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José A.

Brito

CONTABILIDADE
FINANCEIRA

Adaptado às IFRS para PME


(VEN-NIF PYME)

VOLUME I

CENTRO DE

CO
CONTADORES
Edições
Central de Contadores
PRÓLOGO

Apesar de não ser o primeiro livro que escrevo, com a publicação deste um dos meus objetivos mais
desejados é cumprido: escrever um livro contábil.
Esse desejo tornou-se uma necessidade imperativa quando, através da experiência docente
que acumulei por mais de 40 anos lecionando contabilidade, pude observar como, estudantes
universitários de Administração e Ciências Contábeis, quando chegou a hora de cursar Contabilidade
Superior (Contabilidade IV), Eles têm muita dificuldade de assimilar esse conhecimento
normalmente, sendo o índice de diferimento tão alto que os próprios alunos, quando entram no
semestre em que verão essa contabilidade, o fazem convencidos, e aceitando antecipadamente, que
só o aprovarão depois de repeti-lo duas ou três vezes.
Como explicação para isso, não quis aceitar o raciocínio de que o ensino superior de
contabilidade é, em geral, uma matéria muito difícil para os alunos, e que esta foi a causa de tantos
atrasos nos exames.
Para mim, a causa foi muito mais profunda, pois comecei a observar que o problema não
estava na Contabilidade Superior, mas na Contabilidade Básica e Intermediária.
Para comprová-lo, ao iniciar em um dos semestres para lecionar Contabilidade Superior,
resolvi submeter os alunos a uma prova elementar de Contabilidade Básica. Forneci a eles uma lista
de contas com seus saldos, pedi que os classificassem como devedores e credores e que
preparassem uma Demonstração do Resultado e uma Demonstração da Situação Financeira.
Ao revisar a prova, observei que um grande número de alunos tinha dúvidas consideradas
elementares, como não ter certeza se o saldo de algumas contas era devedor ou credor ou em qual
grupo classificá-las, além de apresentar dificuldades na elaboração das demonstrações financeiras
solicitadas.
Diante desses resultados, a conclusão foi conclusiva: assim como se sabe que o ser
humano é feito nos primeiros dez anos de sua vida, o futuro contador é feito na medida em que tenha
alcançado sólidos conhecimentos de Contabilidade Básica e Intermediária.
Esse é o objetivo que me motivou a escrever este livro. Coloque nas mãos do aluno que
inicia seus estudos contábeis, aprendendo ferramentas que lhe permitam treinar de forma sólida.
O conteúdo deste livro é adaptado para o programa de estudos que se aplica aos
estudantes de contabilidade do CENTRO de CONTADORES, que, ao mesmo tempo, é o mesmo
visto por estudantes de contabilidade em diferentes universidades.
Tendo em conta que a grande maioria das empresas na Venezuela se qualifica dentro do
grupo de Médias e Pequenas Entidades, é por isso que decidi desenvolver as explicações, quando
apropriado, com base nas Normas Internacionais de Relato Financeiro para Pequenas e Médias
Entidades (IFRS para PME). que, através de BA VEN-NIF No. 8, foram adotados pela Federação
dos Colégios de Contadores Públicos da Venezuela, como os Princípios Contábeis Geralmente
Aceitos a serem aplicados na Venezuela para Pequenas e Médias Entidades (VEN-NIF PYME).
Devido à extensão do material a ser tratado seria um livro muito volumoso que, fisicamente,
seria difícil de manusear, é a razão pela qual se decidiu apresentá-lo em dois volumes.
Os dois primeiros Capítulos deste Primeiro Volume, foram destinados ao estudo da Conta,
onde é desenvolvido um método prático para fazer encargos e créditos e determinar o saldo,
enquanto, no terceiro, desenvolve-se o que está relacionado com a Equação do Patrimônio,
enfatizando que, o domínio desses tópicos são indispensáveis para o bom manejo dos Capítulos
seguintes.
É sabido que, atualmente, praticamente todas as empresas mantêm sua contabilidade por
meio de computadores. No entanto, é essencial que todo contador saiba carregá-lo em "livros". Em

V
primeiro lugar, porque o nosso Código Comercial e a Lei do Imposto de Renda obrigam a utilizar
os livros nele mencionados. Segundo, porque para saber como manter uma contabilidade com um
computador, é essencial, antes, saber como ela é realizada "à mão". Os capítulos 4, 5 e 6 destinam-
se a isso.
O Capítulo 7 foi pensado para que o aluno se familiarize com os nomes das contas mais
comuns que são utilizadas em qualquer contabilidade, bem como conheça sua classificação,
orientando-nos a, no final do caminho, dominar o que está relacionado à apresentação das
Demonstrações Contábeis.
O capítulo 8 foi dedicado às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e às
Normas de Controle Interno. De uma forma muito resumida, um esboço deles é feito lá.

Os capítulos 9 e 10 estudam Caixa e Equivalentes de Caixa, enquanto os capítulos 11, 12,


13 e 14 tratam de assuntos relacionados ao Contas a Receber Comercial, incluindo a cobrança desta
última, por meio de bancos. Sob as duas modalidades mais importantes: cobrança e desconto.
Dentro deste mesmo bloco, no capítulo 15, são desenvolvidos os aspetos da posterior avaliação
destes Instrumentos Financeiros, tratando aí o tratamento adequado da Imparidade dos Ativos
Financeiros acima referidos.
Dada a importância do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) na actividade
contabilística, é por isso que o Capítulo 16 se destina a expor algumas noções básicas sobre este
assunto.
Os capítulos 17 e 18 tratam da gestão dos estoques, bem como de sua avaliação, tanto
inicial quanto posterior.
E, por fim, no Capítulo 19, é abordado o que está relacionado às Importações,
desenvolvendo aí tanto os aspectos processuais quanto os contábeis, nos casos em que a moeda
estrangeira para cancelar tais importações, tenha sido obtida através da Comissão de
Administração de Câmbio (CADIVI).
Ao escrever este livro, tentei imaginar que estava ministrando aulas, explicando os tópicos
com o máximo de detalhes possível e utilizando um léxico simples, disponível para qualquer aluno
iniciante neste assunto, esperando contribuir para que, quando chegarem ao nível de Contabilidade
Superior, seus conhecimentos de Contabilidade Básica e Intermediária sejam tão sólidos que não
tenham dificuldade em concluir sua carreira em satisfatoriamente e, posteriormente, exercitá-lo com
segurança.
Todos os professores que ministram aulas de contabilidade no CENTRO DE
CONTADORES, contribuíram de alguma forma para a criação deste livro. No entanto, devo fazer uma
menção muito especial ao professor Marlon Rojas, que, praticamente, tornou-se meu orientador
permanente em relação à aplicação das IFRS.
Da mesma forma, o apoio recebido do professor José Abrams foi extremamente valioso por
meio de sua assessoria em matéria tributária, bem como a contribuição e o desenvolvimento de
casos práticos que foram incorporados ao texto do livro.
O apoio do professor Luis López também foi muito especial, lendo os rascunhos, detectando
detalhes tanto na substância quanto de uma forma que, corrigindo-os, contribuiu para melhorar o
conteúdo do livro.
A digitação e composição feita por Lixallis Osorio foi essencial para a criação física do livro,
pelo qual expresso minha profunda gratidão.

O AUTOR.

V
I
Introdução à Contabilidade

O QUE É CONTABILIDADE?
Muitas foram as opiniões emitidas sobre o que é contabilidade. Alguns autores a consideram
uma ciência, outros expressam que é uma arte e outros afirmam que é uma técnica.

Não sendo objetivo deste tratado aprofundar nesse aspecto, limitar-nos-emos a transcrever
algumas das definições que têm sido dadas em torno do que é contabilidade.

O Instituto Mexicano de Contadores Públicos define contabilidade da seguinte forma:

"A contabilidade financeira é uma técnica utilizada para produzir sistemática e estruturalmente
informação quantitativa expressa em unidades monetárias das transações realizadas por uma
entidade económica e de determinados eventos económicos identificáveis e quantificáveis que a
afetam, de modo a facilitar aos diversos intervenientes a tomada de decisões em relação à
referida entidade económica".

O American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) define-o da seguinte forma:

"A contabilidade é a arte de registrar, classificar e resumir de forma significativa e em termos


monetários, transações e eventos que são, pelo menos em parte, de natureza financeira e
interpretar os resultados obtidos."

A APB nº 4 do Conselho de Princípios Contábeis comenta:

"A contabilidade é uma atividade de serviço. Sua função é fornecer informações quantitativas
sobre a entidade econômica, sendo essas informações principalmente de natureza financeira e
úteis para selecionar a melhor alternativa e o melhor curso de ação na tomada de decisões."

El Lic. Enrique Luque, em sua Introdução ao Estudo da Contabilidade, afirma:

"A contabilidade é a ciência que visa o estudo quantitativo e qualitativo do patrimônio da


empresa, tanto em seus aspectos estáticos quanto dinâmicos, a fim de alcançar a gestão
adequada do patrimônio que a integra. ”

Por sua vez, o Federação dos Colégios de Contadores Públicos da Venezuela, define
contabilidade da seguinte forma:

"A contabilidade deve ser considerada tanto uma atividade de serviço quanto um sistema de
informação e uma disciplina descritiva e analítica. Qualquer um dos significados ou descrições
adotados da contabilidade deve conter as quatro bases que a definem: a natureza econômica da
informação, medida e comunicada sobre entidades econômicas de qualquer nível
organizacional, apresentada a pessoas interessadas em fazer julgamentos com base nas
informações e tomar decisões usando tais informações. ”

Central de Contadores 1
Contabilidade
Financeira
Uma análise das definições mencionadas acima leva à conclusão de que, no fundo, todas elas
expressam a mesma ideia. Eu quero dizer:

"A contabilidade é a atividade por meio da qual as transações realizadas por uma entidade
econômica são registradas, classificadas e resumidas , em termos quantitativos, permitindo
que as pessoas interessadas analisem e interpretem as mudanças e os resultados obtidos,
com vistas à tomada de decisão."

Como se vê, na definição acima estão contidos todos os conceitos relevantes mencionados
pelos diferentes autores em torno do que é contabilidade. Esses conceitos são expressos na
ordem em que a atividade contábil é desenvolvida:

1) INSCRIÇÕES.
Essa é a primeira atividade que é realizada na contabilidade de uma empresa. No entanto,
quando ele é constituído, antes de começar a registrar as transações, é necessário realizar a
etapa anterior de planejamento do sistema contábil que será utilizado. Esse planejamento
consiste principalmente em determinar a quantidade e o tipo de informações a serem
obtidas, bem como os tipos de ferramentas que serão utilizadas, como computadores ou
outras máquinas eletromecânicas.

Uma vez elaborado o plano de ação, inicia-se o processo de registro cronológico e


sistemático das transações que a empresa realiza, com base nas Normas Internacionais de
Contabilidade (IFRS) que regulam essa atividade.

2) CLASSIFICAÇÃO.
As transações são registradas na ordem cronológica em que são feitas.

No entanto, esse registro, por si só, não fornecerá muitas informações, por isso é necessário
dar o próximo passo que é classificar os fatos de acordo com sua natureza. Trata-se
simplesmente de acumular tais fatos por meio do uso de contas, para que, a qualquer
momento, possam ser obtidas informações como, por exemplo, quanto de dinheiro existe no
banco, quanto foi vendido até aquela data, quanto seus investimentos montaram, quanto foi
gasto, quanto e a quem a empresa deve, etc.

3) RESUMO.
Uma vez classificadas as operações em suas contas correspondentes, dá-se o passo
seguinte, que consiste em agrupá-las de acordo com sua natureza, obtendo-se assim o que
se denomina Demonstrações Contábeis Básicas, que são constituídas por: Demonstração da
Posição Financeira, Demonstração do Resultado Abrangente, Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração dos Fluxos de Caixa, além de suas
Notas Explicativas.

2 Central de Contadores
Introdução à Contabilidade
4) ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO.
Até poucos anos atrás, a função da contabilidade limitava-se a cumprir os aspectos internos
de registro, classificação e síntese. É o que se chama de escrituração contábil. No entanto,
hoje, os objetivos da contabilidade vão muito além do registro monótono e repetitivo das
transações.

Conforme mencionado na Norma Internacional de Contabilidade, nº. 1, no n.º 7, "... O


objetivo das demonstrações financeiras para fins de informação geral é fornecer informações
sobre a posição financeira, desempenho financeiro e fluxos de caixa da entidade que seja útil
para uma ampla variedade de usuários na tomada de suas decisões econômicas..."

As informações assim obtidas são posteriormente submetidas a uma análise, tanto do ponto
de vista estático quanto dinâmico, após o que, os eventos ocorridos na empresa são
interpretados.

5) TOMADA DE DECISÃO.
A atividade de analisar e interpretar as demonstrações contábeis não teria muita utilidade se
tudo permanecesse lá. No entanto, para o empreendedor moderno, as informações que ele
obtém a partir dessa análise e interpretação dos fatos que afetaram a empresa no passado, é
vital para projetá-la no futuro por meio da tomada de decisões.

NORMAS INTERNACIONAIS DE RELATO FINANCEIRO (IFRS).


Finalizamos comentando sobre a importância para um empreendedor ou para qualquer outra
pessoa que possa se interessar por ele, a análise e interpretação das informações que a
contabilidade fornece através dos resumos dos eventos ocorridos. Com base nessas
informações, eles tomarão decisões no futuro.

É vital que as informações apresentadas nas demonstrações contábeis sejam úteis e


confiáveis. Para tanto, é essencial que, durante o processo de registro, classificação e resumo
dos eventos ocorridos, seja aplicada uma série de regras conhecidas como Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), normas que foram adotadas pela Federação dos
Colégios de Contadores Públicos da República Bolivariana da Venezuela. conforme os
Princípios Contábeis Geralmente Aceitos, no Boletim de Aplicação VEN-NIF N.8 (BA VEN-
NIF 8), cuja aplicação proporcionará essa confiabilidade razoável nas informações mostradas
nas demonstrações financeiras.

DIVISÃO DE CONTABILIDADE.
De acordo com quem as informações fornecidas pelas demonstrações contábeis são
direcionadas, a contabilidade pode ser classificada em: Contabilidade Financeira e
Contabilidade Administrativa ou Gerencial.

CONTABILIDADE FINANCEIRA.
É aquele em que as demonstrações financeiras se destinam a fornecer informações úteis na
tomada de decisões econômicas por usuários externos , como fornecedores, bancos, governo,

Central de Contadores 3
Contabilidade
Financeira
etc. Por esta razão, a Contabilidade Financeira deve estar sujeita à aplicação das Normas
Internacionais de Relato Financeiro.

CONTABILIDADE ADMINISTRATIVA OU GERENCIAL.


Esse tipo de contabilidade fornece informações prontas para serem utilizadas por usuários
internos , como administradores, gerentes e outros funcionários que devem tomar decisões
relacionadas à entidade que lideram. Como as informações fornecidas pela Contabilidade
Administrativa serão utilizadas apenas por funcionários internos da empresa, é por isso que,
para esse tipo de contabilidade, não é obrigatório aplicar as Normas Internacionais de Relato
Financeiro.

ÁREAS DE ATUAÇÃO DE UM CONTADOR.


O leque de atividades em que o contador pode exercer a profissão é muito variado. Isso a torna
uma profissão muito atraente. O simples fato de que toda empresa, independentemente de ter
sido constituída como pessoa física ou jurídica, deve necessariamente manter um contador
dentro do grupo de trabalhadores, já é um bom motivo para optar por estudar essa profissão.
Este é um dos que mantém a menor taxa de desemprego.

Além disso, como mencionado acima, o contador pode atuar em diferentes áreas especializadas,
o que significa que muitas vezes existem vários contadores trabalhando na mesma empresa.
Essa característica torna essa profissão ainda mais atrativa. Algumas das áreas em que o
contador pode atuar, são discutidas a seguir:

1) CONTABILIDADE DE CUSTOS.
Essa é uma das áreas em que um contador pode atuar. Eles são contratados especialmente
no setor industrial, onde a atividade principal sempre tem a ver com o processo de
transformação de matéria-prima em produto acabado.

Como todos sabem, na Venezuela terminou a era em que, devido à força da moeda nacional,
qualquer empresa que fosse constituída, poderia ser considerada próspera.

A partir de agora, só conseguirão sobreviver aqueles que atingirem condições de


produtividade máxima com o mínimo custo. A competitividade tem de ser o norte para o qual
as empresas devem se mover.

Por outro lado, os empresários apontam para a contratação de bons contadores


especializados em custos, que são um pilar fundamental no planejamento, coordenação e,
principalmente, no controle dos custos de produção.

2) AUDITORIA.
O campo da auditoria também é uma importante área de atuação que um contador pode
desenvolver, podendo atuar tanto na auditoria externa quanto na interna.

a) Auditoria externa.
É a atividade exercida por um contador de forma independente, que, com base em
padrões, técnicas e procedimentos estabelecidos, consegue coletar evidências que lhe
permitam emitir uma opinião imparcial sobre a razoabilidade dos números apresentados
nas demonstrações contábeis de uma empresa.

4 Central de Contadores
Introdução à Contabilidade
Como dito, o contador é contratado pela empresa para realizar esse trabalho, mas sem
estar sujeito às ordens desta última.

b) Auditoria interna.
Nesse caso, o contador trabalhará de forma dependente da empresa que o contratou.

Sua função é basicamente o controle administrativo e financeiro, medindo e avaliando


outros controles, tais como:

1) Fazer cumprir as políticas e procedimentos estabelecidos pela empresa.

2) Monitorar se tais políticas e procedimentos são suficientemente eficazes para


proteger os ativos da empresa de perdas de qualquer tipo.

3) Revisar a autenticidade e precisão das operações realizadas.

4) Avaliar permanentemente o sistema de controles internos estabelecido, fazendo


recomendações para eliminar eventuais fragilidades encontradas.

5) Informações gerenciais do empresa sobre o resultado de sua


Investigação.

3) SISTEMAS E PROCEDIMENTOS.
Essa área também é um excelente campo de atuação para o contador. Empresas que, em
geral, querem ser bem organizadas, necessitam de um profissional para estabelecer os
sistemas por meio dos quais as operações a serem realizadas serão controladas, bem como
obter os diferentes tipos de informações que são necessárias, tanto para uso interno quanto
externo.

4) IMPOSTO DE RENDA.
Essa é outra especialidade para a qual um profissional contábil pode escolher.

As empresas estão permanentemente exigindo profissionais especializados em imposto de


renda, pois reconhecem que é um bom negócio pagar bons honorários a esse tipo de
profissional, sabendo que, dentro do arcabouço legal estabelecido, eles poderão pagar o
menor valor de imposto possível.

É claro que ter sólidos conhecimentos de direito tributário é essencial para a prática nessa
área.

5) ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.


Já foi mencionado que a etapa mais importante da contabilidade é o momento em que, uma
vez obtidas e reexpressas as demonstrações contábeis a valores correntes, essas
informações são analisadas e interpretadas, cujo resultado será utilizado para a tomada de
decisão.

Analisar as informações e, em seguida, interpretar com precisão seu resultado é tão


importante para uma empresa quanto um teste de laboratório pode ser para uma pessoa.

Central de Contadores 5
Contabilidade
Financeira
Neste caso, o médico, à luz do resultado que o laboratório lhe apresenta da análise feita,
tomará a decisão de aplicar um ou outro medicamento. Se, em determinado momento, o
laboratório fornecer ao médico informações erradas, muito provavelmente o medicamento
aplicado não será o mais indicado e o paciente, longe de melhorar, vai piorar.

O mesmo aconteceria com uma empresa. A administração da Comissão tomará decisões


com base na interpretação das demonstrações financeiras que lhe forem fornecidas.
Portanto, tais informações devem ser precisas para que as decisões que são tomadas,
também sejam precisas.

Nessa área, o contador também é o profissional ideal para exercê-la. Seus sólidos
conhecimentos de contabilidade e técnicas de análise fazem com que isso aconteça.

RELAÇÃO DA CONTABILIDADE COM OUTRAS CIÊNCIAS.


A contabilidade e as informações obtidas a partir dela são essenciais para o bom funcionamento
de outras áreas, como Estatística, Economia, Direito, Engenharia em suas diferentes
especialidades: Financeira, Industrial, Sistemas, Ciência da Computação, etc.

Todos eles são alimentados pelos dados fornecidos pela contabilidade para atingir seus
objetivos. Daí a importância de garantir que o contador seja um profissional bem treinado. Só
assim se atingirá o objetivo de informação contabilística atempada e fiável.

6 Central de Contadores
Introdução à Contabilidade

EXERCÍCIO
S

EXERCÍCIO 1.1.

1 Defina o que é Contabilidade.


.
2. Costuma-se dizer que a contabilidade serve para "registrar" os eventos que ocorrem em uma
entidade econômica. Sendo este um equívoco do que é contabilidade, comente sobre os
objetivos perseguidos ao manter a contabilidade.

3. Mencione brevemente o que são as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS).

4. Liste seis áreas em que um contador pode atuar e explique em que consiste cada uma
delas.

Central de Contadores 7
A Conta

A CONTA.
É a unidade básica da contabilidade. Poderia ser definido como o meio ou instrumento contábil
através do qual as operações são registradas de acordo com sua natureza, onde se reflete o
movimento de tudo o que RECEBEU e tudo o que ENTREGOU aquela conta. Tal
Os movimentos refletirão os aumentos e diminuições experimentados pelo elemento que
controla cada conta.

Certamente, se esta é a primeira vez que você tem contato com essa disciplina, você não terá
entendido muito bem o conteúdo da definição do relato que acabamos de expressar. Se sim,
você não precisa se preocupar muito. Continue lendo devagar. As explicações que serão dadas
nas próximas páginas serão suficientes para que você entenda com absoluta clareza o que é
uma conta e como ela funciona na contabilidade.

FORMA E CONTEÚDO DE UMA CONTA.


As formas pelas quais uma conta pode ser apresentada são muito variadas, dependendo
fundamentalmente do sistema contábil que foi implementado e se os registros estão sendo feitos
manualmente ou computadores estão sendo usados. Em qualquer caso, e em termos gerais,
abaixo está a expressão gráfica de uma conta:

Como pode ser visto, em termos gráficos (Figura 2.1), um talão consiste em uma eclosão na
forma de colunas, cada uma das quais tem um alvo. Vamos explicar abaixo a função que cada
seção de uma conta cumpre.

(1)
NOME
(2) (3) (4)
(5) DEVE (6) TÊM (7) EQUILÍBRIO
DATA DESCRIÇÃO REFER
ÊNCIA

Figura 2.1
Forma de uma conta

Central de Contadores 9
Contabilidade
Financeira
1. NOME DA CONTA.
É a identificação específica que é dada a cada conta, de acordo com a natureza do elemento
patrimonial que controla, com a qual são alcançados dois objetivos:

a) Diferencie algumas contas de outras.


b) Indique a natureza dos elementos que serão afetados pelas operações que serão
registradas em cada um deles.

