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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO MÉDIO DE SAÚDE FUTURO ABERTO
(IMSFA)

PRÉ-PROJECTO

PRIMEIROS SOCORROS

CONHECIMENTO DOS PROFESSORES DO IMSFA SOBRE OS


PRIMEIROS SOCORROS NO AMBIENTE ESCOLAR, NO Iº
TRIMESTRE DE 2022.

LUANDA/2022
CONHECIMENTO DOS PROFESSORES DO IMSFA SOBRE OS
PRIMEIROS SOCORROS NO AMBIENTE ESCOLAR , NO Iº
TRIMESTRE DE 2022.

Trabalho de Conclusão de Curso,


apresentado a Escola de Formação
Técnicos de Saúde de Luanda, como
requisitos para obtenção do titulo de
Técnico de Enfermagem.

INTEGRANTES DO GRUPO Nº

1. Isabel Luango Simão


2. Isabel Tunga da Silva
3. Isabel Massanga Filho Quituxi
4. Iracelma Banvo Domingos
5. Isabel Kadindama Kamafuilia
6. Isabel Matondo Domingos Nzau
7. Isabel Benjamim António Ndende
8. Isabel Cesaltina Adelaide Farinha
9. Isabel Lukau Alfredo Rocha
10. Isabel Celestina Sebastião Bento
11. Irene Cacuca Belchior Gerissa
12. Isabel António Domingos

Orientador

LUANDA/2022
DEDICATÓRIA
Dedicamos o nosso trabalho aos nossos familiares, especialmente, aos nossos queridos pais
pela paciência, valores e ensinamentos transmitidos, por todo apoio e amor que sempre nos
deram, que demonstraram de todas as formas possíveis para que conseguíssemos chegar até
aqui.
AGRADECIMENTOS
A Deus Todo-poderoso, pela vida, pela fé, acima de tudo pelo seu amor incondicional que
com a sua graça foi possível vencer os obstáculos encontrados durante a caminhada.
À Direcção do IMSFA na pessoa do director Geral Dr. Gomes Eduardo Cabaça, que,
acreditamos, com ajuda de Deus, conseguiu nortear os nossos passos até esta etapa tão
importante das nossas vidas.
Aos nossos familiares especialmente aos nossos pais pela orientação, dedicação e incentivo
durante toda nossa formação.
Ao nosso orientador, professor Marcos Canda pela sábia dedicação e excelente orientação.
Aos professores que de forma sabia incansável dedicaram parte do seu tempo a transmitirem,
não só conhecimentos cientifico, mas também valores que serviram e continuarão a servir de
base para esta grande e nobre tarefa que é cuidar.
Somos gratos que contribuíram de forma directa ou indirecta para realização do presente
trabalho.
Obrigado a todos!
1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata-se do primeiros socorros no ambiente escolar onde vamos abordar
sobre os acidentes frequentes intervenções e as metodológias utilizadas.

O ambiente escolar é um ambiente vulnerável a ocorrência de acidentes devido ao grande


número de estudantes interagindo e realizando actividades frequentemente, também pelo
ambiente físico, social e psicológico sendo de extrema responsabilidade dos professores,
monitores e da direcção da escola a segurança dos mesmos. Segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS) entre as primeiras causas de óbito nos países desenvolvidos e em
desenvolvimento são os acidentes entre estudantes de 5 á 19 anos de idade (SENA et al,
2008).

O conhecimento do suporte básico de vida (SBV) é fundamental para todos aqueles que lidam
com vidas principalmente professores de redes de ensino infantil onde alunos apresentam
maior fragilidade por conta da idade e maturidade. O SBV são etapas que podem ser
realizadas fora do ambiente hospitalar, é o atendimento imediato prestado a uma pessoa ferida
ou que adoece repentinamente (FERREIRA, 2001).

Por não realizarem um atendimento correto pela falta de conhecimento do SBV os leigos
podem prestar um atendimento inadequado com isso poderia ocasionar ainda mais prejuízos a
vítima. Acredita-se que os socorristas agem sem possuírem treinamento correto, mas sim pelo
sentimento de solidariedade (ARAUJO, 2005).

