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UNITPAC – Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos

ENFERMAGEM

Estudo de Casos Clínicos – Acidentes Domésticos

Bianca de Kassia da Silva Coelho


Danielle Sousa Costa
Dayane Pereira da Cunha
Jéssica Duarte Carmo
Tiago Pereira de Santana

Araguaína/TO
Setembro/2021
Bianca de Kassia da Silva Coelho
Danielle Sousa Costa
Dayane Pereira da Cunha
Jéssica Duarte Carmo
Tiago Pereira de Santana

Estudo de Casos Clínicos – Acidentes Domésticos

Trabalho apresentado como requisito para


obtenção parcial da nota semestral na
disciplina de Estudo de Casos Clínicos do
curso de Enfermagem do UNITPAC.
Prof. orientadora: Karina Maria Mesquita da
Silva

Araguaína/TO
Setembro/2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4
1.1 Justificativa da Escolha do Tema 6

1.2 Objetivos 7

1.2. Objetivo Geral 7

1.3 Objetivos Específicos 7

2. REFERENCIAL TEÓRICO 8
2.1 Intoxicações 8

2.2 Quedas 8

2.3 Queimaduras 10

2.4 Choques Elétricos 10

2.5 Afogamentos 12

3. METODOLOGIA 14
3.1 Tipo de Pesquisa 14

3.2 Universo 14

3.3 Local do Projeto 14

3.4 Estratégia Educacional 15

3.5 Orçamento 15

REFERENCIAS BIBLIÓGRAFICAS 16
4

1. INTRODUÇÃO

A Portaria nº 737/GM de 16 de maio de 2001 (BRASIL, 2001), define acidente


como evento não proposital e prevenível, resultante de lesões físicas e/ou emocionais
que ocorrem no ambiente doméstico e em outros ambientes sociais. A habitação e o
meio ambiente têm preponderante interferência no campo da saúde humana, cerca
de 80% a 90% do dia as pessoas permanecem em meio ambiente construído, com
prevalência nos espaços residenciais (PASTERNAK, 2016).
A Sociedade Brasileira de Pediatria –SBP MACIEL (2014), declara que os
fatores relacionados à sucessão dos acidentes domésticos consistem em: Idade /
desenvolvimento psicomotor da criança e o papel dos pais na educação
preventiva e de vigilância; Escolaridade –nível de instrução dos pais como fator
de prevenção e primeira assistência efetiva; Ambiente físico domiciliar –condições
deficientes, mau estado de conservação e espaços reduzidos.
A relação dos acidentes com os aspectos sociais e econômicos são
caracterizadas pela ausência de informação, de infraestrutura adequada, de espaços
de lazer, de instituições de ensino e de políticas públicas direcionadas à prevenção de
acidentes. Assim as questões de pobreza, mãe solteira e jovem, baixo nível de
educação materna, habitações precárias e famílias numerosas também se
caracterizam como fatores de riscos aos acidentes. Vale ressaltar que os acidentes
ocorrem independentes de classe social (REDE NACIONAL DA PRIMEIRA
INFÂNCIA, 2014).
São considerados acidentes por causa externas de maior prevalência aqueles
que englobam quedas, queimaduras, envenenamento, afogamento,
sufocação/obstrução de vias aéreas, intoxicação e acidentes de trânsito, os quais
representam um grave problema de saúde pública. Os danos ocasionados
correspondem a uma das principais causas de mortalidade ou invalidez na primeira
infância, capazes de acarretar sofrimento às crianças envolvidas, aos
responsáveis, familiares, cuidadores, além de elevar os custos ao sistema de
saúde. Fatos estes que podem ser evitados, uma vez que a maioria dos acidentes
é passível de prevenção (Brasil, 2017a; Brasil, 2018).
A falta de orientações adequadas aos pais, familiares e cuidadores, acarreta
uma população desinformada e despreparada (Faria et al., 2018). É necessário
que a equipe multiprofissional seja promotora de informações e participe ativamente
5

na prevenção de acidentes, assumindo este problema no mesmo nível de prioridade


que os demais assuntos que envolvam um desenvolvimento saudável. Sendo
necessário falar sobre prevenção de acidentes nas consultas de enfermagem desde
a puericultura assim como nos demais retornos de acompanhamento da criança
(ARAÚJO et al., 2017; FILÓCOMO et al., 2017).
Sendo assim, a elaboração de ações preventivas contribui para que medidas
sejam colocadas em prática e aplicadas de forma efetiva, a fim de minimizar acidentes
e seus impactos, principalmente aqueles que envolvem crianças na primeira infância.
Dessa forma, esse estudo tem por objetivos identificar os principais acidentes que
acometem as crianças na primeira infância e propor orientações preventivas aos pais
ou responsáveis a fim de minimizar a incidência de acidentes e reduzir eventuais
danos à saúde da criança.
6

