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Resumo

Este trabalho abordou a importância da justiça na sociedade desde as civilizações


antigas até os dias atuais. Iniciou-se com uma discussão sobre a visão de justiça em
civilizações antigas, como Egito, Mesopotâmia, Grécia e Roma, enfatizando o papel
dos deuses na justiça e a existência de códigos de leis antigos. Em seguida, discutiu-se
a justiça na Idade Média, com ênfase no sistema feudal e a justiça feudal, e o papel da
Igreja Católica na justiça, incluindo o Tribunal da Santa Inquisição.

Posteriormente, foi abordada a justiça na Idade Moderna, destacando-se o humanismo


e a justiça, a Revolução Francesa e a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão, bem como o sistema judiciário moderno, incluindo em Moçambique.
Finalmente, foram discutidos os movimentos sociais e a luta por justiça na Idade
Contemporânea, bem como a justiça internacional e os tribunais internacionais, como o
Tribunal Penal Internacional e a Corte Internacional de Justiça. Por fim, destacaram-se
os desafios atuais da justiça, como a corrupção, impunidade e desigualdade.

Concluiu-se que a justiça é fundamental para o funcionamento de uma sociedade justa


e igualitária, sendo aprimorada ao longo da história. No entanto, ainda há muitos
desafios a serem enfrentados, tanto em nível nacional quanto internacional, para
garantir a igualdade e a justiça para todos.

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Índice
1.Introdução.......................................................................................................................3
2.Metodologia....................................................................................................................4
3.Objectivos Gerais...........................................................................................................5
3.1.Objectivos Específicos.............................................................................................5
4.Ideia de Justiça na Historia............................................................................................6
4.1.Definição de justiça..................................................................................................6
4.2.Importância da justiça na sociedade........................................................................7
5.Justiça na Antiguidade....................................................................................................8
5.1.Visão de justiça em civilizações antigas (Egito, Mesopotâmia, Grécia e Roma)....8
5.2.Papel dos deuses na justiça....................................................................................9
5.3.Códigos de leis antigos (Código de Hamurabi, Lei das XII Tábuas).....................10
6.Justiça na Idade Média.................................................................................................11
6.1.Sistema feudal e a justiça feudal...........................................................................11
6.2.Tribunal da Santa Inquisição..................................................................................11
6.3.Papel da Igreja Católica na justiça.........................................................................12
7.Justiça na Idade Moderna............................................................................................13
7.1.Humanismo e a justiça...........................................................................................13
7.2.Revolução Francesa e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.......13
7.3.Sistema judiciário moderno....................................................................................14
8.Justiça na Idade Contemporânea.................................................................................15
8.1.Movimentos sociais e a luta por justiça (abolitionismo, feminismo, direitos civis,
etc.)...............................................................................................................................15
8.2.Justiça internacional e tribunais internacionais (Tribunal Penal Internacional,
Corte Internacional de Justiça)....................................................................................16
8.3.Desafios actuais da justiça (corrupção, impunidade, desigualdade).....................17
9.Conclusão.....................................................................................................................18
10.Referências Bibliográficas..........................................................................................19

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1.Introdução
A justiça sempre foi um tema central nas sociedades humanas ao longo da história.
Desde as civilizações antigas até os dias actuais, a ideia de justiça tem sido objecto de
reflexão e busca constante de aprimoramento. O presente trabalho tem como objectivo
traçar um panorama histórico da justiça, abordando desde as antigas civilizações do
Egipto, Mesopotâmia, Grécia e Roma, passando pela Idade Média e Moderna até
chegar à Idade Contemporânea. Além disso, serão discutidos temas como o papel dos
deuses na justiça, os códigos de leis antigos, a influência da Igreja Católica, a
Revolução Francesa e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, o sistema
judiciário moderno, a justiça internacional e os desafios actuais da justiça, como a
corrupção, impunidade e desigualdade. Espera-se, com isso, contribuir para uma
compreensão mais ampla e aprofundada da justiça como fenómeno histórico e social,
bem como para a reflexão sobre os caminhos para uma justiça mais efectiva e
igualitária em nossos dias.

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2.Metodologia
O presente trabalho foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica em fontes
diversas, tais como livros, artigos académicos, periódicos, documentos oficiais, entre
outros materiais relacionados ao tema da justiça na história. A selecção das fontes foi
realizada com base em critérios de relevância e actualidade, visando abranger
diferentes períodos históricos e perspectivas teóricas sobre a temática abordada.

A partir da análise crítica das fontes seleccionadas, foi possível traçar um panorama
histórico da evolução do conceito de justiça em diferentes sociedades e épocas, bem
como compreender as principais transformações e desafios enfrentados pelo sistema
judiciário ao longo do tempo. Além disso, foram destacados os movimentos sociais e as
lutas por justiça que surgiram em distintos contextos históricos, bem como a
importância da construção de um sistema de justiça internacional que possa promover
a protecção dos direitos humanos em escala global.