É importante que haja preparação profissional, pois acidentes podem ocorrer a qualquer
momento e por isso temos que estar preparados para agir com conhecimento e segurança,
minimizando assim o risco de danos que venha a acontecer com a manipulação incorrecta da
vitima ou falta de socorro imediato acarretando em um maior agravamento do estado da
vitima ou até mesmo a perda de sua vida. Educação em saúde é definida como instrumento do
que pode, proporcionar ampliação do cuidado á saúde do escolar (MARCONDES,1972).

O conceito sobre acidentes que ocorrem no ambiente escolar, era anteriormente definido
como um evento danoso que independe de qualquer vontade, resultado de uma força externa,
passa gradativamente a ser compreendido como um evento que poder ser evitado (SENA,
2008).
1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Durante a nossa estádia no IMSFA, notamos muitos acidentes por parte dos estudantes dentro
do ambiente escolar, por este motivo remetemos a seguinte questão: Qual é no nível de
conhecimentos dos professores do IMSFA sobre os primeiros socorros no ambiente
escolar durante o Iº Trimestre de 2022?

1.2 JUSTIFICATIVA

Depois de muitas pesquisas percebemos que pouco ou nada têm se dito sobre o primeiro
socorro no ambiente escolar por este razão decidimos abordar sobre o mesmo, para dar mas
ênfase ao tema e de alguma forma puxar atenção dos professores para poderem estar
preparados e munidos de conhecimento para que possam prestar atendimento adquado e de
qualidade nos estudantes do IMSFA e não só.

2 OBJECTIVOS

2.1 GERAL

 Descrever o nível de conhecimento dos Professores do Instituto Médio Saúde Futuro


Aberto sobre os primeiros socorros no ambiente escolar durante o Iº trimestre de 2022.

2.2 ESPECÍFICOS

 Caracterizar os dados sociodemográficos dos funcionários segundo a idade, género,


tempo de trabalho e nível acadêmico.

 Identificar os acidentes mais frequentes no ambiente escolar.

 Avaliar o nível de conhecimento dos funcionários sobre prevenção e intervenção nos


acidentes ocorridos dentro do ambiente escolar.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 DEFINIÇÕES, TERMOS E CONCEITOS

Neste ponto definimos os conceitos que nortearam o nosso trabalho, de tal maneira a elucidar
e esclarecer alguns itens:

Primeiro socorro: é definido como o primeiro atendimento recebido pela vítima, onde o
objectivo é manter os sinais vitais de um individuo enquanto aguarda um atendimento por
profissionais de saúde ou do Serviço Atendimento Móvel de Urgências (SAMU). Esses
cuidados administrados de forma rápida e adequada atenuam a mortalidade e
consequentemente acrescem a sobrevida das pessoas (BASIL, 2003).
Primeiros Socorros: são os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado físico
coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de manter suas condições, até que
receba assistência médica especializada ou ainda tratamento imediato e provisório ministrado
a uma vítima de trauma ou doença fora do ambiente hospitalar (FLEGEL, 2002).

Capacitação em primeiros socorros é um ponto importante, onde os professores referem ter


pouca ou nenhuma capacitação, os treinamentos geralmente são esporádicos ou pontuais, o
que demonstra o despreparo das escolas (SENA, 2008).

A falta desta, também é vivenciada pela cuidadoras que atuam em creches, durante sua
formação profissional não recebem nenhuma formação que orientem a prevenção de acidentes
na infância, os profissionais julgam necessária essa qualificação para bom desempenho de seu
trabalho (SILVANI, et al, 2008).

Acidentes: são episódios que podem acontecer a qualquer momento, por acaso ou não, podem
ser fatais ou não, porém se precauções forem tomadas, na grande maioria das vezes poderiam
ser impedidos. Podendo acontecer em qualquer outros, seja num espaço doméstico, espaço
social, como nas praças, clubes ou escolas. Os acidentes graves devem ter atendimentos e
realizados por pessoas que entendam de primeiros socorros (MOTA, ANDRADE 2015).
Os acidentes: caracterizam-se como mudanças produzidas acidentalmente que podem trazer
danos a diversas estruturas e atingir diversas profundidades e gravidades, como um exemplo o
maior órgão do corpo a pele até pelo seu tamanho e exposição é um dos primeiros órgãos a
ser danificado em caso de lesões, isso acontece devido a uma variação superior ao nível de
resistência do organismo. FLEGEL (2002).
Quedas são a maior causa de internação na população de 0 á 19 anos seguido de intoxicações,
acidentes de transporte, agressões, queimaduras, afogamento, aspiração de corpo estranho
(AMARAL, et al, 2009).