1.1 Justificativa da Escolha do Tema

Os autores deste trabalho foram inspirados neste tema a partir dos números
crescentes de acidentes domésticos que ocorrem, onde se observa frequente
demanda de crianças vítimas de acidentes domésticos. As características dos
acidentes evidenciam a submissão das crianças em ambientes domésticos
vulneráveis a riscos e agravos. Assim o estudo tem como proposta compreender a
percepção do profissional de saúde quanto à assistência às crianças vítimas de
acidentes domésticos e identificar quais ações preventivas são realizadas pela equipe
de saúde.
Baseado em tudo isso, percebemos a importância de informar e alertar pais,
familiares e as crianças dos possíveis perigos que o ambiente domiciliar lhe oferece.
A falta de conhecimento e experiências dos pais pode propiciar um ambiente domiciliar
hostil a criança devido aos perigos iminentes, pensando que aquele ambiente é o mais
seguro para seu filho. O profissional enfermeiro e toda a equipe de enfermagem
possuem forte vínculo com a comunidade, pois são vistos como grandes detentores
de conhecimento em relação à vida.
Os profissionais de saúde têm uma grande responsabilidade na educação e
alerta da família para a prevenção de acidentes, pois estes conferem-lhe uma grande
credibilidade. São intervenientes ativos na mudança de comportamentos e atitudes,
no sentido da prevenção de acidentes e minimização das sequelas que deles podem
advir.
7

1.2 Objetivos

1.3 Objetivo geral


O objetivo do estudo será orientar os acadêmicos e clientes atendidos e
acompanhados pela equipe de profissionais multidiciplinado SER quanto os acidentes
domésticos e apresentação dos principais tipos de acidentes.

1.4 Objetivos específicos

• Conscientizar a importância dos cuidados em relação as pessoas com


limitações físicas.
• Orientar os clientes quanto os acidentes domésticos, promovendo alguns
cuidados quanto a prevenção.
• Alertar para os riscos e para a necessidade de adotar comportamentos seguros
em relação ao ambiente doméstico.
8