Por fim, os desafios actuais da justiça foram apresentados, evidenciando a


necessidade de enfrentar questões como a corrupção, a impunidade e a desigualdade,
a fim de assegurar uma justiça mais efectiva e democrática para todos.

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3.Objectivos Gerais
 Compreender a evolução histórica da noção de justiça ao longo do tempo.
 Analisar as diferentes visões de justiça presentes em diferentes civilizações e
épocas.
 Investigar o papel das instituições e dos indivíduos na promoção da justiça ao
longo da história.

3.1.Objectivos Específicos
 Estudar a visão de justiça nas civilizações antigas, tais como Egito,
Mesopotâmia, Grécia e Roma.
 Analisar o sistema feudal e a justiça feudal durante a Idade Média.
 Investigar o papel da Igreja Católica na justiça durante a Idade Média.
 Estudar o Humanismo e sua relação com a justiça durante a Idade Moderna.
 Analisar a Revolução Francesa e a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão como marcos históricos da luta por justiça.
 Investigar a evolução do sistema judiciário moderno, incluindo o papel de
Moçambique na construção deste sistema.
 Analisar os movimentos sociais e suas lutas por justiça, tais como o
abolicionismo, feminismo e direitos civis.
 Investigar a actuação da justiça internacional e dos tribunais internacionais,
incluindo o Tribunal Penal Internacional e a Corte Internacional de Justiça.
 Analisar os desafios actuais da justiça, incluindo a corrupção, impunidade e
desigualdade.

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4.Ideia de Justiça na Historia
4.1.Definição de justiça
A ideia de justiça é uma das mais antigas e universais da história da humanidade.
Desde as primeiras sociedades humanas, os seres humanos buscaram formas de
regulamentar as relações entre si e garantir a paz social. Nesse contexto, surgem as
primeiras normas jurídicas, que visavam assegurar a justiça entre os indivíduos.

Ao longo da história, a ideia de justiça evoluiu de forma significativa, influenciada por


diferentes correntes filosóficas, religiosas e culturais. Na Grécia Antiga, por exemplo, a
ideia de justiça estava associada à virtude, sendo considerada uma qualidade
essencial dos governantes. Já na Roma Antiga, a justiça era entendida como um
atributo divino, e o direito era visto como um reflexo da vontade dos deuses.

Com o surgimento do cristianismo, a ideia de justiça adquire novas dimensões, sendo


associada à ideia de misericórdia e amor ao próximo. A teologia cristã influenciou a
concepção de justiça em todo o mundo ocidental, e seu legado pode ser visto nas
instituições jurídicas e políticas da actualidade.

Na Idade Moderna, a ideia de justiça passa por novas transformações, influenciada


pelas ideias do Iluminismo e da Revolução Francesa. A justiça é entendida como um
direito natural e universal, que deve ser aplicado de forma igualitária a todos os
indivíduos.

Com o tempo, novas correntes de pensamento influenciaram a concepção de justiça,


como o marxismo, o feminismo e a teoria crítica do direito. Essas correntes enfatizaram
a importância da justiça social e da igualdade de oportunidades para todos os
indivíduos.

Hoje em dia, a ideia de justiça é objecto de debates e reflexões em todo o mundo,


sendo influenciada por diferentes correntes filosóficas, políticas e culturais. A justiça é
entendida como um valor fundamental da sociedade, e seu papel é garantir a paz
social e a igualdade entre os indivíduos.

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4.2.Importância da justiça na sociedade
A justiça é um valor fundamental para a convivência em sociedade. Ela é responsável
por garantir a equidade entre os indivíduos e pela manutenção da paz social. Sem a
justiça, a sociedade seria marcada pela violência, pela opressão e pelo caos. Neste
texto, discutiremos a importância da justiça na sociedade, fazendo referência a autores
internacionais e moçambicanos.

Aristóteles, filósofo grego da Antiguidade, considerava a justiça como a virtude


suprema, pois ela permitia a realização das demais virtudes e a harmonia entre os
indivíduos. Para Aristóteles, a justiça era a disposição de dar a cada um o que lhe era
devido, levando em consideração as diferenças entre as pessoas.

No contexto contemporâneo, o filósofo estadunidense John Rawls defendeu que a


justiça deve ser entendida como uma distribuição equitativa dos bens e recursos
sociais, de forma que as desigualdades possam ser justificadas em função do benefício
que elas trazem para os menos favorecidos. Segundo Rawls, a justiça é um valor que
deve orientar as políticas públicas e as relações sociais em geral.

