SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CLAUDIO DINIZ SANTANA NONATO

DIVINA OLIVEIRA FELIPE E OLIVEIRA
LUCIMAR PEREIRA MENDONÇA
LUENE PEREIRA DA SILVA
PAULO CESAR DORIA DE ALMEIDA JUNIOR

CONTABILIDADE NO TERCEIRO SETOR

Palmas
2014
 CLAUDIO DINIZ SANTANA NONATO
DIVINA OLIVEIRA FELIPE E OLIVEIRA
LUCIMAR PEREIRA MENDONÇA
LUENE PEREIRA DA SILVA
PAULO CESAR DORIA DE ALMEIDA JUNIOR

CONTABILIDADE NO TERCEIRO SETOR

Trabalho sobre conceitos relacionados à Contabilidade

no Terceiro Setor apresentado à Universidade Norte do
Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção de média bimestral na disciplina de Atividades
Interdisciplinares.

Orientador:
Prof.(a) Cezar Augusto Stephano

Palmas
2014
 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO – CONTABILIDADE NO TERCEIRO SETOR ....................4

2.1 CONTABILIZAÇÃO DE EVENTOS.........................................................................4
2.2 BALANÇO SOCIAL...............................................................................................10
2.3 DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT OU DÉFICIT DO EXERCÍCIO..................13
2.4 REGIONALIZANDO - ONGS DE RECICLAGEM DE LIXO NO TOCANTINS.....15

3 CONCLUSÃO..........................................................................................................18

REFERÊNCIAS...........................................................................................................19
 3

1 INTRODUÇÃO

A Contabilidade Aplicada no terceiro setor é o ramo da ciência

contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de
Contabilidade e as normas contábeis direcionadas ao controle patrimonial das
entidades do terceiro setor. Tem como objetivo fornecer aos usuários informações
sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária,
econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do terceiro setor , em apoio
ao processo de tomada de decisão, à adequada prestação de contas e ao
necessário suporte para a instrumentalização do controle social.
Haja vista que será apresentada a contabilidade de uma entidade
sem fins lucrativos, de terceiro setor que vamos discorrer, uma vez que apesar das
imunidades, também tem suas obrigações legais a cumprir, incluindo as tributárias
que, em caso de não cumprimento pelo responsáveis direto das entidades que
representam, podem incorrer em crime tributário, com abertura de processo penal
contra seus dirigentes.
 4

2 DESENVOLVIMENTO – CONTABILIDADE NO TERCEIRO SETOR

As entidades sem finalidade de lucro são aquelas em que o

resultado positivo não é destinado aos detentores do patrimônio líquido e o lucro ou
prejuízo são denominados, respectivamente, de superávit ou déficit.
As entidades sem finalidade de lucros exercem atividades
assistenciais, de saúde, educacionais, técnico-científicas, esportivas, religiosas,
políticas, culturais, beneficentes, sociais, de conselhos de classe e outras,
administrando pessoas, coisas e interesses coexistentes e coordenados em torno de
um patrimônio com finalidade comum ou comunitária.
Essas entidades são constituídas sob a forma de fundações públicas
ou privadas, ou sociedades civis, nas categorias de entidades sindicais, culturais,
associações de classe, partidos políticos, ordem dos advogados, conselhos federais,
regionais e seccionais de profissões liberais, clubes esportivos não-comerciais.
Aplicam-se às entidades sem finalidade de lucros os Princípios
Fundamentais de Contabilidade, bem como as Normas Brasileiras de Contabilidade
e suas Interpretações Técnicas e Comunicados Técnicos, editados pelo Conselho
Federal de Contabilidade.

2.1 CONTABILIZAÇÃO DE EVENTOS

Abaixo, temos a contabilização de eventos de uma entidade sem fins

lucrativos, Grupo Criança Feliz, que ampara às crianças carentes. Os eventos
ocorreram nos meses de Julho, Agosto e Setembro de 2014.