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Intoxicação

Sprada (2013) cita que, a intoxicação é um processo patológico que pode ser
causado por uma substância exógena (de contato externo) ou endógena (de contato
interno: ingerido), causando um desequilíbrio fisiológico no organismo
consequentemente alterações bioquímicas. Todo esse processo se evidencia através
de alguns sinais e sintomas.
A intoxicação constitui-se em uma manifestação por meio de sinais e sintomas
clínicos, dos efeitos nocivos produzidos pela interação de uma substância química no
organismo. Existem mais de doze milhões de produtos químicos conhecidos, sendo
que aproximadamente três mil causam a maioria das intoxicações; contudo, qualquer
substância ingerida em grande quantidade pode ser tóxica (ZAMBOLIM, 2008).
.
2.2 Quedas
A queda pode ser definida como uma modificação repentina e não intencional
de posição, que leva inadvertidamente a pessoa a um nível inferior. Comumente
possuem etiologia multifatorial, fazendo com que o estabelecimento de uma única
causa se torne muito complexo (OLIVEIRA et al., 2014).
Alguns estudos asseguram que a frequência de quedas é maior em mulheres
idosas do que em homens, sendo que as mulheres estão mais propensas a
apresentarem fraturas (MAIA et al., 2011). Aliás, é relevante notar que as maiorias das
quedas na comunidade ocorrem no ambiente doméstico, por efeitos de fatores
extrínsecos, cujos locais de maior frequência são as escadarias, a sala, o quarto e o
banheiro (LOPES et al., 2007).
As quedas podem ser classificadas com base na frequência com que
acontecem e no tipo de desfecho advindo do episódio. A queda acidental é um evento
único decorrente de uma causa extrínseca ao indivíduo, essencialmente por um fator
danoso de risco ambiental, como um piso escorregadio ou a atitudes de risco. Por
outro lado, a queda recorrente está ligada a fatores intrínsecos, como doenças 9
crônicas e distúrbios do equilíbrio corporal (PERRACINI, 2009).
A queda pode ainda ser fracionada segundo o aparecimento ou não de lesões.
As quedas com lesões substanciais se repercutem em fraturas, trauma crânio-
encefálico ou luxação. Em contrapartida, os cortes, abrasões, escoriações e
hematomas são considerados lesões leves (PERRACINI, 2009).
De acordo com o DATASUS (2021), Janeiro a Julho do corrente ano, foram
registradsa 40.247 quedas no mesmo nível no Brasil, sendo a Região Sudeste a
responsável pela maior taxa desse incidente, registrando 21.507 casos, seguido da
Região Nordeste com 9.438 casos, e Região Sul com 5.822 casos. A região com
menos casos registrados é a Norte, com 1.079 casos.
No estado do Tocantins, foram registradas 143 quedas no período supracitado,
e a cidade onde houve mais casos foi Palmas, com 137 casos, seguido de Paraíso do
Tocantins com 3 casos. Na cidade de Araguaína não foram registrados casos de
queda neste período.
É possível que algumas medidas sejam tomadas para evitar a incidência de
novas quedas, a maioria são consideradas simples, mas evitam forma eficaz o
incidente e suas consequências:
• Evitar o uso de tapetes soltos ou desfiados, pois podem deslizar ou causar
tropeções, ou fixá-los bem para que não escorreguem;
• Usar sapatos com solado emborrachado que aderem melhor ao chão;
• Colocar tapetes antiderrapantes em locais que costumam ficar molhados, como
banheiro e ao pé da pia da cozinha;
• Evitar caminhar em áreas com piso irregular, liso ou úmido;
• Evitar deixar obstáculos espalhados pelo chão, como brinquedos, pois podem
contribuir para queda;
• Caso precise levatar à noite, deixar uma luz acesa para evitar tropeções;
• É importante que haja corrimões de ambos os lados em escadas e corredores;
• Caso necessário, deve-se utilizar instrumentos de apoio como bengalas ou
moletos com base de borracha;
• Colocar o telefone em um local acessível para que seja mais fácil solicitar ajuda
caso necessite;
• Caso use transporte público, é importante esperar o ônibus para 10
completamente para subir ou descer;
Evitar encerar a casa para que o piso não fique tão escorregadio (BRASIL,
2021).
2.3 Queimadura

As lesões por queimaduras são a terceira causa de morte acidental em todas


faixas etárias; 75% dessas lesões resultam da ação da vítima e ocorrem no ambiente
domiciliar de acordo com dados da National Burn Information Exchange. Nos Estados
Unidos, 70.000 pessoas são hospitalizadas a cada ano, com ferimentos graves
causados por trauma térmico. No Brasil, não temos dados estatísticos globais que
possam comprovar a gravidade do problema, nem em números de acidentes, nem em
internações hospitalares.
Entretanto, alguns estudos apontam as crianças como as maiores vítimas
desse tipo de acidente. Os avanços no atendimento hospitalar têm contribuído para a
sobrevivência de pacientes que sofreram trauma térmico, resultando em redução na
taxa de mortalidade entre vítimas de lesões de queimaduras. Contudo, muitas
pessoas ainda ficam com sequelas e morrem a cada ano por causa da queimadura
(ROSSI et al., 2003).
Pacientes que sofreram algum tipo de queimadura apresentam intensa dor e
grande impacto emocional, sendo, estes, alguns dos fatores que interferem em sua
recuperação. É necessário conhecer a etiologia da queimadura, pois é um fator
determinante nas medidas e intervenções terapêuticas que serão adotadas,
direcionando os cuidados do enfermeiro e da equipe de saúde, assegurando, assim,
melhora e evolução no quadro clínico do paciente (OLIVEIRA, 2012).
O cuidado prestado pelo enfermeiro nao pode apenas limitar-se à assistência
tecnicista, requer uma abordagem multidimensional, nao olhando apenas o indivíduo,
mas também sua família. Isto permite estabelecer intervençoes direcionadas ao
paciente e sua família, a fim de obter resultados positivos na tentativa de lhes
preservar a vida (OLIVEIRA, 2012).