O perfil epidemiológico também apresenta importantes variáveis, pois os acidentes são


determinados por multi-causalidades como: sexo, idade, etapa de desenvolvimento neuro-
psico-motor, imaturidade e incapacidade de identificar situações de risco e incoordenação
motora, comportamentos agressivos, hiperatividades, distração também são um fator
importante (MARTINS, 2006).
O objetivo dos primeiros socorros seja ele no meio escolar ou em qualquer outro caso, é
manter as funções vitais da vítima e mantê-la viva, e todos os cuidados e procedimentos
devem ser feitos com agilidade e eficiência, pois todo o tempo é pouco para manter a vítima
com vida (BRASIL, 2003).
Prevenção de acidentes é reconhecida pelas professoras como um assunto importante, embora
muitos não consigam diferenciar se significado com o de primeiros socorros a serem
prestados (VIEIRA, et al, 2004)

3.1 O QUE SÃO SINAIS VITAIS

Os sinais vitais são sinais que informam sobre o estado da vítima. São eles:

RESPIRAÇÃO: podemos observar o ar que entra e sai dos pulmões, pela expansão do tórax,
ou sentindo com nossa face colocada próximo do rosto da vítima. Normalmente a frequência
da respiração das crianças é de 15 a 30 por minuto e do adulto de 12 a 20 por minuto.

PULSAÇÃO: podemos observá-la com mais facilidade no pulso ou na carótida (artéria do


pescoço), utilizando os dedos médios e indicador para pressioná-los. A pulsação normal de
uma criança é de 120 batimentos por minuto e de 70 e 80 em adultos.

TEMPERATURA: O normal varia entre 36º e 36,5º, podendo ser notar com o tato quando a
pele esta muito fria ou muito quente, e pode-se observar se a pele fica pálida ou arroxeada.

PRESSAO ARTERIAL: refere-se a pressão exercida pelo sangue contra as paredes das
artérias, o seu valor normal e de 120/80mmHg.
3.2 COMO AGIR FRENTE A UM ACIDENTE
 Tenha calma e firmeza para usar os conhecimentos básicos de Primeiros Socorros,
respeitando suas limitações.
 Observe o local do acidente. Verifique sua segurança e das demais pessoas. Não se torne
mais uma vítima.
 Peça para alguém ligar para o socorro especializado, informando o local do acidente,
telefones de contato e a situação da vítima, e em seguida para a família da vítima.
 Procure tranqüilizar a vítima.
 Execute somente o procedimento que souber fazer com segurança, para evitar maiores
complicações no estado da vítima.
 Evite remover a vítima e só a transporte em último caso. Aguarde no local o socorro
especializado.
 Tome cuidado com atitudes incorretas e precipitadas, isso pode agravar a situação.
 Monitore sempre os sinais vitais até a chegada do socorro.

3.3 ACIDENTES FREQUENTES NO AMBIENTE ESCOLAR

O meio escolar é um espaço social onde encontra-se um grande número de estudantes em


processo de desenvolvimento, seja cognitivo, social e físico, onde se desenvolve várias
actividades esportivas e, tendo isso como base entende-se que é um local onde eles estão
propícios a possíveis acidentes (SENA, RICA E VIANA 2011).