Em Moçambique, a Constituição de 2004 estabelece que a justiça é um valor


fundamental da sociedade moçambicana, e que ela deve ser garantida pelo Estado e
pela sociedade em geral. A Constituição prevê a criação de um sistema judicial
independente e imparcial, que possa assegurar a aplicação da lei de forma justa e
igualitária para todos os cidadãos.

A justiça também desempenha um papel importante na promoção da democracia e do


estado de direito. Sem um sistema judicial independente e imparcial, a democracia fica
fragilizada, pois as decisões políticas podem ser influenciadas por interesses
particulares ou pela corrupção. Por outro lado, quando a justiça é forte e independente,
ela pode garantir a aplicação das leis e a protecção dos direitos dos cidadãos,
contribuindo para o fortalecimento da democracia.

Além disso, a justiça é essencial para a promoção da igualdade de oportunidades e


para a superação das desigualdades sociais. Quando há uma distribuição injusta dos
bens e recursos sociais, alguns grupos são beneficiados em detrimento de outros, o
que pode gerar tensões e conflitos sociais. A justiça, portanto, é um valor que contribui
para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

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Contudo, é importante ressaltar que a justiça não pode ser vista como algo absoluto e
imutável. Ela é uma construção social que varia de acordo com o contexto histórico e
cultural. Por isso, é fundamental que as instituições jurídicas e políticas estejam sempre
em processo de reflexão e aprimoramento, para que possam garantir a aplicação da
justiça de forma mais adequada e eficaz.

5.Justiça na Antiguidade
5.1.Visão de justiça em civilizações antigas (Egipto, Mesopotâmia,
Grécia e Roma)
A justiça na antiguidade foi uma questão que variou de acordo com a civilização e a
época. Na antiga Mesopotâmia, por exemplo, a justiça era vista como um dom divino
concedido aos reis, que deveriam aplicá-la de forma imparcial. Já no antigo Egipto, a
justiça estava ligada à figura do faraó, que era visto como o guardião da lei e da ordem.
Na Grécia antiga, a ideia de justiça era associada à virtude e à rectidão, e era
frequentemente abordada pelos filósofos da época, como Platão e Aristóteles. Em
Roma, a justiça estava ligada ao direito romano, que se tornou uma das bases do
sistema jurídico ocidental.

Na Mesopotâmia, o Código de Hamurabi, datado do século XVIII a.C., foi uma das
primeiras leis escritas da história. Ele continha 282 leis que regulavam diversos
aspectos da vida, desde questões comerciais até penais. As leis eram aplicadas pelos
juízes, que deveriam agir de forma imparcial e justa. O código de Hamurabi influenciou
outros códigos legais na história, inclusive o Código de Napoleão.

No antigo Egito, a justiça estava ligada à figura do faraó, que era visto como o guardião
da lei e da ordem. A ideia era de que o faraó deveria governar de forma justa,
aplicando as leis com equidade e respeitando os direitos dos cidadãos. Havia tribunais
que julgavam casos civis e penais, e as penas variavam de acordo com a gravidade do
crime.

Na Grécia antiga, a ideia de justiça era frequentemente abordada pelos filósofos da


época. Platão, por exemplo, propôs a ideia de que a justiça era uma das quatro
virtudes cardinais, juntamente com a prudência, a coragem e a temperança. Ele
argumentou que a justiça era a virtude que permitia que as outras virtudes fossem
praticadas em harmonia. Já Aristóteles, em sua obra Ética a Nicômaco, afirmou que a
justiça era a virtude mais importante, e que ela estava ligada à ideia de dar a cada um
o que é seu.

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Em Roma, a justiça estava ligada ao direito romano, que se tornou uma das bases do
sistema jurídico ocidental. O direito romano era caracterizado pela ideia de que a lei
deveria ser clara e acessível a todos os cidadãos. Além disso, havia tribunais que
julgavam casos civis e criminais, e as decisões dos juízes eram baseadas em
precedentes.

A justiça na Antiguidade apresentava diferentes concepções, dependendo das


sociedades e dos contextos históricos em que se desenvolviam. No Egito, a justiça
estava intimamente ligada aos valores religiosos e morais, enquanto na Mesopotâmia
havia uma forte preocupação com a preservação da ordem social e a punição dos
criminosos. Na Grécia, a justiça era vista como uma virtude e um valor fundamental
para a vida em sociedade, enquanto em Roma, a lei era o principal instrumento para a
aplicação da justiça. De qualquer forma, a noção de justiça na Antiguidade teve uma
grande influência no desenvolvimento posterior do pensamento jurídico e político.

5.2.Papel dos deuses na justiça


Na Antiguidade, a justiça estava fortemente ligada às crenças religiosas das
sociedades da época, e os deuses desempenhavam um papel fundamental na sua
aplicação. Em diversas culturas, os deuses eram vistos como juízes supremos,
responsáveis por julgar as acções dos mortais e aplicar as penas correspondentes.