É algo parecido com o que acontece com as profissões. Cada uma tem seu próprio nome que
permite diferenciar algumas profissões de outras. Por exemplo, quando falamos de médicos,
carpinteiros, contadores, mecânicos, etc., temos claro que todas essas atividades têm o nome
genérico de "profissão". No entanto, quando necessitamos dos serviços de algum deles em
particular, não procuramos um "profissional", mas vamos àquele que trabalha especificamente
na atividade que estamos solicitando, de modo que, se estivermos "doentes", solicitamos um
"médico"; Se precisarmos de um "móvel" contratamos um "carpinteiro", etc.

Bem, algo semelhante acontece com as contas. Todas as contas têm o nome genérico de
"contas".

No entanto, vamos registrar alguma transação, não podemos fazê-lo simplesmente em "uma
conta". É necessário registrá-lo em um deles em particular, de acordo com a natureza do
elemento envolvido na transação a ser registrada.

Em suma, cada conta terá um nome que a diferenciará da restante. Assim,


para
Como exemplo, haverá contas com o nome de:

BANCOS: Essa conta registra a movimentação de dinheiro que é feita através dos bancos.

CONTAS A RECEBER: Por meio do qual serão controladas as dívidas que os clientes
adquiriram com a empresa para as vendas a crédito que lhes foram feitas.

EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE: Ele é usado para registrar e controlar os elementos de


transporte que a empresa compra.

CONTAS A PAGAR: Ele registrará as dívidas que a empresa contrai com terceiros.

E assim por diante. Cada conta terá um nome próprio que a diferenciará das demais, o que
nos permitirá, a qualquer momento, escolher a ideal em que serão registradas as transações
que, por sua natureza, devem ser processadas naquela conta.

2. DATA.
Esta coluna observará a data em que a transação está sendo lançada.

10 Central de Contadores
A Conta

3. DESCRIÇÃO.
De forma mais ampla do que as demais, alguns detalhes da transação serão descritos muito
brevemente nesta coluna.

4. REFERÊNCIA.
Esta coluna, geralmente a mais estreita, é usada para cruzar informações com outros livros
contábeis. Vamos nos aprofundar nisso nos próximos capítulos.

5. DEVER.
Por enquanto, dir-se-á apenas que o débito é a soma de todos os itens que o contador
registrou na coluna encabeçada com aquele conceito, de acordo com as regras que serão
explicadas nas páginas seguintes deste mesmo capítulo.

De acordo com isso, se, por exemplo, o contador teve que anotar nessa coluna três
transações para Bs. 100,oo, Bs. 150,oo e Bs. 200,oo, o débito dessa conta será a soma dos
três; ou seja, Bs. 450,oo.

Vamos ver como essas informações apareceriam em uma determinada conta (Figura 2.2).

NOME
DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRIO

100,oo
150,oo
200,o.·
450,o.o

Figura 2.2
O Dever de uma Conta

6. TER.
Da mesma forma, o crédito é a soma de todos os itens que o contador registrou naquela
coluna, também sujeito às regras que serão discutidas nas próximas páginas deste capítulo.

Se na conta apresentada na figura 2.2, o contabilista tivesse posteriormente de registar duas


rubricas: Bs. 80,oo e Bs. 120,oo, o crédito seria constituído pela soma de tais itens; ou seja,
Bs. 200,oo. Depois disso, a conta em questão seria a mostrada na figura 2.3.

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRIO

Central de Contadores 11
Contabilidade
Financeira
100,oo
150,oo
200,o.·

80,o.·
120,oo
450,o.o 200,o.·

Figura 2.3
O crédito de uma conta

7. EQUILÍBRIO.
É dada pela diferença entre o deve e o ter, ou entre o mosto e o mosto. Ou seja, o valor maior
é subtraído do menor e o resultado será o saldo.

Na conta que estamos elaborando, o saldo será a diferença entre Bs. 450,oo (mosto) e Bs.
200,oo (tem); ou seja, Bs. 250,oo. Depois disso, a conta em questão seria a seguinte (Figura
2.4).

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRIO


100,oo
150,oo
200,o.·
80,o.·
120,oo
450,o.o 200,o.· 250,o.ª

Figura 2.4
O saldo da conta

Como você viu, a eclosão pela qual uma conta é expressa graficamente é simples e fácil de
entender. No entanto, para tornar as explicações mais dinâmicas, a partir de agora, quando
formos explicar algo relacionado à conta, usaremos apenas a parte daquela cotação em que o
débito e o crédito são registrados. Ou seja, usaremos uma conta na forma de um "T". Dito isso,
vamos continuar a explicação relacionada ao conteúdo de uma conta.

CLASSES DE EQUILÍBRIO.
Já sabemos qual é o equilíbrio e como ele é determinado. Vamos complementar esse
conhecimento explicando que as contas podem ter três tipos de saldo: Devedor, Credor e Zero.

a) SALDO DEVEDOR.
Diz-se que uma conta tem um saldo devedor, quando acontece que a dívida é maior que o
crédito. Assim, suponha que em uma determinada conta, o contador tivesse que escrever no
débito Bs.140,oo e Bs. 160,oo, enquanto, a seu crédito, registrou Bs. 80,oo, e Bs. 20,oo.

Como determinaríamos o equilíbrio e que tipo de equilíbrio seria? Vejamos na conta abaixo:

12 Central de Contadores
A Conta

NOME
DEVER TER

140,o.o 80,o.·
160,oo 20,o.·
Dever 300,oo 100,oo Ter

Saldo: 200,oo (Devedor)

Figura 2.5
Saldo de débito

Como você pode ver, o saldo foi calculado estabelecendo a diferença entre o débito e o
crédito: 300,oo - 100,oo = 200,oo.

Em seguida, determina-se que tipo de equilíbrio é. Obviamente, esse saldo acabou sendo um
devedor, já que a dívida é maior que o crédito.

b) SALDO CREDOR.
O saldo de uma conta é dito credor quando acontece que o crédito é maior do que o devido.
Vamos explicar com um exemplo:

Suponha que o contador tivesse que registrar transações no débito de uma conta para Bs.
90,oo e Bs. 110,oo, enquanto no crédito, teve que registrar Bs. 45,oo e Bs. 255,oo. Sendo
assim, a conta em questão ficaria como mostra a figura 2.6.

NOME
DEVER TER
90,oo 45,oo
110,oo 255,oo
Dever 200,o.· 300,oo Ter

Saldo: 100,oo (Credor)

Figura 2.6
Saldo de crédito

Nesse caso, o saldo foi calculado estabelecendo a diferença entre o crédito e o débito: Bs.
300,oo menos Bs. 200,oo.

Note que, nesse caso, o crédito é maior que o devido; por esta razão, o saldo de Bs. 100,oo
é credor.

Central de Contadores 13
Contabilidade
Financeira
c) SALDO ZERO.
Diz-se que o saldo de uma conta é zero, ou que não tem saldo, quando é o caso de que, o
dever, é igual ao ter.
Suponha que o contador registrou as transações mostradas na conta a seguir (Figura 2.7).

NOME
DEVER
TER
60,o.·
20,oo 80,oo
40,oo
Dever 100,oo 100,oo Ter
Saldo: Zero

Figura 2.7
Saldo zero

Como você pode ver, a soma do deve é igual à soma do crédito. Por esse motivo, a diferença
entre os dois totais é zero.

Resumindo:
Se o MUST É maior que o TEM: o equilíbrio DEVEDOR
Se o HABER É maior que DEVER: éo CREDOR
Se o MUST É O mesmo o TER: equilíbrio é ZERO
MÉTODO PRÁTICO que PARA CARREGARoOU CREDITAR UMA CONTA.
equilíbrio
Antes de iniciar o desenvolvimento deste tema tão importante, é essencial que façamos uma
breve observação:
Ao longo de várias décadas dedicadas à formação de profissionais contábeis, vimos inúmeros
alunos chegarem ao Centro de Contadores que, embora já cursassem Contabilidade Pública em
diferentes Instituições Universitárias, estavam interessados em recomeçar os estudos da
disciplina Contabilidade.

É claro que, quando conhecem tal situação, são questionados sobre os motivos que os levam a
tomar tal decisão, e a resposta, praticamente, é uma constante: "Não consegui aprovar a
Contabilidade I, pois não consegui entender o processo de Encargos e Créditos".

Além disso, muitos deles alegaram que estão prestes a abandonar a ideia de estudar Ciências
Contábeis, pois esse processo parece muito "emaranhado". Foi assim que eles se expressaram.
Após o estudo dos diferentes casos, concluímos que o problema estava na utilização de uma
estratégia de ensino, não condizente com o nível de formação que os estudantes de
contabilidade têm na época.

Um aluno que mal ouviu a definição do que é contabilidade, não pode, de uma só vez, expor a
teoria da cobrança e do crédito, como costuma ser feito em muitas Instituições de Ensino
Superior, onde os alunos são apresentados desta forma:

"É cobrado se a conta estiver Ativa ou Despesas e aumenta o saldo . Também é cobrado se a

14 Central de Contadores
A Conta

conta for Passivo, Resultado ou Patrimônio Líquido e diminuir o saldo.

É pago se a conta for de Ativos ou Despesas e diminuir o saldo, ou se for de Passivo, Resultado
ou Patrimônio Líquido e aumentar o saldo.

Esses alunos também encontram dificuldades para compreender a teoria da cobrança e do


crédito, quando ela é apresentada da seguinte forma:

"As contas de Ativos e Despesas aumentam pelo Dever e diminuem pelo Crédito.

As contas de Passivo, Patrimônio Líquido e Resultado diminuem pelo Dever e aumentam pelo
Crédito".

Concordamos plenamente que essa forma de apresentar a teoria da cobrança e do crédito é


perfeitamente clara para quem já possui alguma informação no mundo da contabilidade. No
entanto, está comprovado que, para um aluno que está iniciando seus estudos contábeis, esses
caminhos são confusos.

No Centro de Contadores aplicamos um procedimento através do qual, o aluno, domina


rapidamente tudo relacionado a Carga ou Crédito em uma conta, independentemente de sua
contraparte.

Quando esse objetivo é alcançado, esse aluno não encontra dificuldade quando o assunto
"contabilidade por partidas dobradas" é abordado posteriormente.

Portanto, vamos nos afastar um pouco das formas ortodoxas geralmente usadas para explicar a
"cobrança" e o "crédito". Em vez disso, usaremos uma metodologia simples que permitirá que o
aluno seja convencido de que esse processo é algo muito simples. Sugerimos que os colegas
professores universitários coloquem essa estratégia em prática. Se você fizer isso, verá com
satisfação que, em poucas horas de aula, seus alunos terão entendido claramente esse processo
tão importante de aprender o cargo e a inscrição. Você também notará que, quando estudamos o
tema da "dupla entrada" mais profundamente, os alunos o compreenderão com muita facilidade.
Então, vamos ao que interessa.

QUANDO COBRAR E QUANDO PAGAR UMA CONTA.


Como será lembrado, quando nas páginas anteriores foram explicados os conceitos de dever e
ter de uma conta, dizia-se que "é a soma de todos os itens que o contador anota na coluna
encabeçada por tais conceitos".

Certamente, os alunos entenderam essa definição como elementar e estão certos. Bem, dizer
que o "dever" é o que está escrito no "dever" é redundante. O que é realmente importante é
determinar "quando" o valor é inserido no mosto e "quando" é registrado no crédito. De

Explique que trataremos a seguir Linhas. Para isso, contaremos com


permanentemente no diagrama apresentado na figura 2.8.

Como você pode ver no diagrama mostrado na Figura 2.8, quando você precisa registrar uma

Central de Contadores 15
Contabilidade
Financeira
transação, você deve executar as seguintes etapas:

1. SELEÇÃO DA CONTA CORRESPONDENTE.


Quando você vai lançar uma transação, a primeira coisa a fazer é determinar em qual conta a
entrada será feita, o que dependerá da natureza da transação a ser registrada.

Para alcançar o objetivo que perseguimos nesta seção do curso, desenvolveremos um caso
hipotético e, com base nele, explicaremos a teoria de como fazer registros, com o
esclarecimento para quem já tem conhecimento de contabilidade, que não utilizaremos, Por
enquanto, a teoria do jogo duplo. Limitar-nos-emos a registar-nos apenas numa das contas
envolvidas na transação. Ou seja, só vamos determinar se cobramos ou creditamos a conta
em que estamos dando a explicação.

Para isso pensamos que, a qualquer momento, temos que registrar uma série de transações
em que a conta BANCÁRIA intervém. Como adiantamento para os próximos tópicos, é
necessário aqui saber que a conta Bancos é usada para controlar o dinheiro que depositamos
ou que extraímos das contas que temos nessas instituições financeiras. Nossa primeira
prática de cobranças e créditos será feita, portanto, utilizando a conta BANCÁRIA.

2. DETERMINAR SE A TRANSAÇÃO ESTÁ REGISTRADA NO DÉBITO OU CRÉDITO.


Depois de escolher em qual conta a transação será lançada, damos o próximo passo para
determinar se a lançaremos nos débitos ou créditos. Para fazer isso, recomendamos usar o
esquema mostrado na Figura 2.8.

Antes de mais nada, vamos nos fazer a pergunta:

Sua conta escolhida RECEBE ALGUMA COISA?

Se a resposta for SIM: A transação é registrada no MUST

Se a resposta for NÃO: Faça a seguinte pergunta a si mesmo:

A conta escolhida ENTREGA ALGUMA COISA?

Se a resposta for SIM: A transação é registrada no CRÉDITO

Se a resposta for NÃO: A conta escolhida não é a correta.

(
Consta no MUST
- Se CARGA
SIM Se DEBITADO-

Faça a si mesmo a
pergunta que
VOCÊ RECEBE
ALGUMA COISA? NÃO -

16 Central de Contadores
A Conta
Continue abaixo -
A CONTA
SELECIONADA f Observa-se no HABER
Se PAGAR
Se CREDITADO
SIM
-
A conta selecionada
VOCÊ ENTREGA
ALGUMA COISA? • NÃO
- não é o certo

Figura 2.8
Quando carregar ou creditar uma conta

Com relação a este último, isso porque, se a conta escolhida tiver sido adequada, sempre será o
caso de que essa conta, ou receba ou entregue algo.
Vamos colocar essa teoria em prática, desenvolvendo alguns casos.

Transação (a) Suponha um depósito de Bs. 500,oo no Banco Venezuela.


Quando a cópia do formulário de depósito é recebida, o contador toma uma série de medidas
para proceder com o registro daquela transação:

PASSO 1: Determine o "nome da conta" em que o cadastro será feito.

Ao analisar a transação, você concluirá que, no caso de dinheiro depositado em um banco, o


nome da conta a ser utilizada seria: BANCOS (Figura 2.9).

BANCOS
DEVER TER

Figura 2.9

PASSO 2: Determine se a transação será registrada nos débitos ou créditos.

Vamos continuar usando o diagrama na Figura 2.8. Vamos fazer a primeira pergunta:

Central de Contadores 17
Contabilidade
Financeira
O BANCO RECEBE ALGUMA COISA?

A resposta, obviamente, é SIM. O banco está recebendo o dinheiro que estamos depositando.

Por esse motivo, o registro do depósito será feito no DEBE. Ou seja, vamos cobrar ou debitar a
conta BANCÁRIA. (Figura 2.10).

BANCOS
DEVE TER
R
500,oo

Figura 2.10

Transação (b) Um cheque foi emitido para o Banco Venezuela para cancelar o recebimento do
telefone por Bs. 100,oo.

Vejamos como o contador age nesse caso:

PASSO 1: Determine a conta na qual o cadastro será feito.

Trata-se de uma transação em que o dinheiro é retirado do banco. Portanto, é óbvio que a conta
escolhida será: BANCOS.

PASSO 2: Determine se a conta bancária é cobrada ou creditada.

Para fazer isso, vamos seguir o esquema na Figura 2.8.

O banco RECEBE ALGUMA COISA?

A resposta é NÃO; É a emissão de um cheque, pelo qual eles vão extrair parte do dinheiro que
temos no banco. Então, vamos fazer a seguinte pergunta:

O banco ENTREGA ALGUMA COISA?

A resposta é SIM. Por este motivo, a inscrição será feita no CRÉDITO. Ou seja, a conta bancária
é creditada ou creditada. (Figura 2.11).

BANCOS
DEVE TER
R 500,oo
100,oo

Figura 2.11

18 Central de Contadores
A Conta

Transação (c) Um novo depósito foi feito para Bs. 700,oo no Banco Venezuela.

PASSO 1: Qual conta utilizaremos?

Obviamente a conta em que vamos cadastrar será BANCOS.

PASSO 2: Vamos cobrar ou creditar a conta bancária?

Vamos fazer as perguntas no diagrama na Figura 2.8:

O banco RECEBE ALGUMA COISA?

Resposta: SIM. É um depósito de dinheiro. Sendo assim, vamos anotá-lo no MUST. (Figura 2.12).

BANCOS
DEVE TER
R
500,oo
100,oo
700,oo
Figura 2.12

Transação (d) Emitimos um novo cheque para Bs. 200,oo contra o Banco Venezuela para
cancelar uma fatura que devidamos.

1º PASSO: O nome da conta é BANKS.


PASSO 2: O banco RECEBEU ALGUMA COISA?
Resposta: NÃO.

O banco ENTREGOU ALGUMA COISA?


Resposta: SIM. Entregou dinheiro. Portanto, a operação será registrada no crédito ( Figura 2.13).

BANCOS
DEVE TER
R500,oo 100,oo

700,oo 200,o.·

Figura 2.13

Já reparou como é fácil gerir uma conta? Temos certeza de que você entendeu isso. No entanto,
desenvolveremos um caso adicional usando outra conta.

Registraremos uma série de transações nas quais a conta CONTAS A PAGAR A

Central de Contadores 19
Contabilidade
Financeira
FORNECEDORES intervirá. Para isso, é preciso antecipar que usamos essa conta para controlar
as dívidas que a empresa contraiu com seus fornecedores de bens e serviços, aceitando "notas
fiscais". Vamos desenvolver um exemplo:

Transação (a) A empresa comprava mercadorias a crédito para Bs. 1.000,oo. Nota Fiscal nº.
2342 com vencimento em 60 dias.

PASSO 1: Determine a conta na qual o cadastro será feito.

Vamos analisar a transação. É a compra de mercadoria a crédito, o que significa que contraímos
uma dívida. Devemos uma quantia de dinheiro a alguém. Temos uma conta a pagar. A conta que
utilizaremos para controlar essa dívida será chamada: CONTAS A PAGAR A FORNECEDORES.
(Figura 2.14).

CONTAS A PAGAR
AOS FORNECEDORES
DEVER TER

Figura 2.14

PASSO 2: Determine se a transação será registrada no débito ou no crédito.

Façamos isso seguindo também o diagrama da Figura 2.8.

Contas a Pagar a Fornecedores RECEBE ALGUMA COISA? Ou seja, a empresa está


recebendo, já cancelada, alguma fatura que teve que pagar?

A resposta é obviamente NÃO, porque não é que estamos pagando uma dívida que tínhamos,
mas que estamos contraindo uma nova dívida.

Já que a resposta é NÃO, vamos nos fazer a seguinte pergunta:

Contas a Pagar a Fornecedores ENTREGA ALGUMA COISA? A resposta é: SIM

É claro que, em troca de termos recebido a mercadoria comprada, tivemos que entregar ao
fornecedor sua fatura assinada como prova de que concordamos em pagar-lhe, no prazo de 60
dias, o valor estipulado nela. Por isso, estamos entregando uma CONTA A PAGAR AOS
FORNECEDORES nas mãos do fornecedor, que nos cobrará quando devido.

Portanto, a transação será registrada no CRÉDITO. (Figura 2.15).

CONTAS A PAGAR
AOS FORNECEDORES
DEVER TER

20 Central de Contadores
A Conta

1.000,oo

Figura 2.15

Transação (b) Decorrido o prazo de 60 dias, o fornecedor apresenta-se para cobrar a fatura nº
2342 de Bs. 1.000,oo, que foi pago com um cheque sacado em nossa conta
do Banco Venezuela.

PASSO 1: A conta na qual a transação será lançada é determinada.

Como é o cancelamento de uma fatura que tivemos que pagar, a conta onde vamos cadastrar
será: CONTAS A PAGAR A FORNECEDORES.

PASSO 2: Determinar se o registamos no débito ou no crédito.

Para isso, vamos fazer a primeira pergunta:

Contas a Pagar a Fornecedores RECEBE ALGUMA COISA?

Ou seja, estamos recebendo alguma fatura que tivemos que pagar? A resposta é SIM. Nota
Fiscal nº. 2342 que havíamos entregue anteriormente quando aceitamos a dívida, agora estamos
recebendo com a assinatura de " Cancelado" carimbada pelo fornecedor. Ou seja, estamos
recebendo uma conta a pagar já cancelada. Portanto, o cadastro será feito no mosto (Figura
2.16).

CONTAS A PAGAR
AOS FORNECEDORES
DEVER TER
1.000,oo
1.000,oo

Figura 2.16

Não é muito fácil? É claro. No entanto, seu professor em sala de aula desenvolverá mais casos,
com base em transações nas quais outras contas intervirão, sempre se baseando neste
postulado:

A conta que você RECEBE: Cobrada ou debitada

A conta que ENTREGA: É CREDITADA ou CREDITADA.


Último. Lembra da definição do que é uma conta? Seja qual for a resposta, vá para o início deste
tópico e leia-o com atenção.

Você notará que lá definimos uma CONTA como " a unidade básica da contabilidade", uma
vez que todas as transações serão registradas em "alguma conta". Também dissemos que eles
gravam "tudo o que RECEBE e tudo o que ENTREGA essa conta". É o que temos feito nas
páginas anteriores.

Central de Contadores 21
Contabilidade
Financeira
Vejamos novamente as contas que usamos (Figura 2.17).

CONTAS A PAGAR
BANCOS AOS FORNECEDORES

DEVER TER DEVER TER


" 500, oo 1.000,oo
>
100,oo • Entrega 1.000,oo Entregue
Recebida<
700,oo s
200,oo J
Recebido •
1.200, oo 300,oo 1.000,oo 1.000,oo
Figura 2.17

Observe como é sempre verdade que, o DEVE, é a soma de tudo o que a conta RECEBE,
enquanto , o CRÉDITO, é a soma de tudo o que ENTREGA.

O EQUILÍBRIO: SUA DETERMINAÇÃO DE FORMA CONTÍNUA.


Nas páginas anteriores discutimos de forma genérica, como determinar o saldo de uma conta em
determinado momento. No entanto, vamos nos aprofundar um pouco mais e discutir o
procedimento para determinar o saldo de uma conta de forma contínua. A este respeito, podem
surgir os seguintes casos:

PRIMEIRO CASO: O saldo anterior é DEVEDOR e a conta está recebendo um débito ou


COBRANÇA.

Nesse caso, o saldo devedor anterior é somado com o novo débito e, o saldo resultante,
permanecerá de sinal de débito.

SEGUNDO CASO: O saldo anterior é DEVEDOR e a conta está sendo CREDITADA ou


CREDITADA.
Quando essa situação surgir agiremos assim: o saldo anterior é subtraído do valor pago e, o novo
saldo, ficará com o sinal que tem o maior dos dois.
TERCEIRO CASO: O saldo anterior é CREDITOR e a conta recebe um débito.