Grupo: 1.1 Ativo Circulante Conta: 1.1.1.1 Caixa

Subgrupo: 1.1.1 Disponível Subconta: 1.1.1.1.1 Caixa

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

15/07/2014 Caixa R$ 20.000,00   R$ 20.000,00 D
25/07/2014 Caixa   R$ 15.000,00 R$ 5.000,00 D
05/08/2014 Caixa R$ 4.000,00   R$ 9.000,00 D
07/08/2014 Caixa   R$ 400,00 R$ 8.600,00 D
11/08/2014 Caixa   R$ 178,00 R$ 8.422,00 D
15/08/2014 Caixa   R$ 800,00 R$ 7.622,00 D
18/08/2014 Caixa   R$ 200,00 R$ 7.422,00 D
20/08/2014 Caixa   R$ 2.400,00 R$ 5.022,00 D
05/09/2014 Caixa R$ 4.200,00   R$ 9.222,00 D
05/09/2014 Caixa   R$ 22,00 R$ 9.200,00 D
08/09/2014 Caixa R$ 1.800,00   R$ 11.000,00 D
 5

19/09/2014 Caixa R$ 520,00   R$ 11.520,00 D

22/09/2014 Caixa   R$ 2.400,00 R$ 9.120,00 D

Grupo: 1.1 Ativo Circulante Conta: 1.1.1.2 Bancos Conta Movimento

Subgrupo: 1.1.1 Disponível Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

25/07/2014 Abertura de Conta no Banco do Brasil R$ 15.000,00 R$ - R$ 15.000,00 D

Grupo: 1.1 Ativo Circulante Conta: 1.1.3.2 Almoxarifado

Subgrupo: 1.1.3 Estoques Subconta: 1.1.3.2.1 Material para Cursos

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

11/09/2014 Material para Cursos (Estoque) R$ 280,00   R$ 280,00 D
19/09/2014 Material para Cursos (Estoque)   R$ 280,00 R$ -  

Grupo: 1.1 Ativo Circulante Conta: 1.1.3.2 Materiais Diversos

Subgrupo: 1.1.3 Estoques Subconta: 1.1.3.2.2 Gêneros Alimentícios

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

15/08/2014 Gêneros Alimentícios (Estoque) R$ 800,00   R$ 800,00 D
10/09/2014 Gêneros Alimentícios (Estoque)   R$ 700,00 R$ 100,00 D

Grupo: 1.2 Ativo não Circulante Conta: 1.2.3.1 Imóveis

Subgrupo: 1.2.3 Imobilizado Subconta: 1.2.3.1.1 Terrenos

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

15/07/2014 Terrenos R$ 15.000,00   R$ 15.000,00 D

Grupo: 1.2 Ativo não circulante Conta: 1.2.3.1 Imóveis

Subgrupo: 1.2.3 Imobilizado Subconta: 1.2.3.1.2 Edificações

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

15/07/2014 Edificações R$ 30.000,00   R$ 30.000,00 D
30/08/2014 Edificações (R$ 100,00)   R$ 29.900,00 D
30/09/2014 Edificações (R$ 100,00)   R$ 29.800,00 D

Grupo: 1.2 Ativo não Circulante Conta: 1.2.3.2 Instalações

Subgrupo: 1.2.3 Imobilizado Subconta: 1.2.3.2.1 Móveis e Utensílios

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

21/07/2014 Móveis e Utensílios R$ 4.800,00   R$ 4.800,00 D
30/08/2014 Móveis e Utensílios (R$ 40,00)   R$ 4.760,00 D
30/09/2014 Móveis e Utensílios (R$ 40,00)   R$ 4.720,00 D

Grupo: 1.2 Ativo não Circulante Conta: 1.2.3.2 Instalações

Subgrupo: 1.2.3 Imobilizado Subconta: 1.2.3.2.2 Máquinas e Equipamentos

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

31/07/2014 Máquinas e Equipamentos R$ 1.800,00   R$ 1.800,00 D
30/08/2014 Máquinas e Equipamentos (R$ 15,00)   R$ 1.785,00 D
 6

