinho, imagina meu pau enterrado em
você e te fazendo gemer de prazer.
— Além de gostosa, tem uma voz que me
arrepia. Quero ouvir você falar meu nome aqui no
meu ouvido... — provoco.
Ela não gosta de ser provocada, seu olhar a
denúncia... Essa iria dar trabalho.
Sexy Lady – Precisa de mais algum
incentivo? — Ela insiste, está inquieta, posso ver os
bicos dos seios fartos arrepiados a denunciando.
Sexy Lady – Você disse que gozaria só
com a minha imagem vestida, no entanto...
CasadoQuerAmante – Nunca gozo antes
de uma mulher. Quero te ver estremecer Lady...
quero te ouvir ofegar. Por que voltou a escrever?
Adoro sua voz.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

CasadoQuerAmante – Você conseguiu me


surpreender, estou louco e se você tivesse me dito
onde morava, nesse momento estaria a caminho de
te encontrar. Te sentir é quase uma necessidade
nesse momento. Percorrer cada centímetro desse
corpo gostoso com a minha língua, sentir o sabor
de cada gota de suor que farei escapar de você.
Continuo provocando, e ela se
desmanchando a cada palavra de incentivo.
— Isso... Imagina meus dentes mordendo
esse biquinho duro, huuuum...quero foder você! —
ela cede, estava molhada, pronta pra ser metida e se
tocava, caralho!
Que vontade de substituir aqueles dedos
atrevidos pela minha boca! Eu ia chupa-la até que
gritasse em gozo e depois ia meter fundo naquele
corpo delicioso e insinuante. Ela geme e se
contorce, estava quase lá e começo a acelerar os

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

movimentos das minhas mãos no meu pau. Toco-


me forte e rápido, assistindo o espetáculo que é
aquela mulher em minha tela. Levanto a camisa a
espera do que virá.
— Puta que pariu! — Rosno baixo gozando
com aquela cena e acabo esporrando a barriga e
ainda em parte da minha camisa. Perco um
momento rápido da visão do corpo dela
desmanchado na cadeira para tirar a peça e me
limpo um pouco.
Fantástica, deliciosa!
— Precisamos fazer isso pessoalmente —
digo encarando a tela. Ela se ajeita na cadeira,
fechando as pernas e deixando a postura um pouco
mais tensa do que estava.
— Isso não vai acontecer — a voz dela é
sexy para caralho e só me faz ter mais vontade de
ouvi-la de perto.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Você viu o que podemos fazer juntos on-


line, não tem a menor curiosidade pelo que
podemos fazer juntos pessoalmente? — Insisto.
— Eu vivo a fantasia, nunca disse que
estava interessada em um amante real — ela rebate
e então eu decido ir por um outro caminho.
— Ok, então vamos repetir isso —
enquanto eu falo ela levanta e sai da minha linha de
visão.
Porra, que mulher difícil é essa? Sem
sombra de dúvidas a melhor que já encontrei on-
line... Como posso convencê-la a me deixar saber
quem é? Olho o que me é permitido. O notebook
deve estar em alguma mesa, portanto minha visão é
bem reduzida: a parede cinza, a cadeira giratória
com braços em que ela deu o seu show e um
pedaço da cama. Nada revelador. Ela volta usando
uma camisa masculina, grande e preta. Ao sentar,

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

ajusta a tela para poder digitar e ao levantar a mão


para ajeitar o cabelo, dou atenção a larga aliança de
ouro. A joia é bem maior que as convencionais e
contém uma pedra vermelha no centro.
SexyLady – Querido, foi bastante
interessante estar com você. Mas agora eu preciso
mesmo ir.
CasadoQuerAmante – Como faremos para
conversar de novo?
SexyLady – Não cometo o erro de falar
duas vezes com a mesma pessoa.
CasadoQuerAmante – Entendo o receio,
de verdade, também sou casado e por isso mesmo
te garanto que não tem com o que se preocupar...
Digito e clico enter, mesmo querendo gritar
tais palavras.
CasadoQuerAmante – Não posso te

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

obrigar a conversar comigo, mas espero que entre


em contato. Meu número é o 11 XXXXXXXX.
Pode me mandar mensagem a qualquer momento
que estarei pronto para te responder. Lembre–se,
posso ser o que você precisa.
SexyLady – Adeus, casado.
SexyLady saiu da sala...
Droga, ela saiu da sala, mas tenho a leve
impressão que não sairá da minha cabeça.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PARTE III
Eu salvei o número que ele enviou, mesmo
sabendo que nunca mandaria tal mensagem, pelo
menos era o que eu dizia para mim dia após dia,
passeando pelos contatos da agenda do meu celular.
Sou casada há três anos, minha relação é
normal. E, às vezes, eu acho que “normal” não
deveria ser uma palavra usada para descrever
relacionamentos. Talvez eu quisesse um pouco
mais de intensidade, de emoção, ou de gritos
mesmo. A normalidade e a rotina cansam. É por
isso que sou tão viciada em chats on-line. Ali, eu
posso sair da rotina, extravasar meus gostos e expor
tudo que desejo, sem precisar ser apontada como
errada.
Hoje é sexta-feira e tudo que eu mais quero
é sair da rotina. Uma rodada de sexo em lugar
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

proibido, uma visita em uma casa de swing ou até


mesmo umas posições novas só eu e ele na nossa
cama mesmo... Penso em maneiras de deixar isso
claro sem transparecer insatisfação e decido que
uma visita ao escritório dele para ser o almoço é
uma boa ideia.
Corro para o banheiro e me preparo para ser
o prato principal. Uso uma saia lápis discreta e uma
blusa de mangas, para que ele não tenha do que
reclamar no quesito “você veio ao meu trabalho”,
mas dispenso o sutiã e a calcinha. Já me sinto
excitada só com a preparação.
Dirijo até a empresa em que ele é o diretor
geral e recebo diversos olhares masculinos quando
ando até o elevador. Não costumo ir ali e talvez a
maioria não saiba quem eu vou visitar. O ambiente
é extremamente masculino, os ternos passeiam
livremente enquanto as saias são usadas, em sua

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

maioria, pelas secretárias que antecedem as grandes


salas. Como essa que me sorri com antipatia.
— Bom dia, a senhora tem horário
marcado?
— Bom dia, não tenho, mas o senhor Lins
não verá problemas em me receber — digo
sorrindo, mas já sentindo que talvez eu devesse ter
ligado para ele antes.
— A quem devo anunciar?
— Senhora Lins — respondo e a mulher
arregala os olhos.
— Sim, senhora — ela disca e anuncia
minha chegada. — Ele disse que está ocupado,
senhora, mas que conversa com a senhora em casa.
Fico pálida. E puta. Como assim, ele não se
dá o trabalho nem de me dispensar pessoalmente?
— Ele está com alguém? — pergunto

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

apenas para saber que tipo de cena irei encontrar.


— Não senhora, mas... — Não espero ela
completar e saio marchando em direção a sala do
meu marido.
Abro a porta e ele ergue o olhar, a secretária
vem logo atrás com cara de assustada.
— Pode ir — ele a dispensa e eu fecho a
porta — qual é o problema? Eu disse que estava
ocupado.
— E por que não foi você mesmo me dizer
isso? — dou alguns passos em direção ao meio da
ampla sala.
— Já disse que estou ocupado. Mas já que
me interrompeu, me diz qual é o problema?
Toda a minha vontade de transar com ele
vai embora em questão de segundos.
— Pensei que poderíamos almoçar — digo,

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

deixando de lado a ideia de ser o prato principal.


— Você poderia ter me ligado e poupado
seu tempo... Tenho uma reunião com um cliente no
almoço.
— Certo, podemos jantar fora então?
— Desculpe, querida, acho que esqueceu
que eu viajo a trabalho hoje e só retorno na
segunda.
Eu não esqueceria uma coisa dessas. Ele
não me disse que ia viajar.
— Tudo bem, querido — sorrio e mantenho
firme meu papel de bela, recatada e do lar. — Vou
ligar para uma das minhas amigas para
almoçarmos, já que já saí de casa...
— Faça isso, nos falamos mais tarde. Vem
aqui e me dá um beijo — ando até ele e trocamos
um selinho.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Até mais.
Saio da sala dividida entre a frustração e a
fúria. No elevador, pego o celular para ligar para
uma das minhas amigas, mas ao passar pela agenda
em busca de quem ligar me deparo com QCA, as
iniciais do nick do último cara com quem falei on-
line. Sem pensar, clico e faço a ligação.
Dois toques apenas.
— Alô — três letras e uma voz que me fez
fechar os olhos. — Alô?
— O senhor tem o horário do almoço
disponível? — a linha fica muda por alguns
segundos.
— Com essa voz, você consegue fazer com
que eu desmarque todos os meus compromissos do
dia... — ele diz.
— Jura? Você, por acaso, sabe com quem

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

está falando? — digo ao sair do elevador.


— Não consigo esquecer o seu show, Sexy
Lady...
— Você lembra, então.
— Mudou de ideia?
— Quero companhia para almoçar.
— Só se você for a sobremesa. Onde você
está?
— Na Avenida Paulista — dou a
localização mais próxima do real.
— Me mande a localização exata. Estou
indo agora — ele desliga.
O que foi que eu fiz? Agi sem pensar,
movida pela frustração e agora seria encontrada
com um cara que desconheço. Aproximo-me do
carro, na garagem do prédio do meu marido e
decido voltar atrás. Isso é real, é a minha vida, não
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

uma conversa on-line. Estou prestes a desligar o


celular quando uma mensagem de Whatsapp chega.
QCA: A localização? Tarde demais para voltar
atrás.
Eu: Desculpe, agi por impulso. Não quero mais
encontrar você.
QCA: Já larguei o que estava fazendo e já estou
no carro. Mande a localização.
Eu: Não.
QCA: Eu retiro o convite para a sobremesa.
Vamos almoçar e conversar. Não farei nada que
você não queira. Você me procurou por um
motivo, quero saber qual é.
Eu: Um almoço apenas. Venha para a Paulista
enquanto eu escolho o lugar. Quando estiver lá,
mando a localização.
QCA: Estou confiando em você.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Ao sentar atrás do volante, sinto o tecido da


saia contra minha pele nua e a excitação volta a
dominar meu corpo. Talvez essa seja a chance que
eu tanto quis de animar as coisas. Ou talvez seja só
a maneira que eu tenha de ver que na vida real os
homens são todos babacas e o encanto pelo mundo
virtual acabe de vez.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Escolho um restaurante menos requintado


por causa da quantidade de gente, o que faria com
que eu passasse despercebida a algum conhecido. O
lugar possui como especialidade pratos com frutos
do mar, assim que eu me sento, um garçom me traz
o cardápio. Escolhi uma mesa bem no fundo, onde
só passasse por nós pessoas que fossem em busca
de algo no balcão e os funcionários. No meu
celular, há duas chamadas perdidas do casado.
Sorrio ao notar que não sou a única ansiosa. Abro o
Whatsapp e envio a localização.
QCA: Ótimo, estou bem perto. Em dois minutos
estou aí. Se quiser pedir, peça o mesmo para
mim.
Eu: Ok.
Isso é que é confiar que eu tenho bom gosto
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

para comida, queria ver que cara ele faria se eu


pedisse apenas verduras. Mas não o faço, chamo o
garçom e peço risoto de arroz com brócolis e
camarões ao catupiry. Para beber, suco de laranja
sem açúcar e com gelo. Prevejo que sentirei calor.
Ele realmente não demora para chegar.
Assim que entra no restaurante, eu o analiso: blazer
cinza, camisa preta e calça jeans escura. Está
usando óculos escuros e o celular está nas mãos.
Ele dá uma olhada por todo o espaço e eu lembro
que ele conhece meu rosto. Não sei como, mas é
em minha direção que ele vem alguns segundos
depois.
— Deseja alguma coisa, senhor? — finjo,
quando ele se aproxima da minha mesa.
— Você me convidou para almoçar — ele
sorri e senta em frente a mim.
— Há outras mulheres sozinhas, como sabia
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

que era eu?