22 Central de Contadores
A Conta

Se esse for o caso, a diferença entre o saldo anterior e o novo débito é estabelecida e o sinal do
novo saldo será aquele que teve o maior dos dois.

QUARTO CASO: O saldo anterior é CREDITOR e a conta possui CRÉDITO.

Nesse caso, o saldo anterior é somado com o novo crédito, e o sinal de saldo permanecerá
credor.

Resumindo:

Se o saldo E a conta é Operação


O saldo resultante será assinado:
acima for: feita a: aritmética:
DEVEDOR DEBITAR SOMA = DEVEDOR
DEVEDOR CRÉDITO SUBTRAIR = Aquele com o maior dos dois
CREDOR DEBITAR SUBTRAIR = Aquele com o maior dos dois
CREDOR CRÉDITO SOMA = CREDOR
Figura 2.18

Como regra prática, para relembrar o procedimento na determinação do equilíbrio constante,


poderíamos acrescentar que:

a) Os itens "Sinal de igual" são somados e o sinal do novo saldo permanece o mesmo.

b) Itens de " signos diferentes" são subtraídos e o sinal do novo saldo será aquele com o
Jogo importante.

Vamos aprofundar o que foi explicado acima, desenvolvendo um estudo de caso.

Exemplo:

Suponha que as seguintes transações foram registradas na conta XYZ na mesma ordem
mostrada:
a) Um débito para: b) Um débito para: c) Um crédito para:
200,oo d ) Um crédito 300,oo e) Um débito para: 100,oo f ) Um crédito
para: 700,oo g ) Um 160,oo para: 200,oo i ) Um débito
débito para: 600,oo j) Um h ) Um crédito para: para: 110,oo l) Um débito
débito para: 630,oo 400,oo k) Um crédito para: 800,oo
Se esse fosse o caso, o saldo da conta XYZ mostraria o comportamento mostrado na Figura
2.19.

Central de Contadores 23
Contabilidade
Financeira
CONTA XYZ
DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍB SINAL
RIO
a) 200,o.· 200,o. Dr Devedor
b) 300,oo · 500,o Dr Devedor
c) 100,oo o 400,o Dr Devedor
d) 700,oo o 300,o Cr Credor
e) 160,oo o 140,o. Cr Credor
f) 200,o.· o 340,o. Cr Credor
g) 600,oo o 260,o. Dr Devedor
h) 400,oo o 140,o. Cr Credor
i) 110,o.· o 30,o.· Cr Credor
j) 630,o.ª 600,o Dr Devedor
k) 280,o.ª o 320,o. Dr Devedor
l) 800,oo br 1.120, oo Dr Devedor

Figura 2.19

Convidamos o aluno, com base no diagrama da Figura 2.18, a analisar como o saldo foi
determinado em cada operação registrada na conta mostrada na Figura 2.19. No entanto,
qualquer dúvida deve ser feita quando você chegar na aula.

24 Central de Contadores
A Conta

EXERCÍCIO
S
EXERCÍCIO 2.1.
1 Defina o que é uma conta.
.
2. As informações fornecidas por uma conta referem-se principalmente a:
a) Nome da conta. b) Data c) Descrição f)
d) Referência e) Deve
g) Saldo

Explique cada um dos conceitos mencionados.


3. Definir:

a) Saldo b) Saldo de c) Saldo zero


devedor crédito
4. Explique quando cobrar e quando creditar uma conta.

5. Em uma conta em forma de T:

a) Faça as cobranças ou créditos apropriados para registrar a movimentação de


dinheiro na conta CAJA.

b) Determine o saldo da conta e diga se você é devedor ou credor. Explique porquê.

1. Mercadorias em dinheiro foram vendidas para Bs. 5.000,oo.

2. A conta telefônica foi paga por Bs. 1.200,oo.

3. Uma fatura de Bs. 2.600,oo devidos por um cliente.

4. Se pagó Bs. 400,oo para reparo de uma máquina de escrever.

5. Mercadorias em dinheiro foram vendidas para Bs. 10.000,oo.

6. Do dinheiro em caixa, foi depositado no banco Bs. 4.000,oo.

7. Se pagó Bs. 2.000.oo para salários.

8. Uma fatura foi paga a um fornecedor para Bs. 1.000,oo.

9. Uma letra de câmbio devida por um cliente foi cobrada por Bs. 8.000,oo.

10. Foi depositado no Banco Bs. 5.000,oo.

Central de Contadores 25
Contabilidade
Financeira
EXERCÍCIO 2.2.
Em uma conta semelhante à mostrada abaixo, registre os encargos e créditos que são
indicados, estabelecendo o saldo constante e indicando seu sinal:

1) Cobrar por Bs. 2.000,oo 2) Cobrança por Bs. 3) Pagamento para Bs.
4) Cobrar por Bs. 3.000, oo 1.000,oo 1.500, oo
7) Pagamento para Bs. 5) Pagamento para Bs. 6) Pagamento para Bs.
1.600,o.o 6.000,oo
500,oo 10) Cobrança por Bs.
8) Cobrar por Bs. 1.200, oo 9) Pagamento para Bs.
8.000,oo
11) Pagamento para Bs. 700,oo
13) Pagamento para

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRIO


EXERCÍCIO 2.3.
As operações abaixo mencionadas foram realizadas pela empresa EL ARCO, C.A. Com base
nisso, registre aqueles que afetam a conta BANCÁRIA em uma cotação semelhante à
mostrada abaixo:

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRIO

3 de janeiro. Foi depositado no Banco Venezuela Bs. 12.000.oo de acordo com a folha de
pagamento de 1928.

5 de janeiro. Mercadorias em dinheiro foram compradas para Bs. 3.000.oo pagos pelo cheque
nº 2142 do Banco Venezuela.

8 de janeiro. Se depositó Bs. 10.000,oo. Folha de pagamento 1930.

8 de janeiro. O cheque nº 2143 foi emitido para cancelar o aluguel para Bs. 6.000,oo.

10 de janeiro. A nota de débito nº 3240 foi recebida do banco para Bs. 400.oo para os juros
cobrados em um empréstimo.

11 de janeiro. A factura 4260 foi paga ao fornecedor Industrias El Águila C.A. por Bs.
5.600,oo. Cheque nº 2144.

26 Central de Contadores
A Conta
15 de janeiro. O depósito nº 1936 foi feito para Bs.15.620,oo.

20 de janeiro. A nota de crédito nº 3290 foi recebida do banco para Bs. 9.400,oo para
transferência feita pelo cliente Antonio Armas em cancelamento da fatura 2940.

25 de janeiro. O cheque nº 2145 foi emitido para Bs. 6.700,oo para cancelar a fatura 162 de
Mueblería El Roble em cancelamento de uma mesa comprada.

30 de janeiro. Os salários dos trabalhadores eram pagos por Bs. 12.360,oo, mediante
emissão do cheque nº 2146.

EXERCÍCIO 2.4.
Na conta a receber a Proveedora Mara C.A. Registre as operações que são indicadas usando
a conta de eclosão mostrada abaixo:

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRIO

4 de maio. A mercadoria era vendida a crédito para Bs. 5.000,oo. Nota fiscal de 2192 a 10
dias.

6 de maio. A mercadoria era vendida a crédito para Bs. 8.000,oo. Nota fiscal 2198.
Condições:
Crédito de 20 dias.

8 de maio. O cliente devolveu parte da mercadoria vendida no dia 6 de maio porque estava
Defeituoso. Uma nota de crédito nº 16 foi emitida para Bs. 1.200,oo.

14 de maio. Foi recolhida a nota fiscal 2192 e emitido o recibo nº 204.

15 de maio. A mercadoria era vendida por Bs. 12.400,oo conforme nota fiscal 2210 com
crédito a 10 dias.

20 de maio. O cliente propôs cancelar a fatura 2198 ainda não vencida, com a condição de
que
Conceda-lhe um desconto à vista de 2%. A operação foi aceita e o recibo nº 220
foi emitido.

22 de maio. A mercadoria era vendida a crédito para Bs. 9.000,oo conforme nota fiscal nº

Central de Contadores 27
Contabilidade
Financeira
2231 a 30 dias.

26 de maio. O cliente solicitou uma prorrogação de 20 dias para pagar a fatura 2210 com
vencimento em 25 de maio. Essa prorrogação foi concedida, mas condicionada
ao pagamento de juros de 30% ao ano enquanto durar a prorrogação. A nota de
débito nº 84 referente ao valor dos juros foi registrada em sua conta.

28 Central de Contadores
A equação patrimonial

A EQUAÇÃO PATRIMONIAL.
Antes de iniciarmos o desenvolvimento deste importantíssimo tema, consideramos necessário nos
referirmos à norma conhecida como Dualidade Econômica, que está intimamente relacionada à
dinâmica da Equação Patrimonial. Essa regra refere-se, basicamente, à diferença que deve
existir entre o Ativo, representado pelos recursos disponíveis à empresa para realizar as
atividades, e as fontes de onde provêm tais recursos, representados pelo Passivo e Patrimônio
Líquido.

Decorre desta regra que cada entidade económica deve ser concebida como uma entidade
diferente das pessoas que lhe fornecem os recursos económicos para operar. Ou seja, a empresa
tem personalidade jurídica diferente da de seus credores e proprietários.

Além disso, isso também é estabelecido pelo Código Comercial quando no Ordinal 4° do artigo
201, afirma:

"... As sociedades são pessoas jurídicas diferentes das dos sócios... "

Sendo assim, devemos aceitar que uma coisa é a empresa e outra são os sócios e credores.
Portanto, deve sempre ser cumprido que:

Todos os recursos que uma empresa recebeu de alguém e, portanto, deve a esse "alguém".

Lembre-se também que:

ATIVO:
É o conjunto de recursos controlados por uma entidade em decorrência de eventos passados, a
partir dos quais a entidade espera obter, no futuro, benefícios econômicos.

PASSIVO:
É o conjunto de obrigações presentes de uma entidade, decorrentes de eventos passados, em
cujo vencimento, e ao cancelá-la, a entidade espera se desfazer de recursos que impliquem
benefícios econômicos. Tais obrigações foram contraídas com terceiros, que não os proprietários
da entidade.

PATRIMÓNIO:
É a participação residual no ativo da entidade que fica para os proprietários, após a dedução de
todos os seus passivos.

A partir dos conceitos acima, podemos então inferir que:

Central de Contadores 29
Contabilidade
Financeira
Sempre
O QUE A EMPRESA TEM É IGUAL AO QUE A EMPRESA DEVE

PASIVO
ParaCTIVO = +
PATRIMÔNIO
Figura 3.1

O que se quer dizer na Figura 3.1 é que, com base na regra da " Dualidade Econômica", é
verdade que a empresa tem uma "personalidade jurídica" diferente dos proprietários. No entanto,
uma empresa é um pouco inerte. Por si só, não é capaz de criar os recursos necessários para
operar. Você precisa obtê-los de outras pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas.

Daí chegamos à seguinte conclusão:

"Todos os recursos que a empresa obtém, que compõem o seu Ativo, ela deve a alguém. A parte
que deve a pessoas que não são seus donos, chama-se Passivo , enquanto, a parte que deve aos
seus proprietários, é conhecida como Patrimônio".

Portanto, deve sempre ser cumprido que:

ParaCTIVO =P ASIVO + PATRIMÔNIO


É o que se chama equação patrimonial, equação patrimonial ou equação contábil básica.

Esse conceito é de tamanha importância, pois toda a dinâmica da contabilidade de qualquer


empresa é baseada nele.

É claro que, no caso de uma equação, qualquer um de seus termos pode ser limpo.

Se assumirmos que: Ativo = A, Passivo = P e Patrimônio Líquido = P', na Equação da Equidade


deve-se cumprir que:

A = P + P'
Se quisermos saber o passivo, limpamos P e teríamos:

P = A - P'
Se você quiser conhecer o patrimônio, nós limpamos P':

P' = A - P

30 Central de Contadores
A equação patrimonial

A equação patrimonial, como equação, afinal, permanecerá sempre em equilíbrio. Ou seja, os


valores que aparecem no primeiro sócio, serão sempre iguais à soma daqueles que o segundo
tiver, independentemente do valor ou natureza das transações que a empresa tenha feito.

Vamos demonstrá-lo com um caso prático, para o qual, antes, mencionaremos os nomes de
alguns relatos e seu significado, no qual nos basearemos para desenvolvê-lo:

CONTAS PATRIMONIAIS:
Eles representam recursos controlados pela empresa. Exemplos disso podem ser os seguintes:

• CAIXA.
Ele é usado para controlar o caixa que, fisicamente, está na empresa.
• BANCOS.
Por meio dessa conta, o dinheiro que a empresa depositou nos bancos é controlado.
• RECEBÍVEIS
Essa conta é usada para controlar as dívidas que a empresa tem a receber, lastreadas na
aceitação de letras de câmbio ou outros documentos comerciais garantidos.
• INVENTÁRIOS.
Controla os recursos adquiridos ou manufaturados que a empresa tenha destinado à
venda ou a serem utilizados na fabricação de outros produtos.
• MOBILIÁRIO.
Essa conta registra os móveis que serão utilizados nas operações ordinárias da empresa.

CONTAS DE PASSIVO:
Como já mencionamos, eles representam obrigações para com pessoas, físicas ou jurídicas, que
não os proprietários. Como exemplo, pode-se citar:

• EFEITOS DEVIDOS.
Controla as obrigações ou dívidas contraídas pela empresa, lastreadas na aceitação de
letras de câmbio ou outros documentos comerciais garantidos.
• CONTAS A PAGAR.
Ele é usado para controlar as obrigações que a empresa tem, suportado pela aceitação de
notas fiscais.
• IMPOSTOS DEVIDOS.
As obrigações que a empresa possuir, originadas por impostos, serão registradas nesta
conta.

CONTAS PATRIMONIAIS.
Eles representam obrigações que a empresa tem com seus proprietários. Em outras palavras, as
contas patrimoniais representam os direitos que os donos da empresa têm sobre ela. Vamos
mencionar algumas dessas contas:

• CAPITAL.
Fica registrado nessa conta, a contribuição inicial que os donos da empresa fazem para
que, com esses recursos, ela inicie as operações para as quais foi constituída.
• RECEITA.
O lucro é composto por um conjunto de contas que indicam que a empresa realizou
operações nas quais, em princípio, obteve lucro, tais como: Vendas, Aluguéis Ganhos,
Juros Ganhos etc.

Central de Contadores 31
Contabilidade
Financeira
• DESPESAS.
Ao contrário, os gastos são constituídos por um conjunto de contas que indicam que a
empresa realizou operações que representam despesas ou prejuízos. Por exemplo:
Compras de Mercadorias, Despesas Salariais, Despesas de Aluguel, etc.
• UTILITÁRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS.
O lucro obtido com as operações realizadas que ainda não foi distribuído entre os
proprietários da empresa é registrado nessa conta. É determinado pela diferença de
Receitas menos Despesas. Se a Receita foi maior que a Despesas, houve ganho.
• PERDAS ACUMULADAS.
Caso as Despesas tenham sido maiores que as Receitas, diz-se que houve um Prejuízo,
que será controlado através desta conta.
• RESERVAS.
Representa a parte dos Lucros que não pode ser distribuída entre os proprietários porque
a Lei o impede ou por decisão própria.

Dito isso, vamos desenvolver um estudo de caso:

Srs. P. Pérez e J. Juárez decidiu criar uma empresa que se dedicará à compra e venda de
aparelhos elétricos. Após a realização de todos os trâmites legais, foram realizadas as seguintes
operações:

Operação nº 1
Em 02-01-2012, para iniciar as operações e assim constituir o capital, o Sr. Pérez e o Sr. Juárez
contribuíram com Bs. 50.000,oo cada em dinheiro que eles depositaram no Banco Venezuela em
nome da empresa.

Se analisarmos a operação, observaremos que:

a) A empresa recebeu recursos iniciais para Bs. 100.000,oo em dinheiro que são depositados no
banco. Portanto, a conta que controla esse bem será a dos Bancos. Uma vez que esse
montante é propriedade da empresa, a conta bancária com o respectivo saldo aparecerá no
lado do activo da equação do capital próprio mostrada na figura 3.2.

b) Por outro lado, aqueles Bs. 100.000, o.o que a empresa "tem" no banco, "deve" aos seus
donos, já que foram eles que contribuíram com esse dinheiro para

32 Central de Contadores
A equação patrimonial

c) formar o capital inicial da empresa. Por essa razão, a conta Capital também aparecerá na
equação patrimonial, mas como parte da seção Patrimônio Líquido, porque o capital é uma conta
que indica que a empresa "deve" aos seus proprietários. Ver figura 3.2.

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÓNIO


CONTA Bs. CONTA Bs. CONTA Bs.

Bancos 100.000,oo Capital 100.000,oo


100.000,o
ATIVO PASSIVO -0- PATRIMÓNIO 100.000,oo
o
Figura 3.2
Operação nº 2
Ele comprou móveis para serem usados nos escritórios por uma quantidade de Bs. 10.000,oo, que
foram pagos com cheque.

Como você pode ver, a empresa comprou móveis em dinheiro emitindo um cheque. Nesse caso, a
equação da equivalência patrimonial também é afetada porque:

1) A empresa comprou móveis, então ela é dona daquele ativo que representa um ativo.

A conta que controla os móveis de propriedade de uma empresa chama-se Móveis. Portanto,
observe na Figura 3.3 que essa conta aparece no lado do ativo e como a Equação de
Equivalência Patrimonial foi modificada.

2) Um cheque foi emitido para cancelar o mobiliário Comprado. Isso significa que o
dinheiro que a empresa tinha no banco diminuiu em Bs. 10.000,oo. Com certeza, veja a Figura
4.3. O equilíbrio que teve o banco abaixo de Bs. 100.000,oo para Bs.
90.000,oo e, em suma, ainda se cumpre que: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido.

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÓNIO


CONTA Bs. CONTA Bs. CONTA Bs.

Bancos 90.000,oo Capital 100.000,oo


Mobiliário 10.000,o.br
ATIVO 100.000,oo PASSIVO -0- PATRIMÓNIO 100.000,oo
Figura 3.3.
Operação nº 3
A mercadoria foi comprada da seguinte forma:
10 máquinas de lavar roupa para 30.000,oo
Bs. 3.000,oo cada 20.000,oo
20 polidores para Bs. 1.000,oo
cada 50.000,o.
o.
Custo da mercadoria

Central de Contadores 33
Contabilidade
Financeira
Foram aceitas 5 letras de câmbio de Bs. 10.000,oo cada, a serem pagos em diferentes
vencimentos.

Vejamos como essa transação afeta a Equação do Patrimônio Líquido:

Note que, neste caso, também existem duas situações:

1) A mercadoria foi comprada e, portanto, passa a ser propriedade da empresa. Ou seja, tem um
novo ativo em bens para Bs. 50.000.oo. Portanto, tal mercadoria deve constar na Equação do
Patrimônio Líquido do lado do Ativo. Ver figura 3.4.

2) Em troca de ter recebido mercadoria, a empresa contrai uma dívida para Bs. 50.000,oo ao
aceitar letras de câmbio. Ou seja, aceitou alguns efeitos a serem pagos que, obviamente,
representam um passivo para a empresa.

Analise a Figura 3.4 e observe que essa dívida aparece na seção Passivos porque é devida a
outras pessoas que não seus proprietários. As demais contas permanecem no mesmo
estado.

ATIVO PASSIVO + PATRIMÓNIO


CONTA Bs.
Bancos 90.000,oo
Mobiliário 10.000,o.br
Mercadorias 50.000,o.o.
ATIVO 150.000,o.br

CONTA Bs.

Efeitos a pagar 50.000,o.


o.

PASSIVO 50.000,o.o.

CONTA Bs.

Capital 100.000,oo

PATRIMÓNIO 100.000,oo

34 Central de Contadores

Figura 3.4
A equação patrimonial

Operação nº 4

Uma letra de câmbio foi cancelada para Bs. 10.000.oo dos aceitos na operação nº 3, mediante
emissão de cheque.

Aqui também encontramos duas situações:

a) Após o pagamento da dívida, o credor nos devolve, devidamente cancelada, uma das
cartas devidas pela empresa por Bs.10.000.oo. Portanto, os efeitos não são mais devidos
para Bs. 50.000,oo mas para Bs. 40.000.oo.

b) O referido efeito a pagar foi cancelado com cheque. Portanto, o saldo do banco cai de Bs.
90.000,oo para Bs. 80.000,oo.

Observe na Figura 3.5 como a Equação da Equidade foi afetada.

Central de Contadores 35
Contabilidade
Financeira
ATIVO PASSIV + PATRIMÓNIO
CONTA Bs. O
CONTA Bs. CONTA Bs.
Bancos 80.000,o.br Efeitos a pagar 40.000,oo Capital 100.000,oo
Mobiliário 10.000,o.br
Mercadorias 50.000,o.o.
ATIVO 140.000,o.br PASSIVO 40.000,oo PATRIMÓNIO 100.000,oo

Figura 3.5
Operação nº 5
A empresa comprou um veículo para Bs. 80.000.oo que foi pago da seguinte forma:

a) Como taxa inicial, Bs. 20.000,oo com um cheque.

b) De resto, Bs. 60.000,oo, letras de câmbio (saques) foram aceitas para serem pagas em datas
diferentes.

Se você analisar a transação, perceberá que se trata da compra de um veículo em que:

a) Ele recebeu um veículo com custo de Bs. 80.000,oo. Portanto, a conta Veículos com esse
saldo aparecerá no Ativo.

b) Em troca, a empresa dava como taxa inicial Bs. 20.000,oo através da emissão de um cheque,
o que significa que o saldo dos Bancos diminuiu de Bs. 80.000,oo para Bs. 60.000.oo.

c) As letras de câmbio foram entregues (aceitas) para serem pagas em datas diferentes pela Bs.
60.000.oo. Portanto, o saldo de Instrumentos a Pagar aumenta para Bs. 100.000.oo. O
resultado de todo esse movimento pode ser visto na Figura 3.6.

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÓNIO


CONTA Bs. CONTA Bs. CONTA Bs.
Bancos 60.000,o Efeitos a pagar 100.000,oo Capital 100.000,oo
o
Mobiliário
10.000,o.
Mercadorias
br
Veículos
50.000,o.
ATIVO 200.000,o PASSIVO 100.000,oo PATRIMÓNIO 100.000,oo
o +
Figura 3.6
Operação nº 6
Foram vendidas 10 máquinas de lavar roupa em Bs. 7.500.oo cada, em dinheiro. O produto da
venda foi depositado no banco.

Os cálculos relacionados à transação seriam os seguintes:

36 Central de Contadores
A equação patrimonial

Valor de venda: 10 máquinas de lavar roupa X Bs. 7.500,o.o. cada = Bs. 75.000,o.br
Custo de venda: 10 máquinas de lavar roupa X Bs. 3.000,oo cada = Bs. 30.000,oo
Lucro na venda: Bs. 45.000,o.br

A figura 3.7 mostra como, também neste caso, a equação da equidade foi modificada:

1) O valor da venda, Bs. 75.000.oo, foi depositado no banco. Portanto, o saldo dos Bancos
aumentou para Bs. 135.000.oo. Ou seja, (60.000,oo + 75.000,oo).