No Egipto Antigo, a justiça era entendida como um valor divino, e a deusa Maat era a
responsável por garantir a harmonia e a ordem no universo. Maat personificava a
justiça e a verdade, e sua balança era usada para medir o coração dos mortos no
julgamento final, determinando se eles eram merecedores da vida eterna.

Na Grécia Antiga, a justiça também estava associada aos deuses, especialmente a


Zeus, que era considerado o guardião da ordem e da justiça divina. A justiça era vista
como uma virtude fundamental, e a ideia de que os deuses recompensariam os justos
e puniriam os injustos era amplamente difundida. Além disso, os oráculos, que eram
considerados mensageiros dos deuses, eram frequentemente consultados para
resolver disputas e tomar decisões importantes.

Na Roma Antiga, a religião também desempenhava um papel importante na aplicação


da justiça. Os romanos acreditavam que a justiça era uma das principais virtudes
morais, e que a sua observância era essencial para a manutenção da ordem e da
estabilidade da sociedade. Os deuses romanos, como Júpiter e Marte, eram invocados
em cerimonias públicas e nos tribunais para garantir a imparcialidade e a correcção dos
julgamentos.

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A noção de justiça na Antiguidade estava profundamente ligada às crenças religiosas
das sociedades da época, e os deuses desempenhavam um papel importante na sua
aplicação. A ideia de que a justiça era uma virtude divina e que os deuses
recompensariam os justos e puniriam os injustos era amplamente difundida, e
influenciou significativamente o desenvolvimento posterior do pensamento jurídico e
político.

5.3.Códigos de leis antigos (Código de Hamurabi, Lei das XII Tábuas)


Os códigos de leis antigos são importantes documentos históricos que fornecem
informações valiosas sobre a justiça na antiguidade. Dois exemplos notáveis são o
Código de Hamurabi, criado na Mesopotâmia por volta de 1750 a.C., e a Lei das XII
Tábuas, uma colecção de leis romanas criada no século V a.C.

O Código de Hamurabi é considerado um dos primeiros códigos de leis escritos do


mundo, e contém 282 leis que regiam a vida na Babilónia na época de sua criação. As
leis eram divididas em categorias, como família, propriedade, comércio e crime, e
estabeleciam as penas correspondentes a cada infracção. O código é famoso por sua
ênfase na lei de talião, segundo a qual a punição deveria ser equivalente ao crime
cometido. Embora o código seja criticado por sua rigidez e por favorecer as classes
mais altas da sociedade, ele foi uma importante influência no desenvolvimento
posterior da lei.

A Lei das XII Tábuas, por sua vez, foi uma das primeiras tentativas de codificar as leis
romanas. Ela foi criada em resposta às demandas populares por mais transparência e
igualdade na aplicação da justiça, e foi inscrita em doze tábuas de bronze que eram
exibidas publicamente. As leis abrangiam temas como propriedade, dívidas,
casamento, herança e crimes, e estabeleciam as penas correspondentes a cada
infracção. Embora a Lei das XII Tábuas fosse menos rígida que o Código de Hamurabi,
ela ainda reflectia a mentalidade patriarcal e hierárquica da sociedade romana.

Ambos os códigos de leis antigos são importantes não apenas como documentos
históricos, mas também como fontes de inspiração para o desenvolvimento posterior da
lei. Eles demonstram a importância que a justiça e a lei tinham na antiguidade, e
fornecem insights valiosos sobre como as sociedades antigas lidavam com questões
como propriedade, crime e punição. Além disso, eles mostram que muitas das
preocupações e desafios enfrentados pelas sociedades antigas continuam relevantes
até hoje, e que a busca pela justiça continua sendo uma tarefa essencial da
humanidade.

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6.Justiça na Idade Média
6.1.Sistema feudal e a justiça feudal
Durante a Idade Média, a justiça era amplamente determinada pelo sistema feudal, que
dominava a Europa ocidental. Esse sistema era caracterizado por uma hierarquia social
rigidamente estruturada, na qual os senhores feudais detinham o poder sobre a terra e
as pessoas que nela viviam.

Na justiça feudal, as questões legais eram tratadas pelos tribunais feudais, que eram
presididos pelo senhor feudal ou por um representante dele. Os tribunais eram
responsáveis por julgar casos criminais e civis, e suas decisões eram baseadas na
tradição e no costume local, bem como nas leis estabelecidas pelo rei ou pelos poderes
eclesiásticos.

As penas aplicadas pelos tribunais feudais eram frequentemente brutais e


desproporcionais, reflectindo a visão da época de que a punição severa era necessária
para manter a ordem e a autoridade. Além disso, a justiça feudal era fortemente
influenciada pela religião, com os tribunais frequentemente baseando suas decisões na
lei canónica da Igreja Católica.