2.4 Choques elétricos

O Choque elétrico é a reação que o organismo sofre com a passagem da


corrente elétrica. A energia elétrica, apesar de útil, é muito perigosa e pode provocar
grave acidentes, podendo causar queimaduras, arritmias e até mesmo a morte, é
importante lembrar que a presença de água (condutor) no local do acidente torna o
11

choque mais perigoso e possível que a corrente elétrica afete vários corpos que
estiverem juntos em contato a rede elétrica (REIS, 2019).
Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da
Eletricidade, no ano de 2018 o número de acidentes por choque elétrico é de 832
casos com 622 vítimas fatais e no ano seguinte, em 2019 o número de óbitos é 697,
chegando a 909 o número de casos, revelando que em ambos os anos houve um
crescimento acima de 12% na comparação anual, no Brasil. A faixa etária mais
atingida dentre as fatalidades causadas por choques, é a dos adultos entre 31 e 40
anos, abrangendo os próprios moradores da residência na tentativa de realizar
reparos na rede elétrica sem instrução e proteção adequadas (ABRACOPEL, 2020).
E dados assustadores são apontados no primeiro mês do ano de 2020, no
Brasil, em janeiro os acidentes com choque elétrico mais uma vez se destacam, com
99 ocorrências e 83 mortes (ABRACOPEL, 2020).
Os motivos mais comuns de acidentes por choque elétrico são fio partido em
ambiente interno da residência, eletrodomésticos, cerca eletrificada,
adaptador/extensão/tomada e carregador de celular (ABRACOPEL, 2020).
Quando a corrente elétrica é muito alta o choque pode afetar o corpo de várias
formas, além do risco imediato de morte pode causar complicações como:
queimaduras na pele do local do choque ou até queimadura de 3º grau, porém,
quando a voltagem é muito grande, o excesso de eletricidade pode afetar os outros
órgãos interno; causa problemas cardíacos, no caso de uma pequena corrente elétrica
pode provocar uma fibrilação auricular, que é um tipo de arritmia cardíaca que deve
ser tratada para evitar colocar em risco a vida da vítima, já quando a corrente elétrica
é muito elevada interfere na atividade elétrica do músculo cardíaco, provocando uma
parada cardiorrespiratória que pode resultar em morte; e também causa lesões
neurológicas, as correntes elétricas podem afetar os nervos, quando existem choques
repetidos ou muito fortes a estrutura dos nervos pode ser atingida resultando em
neuropatia, que provoca sintomas como dor ou dormência nas pernas e braços e
dificuldade para realizar movimentos (REIS, 2019).
Como proceder diante do caso de choque elétrico: Antes de socorrer a vítima,
interromper a corrente elétrica, quando isso não for possível, acionar a central elétrica
local ou o corpo de bombeiros militar; jamais tocar em fios elétricos com as mãos ou
tocar na vítima logo após o choque, deve esperar alguns segundos; se for necessário
interromper o contato da vítima com a fonte elétrica faça uso de material isolante
12

(madeira, borracha); verifique se que o calçado que está usando tem solado de
borracha; após verificar todas as medidas de segurança, observar se a vítima continua
respirando, caso não respire, inicie a reanimação cardiopulmonar e urgentemente
para 193 Corpos de Bombeiros Militar ou 192 o SAMU- Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (SAÚDE, 2020).
Existem diversos formas de proteção e providências que devem ser tomadas
para prevenir os acidentes por choque elétrico, como por exemplo: usar fusíveis e
disjuntores na rede elétrica da sua casa, aterramentos da rede elétrica, materiais
isolantes e uso de Equipamento de Proteção Individual- EPI, durante o manuseio da
rede (WILLIANS, 2020).
Portanto mais recomendações são baseadas no uso do plugue de dispositivos
elétricos de segurança disponíveis na tomada de 3 pinos, por exemplo; considere todo
fio elétrico como "positivo", passível de provocar choque; cheque o estado de todos
os fios e dispositivos elétricos; leve ao conserto ou substitua-os se necessário o seu
aparelho elétrico; certifique-se de que a corrente está desligada, antes de operar uma
ferramenta elétrica doméstica; se um curto-circuito elétrico em carga precisa de
reparado acione um eletricista qualificado; use ferramentas isolantes, que fornecem
uma barreira de proteção adicional entre você e a corrente elétrica; use os fios
recomendados para o tipo de serviço elétrico adequado; não sobrecarregue uma única
tomada com vários aparelhos elétricos usando o benjamim e mantenha cuidado ao
substituir a resistência queimada do chuveiro elétrico , pois o ambiente molhado
aumenta o risco do choque ser fatal (WILLIANS, 2020).

