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Descongregados Gratuito
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ATENÇÃO:
Este conteúdo faz parte do livro “Igrejados: 70 razões e desculpas
para a evasão nas igrejas cristãs”, publicado em formato de livro
digital na Amazon. Código ASIN: B08H4JD81B
Distribuição gratuita
Venda proibida
5S EDITORA
PARNAMIRIM/RN
2022
APRESENTAÇÃO
No ano de 2007, interessei-me por abordar um tema dentre os
estudos bíblicos que eu realizava: os motivos ou as desculpas que as
pessoas apresentam para não frequentarem a igreja1 ou para
abandoná-la. A minha intenção era dissertar sobre ao menos dez
dessas razões, mas por algum motivo parei no meio do caminho e
não terminei o estudo. Passaram-se treze anos até que eu voltasse a
pensar a respeito do tema, desta vez com uma vivência maior no
Evangelho e conhecimento mais aprofundado das Sagradas
Escrituras. Na verdade, o que me despertou novamente para concluir
este estudo foi um texto que meu filho, Thiago, enviou-me, intitulado:
“Como responder a um crítico de Jesus: expondo os 10 piores
argumentos contra o Cristianismo”, escrito por Scott M. Sullivan,
Ph.D. Ambos os assuntos estão interligados. Criticar o Senhor Jesus é
também falar mal da sua Igreja, porque ambos estão intimamente
conectados. Por outro lado, falar mal da Igreja significa falar contra
aquele que é o seu fundamento e cabeça: o próprio Senhor Jesus
Cristo. Podemos recordar do apóstolo Paulo, ainda chamado Saulo, a
caminho de Damasco, com autorização para prender qualquer
seguidor da nova seita do Nazareno que encontrasse pelo caminho
(At 9:1-19). Ao interceptá-lo, o Senhor o questionou: “Saulo, Saulo,
por que me persegues?”; ao que ele indagou: “Quem és tu, Senhor”.
Então Jesus lhe respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (vs.
4,5).
Talvez não seja possível encontrar palavras nem estatísticas
que demonstrem a importância e o valor da Igreja cristã para a
humanidade. Muito embora ela tenha experimentado períodos de
trevas enquanto instituição religiosa, detentora de poder espiritual e
secular, a sua contribuição para a vida do homem e a História do
mundo é imensurável, incluindo o pensamento científico. Todavia, a
sua maior contribuição está nesta verdade: Cristo ressuscitou! A
mensagem que a Igreja traz difere de qualquer outra, porque ela
conecta o homem a Deus e lhe dá uma esperança eterna. Estamos
falando da verdadeira Igreja, não daqueles movimentos que pregam
a Teologia da Prosperidade e que não oferecem esperança alguma,
além de uma gorda conta bancária e, posteriormente, o amargor da
segunda morte. É a Igreja que prega e vive o Evangelho da graça de
Deus que triunfará quando o Senhor vier glorioso nas nuvens buscar
a sua noiva. E é essa a Igreja que prega sobre o Único que tem as
palavras de vida eterna. Ela é o ambiente propício para uma vida
santa e abundante, porque nela habita o Espírito Santo de Deus.
1 Neste estudo, usarei a palavra “Igreja” com “i” maiúsculo quando me referir à Igreja como
corpo de Cristo, a Igreja universal e gloriosa. E a palavra “igreja” ou “igrejas” com “i” minúsculo
quando me referir à(s) igreja(s) local(is), às denominações e às suas congregações, salvo
quando a palavra estiver em um texto bíblico ou citada por algum autor.
Então por que tantos estão insatisfeitos com a igreja? Por que tantos
crentes têm diariamente optado por viverem “desigrejados”, por
voltarem às suas práticas pecaminosas ou regressarem às suas
religiões de origem? Eu mesmo já fui alguém que passou anos
desviado do Evangelho, longe da comunhão com os irmãos.
Quando reiniciei este estudo, eu tinha basicamente o seguinte
pensamento em mente: as pessoas inventam toda sorte de desculpas
para abandoarem a igreja. Todavia, conforme fui avançando, percebi
que estava sendo muito simplista e injusto na minha avaliação.
Afinal, existem motivos justificáveis que podem levar o crente a não
poder ir mais à igreja ou ao menos a abandonar a denominação que
frequenta. Tendemos a colocar sempre a culpa no irmão que se
afastou, mas somos resistentes em fazer uma análise da igreja, da
sua liderança e da forma como ela é administrada para tentar
descobrir falhas que possam ter contribuído para a evasão dos
irmãos. Conforme avancei nas minhas meditações, sempre em
espírito de oração, descobri que existem várias dessas falhas. Elas
podem estar na pessoa do pastor, no tipo de ensino ou na falta dele,
no conteúdo das pregações, na forma como os membros são tratados,
na existência de pecados e falsos crentes. Tudo isso pode fazer com
que o crente verdadeiro desanime e saia; ou pode nos revelar a
verdadeira identidade daqueles que saíram. Existem culturas que
não podem ser transformadas de uma hora para outra, mas levam
anos até que venha o seu renovo. A Igreja Católica Apostólica
Romana experimentou uma Reforma em 1517, mas permanece quase
que inalterável até hoje, porque aqueles que a quiseram reformar,
foram obrigados a deixá-la. E é o que pode acontecer ainda hoje:
talvez seja preciso mesmo sair de uma instituição que não prega nem
vive a verdade como revelada nas Escrituras.