2) Em relação à conta Mercadoria, foram vendidas 10 máquinas de lavar que, quando


compradas, custavam Bs. 30.000,oo. Portanto, ao saldo dessa conta que era Bs. 50.000.oo,
deve ser subtraído o custo das máquinas de lavar roupa vendidas, Bs. 30.000.oo, portanto o
saldo de Mercadorias será em Bs. 20.000,oo.

3) E por fim, como você pode ver acima, nessa transação de venda houve um lucro ou RENDA
para Bs. 45.000,oo, porque uma mercadoria que tinha sido comprada por Bs. 30.000,oo,
agora vendido para Bs. 75.000,oo (75.000,oo - 30.000,oo = 45.000,oo).

Os lucros obtidos pela empresa em decorrência das transações que realiza, aumentam o
Patrimônio e, como já sabemos, são de propriedade de seus proprietários. Ou seja, a
empresa deve aos seus donos esses lucros. Portanto, a conta de lucros que, neste caso, e
apenas para fins de explicação e apresentação da Equação do Patrimônio Líquido,
chamaremos de Resultado, deve constar como parte do Patrimônio Líquido, com saldo de
Bs. 45.000,oo. Depois disso, como pode ser visto na Figura 3.7, a equação da equivalência
patrimonial permanece em equilíbrio.

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÓNIO


CONTA Bs. CONTA Bs. CONTA Bs.
Bancos 135.000,o. Efeitos a pagar 100.000,oo Capital 100.000,oo
br
Mobiliário Lucro (lucro) 45.000,o.br
10.000,o.
Mercadorias
br
Veículos
20.000,o
ATIVO 245.000,o. PASSIVO 100.000,oo PATRIMÓNIO 145.000,o.br
br +

Figura 3.7

Operação nº 7.
As despesas salariais de Bs.15.000.oo foram pagas com cheque.

Neste caso, as contas foram mobilizadas da seguinte forma:

1) Como foi pago com um cheque Bs.15.000, isso significa que o saldo do banco caiu de Bs.
135.000,oo para Bs. 120.000.oo.

Central de Contadores 37
Contabilidade
Financeira
2) O conceito de pagamento era para despesas ou despesa, o que provoca uma diminuição
nos lucros. Portanto, as Despesas farão parte do Patrimônio, mas subtraindo.
Após o registro dessa transação, a equação de equivalência patrimonial permanecerá como
mostrado no
ATIVO PASSIV + PATRIMÓNIO
CONTA Bs. O
Bancos 120.000,oo
Mobiliário 10.000,o.br
Mercadorias 20.000,oo
Veículos 80.000,o.br
ATIVO 230.000,o.br

CONTA Bs.

Efeitos a pagar 100.000,oo

PASSIVO 100.000,oo

CONTA Bs.

Capital 100.000,oo
Lucro (lucro) 45.000,oo
Despesas (Perda) (15.000,oo)

PATRIMÓNIO 130.000,o.br

Operação nº 8
Foi criada a reserva legal equivalente a 5% do lucro líquido obtido.
Vamos lá.

1) O lucro obtido foi Bs. 30,000.oo (Rendimentos ou ganhos para Bs. 45.000, oo menos
despesas ou perdas para Bs. 15.000,oo). Portanto, os 5 % de Bs. 30.000,oo pt
Bs. 1.500,oo.
2) A Reserva Legal é uma parte dosFigura
lucros 3.8
que os donos de uma empresa não podem retirar
ou distribuir entre si porque a Lei a ordena. No entanto, embora restritas, as reservas são
lucros. Portanto, tais Reservas são contas patrimoniais.
3) Portanto, os lucros, que apenas com o propósito de facilitar a explicação da equação
patrimonial concordamos em chamar de renda, baixos Bs. 45.000,oo para Bs. 43.500.oo,

38 Central de Contadores
A equação patrimonial

enquanto será criada a conta Reservas , que fará parte do grupo Patrimônio com saldo de
Bs. 1.500,oo.
A Equação da Equidade seria semelhante à Figura 3.9.

CONTA Bs. CONTA


ATIVO PASSIV Bs. + CONTA Bs.
PATRIMÓNIO
Capital
Bancos 120.000,oo O
Efeitos a pagar 100.000,oo 100.000,oo
Mobiliário 10.000,o.br Lucro (lucro) 43.500.oo
Mercadorias 20.000,oo Reservas de (15.000,oo)
Veículos 80.000,o.br Despesas (Perdas) 1.500, oo
ATIVO 230.000,o.br PASSIVO 100.000,oo PATRIMÓNIO 130.000,o.br

Figura 3.9
É importante notar que, após o registro de cada transação, os componentes de cada grupo e seus
respectivos saldos podem ter mudado. No entanto, a Equação da Equidade permanece em
equilíbrio. Eu quero dizer:

ParaCTIVO = PASIVO + PATRIMÔNIO


TEORIA DA COBRANÇA E DO PAGAMENTO.
Essa teoria se baseia no equilíbrio que deve existir em todos os momentos na Equação
Patrimonial.

Há uma série de regras que, quando aplicadas, permitem que a Equação da Equivalência
Patrimonial permaneça em equilíbrio após o registro de cada transação. Esse conjunto de regras é
conhecido como "teoria do encargo e do crédito", também identificada como "princípio das
partidas dobradas".
Essas regras foram coletadas e divulgadas por Fra Luca Paccioli em sua obra "Sunma de
arithmetica, geometría, proportioni et proportionalita", publicada em Veneza em 1494.

A Lcda. Mireya Villalobos de Nucete em seu livro "Os Princípios Contábeis e sua Validade na
Venezuela" (página 17), resume muito claramente qual foi a contribuição que Luca Paccioli deu
para a divulgação da dupla contabilidade, quando diz:

"... O professor Emmett Taylor, da Universidade de Cincinnatti, Ohio, a partir de sua pesquisa
realizada sobre Luca Paccioli, nos diz que o "Sunma" não é um livro original, mas uma compilação
de ideias e materiais de muitos autores. Paccioli ainda menciona que a fonte primária de seu livro
foram as obras de Leonardo da Pisa, que em 1202 escreveu um livro chamado Liber Abbaci. Este
livro incluía contabilidade comercial, um aspecto ao qual ele dedicou grande atenção. Leonardo da
Pisa foi reconhecido como uma das principais figuras da história da contabilidade.

Paccioli em nenhum momento alegou originalidade em relação ao sistema de partidas dobradas;


ele simplesmente aponta que descreveu em seu livro o sistema usado em Veneza por cerca de
duzentos anos.

O livro de Paccioli se espalhou pela Europa. Em meados do século XVI havia tratados de dupla

Central de Contadores 39
Contabilidade
Financeira
escrituração suficientes disponíveis para qualquer comerciante que desejasse aprender tal
assunto. "

Em suma, a regra fundamental é que "qualquer cobrança feita em uma ou mais contas, deve
ter como contrapartida um crédito em outra ou outras contas pelo mesmo valor". Ou seja,
"não há cobrança sem crédito".

Caso contrário, poderíamos dizer que:

"Em cada transação há uma ou mais contas que RECEBEM e uma ou mais contas que
ENTREGAM o mesmo valor."

Além disso, o princípio da dupla entrada é obrigatório na Venezuela, uma vez que é tão
regulamentado em nossas leis.

A este respeito, o O artigo 34 do Código Comercial dispõe:

"No diário serão registradas as operações realizadas pelo comerciante, dia a dia, para que cada
item expresse claramente quem é o credor e quem é o devedor da negociação... "

REGRAS PRÁTICAS PARA DUPLA INSCRIÇÃO.


Apresentaremos abaixo alguns passos a seguir para registrar qualquer transação duas vezes.

Em linhas gerais, poderíamos dizer que, quando chegasse a hora de registrar uma transação,
agiríamos da seguinte forma:

1º Passo:
a) Ele determina o que a empresa está recebendo.
b) Ele busca o nome da conta que controla o que a empresa está recebendo.
c) A conta que RECEBE, é COBRADA.

2º Passo:
a) Ele determina o que a empresa está ENTREGANDO.
b) O nome da conta que controla o que a empresa está ENTREGANDO é pesquisado.
c) A conta que ENTREGA é creditada.

Como em casos anteriores, continuemos a explicar a teoria da cobrança e do pagamento a partir


do desenvolvimento de um exemplo concreto. Para isso, começaremos registrando as transações
que, em sua maioria, são as mesmas que foram usadas para explicar o que está relacionado à
Equação do Patrimônio Líquido.
Recomenda-se que, à medida que os casos se desenvolvem, o aluno compare, ao mesmo tempo,
o estado em que as contas são deixadas, com o efeito que a mesma transação causou na
Equação Patrimonial que foi explicada nas páginas anteriores. Isso fortalecerá ainda mais a razão
pela qual tal equação permanece em equilíbrio após qualquer transação ter sido registrada.

Operação nº 1:
Em 02-01-2012, para iniciar as operações e assim constituir o capital, o Sr. Pérez e o Sr. Juárez

40 Central de Contadores
A equação patrimonial

contribuíram com Bs. 50.000,oo cada em dinheiro que eles depositaram no Banco Venezuela em
nome da empresa.

Vamos registrar essa primeira transação, com base nas regras relativas à teoria da cobrança e do
crédito.

Primeiro Passo:

a) O que a empresa recebeu?


A empresa recebeu dinheiro que estava depositado no banco.

b) Qual conta controla o que a empresa recebeu?


Por se tratar de dinheiro que foi depositado no banco, a conta que o controla será BANCOS.

c) A conta BANCÁRIA recebe; portanto, esta conta é COBRADA do Bs . 100.000,oo


depositado.

Segundo Passo:

a) O que a empresa entregou?


Quando os Srs. Pérez e Juárez decidiram incorporar a empresa e contribuíram com Bs.
100.000,oo, eles receberam um documento em que é afirmado que a empresa lhes deve
esses Bs. 100.000.oo.

b) Qual conta controla o que a empresa entregou?


O dinheiro que a empresa recebeu de seus donos representa o aporte inicial de recursos
que toda empresa precisa para iniciar suas operações. Essa contribuição inicial que os
proprietários fazem, chama-se CAPITAL. Portanto, a conta que controla essa dívida que a
empresa tem com seus donos será a CAPITAL.

c) A conta CAPITAL entrega; portanto, é ABONA.

Resumindo:

Os bancos recebem: você é COBRADO. Capital entregue: você é ABONA.

Observe na Figura 3.10 como as contas foram envolvidas. O número que aparece entre
parênteses ao lado das figuras, identifica qual cobrança corresponde a qual assinatura.

BANCOS CAPITAL
DEVER TER DEVER TER
(1) 100.000,oo 100.000,oo (1)

Figura 3.10

Central de Contadores 41
Contabilidade
Financeira
Operação nº 2:
Móveis foram comprados para serem usados no escritório por uma quantidade de Bs.
10.000,oo, que foram pagos com cheque.

Vamos registrar essa transação seguindo a mesma lógica acima:

Primeiro Passo:
a) O que a empresa recebeu?
Recebeu móveis.

42 Central de Contadores
A equação patrimonial

b) Qual conta controla o que a empresa recebeu?


A conta que controla os móveis que a empresa possui chama-se MOBILIARIO.

c) A conta MÓVEL recebida; então esta conta é COBRADA Bs. 10.000,oo.

Segundo Passo:
a) O que a empresa entregou?
A empresa deu dinheiro para Bs. 10.000,oo do que eu tinha no BANCO.
b) Qual conta controla o que a empresa entregou?
O dinheiro que a empresa entregou foi retirado do BANCO. Portanto, a conta que controla
essa movimentação é a BANCOS.

c) Entrega de BANCOS , para que esta conta seja creditada.


Consulte a Figura 3.11 para saber como as contas foram registradas após o registro da
transação nº 2:

BANCOS MOBILIÁRIO CAPITAL


DEVER TER DEVER TER DEVER TER
(1) 100.000,oo 100.000,oo (1)
10.000,OO (2) (2) 10.000,oo
Saldos 90.000,oo 10.000,o.br 100.000,oo

Figura 3.11
Recomenda-se que o aluno compare o estado das contas com a equação da equivalência
patrimonial mostrada na Figura 3.3. Você notará que os saldos mostrados nas contas indicadas
acima coincidem com aqueles mostrados na equação de equivalência patrimonial mencionada,
permanecendo os totais em equilíbrio. Eu quero dizer:

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO.


Operação nº 3:
Comprava mercadorias assim:
10 máquinas de lavar roupa para Bs. 3.000,oo Bs. 30.000,oo
cada Bs. 20.000,oo
20 polidores para Bs. 1.000,oo cada Custo das Bs.
mercadorias 50.000,o.o.

Foram aceitas 5 letras de câmbio de Bs. 10.000,oo cada para serem pagos em diferentes
vencimentos.

Vamos registrar esta transação:


Primeiro Passo:
a) O que a empresa recebeu?
Ele recebeu mercadoria.

Central de Contadores 43
Contabilidade
Financeira
b) Qual conta controla o que a empresa recebeu?
Nos próximos capítulos veremos que o mais usual é usar a conta COMPRAS para registrar
as compras de mercadorias, enquanto, quando ela é vendida, a conta VENDAS é usada.

No entanto, por enquanto, a fim de alcançar o objetivo que estamos perseguindo, usaremos
a conta MERCADORIAS para registrar qualquer compra de mercadoria destinada à venda.

c) A conta que você recebe é chamada de MERCADORIA; portanto, é COBRADO.

Segundo Passo:
a) O que a empresa entregou?
Quando a empresa recebia a mercadoria, tinha que aceitar e entregar 5 letras de câmbio,
comprometendo-se a pagá-las em datas futuras.

b) Qual conta controla o que a empresa entregou?


Isso significa que a empresa entregou nas mãos de terceiros uma dívida representada por
um efeito (letra de câmbio), que terá que pagar. A conta que vai controlar essa dívida é
chamada de CONTAS A PAGAR.

c) A conta que você entrega é BILLS PAYABLE. Portanto, essa conta é ABONADA.

Considere a figura 3.12. É assim que as contas ficarão depois de registrar a transação:

BANCOS MÓVEIS ARIO MERCADORIAS


TER DEVER TER TER
DEVER DEVER
(1) (3)
100.000,oo 50.000,o.o.
10.000,OO (2) (2) 10.000,oo
Saldos 90.000,oo 10.000,o.br 50.000,o.o.

CONTAS A PAGAR CAPITAL


DEVER DEVER
TER TER
(3) (1)
50.000,o.o. 100.000,oo

Saldos 50.000,o.o. 100.000,oo

Figura 3.12
Operação nº 4:
Uma letra de câmbio foi cancelada para Bs. 10.000.oo dos que foram aceitos na operação nº 3,
mediante emissão de cheque.

Vamos registrar essa operação:

Primeiro Passo:
a) O que a empresa recebeu?
Quando a empresa pagou a dívida, recebeu a letra de câmbio correspondente devidamente
cancelada pelo credor.

44 Central de Contadores
A equação patrimonial

b) Qual conta controla o que a empresa recebeu?


A conta que controla as letras de câmbio que a empresa deve é chamada de CONTAS A
PAGAR.

c) CONTAS A PAGAR recebe, então essa conta é COBRADA.

Segundo Passo:
a) O que a empresa entregou?
Entregou dinheiro do que tinha no BANCO.

b) Qual conta controla o que a empresa entregou?


O dinheiro que a empresa tem no banco é controlado com a conta BANCOS.

c) BANCOS é a conta que entrega. Portanto, é ABONA.


Observe na Figura 3.13 como as contas ficaram cuidadas após essa transação:

CONTAS A PAGAR CAPITAL


DEVER TER DEVER TER
(3) 100.000,oo (1)
50.000,o.o.
(4) 10.000,o.br
Saldos 40.000,oo 100.000,oo

BANCOS MOBILIÁRIO MERCADORIAS


DEVER TER DEVER TER DEVER TER
(1) 100.000,oo 50.000,o.o.
(3)
10.000,OO (2) (2) 10.000,oo
10.000, OO (4)

Saldos 80.000,o.br 10.000,o.br 50.000,o.o.


Figura 3.13

Operação nº 5:
A empresa comprou um veículo para Bs. 80.000.oo que foi pago da seguinte forma:

a) Como taxa inicial, Bs. 20.000,oo com um cheque.

b) De resto, Bs. 60.000,oo, letras de câmbio (saques) foram aceitas para serem pagas em datas
diferentes.

Vamos proceder ao registro desta transação seguindo os passos já conhecidos:

Primeiro Passo:

a) O que a empresa recebeu?


Ele recebeu um veículo.

Central de Contadores 45
Contabilidade
Financeira
b) Qual conta controla o que a empresa recebeu?
A conta que controla os veículos que a empresa possui é chamada de VEÍCULOS ou
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE.

c) A conta VEÍCULOS recebe, depois é COBRADA (Ver ilustração 3.14)

Segundo Passo:

a) O que a empresa entregou?


Primeiro, ele entregou Bs. 20.000,oo emitindo um cheque.

b) Qual conta controla o que a empresa entregou?


BANCOS é a conta que controla a movimentação de dinheiro que é feita através do banco.

c) BANCOS entregaram dinheiro, portanto é CREDITADO ( Ver Figura 3.14)

d) O que mais a empresa entregou?


Ele entregou letras de câmbio aceitas para serem pagas em diferentes vencimentos para
Bs. 60.000.oo.

e) Qual conta controla o que a empresa entregou?


A conta que controla as dívidas que a empresa adquire através da aceitação de letras de
câmbio é chamada de LETRAS A PAGAR.
f) FATURAS A PAGAR entrega, então esta conta é CREDITADA (Ver Figura 3.14)

BANCOS MOBILIÁRIO MERCADORIAS


DEVER TER DEVE (2) TER DEVER TER
100.000,oo 50.000,o.o.
(1) 10.000,OO (2) 10.000,oo (3)
10.000, OO (4)
20.000,OO (5)

Saldos 60.000,oo 10.000,o.br 50.000,o.o.

VEÍCULOS CONTAS A PAGAR CAPITAL


DEVER TER DEVE (4) TER DEVER TER
80.000,o.br 50.000,o.o. 100.000,oo
(5) (3) (1)
10.000,oo
60.000,oo
(5)
Saldos 80.000,o.br 100.000,oo 100.000,oo
Figura 3.14

Operação nº 6:
Dez máquinas de lavar roupa foram vendidas em Bs. 7.500.oo cada, em dinheiro. O produto da
venda foi depositado no banco.

Recorde-se que se trata da venda de dez máquinas de lavar roupa que tinham sido
anteriormente compradas em Bs. 3.000,oo cada. Sendo assim, vamos calcular os números a

46 Central de Contadores
A equação patrimonial

serem registrados:

Valor de venda: 10 máquinas de lavar X Bs. 7.500,o.o. cada = Bs. 75.000,o.br


Custo de venda: 10 máquinas de lavar X Bs. 3.000,oo cada = Bs. 30.000,oo
Lucro na venda Bs. 45.000,o.br

Agora, vamos registrar a transação:

Primeiro Passo:
a) O que a empresa recebeu?
Ele recebia dinheiro para Bs. 75.000,oo que ele depositou no banco.

b) Qual conta controla o que a empresa recebeu?


Como já sabemos, BANCOS é a conta que controla o dinheiro que é depositado nessas
instituições financeiras.

c) Se a conta BANCÁRIA receber, ela é COBRADA. (Consulte a Figura 3.15.)

Segundo Passo:
a) O que a empresa entregou?
No caso da venda à vista por Bs. 75.000.oo, em troca de ter recebido aquele valor que
estava depositado no banco, a empresa entregou mercadoria que tinha em seu armazém
que, quando a comprou, tinha custado Bs. 30.000,oo.

b) Qual conta controla o que a empresa entregou?


As mercadorias adquiridas com a intenção de revendê-las são controladas através da
conta MERCADORIA.

c) MERCADORIAS entregues. Portanto, você é ABONA. (Consulte a Figura 3.15.)

d) O que mais a empresa entregou?


A diferença entre o que foi recebido pela venda da mercadoria, Bs. 75.000,oo, e quanto
custou a empresa comprar essa mercadoria, Bs. 30.000.oo, representa o lucro obtido
nessa transação. Ou seja, a utilidade era Bs. 45.000.oo, valor esse que a empresa
entregará aos seus proprietários, quando decidirem retirá-lo.

e) Qual conta controla o que a empresa entregou?


A conta que controla os lucros que a empresa fez naquela transação, por enquanto, vamos
chamar de RENDA.

f) RENDA entregue, então essa conta é PAGA.

Uma vez que a transação é lançada, as contas ficariam como mostrado na Figura 3.15

Central de Contadores 47
Contabilidade
Financeira
LUCRO (Lucro)
DEVER TER
45.000,o.br (6)

Saldos 45.000,o.br

BANCOS MOBILIÁRIO MERCADORIAS


DEVER TER DEVER TER DEVER TER
(1) 100.000,oo (3) 50.000,o.o.
10.000,OO (2) (2) 10.000,oo
10.000, OO (4)
20.000,OO (5)
(6) 75.000,o.br 30.000,oo (6)
Saldos 135.000,o.br 10.000,o.br 20.000,oo

VEHÍ ULOS CONTAS A PAGAR CAPITAL


C
DEVER TER DEVER TER DEVER TER
(5) 80.000,o.br 100.000,oo (1)
50.000,o.o. (3)
(4) 10.000,oo
60.000,oo (5)
Saldos 80.000,o.br 100.000,oo 100.000,oo

Figura 3.15

Operação nº 7:
Era pago por cheques para Bs. 15.000,oo.

Vamos registrar esta transação:

Primeiro passo:
a) O que a empresa recebeu?
Ele recebia um serviço das pessoas que trabalhavam.

b) Qual conta controla o que a empresa recebeu?


O serviço representa uma despesa ou despesa.

c) Por enquanto, tendo consciência de que apenas perseguimos o objetivo de que os alunos
lidem claramente com a conformação da Equação Patrimonial, é a razão pela qual usaremos
a conta EGRESOS para registrar nela quaisquer despesas em que a empresa tenha
incorrido. Portanto, a conta EGRESOS será debitada. (Ver figura 3.16)

48 Central de Contadores
A equação patrimonial

Segundo Passo:
a) O que a empresa entregou?
Em troca dos serviços recebidos, a empresa deu Bs aos funcionários. 15.000.oo, dos que
tinha no banco.

b) Qual conta controla o que a empresa entregou?


A conta que controla o dinheiro entregue é BANCOS.
c) Portanto, a conta BANCÁRIA é creditada. (Ver figura 3.16)

BANCOS MOBILIÁRIO MERCADORIAS


DEVER TER DEVE (2) TER DEVER TER
(1) 100.000,oo (3) 50.000,o.o.
10.000,OO (2) 10.000,oo
10.000, OO (4)
20.000,OO (5)
(6) 75.000,o.br 30.000,oo (6)

15.000,OO (7)
Saldos 120.000,oo 10.000,o.br 20.000,oo

VEÍCULOS EFEITOS P OU PAGUE TAL


DEVER TER DEVE (4) TER DEVER TER
80.000,o.br 50.000,o.o. (3) 100.000,oo (1)
(5)
10.000,oo
60.000,oo (5)

Saldos 80.000,o.br 100.000,oo 100.000,oo


RECEITA DESPESAS
DEVER TER DEVER TER
45.000,o.br (7) 15.000,oo
(6)

45.000,o.br 15.000,oo Saldos

Figura 3.16

Operação nº 8:
Foi criada a reserva legal equivalente a 5% do lucro líquido obtido.