Até mesmo a sala de aula é um ambiente que oferece risco ao aluno, pelo fato de ter muitos
móveis (carteira e cadeira) pontiagudos, cadeiras próximas a janelas entre outros, materiais
que são utilizados pelos próprios alunos. (SENA et al, 2008).
COLLUCI, (2006) aponta que os acidentes na escola são muito frequentes, oriundo da
naturalidade do aluno em querer conhecer as diferentes situações, e isso por sua vez coloca
em risco o aluno.
No ambiente escolar os acidentes são uma preocupação constante sendo de extrema
importância que os profissionais e professores que estão diretamente ou indiretamente em
contato com os alunos saibam agir frente a esses eventos assim sabendo como evitá-los e
como agir diante desta situação, evitando complicações por conta de procedimentos
inadequados, podendo garantir uma melhor evolução e prognóstico nos ferimentos
(FRANÇOSO, 2007).
3.4 DESMAIOS
Ocorrem pela diminuição de sangue no cérebro. Pode ser causada por falta de alimentação,
cefaleia, fadiga, ficar em lugares abafados, exposicao demasiada ao sol emoção forte ou perda
de sangue. Tem como sintomas a fraqueza, tontura, fraqueza muscular generalizada,
formigamento no corpo, escurecimento das vistas, suor frio, palidez, podendo perder a
consciência. Geralmente são passageiros, mas se forem causados por hemorragias ou
traumatismo na cabeça tornam-se graves (MOURÃO, 2008).
A maioria dos motivos mais comuns que causam desmaio são de situacões ocasionais, ou
seja, factores externos que influênciam o organismo.

3.5 PROCEDIMENTO
 Colocar a vítima em decúbito dorsal, com os pés ligeiramente elevados;
 Se estiver inconsciente, avaliar a respiração e a circulação e procurar socorro
especializado;
 Enquanto a vítima estiver inconsciente e respirando deve-se colocá-la na posição de
decúbito lateral;
 Ao se recuperar de um desmaio a vítima não deve levantar-se repentinamente ou andar
de súbito, isso pode ocasionar um novo desmaio;
 Após a recuperação, orientar a vítima para respirar profundamente (MOURÃO, 2008).

3.6 CONVULSÃO
Segundo Flegel (2002), convulsão consiste em uma disfunção temporária do cérebro, tendo
como sintoma actividade eléctrica do cérebro anormal, gerando descontrole muscular e
inconsciência e movimentos involuntários. As causas da convulsão podem estar relacionadas
com patologias, como: meningites, tétano, tumores, traumas, epilepsia, infeccão.
As crises convulsivas também podem ser desencadeadas por diversos outros factores, entre
eles: stress, música, luz forte, hipertermia, falta de sono.

3.7 PROCEDIMENTO
 Deixar a vítima deitada e afastar todo o que puder machucá-la;
 Retirar de seu corpo objectos que possam sufocar e machucar;
 Afrouxar as roupas e deixar que ela se debata até os movimentos pararem;
 Colocar um pano sob a cabeça da vítima para que ela não se machuque;
 Não tentar abrir a boca da vítima;
 Dar espaço para a vítima respirar;
 Permaneça ao lado da vítima e chame socorro especializado, caso a convulsão dure mais
que quatro minutos (HAFEN, Karen, & Frandsen, 2002).

3.7 ENTORSE
Consiste na separação ou afastamento da superfície ósseo de uma articulação
momentaneamente, tendo o possível risco de danos aos ligamentos, caracteriza-se por dor
intensa, edema, inchaço e perca de amplitude de movimento. SILVEIRA & MOULIN (2006).
Em situações de entorse realizar a imobilização com bandagem e tabuas evitar ao máximo o
movimento para evitar rupturas e qualquer tipo de lesões secundárias. (NOVAES, NOVAES,
1994).
 Colocar gelo ou compressa fria na pele protegida;
 Imobilizar a articulação afectada com atadura, talas ou tipóias;
 Não puxar o local;
 Encaminhar a vítima para atendimento médico para verificar se não houve fractura
(Cunha, 2006).

3.7.1 FEBRE
É a condição em que a temperatura corporal está acima de 36ºC, 37ºC. Pode ser causada por
infecção resultante de bactérias ou vírus ( MOURÃO, 2008).
Essa elavacão é normalmente uma do corpo ontra agentes infecciosos, oque leva uma resposta
inflamatória e aumento da temperatura na tentativa de combater a infeccão. No entanto, a
febre pode também acontecer no de cancer ou ser consequencia do uso de alguns
medicamentos. É comum além da febre. sejam notados outros sintomas como calafrios,
cefaleia, mal estar, suor e frio. (WALTER, EDWARD J, 2016).