— Vai ver eu conseguir sentir seu cheiro
através da tela e hoje meu olfato o reconheceu —
ele dá de ombros e eu sorrio — é realmente um
prazer conhecer você... Como devo chamar você?
— Do que quiser. Nomes não importam
mesmo.
— Eu me chamo David — ele tira os óculos
escuros — posso saber por que mudou de ideia?
Você parecia bem resistente a um encontro.
— Nunca encontrei ninguém, não uso salas
da minha região. Hoje eu agi por impulso.
— Fico feliz que tenha sido impulsiva.
— Você é casado há quanto tempo?
— Tem certeza que é por esse caminho que
quer ir? Podemos focar nesse momento, em você e
eu.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— É estranho para mim. Você já fez isso


antes?
— Já, duas vezes.
— Então aquele papinho de ajudar com
dinheiro funciona?
— Foi por dinheiro que você ligou?
— Claro que não, eu nem sei por que
liguei... — confesso.
— Eu sei. Foi intenso aquele dia, você,
assim como eu, quer saber se aquilo tudo pode ser
intenso na prática. Eu garanto para você, por esses
minutos desde que me ligou, que sim.
Eu encaro os olhos dele e lembro do
momento em que os vi na tela, roubando meu
fôlego por se apresentar tão diretamente.
— Você é um homem muito bonito e se
expôs mostrando o rosto, foi apenas por gozar do

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

privilegio masculino de não ser julgado?


— Eu estava em busca de uma amante real,
não tinha porque me esconder. Você tem um rosto
tão lindo e atraente quanto seu corpo, que bom que
estou podendo unir os dois e ter a visão completa.
— Galante, David, obrigada.
Nesse momento o garçom se aproxima
trazendo nossos pratos. Ao depositar tudo em nossa
frente, ele se retira.
— Espero que não tenha problemas com
catupiry — digo ao apontar o prato.
— Não tenho. Noto que não pediu nada
alcoólico, está dirigindo? — ele diz ao servir o suco
nos copos.
— Sim e supus que também estivesse.
— Acertou.
Sorrimos um para o outro e saboreamos a
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

comida em silêncio. O tempero estava divino e


comemos rapidamente.
— Hora da sobremesa? — ele pergunta me
encarando.
— Hora de ir embora — eu respondo.
Ele toca a minha mão sobre a mesa. O toque
simples consegue acender uma fagulha de desejo.
O polegar dele passeia de um lado para o outro.
— Quando eu vi você dançando, fiquei
completamente louco. Eu desejei poder ler mentes
só para descobrir o seu endereço. Eu quis substituir
as suas mãos pela minha boca, percorrendo cada
centímetro da sua pele. Sei que você imaginou
minha língua quente passeando pelos seus seios —
as palavras dele são covardia e me pegam
desprevenida, junto as pernas e contraio minha
boceta — não pense, deixe o seu corpo reagir...
Qual é a cor da sua calcinha? Quero imaginar ela
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

sendo molhada nesse momento.


Engulo em seco antes de responder:
— Estou sem calcinha.
— Puta que pariu — ele xinga e fecha os
olhos — então os lábios da sua boceta estão livres
para receber um beijo meu? Eu vou abri-los com a
minha língua e saborear cada gota de você.
— Porra... — estou molhada, as palavras
têm esse poder.
— Você quer que eu troque de lugar e te
faça gozar aqui mesmo, quer ir para o carro ou quer
ir para um motel?
Olho ao redor e noto que é impossível fazer
isso aqui. Chamo o garçom que está passando para
atender outra mesa e peço a conta.
— Agora só tem duas opções — ele diz
sorrindo — tem certeza que não quer dar um nome

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

para eu gritar quando me enterrar em você?


O garçom chega em tempo recorde, e mais
rápido ainda, David entrega algumas cédulas para o
garçom e diz que ele pode ficar com o troco. Ele
levanta e eu faço o mesmo, automaticamente. Ele
faz um gesto com as mãos para que eu passe na
frente e me segue, sem me tocar.
— Meu carro está ali — ele diz apontando
para o estacionamento. — Mas se não se sentir à
vontade, posso ir para o seu.
— Eu... — ele me puxa para o
estacionamento, me encostando em um carro
qualquer.
Sua boca abocanha a minha, enquanto as
suas mãos seguram o meu rosto. A boca dele
carrega o gosto cítrico da laranja, mas é o ritmo da
sua língua que me distrai de qualquer pensamento.
Sinto vontade de retribuir e o faço, deixando que as
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

minhas mãos enlacem o seu pescoço. Minha boca


participa ativamente do beijo, se movendo e
sugando. É intenso, como ele tinha descrito que
seria.
— Escolha antes que eu mesmo decida,
quero foder você e sei que você quer.
— Meu carro — digo, porque ainda me
resta uma pontinha de racionalidade.
Ele se afasta um pouco e eu respiro fundo,
me desvencilhando daquele agarro. Ando até o meu
carro e ele me segue de perto.
— Se eu puder opinar, prefiro um lugar
onde eu tenha mais opções, mas o banco traseiro
serve perfeitamente para te fazer gozar — ele diz
assim que destravo o carro.
— Espero que faça tudo tão bem quanto
fala — insinuo ao sentar no banco do motorista. Ele
ocupa o banco do passageiro enquanto eu ponho o
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

cinto e ponho o carro em movimento.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Ele salta do carro antes de mim e fecha a


porta da garagem do motel. Quando estou descendo
do carro, David me intercepta, me encostando
contra o capô. Seu dedo do meio busca minha
boceta, alisando sem forçar a entrada. Abro as
pernas e a boca.
Ele me beija, enfiando a língua entre meus
lábios e eu retribuo na mesma intensidade. O dedo
logo acha o caminho e desliza entre minhas pernas
abertas.
— Eu quero fazer isso desde que vi sua
imagem naquela cadeira... — ele diz ao levantar a
minha saia até a cintura. Sento no capô e me abro
mais. — Que delícia!
Ele abre a minha boceta com os dedos e
lambe de baixo até em cima.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Hum... — aprovo o gesto.


Ele repete. Sua língua se concentra no meu
clitóris, fazendo-o pulsar. Eu, que costumo ser
silenciosa, me perco em gemidos quando um dedo
passa a me foder unindo as duas sensações. David
sabe exatamente o que está fazendo e manipula
meu corpo como se o conhecesse bem, intercalando
mão, língua e boca. Quando ele enfia mais um dedo
e o contorce, buscando todos os cantos, eu grito.
Afasta os lábios e leva o polegar ao meu clitóris.
Apenas com seus dedos, ele me faz explodir em um
orgasmo.
— Você tem gosto de quero mais — sua
boca beija a minha — consegue sentir?
— Você tinha razão no seu anúncio... Sexo
oral é sua especialidade — falo, recuperando o
fôlego. Ele ri. — Vamos para cama, quero te
mostrar algumas coisas que também sei fazer.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Entramos no quarto e não me dou o trabalho


de olhar o ambiente. Não quando tem um homem
lindo tirando o blazer no mesmo ambiente. Ele abre
os botões da camisa devagar, mesmo com sua
ereção notável deixando claro que ele tem pressa.
Sento na cama redonda e aprecio a vista. Quando
abre o último botão ele deixa a camisa cair no chão
e suas mãos vão direto para o cós da calça.
— Vem cá — complemento o convite
mexendo o dedo.
Ele atende ao meu pedido e se aproxima,
com cara de safado. É impossível não dar atenção
aquele abdômen. É muito mais bonito e definido do
que a tela do notebook me mostrava. Seguro sua
cintura e deixo minha boca depositar um beijo
molhado na altura do estômago, outro no gominho
seguinte e mais um próximo ao umbigo. Com a
mão direita sinto a força daquela ereção entre os

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

dedos pressionando com firmeza, por cima da


calça.
— Eu notei que você gostou quando o viu...
— Sorrio. Realmente quase babei olhando pela
webcam.
— Acho que vou gostar mais quando ele
estiver na minha boca — insinuo ao abrir o botão.
Desço o zíper e encontro uma cueca
listrada, azul marinho e branca. Ele sai de dentro da
calça e eu o observo: como pode ser tão sexy
usando listras? Ele tira a cueca e seu pau salta, nada
modestamente, como uma placa de “bem-vinda ao
parque de diversões”.
Sentada na cama, seguro seu pênis e o
levanto, lambendo-o longamente como ele fez
comigo. Desde as bolas até a glande, molho tudo
com minha saliva. Ele puxa o ar lentamente, como
se fosse um lembrete de como respirar. Giro a
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

língua na ponta do pau, como se a tivesse


refrescando em um picolé gelado, e logo depois,
passo a ponta na língua... É delicioso. Quando
finalmente o coloco na boca, levo metade e seguro
a outra metade com a mão. Fodo o pau dele com os
lábios, intensificando a cada vai e volta.
— Boca gostosa do caralho — ele diz com a
voz rouca de tesão.
Tento leva-lo mais fundo, mas é impossível
sem engasgar, por isso continuo me dedicando na
metade.
— Você disse que não goza antes de uma
mulher — digo enquanto o masturbo rápido — mas
eu já gozei lá fora.
— Você quer que eu goze na sua boca? —
Assinto.
— Porra, com o maior prazer.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Ele segura meus cabelos, enrolando-os em


seu pulso com firmeza.
Abro a boca e respiro fundo, segurando em
suas coxas quando ele começa a fodê-la. Olho em
seus olhos enquanto seu pau entra e sai, cada vez
mais rápido.
— Gostosa!
Ele mantém as estocadas por longos
segundos, me deixando sem fôlego, e assim que se
retira, se toca apenas duas vezes antes de esporrar
na boca que mantive aberta.
— Acho que preciso lavar o rosto...
— Desculpe, é meio difícil controlar onde
gozar — ele faz piada.
Levanto e vou ao banheiro, antes de lavar o
rosto, observo meu reflexo. Minha boca está
vermelha, meu cabelo fora do lugar, há porra

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

sujando meu rosto, mas posso afirmar que nunca


estive tão bonita. Tenho cara de sexo bom. Estou
mais Sexy Lady do que usando aquele corpete
preto.
Aproveito que estou no banheiro e tiro a
saia que ainda estava na minha cintura, assim como
me livro da blusa. Volto para o quarto
completamente nua e o encontro deitado na cama.
— Acabei de gozar, mas essa visão
maravilhosa já está acordando meu amigão aqui —
ele diz enquanto eu me aproximo da cama — você
sabe que é gostosa, não é?
— O espelho me disse — sorrio e deito de
barriga para cima.
— Só o espelho? Eu te diria todos os dias se
fosse possível.
— Aposto que não diz para sua mulher —
corto-o — menos conversa e mais ação, preciso ir
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

embora em uma hora.