No entanto, durante a Idade Média, também surgiram algumas formas alternativas de


justiça que desafiaram o sistema feudal. Um exemplo disso foi o movimento dos
direitos comuns, que buscava estabelecer uma lei universal que se aplicasse
igualmente a todos os cidadãos, independentemente de sua posição social. Além
disso, a Igreja Católica também estabeleceu tribunais próprios, que muitas vezes eram
mais justos e menos corruptos do que os tribunais feudais.

No geral, a justiça durante a Idade Média foi caracterizada pela hierarquia social e pela
influência da religião. Embora tenha havido alguns esforços para criar sistemas mais
justos e igualitários, a justiça feudal continuou a dominar a vida das pessoas durante
grande parte da época

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6.2.Tribunal da Santa Inquisição
Durante a Idade Média, um dos exemplos mais extremos de justiça religiosa foi o
Tribunal da Santa Inquisição, que foi estabelecido pela Igreja Católica para combater a
heresia e a apostasia. O tribunal foi criado no século XIII e durou até o século XIX,
tendo sido responsável por julgar e punir aqueles que se desviavam da doutrina
católica.

O tribunal era notório por seus métodos brutais de interrogatório e tortura, que muitas
vezes levavam a confissões falsas e à perseguição de inocentes. Aqueles que eram
considerados culpados de heresia ou apostasia enfrentavam uma série de punições,
incluindo a prisão, a excomunhão e até mesmo a execução.

Embora o Tribunal da Santa Inquisição tenha sido estabelecido com a intenção de


proteger a doutrina católica, muitas vezes foi usado como uma ferramenta de poder
político e controle social. Aqueles que eram considerados uma ameaça à autoridade da
Igreja ou dos poderes seculares poderiam ser facilmente acusados de heresia e
perseguidos pelo tribunal.

No entanto, com o tempo, o Tribunal da Santa Inquisição perdeu muito de sua


influência e poder, em parte devido à crescente secularização da Europa e ao
enfraquecimento da Igreja Católica como uma autoridade unificadora. Atualmente, o
tribunal é amplamente visto como um exemplo sombrio da justiça religiosa da Idade
Média e é frequentemente criticado por sua violação dos direitos humanos e pela
perseguição de minorias religiosas.

6.3.Papel da Igreja Católica na justiça


Durante a Idade Média, a Igreja Católica desempenhou um papel significativo na
justiça, tanto através de seus tribunais eclesiásticos quanto do seu papel mais amplo
na sociedade. Como a religião dominante da época, a Igreja Católica era vista como
uma autoridade moral e espiritual, e muitas vezes sua influência se estendia ao
domínio político e legal.

Os tribunais eclesiásticos, como o Tribunal da Santa Inquisição, foram criados para


julgar questões relacionadas à fé e à moralidade, incluindo heresia, apostasia e outros
crimes contra a Igreja. Além disso, a Igreja também desempenhava um papel na
administração da justiça civil, através de sua influência sobre os governantes seculares
e do estabelecimento de tribunais eclesiásticos para julgar questões como casamento e
divórcio.

No entanto, a influência da Igreja Católica na justiça também foi criticada por muitos.
Algumas pessoas argumentaram que a Igreja abusou de seu poder para perseguir e

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punir aqueles que desafiaram sua autoridade, levando a uma falta de justiça e
protecção para aqueles que não eram membros da Igreja. Além disso, a Igreja também
foi criticada por sua posição em questões como a escravidão e a discriminação contra
mulheres e minorias religiosas.

No geral, o papel da Igreja Católica na justiça durante a Idade Média foi complexo e
variado, e seu impacto na justiça e na sociedade em geral continua sendo objecto de
debate e estudo até hoje.

7.Justiça na Idade Moderna


7.1.Humanismo e a justiça
Durante a Idade Moderna, o Humanismo teve um grande impacto na concepção e
prática da justiça. O Humanismo era um movimento cultural que enfatizava o valor e a
dignidade da pessoa humana, a razão e o conhecimento científico como base da
sociedade e a importância da liberdade e da igualdade.

Essas ideias influenciaram a forma como a justiça era vista e aplicada. Em vez de se
concentrar apenas no cumprimento da lei e na punição dos infractores, o sistema de
justiça começou a se preocupar mais com a protecção dos direitos humanos e da
liberdade individual. O Humanismo também levou ao desenvolvimento de novas teorias
sobre a natureza da justiça e do direito, como o contrato social e a ideia de direitos
inalienáveis.

