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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Curso: Licenciatura em Física / Matemática


Componente: Cálculo Vetorial e Integral

FUNÇÃO VETORIAL DE UMA VARIÁVEL


 
Definição: Uma função f que associa um número real t a um vetor f t  é chamada de função vetorial de uma
variável real. A variável t também é chamada de parâmetro t.

Notação (vetor no plano): Notação (vetor no espaço):


 
f : I    2 f : I    3
      
t  f  t    f1  t  , f 2  t    f1  t  i  f 2  t  j t  f  t    f1  t  , f 2  t  , f 3  t    f1  t  i  f 2  t  j  f 3  t  k

    
Obs.: i   1, 0  e j   0, 1 . Obs.: i   1,0,0  , j   0,1,0  e k   0,0,1 .

As funções f 1 t , f 2 t  e f 3 t  são funções escalares, isto é, de I em  .


Exemplos:
   
1) f  t    t, t 2  1 ou f  t    t  i   t 2  1 j . Neste caso, como o domínio I não é especificado, consideramos o
mais amplo possível, isto é, I   .

x  t
Se fizermos x  f 1 t  e y  f 2 t  , obtemos a forma paramétrica associada:  , t  .
y  t 1
2

2

   
2) g t   3  2 cost , 2  sent  , t  0 , 2 .

 x  3  2 cost 
Forma paramétrica associada:   
, t  0 , 2 .
 y  2  sent 

3
    
3) h  t    t, 2, t 2  ou h  t    t  i   2  j   t 2  k .

x  t

Forma paramétrica associada:  y  2 , t   .
z  t2

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GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO VETORIAL (OU HODÓGRAFO*)
*
Curva que é o lugar geométrico das extremidades de vetores que representam a posição de um corpo; curva
hodográfica.

Considere uma função vetorial f .

t  I   ; f  t  representa um vetor: Quando t percorre continuamente I, obtemos um
conjunto de vetores f t  :

 
Ligando todos os pontos obtidos das extremidades dos vetores f t  obtemos o gráfico da função f que, de uma
forma geral, é uma curva (linha) no plano ou no espaço.
 
   x t  , y t  ,z t    
Se f  t    x  t  , y  t  ,z  t   , t  I   , então graf f  3

tI   .

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Diretrizes para traçar o gráfico de uma função vetorial:

Curva plana: Curva espacial:

1) Dada a forma vetorial, obter a forma paramétrica; 1) Dada a forma vetorial, obter a forma paramétrica;
2) Obter uma relação entre as variáveis eliminando, 2) Obter, pelo menos, duas relações entre as variáveis
possivelmente, o parâmetro t; eliminando, possivelmente, o parâmetro t;
3) Identificar a curva; 3) Identificar as superfícies;
4) Esboçá-la. 4) Esboçar a curva como uma interseção entre as superfícies
obtidas.

Exemplos: Esboce os gráficos das funções vetoriais abaixo:



 
a) f  t   3  2 cos  t  , 2  sen  t  , t  0, 2  .

b) g  t    t, 2, t 2  , t  .

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OPERAÇÕES COM FUNÇÕES VETORIAIS

As operações com funções vetoriais são as operações usuais com vetores (já conhecidas).
 
Sejam f  t    f1  t  , f 2  t  , f 3  t   e g  t    g1  t  , g 2  t  , g 3  t   funções vetoriais e ht  uma função escalar.

Definimos as seguintes operações:

1) Soma (ou subtração):



f t   g t    f 1 t   g 1 t , f 2 t   g 2 t , f 3 t   g 3 t .

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2) Produto escalar:
 
f t   g t   f 1 t   g 1 t   f 2 t   g 2 t   f 3 t   g 3 t  .

Obs.1: O resultado do produto escalar entre funções vetoriais é uma função escalar.

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3) Produto por escalar (ou por função escalar):

ht   f t   ht   f 1 t , ht   f 2 t , ht   f 3 t  .

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4) Produto vetorial:
  
 i j k 
   
f  t   g  t   det  f1  t  f 2  t  f 3  t   .
 g t  g t  g t  
 1 2 3 

Obs.2: O resultado do produto vetorial entre funções vetoriais é uma função vetorial.
 
Atenção: Se f t  e g t  forem vetores do plano, para realizarmos o produto vetorial estendemos os vetores para o

espaço acrescentando a componente 0k . Desta forma, não alteramos o sentido, a direção e nem o módulo do vetor.

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