— Uma hora... Vamos começar dando
atenção a esses seios maravilhosos.
E ele dá. David vem sobre mim e acaricia
os seios com as mãos, apertando as pontas de leve.
Sua boca dá atenção ao direito, enquanto o
esquerdo é alisado e apertado. Ele se demora ali,
sugando e lambendo como se tivesse todo tempo do
mundo. A mão dele vai a minha boceta.
— Seios sensíveis, lady? Já está molhada...
Eu levo a minha própria mão até a ereção
que já existe.
— Gosta de seios, casado? Já está duro... —
ele ri.
— Gosto de você inteira e vou gostar ainda
mais quando você estiver de quatro.
Ele se afasta e vai pegar o preservativo. Eu

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

me posiciono de quatro, mas com os seios quase


encostados no colchão, minha bunda totalmente no
ar. Quando volta para a cama, David alisa minha
bunda e os meus quadris, antes de entrar de uma só
vez.
— Ah, porraaaaaa! — Eu grito. — Você é
grande demais, mantenha-se longe do meu rabo!
— Você jura? Já estava pensando quão
apertado ele deve ser.
— Vai se foder! — Rebato.
— Não, já estou te fodendo — ele informa
quando entra novamente em mim.
E assim ele me come, saindo e entrando.
Seu pau escorrega dentro de mim, preenchendo-me.
Eu gemo e me remexo, adorando sentir tudo aquilo.
— Você consegue gozar assim? Por que
estou bem perto.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Não para! — ordeno, mas levo uma mão


por baixo de mim e manipulo meu clitóris para
acelerar o orgasmo. — Ah, David — eu chamo o
nome dele quando me despedaço.
— Isso... — ele grita e estoca mais três
vezes antes de chegar ao próprio êxtase.
Ele sai de dentro de mim e retira o
preservativo. Eu abaixo o quadril, exausta e fecho
os olhos por alguns segundos.
— Não queria voltar para a realidade —
penso, mas deve ter sido alto porque ele me
responde.
— Podemos ficar quanto tempo você quiser
— responde deitando ao meu lado.
— Não, não podemos, isso aqui é pura
ilusão.
— Você pode chamar do que quiser, mas é

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

fantástico.
— Foi mesmo, mas temos que ir — levanto
em busca do meu celular.
— Você disse uma hora, ainda temos alguns
minutos.
— Isso, os minutos para no vestirmos.
Ainda tenho que te deixar no seu carro.
— Sim, senhora — ele perturba, mas se
veste rapidamente.
O silêncio impera no trajeto até o carro dele,
eu tento me distrair com as músicas que tocam no
rádio, ele me encara. Sinto o olhar dele no meu
rosto. Mas dedico toda minha atenção ao trânsito.
Quando chegamos ao restaurante eu preciso
olhá-lo.
— Obrigada por ter me atendido
prontamente.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Não agradeça por ter me dado uma tarde


tão prazerosa. Você sabe que podemos repetir, não
sabe?
— Não vamos repetir e, por favor, apague o
meu número — a realidade me atinge, ele podia
ficar no meu pé.
— Não se preocupe, não vou interferir na
sua vida.
— Vida que segue — informo.
— Vida que segue — ele concorda e beija
meu rosto antes de descer do meu carro.
Ponho o carro em movimento novamente,
voltando para a vida real. Mas com a certeza de que
o que fizemos nesta tarde foi muito melhor do que
todos os sexos virtuais e reais da minha vida.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Quando nos falamos pela primeira vez eu


estava entediada. Que sorte, hein? Um feriado em
que havia ficado sozinha, uma boa conexão Wi-Fi e
a sala certa. Nem usei o notebook nesse dia, acessei
o site pelo celular. Escolhi a sala Imagens Eróticas
e usei um apelido que eu sabia que chamaria
atenção: puta.
Como pensei, vários caras vieram falar
comigo aquele dia. Todos ressaltando o quanto
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

gostavam de putas. Agradeci o “elogio” da maioria,


mas logo notei o padrão: casados, mais velhos e
machistas. Machistas? Sim. Todos que diziam
gostar de puta preferiam que elas estivessem na
posição de amante. Nenhum deles aprovaram a
ideia ou responderam afirmativamente quando
perguntei se as esposas eram ou podiam ser putas.
Logo, puta só é boa na rua. Ou em salas de bate-
papo.
Até que ele veio falar comigo.
Professor (reservadamente) – Olá,
podemos conversar.
Puta (reservadamente) – Está querendo
ensinar a uma puta?
Professor (reservadamente) – Por que
não? Qualquer um pode ser um bom aluno.
Puta (reservadamente) – Gosta de putas,
professor?
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Professor (reservadamente) – Eu amo


puta.
Puta (reservadamente) – Ama? Desde que
ela não seja sua esposa, certo?
Professor (reservadamente) – Não tenho
esposa, mas se tivesse que escolher uma, por que
não uma que se mostre exatamente como é?

E foi assim que ele me ganhou. A partir daí


nossa conversa girou em torno do que ele fazia, que
acabou coincidindo com a minha área de
especialização, passou por política e acabou em
filosofia. Como aquilo foi possível? Sorte alguns
dirão, destino é o que eu digo.
Estamos conversando há um mês, todos os
dias, várias horas por dia. Ele me indicou livros,
filmes, vídeos e se mostrou muito mais interessante
do que eu imaginava. Eu sempre questionei padrões
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

e rótulos, mas na prática nunca consegui me livrar


deles, e ele parecia livre de tudo isso. Era como se
ele vivesse há uns duzentos anos de diferença da
maioria dos outros homens, entende?
Liberdade era o seu lema. Pôr em prática
toda e qualquer fantasia era o objetivo.

Luiz: Bom dia, Jéssica. Espero que passe o dia


inteiro pensando no nosso encontro hoje a noite.
Te quero bem ansiosa...

Eu: Nem acredito que finalmente vamos


começar a pôr em prática tudo que teorizei!
Haha

Luiz: Antes tarde do que mais tarde. Estou louco


de vontade de sentir minha língua na tua lingua,

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

minha boca na sua boca. Te beijando, te


sugando...

Eu: Também não vejo a hora, professor.

Luiz: Quero que você solte o seu lado mais


safado. Eu e você, ou vamos incluir mais
pessoas? O que você quer fazer, vamos de
putaria?

Eu: Vamos de putaria!

Luiz: De que modo você quer ser comida? Com


calma? Eu quero provar você inteira desde as
solas dos pés, passando pela sua barriga,
pescoço, nuca, seios, boceta... Eu quero te
devorar.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Eu: Nossa, delícia da porra. Para onde vamos?

Luiz: Você comentou sobre sua curiosidade com


casas de Swing certa vez, topa ir hoje?

Eu: Com certeza!

É oficial, hoje eu serei puta. E para esse dia,


escolho usar um vestido tubinho preto, de alça e
dispenso a calcinha. Coloco saltos e maquiagem
marcando os meus olhos de preto. Não esqueço o
perfume e a bolsa de mão com dinheiro, cartão de
crédito, documentos, celular e camisinhas! Saio
pronta para o crime.
Optamos por não dirigir, para
aproveitarmos a noite com tudo que sentirmos
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

vontade, por isso ele viria de Uber e me pegaria


para que seguíssemos até o nosso destino. Quando
ele manda mensagem informando que está na rua
do meu prédio, eu desço e espero na porta do
condomínio. Quando um carro espaçoso e preto
para próximo a calçada, eu imagino que seja ele. A
certeza vem quando a porta traseira se abre e ele
desce.
Luiz é o típico professor: cara de bom
moço, óculos de grau e sorriso gentil. Em todas as
fotos ele conseguiu me deixar com vontade de
bagunçar aquele cabelo arrumadinho dele, mas
quem vê essa carinha de santo não consegue
imaginar as coisas que ele foi capaz de me dizer.
— Você tem realmente cara de bom moço
— sorrio quando ele me abraça.
— Mas eu sou um bom moço e você está
maravilhosa — ele me olha dos pés à cabeça e me

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

abraça novamente. — Tenho vontade de te chupar


aqui mesmo, será que chocaria muita gente? — ele
sussurra enquanto a mão aperta a minha bunda.
— Com certeza — sussurro de volta — mas
a gente pode tentar isso de madrugada, deve ser
mais vazio... Mas a vizinha vai ver pela janela.
— Ótimo, alguém tem que testemunhar seus
gritos — ele ri e abre a porta para que eu entre no
carro.
— Boa noite — cumprimento o motorista.
— Boa noite — ele responde
educadamente.
— Você está realmente sensacional, fez o
que eu disse? — assinto — Deixe eu ver, abre as
pernas.
Inicialmente, fico tímida com o pedido, mas
faz parte do jogo dessa noite. Abro um pouco o

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

espaço entre as minhas pernas e ele leva a mão até


lá.
— Amo putas obedientes — ele diz em tom
audível e sorri.
Olho para frente e encontro o olhar do
motorista, pelo retrovisor interno. Ele demora a
desviar o olhar. Ele sabe que estou indo aprontar.
Pelo endereço de onde vamos, uma casa de swing,
me pergunto o que é que ele deve estar pensando ao
meu respeito.
— Nós vamos começar a putaria aqui, que
tal? No nosso primeiro encontro vai acontecer de
tudo.
— Aqui? — Luiz passa a mão nas minhas
pernas, que automaticamente se abrem, e olho para
frente.
Novamente o motorista está de olho em nós,
provavelmente se perguntando se íamos mesmo
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

foder no carro dele.


— Você percebeu que ele está te olhando?
Desde a hora que você entrou o filho da puta não
tira os olhos de você — ele sussurra no meu
ouvido. — Vamos ver se você é puta mesmo...
Ele diz antes de descer uma das alças do
meu vestido, sem de fato mostrar o bico do meu
seio, apenas parte da minha carne. Que ele lambe.
Eu gemi, passando a mão no rosto dele. A segunda
alça foi decida da mesma maneira, deixando
metade do outro peito de fora. Quando ele chupa
ali, meus olhos encontraram o do motorista pelo
retrovisor. Eu gemo.
Luiz baixa o vestido, me expondo.
— O cara está vendo — digo entre gemidos
— você quer que o cara veja você chupando os
meus peitos?
— Você não quer? — ele devolve a
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

pergunta enquanto aperta o bico com força.


Não respondo. Meu tesão já está tão grande,
minha boceta está tão molhada que eu mesma não
me importo com ele me olhando. Nos olhos do
motorista eu consigo ler que ele me acha uma puta,
mas o sorrisinho diz que aprova isso, não enxergo
julgamentos. Já saí excitada de casa, por causa dos
áudios e desafios e a partir do momento em que ele
passou a mão na minha coxa, dentro do carro, eu
soube que qualquer coisa valeria nessa noite.
Ele me beija e eu sinto minha pele arder
onde me toca. Um rastro quente é traçado desde a
minha boca, passando pelo meu pescoço até chegar
nos meus seios. Está tudo queimando.
— Que delícia de seios — ele diz alto —
que delícia de bico... Safada!
— Nossa... — o motorista acaba
exclamando sem conseguir se conter.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Eu toco o pau do Luiz sobre a calça e sinto


o quanto está duro, o quanto ele me quer, e
pressiono meus dedos ali. A mão dele resvala na
entrada da minha boceta. O cheiro de sexo começa
a se espalhar pelo carro fechado, há um misto de
excitação e do meu perfume no ar, embriagando-
nos. Ele segura os meus seios e os chupa, largando
e indo beijar a minha boca. Seios e boca. Seios.
Boca. Rapidamente e intercalados. Abro mais as
pernas e, inevitavelmente, o vestido sobe um
pouco, expondo a minha boceta.
— Vou devorar a sua boceta, agora — Luiz
diz e eu me abro, me virando de lado no banco para
levantar a coxa e depositar minha perna no ombro
dele.
— Isso, come minha boceta com a boca.
— Meu Deus! — o motorista se
descontrola, dividindo a atenção entre manter o

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

carro em movimento e tentar observar o que está


acontecendo no banco de trás.
O professor provocou, mordiscando minha
canela, lambendo minha coxa e virilha, sem de fato
chegar onde me prometeu. Minha boceta estava
aberta. Exposta. Praticamente implorando por
atenção.
Saber que o motorista estava de olho me
deixava ainda mais safada. Ele brincou com dois
dedos na minha entrada, me deixando melada, antes
de mergulhar em mim. Sua boca me chupava com
vontade.
— Esfrega essa boceta na minha cara — ele
pede e eu rebolo, dançando no seu rosto deixando o
prazer fluir nos meus movimentos. — Eu só vou
parar quando você gozar. Sua primeira gozada vai
ser na minha boca!
— Posso falar? Vocês estão me matando
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

aqui — o motorista se desespera.