O resultado de muitos dias e madrugadas de meditação e
pesquisas está aqui. Foram muito mais do que apenas dez razões, e
acho que ainda não explorei o assunto o suficiente. Sempre haverá
novos motivos, alguns justificáveis, outros nem um pouco. Quem não
quer permanecer em Cristo, sempre encontrará uma razão para se
afastar dele, começando por excluir-se da comunhão com a igreja
local. Por outro lado, quem considera que o seu viver é o Senhor
Jesus, jamais deixará de encontrar razões para estar perto dele e das
pessoas que ele chama de amigos, filhos e ovelhas. É uma questão de
escolha pessoal. O Espírito Santo estimula e anima a sua Noiva; Ele a
santifica e edifica com a Palavra de Deus que Ele mesmo inspirou.
Ninguém disse que não haveria problemas, barreiras e uma batalha
espiritual a ser travada. Mas de uma coisa cada crente pode ter
certeza, e é aquilo que o Senhor declarou antes de ascender aos
céus: “E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do
século” (Mt 28:20).
O PROPÓSITO E A
IMPORTÂNCIA DA
IGREJA LOCAL
Vimos 2
que a atitude de se reunir como assembleia é uma das razões
de existir da Igreja de Cristo e também quais as principais marcas da
Igreja cristã. Essa reunião é bem mais que um encontro para adorar
a Deus através de um culto público, mas o contato direto entre os
membros da Igreja em forma de comunidade que o adora em espírito
e em verdade, não importando o local onde estiverem (Jo 4:23). Essa
verdade está enfatizada na teologia paulina, que chama os crentes a
viverem uma fé prática e frutuosa em que cada membro do Corpo de
Cristo pratica um culto racional por meio do sacrifício vivo, santo e
agradável de si mesmo a Deus (Rm 12:1). Esse culto é prestado pela
comunidade dos remidos por Cristo, que possuem uma vida
transformada e santificada para Deus pela fé que os justificou (Rm
3:24,25; Ef 5:2). A adoração é apenas mais um elemento da reunião
da Igreja como congregação. Ela é uma estrutura íntegra, da qual
nada pode ser retirado.
Após tudo o que estudamos, vejamos algumas justificativas
bíblicas que revelam o propósito da Igreja como ambiente de reunião
ou como a própria reunião dos fiéis em Cristo, e comprovam a
importância e a eficácia da igreja local para o cristão e para o
mundo. A grande maioria das pessoas tem aversão àquilo que elas
pensam ser igreja, mas que não passa de uma visão distorcida,
construída pelos falsos profetas do que a igreja é, da verdadeira
conversão e do Evangelho. É precioso conhecer e investir nas igrejas
verdadeiras. Enfatizo que se trata de igrejas genuínas, não de seitas
neopentecostais ou outras instituições pseudocristãs. Aqui apresento
o modelo ideal de denominações e suas congregações.
2 Sempre que este estudo se referir a algo que não se encontra neste volume em
PDF, significa que está no livro original.
evangelizar e fazer missões. Mas a igreja local é o trampolim de
envio de evangelistas e missionários a todas as partes do mundo.
Algumas formam juntas missionárias. Enviado pela igreja local, o
evangelista ou missionário terão apoio educacional, técnico,
espiritual, financeiro, logístico, emocional, pastoral e jurídico. A
missão evangelística é de toda a Igreja, e as diferentes denominações
em áreas estratégicas têm cumprido essa missão (Mt 28:19,20; Mc
16:15; At 1:8; 20:24; Tt 2:11; Rm 1:16; 10:11-15; 1 Co 9:16,17).
Além de uma missão evangelística, a Igreja também tem a
função de pregar a verdade e combater as heresias. A Igreja de
Cristo é a propagadora e a defensora do Evangelho. É ela quem
protege a verdade divina revelada nas Sagradas Escrituras. Nisso, a
igreja local tem um papel importante através do discipulado, do
ensino e do combate às heresias. Judas tinha a intenção de escrever
aos crentes a respeito da salvação, mas diante da necessidade
urgente de combater os falsos ensinos que se alastravam nas igrejas,
ele se viu obrigado a mudar o teor da sua epístola, exortando-nos a
batalhar “diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue
aos santos” (Jd 3). Sem estar na igreja para aprendermos a verdade,
estaremos à mercê dos falsos mestres e seus ensinos diabólicos.
