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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Curso: Licenciatura em Física / Matemática


Componente: Cálculo Vetorial e Integral
Prof. Álvaro Fernandes Serafim
Aluno(a): ______________________________________

Campos vetoriais e operadores diferenciais

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Os vetores da figura representam os vetores velocidade do ar e indicam a velocidade escalar, a direção e o
sentido do vento em pontos à 10 m da superfície, na área da Baía de São Francisco (EUA). Nós vemos, através
das maiores setas na parte (a), que as maiores velocidades do vento, naquele instante, ocorreram quando os
ventos entraram na baía do outro lado da Ponte Golden Gate. A parte (b) mostra o padrão de vento muito
diferente 12 horas antes. Associado a cada ponto do ar, podemos imaginar um vetor velocidade do vento. Este é
um exemplo de campo vetorial de velocidade.

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Outros exemplos de campos vetoriais de velocidade estão ilustrados na figura abaixo: correntes oceânicas e do
fluxo de ar passando por um aerofólio.

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 
Definição: Seja D uma região (do plano ou espaço). Uma função F que associa um vetor F P  a cada ponto P

da região D é chamada de função vetorial. A região D juntamente com os vetores F P  constitui um campo
vetorial.

Notação para funções vetoriais:


 
F :D   2   2 (plano) F :D   3   3 (espaço)
 ou 
F  x, y    f1  x, y  , f 2  x, y   F  x, y,z    f1  x, y,z  , f 2  x, y,z  , f 3  x, y,z  
ou ou
      
F  x, y   f1  x, y  i  f 2  x, y  j F  x, y,z   f1  x, y,z  i  f 2  x, y,z  j  f 3  x, y,z  k

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Exemplos de campos vetoriais em  2 (no plano).
  
a) Um campo vetorial em  2 é definido por F  x, y     y,x  . Descreva F esboçando alguns vetores F  x, y  .

 
 x, y  F  x, y   x, y  F  x, y 
(1, 0) (0, 1) (-1, 0) (0, -1)
(2, 2) (-2, 2) (-2, -2) (2, -2)
(3, 0) (0, 3) (-3, 0) (0, -3)
(0, 1) (-1, 0) (0, -1) (1, 0)
(-2, 2) (-2, -2) (2, -2) (2, 2)
(0, 3) (-3, 0) (0, -3) (3, 0)

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  
b) F  x, y   x  i  y  j

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  y x 
c) F  x , y    , 
 x2  y2 2 
x y 
2

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d) Campo de forças magnéticas originário de um ímã permanente.

Experimento laboratorial com limalha de ferro As linhas do campo magnético partem do polo norte e
distribuída próximo do ímã. chegam ao polo sul.

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Exemplo de um campo vetorial em  3 (no espaço).

     
r 
F  r   C.  3 , onde r  x  i  y  j  z  k e C  0 é constante real.
r

Este campo é chamado de campo de quadrado inverso e ocorre frequentemente em aplicações físicas. Ele é
usado para descrever a força de atração gravitacional (lei de gravitação de Newton) de uma partícula de massa
M, situada na origem do espaço, sobre uma outra partícula de massa m localizada num ponto P x , y , z  .

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     
r 
F  r   C.  3 , onde r  x  i  y  j  z  k e C  0 é constante real.
r

  
C
Notação vetorial: F  x, y,z       x, y, z  , C  G  m  M .
  x 2  y 2  z 2 3 2 
 
 N m 
2
G  6 ,67 . 10 11  2 
é a constante de gravitação universal.
 kg 

Para representar este campo, observe que:



1) F não é definido na origem;

 r C 
2) F  C   3   2 , isto é, o módulo do vetor F é inversamente proporcional ao quadrado da distância do
r r
ponto P x , y , z  até a origem.
   
3) F é um múltiplo escalar negativo do vetor posição r . Portanto, F tem a mesma direção de r e aponta para
a origem.

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CAMPO GRADIENTE

Definição: Seja u  u  x , y  uma função escalar de duas variáveis. O campo gradiente de u x , y  , denotado por
u x , y  , ou simplesmente u (lê-se nabla u ou grad u), é definido como

u  u 
u  x, y   i j.
x y

u  u  u 
Definição análoga para função de três variáveis, isto é, u  x, y,z   i j k.
x y z

Exemplo em  2 : Considere a função escalar u  x , y   x  y . Esboce o campo gradiente de u .

u  u 
Solução: u  i j   1,1 .
x y

u é um campo vetorial constante.

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CAMPOS CONSERVATIVOS
 
Definição: Dizemos que um campo vetorial F é conservativo numa região D   3 se F é o campo gradiente

de alguma função escalar u  u x , y , z  na região D, isto é, F  u . A função u é chamada de função potencial

de F em D.
   
Exemplo: O campo F  x, y,z    y 2 z 3  1 i   2xyz 3  2 y  j   3xy 2 z 2  3z 2  k é conservativo em D   3 . A
sua função potencial é

u  u  u  
u  x, y,z   xy 2 z 3  x  y 2  z 3  C , C   , pois u  i j  k    F . (Verifique!)
x y z

   
 x  i  y  j  z  k
Exemplo: O campo de quadrado inverso F  x, y,z   C.   é conservativo em
  x 2  y 2  z 2 3 2 
 
D   3   0,0,0  . A sua função potencial é

C u  u  u  
u x , y , z   , pois u  i j  k    F . (Verifique!)
x 2
 y2  z 
2 12 x y z

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