30/09/2014 Máquinas e Equipamentos (R$ 15,00)   R$ 1.770,00 D

Grupo: 5.2 Despesas Administrativas Conta: 5.2.2.20 Depreciações e Amortizações

Subgrupo: 5.2.2 Despesas Gerais Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

30/08/2014 Depreciação Acumulada   (R$ 100,00) (R$ 100,00) C
30/08/2014 Depreciação Acumulada   (R$ 15,00) (R$ 115,00) C
30/08/2014 Depreciação Acumulada   (R$ 40,00) (R$ 155,00) C
30/09/2014 Depreciação Acumulada   (R$ 100,00) (R$ 255,00) C
30/09/2014 Depreciação Acumulada   (R$ 15,00) (R$ 270,00) C
30/09/2014 Depreciação Acumulada   (R$ 40,00) (R$ 310,00) C

Grupo: 2.1 Passivo Circulante Conta: 2.1.3.1.1 Tributos e Contribuições a Recolher

Subgrupo: 2.1.3 Obrigações Fiscais e Tributárias Subconta: 2.1.3.1.1 ISS a recolher

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

11/08/2014 ISS a recolher   R$ 22,00 R$ 22,00 C
05/09/2014 ISS a recolher R$ 22,00   R$ -  

Grupo: 2.1 Passivo Circulante Conta: 2.1.4.1 Salários e Encargos a Recolher

2.1.4 Obrigações trabalhistas e
Subgrupo: previdenciárias Subconta: 2.1.4.1.1 Salários a Pagar

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

30/09/2014 Salários a pagar   R$ 750,00 R$ 750,00 C
30/09/2014 Salários a pagar R$ 82,50   R$ 667,50 C
30/09/2014 Salários a pagar   R$ 90,00 R$ 757,50 C
30/09/2014 Salários a pagar   R$ 67,50 R$ 825,00 C

Grupo: 2.1 Passivo Circulante Conta: 2.1.4.1 Salários e Encargos a Recolher

2.1.4 Obrigações Trabalhistas e
Subgrupo: Previdenciárias Subconta: 2.1.4.1.5 INSS a recolher

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

30/09/2014 INSS a recolher   R$ 82,50 R$ 82,50 C

Grupo: 2.1 Passivo Circulante Conta: 2.1.4.1 Salários e Encargos a Recolher

2.1.4 Obrigações Trabalhistas e
Subgrupo: Previdenciárias Subconta: 2.1.4.1.6 FGTS a recolher

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

30/09/2014 FGTS a recolher   R$ 60,00 R$ 60,00 C

Grupo: 2.1 Passivo Circulante Conta: 2.1.5.1 Títulos a Pagar

Subgrupo: 2.1.5 Outras Obrigações Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

21/07/2014 Títulos a Pagar   R$ 4.800,00 R$ 4.800,00 C
20/08/2014 Títulos a Pagar R$ 2.400,00   R$ 2.400,00 C
22/09/2014 Títulos a Pagar R$ 2.400,00   R$ -  

Grupo: 5.2 Despesas Administrativas Conta: 5.2.1.6 Provisão p/ 13º

 7

Subgrupo: 5.2.1 Despesas com Pessoal Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

30/09/2014 Provisão de 13º R$ 67,50   R$ 67,50 D

Grupo: 5.2 Despesas Administrativas Conta: 5.2.1.5 Provisão p/ Férias

Subgrupo: 5.2.1 Despesas com Pessoal Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

30/09/2014 Provisão de Férias R$ 90,00   R$ 90,00 D

Grupo: 2.3 Patrimônio Social Conta: 2.3.1.1 Fundo Institucional

Subgrupo: 2.3.1 Fundo Patrimonial Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

15/07/2014 Fundo Institucional   R$ 20.000,00 R$ 20.000,00 C

Grupo: 5.2 Despesas Administrativas Conta: 5.2.1.9 FGTS

Subgrupo: 5.2.1 Despesas com Pessoal Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

30/09/2014 FGTS R$ 60,00   R$ 60,00 D

Grupo: 4.1 Receita Operacional Bruta Conta: 4.1.1.1 Mensalidades de Associados

Subgrupo: 4.1.1 Mensalidades Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