Antes de mais nada, vamos realizar os cálculos relevantes para determinar o lucro líquido:

Central de Contadores 49
Contabilidade
Financeira
Lucro (lucro) Bs.
Despesas (prejuízo) 45.000,o.br
Lucro líquido Bs. 15.000,oo
Bs. 30.000,oo
Reserva a criar: 5 % de Bs. 30.000,oo = 1.500,oo

Vamos registrar a transação, seguindo os passos estabelecidos.

Primeiro Passo:
a) Qual conta é cobrada?
Uma parte dos lucros obtidos será restrita para distribuição entre os donos da empresa,
porque é ordenada por lei.

Uma empresa, como entidade ou pessoa que não seja sua proprietária, recebe o direito de
manter em sua posse uma parte dos lucros, pelo que, no nosso caso, cobraremos a conta
RENDA para Bs. 1.500,oo, com o qual conseguimos reduzir o lucro a ser distribuído, nesse
mesmo valor.

b) Em qual conta é creditada?


A parte dos lucros que extraímos ou debitamos na conta RENDIMENTOS, será creditada na
conta RESERVAS que, como já sabemos, representa lucros que são restritos para fins de
distribuição entre os proprietários.

Depois que a transação for lançada, as contas terão a aparência mostrada na Figura 3.17 abaixo.

BANCOS MOBILIÁRIO MERCADORIAS


DEVER TER DEVER TER DEVER
TER
(1) 100.000,oo (3)
10.000,o.br(2)
10.000,o.
10.000,o.br(4) 50.000,o.o.
(2) br
20.000,oo (5)
(6) 75.000,o.
15.000,oo (7) 30.000,OO (6)
br
120.000,o 10.000,o.
Saldos o br
20.000,oo

VEÍCULOS CONTAS A PAGAR CAPITAL


DEVER TER DEVER TER DEVER TER
80.000,o. 50.000,o.o. 100.000,OO (1)
(5) br (3)
10.000,o.
br 60.000,oo
(4) (5)
Saldos 80.000,o. 100.000,oo 100.000,oo
br

50 Central de Contadores
A equação patrimonial

RECEITA RESERVAS
DEVER TER DEVER TER DEVER TER
45.000,o.br (4) (7) 15.000,oo
(8) 1.500, 1.500,o.o. (8)
oo

Saldos 43.500.oo 15.000,oo 1.500, oo

Figura 3.17

Por fim, observe na Figura 3.18 que, após o registro das operações acima, o saldo na Equação do
Patrimônio Líquido ainda é mantido. Ou seja, o ATIVO é igual ao PASSIVO mais o
PATRIMÔNIO LÍQUIDO.

ATIVO PASSIV + PATRIMÓNIO


CONTA Bs. O
CONTA Bs. CONTA Bs.
Bancos 120.000,oo Efeitos a pagar 100.000,oo Capital 100.000,oo
Mobiliário 10.000,o.br Lucro (lucro) 43.500.oo
Mercadorias 20.000,oo Reservas de (15.000,oo)
Veículos 80.000,o.br Despesas (Perdas) 1.500, oo
ATIVO 230.000,o.br PASSIVO 100.000,oo PATRIMÓNIO 130.000,o.br
Figura 3.18
Equação Patrimonial

Queremos lembrar ao aluno que, o ser humano, alcança habilidade e destreza após repetir muitas
vezes a atividade sobre a qual deseja ter domínio. Portanto, recomenda-se que, por conta própria,
você pratique a teoria da cobrança e do crédito, dando a si mesmo exemplos de transações e,
registrando-as, observará que, após um curto período de tempo, ficará surpreso com o
conhecimento que possui sobre esse assunto.

COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO.
Fazem parte desse grupo, as contas que representam direitos que os donos da empresa possuem
sobre o Ativo da mesma. Dentre elas, foram citadas as seguintes contas: Capital, Lucros,
Prejuízos (ou seja, Receitas, Despesas) e Reservas.

De acordo com isso, lembre-se que a Equação Patrimonial é:

ParaCTIVO =P ASIVO + PATRIMÔNIO


Mas, de acordo com o exposto, o Patrimônio é composto da seguinte forma:

Central de Contadores 51
Contabilidade
Financeira
PATRIMÔNIO = CAPITAL + (RESULTADO – QUITAÇÃO) + RESERVAS
Se na Equação Patrimonial substituirmos o Patrimônio pelas contas que o compõem, a equação
seria a seguinte:

ParaCTIVO = PASIVO + CAPITAL + (INGRESOS – EGRESOS) + RESERVAS


Eu quero dizer:

A = P + C + (I – E) + R
Em aula serão resolvidos exercícios em que a Equação Patrimonial será praticada em todas as
suas formas.

52 Central de Contadores
A equação patrimonial

EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 3.1.
Empresa do Sr. A. Rodriguez apresenta as seguintes informações:

Bancos 2.000,oo
Efeitos a Pagar 5.000,oo
Mercadorias 3.000, oo
Equipamentos de Transporte 1.000,oo
Contas a pagar 1.500, oo
Recebíveis 8.000,oo
Caixa 500,oo
Solicita-se: determinar o capital.

EXERCÍCIO 3.2
O Sr. Juan Garcia tem um negócio que, até agora, tem sido gerido sem contabilidade.

Tendo decidido começar a tomá-lo, o Sr. Garcia o contrata como contador para tomar as
providências necessárias a ele, para as quais começou a investigar com o objetivo de determinar
o valor e a composição dos ativos, passivos e patrimônio líquido da empresa para 31-12-2012.

A partir desta investigação foram obtidas as seguintes informações:

1) Foi feito um inventário da mercadoria que estava no armazém e, após avaliá-la, chegou a
Bs. 40.000.oo.

2) Após comunicação com os fornecedores, foi determinado que as faturas são devidas para
Bs. 20.000,oo e letras de câmbio para Bs. 15.000,oo.

3) A confirmação de contas correntes em bancos indica que há disponibilidade de Bs.


90.000.oo.

4) Tem móveis que foram avaliados em Bs 10.000,oo.

5) Foi feita uma tonelagem de caixa e uma existência de Bs. 4.000,oo.

6) A investigação feita sobre as dívidas a receber indicou que há faturas a receber de Bs.
25.000,oo e letras de câmbio para Bs. 30.000,oo.

7) É dono de um imóvel que foi avaliado em Bs. 170.000,oo mas, após análise do
correspondente documento de compra, determinou-se que tal imóvel está hipotecado e

Central de Contadores 53
Contabilidade
Financeira
que, para 31-12-2012, o saldo de tal hipoteca é Bs. 100.000.oo.

8) Possui apólices de seguro contra diferentes riscos que cobrem todo o ano de 2013 para o
qual cancelou um prêmio de Bs. 2.000,oo.

9) Para 31-12-2012, as prestações sociais acumuladas pelos trabalhadores chegam a Bs.


40.000.oo.

10) Tem equipamento de escritório que foi avaliado em Bs. 23.000,oo.

11) Deve salários aos seus trabalhadores por Bs. 12.000,oo.

Solicita-se:

Em um raciocínio semelhante ao mostrado abaixo, relacione as contas com seus respectivos


saldos, que compõem o Ativo e Passivo da empresa em 31-12-2012, e determine o Patrimônio
Líquido.

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÓNIO


CONTA Bs. CONTA Bs. CONTA Bs.

ATIVO PASSIVO + PATRIMÓNIO

EXERCÍCIO 3.3.
O comerciante Juan González estabeleceu um negócio de compra e venda de aparelhos
elétricos, realizando as operações indicadas:

1) Depositado no Banco Regional Bs. 200.000,oo que constituiria seu capital.

2) Comprou móveis para Bs. 15.000,oo que ele pagou com um cheque do Banco Regional.

3) Comprou um computador para Bs. 4.000,oo pagando uma taxa inicial de Bs. 1.000,oo
com cheque do Banco Regional e letras de câmbio aceitas a serem canceladas em datas
diferentes por Bs. 3.000,oo.

4) Comprou mercadoria para Bs. 50.000,oo da seguinte forma:

a) Bs. 20.000,oo dinheiro pago em cheque.

54 Central de Contadores
A equação patrimonial
b) Bs. 30.000,oo a crédito. Ele aceitava notas fiscais.

5) Vendeu a crédito a diferentes clientes metade da mercadoria adquirida no ponto 4 pela Bs.
45.000,oo. Os clientes aceitavam faturas a serem pagas em datas diferentes.

6) Ele pagou uma conta com um cheque do Banco Regional para Bs. 1.000,oo.

7) Faturas cobradas de clientes para Bs. 20.000,oo.

8) Pagamento de faturas a fornecedores para Bs. 10.000,oo com cheques do Banco Regional.

9) Do dinheiro em caixa, foi depositado no Banco Regional Bs. 18.000,oo.

10) Os salários eram pagos para Bs. 5.000.oo com cheques do Banco Regional.

Solicita-se:

Em uma eclosão semelhante à seguinte:

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÓNIO


CONTA Bs. CONTA Bs. CONTA Bs.

ATIVO PASSIVO + PATRIMÓNIO

a) Expresse as mudanças na equação do patrimônio líquido após cada operação.

b) Verificar, após cada operação, se a equação da equivalência patrimonial permanece em


equilíbrio.

EXERCÍCIO 3.4.
Utilizando o princípio das partidas dobradas e com base nas mesmas informações do exercício
3.3:

1) Registre em contas na forma de "T" e duas vezes, as operações realizadas pelo Sr. Juan
González.

2) Retirar o saldo de cada conta e classificá-los de acordo com sua natureza: Ativo, Passivo ou
Patrimônio Líquido.

3) Depois disso, adicione os grupos e verifique se a Equação da Equidade: A = P + C

Central de Contadores 55
Contabilidade
Financeira
permanece em equilíbrio.

EXERCÍCIO 3.5.
O Sr. Nepomuceno Guacarán estabeleceu uma empresa realizando as seguintes operações:

1) Como capital inicial, fez as seguintes contribuições:

a) Ele depositou no banco Bs. 40.000.oo.

b) Entrega de mercadorias para Bs. 60.000,oo dos quais uma fatura de Bs. 10.000,oo que
serão pagos pela empresa.

c) Ele forneceu um veículo avaliado em Bs. 80.000,oo.

2) Comprou mercadoria para Bs. 70.000,o., da seguinte forma:

a) Dinheiro: Bs. 12.000,oo. Foi pago com cheque.

b) No crédito: Bs. 30.000,oo. As faturas foram aceitas.

c) No crédito: Bs. 28.000,oo. As letras foram aceitas.

3) 40% da mercadoria existente em Bs foi vendida. 95.000,oo da seguinte forma:

a) Dinheiro: Bs. 50.000.oo.

b) No crédito: Bs. 32.000,oo. Os clientes aceitavam faturas.

c) No crédito: Bs. 13.000,oo. Os clientes aceitavam letras de câmbio.

4) Um depósito foi feito no banco para Bs. 35.000.oo do estoque em caixa.

5) Letras de câmbio foram pagas para Bs. 15.000,oo com cheques.

6) O aluguel foi pago para Bs. 5.000,oo com um cheque.

7) As faturas eram cobradas para Bs. 12.000,oo e letras de câmbio para Bs. 7.000,oo.

8) Um computador foi comprado para Bs. 3.000,oo pagos da seguinte forma:

56 Central de Contadores
A equação patrimonial
a) Taxa inicial Bs. 1.500.oo pagos com cheque.

b) Letras de câmbio foram aceitas para o restante.

9) As contas foram pagas para Bs. 15.000,oo com cheques.

10) Os salários eram pagos para Bs. 18.000,oo com cheques.

Solicita-se:

1) Registre as transações indicadas em contas em forma de "T".

2) Retire o saldo de cada conta.

3) Em um raciocínio semelhante ao mostrado abaixo, relacione as contas de acordo com o


grupo ao qual pertencem e demonstre que a Equação da Equivalência Patrimonial
permanece em equilíbrio.

ATIVO PASSIVO + PATRIMÓNIO

CONTA Bs. CONTA Bs. CONTA Bs.

ATIVO PASSIVO PATRIMÓNIO

Central de Contadores 57
O Livro Diário

GERAL.
Foi comentado em capítulos anteriores que a atividade contábil é regulada por regras
expressamente indicadas no Código Comercial.

É frequente encontrarem-se contabilistas que ignoram algumas delas, argumentando que tais
normas eram boas para a aldeia venezuelana que existia em 1955 (ano em que foi promulgado o
actual Código Comercial), mas que já estão desactualizadas por não estarem alinhadas com a
dinâmica actual dos negócios e das empresas. Tecnologia moderna que é usada para fazer os
registros.

Concordamos com esses contadores, mas apenas no sentido de que o Código Comercial precisa
ser atualizado na maioria dos aspectos.

No entanto, enquanto isso não acontecer, temos de continuar a cumprir as regras aí previstas,
especialmente as relativas ao registo das transacções nos livros.

É verdade que, neste momento, são poucas as empresas que não possuem um computador, por
meio do qual fazem os registros das transações. Está okey. Mas essa prática não exime a empresa
de ter que fazer os registros, de forma resumida, nos livros jurídicos ordenados pelo Código
Comercial.

A empresa que cometer esse erro poderá ter dificuldades se, a qualquer tempo, receber a visita do
SENIAT, ou por qualquer outro ato judicial que mereça a apresentação de tais livros perante um
tribunal. De qualquer forma, é de responsabilidade do contador manter os livros atualizados.

Por isso, no Centro de Contabilistas continua a colocar muita ênfase em que os alunos aprendam
a manusear os livros jurídicos com competência e que, depois, quando vão exercer a profissão, não
percam de vista o cumprimento destas regras.

Por outro lado, o computador nunca substituirá a figura do contador em uma empresa. O
computador é apenas uma máquina preparada para processar alguns dados que o medidor fornece.
Portanto, antes de tudo, você deve aprender a manter uma contabilidade "à mão". Tendo
conseguido isso, será fácil para você carregá-lo através de um computador.

Por isso, sugere-se que o aluno preste muita atenção nas explicações que serão dadas a seguir em
torno dos livros contábeis.

Central de Contadores 57
Contabilidade
Financeira
LIVROS CONTÁBEIS.
Os livros contábeis podem ser classificados em dois grupos:

a) Livros obrigatórios .
b) Livros não obrigatórios.

LIVROS OBRIGATÓRIOS.
São constituídos por esse grupo de livros cuja obrigação de os transportar está estipulada pelo Código
Comercial e pelo Regulamento da Lei do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). São eles:

EMPRESAS DE ASSINATURA PESSOAL RESPONSABILIDADE LIMITADA


LIVROS COLETIVO POR AÇÕES

Diário Sim Sim


Livro-razão Sim Sim
Livro de Inventário Sim Sim
Livro de compras - IVA Sim Sim
Livro de vendas - IVA Sim Sim
Livro de Sócios ou Acionistas Sim
Livro de atas de assembleias Sim
Livro de Atas dos Administradores Sim

Como dito acima, todos os livros mencionados são obrigatórios no caso de sociedades anônimas,
sociedades limitadas e sociedades limitadas por ações. No caso de uma assinatura pessoal ou de uma
parceria, apenas os livros Diário, Contabilidade, Inventários, Compras - IVA e Vendas - IVA são
obrigatórios.

Por enquanto, apenas o último será discutido. O restante será discutido nos capítulos relacionados a
esse tipo de empresa no curso Superior de Ciências Contábeis.

Precisamente, o O artigo 32 do Código Comercial dispõe:

"Todo comerciante deve manter sua contabilidade em espanhol, que deve incluir o livro diário, o livro
razão geral e o livro de inventário."

Esse mesmo artigo afirma que, além desses livros, "poderá portar qualquer outro auxiliar que julgar
conveniente para maior ordem e clareza de suas operações".

Por seu turno, o artigo 70.º (Regulamento do IVA), estabelece a obrigatoriedade de manutenção do
livro de Compras e Vendas, quando dispõe:

58 Central de Contadores
O Livro Diário
"Os contribuintes, além dos livros exigidos pelo Código Comercial, devem manter um livro de
compras e um livro de vendas.

Esses livros registrarão cronologicamente e sem demora as informações relativas às suas


operações no mercado interno, importações e exportações, documentadas por notas fiscais emitidas
e recebidas, documentos equivalentes para a venda de bens e serviços, bem como notas de débito
e crédito que retifiquem as notas fiscais originalmente emitidas e outros comprovantes e
documentos comprovativos da venda ou da execução de mercadorias. serviços e aquisição de bens
ou recebimento de serviços".

O LIVRO DIÁRIO.
Também chamado de livro de primeiras entradas, este é o primeiro livro que intervém no registro
de transações. As características deste livro e os seus objetivos estão claramente indicados nos
artigos 33.º e 34.º do Código Comercial.

Trata-se de um livro jurídico de uso obrigatório que, antes de ser colocado em uso, deve ser
previamente apresentado ao Tribunal ou ao Registro Comercial ou, na falta deste, ao juiz ordinário
da mais alta categoria existente na localidade.

Como prova de ter sido legalizado, na primeira página está carimbado o nome da empresa, o
destino que será dado a este livro e o número de páginas que ele contém. Tal selo deve ser
assinado pelo Juiz e seu escrivão ou pelo Registrador Comercial, conforme o caso (Ilustração 4.1).

É importante lembrar que, para que esse e qualquer outro livro seja legalizado, é imprescindível
apresentar o documento de registro da empresa que está solicitando esse serviço.

Uma vez legalizado o livro diário, procederá como indica o artigo 34.º do Código Comercial; Ou
seja, as operações realizadas pela empresa serão registradas diariamente, de modo que cada item
expresse claramente quem é o devedor e quem é o credor.

No entanto, em vez de registar as operações do dia-a-dia, é também permitido registrá-las com base
em resumos mensais, com a condição de que sejam guardados todos os documentos que suportam
as operações que têm sido realizadas todos os dias.

AULAS DIÁRIAS DE LIVROS.


O livro diário pode ser de diferentes tipos, de acordo com o aspecto sob o qual é estudado.

Atendendo a Revista principal ou geral


Sua hierarquia Diário auxiliar

CLASSES DE
DIÁRIO
Atendendo à Diário de duas colunas ou diário
sua forma comum
Diário multicolunar ou diário americano

Central de Contadores 59
Contabilidade
Financeira
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER

INSCRIÇÃO MERCANTI
PRIMEIRO
DA COMARCA DO DISTRITO FEDERAL E DO ESTADO 1
DE MIRANDA

Caraca*3 DE JULHO DE 2000

PARA O REGISTRO
(50) CINQUENTA
Isso em cada um dos loe
fólio* que integram este livro de JOURNAL BOOK
63
N°. 74 1 DE 2 RM RECEBIMENTO: 979477 DATA : 03/07/2000
Pertencente ao escritório CENTRO DE CONTADORES
CECONTA C.A.

foi carimbado com »1 ('lio de nía registro, de acordo com as disposições do


Código Comercial.

Primeiro Registrador Comercial


. .i o
1

Figura 4.1. Legalização do Livro Diário


REVISTA PRINCIPAL.
É o livro em que serão registradas todas as transações que a empresa fez, seja todos os dias ou
com base em resumos, que não podem abranger períodos superiores a um mês. Note-se que este é
o único jornal que é obrigatório legalizar antes de colocá-lo em uso; daí seu caráter "principal".
60 Central de Contadores
O Livro Diário
Empresas que utilizam sistemas informatizados para transportar seus contabilidade (que
atualmente são a maioria deles), não usam mais o tradicional diário encadernado.

Há algum tempo, o Registro Mercantil legaliza livros diários de folhas removíveis, devidamente
numerados, nos quais está carimbado o selo do referido Registro, de modo que isso permite imprimir
os lançamentos, diretamente do computador, por meio do qual são registradas as transações
realizadas pela empresa, por meio de um lançamento sumário mensal.

DIÁRIOS AUXILIARES.
Nas empresas onde muitas operações repetitivas são realizadas, revistas auxiliares não legalizadas
são usadas para registrá-las e, em seguida, o resumo delas, é o que é registrado na revista
principal.

Por exemplo, empresas que fazem muitas vendas diariamente, usam um diário de vendas auxiliar
no qual essas vendas são registradas uma a uma e diariamente. No final do mês, eles são somados
e, o total vendido nesse período, é o que é registrado no jornal principal ou legalizado.

É claro que qualquer uma dessas revistas auxiliares pode ser considerada como revista principal, se
antes de colocá-las em uso forem apresentadas à Junta Comercial para serem legalizadas. Assim,
poderia haver um diário de vendas principal, um diário de compras principal, um diário de despesas
principal, etc. Nesse caso, o resumo mensal de cada um desses diários não seria necessário para
registrá-lo na revista principal geral, uma vez que, como os diários auxiliares são legalizados, tornam
esse registro desnecessário.

REVISTA COMUM.
Já apontamos que, de acordo com sua forma, o livro diário pode ser apresentado sob duas
modalidades: o diário comum ou de duas colunas e o diário de várias colunas ou diário
americano.

O diário comum é a forma de diário mais difundida e frequentemente usada.

Como esse tipo de diário é o mais simples e o mais fácil de manusear, é nele que vamos nos basear
para desenvolver esse tópico. Nos próximos capítulos, explicaremos detalhadamente os outros tipos
de periódicos.

Ele começará explicando o tipo de eclosão que o diário comum tem, bem como o objetivo de cada
uma de suas colunas.

(3)
(2) DESCRIÇÃO REFE (4) DEVE (5) TÊM
(1) DATA (Ano) RÊN
(mês) (dia) CIA

Central de Contadores 61
Contabilidade
Financeira
Figura 4.2
Diário comum (ou de duas colunas)

Como você pode ver na Figura 4.2, a eclosão do diário comum na verdade consiste em cinco colunas.
No entanto, na prática, quando se fala de um determinado tipo de diário, ele é identificado pelo número
de colunas em que as figuras podem ser registradas. No diário comum, as figuras só podem ser
registadas nas colunas 4 e 5. Vamos explicar abaixo o uso dado a cada uma das cinco colunas.

Coluna 1: DATA.
Nesta primeira coluna você escreverá o mês e o dia em que a transação está sendo lançada. Ou seja,
no topo, no início de cada uma das páginas, está escrito o ano. Então, diante do registro de cada uma
das transações, o mês e o dia em que esse registro está sendo feito é escrito.

Coluna 2: DESCRIÇÃO.
A segunda coluna, que como se pode ver é a mais ampla, destina-se, por um lado, a escrever o nome
das contas envolvidas no registo da operação e, por outro, a dar uma explicação o mais clara possível,
mas de forma muito resumida. das características da operação que está sendo registrada.