Alguns dos principais defensores do Humanismo na justiça incluíram o filósofo francês


René Descartes e o pensador político inglês John Locke. Descartes argumentava que a
justiça devia se basear na razão e não na tradição ou autoridade, enquanto Locke
defendia a ideia de que todos os indivíduos têm direitos inalienáveis e que a justiça
deve proteger esses direitos.

No entanto, apesar do impacto positivo do Humanismo na justiça, ainda havia muitos


problemas no sistema de justiça da época. A justiça era frequentemente influenciada
pela política e pelo poder, com as elites tendo mais acesso e poder dentro do sistema.
Além disso, a justiça era frequentemente aplicada de forma desigual, com as minorias
e as classes mais baixas enfrentando mais preconceito e desigualdade.

O Humanismo teve um impacto significativo na concepção e prática da justiça na Idade


Moderna. Seus ideais de liberdade, igualdade e direitos humanos influenciaram a forma
como a justiça era vista e aplicada. No entanto, ainda havia muitos desafios e
desigualdades dentro do sistema de justiça da época.

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7.2.Revolução Francesa e a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão
A Revolução Francesa de 1789 foi um marco na história da justiça moderna, pois
inaugurou um novo modelo de sociedade, em que a igualdade de direitos e a liberdade
se tornaram valores fundamentais. Um dos principais resultados dessa revolução foi a
elaboração da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, um documento que
estabeleceu os direitos fundamentais dos cidadãos franceses e que teve grande
influência em todo o mundo.

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão teve uma influência significativa na


história de Moçambique, que era uma colónia portuguesa na época da Revolução
Francesa. Embora os direitos civis e políticos estabelecidos na declaração não se
aplicassem directamente a Moçambique naquela época, a ideia de que todos os seres
humanos têm direitos inalienáveis e iguais perante a lei teve uma influência importante
na luta pela independência de Moçambique e na promoção da igualdade e justiça
social no país.

A Revolução Francesa e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão também


tiveram um papel importante na história do Brasil, outra antiga colónia portuguesa. O
ideal de igualdade perante a lei e a liberdade influenciaram as ideias dos movimentos
de independência no Brasil e, posteriormente, a elaboração da Constituição brasileira
de 1824.

Portanto, a Revolução Francesa e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão


representaram um marco na história da justiça moderna, e seus ideais influenciaram a
luta pela independência e pela promoção da igualdade e da justiça social em todo o
mundo, incluindo em Moçambique.

7.3.Sistema judiciário moderno


Durante a Idade Moderna, houve uma evolução significativa no sistema judiciário. Com
o surgimento do Estado moderno, a justiça passou a ser administrada pelo Estado, e
não mais pelos senhores feudais ou pela Igreja. Essa mudança reflectiu uma nova
concepção de justiça, baseada na igualdade perante a lei e no direito à defesa.

Um marco importante dessa mudança foi a criação dos tribunais de justiça, que
substituíram as práticas judiciais anteriores, baseadas em julgamentos realizados por
pessoas sem formação jurídica. No início do século XIX, os tribunais já eram comuns
em muitos países europeus e também nas colónias europeias, incluindo Moçambique.

Em Moçambique, a história do sistema judiciário moderno remonta à chegada dos


portugueses no século XVI. No entanto, a organização do sistema judiciário em
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Moçambique só começou a ser desenvolvida durante o século XIX, com a criação do
Tribunal da Relação de Moçambique em 1833, que tinha jurisdição sobre todas as
colónias portuguesas na África. A partir daí, foram criados tribunais distritais, juizados
de paz e outros órgãos judiciários.

No entanto, é importante destacar que o sistema judiciário moderno não é perfeito e


ainda enfrenta desafios em muitos países, incluindo Moçambique. A corrupção, a falta
de recursos e a morosidade processual são problemas comuns. Além disso, muitas
vezes há uma disparidade entre a teoria e a prática, e o acesso à justiça pode ser
limitado para aqueles que não têm recursos financeiros ou influência política.

Apesar desses desafios, é indiscutível que o sistema judiciário moderno representa


uma grande evolução em relação às práticas judiciais anteriores, e tem o potencial de
garantir uma sociedade mais justa e igualitária.

8.Justiça na Idade Contemporânea


8.1.Movimentos sociais e a luta por justiça (abolicionismo, feminismo,
direitos civis, etc.)
A partir da Idade Contemporânea, a luta por justiça ganha novas dimensões com o
surgimento de diversos movimentos sociais que defendem os direitos de grupos
historicamente marginalizados e discriminados. Dentre esses movimentos, destacam-
se o abolicionismo, o feminismo e os direitos civis.

O movimento abolicionista surgiu no século XVIII com o objetivo de acabar com a


escravidão, prática que ainda persistia em diversas partes do mundo. O movimento foi
fundamental para a conquista da liberdade de muitos escravos, inclusive em países
como o Brasil e Moçambique, onde a escravidão foi abolida no século XIX.