05/08/2014 Mensalidade de Associados   R$ 4.000,00 R$ 4.000,00 C
05/09/2014 Mensalidade de Associados   R$ 4.200,00 R$ 8.200,00 C

Grupo: 4.1 Receita Operacional Bruta Conta:

Subgrupo: 4.1.2 Doações Subconta:

Subgrupo: Histórico Débito Crédito Saldo D/C

08/09/2014 Doações   R$ 1.800,00 R$ 1.800,00 C
11/09/2014 Doações   R$ 280,00 R$ 2.080,00 C

Grupo: 4.1 Receita Operacional Bruta Conta: 4.1.2.2 Doações Patrimoniais

Subgrupo: 4.1.2 Doações Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

15/07/2014 Doações Patrimoniais   R$ 45.000,00 R$ 45.000,00 C
31/07/2014 Doações Patrimoniais   R$ 1.800,00 R$ 46.800,00 C

Grupo: 4.1 Receita Operacional Bruta Conta: 4.1.3.1 Serviços de Terceiros

Subgrupo: 4.1.3 Serviços Voluntários Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

12/08/2014 Receita de Serviços Voluntários R$ 300,00   R$ 300,00 D

Grupo: 4.1 Receita Operacional Bruta Conta: 4.1.4.1 Receita com Vendas
 8

Subgrupo: 4.1.4 Outras Receitas Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

19/09/2014 Receita com Vendas   R$ 520,00 R$ 520,00 C

Grupo: 4.3 Custos Operacionais Conta: 4.3.1.1 Custo dos Produtos Vendidos
4.3.1 Custo das Mercadorias
Subgrupo: Vendidas Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

19/09/2014 CPV R$ 280,00   R$ 280,00 D

Grupo: 5.2 Despesas Administrativas Conta: 5.2

Subgrupo: 5.2 Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

06/09/2014 Despesas Administrativas R$ 120,00   R$ 120,00 D
10/09/2014 Despesas Administrativas R$ 700,00   R$ 820,00 D

Grupo: 5.2 Despesas Administrativas Conta: 5.2.1.1 Salários

Subgrupo: 5.2.1 Despesas com Pessoal Subconta: 5.2.1.1.1 Salários e Ordenados

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

30/09/2014 Salários e Ordenados R$ 750,00   R$ 750,00 D

Grupo: 5.2 Despesas Administrativas Conta: 5.2.2.3 Serviços de Terceiros

Subgrupo: 5.2.1 Despesas com Pessoal Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

12/08/2014 Serviços de Terceiros   R$ 300,00 R$ 300,00 C

Grupo: 5.2 Despesas Administrativas Conta: 5.2.2.10 Manutenção e Conservação

Subgrupo: 5.2.2 Despesas Gerais Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

07/08/2014 Manutenção e Conservação R$ 400,00   R$ 400,00 D
11/08/2014 Manutenção e Conservação R$ 200,00   R$ 600,00 D

Grupo: 5.2 Despesas Administrativas Conta: 5.2.2.11 Material de Consumo e Limpeza

Subgrupo: 5.2.2 Despesas Gerais Subconta:

Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

18/08/2014 Material de Consumo R$ 200,00   R$ 200,00 D
06/09/2014 Material de Consumo   R$ 120,00 R$ 80,00 D
 9