Coluna 3: REFERÊNCIA.
Esta coluna é usada para fazer referência cruzada a outros livros, como o Razão Geral. No Capítulo 5,
este último será explicado e, nesse momento, os esclarecimentos relacionados a esta coluna serão
concluídos.

Coluna 4: MUST.
Esta coluna registrará o valor que corresponde a cada uma das contas que receberam algo ou foram
cobradas como resultado da transação feita.

Coluna 5: TEM.
Nesta última coluna, ao contrário, serão registrados os números entregues pelas contas que
intervieram . Ou seja, assinaturas ou créditos.

O VERBETE DA REVISTA.
A entrada de diário pode ser definida como o método usado para registrar no diário as transações que
uma empresa realiza.

Esse método de registro é baseado na teoria do encargo e do crédito, já explicada no Capítulo 3.


Recomenda-se que, antes de avançar, o aluno revise esse tema a fim de atualizar esse
conhecimento.

Como você vai se lembrar, a teoria da cobrança e do pagamento ou da dupla entrada, baseia-se
nisso:

"Em cada transação há uma ou mais contas que eles recebem (que são cobradas) e uma ou
mais contas que entregam o mesmo valor (ao qual são creditados)."

Bem, vejamos como, com base nessa teoria, as transações são registradas no diário por meio de
entradas.

Operação nº 1
62 Central de Contadores
O Livro Diário
Em 02-01-2012, o Sr. Pedro Rivas e o Sr. José Méndez constituíram uma empresa, HOGAR C.A.,
que se dedicará à compra e venda de eletrodomésticos. Para formar o capital, cada um contribuiu
com Bs. 5.000.oo em dinheiro que foram depositados no Banco Venezuela em nome da empresa,
de acordo com o formulário de depósito nº. 825.

Como você pode ver na Figura 4.3, na coluna "DATA" escrevemos o ano de 2012, no topo. Em
seguida, na primeira linha utilizável e na frente do número atribuído ao assento, o mês e o dia em
que a transação é registrada são anotados.

Imediatamente, passamos a determinar o que a empresa recebeu e qual conta controla o que a
empresa recebeu.

O que a empresa recebeu?


Ele recebeu dinheiro que foi depositado no banco para Bs. 10.000,oo.

Que conta recebeu?


BANCOS. Se os bancos receberem, o valor é registrado no débito.

Veja a figura 4.3. A entrada começa digitando o nome da conta que você recebe: BANCOS, que é
escrito imediatamente após a linha onde a coluna de data termina. O valor recebido pelo banco,
Bs.10,000,oo, está escrito na coluna débito .

DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 02 _______
--- --
10.000,o.br
BANCOS
Figura 4.3

O próximo passo é determinar o que a empresa entregou e a conta ou contas que controlam o que
ela entregou:

O que a empresa entregou?


Entregou os Srs. Deputados. Rivas y Méndez, um documento (documento de incorporação)
afirmando que a empresa lhes deve Bs. 10.000,oo pela contribuição que fizeram para o capital
do mesmo.

Qual conta controla o que a empresa entregou?


CAPITAL é chamado de conta que controla a contribuição inicial feita pelos donos da empresa
para que ela possa iniciar suas operações.

Se o Capital entregar, você recebe Bs. 10.000,oo. A figura 4.4 mostra a técnica de registro da
adubação.

DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 2 _______
--- --
10.000,o.
BANCOS 10.000,o.br
br
CAPITAL
Assento inicial. Registro da contribuição ao Capital
Central de Contadores 63
Contabilidade
Financeira
Figura 4.4

As contas que são creditadas são escritas na linha imediatamente disponível e começam a escrever
mais à direita para que, à primeira vista, seja possível diferenciar as contas cobradas das creditadas.
Observe como, Capital, foi escrito mais à direita.

De resto, o valor fornecido pela conta de capital, Bs. 10.000.oo, deve ser anotado no crédito desde que
o Capital "entregue".

Finalmente, como explicado nos tópicos anteriores, é necessário completar o verbete com um conceito
ou explicação em que, de forma resumida, alguns detalhes adicionais da transação são mencionados.
Nesse caso, a explicação seria mencionar em qual banco foi feito o depósito do dinheiro e quem
contribuiu.

A figura 4.5 mostra o assento já concluído. Ele expressa claramente tudo o que precisa ser conhecido
sobre a transação feita, fundamentalmente, qual conta recebeu (foi cobrada), qual conta foi entregue
(paga) e o respectivo conceito.

DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 2 _______
--- --
10.000,o.b 10.000,o.
BANCOS r br
CAPITAL
Assento inicial. Para registrar aporte de capital...
Figura 4.5
Com relação à coluna de referência, já foi comentado que, devido à relação que esta coluna tem com o
chamado livro-razão , o que está relacionado a ela será explicado quando esse livro for discutido no
próximo capítulo.

Vamos continuar com as práticas diárias de entrada. No entanto, no futuro não vamos detalhar tanto
a explicação, com o objetivo de fazer com que você analise a transação e faça a entrada.

Recomenda-se que você leia cada transação feita, mas não olhe para a entrada apresentada
abaixo. Primeiro faça você mesmo e, em seguida, compare o que você fez com o assento que será
mostrado. Este é um excelente método para conseguir que, em pouco tempo, domine tudo
relacionado aos verbetes de periódicos.

Operação nº 2
Em 04-01-2012 foi adquirido da Mueble Centro C.A, nota fiscal nº 25, mobiliário diferente para Bs.
1.000,oo para serem usados no escritório, que foram pagos com cheque 7126 do Banco Venezuela.

O que a empresa recebeu?


Móveis por Bs. 1.000,oo.

Qual conta controla os móveis?


MOBILIÁRIO. Móveis são cobrados Bs. 1.000,oo.

64 Central de Contadores
O Livro Diário
O que a empresa entregou?
Dinheiro que ele tinha no banco para Bs. 1.000,oo

Qual conta controla o dinheiro que a empresa tem no banco?


BANCOS. Os bancos são pagos Bs. 1.000,oo. A figura 4.6 mostra o assento com seu conceito
correspondente.

DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 4 __Ou__
--- --
MOBILIÁRIO 1.000,oo 1.000,oo
BANCOS
Compra de móveis do Mueble Centro C.A. fatura 25
Figura 4.6

Operação nº 3
Em 06-01-2012 a mercadoria foi comprada para venda da Suplidora C.A. de acordo com a fatura
456 para Bs. 5.000,oo. Foram aceitas duas letras de câmbio de Bs. 2.500.oo cada com vencimento
em 30-01-2012 e 15-02-2012.

O que a empresa recebeu?


Mercadoria adquirida por Bs. 5.000,oo.
Qual conta controla a mercadoria que está sendo comprada para venda?
COMPRAS. As compras são cobradas Bs. 5.000,oo

O que a empresa entregou?


Letras de câmbio a serem pagas em datas futuras para Bs. 5.000,oo.
Qual conta controla as letras de câmbio que a empresa deve?
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES. Para efeitos de pagamento de fornecedores, Bs.
5.000,oo.
Observe a entrada a ser feita na figura 4.7.

DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 6 --- 3 --
COMPRAS 5.000,oo
EFEITOS A PAGAR PELOS
FORNECEDORES 5.000,oo
Compra conforme nota fiscal nº 456 para Suplidora C.A.
Letras de câmbio aceitas da seguinte forma:
Bs. 2.500,oo: Vencimento 30-01-2012
Bs. 2.500,oo: Vencimento 15-02-2012
Figura 4.7

Operação nº 4
Central de Contadores 65
Contabilidade
Financeira
Em 08-01-2012 a mercadoria foi vendida de acordo com a nota fiscal 260 ao Sr. Romero por Bs.
4.000,oo nas seguintes condições:

a) Bs.1.000,oo de dinheiro. O dinheiro era recebido e guardado na caixa.


b) Bs. 3.000,oo a crédito. O Sr. Romero aceitou duas letras de câmbio vencidas
15-01-2012 e 30-01-2012 para Bs.1.500,oo cada.

O que a empresa recebeu?


Dinheiro para Bs. 1.000,oo que é mantido na caixa.

Qual conta controla o dinheiro no caixa?


CAIXA. A Caja é cobrada Bs. 1.000,oo

O que mais a empresa recebeu?


Letras de câmbio aceitas pelo cliente Sr. Romero a serem cobradas em datas diferentes pela Bs.
3.000,oo.

Qual conta controla as letras de câmbio que a empresa tem a receber?


RECEBÍVEIS COMERCIAIS. Para fins de Recebíveis Comerciais, Bs.3,000.oo é cobrado.

O que a empresa entregou?


Mercadoria à venda por Bs. 4.000,oo.

Qual conta controla a mercadoria que a empresa vende?


VENDA. As vendas são creditadas Bs. 4.000,oo. Analise a entrada mostrada na Figura 4.8

DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 8 --- 4 --
CAIXA 1.000,oo
RECEBÍVEIS COMERCIAIS 3.000, oo
VENDA
4.000,oo
Vendas ao Sr. Romero nota fiscal nº. 260.
Cartas de aceitação como segue:
Vencimento 15-01-2012: Bs. 1.500, oo
Vencimento 30-01-2012: Bs. 1.500, oo

Figura 4.8
Operação nº 5
Em 15-01-2012 Eleoccidente recebeu uma conta de luz para Bs. 520,oo com cheque nº. 7127 do
Banco Venezuela

Observe a Figura 4.9 e retorne aqui para discutir a transação.

O que a empresa recebeu?


Um serviço. Ou seja, energia elétrica
Qual conta controla o que a empresa recebeu?
CUSTOS DE ENERGIA ELÉTRICA. A Despesa com Energia Elétrica é cobrada Bs. 520,oo.
66 Central de Contadores
O Livro Diário
O que a empresa entregou?
Dinheiro que você tem no banco.
Qual conta controla o dinheiro que a empresa tem no banco?
BANCOS. Os bancos são pagos Bs. 520,oo.

DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 15 --- 5 --
CUSTOS DE ELETRICIDADE
520,o.ª 520,o.ª
BANCOS
Pago Eleoccidente cheque 7127 Banco Venezuela

Figura 4.9
Nas transações a seguir nos limitaremos a mencionar a operação e, imediatamente, você verá a
entrada que deve ser feita. Você terá que analisá-lo e assimilá-lo. Claro, se você tiver alguma
dúvida, verifique com seu professor quando chegar na aula.

Operação nº 6
No dia 16 de janeiro, um caminhão foi comprado da Motores C.A. por Bs. 15.000.oo de acordo com a
fatura 2168 e foi pago da seguinte forma:

a) Taxa inicial Bs. 5.000,oo. Cheque nº 7128 Banco Venezuela.


b) Foram aceitas 5 letras de câmbio em diferentes vencimentos para Bs. 2.000,oo cada
(ver figura 4.10).

DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 16
--- 6 -- 15.000,oo
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE 5.000,oo
BANCOS 10.000,o.br
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES
Comprar veículo Motors C.A. Nota fiscal 2168...

Figura 4.10

Operação nº 7
Em 17-01-2012 foi vendido ao cliente P. Mercadoria Rivas a crédito para Bs. 12.000,oo. O cliente nos
assinou a fatura 261 a ser paga em 25-01-2012. (Ver entrada na Figura 4.11.)

DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 17 --- 7 --
CONTAS A RECEBER
12.000,oo 12.000,oo
VENDA
Venda a crédito de acordo com a fatura 261...

Central de Contadores 67
Contabilidade
Financeira
Figura 4.11

Operação nº. 8
Em 20-01-2012 foi contratada com a empresa Seguros Atlántico, C.A. Uma apólice de seguro que cobre
o risco de incêndio por um ano. O valor do prêmio era Bs. 600,oo, pago com cheque 7129 do Banco
Venezuela.
O assento a ser confeccionado pode ser visto na figura 4.12. Vamos comentar:
O que a empresa recebeu?
Um serviço. Ou seja, a garantia de que, em caso de incêndio, os danos serão cobertos pela
seguradora.
Qual conta controla o que a empresa recebeu?
Como o prêmio do seguro pago cobre o risco de incêndio pelos próximos doze meses, a conta que
controla essa despesa é chamada de DESPESAS DE SEGURO. Esta conta será cobrada Bs.
600,oo.
O que a empresa entregou?
Uma verificação para Bs. 600,oo contra o Banco Venezuela.
Qual conta controla o que a empresa entregou? BANCOS. Os bancos são pagos Bs. 600,oo.
O assento seria:
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 20 __Q___
--- 8 --
DESPESAS DE SEGURO 600,oo 600,oo
BANCOS
Política de Pagamento...
Figura 4.12

Operação nº 9
Em 21-01-2012 foi cobrada uma carta de 1.500,oo devidos pelo cliente Sr. Romero.

DATA 2012 DESCRIÇÃO Ref. DEVER TER


Janeiro 21 --- 9 --
CAIXA
CARTA DE COBRANÇA DE RECEBÍVEIS 1.500, oo 1.500, oo
COMERCIAIS AO SR. ALECRIM...
Figura 4.13

Operação nº 10
Em 22-01-2012 a mercadoria foi comprada para Bs. 14.000,oo. Se canceló Bs. 1.000,oo com
cheque 2169 do Banco Venezuela e para o restante, uma fatura foi assinada para ser paga em 30
dias.

A entrada correspondente pode ser vista na Figura 4.14. No entanto, vamos comentar sobre isso.

68 Central de Contadores
O Livro Diário
O que a empresa recebeu?
Mercadoria para Bs. 14.000,oo.

Qual conta controla a mercadoria que está sendo comprada?


COMPRAS. As compras são cobradas Bs. 14.000,o.br
O que a empresa entregou?
Dinheiro que você tem no banco para Bs. 1.000,oo
Qual conta controla o que a empresa entregou?
BANCOS. Os bancos são pagos Bs. 1.000,oo.
O que mais a empresa entregou?
Uma fatura aceita para ser paga em 30 dias pela Bs. 13.000,oo.

Central de Contadores 69
Contabilidade
Financeira
Qual conta controla as dívidas que a empresa contrai quando elas são lastreadas pela aceitação
de uma fatura?
FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR. Uma Conta a Pagar é creditada Bs. 13.000,oo.

DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 22
--- 10 -- 14.000,o.br
COMPRAS 1.000,oo
BANCOS 13.000,o.br
FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR
Compra de mercadoria...
Figura 4.14

Operação nº 11
Em 25-01-2012 o cliente Sr. P. Rivas fez um pagamento de Bs. 8.000,oo por conta da fatura
Não. 261 que deve.

DATA DESCRIÇÃO REF DEVER TER


2012
Janeiro 25 ____ ____
--- --
CAIXA 8.000,oo 8.000,oo
CONTAS A RECEBER
Fertilizante de P. Rivas por conta da fatura 261...
Figura 4.15

Operação nº 12
Em 28-01-2012, do dinheiro que existia na caixa, foi depositado no Banco Venezuela Bs. 9.000,oo, de
acordo com o formulário de depósito 3256.

DATA
DESCRIÇÃO Ref. DEVER TER
2012
Janeiro 28 ________
--- --
BANCOS 9.000,oo 9.000,oo
CAIXA
Depósito nº. 3256 Banco Venezuela...
Figura 4.16
Operação nº. 13
Em 30-01-2012 foi pago Bs. 1.600.oo para aluguel, com cheque 2170 do Banco Venezuela.

DATA
DESCRIÇÃO Ref. DEVER TER
2012

70 Central de Contadores
O Livro Diário
Janeiro 30 --- 13 --
DESPESAS DE ALUGUEL
1.600,o.o 1.600,o.o
BANCOS
Cheque de pagamento de aluguel nº. 2170 Banco
Venezuela.

Figura 4.17

Operação nº 14
Em 30-01-2012 mercadorias em dinheiro foram vendidas para Bs. 11.000,oo. O cliente pagou com
cheque 3528 do Banco Andino.

Neste caso, considera-se conveniente esclarecer que, o fato de o cliente pagar com cheque, não
significa que a conta bancária seja afetada. Na verdade, o cheque recebido pertence ao banco onde
o cliente tem seu dinheiro. Para fins de entrada, cheques recebidos de terceiros serão considerados
como dinheiro recebido pelo caixa. Por isso, é cobrado de Caja. Ver entrada na figura 4.18.

DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 30 --- 14 --
CAIXA
11.000,o.br 11.000,o.br
VENDA
Vendas à vista...
Figura 4.18

Operação nº 15
Em 30-01-2012 foi paga em cheque a folha de pagamento dos empregados cujo valor bruto atingiu
Bs. 6.000.oo, dos quais Bs. 2.500,oo aos funcionários do departamento de vendas e Bs. 3.500,oo ao
departamento de administração. Deste montante, Bs. 160.oo para a segurança social.

O que a empresa recebeu?


Um serviço dos funcionários.

Qual conta controla o que a empresa recebeu?


DESPESAS SALARIAIS. Portanto, esta conta será cobrada Bs. 6.000,oo.

O que a empresa entregou?


Dinheiro que eu tinha no banco para Bs. 5.840,oo.

Qual conta controla o dinheiro nos bancos?


BANCOS. Os bancos são pagos Bs. 5.840,oo.

O que mais a empresa entregou?


Ao descontar dos empregados os Bs. 160,oo por conceito de Previdência Social, a empresa,
automaticamente, torna-se devedora daquele Instituto. Significa que a empresa "entregou" à
Segurança Social o direito de cobrar Bs. 160,oo. Na verdade, a empresa terá que pagá-los ao
longo do mês seguinte.

Central de Contadores 71
Contabilidade
Financeira
Qual conta controla as retenções previdenciárias que a empresa faz aos seus trabalhadores?
RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA A PAGAR. Portanto, esta conta será creditada Bs. 160,oo.

DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 30 --- 15 --
DESPESAS SALARIAIS 6.000,oo
BANCOS
RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA P/PAY Para 5.840,o.o
registrar a folha de pagamento... 160,oo
Figura 4.19

Como você deve ter visto, é muito fácil registrar transações no diário de duas colunas por meio das
chamadas entradas de diário.

Antes de qualquer transação feita pela empresa:

1) Determine o que a empresa recebe .


2) Identificar a(s) conta(s) que controlam oQue A empresaestá recebendo.
3) Essa conta ou contas são CARREGANDO.
4) Em seguida, determine o que está entregandoa empresa.
5) Identificar a(s) conta(s) que a empresa É Entregar.
6) Essa conta ou contas são CREDITADAS.

A título de resumo, são mostrados todos os registros realizados, apresentados de forma correlata nas
Ilustrações 4.20 e 4.21.

Como você pode ver lá, quando uma página é concluída, as colunas são simplesmente adicionadas e,
na última linha, os totais são escritos anotando na coluna de conceitos a palavra "van". (Consulte a
Figura 4.20.)

Em seguida, na primeira linha da próxima página, escreva a palavra vem, além dos totais que foram
arrastados da página anterior. (Ver figura 4.21)

72 Central de Contadores
O Livro Diário
Fólio 2
DATA 2012 DESCRIÇÃO D DEVER TER
Janeiro 2 _______
--- ---
BANCOS 10.000,o.br
CAPITAL 10.000,o.br
Assento inicial. Registrar aporte de capital conforme
documento de constituição e depósito 825 Banco Venez.
Janeiro 4 __Ou__
--- ---
MOBILIÁRIO 1.000,oo
BANCOS 1.000,oo
Compra de móveis do Mueble Centro C.A. Fato. 25
cancelados por cheque 7126 Banco Venezuela.
Janeiro 6 --- 3 ---
COMPRAS 5.000,oo
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES 5.000,oo
Compra conforme nota fiscal nº. 456 para Suplidora C.A.
Cartas aceitas como esta:

Bs. 2.500,oo: Vencimento 30-01-2012


Bs. 2.500,oo: Vencimento 15-02-2012
Janeiro 8 --- 4 ---
CAIXA 1.000,oo
RECEBÍVEIS COMERCIAIS 3.000, oo
VENDA 4.000,oo
Vendas ao Sr. Romero nota fiscal nº. 260. Cartas de
aceitação como segue:

Vencimento 15-01-2012: Bs. 1.500, oo


Vencimento 30-01-2012: Bs. 1.500, oo
Janeiro 15 --- 5 ---
CUSTOS DE ELETRICIDADE 520,o.ª
BANCOS 520,o.ª
Cancelamento de recebimento Eleoccidente por cheque
Número.
7127
Janeiro 16 --- 6 ---
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE 15.000,oo
BANCOS 5.000,oo
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES 10.000,o.br
Compre um veículo da Motores C.A. Fato. Número.
2168. Cheque nº. 7128 Banco Venezuela. Letras...

FURGÃO 35.520,o.br 35.520,o.b


r
Figura 4.20

Central de Contadores 73
Contabilidade
Financeira
Fólio 3
DATA 2012 DESCRIÇÃO D DEVER TER

VIR 35.520,00 35.520,o.b


r
Janeiro 17 - -- 7 --
CONTAS A RECEBER 12.000,oo
12.000,oo
VENDA
Venda a crédito de acordo com nota fiscal...
Janeiro 20 - -- 8 --
DESPESAS DE SEGURO 600,oo
600,oo
BANCOS
Política de Pagamento...
Janeiro 21 - --9---
CAIXA 1.500,
1.500, oo
RECEBÍVEIS COMERCIAIS oo
Coleção de cartas ao Sr. Romero
Janeiro 22 - -- 10 --
COMPRAS 1.000,oo
BANCOS 14.000,o.
13.000,o.b
br
CONTAS A PAGAR FORNECEDORES r
Compra de mercadoria...
Janeiro 25 11
--- --
CAIXA 8.000,oo
8.000,oo
CONTAS A RECEBER Assinatura do cta. 261
Janeiro 28 págs. Rivas...
12
--- -- 9.000,oo
9.000,oo
BANCOS
Janeiro 30
CAIXA
Depósito nº. 3256 Banco Venezuela...
- -- 13 -- 1.600,o.o
1.600,o.
DESPESAS DE ALUGUEL o
Janeiro 30
BANCOS
Cheque de pagamento de aluguel nº. 2170 Banco
Venezuela. 11.000,o.b
r
Janeiro 30 - -- 14 -- 11.000,o.
CAIXA br
VENDA
Vendas à vista...
5.840,o.o
- -- 15 -- 160,oo
DESPESAS SALARIAIS 6.000,oo
BANCOS
TOTAL DO MÊS 99.220,o.br 99.220,o.b
r
Figura 4.21
No final do mês, ele é totalizado na última linha da página que está sendo usada no momento,
colocando o conceito total do mês. (Consulte a Figura 4.21.)
74 Central de Contadores
O Livro Diário
Por fim, verifique sempre se ambos os totais, o do deve e o do crédito, são iguais, pois necessariamente
devem ser. Deve sê-lo, uma vez que os lugares foram estabelecidos com base no princípio da dupla
entrada. Ou seja, cada cobrança corresponde ao seu pagamento.

Quando os totais não coincidem, provavelmente é devido a erros cometidos, que devem ser
encontrados e corrigidos.

TIPOS DE ASSENTO.
Com base no número de contas afetadas ou no número de transações registradas em cada entrada,
estas são classificadas como:

a. Assentos simples.
b. Assentos compostos.

