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Mecânica Geral - Estática

• 3º Semestre
• Cursos: Engenharias Civil / Elétrica / Mecânica /
Aeronáutica
I. Introdução e revisão conceitual

1. Conceitos gerais

Pode-se definir mecânica como a ciência que descreve as condições de repouso ou movimento dos
corpos, devido a atuação ou aplicação de esforços mecânicos, forças e momentos, propiciando ou
modificando os movimentos de translação e rotação dos corpos, respectivamente.

Pode-se dividir o estudo da mecânica em três partes:

• Mecânica dos corpos rígidos (despreza-se a possibilidade de deformação dos corpos);


• Mecânica dos corpos deformáveis (resistência dos materiais);
• Mecânica dos fluídos.
Na mecânica dos corpos rígidos subdivide-se em:

• Estática – refere-se aos corpos em repouso;


• Cinemática – refere-se aos corpos em movimento;
• Dinâmica – refere-se aos corpos em movimento.
1. Conceitos básicos

São os conceitos, nos quais os estudos da ciência mecânica estão sustentados.

• Espaço
É associado à noção de posição de um ponto ou de um corpo em relação a um certo ponto de referência
(origem), ou seja, são as coordenadas do ponto ou do corpo, tais como coordenadas cartesianas,
coordenadas cilíndricas, coordenadas esféricas, etc.
• Tempo
Para definir-se um evento mecânico, envolvendo movimento de um corpo, não é suficiente apenas
definir sua posição no espaço, o tempo ou o instante em que tal evento ocorre também é necessário.

• Massa
É o conceito mecânico utilizado para caracterizar e comparar os corpos.

• Esforços – forças propriamente dita, representadas graficamente por segmentos de reta orientado (força) e
momentos, representados graficamente por segmentos curvilíneos orientados (momento);
Esforços mecânicos são as ações capazes de modificar o estado de equilíbrio ou movimento de um
corpo.
Podem ser exercidos por contato ou à distância tais como os efeitos gravitacionais, magnéticos, etc.
Os esforços mecânicos caracterizam-se pelo seu ponto de aplicação, sua intensidade, direção e sentido,
e são entidades vetoriais. (vetor força e vetor momento).
Teorema dos Vínculos
• Podemos transformar um corpo vinculado em um corpo livre
substituindo os vínculos por esforços correspondentes, nas
direções dos movimentos restringidos.
Teorema dos Vínculos
• Vigas:
– Apoio Livre Móvel:

– Este tipo de apoio impede um deslocamento de


translação, permitindo o outro deslocamento de
translação assim como o de rotação. Ou seja,
possui dois graus de liberdade e um vínculo.
Teorema dos Vínculos
– Apoio Livre Fixo:

– Este tipo de apoio impede os deslocamentos e


permite a rotação. Ou seja, possui um grau de
liberdade e dois vínculos.
Teorema dos Vínculos
– Engastamento:

– Este tipo de apoio impede os deslocamentos e também a


rotação. Ou seja, possui três vínculos nenhum grau de liberdade.
3. Momento de uma força

Momento de uma força em relação a um ponto é o produto vetorial entre o raio vetor posição e a força,
onde o raio vetor posição tem origem no ponto referência para o cálculo, e extremidade em qualquer ponto
sobre a linha de ação da força.


M

P
d 
 F
  R2
R1

b
a

1


3- Binário 
F

É uma maneira utilizada na ciência mecânica para definir momento através de duas forças com as
seguintes características:
•Paralelas 
•Não colineares F
•Opostas
•Mesma intensidade (iguais em módulo) d


F
Condições de equilíbrio estático

y
 Fx = 0  Mx = 0
 Fy = 0  My = 0 x

 Fz = 0  Mz = 0
z
Calcular as reações de apoio

Exemplo: Diagrama de Corpo Livre:

MB

HB

VB
• Reações de apoio:

Diagrama de Corpo Livre:

MB

HB

VB

Por ser engastamento, a condição de equilíbrio no plano:

 Fx = 0 M B =0

 Fy = 0
Exemplo 1
• Continuação do exemplo:

 Fx = 0 →

− 100. cos 45o + HB = 0  HB = 70,71[kN ]

 Fy = 0 

− 100.sen45o − 80 + VB = 0  VB = 150,71[kN ]

M B =0 

+100. 𝑠𝑒𝑛45𝑜 . (5,0) + 80. (3,0) − 𝑀𝐵 = 0 ∴ 𝑀𝐵 = 593,55[𝑘𝑁. 𝑚]


Carregamentos distribuídos:

q(x) R
Carregamento uniformemente distribuído:
L/2
q 𝑅 = 𝑞. 𝐿

R L/3 Carregamento linearmente distribuído (crescente):


q 𝑞. 𝐿
𝑅=
2
L/3 R
Carregamento linearmente distribuído (decrescente):
q
𝑞. 𝐿
𝑅=
2
L
Exemplo 1: Calcular as reações de apoio na viga abaixo:
Em: [kN, m]
80

100

B
80 A
4,0
Primeiramente, desenharemos o diagrama de corpo livre da Estrutura. Após isto
aplicaremos as condições de equilíbrio estático:
Em: [kN, m]
2,0 320
80

100 HB

A B
80
4,0
VA VB

 Fx = 0 → 𝐻𝐵 − 100 = 0
∴ 𝐻𝐵 = 100,0 𝑘𝑁

 Fy = 0   𝑉𝐴 − 320 + 𝑉𝐵 = 0
𝑉𝐴 + 𝑉𝐵 = 320
Primeiramente, desenharemos o diagrama de corpo livre da Estrutura. Após isto
aplicaremos as condições de equilíbrio estático:
Em: [kN, m]
2,0 320
80

100 HB

A B
80
4,0
VA VB

෍ 𝑀𝐴 = 0 ⊕

80 − 320. 2 + 𝑉𝐵 . 4,0 = 0

−80 + 320. 2,0


𝑉𝐵 =
4
𝑉𝐵 = 140 𝑘𝑁 → 𝑉𝐴 = 180 𝑘𝑁
Exemplo 2: Calcular as reações de apoio na viga abaixo. Apoio A é duplo e o
apoio B é simples:

50
40
Em: [kN, m]
A B
C 120
300

200

3,0 4,0
Primeiramente, desenharemos o diagrama de corpo livre da Estrutura. Após isto
aplicaremos as condições de equilíbrio estático:
75 160
1,0
2,0
50
40
HA
B
C 120
A 300
VB
VA 200

3,0 4,0

 Fx = 0 → −𝐻𝐴 + 120 = 0
∴ 𝐻𝐴 = 120 𝑘𝑁

 Fy = 0   𝑉𝐴 − 75 − 200 − 160 + 𝑉𝐵 = 0
𝑉𝐴 + 𝑉𝐵 = 435
Primeiramente, desenharemos o diagrama de corpo livre da Estrutura. Após isto
aplicaremos as condições de equilíbrio estático:
75 160
1,0
2,0
50
40
HA
B
C 120
A 300
VB
VA 200

3,0 4,0
෍ 𝑀𝐴 = 0 ⊕

−75. 1,0 − 200. 3,0 + 300 − 160. 5,0 + 𝑉𝐵 . 7,0 = 0

75. 1,0 + 200. 3,0 − 300 + 160. 5,0


𝑉𝐵 =
7,0

𝑉𝐵 = 167,8571 𝑘𝑁 → 𝑉𝐴 = 267,1429 𝑘𝑁

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