2.2 BALANÇO SOCIAL

No Brasil com a criação da Associação dos Dirigentes Cristãos de

Empresas (ADCE) o tema Balanço Social foi trazido a tona, porém só em 1977 no 2º
Encontro Nacional de Dirigentes de Empresas foi que o tema mereceu destaque,
mas somente em 1984 que a empresa brasileira Nitrofértil publicou suas ações
sociais. No entanto, a idéia só ganhou força através da iniciativa do sociólogo
Herbert de Souza quando lançou, em 1997, uma campanha para divulgação do
Balanço Social (Sucupira, 1999, p.1-2).
A necessidade da elaboração e divulgação do balanço social foi
marcada pela decisão do sociólogo, Herbert de Souza (Betinho), de associar as
responsabilidades sociais das empresas a uma demonstração de caráter social,
quando em 18 de junho de 1997, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro,
Betinho conclamou as empresas a se engajarem na divulgação do Balanço Social,
oferecendo para isto um modelo concreto (Grzybowski, 1999, p.1).
O termo “Balanço Social” significa essencialmente a representação
das atividades de uma entidade a serviço da comunidade. Aprofundando o tema em
pauta, pode-se então alinhar algumas definições ilustrativas:
Freire (2000, p.1) conceitua Balanço Social como: “conjunto de
informações com base técnica-contábil, gerencial e econômica, capaz de
proporcionar uma visão da relação capital-trabalho no que diz respeito aos seus
diferentes aspectos econômicos-sociais.”
Segundo Suplicy (1997, p.1):

O balanço social é um documento pelo qual a empresa apresenta dados

que permitam identificar o perfil da atuação social da empresa durante o
ano, a qualidade de suas relações com os empregados, o cumprimento das
cláusulas sociais, a participação dos empregados nos resultados
econômicos da empresa e as possibilidades de desenvolvimento pessoal,
bem como forma de sua interação com a comunidade e sua relação com
meio ambiente.

O Balanço Social tem um papel importante nas empresas do terceiro

setor. É um instrumento contábil publicado anualmente, reunindo um conjunto de
informações referentes às atividades desenvolvidas pela empresa em promoção
humana e social, dirigidas a seus empregados e à comunidade na qual está
inserida.
 10

O Balanço Social, desde que bem estruturado, pode evidenciar os

princípios e valores da Organização Empresarial e caracterizar através dos dados
quantitativos o cumprimento de sua Responsabilidade diante da Sociedade, seja ela
interna – com seus funcionários, ou externa – com o meio em que está inserida a
Organização.
Balanço Social é o nome dado à publicação de um conjunto de
informações e de indicadores dos investimentos e das ações realizadas pelas
empresas no cumprimento de sua função social junto aos seus funcionários, ao
governo e às comunidades com que interagem, direta e indiretamente. O balanço
social envolve a demonstração da empresa com os elementos que a cercam ou que
contribuem para sua existência, incluindo o meio ambiente natural, a comunidade e
economia local e recursos humanos.
Trata – se de um instrumento de demonstração das atividades das
empresas, que tem por finalidade conferir maior transparência e visibilidade às
informações que interessam a sociedade em geral.
O balanço social visa dar conhecimento das ações empresariais ou
não que têm impactos não apenas no desempenho financeiro, mas também na
relação capital – trabalho e na geração ou não de riquezas e bem estar para
sociedade. Balanço Social um documento publicado anualmente reunindo um
conjunto de informações sobre as atividades desenvolvidas por uma empresa, em
promoção humana e social, dirigidas a seus empregados e à comunidade onde está
inserida. Através dele a empresa mostra o que faz pelos seus empregados,
dependentes e pela população que recebe sua influência direta.
Embora tenha sua origem na contabilidade, não deve ser visto como
um demonstrativo meramente contábil, mas como uma forma de explicitar a
preocupação das empresas com o cumprimento de sua responsabilidade social.
Abaixo, Balanço Social do Grupo Criança Feliz.

Grupo Criança Feliz

 11

BALANÇO SOCIAL
Trimestre de Julho, Agosto e Setembro/2014.
ATIVO     PASSIVO    
Circulante   Circulante  
DISPONÍVEL   OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS  
1.1.1.1.1 Caixa R$ 9.120,00 2.1.4.1.1 Salários a Pagar R$ 825,00
1.1.1.2 Bancos Conta Movimento R$ 15.000,00 2.1.4.1.5 INSS a recolher R$ 82,50
ESTOQUES   2.1.4.1.6 FGTS a recolher R$ 60,00
1.1.3.2.2 Gêneros Alimentícios R$ 100,00    
Permanente   TOTAL DO PASSIVO R$ 967,50
IMOBILIZADO      
1.2.3.1.1 Terrenos R$ 15.000,00    
1.2.3.1.2 Edificações R$ 29.800,00 PATRIMÔNIO SOCIAL  
1.2.3.2.1 Móveis e Utensílios R$ 4.720,00 FUNDO PATRIMONIAL  
1.2.3.2.2 Máquinas e Equipamentos R$ 1.770,00 2.3.1.1 Fundo Institucional R$ 20.000,00
    DOAÇÕES PATRIMONIAIS  
    4.1.2.2 Patrimoniais R$ 46.800,00
    SUPERÁVIT OU DÉFICIT ACUMULADO
    Superávit do Exercício R$ 7.742,50
       