ASSENTOS INDIVIDUAIS.
São aquelas através das quais são registadas uma ou mais operações da mesma natureza, em que
intervêm apenas duas contas: uma que recebe, à qual é cobrado, e outra que entrega, à qual é paga.

Exemplo:

As vendas spot em janeiro de 2012 atingiram Bs. 7.400,oo.

O assento seria:

DATA
DESCRIÇÃO D DEVER TER
2012
Janeiro 31 --- 16 --
CAIXA
7.400,o.o 7.400,o.o
VENDA
Para registrar vendas à vista no mês....

ASSENTOS COMPOSTOS.
A este grupo pertencem as entradas em que três ou mais contas intervêm para registar uma ou mais
transações em simultâneo.

Exemplo:

Durante o mês de janeiro de 2012, a mercadoria foi comprada para Bs. 3.000,oo nas seguintes
condições:

Dinheiro em espécie: Bs 400,oo


Conte com cheques: Bs. 900,oo
Crédito (Faturas): Bs.1.100, oo
Crédito (Cartas): Bs. 600,oo

Assento:
DATA Ref
DESCRIÇÃO DEVER TER
2012 .

Central de Contadores 75
Contabilidade
Financeira
Janeiro 31 ________
--- -- 3.000, oo
COMPRAS 400,oo
900,oo
CAIXA 1.100, oo
BANCOS 600,oo
FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES Para
registrar compras...

Observe que esse é o registro de várias transações envolvendo mais de duas contas. Trata-se,
portanto, de um assento composto.

NORMAS LEGAIS QUE REGULAMENTAM A ELABORAÇÃO DE VERBETES NA


REVISTA.
O artigo 36 do Código Comercial menciona claramente uma série de regras em torno da atividade de
registro de transações no diário.

De acordo com este artigo, é proibido:

1. Altere nas entradas a ordem e a data das operações descritas.


2. Deixe alvos sobre ou após o corpo dos assentos.
3. Coloque assentos à margem e faça filas, arranhões ou emendas.
4. Exclua os assentos ou parte deles.
5. Arrancar folhas, alterar a encadernação ou foliação e mutilar alguma parte dos livros.

EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 4.1.
Responda brevemente às seguintes perguntas:

1. De acordo com o Código Comercial e os Regulamentos da Lei do Imposto sobre o Valor


Acrescentado (IVA), qualquer comerciante, agindo como pessoa singular ou colectiva, é obrigado
a manter livros contabilísticos.

Diga o quê Os livros devem trazer:

a) Um Assinatura pessoal.
b) Um Empresa em nomecoletivo.
c) Um corporação.
d) Um Responsabilidade civil da empresaLimitado.
e) Uma sociedade limitada por ações.

2. Os livros obrigatórios devem ser registrados antes de serem colocados em uso. Diga onde isso
pode ser feito e qual é o procedimento.
76 Central de Contadores
O Livro Diário
3. Defina o livro de diários.

4. Classificar a revista em termos de sua hierarquia e em termos de sua forma.

5. Explique o que se entende por:


a) Diário comum ou de duas colunas.
b) Diário multicolunar.

6. Defina o verbete do diário: para que serve e em que teoria contábil se baseia.

EXERCÍCIO 4.2.
As operações citadas foram feitas pelo comerciante Angel Vielma em outubro de 2012.

Outubro 02: Estabeleceu uma empresa chamada ALMACENES VIELMA com um capital de
Bs. 2.000,oo depositado no Banco Regional através do formulário 2090 de 02-10-2012.

05 de outubro: Os equipamentos para o escritório foram adquiridos da Tecnomáquina C.A. por Bs.
800,oo de acordo com
Nota fiscal 7290. Foi pago como uma parcela inicial Bs. 200,oo com cheque 2101 do
Banco Regional e 5 saques de Bs. 120,oo cada para ser pago a cada 10 dias.

Central de Contadores 77
Contabilidade
Financeira
06 de Móveis foram comprados para Bs. 400,oo para Mueblería La Mesa de acordo
outubro: com a fatura 5305. Se pagó Bs. 240,oo com cheque 2102 do Banco Regional e
para o resto foram aceitos 2 saques de Bs. 80,oo cada Expirando em 21-10-
2012 e 05-11-2012.

Outubro 08: A mercadoria foi comprada da seguinte forma:


a) Distribuidor Planeta: Bs. 500,oo em dinheiro. Obteve-se um desconto de
10% e o líquido foi pago com cheque 2103 do Banco Regional.
b) Almacenes Araya: Bs. 1.200,oo conforme nota fiscal 9809. Foram aceitos 4
turnos de Bs. 300.oo cada com vencimento em 15, 30, 45 e 60 dias
respectivamente.
c) Importa a terra: Bs. 1.000,oo conforme nota fiscal 10403 a 30 dias.

10 de A mercadoria foi vendida da seguinte forma:


outubro: a) Almacenes La Luna: Bs. 860,oo dinheiro de acordo com a nota fiscal 501.
Se
concedido 5% de desconto.
b) Apolo C.A.: Bs. 1.800,oo. Nota fiscal 6201. O cliente aceitou duas cartas de
Bs. 900,oo cada com vencimento em 15 e 30 dias.
c) O Quarteto C.A.: Bs. 1.640,oo. O cliente aceitou fatura 6202 a 45 dias.
15 de Todo o dinheiro em dinheiro, exceto Bs. 40,oo que sobram para pagamentos
outubro: menores. Planilha 2096.

15 de Os salários eram pagos para Bs. 400,oo. 4% foi retido pela Previdência Social
outubro: e 1% pelo Fundo de Poupança Compulsória para Habitação (Política
Habitacional). Para a rede foi emitido cheque nº. 2104 do Banco Regional.
25 de
Foi cobrado a Apollo C.A. a carta que expirou nesta data por Bs. 900,oo.
outubro:
26 de Foi pago com cheque 2105 do Banco Regional para a Tecnomáquina C.A. a
outubro: carta expirou em 15-10-2012 por Bs. 120,oo.
Almacenes Araya foi pago a conta com vencimento em 23-10-2012 para Bs.
28 de
300,oo.
outubro:
Cheque bancário regional 2106.
31 de O cheque 2107 foi emitido pelo Banco Regional para Bs. 80,oo para cancelar a
outubro: Mueblería La Mesa a carta expirou em 21-10-2012.

31 de O cliente El Cuarteto pagou metade da fatura 6202. Ele recebeu um desconto


outubro: de 5% para pagamento imediato.
31 de Foi depositado no Banco Regional Bs. 1.679,oo de numerário existente em
outubro: caixa. Planilha 2921.
31 de Os salários correspondentes à segunda quinzena de outubro foram pagos para
outubro: Bs. 480,oo. Se dedujo Bs. 16,oo pela Previdência Social, Bs. 4.80 para a Caixa
de Poupança Compulsória para Habitação (Política Habitacional). Para a rede
foi emitido cheque 2108 do Banco Regional.

78 Central de Contadores
O Livro Diário
31 de O cheque 2109 foi emitido pelo Banco Regional para cancelar o aluguel de
outubro: outubro para Bs. 320,oo.

31 de Mercadorias em dinheiro foram compradas para Bs. 840,oo e foi pago com
outubro: cheque 2110 do Banco Regional.

31 de A mercadoria foi vendida a crédito para o cliente Apolo C.A. por Bs. 400,oo de
outubro: acordo com a nota fiscal 6203. Ele aceitou um rascunho de 30 dias.

31 de
outubro: A conta de luz foi paga por Bs. 78,oo com cheque 2111 do Banco Regional.

31 de Vários materiais de escritório foram comprados para Bs. 56.oo pago com
outubro: cheque 2112 do Banco Regional.

31 de Foi pago com cheque 2113 do Banco Regional várias despesas de vendas para
outubro: Bs. 400,oo e administração por Bs. 468,oo.
Solicita-se: Registre as operações mencionadas em um diário de duas colunas.

Central de Contadores 79
Razão
Balancete
Livro de Inventário

RAZÃO GERAL.
Já comentamos no tópico anterior que o artigo 32 do Código Comercial diz que todo
comerciante deve obrigatoriamente manter o livro diário, o livro razão e o livro de inventário.

Posteriormente, o artigo 33 menciona que só é obrigatório "legalizar" livros de periódicos e


inventários antes de colocá-los em uso. Ao não mencionar o livro-razão, conclui-se que este livro
é obrigatório para carregar, mas não legalizar. No entanto, é aconselhável fazê-lo porque, dessa
forma, tem maior poder probatório nos julgamentos.

OBJETIVOS DA CONTABILIDADE.
A contabilidade poderia ser definida como "o livro contábil que mostra, cronologicamente, o
movimento que cada conta teve durante um determinado período".

Como você deve se lembrar, no tópico anterior, estudamos como as operações são registradas
na revista por meio de entradas.

Foi mencionado lá que o diário é o livro no qual as transações são registradas pela primeira vez.
Esta é a razão pela qual também é conhecido como um livro de "primeira entrada".

No entanto, faça uma revisão e olhe para a revista nas Ilustrações 4.20 e 4.21 no Capítulo 4.
Mostra-se uma série de anotações feitas em ordem cronológica em que intervêm relatos que,
inclusive, se repetem em alguns deles. Desta forma, cumpre-se o mandato do artigo 34.º do
Código Comercial, mas nada mais. Se, por exemplo, quiséssemos saber o saldo que joga a
conta do Banco, seria complexo obter essa informação de forma rápida, pois o único caminho
seria pegar uma calculadora e começar a somar todos os encargos e subtrair todos os créditos
que tinham aquela conta. E esse trabalho teria que ser feito "toda vez" que você quisesse saber o
saldo daquela conta.

Pois bem, a contabilidade veio para eliminar aquela forma lenta e pesada de saber o "movimento"
que determinada conta teve e o saldo que essa conta tem a qualquer momento.

Para isso, procedemos à transferência para cada uma dessas contas, os encargos ou créditos
que tais contas tiveram no diário, na forma que veremos um pouco mais adiante.

Central de Contadores 81
Contabilidade
Financeira
TIPOS DE LIVRO-RAZÃO.
A forma como o conteúdo das contas é apresentado nas principais varia de acordo com o
sistema contábil adotado por cada empresa e, fundamentalmente, se esse sistema é manual ou
mecanizado.
1) O MAIOR EM UM SISTEMA MANUAL.
Quando a contabilidade é mantida manualmente, os tipos de majors mais usados são:
a) O livro encadernado:
É um livro que é adquirido em livrarias especializadas cujos fólios não são removíveis e
são previamente numerados. Nesse caso, um ou mais fólios são atribuídos a cada conta,
dependendo do número de movimentos que a conta deve ter.
b) O livro de folhas removíveis:
Este é um livro que permite adicionar ou remover as páginas quando as circunstâncias o
exigirem.
2) O MAJOR EM UM SISTEMA MECANIZADO.
Nos casos em que a contabilidade é mantida sob forma mecanizada, a contabilidade pode
assumir as seguintes formas:
a) Jogo de cartas:
Utilizado em máquinas eletromecânicas em que é registrado o movimento que cada
conta está tendo. Na verdade, esse tipo de livro-razão já está fora de uso.
b) Listagens de monitores e impressoras:
Quando a contabilidade é mantida por meio de equipamentos eletrônicos, a maior, em
princípio, consistirá nos registros que foram gravados em disquetes, discos rígidos, fitas
magnéticas, etc. No entanto, para que essas informações possam ser visualizadas, é
necessário recorrer à extração através do monitor do computador ou de listas que são
retiradas pela impressora.
Qualquer que seja o tipo de major que uma empresa utilize, ele irá variar em sua forma e
velocidade com que a informação é obtida, mas em termos de substância ou conteúdo, nenhuma
grande diferença é encontrada.
O modelo de conta contábil mais difundido é mostrado na Figura 5.1; Vamos comentar sobre as
partes que ele contém.
1) Nome e número.
O nome com o qual a conta é identificada será colocado na parte superior. Caso a empresa
utilize um código de conta, o número que lhe correspondeu também será colocado.
2) Data.
A mesma data em que esse movimento foi registrado no diário será escrita lá.

3) Conceitos.
Em princípio, este espaço destina-se a escrever de forma resumida o mesmo conceito que
aparece no verbete do diário que motiva a movimentação da conta em um determinado
momento. No entanto, justamente porque esse conceito já está explicado no diário, para não

82 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
incorrer em duplicidade, costuma-se escrever, simplesmente, "segundo diário".

(1) NOME E NÚMERO


(7)
(4)
(2) DATA (3) DESCRIÇÃO (5) DEVE (6) TÊM EQUILÍBRI
RF
O

Figura 5.1. Modelo de Conta Contábil

4) Referência.
Nesta coluna será escrito o número do fólio do diário e/ou o número da entrada em que
aparece a movimentação da conta que está sendo passada para o atacado.

5) Dever.
Nesta coluna, o mesmo valor que foi cobrado na conta será escrito na entrada do diário
correspondente.

6) Ter.
Os valores que foram pagos nos respectivos lançamentos no diário serão anotados nesta
coluna.

7) Equilíbrio.
Esta coluna será usada para registrar o saldo da conta, cada vez que você tiver uma
cobrança ou um crédito. A fim de melhor grafar a explicação, vamos nos basear nas
entradas de diário que fizemos na Figura 4.20 e 4.21, Capítulo 4, para praticar o mecanismo
de "passes diários para atacado", que reproduzimos nas Figuras 5.2 e 5.3.

Olhe para o assento nº 1. Consiste em um encargo para Bancos e um pagamento ao Capital


para Bs. 10.000,oo. Começará por passar para o maior a taxa recebida pelos Bancos, para a
qual esta conta é atribuída página ou fólio número 1 do Livro Razão, agindo da seguinte
forma:

Passo 1: Nome da conta.


Se for uma nova conta, proceda a abri-la na maior, escrevendo o nome da referida conta no
topo da página correspondente. Neste caso, a conta é BANCOS. (Veja a primeira conta
aberta na página 87.)

Passo 2: Data.
Está escrito na primeira coluna, a data que aparece no verbete do diário: 2 de janeiro.

Passo 3: Conceito.
Em seguida, na coluna de conceitos está escrito: "Segundo o Diário". Na verdade, um
conceito semelhante ao que foi colocado após a entrada no diário poderia ser escrito, que
poderia ser: "Depósito nº. 825 Banco Venezuela". No entanto, isso seria cair na duplicidade
de trabalho, porque estaríamos escrevendo duas vezes: na Revista e na Major. Por essa

Central de Contadores 83
Contabilidade
Financeira
razão, ele só escreve " Segundo o Diário" e se alguém quiser saber desse conceito, pode lê-
lo no Diário, imediatamente após o verbete em questão.

Passo 4: Referência.
Na coluna seguinte, geralmente a mais estreita, procedemos ao cruzamento de referências
entre o maior e o diário. Ou seja, no maior está escrito o número do verbete que está sendo
passado e, no diário, é anotado o número do fólio do maior que foi destinado à conta cuja
movimentação está sendo processada.

No nosso caso, no maior escrevemos o número 1. Isso significa que o passe que está sendo
feito vem do verbete número 1.

Ao mesmo tempo, o número 1 também será escrito no diário. Esse número significa que o
passe para o major que fizemos na conta que ocupa a folha número 1 do referido major que,
neste caso, foi atribuído à conta BANCOS.

Passo 5: Passe para o mais alto da cobrança ou crédito.


O valor que foi debitado ou creditado na conta no diário é imediatamente transferido para o
todo, tendo em vista que, se foi cobrado no diário, no maior é anotado no débito, enquanto
se, ao contrário, no diário foi creditado, no maior será anotado no crédito. Ou seja, no maior
faz a mesma coisa que foi feito no jornal.

No caso desta primeira passagem que estamos fazendo para o atacado, observe que na
entrada número 1 (Figura 5.2), a conta Bancos recebeu uma cobrança de Bs. 10.000,oo.
Portanto, ao repassá-lo para o maior, notaremos nos Bancos débito esse mesmo valor.

Passo 6: Determine o novo saldo.


Uma vez transferido para a conta do maior o encargo ou o crédito que essa conta tinha na
entrada do diário, procedemos à determinação do novo saldo.

Para tal, basear-nos-emos nas regras discutidas a este respeito no Capítulo 2 (Figura 2.18).
Vamos lembrar:

Se o saldo E a conta é feita Operação O saldo resultante será


acima for: a: aritmética: assinado:
DEVEDOR DEBITAR SOMA = DEVEDOR
DEVEDOR CRÉDITO SUBTRAIR = Aquele com o maior dos dois
CREDOR DEBITAR SUBTRAIR = Aquele com o maior dos dois
CREDOR CRÉDITO SOMA = CREDOR

84 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
Fólio 2
DATA 2012 DESCRIÇÃO D DEVER TER
Janeiro 2 _______
BANCOS --- --- 1 10.000,o.br
CAPITAL 2 10.000,o.br
Assento inicial. Registrar aporte de capital conforme
documento de constituição e depósito 825 Banco Venez.
Janeiro 4 __Ou__
MOBILIÁRIO --- --- 3 1.000,oo
BANCOS 1 1.000,oo
Compra de móveis do Mueble Centro C.A. Fato. 25
cancelados por cheque 7126 Banco Venezuela.
Janeiro 6 --- 3 ---
COMPRAS 4 5.000,oo
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES 5 5.000,oo
Compra conforme nota fiscal nº. 456 para Suplidora C.A.
Cartas aceitas como esta:
Bs. 2.500,oo: Vencimento 30-01-2012
Bs. 2.500,oo: Vencimento 15-02-2012
Janeiro 8 --- 4 ---
CAIXA 6 1.000,oo
RECEBÍVEIS COMERCIAIS 7 3.000, oo
VENDA 8 4.000,oo
Vendas ao Sr. Romero nota fiscal nº. 260. Cartas de
aceitação como segue:

Vencimento 15-01-2012: Bs. 1.500, oo


Vencimento 30-01-2012: Bs. 1.500, oo
Janeiro 15 --- 5 ---
CUSTOS DE ELETRICIDADE 9 520,o.ª
BANCOS 1 520,o.ª
Cancelamento de recebimento Eleoccidente por cheque
Número.
7127
Janeiro 16 --- 6 ---
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE 10 15.000,oo
BANCOS 1 5.000,oo
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES 5 10.000,o.br
Compre um veículo da Motores C.A. Fato. Número.
2168. Cheque
Número. 7128 Banco Venezuela. Letras...
FUR 35.520,o.b
GÃO
35.520,o.br
r

Figura 5.2

Central de Contadores 85
Contabilidade
Financeira
Fólio 3
DATA 2012 DESCRIÇÃO D DEVER TER

VIR 35.520,00 35.520,o.b


Janeiro 17 --- 7 --- r
CONTAS A RECEBER 11 12.000,oo
VENDA 8 12.000,oo
Venda a crédito de acordo com nota fiscal...
Janeiro 20 --- 8 ---
DESPESAS DE SEGURO 12 600,oo
BANCOS 1 600,oo
Política de Pagamento...
Janeiro 21 ---9---
CAIXA 6 1.500,
RECEBÍVEIS COMERCIAIS 7 oo 1.500, oo
Coleção de cartas ao Sr. Romero
Janeiro 22 --- 10 ---
COMPRAS 4 14.000,o.
BANCOS 1 br 1.000,oo
FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR 13 13.000,o.b
Compra de mercadoria...
r
Janeiro 25 ___ ____
CAIXA 6 8.000,oo
CONTAS A RECEBER 11 8.000,oo
Assinatura do cta. 261 págs. Rivas...
Janeiro 28 _______
BANCOS --- --- 1 9.000,oo
CAIXA 6 9.000,oo
Depósito nº. 3256 Banco Venezuela...
Janeiro 30 --- 13 ---
DESPESAS DE ALUGUEL 14 1.600,o.
BANCOS 1 o 1.600,o.o
Cheque de pagamento de aluguel nº. 2170 Banco
Venezuela.
Janeiro 30 --- 14 ---
CAIXA 6 11.000,o.
VENDA 8 br 11.000,o.b
Vendas à vista... r
Janeiro 30 --- 15 ---
DESPESAS SALARIAIS 15 6.000,oo
BANCOS 1 5.840,o.o
RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA P/PAY 16 160,oo
Para registrar a folha de pagamento...

TOTAL DO MÊS 99.220,o.br 99.220,o.b


r
Figura 5.3

86 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
BANCOS Fólio 1
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012
Janeiro 02 De acordo com o jornal 01 10.000,o. 10.000,o.º Dr
Janeiro 04 De acordo com o jornal 02 1.000,o 9.000,o.o dr
Janeiro 15 De acordo com o jornal 05 520,o.ª 8.480,o.º Dr
Janeiro 16 De acordo com o jornal 06 5.000,oo 3.480,o.º Dr
Janeiro 20 De acordo com o jornal 08 600,oo 2.880, oo dr
Janeiro 22 De acordo com o jornal 10 1.000,o 1.880, oo dr
Janeiro 28 De acordo com o jornal 12 9.000,oo 10.880,oo dr
Janeiro 30 De acordo com o jornal 13 1.600,o. 9.280,o.º Dr
Janeiro 30 De acordo com o jornal 15 5.840,o.o 3.440,o.º Dr

19.000,o. 15.560,o.br 3.440,o.º Dr


br

CAPITAL Fólio 2
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012
10.000,o.
Janeiro 02 De acordo com o jornal 01 10.000,o.br Cr
br

10.000,o.
10.000,o.br Cr
br

MOBILIÁRIO Fólio 3
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012
1.000,o 1.000,o
Janeiro 04 De acordo com o Diario 02 Dr
o o

1.000.,oo 1.000,o Dr
o

COMPRAS Fólio 4
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012 5.000,o 5.000,o


Janeiro 06 De acordo com o jornal 03 o o Dr
Janeiro 22 De acordo com o jornal 10 14.000,o. 19.000,o. Dr
br br
19.000,o. 19.000,o.
Dr
br br

Central de Contadores 87
Contabilidade
Financeira
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES Fólio 5
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012 5.000,o 5.000,o


Janeiro o o
06 De acordo com o jornal 03 10.000,o. 15.000,o Cr
Janeiro 16 De acordo com o jornal 06 Cr
br o
15.000,oo 15.000,o Cr
o

CAIXA Fólio 6
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012
Janeiro 08 De acordo com o jornal 04 1.000,o 1.000, oo dr
Janeiro 21 De acordo com o jornal 09 o 1.500, 2.500, oo dr
Janeiro 25 De acordo com o jornal 11 oo 8.000,o 10.500,oo Dr
Janeiro 28 De acordo com o jornal 12 o 9.000,oo 1.500, oo dr
Janeiro 30 De acordo com o jornal 14 11.000,o. 12.500,oo dr
br
21.500,o. 9.000,o 12.500,oo dr
br o

RECEBÍVEIS COMERCIAIS Fólio 7


DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012 3.000,
Janeiro 08 De acordo com o jornal 04 3.000, 1.500, oo Dr
Janeiro 21 De acordo com o jornal 09 oo oo 1.500, Dr
oo
3.000, 1.500, 1.500, Dr
oo oo oo

VENDA Fólio 8
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012
Janeiro 08 De acordo com o jornal 04 4.000,o 4.000, oo Cr
Janeiro 17 De acordo com o jornal 07 o 12.000,oo 16.000,oo Cr
Janeiro 30 De acordo com o jornal 14 11.000,o.br 27.000,oo Cr

27.000,o.br 27.000,oo Cr

88 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
CUSTOS DE ENERGIA ELÉTRICA Fólio 9
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012
520,o.
Janeiro 15 De acordo com o jornal 05 520,o.ªDr
ª

520,o. 520,o. Dr
ª ª

DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012
15.000,o
Janeiro 16 De acordo com o jornal 06 15.000.,oo Dr
o

15.000,o 15.000,o Dr
o o
EQUIPAMENTOS DE Fólio 10
TRANSPORTE
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012 12.000,o
Janeiro 17 De acordo com o jornal 07 12.000,o 8.000,o o Dr
Janeiro 25 De acordo com o jornal 11 o o 4.000,o Dr
o
12.000,o 8.000,o 4.000,o Dr
o o o
CONTAS A RECEBER Fólio 11
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012
600,o
Janeiro 20 De acordo com o jornal 08 600,oo Dr
o

600,oo 600,o Dr
o
DESPESAS DE Fólio 12
SEGURO

Central de Contadores 89
Contabilidade
Financeira
FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR Fólio 13
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012
13.000,o. 13.000,o.
Janeiro 22 De acordo com o jornal 10 Cr
br br

13.000,o. 13.000,o. Cr
br br

DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012
1.600,o. 1.600,o.
Janeiro 30 De acordo com o jornal 13 Dr
o o

1.600,o. 1.600,o. Dr
o o
DESPESAS DE ALUGUEL Fólio 14
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012
6.000,o 6.000,o
Janeiro 30 De acordo com o jornal 15 Dr
o o

6.000,o 6.000,o Dr
o o
DESPESAS Fólio 15
SALARIAIS
RETENÇÃO NA FONTE PREVIDENCIÁRIA DEVIDA Fólio 16
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2012
160,o
Janeiro 30 De acordo com o jornal 15 160,oo Cr
o

160,o 160,oo Cr
o

Figura 5.4
Contabilidade
Neste primeiro caso de passagem para o atacado, o saldo dos Bancos está em Bs. 10.000.oo
devedor.