2.5 Afogamento
Afogamento é definido como a entrada de líquidos nas vias aéreas, envolvendo
traqueia, brônquios ou pulmões, podendo ser ocasionado por afundamento ou
mergulho, originando a falta de oxigênio no sangue e afetando todos os órgãos e
tecidos (BRASIL, 2016).
Além da aspiração de líquidos pelo pulmão, apresentam-se outras
características, como a hipóxia, que pode afetar o cérebro, coração e outros tecidos,
podendo evoluir para uma para cardiorrespiratória e a hipotermia, que pode ser um
problema significante, mas que também atua como defesa, direcionando o sangue
oxigenado para o cérebro e coração, diminuindo a necessidade de oxigenação dos
tecidos, podendo prolongar a sobrevivência (RICHARDS, 2019).
De acordo com um estudo realizado, em 2015 o afogamento era considerado
a terceira causa mais importante de mortalidade por traumatismo não intencional no
mundo, sendo responsável por 7% de todas as mortes relacionadas a este tipo de
trauma (TORRES; ARBO, 2020).
Segundo a Sobrasa (2021) em 2019, 5.627 brasileiros morreram afogados, e é
considerada a quarta causa principal de morte em indivíduos de 1 a 24 anos de idade,
tendo como principais vítimas as crianças.
Ainda de acordo com este órgão, os homens são mais suscetíveis a morrer por
afogamentos, bem como os adolescentes. As maiorias desses incidentes ocorrem em
águas naturais, como rios e represas e no verão, que é quando esses locais costumam
ser mais frequentados.
No ano de 2021, de Janeiro a Julho foram registrados 24 óbitos, onde a metade
dos casos ocorreu nos dois primeiros meses do ano, sendo a Região Sudeste a que
mais ocorreu casos, com óbitos registrados, seguida da Região Nordeste com 6
óbitos, e Região Sul com 4 óbitos. Região Norte e Centro-Oeste registraram 2 óbitos
cada. Seguindo a perspectiva de 2019, a maioria dos óbitos foi registrada no sexo
masculino, com 16 óbitos (DATASUS, 2021).
Algumas medidas podem ser executadas para prevenir esse tipo de incidente,
tais como:
• Manter cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou
com alguma proteção que não permita mergulhos;
• Usar coletes salva vidas em passeios de barco;
• Evitar brincadeiras agressivas à beira de piscinas, lagos, rios ou embarcações;
• Respeitar os avisos de segurança de locais de banho;
• Evitar nadar em locais de cais, embarcações, rochas e correntezas ou em
locais que não se conhece a profundidade, como represas e lagoas;
• Cercar adequadamente piscinas e evitar a presença de brinquedos dentro da
mesma; 14

• Nunca desafiar seus próprios limites (BRASIL, 2016).


3. METODOLOGIA

O referido projeto trata-se de uma revisão sistemática de literatura dissertiva,


exploratória e de ação. O caráter descritivo do trabalho se dá pelo conhecimento dos
padrões observados nos relatos Appolinário (2016), como objetivo básico a pesquisa
descritiva vem trazer características do assunto estudado, sendo utilizada para
estudar um grupo específico (LOZADA, 2016).
A pesquisa exploratória tem o objetivo principal de exploração de um
determinado tema ou problema e com isso fornecer as informações necessárias a
respeito do tema explorado. A pesquisa exploratória possui uma teoria já estabelecida
(DIANA, 2019).
A pesquisa de ação objetiva investigar um determinado assunto considerando
uma auto reflexão coletiva, sendo possível que a mesma se torne base para uma
intervenção dentro de um público da sociedade (TYBEL, 2017).