    TOTAL DO PATRIMÔNIO SOCIAL R$ 74.542,50
           
TOTAL DO ATIVO R$ 75.510,00 PASSIVO + PATRIMÔNIO SOCIAL R$ 75.510,00
 12

2.3 DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT OU DÉFICIT

DO EXERCÍCIO

A Demonstração do Superávit ou Déficit do exercício evidencia todas

as atividades desenvolvidas pelos gestores relativas a um determinado período de
tempo. Assim como as receitas, as despesas também são distinguidas como
efetivas e por mutação patrimonial. Será despesa efetiva quando a saída de dinheiro
não for compensada com a entrada de outro ativo; as por mutação patrimonial são
aquelas saídas de dinheiro que objetivam adquirir bens para se incorporar ao
patrimônio.
Entre várias características dos registros das contas de receitas e
despesas, superávit ou déficit, é que se devem ser segregadas, quando
identificáveis por tipo de atividades, tais como educação, saúde, assistência social,
técnico-científica e outras, bem como comercial, industriais ou de prestação de
serviços. tem como objetivo principal prover os usuários da contabilidade de
informações sobre os eventos e transações que foram responsáveis por mudanças
ocorridas no patrimônio líquido da instituição durante um determinado período,
comparando o conjunto de receitas e ganhos com o de despesas e perdas.
No caso de uma entidade sem fins lucrativos que possui atividades
de comércio, produção ou prestação de serviços para sua manutenção, as receitas,
as despesas e os custos devem ser reconhecidos usando o mesmo critério utilizado
pelas empresas. Entretanto, se as atividades forem puramente de entidades sem
fins lucrativos nem sempre as receitas e despesas se correlacionam diretamente.
Observa-se que a importância não deve ser dada ao resultado, lucro
ou prejuízo, como ocorre nas entidades com fins lucrativos. No final, será
evidenciado, igualmente, um resultado, mas para entidade sem fins lucrativos, a
preocupação maior é com as atividades e projetos de desenvolvidos do que com o
resultado financeiro.
A seguir, Demonstração do Superávit ou Déficit do Exercício do
Grupo Criança Feliz.
 13

Grupo Criança Feliz

DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT OU DÉFICIT DO EXERCÍCIO
Trimestre de Julho, Agosto e Setembro/2014.
Receitas   Despesas  
MENSALIDADES CUSTOS OPERACIONAIS  
4.1.1.1 Mensalidades de Associados R$ 8.200,00 4.3.1.1 Custo dos Produtos Vendidos R$ 280,00
DOAÇÕES   DESPESAS COM PESSOAL  
4.1.2 Doações R$ 2.080,00 5.2.1.1.1 Salários e Ordenados R$ 750,00
SERVIÇOS VOLUNTÁRIOS   5.2.1.5 Provisão p/ Férias R$ 90,00
4.1.3.1 Serviços de Terceiros R$ 300,00 5.2.1.6 Provisão p/ 13º R$ 67,50
OUTRAS RECEITAS   5.2.1.9 FGTS R$ 60,00
4.1.4.1 Receita com Vendas R$ 520,00 DESPESAS GERAIS  
    5.2.2 Despesas Administrativas R$ 820,00
    5.2.2.3 Serviços de Terceiros R$ 300,00
    5.2.2.10 Manutenção e Conservação R$ 600,00
    5.2.2.11 Material de Consumo e R$ 80,00
Limpeza
    5.2.2.20 Depreciações e Amortizações R$ 310,00
       