Já o feminismo é um movimento que surgiu no século XIX e que busca a igualdade de


direitos entre homens e mulheres. O movimento ganhou força no século XX e foi
responsável por importantes conquistas, como o direito ao voto, a igualdade de salários
e a luta contra a violência doméstica. Em Moçambique, por exemplo, o movimento
feminista é marcado pela luta contra a violência sexual e a discriminação de gênero.

Os direitos civis, por sua vez, são garantias individuais que visam proteger os cidadãos
contra a discriminação e a violação de seus direitos fundamentais. Esse movimento
ganhou força nos Estados Unidos, com a luta contra a segregação racial, e em
diversos países europeus, com a defesa dos direitos da comunidade LGBT+. Em
Moçambique, a luta pelos direitos civis tem sido marcada pela defesa da igualdade
racial e da inclusão de grupos marginalizados.

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Assim, é possível observar que a luta por justiça na Idade Contemporânea se
diversifica, incluindo a defesa dos direitos de grupos historicamente marginalizados e
discriminados. Os movimentos sociais, como o abolicionismo, o feminismo e os direitos
civis, têm sido fundamentais para a conquista de direitos e garantias fundamentais,
contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

8.2.Justiça internacional e tribunais internacionais (Tribunal Penal


Internacional, Corte Internacional de Justiça)
Na Idade Contemporânea, o mundo passou por mudanças significativas em relação à
justiça internacional. Com o avanço da globalização e a interdependência dos países, a
necessidade de uma justiça global se tornou cada vez mais evidente. Dessa forma,
surgiram diversos tribunais internacionais para lidar com crimes internacionais e
violações dos direitos humanos.

O Tribunal Penal Internacional (TPI), criado em 2002, é um tribunal permanente que


tem a jurisdição de julgar indivíduos responsáveis por crimes de guerra, crimes contra a
humanidade e genocídio. Sua criação foi resultado de um esforço global para
responsabilizar indivíduos por crimes graves, que muitas vezes ocorriam sem qualquer
consequência. O TPI é composto por juízes de diferentes países e busca promover a
justiça internacional e garantir que crimes internacionais não fiquem impunes.

Outro tribunal internacional importante é a Corte Internacional de Justiça (CIJ), também


conhecida como Tribunal de Haia. A CIJ foi criada em 1945 e é o principal órgão
judicial das Nações Unidas. Sua função é julgar disputas legais entre Estados e dar
pareceres consultivos sobre questões legais apresentadas pela Assembleia Geral, pelo
Conselho de Segurança ou por outros órgãos da ONU. A CIJ é composta por 15 juízes
e suas decisões são consideradas obrigatórias e vinculantes para os Estados
envolvidos na disputa.

Em Moçambique, a justiça internacional tem sido cada vez mais valorizada e a


actuação do TPI e da CIJ tem sido acompanhada de perto pelo governo e pela
sociedade civil. O país enfrentou um passado de conflitos armados e violações dos
direitos humanos e, por isso, a busca por justiça e reparação tem sido uma questão
prioritária. Além disso, Moçambique tem se envolvido cada vez mais em questões
globais, como a luta contra o terrorismo e o combate ao tráfico de drogas e de seres
humanos. A actuação dos tribunais internacionais é fundamental para garantir que os
responsáveis por esses crimes sejam responsabilizados e punidos de forma justa.

Os tribunais internacionais representam um avanço significativo na busca por justiça


global. Com a criação dessas instituições, tornou-se possível responsabilizar indivíduos
e Estados por crimes graves, que muitas vezes passavam impunes. Em Moçambique,
a valorização da justiça internacional tem sido uma questão importante, especialmente

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após um passado marcado por conflitos e violações dos direitos humanos. A actuação
do TPI e da CIJ é essencial para garantir a justiça e a reparação em nível global.

8.3.Desafios actuais da justiça (corrupção, impunidade, desigualdade)


Os desafios actuais da justiça são diversos e complexos. A corrupção é um dos
principais problemas enfrentados pelas instituições judiciais, que muitas vezes têm
dificuldade em investigar e punir os culpados. A impunidade é outro desafio
significativo, especialmente em países com altos níveis de violência e crime
organizado. Além disso, a desigualdade socioeconómica pode afectar a eficácia da
justiça, com grupos marginalizados e vulneráveis muitas vezes tendo menos acesso
aos recursos legais e enfrentando discriminação no sistema judiciário.

Em Moçambique, a corrupção é um grande problema enfrentado pelo sistema de


justiça. Vários escândalos de corrupção foram divulgados na imprensa local e
internacional nos últimos anos, o que levou a um aumento da pressão pública para
combater esse tipo de crime. A impunidade também é um desafio significativo,
especialmente em relação aos crimes cometidos durante a guerra civil que ocorreu no
país entre 1977 e 1992.