3.7.2 PROCEDIMENTO
 Deixar a pessoa confortável e monitorar a temperatura com um termómetro, pois a febre
muito alta pode provocar convulsões;
 Dar líquidos leves para a pessoa ingerir;
 Colocar compressas com água tépida sobre a testa da pessoa;
 Procurar orientação médica (MOURÃO, 2008).
3.7.3 DOR DE CABEÇA
Qualquer doença pode vir acompanhada de dor de cabeça. Ela pode ser o sintoma de doenças
graves como meningite ou um acidente vascular. Ela surge sem razão aparente causando
desconforto e até dores insuportáveis que impossibilitam a pessoa de realizar suas tarefas
normais (Cunha, 2006). Procurar orientação médica se a dor aumentar rapidamente, for forte e
impedir as actividades normais, for recorrente ou persistente, for acompanhada de perde do
nível de consciência, for acompanhada de rigidez do pescoço, seguir-se de uma lesão na
cabeça, provocar vómitos e desmaios.

3.7.4 PROCEDIMENTO
 Não ministrar medicamentos que podem agravar determinadas doenças.
 Colocar a pessoa em ambiente tranquilo.
 Usar compressa fria.

3.7.5 ENGASGO
Consiste em um corpo estranho que veda a válvula epiglote, obstruindo a entrada da traqueia,
havendo nesse caso asfixia com cianose, perda da consciência, parada respiratória levando até
a morte (NOVAES, 1994, p.102).

3.7.6 HEMORRAGIA
Hemorragia segundo Porcides (2006), consiste em uma lesão que atinge artérias e veias. As
de origem arterial são de grande perigo, pois a perda de sangue é grande devido estar
relacionada directamente com a sístole e diástole do coração, a qual é difícil controlar. A de
origem venosa tem um fluxo continuo e de baixa pressão e a que ocorre nos capilares é de
fácil controle, bastante lenta e na mais superficial.

3.7.7 CÃIBRAS
São espasmos musculares súbitos, incontroláveis e muito dolorosos. Ocorrem geralmente
durante o sono, ou após atividade física intensa na qual se perde água e sais minerais pela
transpiração excessiva.
3.7.8 PROCEDIMENTO
 Alongar com cuidado o músculo afetado.
 Na panturrilha deve-se endireitar o joelho e empurrar o pé com firmeza em direção à
parte superior da perna.
 Ficar em pé sobre a perna afetada irá aliviar a cãibra com o alongamento do músculo.
 No pé deve-se levantar colocando o peso do corpo sobre a parte anterior do pé.
 Na parte posterior da coxa, deve-se endireitar o joelho e erguer a perna afetada. Na
parte frontal da coxa dobrar o joelho.
 Quando os espasmos cessarem deve-se massagear o local, e colocar bolsa de gelo sobre o
local protegido por gaze ou pano limpo.

3.8 QUEIMADURAS
São lesões provocadas por temperatura muito alta ou muito baixa, produtos químicos,
choques elétricos ou exposição ao sol. São classificadas quanto a sua intensidade em:

3.8.1 QUEIMADURA DE 1º GRAU


 Deixa a pele avermelhada e ardida. Envolve apenas a epiderme.

3.8.2 PROCEDIMENTO
 Lavar o local com água da torneira, isso alivia a dor.
 Colocar compressas frias.
 Nas queimaduras causadas por exposição prolongada ao sol, deve-se dar bastante líquido
para a vítima se reidratar, colocar compressas frias na testa, e usar um hidratante.

3.8.3 QUEIMADURA DE 2º GRAU


 A pele fica rosada, dolorida e aparecem bolhas. Envolve a epiderme e a derme.

3.8.4 PROCEDIMENTO
 Lavar com água fria e proteger o local com pano limpo.
 Fazer compressas frias para aliviar a dor.
 Não passar nenhum produto na queimadura e não estourar as bolhas, isso pode acarretar
infecções.
 Dependendo da extensão da queimadura, procurar um médico rapidamente.
3.8.5 QUEIMADURA DE 3º GRAU
A pele fica esbranquiçada, endurecida, e indolor. A dor que a vítima sente vem da queimadura
de 2º e 1º grau que geralmente fica ao redor da queimadura mais grave. Envolve todas as
camadas da pele, gordura subcutânea, músculos e ossos.