Embora muitos estejam infiltrados nas igrejas e tenham fundado
igrejas para si, como membros de uma igreja séria e teologicamente
sadia, estaremos protegidos e envolvidos nessa batalha pela fé
evangélica (Jd 4; 1 Tm 3:15; Tt 2:1,15; Mt 7:15-20; 1 Ts 5:20,21; Rm
16:17,18; 1 Tm 6:3-5; 1 Jo 4:1; 2 Pe 2:1-3). Quem deseja viver a sua
fé longe da igreja local, que tipo de verdade defenderá?
estar unida e gozar das bênçãos que Ele nos tem dado. Mesmo
universal, a Igreja jamais deixou de se ajuntar num mesmo
local, um espaço físico para a Igreja espiritual estar unida (At
2:44-46; 3:1; 20:8; 11:26; 14:27; 1 Co 14:26; Fp 3:3). Na igreja
local, temos oportunidade de manter comunhão com diversos
irmãos. Fora dela, podemos até ter contato com outros irmãos,
mas tenderá a ser um contato seletivo, porque escolheremos
com quem queremos ou não nos relacionar. Na igreja local
somos conduzidos a nos relacionar com todas as pessoas, a
conviver com seus defeitos e suportá-las em amor, edificando-
nos uns aos outros (Hb 10:22-25; Sl 133:1-3; At 2:41-47; Fp
2:1,2; Ef 4:32; Cl 3:16; 1 Jo 1:3,6,7; Rm 12:10; 1 Pe 1:22; 2 Co
13:11).
NÃO É POSSÍVEL
SER IGREJA SÓ
Por tudo o que já estudamos, convém concluir este capítulo
afirmando: não é possível que um indivíduo possa ser membro da
igreja e se expressar como igreja sem manter comunhão com outros
irmãos, acima de tudo na igreja local. Em todas as referências
bíblicas à igreja de Cristo, a imagem que Deus nos transmite é de
uma coletividade, por isso ela é chamada de "corpo" (1 Co 12:12,13).
Uma vez que somos convertidos ao Evangelho, somos adotados como
membros da família de Deus. Quer queiramos isso ou não, milhões de
outras pessoas passam a fazer parte da nossa vida e nós, da vida
delas. Qualquer pessoa que pretenda ser igreja de forma isolada, não
está sendo igreja, não se identifica com Cristo, que se identifica com
a sua igreja. Em Atos, vemos que Saulo assolava a Igreja (At 8:1-3). E
como ele fazia isso? Perseguindo os membros da Igreja: homens e
mulheres (v. 3; 9:1,2). Ao ser interceptado pelo Senhor no caminho
para Damasco, Saulo foi confrontado com a verdade de que
perseguir a Igreja é perseguir o próprio Senhor da Igreja (9:3-5).
Aquele que mantém comunhão com o Filho, vive em comunhão com
os seus irmãos na fé (Fp 2:1,2; 1 Jo 1:6,7). Igreja não é pessoa, mas
pessoas. Mesmo que um indivíduo seja convertido na solidão do seu
quarto ao ler a Bíblia e ser tocado pelo Espírito Santo, este o impele
de maneira poderosa a integrar-se a uma igreja local, onde poderá
compartilhar com outros da sua fé, sua santidade, sua obediência,
seu serviço e suas obras; onde poderá ser cuidado e cuidar também.
O pastor Mark Dever, autor de vários livros e artigos sobre a
Igreja cristã e diretor executivo do Ministério 9 Marcas, manifesta a
sua preocupação com a ilegitimidade da conversão daquele que se
nega a fazer parte de uma igreja local. Ele escreve (2009, p. 24):
6. Não vou à igreja porque não sei qual é a certa. Existem muitas
denominações diferentes
10. Eu não preciso de salvação nem de Igreja. Sou uma boa pessoa
12. Por mim, eu estou na igreja 24hs por dia, todos os dias da
semana. O Reino de Deus em primeiro lugar!
6 Entenda-se “católica” por “universal”. Com relação ao batismo, as igrejas reformadas não
creem que ele seja necessário à salvação, mas que pela fé somos justificados por Deus dos
nossos pecados e batizados em Cristo (Gl 3:26,27; Rm 6:3,4; 1 Co 12:13; 1 Pe 3:21). Somos
“apostólicos”, uma vez que a Igreja está firmada sobre a doutrina dos apóstolos, que é a
doutrina de Cristo como fundamento da Igreja, portanto, estamos edificados sobre Cristo (Ef
2:19-21). Os cristãos oriundos da Reforma Protestante são católicos (universais), mas não são
romanos, são celestiais (Fp 3:20,21).
2. Não é fundada por homens, mas, como todo organismo vivo, nasce
(de Deus).
16. Na Igreja institucional, dons são vistos como cargos. Pessoas são
colocadas nestes cargos desde o princípio. Na Igreja orgânica, dons
não são vistos como cargos, e sim como funções. Eles emergem
natural e organicamente com o tempo. Eles brotam da terra, e
normalmente não carregam títulos.
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BIBLIOGRAFIA
BERKHOF, Louis. Manual de doutrina cristã. Minas Gerais: CEIBEL,
1992, 2ª ed.
DEVER, Mark. O que é uma Igreja saudável? São Paulo: Fiel, 2009.
SHEDD, Russel. O líder que Deus usa. São Paulo: Vida Nova, 2000.
SPROUL. R. C. http://areformahoje.blogspot.com.br/2013/07/as-
marcas-da-verdadeira-igreja-rcsproul.html, acessado em 21/10/2016.
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