Eu gemo.
— Eu não estou aguentando aqui de tesão.
Nunca vi uma coisa assim... Se me permitem dizer:
que mulher gostosa!
Me perco nas palavras do motorista porque
Luiz as ignora e provoca o meu cu com a língua.
— Porra — eu gemo com isso.
Dois dedos enfiados na boceta encharcada e
uma língua brincando na entrada do meu cu. Estou
descontrolada, sem saber se o afastava ou o puxava
mais para dentro. Não sei se peço para que me foda
de uma vez, ou para que continue como está.
Eu enlouqueço entre os dedos e a língua
dele.
A única certeza que eu tenho nesse
momento é: eu sou dele e nessa noite ele pode fazer

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

o que quiser comigo.


Quando ele manipula meu clitóris com os
dedos e acaricia o meu cu com a língua, eu gozo na
boca dele, estremecendo de leve.
— Vocês vão me matar de tesão... — a voz
do motorista me traz para a realidade.
— O que será que ele está querendo? —
digo, por fim.
— Por que, você está com alguma intenção,
sua vadia?
— Você quer que eu seja a puta que dá para
outro?
— Que tesão, suas palavras fizeram meu
pau vibrar, que delícia de mulher. Você tem tesão
nisso? Você quer que ele te coma?
A excitação do motorista é nítida e fica
ainda mais evidente quando Luiz me coloca quase

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

de quatro ali. Minhas mãos se apoiam nos dois


bancos da frente, meu corpo se inclina e eu tomo
praticamente todo o espaço diagonal do carro.
Nessa posição estou mais perto do
motorista, que ainda dirige, mas rapidamente se
vira para encarar meus peitos bem de perto.
— Por favor, posso fazer uma coisa? — ele
pede.
— O que você quer? — Luiz pergunta.
— Quero bater uma punheta, daqui mesmo,
estou com um puta tesão. Posso tirar o pau para
fora e bater uma punheta por você e por ela?
— Diz safada, você quer que ele bata
punheta por você? Diz, sua puta... Enquanto ele faz
isso eu vou chupar o seu cu.
Eu estou em uma posição em que veria
perfeitamente a cena. Meus peitos estão pesados,

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

expostos, assim como a minha bunda e boceta. Meu


vestido está amontoado na minha barriga. Os meus
saltos se enfiam no estofamento do carro.
— Sim, eu quero — verbalizo.
Eu quero ver o pau do cara, quero ver o
tesão que causo nele e quero ser a puta da noite.
Então, o cara sai da rota e entra na primeira
rua mais vazia que encontra. Parando o carro.
Imediatamente, ele abre a calça e coloca o pau para
fora. O Luiz chupa o meu cu e enfia um dedo na
minha boceta, me fazendo enlouquecer. O cara
geme enquanto se toca. Eu escuto o barulho da sua
masturbação. Eu noto a mão dele se mexer. Eu vejo
os dedos subirem e descerem por seu pau.
— Porra! — o motorista xinga.
Luiz bate na minha bunda, em punição, me
chama de puta e enfia os dedos ainda mais fundo.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Eu me estico para trás para alcançar o pau


do Luiz. Ele o põe para fora e eu o toco. Agora são
dois paus sendo masturbados naquele espaço
pequeno.
Eu gemo.
Eles gemem.
Então eu decido provocar ainda mais o
nosso voyeur.
— Vem cá, quero te chupar — por um
segundo, eu noto que ele acha que é dele que estou
falando, mas é o Luiz quem sai da posição em que
está e se senta. Então eu o chupo.
O pau dele está muito duro e já escorre um
líquido claro, eu o lambo com a ponta da língua
antes de abocanhá-lo novamente.
— Era isso que você queria? — pergunto ao
motorista — minha boca te chupando assim como

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

eu faço com meu macho?


Eu demonstro masturbando e chupando,
babando e lambendo, chupando fundo e batendo
intensamente. O motorista não geme, ele
praticamente uiva.
— Eu vou foder você agora... Vou socar
tudo na sua boceta — Luiz me intima, me
colocando em outra posição. Ouço o invólucro do
preservativo ser aberto.
— Posso pedir mais uma coisa? Pelo amor
de Deus! — o cara implora.
— O que você acha que ele quer, amor? —
O professor me pergunta e eu sorrio.
— Ele quer a minha boca no pau dele. Ele
quer sentir tudo que você estava sentindo agora.
Quando eu o respondo, ele entra com tudo.
Me fodendo como força, entrando e saindo da

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

minha boceta. Entrando. E. Saindo. E eu? Bem, eu


quero chupar o motorista. Quando eu assinto para
ele, imediatamente o banco do passageiro vai para a
frente, me dando mais espaço de movimento, e o
dele é levemente inclinado para trás. Meus dedos
tocam o pau dele e eu o sinto pulsar na minha mão.
Então eu o lambo devagar. O cara geme entre
dentes, louco para segurar a minha cabeça e enfiar
de uma vez, mas eu o torturo. Enquanto isso minha
boceta está sendo fodida, cada vez mais fundo.
Eu vou para trás e me choco contra Luiz. Eu
rebolo. Eu o quero ainda mais fundo. Ele segura os
meus peitos e fode cada vez mais rápido. Um pau
entra e sai da minha boca o outro entra e sai da
minha boceta e é assim que eu chego ao orgasmo.
Quando minha boca deixa o pau dele, ele
segura o meu rosto e me beija. Isso me pega de
surpresa, mas eu retribuo. Gosto do beijo dele. E

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

estou adorando ter dois homens completamente


loucos por mim. Em resposta ao meu beijo, Luiz
enfiou dois dedos no meu cu, enquanto seu pau
pulsava em minha boceta, fodendo rápido.
— Caralho, eu quero mais... — o motorista
geme.
— O que você quer? — Eu pergunto, mas
olho sobre mim para o Luiz, como se para verificar
o humor do meu companheiro.
— Eu preciso te foder também — ele diz,
de uma vez.
— Amor, ele quer o pau dele dentro de
mim, assim como o seu... — repito o pedido.
— É? E o que você acha disso? Você quer
ser fodida por dois, puta?
— Eu quero sentir dois paus dentro de
mim... Eu quero que ele me coma e quero que você

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

me coma ao mesmo tempo.


— Só vai dar para ele, se eu comer seu cu
antes...
O motorista vai para o banco de trás, sem
perguntar se eu aceito ou não tal condição. Mas eu
não me opus, nos ajeitamos no banco traseiro de tal
modo que o Luiz ficou atrás. Sento no pau dele,
deixando que abra meu cu devagar. O motorista, já
de preservativo, aproxima o pau da minha boceta e
entra de uma vez.
Eu sinto o corpo deles dentro do meu.
Sinto-me preenchida.
Invadida.
Plena.
Luiz beija a minha boca e o motorista se
aproxima para me beijar também. E ali, na
intensidade do momento, ninguém se preocupa com

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

que línguas estão se tocando. Os dois me fodem, eu


gemo cada vez mais alto, chegando no meu limite.
Alguns minutos depois, estou sem aguentar.
As pernas estão doloridas por causa do pouco
espaço, meu corpo está sendo possuído de todas as
maneiras... Minha boca, com duas línguas, minha
boceta e meu cu ocupados, meus seios apalpados...
Eu não aguentava mais nenhum estímulo. Explodi
em um gozo intenso.
Fui literalmente fodida nessa noite.
E em várias outras.
Foi assim, assumindo o nick de puta para
extravasar fantasias irreais, que eu descobri e
realizei desejos reais. Ser puta não deveria ser
pejorativo. Por que atender as vontades do seu
corpo e da sua alma, sem prejudicar qualquer
pessoa, é errado? Por que um homem foder duas ou
mais mulheres o torna garanhão, mas uma mulher
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

fazer o mesmo a torna “puta”, “vadia”,


“vagabunda”? No pior sentido que essas palavras
podem carregar. Por que mulheres chamam outras
mulheres assim, quando, na verdade todas
poderíamos ser mais putas, mais satisfeitas e mais
felizes?
Não tenho resposta para essas perguntas,
mas tenho a certeza de que eu amo ser puta e
ninguém conseguirá me diminuir por causa disso.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PARTE I
Dizem que mente masculina é uma merda,
como generalização é coisa de mulher, digo que
90% de nós pensamos porcarias. Eu estou incluído
nesse número, posso resumir minha mente em três
partes: sexo, futebol e dinheiro. Sou viciado nos
três e não consigo me controlar.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Trabalho bastante porque é o meio legal de


conseguir dinheiro. Vou ao estádio sempre que
posso porque é a melhor maneira de acompanhar o
futebol. Fodo sempre que a minha esposa permite,
o que não é suficiente, por isso busco outros meios
para aplacar o meu desejo.
Sempre usei o bate-papo querendo safadeza.
Buscava diversão, ver alguém tirando a roupa...
Bater punheta com interação é muito melhor do que
sozinho ou vendo um vídeo qualquer. Eu falava
com todos os nicks femininos, uma vez que se
houvessem 30 pessoas na sala, apenas 6 ou 7 eram
mulheres... Dá para imaginar esse monte de homem
disputando atenção dessas mulheres? Não sei como
elas conseguem, acho que respondem o que passa
na tela, por isso mesmo mando várias mensagens.
Aumentando a probabilidade da resposta. Isso nem
sempre dá certo.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Com o tempo, percebi que os apelidos mais


simples são os mais verdadeiros, quando eles têm
muitos adjetivos do tipo “gostosa” ou “safada” são
fakes. Eu sou sincero no meu nick, usava sempre o
mesmo: H com tesão.
E é usando ele que me logo no chat de
sempre nesse momento. Ninguém vem falar
comigo, por isso vou na minha estratégia de
sempre.
H com tesão (reservadamente): Oi, a fim
de se divertir?
Copio essa mensagem e envio para todos os
apelidos femininos da sala. E uma delas me
responde. Amém!
— Hoje é dia de sorte, meu caro! — falo
comigo mesmo, na minha sala do trabalho.
Mia (reservadamente): Quem não gosta de
uma boa diversão! Fala de onde?
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

H com tesão (reservadamente): SP e


você? Idade?
Mia (reservadamente): Também de SP,
acho que em todas as salas tem um Paulista! Kkkk
Tenho 25 e você?
H com tesão (reservadamente): Novinha...
Tenho 43.
Mia (reservadamente): Dizem que vinho
bom é vinho antigo, homem também?
H com tesão (reservadamente): Nossa,
vou relevar o fato de ter me chamado de velho
porque sou muito, muito bom.
Mia (reservadamente): E modesto rs
H com tesão (reservadamente): Como
você é, Mia? Me ajude a te imaginar...
Mia (reservadamente): Sou magra, loira,
mas tenho seios bem grandes.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

H com tesão (reservadamente): Nossa! E


a bunda?
Mia (reservadamente): Meu bumbum é
médio, mas sei de uns truques que fazem crescer
rsrs e você, como é?
A insinuação de sexo anal já faz a minha
calça ficar mais apertada. Realmente é o meu dia de
sorte, uma gostosa novinha para teclar.
H com tesão (reservadamente): Posso te
mostrar, tem webcam?
Mia (reservadamente): Não gosto muito
de câmeras... Sabe como é.
Elas sempre fazem isso, dizem que não
gostam para que eu insista e aplaque um pouco da
culpa por se mostrarem. Eu sempre faço direito o
meu papel e geralmente acabo vendo uma
bocetinha aberta na minha tela.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

H com tesão (reservadamente): Costuma


usar o bate-papo sempre?
Mia (reservadamente): Primeira vez. Eu
tenho namorado, hoje é só porque ele me faz raiva
kkkkkk
H com tesão (reservadamente): kkkk
mulher com raiva é um perigo.
Mia (reservadamente): Você tem mulher?
H com tesão (reservadamente): Sim, sou
casado.
Mia (reservadamente): Tem filhos?
H com tesão (reservadamente): Uma
menina de 13 anos.
Mia (reservadamente): Que massa! Deve
ser incrível ter uma família assim. Eu sou filha
única, moro com a minha mãe.
H com tesão (reservadamente): E o que
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

você faz da vida?