3.8.6 PROCEDIMENTO
 Dependendo da extensão da queimadura, chamar imediatamente o socorro
especializado.
 Retirar roupas e outros objetos do corpo da vítima que não estiverem grudados na pele.
 Resfriar o local com água e pano limpo.
 Monitorar os sinais vitais, pois a vítima poderá entrar em choque e ter uma parada
respiratória.
 Se a queimadura ocorrer por produtos químicos sólidos, deve-se retirar o resíduo do
produto, antes de lavar o local.

3.9 CORPOS ESTRANHOS


3.9.1 NA GARGANTA
Um corpo estranho na garganta pode obstruir as vias aéreas de forma incompleta, quando a
pessoa tem dificuldade de respirar, porém o ar continua passando. A vítima emite sons.

3.9.2 PROCEDIMENTO
 Acalmar a vítima e fazê-la tossir para expelir o corpo estranho. Caso isso não ocorra
procurar um médico.
 E também pode obstruir as vias aéreas de forma completa, quando o ar não passa
impossibilitando que a pessoa emita sons e deixando a pele arroxeada.

3.9.3 PROCEDIMENTO
 Abraçar a vítima pelas costas posicionando as mãos acima do umbigo dela.
 Fazer compressões para dentro e para cima do abdome da vítima, observando se o corpo
estranho sai.
 Se não der resultado, provavelmente a vítima ficará inconsciente por falta de oxigênio.
Então se deve providenciar rapidamente socorro especializado.
 Enquanto o socorro não chega deve-se colocar a vítima em posição de decúbito dorsal.
Posicionar as mãos sobre o umbigo da vítima, fazendo cinco compressões, para dentro e
para cima.
 Abrir a boca da vítima e tentar localizar o corpo estranho que foi expelido.
 Procurar retirá-lo com o dedo indicador, protegido com luva, pela lateral do objeto
puxando- o de trás para frente.
 Porém, se o corpo estranho não sair deve-se reiniciar as compressões abdominais.
 Depois de retirar o objeto, fazer duas respirações artificiais. Se o tórax não expandir
reiniciar as compressões abdominais, pois ainda pode haver um corpo estranho impedindo
a respiração.

3.9.4 NA PELE
Corpos estranhos encravados na pele podem causar infecções, por isso devem ser removidos
quando possível com uma pinça, e depois o local deve ser lavado com água e sabão. Se o
objeto estiver cravado profundamente ou estiver em local difícil de ser retirado, deve-se
proteger o local com gaze e encaminhar a vítima para o atendimento médico.

3.9.5 NO OUVIDO
Corpos estranhos introduzidos no ouvido, causam desconforto. Não se deve tentar retirar um
corpo estranho com pinça ou cotonete, isso pode empurrar ainda mais para dentro do ouvido,
e afetar o tímpano. A vítima deve ser acalmada e encaminhada para o médico. Se o corpo
estranho for um inseto pode-se proceder da seguinte maneira:
Puxar a orelha da vítima para trás e dirigir um facho de luz para o canal auditivo. Isso atrai o
inseto.
Caso o inseto permaneça no ouvido deve-se procurar o médico.
Não colocar nenhuma substância líquida no ouvido, pois pode dificultar a retirada do inseto
pelo médico.

3.9.6 NO NARIZ
Corpos estranhos no nariz podem ser removidos, fazendo a pessoa inspirar pela boca,
comprimir a narina que está livre e expelir o ar pela narina obstruída, sem muita força para
não causar ferimento. Caso o corpo estranho não saia, deve-se procurar o médico. Jamais
introduzir qualquer instrumento na narina, pois isso poderá empurrar o corpo estranho ainda
mais para dentro.
3.9.7 NOS OLHOS
Os olhos são órgãos delicados que podem ser atingidos por poeira, areia, insetos ou pequenos
corpos estranhos, provocando irritação, inflamação ou ferimentos mais graves.

3.9.8 PROCEDIMENTO
 Lavar o olho com água em abundância.
 Proteger os olhos com gaze ou pano limpo, para evitar o movimento do olho afetado.
 Não deixar que a vítima esfregue o olho.
 Não tentar retirar um corpo estranho que fique encravado no olho, somente proteger com
gaze.
 Encaminhar sempre para um oftalmologista.
 Se necessário chamar o atendimento especializado de urgência prestar socorro.
 Extremidade superior do mesmo.