Totais   R$ 11.100,00     R$ 3.357,50
SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO       R$ 7.742,50
 14

2.4 REGIONALIZANDO - ONGS DE RECICLAGEM

DE LIXO NO TOCANTINS

Vimos através deste relado ressaltar a importância do cuidado para

com o lixo que nos mesmo produzimos ,em um mundo onde se faz necessário
pensar o futuro de uma maneira muito urgente no que diz respeito a conservação e
preservação do meio ambiente tratar do lixo é um dos pontos principais,afinal de
conta produzimos diariamente toneladas de resíduos descartáveis ,más, que pode
ser reutilizado como varias fonte de renda e energia.Na nossa cidade o trabalho de
ONG,s não tem muito destaque sendo catalogado somente duas ,más sem muita
informação a respeito,são elas Ecoterra e Idahra,porem temos varias empresas e
associações que trabalhão com coleta seletiva de lixo fazendo um trabalho até
razoável no que diz respeito a coleta seletiva e reciclagem de lixo.
Os pontos de coleta seletiva recebem materiais recicláveis como
papel, papelão, plástico, vidro, isopor, alumínio, pilhas, baterias, óleo vegetal,
móveis usados, computadores, placas, cabos, metais, roupas, sapatos, materiais
escolares e materiais pedagógicos usados.
Segue relação de empresas e associações que trabalhão com
reciclagem em nossa cidade:
Na lista constam endereço e contato, além dos materiais recicláveis
que receberão. De norte a sul da cidade há vários locais disponíveis e a lista será
atualizada sempre que for informado um novo ponto de coleta à secretaria. Segue a
lista:
 ASCAMPA – Associação de catadores de Materiais Recicláveis da Região
Norte de Palmas.
Papel, papelão, plástico, vidro, isopor e alumínio.
Endereço: 407 Norte, AV LO 10, Lote 02 e 03.
Presidente: Maria Edileuza
Contato: (63) 9953‐2103 / 3224‐4819 / 9218‐0513 / 8431‐5017
 
 COOPERAN – Cooperativa de Produção de Recicláveis do Tocantins.
(Amigos da Natureza)
Papel, papelão, plástico, vidro, isopor e alumínio
Presidente: Otacílio Martins Cardoso
Endereço: Setor Eco‐Industrial de Palmas.
Contato: (63) 9966‐0452
 
 COLLECT – Reciclagem de Óleo Vegetal
Óleo Vegetal, acima de 51 e armazenado em garrafas pet
Endereço: Setor Eco‐Industrial de Palmas, (próximo á Rodoviária)
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Contato: 8424‐2547 / 8119‐3333

 
 BANCO ‐ SANTANDER ‐ Pilhas
QUARTETTO Supermercado  ‐ LTDA.
Endereço: 101 Sul, Rua Nsa, CJ 02, Lt 10, Palmas Shopp
Contato: 3232‐8800
 NS Coleta e Reciclagem de lixo Eletrônico
Compramos: Computadores, Celulares, Placas Mãe, Placas Diversas,
Memórias, Processadores, Cabos de Redes
(telefones/computadores).
Contato: (63) 8473‐9119 / 8448‐9622
 
 Diretoria de Meio Ambiente
Papéis, Metais, Vidros e Plásticos
Endereço: AV Teotônio Segurado Esquina com a LO ‐09, Área verde, sem
numero.
Contatos: Silvia e Karine (63) 3218‐5476
 
 Associação Ação Social são Pedro de Palmas ‐ Reciclagem de Óleo
Vegetal
Endereço: 307 Norte, Al 21, APM Q2, S/N
Contatos: Messias 8453‐1204 / 3224‐7876
 