Mia (reservadamente): Faço faculdade.
Estou quase me formando em enfermagem.
H com tesão (reservadamente): Acho que
estou passando mal, você sabe manusear injeção,
Mia?
Mia (reservadamente): kkkkkkkkk A sua
injeção? Só se for na bunda.
H com tesão (reservadamente): Olha que
ela é grande...
Mia (reservadamente): Você está
conseguindo me deixar curiosa.
H com tesão (reservadamente): Deixe-me
te mostrar...

Você enviou um convite reservado para


Mia, aguarde ela aceitar.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Aguardo ela aceitar o convite. Ela não o faz


e ele expira. Mando novamente, minha última
tentativa para não ser um chato insistente e, para
minha surpresa, ela aceita. Realmente a garota não
deve entrar com frequência, sua câmera está apenas
um pouco baixa, por isso eu vejo boa parte do seu
rosto. Apenas a testa está escondida. E devo
confessar, ela é tudo o que me descreveu.
Os cabelos loiros são lisos (ou alisados, não
sei distinguir) e escorrem ao lado do rosto bonito
até descansarem ao lado de seios fartos. Ela está
usando uma blusa verde de alças e está sem sutiã.
Noto isso pela marca dos mamilos contra a peça.
H com tesão (reservadamente): Nossa,
minha injeção acabou de ficar maior.
Mia (reservadamente): Kkkkk que terno
bonito esse seu. Não consigo ver nada. Isso é
injusto.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

H com tesão (reservadamente): Tem


razão, vamos resolver isso.
Afasto minha cadeira da mesa e fico de pé.
Se ela não vê problemas em mostrar o rosto, por
que eu veria? Convenhamos que me acho bonito,
por isso finjo não notar que estou mostrando mais
do que o de costume. Tiro o terno rapidamente e o
deposito na mesa. Abro os botões da camisa social
e a puxo de dentro da calça antes de coloca-la de
lado. Abro o cinto e o botão da calça social e me
livro da peça.
— Uau! — ouço-a falar quando estou só de
cueca — tira também!
Ela incentiva e eu não me faço de rogado.
Se a moça quer ver pau, por que não mostrar os
meus 20 centímetros? Dispo a cueca e deixo meu
pau saltar livremente.
— E então? Está pronta para a injeção? —
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

digo me masturbando.
— Por favor, vem aplicar em mim... Sem
dó.
— Tira a blusa, Mia... Estou louco para ver
seus peitos.
Enquanto eu volto a me sentar, ela tira a
blusa e que espetáculo! Os seios são fartos e firmes,
com bicos rosados e pontudos.
— Maravilhosos, quero chupá-los. Mamar
em você até sua boceta ficar molhada.
— Ela já está...
— Me mostra.
A garota se afastou da câmera e tirou o
short curto e a calcinha, me dando visão a uma
boceta completamente depilada.
— Gostosa! Abre ela para mim e se toca —
enquanto ela o faz, eu bato punheta com vontade,
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

mostrando para ela o tamanho do meu tesão.


— Quero que você me chupe... Qual seu
nome?
— Fábio.
— Que prazer! Sou Mia mesmo... Quero
que gozar na sua boca, Fábio.
— Puta merda, eu vou beber cada gotinha
do seu mel. E vou te foder tanto que vai ficar
assada... É isso que você quer, safada?
— Sim — ela geme enfiando dois dedos na
boceta aberta — quero que me coma inteira. Quero
que me coma agora!
— Porra, Mia... Você vai me deixar comer
seu cuzinho?
— Ele é virgem, Fábio... — a voz dela é
inocente e só de me imaginar comendo aquele cu
apertado, quase gozo — você mete devagarinho?

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Sim, amor... Só a cabecinha. Vai deixar?


Mostra ele para mim, mostra...
Ela me surpreende e fica de pé, virando de
costas para a câmera. A garota se ajoelha na cadeira
e se empina, levantando a bunda. Suas mãos
seguram cada parte da bunda e as abre, me dando
visão do seu buraquinho apertado. Eu enlouqueço.
— Caralho, vou te foder muito! — agito
meus dedos contra o meu pau, masturbando forte.
Minha respiração está entrecortada, o ar
demorando a circular pelo corpo, sinal de extrema
excitação. Sinto meu corpo se contrair e todo o
sangue se concentrar na região pubiana. Estou
quase gozando.
— Mia, enfia três dedos nessa boceta
gostosa e aperta os peitos, eu vou gozar, linda.
Ela volta a sentar na cadeira e faz o que eu
mando. Seus dedos entram e saem da boceta, o
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

peito é apertado pela outra mão e a cara de safada


me mostra que está adorando. Gozo com um
gemido de alívio.
— Nossa! Vou me limpar e volto para falar
com você — digo e saio, sem esperar pela resposta.
Pego papel higiênico no armário da minha
sala e limpo a porra que escorre na minha mão.
Depois limpo os resquícios no meu pau e jogo tudo
no lixo embaixo da mesa. Visto a cueca e a calça
antes de voltar para frente da tela.
— E aí, gostou? — Pergunto e ela sorri.
— Continuo pegando fogo.
— Onde você mora aqui em SP?
— Na República e você?
— Pertinho daqui! Trabalho no Bom
Retiro... Se você quiser a gente pode marcar um
encontro real, que tal?

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Hum, não sei, acabamos de nos conhecer


— ela diz com receio.
— Vamos trocar contato, então? Foi tão
bom estar com você, quero repetir.
— Vou te passar meu Skype e aí a gente se
fala qualquer dia — ela digita o endereço do Skype
e envia.
— Espere, vou adicionar — abro o
programa e inicio minha sessão. Adiciono o contato
da Mia e aguardo ela confirmar. Quando ela o faz
eu sorrio.
— Preciso ir, Fábio... Vai chegar gente!
— Também preciso trabalhar aqui, vou te
esperar no Skype para conversamos depois.
— Vou entrar com certeza. Beijo — ela diz
e beija a própria mão, dando um tchauzinho antes
de fechar a sala privada.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Mia saiu da sala...

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

No dia seguinte, quase no mesmo horário,


abri o notebook para acessar o bate-papo. Mas a
imagem da loirinha se fez presente e foi o Skype
que eu abri no lugar. Deixo meu status on-line e,
em uma olhada no programa, noto que a Mia
atualizou seu humor:
Como é triste perceber que estamos sós
mesmo no meio de tanta gente.
Leio um documento enquanto aguardo para
ver se a Mia entra para conversar. Cerca de dez
minutos depois, aparece uma mensagem na barra
de notificação indicando que um contato havia
ficado on-line. Era ela. Largo a leitura e clico em
seu nome, para enviar uma mensagem.
Eu: Oi, tudo bem?

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Mia: Oi. Mais ou menos. Mas como você está?


Eu: Estou bem. O que houve por aí?
Mia: Minha mãe está doente. Meu namorado
brigou comigo... Enfim, muitas merdas na vida.
Eu: Nossa, que tenso. Posso ajudar em alguma
coisa?
Mia: A não ser que seja meu fada padrinho, não.
Eu: Sempre posso ser. Eu tenho uma vara
mágica.
Mia: Kkkkkkkkkkkk MORTA.
Eu: Mas é sério, se eu puder ajudar é só dizer.
Mia: Sei lá, a gente mal se conhece.
Eu: Já disse que podemos resolver isso
rapidinho.
Mia: Preciso comprar uma medicação para
minha mãe, mas meu cartão não está em dia útil.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Ia pedir pro meu namorado, mas estamos quase


terminando... :(
Eu: Quanto é a medicação?
Mia: Isso foi um desabafo, não estou te pedindo
nada Fábio.
Eu: Sei disso, Mia. Estou apenas curioso.
Mia: A caixa é 62R$.
Eu: Me deixe ajudar, isso não é nada.
Mia: Você não tem nada a ver com isso... Por
que me ajudaria?
Eu: Eu gostei de você. Quero que sejamos
amigos e vejo que essa é uma boa maneira de
conquistar sua confiança.
Conversamos por quase meia hora até que
ela decidiu me deixar ajudar. Mia me passou a
conta da mãe e os dados que eu precisaria para
fazer uma transação bancária. Em poucos minutos,
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

transferi o equivalente a duas caixas da medicação


e enviei o comprovante para ela.
A garota ficou agradecida. Tanto que me
convidou para uma chamada de vídeo. Mais uma
vez, eu me toquei analisando aquele corpo
delicioso e gozei enquanto ela assistia.
Quando a conversa foi encerrada, meu
pensamento viajou até a República.
Era perto.
Era possível.
Seria incrível.
Eu precisava convencê-la a me encontrar.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Marcamos de nos encontrar em uma tarde,


durante o meu horário de expediente. Estava bem
chuvoso em São Paulo, talvez fosse um aviso para
que eu não fosse. Mas quem presta atenção no
tempo quando se está pensando em boceta?
Eu sugeri um motel, apesar dos riscos, eu
pagaria em dinheiro e nada viria no cartão de
crédito. Muitos amigos meus foram descobertos por
causa de cartão. De qualquer forma, Mia não se
sentiu à vontade com o motel. É mais difícil para as
mulheres mesmo, com tantas notícias de malucos
assassinos. Ela não precisaria se preocupar com
isso, a última coisa que eu pensaria em fazer com
aquele corpo gostoso era machucar. A não ser que
ela me pedisse uns tapas, ai papai, eu daria de bom
grado.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

No fim das contas, Mia conseguiu a casa de


uma amiga.
Hoje é o grande dia.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PARTE II

Eu não menti quando falei que era a minha


primeira vez no bate-papo. Estava tendo uma
semana de merda, estresse no trabalho, briga com o
namorado, problemas familiares e tudo mais. O que
eu queria mesmo era fugir para uma ilha deserta e
esquecer dos meus problemas. E já que isso era
humanamente impossível diante das minhas
condições financeiras, eu recorri a sala de bate-
papo. Era a distração que eu precisava. Todavia, a
minha distração tinha um bom papo, um corpo
gostoso e um pau apetitoso. Como resistir à
tentação? Deixei-me levar pelas suas palavras e
quando me dei conta estava envolvida demais para
recuar.
Costumo pensar em Fábio como um raio de
sol em meio aos meus dias nublados, ele não foi
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

apenas um delicioso passatempo, como acabou me


ajudando a pagar uma pequena dívida. O que ele
queria em troca do seu ato generoso? Sexo! Afinal,
esse sempre fora o seu objetivo desde o nosso
primeiro contato. Eu também queria o sexo, ele era
gostoso e mais velho, eu realmente imaginava
aquele pau entrando fundo em mim.
Mas por que me contentar com isso quando
eu posso extrair mais dele?
Fábio continuava a insistir para nos
encontrarmos pessoalmente, usou até o fato de ter
depositado o dinheiro para mim como chantagem
emocional. Para me fazer aceitar o seu convite para
o motel, ele dizia que eu podia confiar nele, afinal
quem faria um depósito com seus dados expostos
se pretendesse agir criminalmente? Essa insistência
fez uma ideia martelar em minha cabeça.
Ele tinha razão no que tange a ter feito uma

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

transação bancária com seus dados. No calor do


momento, ele acabou me dando mais do que eu
queria: nome, CPF e conta bancária. O extrato em
minhas mãos foi juntado aos prints do nosso sexo
virtual provando que o que tínhamos era real.
No dia seguinte, ao seu depósito desabafei
com a minha melhor amiga sobre o ocorrido. Para
ela, esse era o clichê: cara mais velho casado que
fode a novinha e retorna para a esposa ao fim do
dia como se nada tivesse acontecido. Sem laços
afetivos, sem sinais de adultério... Tudo perfeito.
Mas dessa vez seria diferente. Eu não tinha nada a
perder, já ele...