3.10 PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA


A parada respiratória pode ser motivada por ataque de asma, choque elétrico intenso,
afogamento, asfixia, inalação de gases tóxicos, problemas cardíacos, reações alérgicas,
queimaduras, entre outros. Observa-se uma parada respiratória pelo tórax que não se expande,
falta de ruído de respiração, ou não se sente a saída de ar na própria face encostada em uma
vítima. Pode ocorrer juntamente com a parada respiratória a parada cardíaca, ou seja, a parada
dos batimentos do coração, que se observa pela ausência de pulsação nas artérias. Nesses
casos deve ser feita a reanimação cárdio-pulmonar.

3.10.1 PROCEDIMENTO
 Colocar a vítima na posição de decúbito dorsal.
 Posicionar-se de joelhos ao lado do tronco da vítima.
 Verificar se não há obstrução das vias aéreas.
 Colocar uma das mãos na testa da vítima, e, com a outra, elevar o queixo.
 Tapar o nariz da vítima, inspirar profundamente e cobrir toda a boca da vítima.
 Soprar o ar na boca da vítima de forma lenta e uniforme até o tórax subir. Então, afastar
a boca e deixar o tórax descer.
 Repetir a operação e verificar a respiração.
 Começar a massagem do coração, colocando uma mão em cima da outra, entrelaçando
os dedos, e apoiando entre os mamilos da vítima, pressionar 30 vezes para baixo, com
os braços esticados e com o peso do corpo.
 Altere duas respirações com 30 massagens, verificando os dados vitais a cada cinco
ciclos, até a vítima voltar a respirar, ou até a chegada de socorro especializado.
 Se for necessário transportar a vítima, o procedimento não pode ser interrompido até o
atendimento médico.

3.11 CHOQUE ELÉTRICO


É a passagem da corrente elétrica pelo corpo, que serve de caminho para a corrente elétrica
em direção à terra. Ele pode causar queimaduras, arritmias e até mesmo a morte. Deve-se
lembrar que a água torna o choque mais perigoso, e que a corrente elétrica passa por vários
corpos que tiverem algum contato.

3.11.1 PROCEDIMENTO
 Antes de socorrer a vítima, interromper a corrente elétrica. Quando isso não for possível,
chamar a central elétrica ou o corpo de bombeiros. Jamais tocar em fios elétricos com as
mãos. Se for necessário usar um cabo de vassoura ou outro material que não seja
condutor elétrico.
 Verificar se o calçado usado tem solado de borracha.
 Após verificar todas as medidas de segurança, observar os sinais vitais da vítima. Se
houver queimadura usar os procedimentos adequados.
 Chamar o socorro especializado.

3.12 FRATURA
 É a lesão em que ocorre a quebra de um osso. Ela pode ser uma:

3.12.1 FRATURA FECHADA


Quando não há rompimento da pele, provocando dor intensa, deformação do local afetado,
incapacidade ou limitação de movimento, edema do local afetado. Pode ainda, ocorrer
hematoma e crepitação (sensação de ruído provocado pelo atrito das partes fraturadas).
3.12.2 FRATURA ABERTA
 Quando o osso quebrado perfura a pele, ficando visível.

3.12.3 PROCEDIMENTO
 Não tentar colocar o osso no lugar.
 Movimentar a vítima o menos possível.
 Imobilizar o membro fraturado, com talas que ultrapassem as articulações acima e abaixo
do local da fratura, na posição em que se encontra.
 Deixar dedos visíveis para observar qualquer alteração como inchaço, dormência,
arroxeamento. Se isso acontecer é preciso afrouxar a faixa de imobilização.
 Fraturas no antebraço devem ser imobilizadas com tipóia.
 Providenciar atendimento médico rapidamente

3.13 O QUE DEVE CONTER UMA CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS


 Gazes esterilizadas
 Luvas de látex
 Rolos de ataduras de diversos tamanhos
 Esparadrapo
 Tesoura de ponta redonda
 Soro fisiológico
 Água destilada e água oxigenada
 Colher medida para soro caseiro
 Termômetro

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