 Supermercado EXTRA
Pilhas e Celulares
Endereço: Qd. 402 Sul, Av LO 11, N° 1221
Contatos: 3217‐7200 Pedro
 Sociedade São Vicente de Paulo
Doação de roupas, sapatos, materiais escolares e pedagógicos, móveis
usados.
(Buscamos as doações)
Endereço: 108 Norte, Al 02, Lt  ai 06.
Contatos: 3218‐8300   ccicpssv@brturbo.com.br
 Temos em nosso estado a Semades Secretaria do Meio Ambiente e do
Desenvolvimento Sustentável que apoia esse trababalho.
“De acordo com a coordenadora de Desenvolvimento Sustentável da Semades,
Hélia Pacheco, esse é um projeto piloto que terá sua abrangência estendida
inicialmente para as maiores cidades do Estado.“Começamos o projeto de
incentivo em Palmas, mas assim que concluirmos as pesquisas iremos
estendê-lo para Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Paraíso”,destaca Hélia.”
Vamos reutilizar o lixo/resíduos para separando-os em casa e transformando
os nossos hábitos em HÀBITOS VERDES:
1. Reduz a carga que o meio ambiente recebe;
2. Aumentar a vida útil dos aterros nas cidades;
3. Conservar os recursos naturais e todo o meio ambiente;
4. Aumentar a qualidade de vida, saúde e do meio ambiente;
5. Gerar renda industrial e manufaturada (pequena a grande escala – Várias
cooperativas de reciclagem em Palmas estão em funcionamento).
Abaixo segue uma tabela de separação dos resíduos conforme a resolução do
CONAMA 275 que estabelece as cores de coletores para cada tipo de resíduo:
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3 CONCLUSÃO

Podemos aprender através desta pesquisa a importância do trabalho

realizado pelas ONG,s.
Tivemos acesso a informações que vem nos nortear em relação a
prestação de contas, pois mesmo as ONG,s sendo isento de pagamentos de
impostos e pagamentos da cota patronal da contribuição previdenciária deve-se
apresentar Balanço Social e Demonstração do Superávit ou Déficit do Exercício.
Ressaltamos aqui que a contabilidade se faz presente em todos o
ambientes e em todos os tipos de entidades sejam elas governamentais,não
governamentais,publicas ou privadas ou entidades sem fins lucrativos,a
demonstração do exercício é necessária para expor de maneira clara todas as ações
e aplicações financeiras dos recursos existentes.
Podemos também através de um estudo sobre reciclagem de lixo
conhecer algumas ações e empresas que estão trabalhando com este tipo de
material e a importância de reforçar esta pratica, pois o mundo precisa urgentemente
de uma mudança comportamental para não sofrermos ainda mais em um futuro bem
próximo. Reciclar também é preservar.
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REFERÊNCIAS

TARIFA, Marcelo Resquetti; NOGUEIRA, Daniel Ramos; PIZZO, João Cláudio

Machado. CONTABILIDADE DE ENTIDADES DIVERSAS. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2010.

COSTA, José Manoel da. CONTABILIDADE E ORÇAMENTO PÚBLICO. São

Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

GARCIA, Regis. CONTABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL. São Paulo: Pearson

Education do Brasil, 2013.

ANTHONY, Robert N.; GOVINDARAJAN, Vijay. Sistemas de Controle Gerencial.

São Paulo: Atlas, 2002.

PAZ, Terezinha de Cássia Alves; LIMA, Robernei Aparecido de. A Importância do

Balanço Social no Terceiro Setor. Disponível em:
<http://www.sinescontabil.com.br/news/print.php/2014/04/11/11-04-2014-a-import-
ncia-do-balan-o-social-no-terceiro-setor.phtml>. Acesso em 16 out. 2014.

BASAGOITI, José Maria N.. Balanço social: para qualquer empresa é básica a
consideração de seus resultados sociais. Disponível em:
<http://www.fides.org.br/fides.bal.locais.html, p. 24-32>. Acesso em 16 out. 2014.

OREM, Bernadette Coser de. Responsabilidade social empresarial. Disponível

em: <http://www.balancosocial.org.br>. Acesso em 16 out. 2014.

BATISTA, Halcima Melo. Proposta de um modelo de balanço social. Natal.

UFRN/Programa de Pós-Graduação em Administração, 1999.