Consegui a casa de uma amiga para nos


encontrarmos.
Você tem duas horas para me surpreender e
fazer valer o meu voto de confiança.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Envio a mensagem algumas horas antes do


seu horário do almoço e torço para que ele esteja
livre para nos encontrarmos. Teria que ser hoje ou
eu mudaria de ideia.

Sério? Me passa o endereço antes que mude de


ideia rsrsrs
Ah, mas adianto que não vou precisar desse
tempo todo para te proporcionar o melhor
orgasmo da sua vida.

Queria ter a sua confiança kkkkkkkk

Mandei a localização pelo Whatsapp.

Não sou modesto, assim como o meu pau não é.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Esse é o meu defeito!

Achei que o seu defeito fosse ser casado.

Insinuo e a resposta vem seguida em um


áudio.

Ser casado não é o meu defeito. A minha esposa


jamais reclamou de ser comida, assim como você
não reclamará. Chego em vinte minutos e me
espere sem calcinha....

Seu desejo é uma ordem.

Não vejo a hora de foder a sua bocetinha e


depois o seu cuzinho...

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Vou cobrar cada promessa.

Não precisará, sou um homem de palavra. Beijo


gostosa.

Beijo.

Envio a mensagem e confiro mais uma vez


se tudo está em ordem. É tudo ou nada Mia! Falo
em voz alta enquanto retoco o batom em frente ao
espelho.
Assim que abri a porta, nossas bocas se
colaram. Nossas mãos se exploraram. Intenso,
rápido e alucinante. Mão no pau, mão na boceta,
língua na língua, gemidos trocados, saliva
compartilhada. Fábio me alucinava com a sua boca
e os seus dedos, explorando cada parte minha, num

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

desejo irrefreável. Sem que eu pudesse controlar a


situação, ele me deitou no tapete da sala e me fodeu
com estocadas rápidas e fundas. Gritei alto o seu
nome quando o seu pau escorregou da minha
boceta para o meu cú.
— Precisamos repetir na cama — digo
ofegante, aconchegada ao seu corpo.
— Na cama, no banheiro, no sofá... Vou
foder você por repetidas vezes até cada parte do seu
corpo lembrar da minha presença.
— Querendo marcar território, senhor
casado? — Arqueei a sobrancelha sorrindo.
— Vamos deixar o meu estado civil de lado.
Concentre no estado do meu pau que já está duro
novamente por você — abraçou-me mais forte e
senti sua ereção.
— A minha bunda não aguenta uma
segunda rodada agora — sorri — mas a minha
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

boceta é toda sua!


— Como é delicioso ouvir isso — seus
dedos tocaram a minha entrada — a safada já está
molhada novamente...
— A safada quer que você a coma de quatro
dessa vez — sussurrei — na cama.
— A putinha quer ver a imagem dela
refletida no espelho enquanto é comida, né?
— Sim, eu quero ver seu pau entrando e
saindo de mim enquanto eu assisto tudo pelo
espelho — meus dedos apalpam o seu pau e
iniciam uma movimento de vai e vem lento, ele
geme quando aumento ritmo — eu quero sentir
todo esse pau enterrado dentro de mim enquanto
gemo, quero ver as suas expressões enquanto me
come deliciosamente.
— Caralho! — Geme — Você é muito
gostosa, quero sentir essa boquinha deliciosa no
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

meu pau.
— Nada disso — afasto nossos corpos
abruptamente e ele deixa escapar o seu lamento —
antes você precisa atender os meus desejos.
Mulheres em primeiro lugar, depois eu vou querer
o seu leitinho na minha boca — lambi a sua boca e
me afastei sorrindo.
— Safada! — Sorri — Sabe que sou
incapaz de dizer não a você né?
— Você ou o seu pau?
— Nesse momento eu e ele somos um só —
sorri — e faríamos qualquer coisa que você me
pedir.
— Tudo isso para comer a minha boceta?
Se eu soubesse tinha realizado vários pedidos...
— Não é todo dia que eu como uma boceta
de uma novinha safada — ele caminha em minha

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

direção e eu recuo.
— Na cama! — Aperto seu pau — quero
segurar nos lençóis quando gozar gritando o seu
nome.
— Vamos antes que eu acabe te comendo
novamente aqui — ele me levanta com um braço só
e me carrega entre os corredores enquanto informo
o local do quarto.
Quando chegamos ali ele cumpriu cada
palavra prometida. Eu gritei, repetidas vezes o seu
nome e ele disse em um tom audível o quanto eu
era gostosa. Fábio desmanchou-se de prazer dentro
de mim e quando nossos corpos atingiram o clímax,
caímos exaustos na cama. Mais uma vez ele fez
questão de gritar o quanto o sexo comigo foi
espetacular.
Fábio não cumpriu a sua promessa de foder
durante o banho, pois a vida real o chamava.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Quando ele se despediu com um beijo longo, tive


certeza de que seguiria o plano.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Eu tentei ser legal, mas ele não colaborou.


Então parti direto para o ataque, enviando algumas
fotos por e-mail.
— Alô?
— Oi, H com tesão...
— O que você pensa que está fazendo? —
Fábio esbraveja quando percebe que sou eu ligando
de outro número.
— Atraindo a sua atenção — respondo
calmamente — você não retornou as minhas
ligações e está me ignorando no Skype.
— Eu ando ocupado — ele respira fundo,
tentando conter a raiva — podemos nos encontrar
semana que vem, mas preciso que você apague
todas aquelas fotos, por favor.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Por que? — Finjo inocência — você


estava todo lindo enquanto batia uma pra mim.
— Eu sou casado, Mia! Se essa foto vazar
na internet, vai afetar meu casamento...
— Eu fecho os olhos e lembro do seu pau
pulsante e grande dentro de mim — continuo o meu
jogo — você lembra da minha boca engolindo o
seu pau?
— Mia, as fotos....
— Que saco! — Rebato — você virou um
tio chato, eu não vou vazar as fotos. Não, se você
for um bom menino.
— Você quer leitinho novamente? —
Indaga numa voz rouca — É isso que você quer sua
safada? Eu gozando na sua boca...
— Não... Eu quero dois mil reais na minha
conta, agora!

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Você está louca — ele gargalha — tudo


que a putinha vai ganhar é o meu pau!
— Dois mil reais é pouco. Eu poderia pedir
mais, quem sabe um carro...
— Tenta outro trouxa, Mia. De mim você
não vai tirar nada além de esperma.
— Descobri que a sua esposa é gerente de
banco. Será que ela também pensa assim? Talvez
ela seja mais fácil de negociar....
— Escuta aqui sua vagabunda — ele rosna
— se você chegar perto da minha esposa, eu...
— Escuta aqui você, eu estou no controle da
situação! Tenho o extrato da conta com seus dados,
comprovando que me deu dinheiro... prints das
nossas conversas, imagens suas, nu na tela, acho
bom reconsiderar.
— Provas de um flerte virtual. Compartilhe

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

isso com a minha esposa e, no máximo ela ficará


brava, mas me perdoará, afinal eu fui seduzido pela
novinha golpista.
— Quanta confiança, doutor Fábio —
ironizei — será que ela perdoará tão facilmente
quando ver nos dois fodendo loucamente? Eu não
te contei? Gravei um vídeo da nossa foda na casa
da minha amiga.
— Você está blefando! — Ele reage — e a
nossa conversa encerra aqui.
— Não estou! Por que você acha que eu
quis te levar para o quarto o tempo todo?
— Sua puta! — Rosna. — O que você
quer?
— Dois mil reais na minha conta.
— Não tenho esse dinheiro.
— Problema seu. Você tem quinze minutos

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

para realizar a transferência ou a sua esposa


receberá o vídeo!
— Eu não vou depositar nada, Mia, você só
pode estar blefando.
— Quinze minutos, Fábio — encerro a
ligação e aguardo.
Quinze minutos depois e o saldo da conta
não havia alterado Ele achava que era um blefe?
Pois, eu mostraria que não era. Envio para ele
apenas um minuto do vídeo. Um minuto após a
mensagem ser visualizada ele retorna a ligação.
— Mudou de ideia?
— Meu amigo está realizando o depósito —
ele tropeça nas palavras e gagueja repetidas vezes
— a quantia é alta para que eu retire da conta
conjunta sem que a minha esposa desconfie. Em
trinta minutos o dinheiro estará na sua conta. Tenha
paciência.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Mais? Você duvidou da minha palavra e


sabe o que acontece quando as pessoas duvidam de
mim? — Silêncio do outro lado — Meu lado mau
vem à tona. Eu quero mais dois mil!
— O que garante que não continuará me
extorquindo?
— Está duvidando mais uma vez?
— Não.... Você vai foder com a minha
vida!
— Não jogue para mim as consequências
dos seus atos. A decisão de entrar no bate-papo, me
conhecer e trair a sua esposa foi sua. Eu só estou
tirando proveito da situação.
— Mia, em nome de tudo que vivemos...
— O que vivemos? — gargalhei — O sexo
foi maravilhoso, mas passou! Compartilhamos
nossos corpos e nada mais.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Eu posso prestar uma queixa na


delegacia, se for para ir para o fundo do poço, vou
levar você junto!
— Faça isso, vou dizer a todos que fui
enganada pelas suas promessas de amor eterno e,
no calor do momento, ameacei você. Mas eu jamais
faria isso, porque eu amo você...
— Você é doente! Vou cair na sua extorsão,
apenas porque não quero manter nem mais um
segundo de contato com você.
— Quanta mágoa, Fábio — sorri — tenho
certeza que vai encontrar uma outra mulher para
cuidar do seu coração...
— Vai se foder, vadia! — Desligou na
minha cara.
Apertei F5 e esperei o site do banco
carregar:

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Saldo Atual: 4.000,00


Yes! Bati palmas euforicamente. Eu teria
dinheiro para quitar os meses de aluguel atrasado e
ainda sobraria para as compras da semana.
Eu realmente não queria ter feito isso, mas
eu não tinha outra alternativa.
— Filha, estou indo trabalhar — minha mãe
grita da sala.
— Tchau, mãe — respondo do quarto —
bom trabalho.
— Obrigada, amor.
Abro uma nova aba e clico nos favoritos.
Quando o site do bate-papo carrega, preencho o
login, faço a autenticação e espero entrar na sala.
Mia entrou na sala....
Segundos depois, sou bombardeada por
homens disputando a minha atenção. Clico no
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

homem que não para de enviar mensagens e leio:


AmanteVirtual (reservadamente) — Oi,
Mia. Procurando um homem experiente para
animar a sua noite? Sou o que você procura:
homem, casado e bem-dotado. Quero apenas
diversão. Topa?
Mia (reservadamente) — Um homem
casado deveria ter diversão em casa.
AmanteVirtual (reservadamente) — E
quem disse que eu não tenho? Minha esposa viajou
e estou me sentindo sozinho. Quer me fazer
companhia, Mia? — envia o convite para a sala
particular e sorrio antes de clicar em aceitar.

E a história sempre se repete...

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Ele é o capítulo mais intenso da minha vida.