3.1 Tipo de Pesquisa

Pesquisa bibliográfica, descritiva, exploratória e de ação que será realizada


com todos os pacientes que estejam na sala de espera aguardando ou saindo de
algum dos diversos atendimentos realizados pela equipe multidisciplinar no centro de
reabilitação de Araguaína.

3.2 Universo

São os clientes atendidos e acompanhados pela equipe de profissionais


multidisciplinar do SER- Serviço Estadual de Reabilitação de Araguaína do Estado do
Tocantins. Os acadêmicos responsáveis pela elaboração e execução do presente
projeto, juntamente com a orientadora e os profissionais da equipe que se
encontrarem presentes no momento da ação educativa.

3.3 Local

A realização do projeto acontecerá no Serviço Estadual de Reabilitação de


Araguaína (SER), localizado na Rua Professora Maria Lina, S/N- Quadra 13- Setor
Anhanguera, Araguaína –To, CEP: 77818-540. Atende as regiões de saúde Média e
Norte Araguaia, Bico do Papagaio, Cerrado do Tocantins Araguaia.
15

O SER visa à reabilitação de pessoas com deficiência física. Tem a finalidade


de promover a inclusão social através da garantia de um atendimento de saúde com
qualidade e eficiência.
Dispõe de equipe multiprofissional, composta por enfermeiro, fisioterapeuta,
fonoaudiólogo, médico ortopedista, médico neurologista, assistente social, terapeuta
ocupacional, nutricionista e psicólogo. Na unidade são realizadas consultas de
avaliação, diagnóstico, terapias, indicação de órtese, prótese e meios auxiliares de
locomoção e bolsas coletoras (de colostomia e urostomia) que são fornecidos pelo
Estado.
A unidade proporciona um serviço de excelência para aqueles que possuem
limitações físicas e a maioria dos clientes atendidos no SER são pessoas com
disfunções neurológicas, como paralisia cerebral, traumatismo raquimedular (lesão de
qualquer causa externa na coluna vertebral), vítimas de acidente vascular encefálico
e pessoas com disfunções ortopédicas, como é o caso dos pacientes que são
amputados entre outros.

3.4 Estratégias Educacional

Realização da palestra educacional com apresentação de slide como base para


compartilhar o material, está apresentação será com auxílio da ferramenta
PowerPoint, para elucidar de maneira lúdica o desenvolvimento do assunto durante a
palestra. O slide terá como tema central “Acidentes Domésticos” serão embasados os
principais tipos, tendo em vista que existem outros de não menos importância. Ao final
da apresentação será distribuído panfletos informativos sobre o assunto explanado e
vídeo para fixação. A palestra tem o objetivo principal de ocupar um espaço de tempo
relativamente curto e esclarecer as possíveis duvidas e questionamentos que
surgirem por parte dos ouvintes.

3.5 Orçamento

• Internet: R$ 100,00 16

• Panfleto: R$ 70,00
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ABRACOPEL. Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da
Eletricidade. Disponível em:< https://abracopel.org/ >. Acesso em: 14 set. 2021.

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professores e pré-escolares. Rev. de Enfermagem UFPE online, 11(4),1671-8.

BRASIL, Acidentes por afogamento, disponível em:


https://bvsms.saude.gov.br/acidentes-por-afogamento/

BRASIL, Quais as recomendações para prevenção de quedas em idoso?,


disponível em: https://aps.bvs.br/aps/quais-as-recomendacoes-para-prevencao-de-
quedas-em-idoso/
Choques mataram 697 pessoas em 2019, aponta Abracopel. Disponível em:
<https://www.canalenergia.com.br/noticias/53129509/choques-mataram-697-
pessoas-em-2019-aponta-abracopel >. Acesso em:14 set. 2021.

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DATASUS, Óbitos por Afogamento e submersões acidentais por Ano/mês


processamento segundo Região/Unidade da Federação, disponível em:
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FARIA, C. G., Queiroz,D.B.,Matias,O.M.,& Melo,T.P. (2018). Principais causas de


internação por acidentes domésticos na infância em um hospital Universitário do
Oeste do Paraná. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, 22(2), 103-
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FILÓCOMO, F.R.F., Harada, M.J.C.S., Mantovani, R., & Ohara, C.V.S.(2017).


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