Para enfrentar esses desafios, são necessárias medidas que visem fortalecer as
instituições judiciais e melhorar sua eficácia. Isso pode incluir a melhoria da formação e
capacitação de juízes e advogados, o aumento do acesso à justiça para grupos
marginalizados e a criação de instituições e mecanismos que promovam a
transparência e a responsabilidade no sistema de justiça.

Outro desafio actual da justiça é a adaptação às mudanças tecnológicas e às novas


formas de crime. Com o aumento da digitalização e da globalização, surgiram novos
tipos de crime, como a cibercriminalidade e a lavagem de dinheiro online. Nesse
sentido, é importante que os sistemas judiciais se adaptem e se modernizem para
poder enfrentar esses desafios.

Em suma, a justiça é um elemento fundamental para o bom funcionamento da


sociedade e para a protecção dos direitos e liberdades individuais. No entanto, ainda
há muitos desafios a serem enfrentados para garantir que a justiça seja acessível,
eficaz e imparcial para todos.

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9.Conclusão
Ao longo da história, a ideia de justiça evoluiu e se transformou de acordo com as
mudanças sociais, políticas e culturais de cada época. Desde as primeiras civilizações,
a busca por uma sociedade justa e igualitária tem sido uma constante, ainda que
muitas vezes a justiça tenha sido deturpada e usada para manter o poder de elites
dominantes.

Na Antiguidade, a justiça estava fortemente ligada à religião e à crença em deuses e


divindades que julgavam e puniam os mortais. Os códigos de leis antigos, como o
Código de Hamurabi e a Lei das XII Tábuas, representaram um avanço importante na
tentativa de se criar um sistema jurídico mais justo e eficaz.

Na Idade Média, o sistema feudal e a justiça feudal predominavam na Europa, com o


poder nas mãos dos senhores feudais e poucas possibilidades de defesa para os
camponeses e servos. A Igreja Católica também exercia forte influência na justiça,
especialmente através do Tribunal da Santa Inquisição.

Com o Humanismo na Idade Moderna, a ideia de justiça se tornou mais centrada no


indivíduo e seus direitos, culminando na Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão durante a Revolução Francesa. O sistema judiciário moderno, que prevê
julgamentos imparciais e a igualdade perante a lei, surgiu como uma resposta a essa
nova visão de justiça.

Na Idade Contemporânea, os movimentos sociais têm lutado por uma justiça mais
igualitária e inclusiva, com destaque para o abolicionismo, o feminismo e os direitos
civis. A justiça internacional também se tornou uma realidade com a criação de
tribunais internacionais, como o Tribunal Penal Internacional e a Corte Internacional de
Justiça.

No entanto, ainda enfrentamos muitos desafios na busca por uma justiça efetiva, como
a corrupção, a impunidade e a desigualdade. É importante continuarmos a lutar por
uma sociedade mais justa, onde todos tenham acesso à justiça e aos seus direitos
fundamentais.

Em Moçambique, como em muitos outros países em desenvolvimento, a justiça ainda é


um desafio, com altos índices de corrupção e impunidade. No entanto, o país tem
tomado medidas para melhorar o sistema judiciário e garantir a igualdade perante a lei,
incluindo a criação de tribunais especializados e a reforma da Constituição.

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Em conclusão, a história da justiça é uma história de evolução e luta por direitos e
igualdade. Embora ainda haja muito a ser feito, é importante reconhecer os avanços
alcançados e continuar trabalhando por uma sociedade mais justa e igualitária.

10.Referências Bibliográficas
1. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Martin Claret, 2003.
2. CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a
Aristóteles. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
3. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO. Disponível em:
https://www.oas.org/juridico/portuguese/mesicic3_ra_arg_doc_dhcd.pdf. Acesso
em: 25 abr. 2023.
4. FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 40ª ed. Petrópolis:
Vozes, 2014.
5. GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
6. HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Princípios da filosofia do direito. São Paulo:
Martins Fontes, 1997.
7. HOBBES, Thomas. Leviatã: ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico
e civil. São Paulo: Martin Claret, 2002.
8. LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo. Petrópolis: Vozes, 1994.
9. ROUSSEAU, Jean-Jacques. O contrato social. São Paulo: Martin Claret, 2002.
10. SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-
modernidade. 13ª ed. São Paulo: Cortez, 2013.
11. SAVIGNY, Friedrich Carl von. Sistema do direito romano atual. São Paulo:
Editora WMF Martins Fontes, 2012.
12. WEFFORT, Francisco (Org.). Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 1999.
13. Uamusse, M. A. (2012). Acesso à justiça em Moçambique: Desafios e
oportunidades. Maputo: Texto Editores.

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