O mais erótico, talvez. Despertou meu corpo sem
ao menos tocá-lo, conduziu e despiu com palavras.
Blusa. Shorts. Calcinha... Calcinha? A teoria da
dispensabilidade dessa peça me foi ensinada tantas
e tantas vezes que foi impossível não testar e
comprovar que a sensação de liberdade é única.
Mas não estava tão livre assim, a cada passo
desnudo era possível senti-lo entre as pernas.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Úmido, pulsante, marcando território. Ele me


mostrou que saia e vestido são muito mais sexys
que calça jeans, que um belo decote não é motivo
para ciúmes e que meus cabelos não devem ser
escovados. Eles foram feitos para serem
enganchados por dedos firmes que se apossam e
determinam o ritmo.
Ritmo. Sempre determinei o meu. Passos
firmes e diretos, nunca gostei de curvas, de
surpresas ou do inesperado. Gostava da
previsibilidade, do curso traçado... Até que ele me
fez querer cruzar o país. Pegar um atalho, talvez?
Mudar de rota, quem sabe? Ele me fez sentir. Sentir
inveja de quem com ele pode dividir a cama e a
vida. Sentir ciúmes — por mais que eu jure que não
exista uma gota desse sentimento imbecil em meu
ser racional e prático — e eu não me orgulho de
tais sentimentos.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

É difícil e até constrangedor assumir tudo


isso, mas se faz necessário para que você entenda
porque estou indo encontra-lo. Nosso primeiro
contato foi em uma sala de bate-papo, não consigo
lembrar exatamente que dia foi ou que apelido nós
usávamos. Não, não recrimine a minha memória,
isso já faz seis anos. Pois é, seis anos. Nossa
relação, se é que posso chamar assim, já dura mais
tempo do que muitos casamentos da vida real.
É marcante para mim apenas que quando
nos conhecemos on-line conversamos bastante
sacanagens, mas não foi só isso, sacanagem todos
naquele ambiente falam. Eu, que tinha medo de ser
exposta, acabei saindo dali e indo para o Facebook.
Claro que eu pedi o dele antes para stalkear e ver se
realmente não se tratava de um Serial Killer.
Encerramos a conversa no chat e passamos a nos
comunicar na “privacidade” do facebook. Para você

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

ter ideia, passamos a noite inteira conversando e eu


precisei trabalhar pela manhã. Isso nunca tinha
acontecido comigo, sou a pessoa que dorme as oito
horas da noite. No trabalho, enquanto recepcionava
um ou outro paciente, minha mente girava
relembrando a conversa: ele tinha senso de humor.
Quando cheguei em casa, nos falamos novamente,
mas dessa vez trocamos número de Whatsapp.
Sabe quando você encontra uma pessoa
com a qual consegue fazer piada, falar sobre
futebol e ainda umas safadezas de leve? Você se
encanta e se vicia na conversa. E fica na dúvida se
deve agradecer ou amaldiçoar o fato de essa pessoa
morar a mais de 1.640 km de distância.
Demorei meses para enviar a minha
primeira foto íntima, e nem foi tão íntima assim.
Mostrava apenas meu tronco e os meus seios
estavam vestidos em um sutiã. Ele disse que eles

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

eram lindos. Eu realmente me senti bonita. Sempre


morri de medo de “cair na rede”, ter fotos vazadas e
ser a nova sensação da cidade em que morava.
Sergipe é um estado pequeno, afinal. Ele demorou
anos para me fazer confiar nele, mas conseguiu, ele
ganhou a minha confiança real.
Nós nos tornamos amigos ao longo dos
anos. Eu comecei a namorar, mas não deixei de
conversar com ele sobre algumas das minhas
dúvidas sobre os homens. Ele noivou e para mim,
até então, estava tudo bem.
Era tudo fantasia. Não era real.
O primeiro sinal de realidade foi um
presente. Ele insistiu bastante em me mandar dois
livros que ele gostava e que achava que eu também
ia gostar. Eu me desesperei porque teria que
compartilhar um endereço e, no final das contas,
mandei o da minha tia que morava na cidade

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

vizinha. Quando eu peguei os livros nas minhas


mãos quase chorei. Meu coração martelou no peito
e minha consciência gritou alto: COMO ASSIM
ISSO NÃO É REAL? Estava nas minhas mãos a
prova de que aquilo tudo não era uma história de
livros ou de filme, em que eu acompanharia como
expectadora. Era real. Era a minha vida e a de
outras pessoas e o que fizéssemos poderia magoar
pessoas reais.
E então, uns dois anos depois de que nos
conhecemos, ele se casou.
E dessa vez eu chorei de verdade.
Chorei porque ousei acreditar que as coisas
pudessem ser diferentes... Talvez a gente se
encontrasse, se apaixonasse e vivesse felizes para
sempre. Só que não! É vida real, querida. E na vida
real nós cometemos erros.
Talvez eu esteja prestes a cometer o maior
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

deles agora.
— Obrigada por ter vindo comigo, amiga
— agradeço, pela milésima vez, quando
desembarcamos em Brasília.
— Muda o disco, Giovana. Aqui e agora!
— Sorrio, esse é só um dos motivos pelos quais a
amo. — Estou com fome, miséria de companhia
aérea que só serve água e biscoito integral.
— Na nossa próxima viagem vamos sair do
país em primeira classe — prometo.
— Meu sonho de princesa da Disney — nós
gargalhamos alto chamando atenção do pessoal de
terno no aeroporto. — Escandalosa, já pediu o
Uber?
— Estou pedindo, mas esse aeroporto
parece um estádio de tão grande, vamos correr
porque ele está há três minutos! — anuncio e saio
em disparada. Ela me segue correndo, nossas
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

malas, apesar de pequenas, não facilitam nossa


corrida.
No Uber, a caminho do hotel, meus dedos
tremem para enviar a mensagem.

Eu: Cheguei.

Alan: A viagem foi tranquila? Elaine está bem?

Eu: Tudo certo. Estamos indo para o hotel.

Alan: Estou no trabalho, mas assim que sair vou


encontrar você.

Eu: Estou bem nervosa.

Alan: Eu sei, mas quando eu te abraçar vai


PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

passar.

Eu: Espero que você tenha razão.

Alan: Você sabe que eu tenho.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Depois do check-in, eu e Elaine subimos


para o quarto. Enquanto eu tomava banho, ela
assaltou o frigobar e escolheu um livro entre os
vários que trouxemos na mala.
— Hoje é dia de maldade — ela perturba
quando eu saio do banheiro com uma toalha
enrolada no cabelo, usando um conjunto de lingerie
preta de renda.
— Cala a boca — resmungo — não sei o
que vestir! Nunca me arrumei para conhecer um
amante virtual.
— Você não disse que ele gosta de vestidos,
saias e tal? Então, vai assim. E se fosse eu, tirava a
calcinha.
— Ah, por favor! E se na hora que eu o

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

encontrar não tiver vontade nenhuma, sem calcinha


para recuar é mais difícil — digo e ela gargalha.
Reviro as roupas na mala — Quero algo que
esconda esse culote aqui também.
— Gio, vocês se falam há seis anos, acho
que mesmo que você estivesse pesando vinte quilos
a mais, ele não ia se importar.
— Mulher, nos nudes a gente disfarça...
Nada como luz e ângulos corretos. E uma prendida
na respiração — gargalho — estou rindo, mas é de
nervoso.
— Amiga — ela levanta e me faz parar de
revirar tudo — você é linda, inteligente e gostosa.
Ele já notou isso ou não manteriam essa relação por
tantos anos, mesmo com seus surtos e bloqueios...
Mas se por acaso você chegar lá e ver que só
gostava da teoria, é só dizer não. Você não deve
nada para ele. Você me liga e nós vamos ao

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

cinema!
— Você é foda — abraço a Elaine — vou
com esse aqui — escolho o vestido azul marinho.
No elevador, tudo o que a Elaine tinha me
dito parece não fazer nenhum sentido. Eu não sabia
o que estava fazendo em outro estado para
encontrar alguém que nunca vi, de fato, na vida.
E se o beijo dele fosse ruim?
Se o abraço fosse frio ou tudo isso até fosse
legal, mas o sexo uma porcaria? Como não deixar
transparecer a minha frustração. E eu não pensava
isso apenas em relação a ele, mas a mim mesma.
Ele tem expectativas altas ao meu respeito e se eu
não conseguir atingi-las?
Só noto que o elevador já está parado e com
as portas abertas quando um casal entra. Peço
licença e me movo rapidamente para fora antes que
acabasse subindo todos os andares novamente.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Assim que saio da caixa metálica, busco


meu celular para ver se ele mandou mensagem
informando a sua chegada. Antes, porém, meu
olhar é atraído para frente, pois alguém se move em
minha direção.
Sou pega de surpresa por mãos e braços que
me envolvem em um abraço apertado e assim que
assimilo quem me toca, minha boca é requisitada. É
impossível não abri-la quando uma habilidosa
língua persuade meus lábios que cedem espaço.
Esqueça tudo que eu disse sobre ele não
beijar bem. Nossas bocas se encaixam como peças
perfeitas de um quebra-cabeça. As mãos dele
seguram firme em minha cintura quando minha
língua acaricia a sua. Alguns segundos se passam
até que o beijo se encerre.
— Oi, amor — ele diz com um sorrisinho.
— Oi — respondo ao buscar fôlego.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Eu disse que te beijaria antes mesmo de


falar com você... Se pudesse teria feito isso ainda
no aeroporto, mas não consegui sair.
— Hum, acho que estamos em público —
eu o lembro.
— Foi mais forte do que eu — ele ri — o
que quer fazer?
— Quer subir?
— Você sabe que sim, mas o que você
quer?
— Saber se você faz tão bem tudo aquilo
que sempre me prometeu — jogo, preciso acabar de
uma vez com essa tensão.
— Então vamos a prova — ele pega a
minha mão e me leva de volta para o elevador.
— Não acredito que você fez mesmo
reserva de um quarto para você...

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Você preferia que eu expulsasse sua


amiga ou está com outras ideias?
— Palhaço! Vai sonhando... Não acredito
que estou aqui — confesso, me aconchegando em
seu peito, como já me imaginei fazendo diversas
vezes.
— Nem eu, levei seis anos para te
convencer de que isso era inevitável.
— É loucura... — digo quando as portas do
elevador se abrem. Estamos em um andar diferente
do que estou hospedada.
— Não pense, amor, viva o agora — Alan
usa o cartão magnético para destrancar a porta. Em
dois passos estou dentro do quarto. — Pense no
aqui, no que estamos fazendo nesse momento, em
você e eu.
— Nada mais importa, por enquanto —
completo a lição que tenho posto em prática dia
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

após dia.
— Agora as coisas são diferentes — ele se
aproxima de mim — tudo que está daquela porta
para fora é fantasia. Você é o meu mundo real. Na
verdade, o meu mundo ideal.
— Você joga de maneira desleal...
— Sou sincero.
— Você é sacana, isso sim.
— Nunca neguei — ele ri — adorei que
escolheu um vestido e não aquelas calças jeans
terríveis que escondem essas maravilhas — a ponta
dos dedos dele acariciam minha coxa. — Vou
exercer todo meu autocontrole para que possamos
aproveitar esse momento como se deve...
— Me beije — eu peço e ele sorri.
Ele segura o meu rosto com as duas mãos e
move seus lábios lentamente sobre os meus. A

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

suavidade com que sua língua convida a minha a


dançar é doce e faz o meu coração apertar um
pouquinho. E isso me irrita. Eu não tinha ido até ali
para deixar o meu coração. Aprofundo o beijo e
movimento a cabeça, acelerando o ritmo das coisas.
Minha mão direita vaga pelo peitoral e
barriga, mergulhando por baixo da camisa. Alan
corresponde intensamente, apertando a minha
bunda com as duas mãos. Ele me puxa para mais
perto, se esfregando em mim e o seu pau começa a
ganhar vida, apertado entre nós dois.
Ele se afasta para tirar o meu vestido por
cima e admira meu corpo na lingerie. Sua camisa é
descartada por mim de maneira semelhante. Ele
abre a calça e a tira. Eu abro o fecho frontal do
sutiã. Nossos olhos se dividem entre se encararem e
ao nosso corpo. Enquanto eu me desfaço da minha
calcinha, sob o olhar atento do homem que tantas

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

vezes me fez delirar sem ao menos me tocar, ele se


livra da cueca.
Estamos completamente nus.
Despidos de qualquer barreira que possa
atrapalhar o nosso contato direto.
Ele se aproxima e me beija, me
impulsionando a subir em seu colo. Logo, minhas
pernas estão ao redor de sua cintura e ele caminha
alguns passos até a cama. Nossas bocas não se
largam.
Alan me deposita na beirada da cama e
abandona a minha boca, levando a sua própria até o
meu pescoço. Dou acesso a região e me contorço
quando ele a lambe. Seus beijos descem de maneira
ritmada até um dos meus seios. Ele o segura, aperta
de leve, lambe e depois enfia na boca novamente.
Eu abaixo o olhar para vê-lo ali, tão dedicado,
mamando em mim.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Quando larga o meu seio, ele se põe de


joelho e abre as minhas pernas.
— Coloca os pés na cama — ele pede.
Obedeço. — Eu imaginei essa boceta tantas vezes
— ele diz antes de suga-la de leve — hum, gostosa!
Sinto seus dedos me abrirem para dar
espaço para permiti-lo explorar.
A ponta da língua dele circula toda a região,
me fazendo fechar os olhos, quando ela sobe até o
clitóris, se demora ali, provocando e o fazendo
endurecer. Quando sua língua invade a minha
boceta, em uma foda profunda, eu me sinto pulsar
entre as pernas.
Um dedo substitui a língua, me fodendo
rapidamente e eu exclamo gemidos
incompreensíveis. Sinto sua língua molhada rondar
a entrada do meu ânus e quase gozo ao unir as
sensações às palavras que ele me dizia ao longo dos
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

anos.
Eu vou te chupar inteira, amor. Não
deixarei nada de fora, principalmente o seu
cuzinho.
Ele estava cumprindo cada uma das suas
promessas. Suas mãos trabalham em sintonia e
quando enfia um dedo ali, eu me quebro em
pedacinhos. Gozo gritando alto.
— Me fode! — Eu verbalizo o que só
escrevia.
Alan se afasta para nos proteger, colocando
o preservativo, antes de mergulhar em mim. Minha
boceta está ensopada e o seu pau desliza com
facilidade. Meus pés se apoiam em seus ombros e
ele vai fundo dentro de mim. Sua respiração
entrecortada é o som mais excitante que eu já ouvi
em toda minha vida. Seguro meus seios e aperto os
bicos, encarando seus olhos escuros. Cada vez que
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

ele toca lá no fundo me faz gemer e chegar mais


perto de um novo abismo.
Ele tira uma das minhas pernas do seu
ombro e me coloca de lado, sem sair de dentro de
mim. Na nova posição, ele ganha impulso e acelera
os movimentos. Seu corpo se choca com o meu. Ele
grunhi. Eu gemo.
Alan me fode e nesse encaixe ele marca o
meu corpo como dele.
— Giovana! — ele grita e arremete mais
uma vez antes de gozar. — Não consegui te esperar
dessa vez, mas me dê alguns minutos que eu vou
me redimir — ele promete ao sair de dentro de
mim.
Quando ele vai ao banheiro se livrar do
preservativo cheio, eu olho para o teto e me
pergunto: e agora, Giovana?
Ele sai do banheiro e se deita ao meu lado,
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

me puxando em um abraço.
— E então, passei?
— Cara, a gente não tinha combinado não
fazer esse tipo de pergunta?
— Mas foi você que, lá embaixo,
transformou isso aqui em um teste. Agora preciso
saber se fui bem. Não me enrola.
— Hum... Nota seis — digo, tentando não
sorrir.
— Seis? Você grita tanto com um seis? —
ele finge indignação.
— Vai ver eu ensaiei muito durante os anos
para que meu papel saísse impecável na hora H.
— Já vi que terei que me esforçar mais para
conseguir, pelo menos, um oito — enquanto ele
fala, sua mão aperta meu peito.
— Ah, por favor, se esforce. Brasília é
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

longe demais para um seis e... — Sou interrompida


quando sua mão chega ao meu centro. Um dedo se
enfia ali sem cerimônia.
Rapidamente, ele me desvincula do seu
abraço e troca de posição, deitando de lado, com a
cabeça na altura do meu quadril. Dou acesso livre
ao meu corpo, levantando e flexionando a perna
direita. Alan leva sua cabeça para o meio das
minhas pernas e ali, deitado de lado, me mostra que
é realmente hábil com a boca. Ele me beija mais
intensamente, chupando minha boceta com
vontade. Elevo o quadril em reflexo, recebendo
novas descargas de puro prazer.
Ao meu lado, seu pau já está pronto para a
nova rodada. Eu o toco pela primeira vez e deixo
que os meus dedos o apertem, sentindo a maciez
que contrasta com a rigidez da ereção. Eu já o tinha
visto por fotos, claro, mas é apenas ao toca-lo que

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

sinto realmente vontade de leva-lo a minha boca.


Eu o faço sem calma. Abro os lábios e o abocanho
de uma vez, deixando com que entre o suficiente
para preencher o espaço disponível. Alan é pego de
surpresa e para de me chupar.
— Nossa, amor... — ele sibila.
Sinto-me poderosa e o chupo com vontade,
minha cabeça se move fodendo o pau dele cada vez
mais rápido. Alan volta a me chupar, mas dessa vez
enfia dois dedos para ajudá-lo na missão de
enlouquecer a Gio. Quando eu apalpo seus
testículos ele geme em minha boceta e a vibração
sonora tem um efeito devastador no meu clitóris.
Estou perto de me perder, mas quero que ele
chegue lá antes de mim. Retiro sua ereção da minha
boca e uso minha mão direita para masturba-la
incessantemente.
Meus dedos o apertam. Meu braço se

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

empenha. Ele se contrai. Enquanto isso eu rebolo


loucamente na sua cara. São três dedos enterrados
em minha boceta e um instalado por trás, apertado,
sem se mover. Sua boca continua trabalhando firme
no meu clitóris e os movimentos dos dedos
aceleram, seguindo o ritmo da minha mão contra o
seu pau.
O corpo do Alan se retesa e antes mesmo
que eu possa ver, sei que já está gozando. Sua porra
salta em jatos fortes e eu aperto meu mamilo para
enviar mais um estímulo ao meu corpo. Gozo na
boca dele com um gemido de alívio.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Eu preciso de, pelo menos, vinte e quatro


horas com você... — ele diz, quando estou vestida,
pronta para me despedir.
— Não posso deixar minha amiga sozinha
por tanto tempo, ela veio para me acompanhar.
— Ela pode ver um filme, passear, eu deixo
meu carro com ela.
— Você não tem que trabalhar? —
Pergunto, mudando a perspectiva.
— Consigo dar um jeito.
— Está tentando compensar o fato de não
poder passar a noite comigo porque sua esposa
desconfiaria, mas não largarei a pessoa que se
dispôs a se deslocar de tão longe comigo.
— Giovana...
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Não se preocupe, eu sempre soube qual


era o meu lugar de amante virtual.
— Você me faz parecer um canalha — não
rebato — e sabemos que o que rola entre a gente
esse tempo todo é forte demais para ser ignorado.
Não são seis meses, amor, você sabe mais sobre
mim do que qualquer outra pessoa no mundo
inteiro!
— Eu sei, mas também não podemos negar
que as coisas não são simples. Estou feliz em
termos nos conhecido pessoalmente, pudemos pôr
em prática tudo que fantasiamos juntos... — digo
abraçando-o pela cintura — E foi incrível — dou
um beijinho em seu pescoço.
— Queria ficar aqui... — ele beija minha
cabeça — dormir com você. Queria... — o telefone
dele toca e ele interrompe a fala. Alguns segundos
tensos se passam antes que ele desfaça o nosso

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

abraço e atenda:
— Oi, meu bem... — aquelas três palavras
me fazem mal.
Elas são como tapas firmes no meu rosto,
me obrigando a despertar de uma fantasia travestida
de realidade. Sim, eu sei que ele é casado, mas é
como aqueles livros que eu recebi, sabe? Me fazem
ter uma outra dimensão da coisa toda. Os livros me
fizeram enxergar que a fantasia era real. Essas
palavras acabaram de me fazer enxergar que a
realidade é bem diferente da fantasia.
Vou ao banheiro para dar privacidade ao
Alan e, claro, para que meu cérebro pare de
catalogar a conversa para me fazer pirar depois.
Alguns minutos depois, quando saio do banheiro,
ele já encerrou a ligação.
— Vou te deixar no quarto, conhecer a
Elaine e correr para casa.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

— Não precisa, estou vendo que está com


pressa. Eu os apresento amanhã se você conseguir
um horário na sua agenda lotada — perturbo.
— A alfinetada não passou despercebida...
— ele diz ao apertar a minha bunda quando passo
por ele.
— Não era para passar — mostro a língua
ao passar pela porta.
Entramos no elevador, eu aperto o meu
andar e ele o térreo. A atração entre nós é inegável
e assim que as portas se fecham nos unimos em um
beijo alucinante. Nenhum segundo é perdido, até
que chegamos ao meu andar.
— Já estou com saudades — ele diz quando
eu me afasto.
— Aqui e agora — eu o lembro do lema
que ele vem me ensinando ao longo da nossa
relação. — Até depois, Alan.
PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

As portas se fecham e ele se vai. Eu respiro


fundo e corro para o meu quarto.
Preciso contar cada detalhe para a minha
amiga. Ela precisa saber que nossa viagem tinha
valido a pena.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Ficamos em Brasília por quatro dias. Dividi


minha atenção entre conhecer os pontos turísticos
com a Elaine e passar algumas horas com o Alan.
Foi intenso. Divertido. E me fez sentir saudades.
Quando voltei a Aracaju quase chorei, porque a
realidade bateu em cheio.
Nossa relação voltou a ser virtual, mas o
sentimento que temos é bem real.

ATÉ O PRÓXIMO ACESSO.

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Estamos sempre com ideias novas e adoramos


dividir com vocês. Nos acompanhe nas redes
sociais para ver os book-trailers, quotes e todas as
novidades!
Instagram: @autoraanepimentel
Perfil Facebook: Ane Pimentel
Grupo (secreto) no Facebook: Autora Ane Pimentel
Fanpage: Autora Ane Pimentel
Wattpad: @AnePimentel

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Belo Mentiroso
Prazer em conhecê-los
Acordo Pré-nupcial
É para o meu próprio bem
Segundo Tempo

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Gratidão é a palavra que define 2018. Foi


um ano em que vocês nos abraçaram e receberam
com amor todos os nossos lançamentos. Inclusive
esse! Obrigada, amores.
Nosso agradecimento especial a Karen
Dorothy por sempre nos incentivar a pôr no papel
nossas maiores loucuras. Por ler e opinar com
sinceridade e afeto. Por diagramar lindamente e não
se estressar quando pedimos para alterar, pela
décima vez, algum detalhe que já estava perfeito.
Amamos você!
Por falar em amor, agradecemos a Dry e a
Eli pelo apoio incondicional nas redes sociais. Sem
vocês, nosso trabalho seria muito mais árduo. Além
de leitoras, são as maiores apoiadoras que um autor

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

poderia desejar. Obrigada!

PERIGOSAS ACHERON

Você também pode gostar