Terminada a passagem para a maior a primeira conta do assento, passamos a próxima:


CAPITAL.

Para isso, seguimos os mesmos passos acima. Acesse a conta nº 2, na página 87.

90 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
1) O nome da conta está escrito na parte superior da página imediatamente gratuita.

2) A data está escrita. A mesma que aparece no jornal: 2 de janeiro.

3) O conceito é notado: De acordo com o jornal.

4) As referências são cruzadas. Eu quero dizer:

a) No maior é colocado o número do verbete da revista: 1


b) No diário é colocado o número da página do major onde está a conta para a qual o
movimento está passando: 2

5) A cobrança ou crédito é passado. Neste caso, é um pagamento para Bs. 10.000,oo.

6) O saldo é retirado: Bs. 10.000.oo (credor).

Desta forma, acabamos de passar para o maior a entrada do jornal nº 1. Não é muito fácil? Bem,
como um guia adicional, vamos explicar como passar o assento número 2. Para fazer isso,
vamos começar observando essa entrada na Figura 5.2. Note que este é um encargo para
Móveis e um crédito para Bancos.

Vamos começar para a primeira conta, MÓVEIS. (Vide conta número 3 na pág. 87).

1) Como essa conta ainda não está aberta no principal, passamos a abri-la, atribuindo-lhe uma
nova página e escrevendo o nome da conta no topo.

2) A data está escrita: 4 de janeiro.

3) O conceito é colocado: Segundo jornal.

4) As referências são cruzadas.

a) No maior está escrito o número do verbete da revista: 2.


b) No diário é colocado o número do fólio do maior: 3.

5) A acusação é passada: Bs. 1.000,oo.

6) O saldo é retirado: Bs. 1.000,oo (devedor).

Imediatamente, passe a seguinte conta: Bancos. Para fazer isso, os mesmos passos são
seguidos acima:

1) Neste caso, como a conta do Bancos já está aberta, limitamo-nos a procurá-la na maior; esta
é a conta n.º 1 (ver página 87).

2) A data está escrita: 4 de janeiro.

3) O conceito é colocado: Segundo jornal.

Central de Contadores 91
Contabilidade
Financeira
4) As referências são cruzadas. No maior está escrito o número de entradas do diário: 2,
enquanto, no diário, o número da página onde a conta está Bancos está escrito no maior: 1.

5) O número é passado. Como no diário foi creditado aos Bancos, no maior será anotado no
crédito desta conta.

6) O novo saldo é retirado. Neste caso diremos: o saldo anterior é Bs. 10.000,oo devedor e,
agora, a conta está tendo um crédito.

Vamos aplicar a regra:

a) Deve haver, é subtraído. Ou seja, 10.000,oo menos 1.000,oo igual a Bs. 9.000,oo.
b) Quanto ao sinal, será o que tem o valor mais alto, que é 10.000,oo. Eu quero dizer
devedor.

Temos certeza de que ele entendeu o mecanismo de como são feitos os passes do diário para o
atacado. No entanto, recomenda-se que continue a analisar a forma como os restantes bancos
foram manuseados. Fazer. Dessa forma, você adquirirá maior conhecimento e segurança.

TESTE DE EQUILÍBRIO.
Quando o tópico anterior explicou o que estava relacionado aos lançamentos de periódicos, foi
dito que se trata de um método de registro de transações que se baseia na teoria da cobrança e
do crédito. Ou seja, toda vez que um lançamento for feito no diário, haverá uma ou mais contas
que serão cobradas e outra ou outras para as quais o mesmo valor será pago. Também
dissemos que, como consequência, a soma de todos os valores "debitados" deve ser igual à
soma de todos os valores "creditados". Se isso for cumprido, estaremos "verificando" se o deve
corresponder ou "combina" com o crédito. Esse teste é extremamente importante, pois indicará
que a equação patrimonial permanece em equilíbrio e, para ter certeza disso, o que chamamos
de " Balancete" deve ser elaborado.

O Balancete pode ser de dois tipos:

a) Balancete de totais ou somas.


b) Saldo de verificação de saldos.

SOMA BALANCETE.
Esse saldo pode ser definido como uma lista de "todas" as contas que aparecem na maior até
uma determinada data, que mostra a soma ou o total dos encargos e créditos que essa conta
teve durante um determinado período.

Basear-nos-emos no caso que temos vindo a desenvolver e cujo maior aparece na ilustração 5.4
(páginas 87 e seguintes)

Observe aí que passamos a adicionar as colunas "deve" e "crédito" de cada uma das contas. Por
exemplo, consulte o número da conta 1: BANCOS. O total de encargos dá Bs. 19.000.oo,
enquanto o total de fertilizantes, chega a Bs. 15.560,oo. Isso foi feito com cada uma das contas.

92 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
Depois disso, é elaborado o balancete de totais ou somas. Observe na Figura 5.5 como ele foi
preparado. Basta escrever o nome de cada conta e, na frente, escrever o total do débito e crédito
de cada uma delas.

HOGAR C.A.
BALANCETE DE SOMAS EM 31-01-2012
SOMAS OU TOTAIS
CONTAS
DEVER TER

Bancos 19.000,o. 15.560,o.b


br r 10.000,o.b
Capital
Mobiliário 1.000,oo r
Compras 19.000,o.
Efeitos a pagar pelos fornecedores br 15.000,oo
Caixa 21.500,o. 9.000,oo
Recebíveis comerciais 3.000, 1.500,
Venda oo oo 27.000,o.b
Custos de eletricidade 520,o.ª r
Equipamentos de transporte 15.000,oo
Recebíveis comerciais 12.000,oo 8.000,oo
Custos de seguro 600,oo
Fornecedores de Contas a Pagar 13.000,o.b
Custos de locação 1.600,o. r
Custos salariais o 6.000,oo
Retenção na fonte previdenciária a pagar 160,oo

99.220,o. 99.220,o.
TOTAL
br br

Figura 5.5
Saldo de verificação de soma

Uma vez que tenhamos relacionado cada uma das contas, passamos a adicionar as colunas e,
se não houver erros, ambos os totais devem ser iguais. Além disso, devem "quadrar" com os
totais que lançam a soma das colunas do mosto e o crédito do livro diário. Para conferir:

a) Ver figura 5.5. O total do deve corresponde ao total do crédito.


b) Compare esses totais com os obtidos adicionando as colunas do Diário na Figura 5.3.
Obviamente, essas colunas também totalizaram Bs. 99.220,oo.

BALANÇO DE APURAÇÃO DE SALDOS.


Também é definido como uma lista de todas as contas que aparecem na maior até uma
determinada data, mas onde apenas o saldo de cada uma delas é mencionado.

Para sua elaboração, procede-se de forma semelhante ao que foi feito no Saldo de Verificação
de Somas, só que, ao invés de colocar os totais do débito e do crédito de cada conta, apenas o

Central de Contadores 93
Contabilidade
Financeira
saldo é mostrado, tomando muito cuidado, é claro, para que, se o saldo for de sinal de débito,
Ele é colocado na coluna débito, enquanto, se for de natureza credor, é colocado na coluna
crédito.

A figura 5.6 mostra a forma como este balanço é elaborado. Analise e, em caso de dúvidas,
consulte seu professor ao chegar na aula.

HOGAR C.A.
BALANCETE DE SALDOS
ATÉ 31-01-2012
SALDOS
CONTAS
DEVER TER
3.440,o.
Bancos o
Capital 10.000,o.b
Mobiliário r
1.000,oo
Compras 19.000,o.b
Efeitos a pagar Fornecedores r
Caixa 15.000,oo
Recebíveis Comerciais 12.500,o.b
Venda r
Custos de eletricidade 1.500, 27.000,o.b
Equipamentos de Transporte oo r
Recebíveis comerciais
Custos de seguro 520,o.ª
Fornecedores de contas a pagar 15.000,oo
Custos de locação 4.000,oo
Custos salariais 600,oo 13.000,o.b
Retenção na fonte previdenciária a pagar r
65.160,o. 65.160,o.b
TOTAL
br r
Figura 5.6. Saldos Correntes
Observe que, nesse caso, quando você adiciona as colunas de débitos e desmascaramentos, os
totais também são iguais. Essa igualdade deve necessariamente ser cumprida, pois, caso
contrário, indicaria a existência de algum erro que teria que ser investigado.
Antes de concluir, deve-se notar que, na vida real, quando o contador vai elaborar esses
balanços de teste, ele não os elabora separadamente, mas os produz ao mesmo tempo, usando
o formato mostrado na Figura 5.7.
Basicamente, é a mesma coisa, só que, com a mesma lista de contas, os dois saldos são feitos
habilitando duas colunas para o saldo de totais ou somas e depois outras duas para o saldo de
saldos.

94 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário

HOGAR C.A.
BALANCETE EM 31-01-2012
SOMAS OU TOTAIS SALDOS
CONTAS DEVER TER DEVER TER
Bancos 19.000,o.b 15.560,o.b 3.440,o.o
r r 10.000,o.b 10.000,o.b
Capital Móvel 1.000,oo r 1.000,oo r
Compras 19.000,o.b 19.000,o.b
Efeitos a pagar pelos fornecedores r 15.000,oo r 15.000,oo
Caixa 21.500,o.b 9.000,oo 12.500,o.b
Recebíveis comerciais 3.000, oo 1.500, oo 1.500, oo
Venda 27.000,o.b 27.000,o.b
Custos de eletricidade 520,o.ª r 520,o.ª r
Equipamentos de transporte 15.000,oo 15.000,oo
Recebíveis comerciais 12.000,oo 8.000,oo 4.000,oo
Custos de seguro 600,oo 13.000,o.b 600,oo 13.000,o.b
Fornecedores de contas a pagar r r
Custos de locação 1.600,o.o 1.600,o.o
Custos salariais 6.000,oo 6.000,oo
Retenção Previdenciária a Pagar 160,oo 160,oo

99.220,o.b 99.220,o.b 65.160,o.b 65.160,o.b


TOTAL
r r r r

Figura 5.7
Balancete de Somas e Saldos

ERROS.
Os erros que podem ser cometidos na contabilidade são tão variados que fica difícil listar todos
eles e estabelecer regras para localizá-los e corrigi-los.

No entanto, a experiência nos ensinou quais são os tipos de erros mais frequentes e qual a
estratégia a seguir para detectá-los.

Em linhas gerais, pode-se dizer que a maioria dos erros que são cometidos, podem ser
classificados em:

a) Erros que afetam o equilíbrio da equação patrimonial.


b) Erros que não afetam o equilíbrio da equação patrimonial.

ERROS QUE AFETAM O EQUILÍBRIO DA EQUAÇÃO PATRIMONIAL.


Pertencem a esse grupo todos aqueles erros que, quando cometidos, fazem com que a equação
patrimonial perca seu equilíbrio e que, portanto, o Ativo deixe de ser igual ao Passivo mais o
Patrimônio Líquido.

Central de Contadores 95
Contabilidade
Financeira
A existência desse tipo de erro geralmente é detectada por meio do saldo de verificação de
somas ou saldos, uma vez que, sua existência, torna esse saldo "inapto". Ou seja, o total de
devedores não somará o mesmo valor que os credores.

Como o saldo de verificação de saldo é o mais utilizado, passaremos a contar com esse tipo de
saldo e nos referiremos a ele como "Saldo de Verificação de Saldo".

Embora quando a contabilidade é mantida de forma informatizada os erros que afetam o saldo
sejam reduzidos ao mínimo, em termos gerais e de acordo com a experiência, poderíamos
afirmar que a maioria dos erros que "desequilibram" o Balancete de Saldo, Eles são
comprometidos ao executar qualquer uma das seguintes atividades:

1) Erros na passagem do diário para o maior.


Ao executar essa tarefa, qualquer um dos seguintes erros pode ter ocorrido:

a) Mover para o mais alto de um número diferente daquele que aparece no diário.
b) Itens que aparecem no diário no débito ou no crédito e foram passados para o
maior em crédito ou em dever, respectivamente.
c) Falha em passar para o livro razão qualquer item registrado no diário.
d) Itens do diário passaram mais de uma vez para o major.

2) Erros na determinação do saldo da conta no maior.


Esses tipos de erros são geralmente de origem aritmética: adição ou subtração mal feita,
"dança" de números, vírgulas decimais mal colocadas, etc.

3) Erros ao preparar o saldo de verificação de saldo.


Eles podem ser causados por:

a) Saldo da conta copiado incorretamente.


b) Pular qualquer conta.
c) Colocar um saldo de conta na coluna que não corresponde a ele. Por exemplo, a
colocação de um saldo devedor no crédito ou vice-versa.
d) Mal adicionado alguma coluna do saldo.

LOCALIZAÇÃO DOS ERROS QUE AFETAM O SALDO DA EQUAÇÃO


PATRIMONIAL.
Existem algumas regras práticas que ajudam a localizar certos erros que se repetem com alguma
frequência. Para fazer isso, recomenda-se tomar as seguintes etapas:

1) Estabeleça qual a diferença que faz com que o balancete "não some".

Existe a possibilidade de que essa diferença tenha sido causada por:

a) Omissão ou repetição de qualquer figura ou item.


Nesse caso, revise os saldos de cada conta do major a fim de localizar uma conta que
tenha saldo igual à diferença encontrada e que não tenha sido colocada no saldo
cheque.

96 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
Para determinar se algum item foi repetido, observe se há dois itens no saldo devedor
ou creditório que são iguais à diferença. Se for positivo e se for a mesma conta, haverá
o erro.

b) Entrada de um item de débito no crédito ou vice-versa.


Para detectar esse tipo de erro, divida por 2 a diferença causada pelo descompasso e,
em seguida, verifique se o quociente obtido é igual a algum item daqueles que
compõem o saldo do teste. Em caso afirmativo, determine se tal jogo está bem
localizado.

c) Inversão ou "dança" dos números que compõem um jogo.


Esse tipo de erro ocorre com alguma frequência. Por exemplo, escreva 1.394,oo em
vez de 1.943,oo. Se isso aconteceu, certamente a diferença no balancete será de
549,oo.

Para saber se essa diferença se deve à "dança dos números", estabelece-se se a soma
dos dígitos que compõem tal diferença dá 9 ou múltiplo de 9. Se assim for, há uma
possibilidade muito alta de que essa diferença se deva à já mencionada "dança dos
números".

Em nosso exemplo, a soma dos dígitos de 549,oo é 18, que é um múltiplo de 9.

Tendo essa indicação, procederemos à revisão se, ao copiar algum saldo do maior, ele
foi passado para o saldo de verificação com os números invertidos.

2) Se depois de dados estes passos a diferença persistir, a alternativa que resta é revisitar
"todo" o trabalho realizado.

Para isso, recomendamos:

a) Retome as colunas de débito e crédito do balancete.


b) Verifique se todas as contas do major com seus respectivos saldos foram passadas
para o balancete e se foram anotadas na coluna que lhes corresponde.

c) No principal, determine se o saldo de cada conta foi calculado corretamente.


d) No diário:

1) Adicione os débitos e os créditos. Essas somas devem se somar.


2) Determinar, entrada por entrada, se os itens foram passados para as contas
e, em caso afirmativo, certifique-se de que foram gravados de acordo com o
diário. Ou seja, se no diário estão no débito, no maior estão transcritos no débito.
Se, por outro lado, o item do diário é para o crédito, no maior também deve ser
anotado no crédito.

Na verdade, como mencionado, dado o fato de que a maior parte da contabilidade é realizada por
meio de sistemas informatizados, esses tipos de erros que afetam a equação da equivalência
patrimonial não ocorrem. Os sistemas impedem que seja feito um registro em que o mosto não é
igual ao ter. Portanto, é praticamente impossível que tais erros ocorram.

Central de Contadores 97
Contabilidade
Financeira
ERROS QUE NÃO AFETAM O EQUILÍBRIO DA EQUAÇÃO PATRIMONIAL.
Existem alguns tipos de erros que não afetam o saldo da equação patrimonial e que, portanto,
não podem ser detectados pelo Balancete, uma vez que, apesar de tais erros, o referido saldo irá
"somar".

Estes erros consistem principalmente em:


1) Erros cometidos em uma conta que são exatamente compensados por erros
cometidos em outra ou em outras.
Por exemplo, ao sacar o saldo da conta Caja, foi cometido um erro aritmético e Bs. 100,oo a
menos, enquanto ao retirar o saldo da conta do Banco, outro erro foi cometido, pontuando
Bs. 100,oo mais.

É óbvio que ao fazer o Saldo de Verificação, ambos os erros serão compensados e isso se
somará.

2) Erros que ocorrem quando você usa contas incorretas.


a) Ao fazer a entrada no diário:
Se fazer uma entrada no diário é cobrado à Caixa e não aos Bancos, é óbvio que a
entrada é quadrada. Portanto, se o major for passado exatamente como foi feito no
diário, quando o Saldo de Verificação for feito, ele irá somar, e portanto o erro não
será detectado por esse meio.
b) Ao fazer o diário passa para o atacado:
O mesmo acontecerá como no caso anterior se, sendo bem feito o lançamento no
diário, quando for ser passado para o atacado, algum item for inserido em uma conta
incorreta.

Nesse caso, o balancete também será equilibrado mesmo que esse erro exista.

LOCALIZAÇÃO DOS ERROS QUE NÃO AFETAM O EQUILÍBRIO DA


EQUAÇÃO PATRIMONIAL.
Para detectar erros que não afetam o "quadrado" do balancete, quase sempre a única alternativa
é "refazer" todo o trabalho. Ou seja, a partir da documentação que originou o lançamento do
diário, verifique se ele foi bem feito e, em seguida, determine se tais lançamentos foram
corretamente passados para as respectivas contas do major.
No entanto, nos casos em que algumas contas especiais foram afetadas por tais erros, eles
podem ser detectados como resultado de um trabalho de rotina, como:

a) Tonelagem de caixa.
Ao contar o que a caixa contém fisicamente, ela não corresponderá ao saldo da maior se
um erro tiver sido cometido lá. Uma investigação mais aprofundada nos levará ao local do
erro.

98 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
b) Reconciliações bancárias.
Esta é outra atividade que fornece muita ajuda na detecção de erros.

c) Lista de saldos de contas auxiliares.


Ao fazê-lo, a soma destes saldos deve corresponder ao saldo na conta de controlo.

COMO CORRIGIR ERROS.


É lógico pensar que, pelo simples fato de ser humano, o contador está suscetível a cometer erros
ao registrar uma transação.

O Código Comercial previu na O artigo 37 diz que "em caso de erros e omissões cometidos
na hora da tomada de assento, este será corrigido com outro lançamento que será feito na
data em que a falta foi detectada".

Claro, tal é o número de tipos de erros que podem ser cometidos, que não foi possível explicar
como corrigir todos eles. Preferimos que, durante o seu aprendizado no Centro de Contadores,
você consulte seu professor quando tais erros surgirem.

No entanto, como avanço, vamos discutir como corrigir um dos mais frequentemente cometidos.

Esse erro consiste no uso de uma conta indevida.

Exemplo:

A mercadoria era vendida por Bs. 2.000,oo e o cliente assinou uma letra de câmbio. Para
registrar essa transação, o contador fez a seguinte entrada:

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER

--- X --
CONTAS A RECEBER 2.000,oo
VENDA 2.000,oo
Solicita-se: Corrija o erro cometido.

Tendo feito a entrada acima, o contador percebe que há um erro. Você deve ter debitado a conta
Efeitos a Receber em vez de Contas a Receber.

A maneira de corrigir esse erro é através de outra entrada, como mostrado na Figura 5.8 abaixo.

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


--- X --
RECEBÍVEIS COMERCIAIS RECEBÍVEIS 2.000,oo
COMERCIAIS 2.000,oo
Figura 5.8

Central de Contadores 99
Contabilidade
Financeira
Como você pode ver, a conta correta, Contas a Receber, está sendo cobrada, enquanto o crédito
de Contas a Receber cancela a cobrança indevida nessa conta na entrada errada.

Dedicamos algumas páginas deste tópico para discutir alguns dos erros que são cometidos na
contabilidade e como localizá-los.

Devemos agora dizer que as técnicas de localização de erros que apontamos, serão enriquecidas
pela "intuição". Essa qualidade você vai adquirindo com o tempo e a experiência que o exercício
da profissão vai proporcionar.

LIVRO DE INVENTÁRIOS E BALANÇOS.


É um livro legal de uso obrigatório que, antes de colocar em uso, deve ser apresentado para
legalização perante o Registro Mercantil. Seus fólios deverão ser previamente numerados e em
cada um deles será carimbado o selo da Secretaria ou do Tribunal correspondente. Da mesma
forma, na primeira página deve ir a nota de tais organizações, onde está expresso:

a) O uso que será dado a este livro.


b) O nome da empresa a que pertence.
c) A cidade onde foi registrado.
d) O número de páginas que ele contém.
e) A assinatura das autoridades que legalizaram o livro e o selo do cartório ou tribunal
correspondente.

Nos capítulos anteriores comentamos sobre a obrigatoriedade que o Código Comercial dá,
quando em seu artigo 32, indica os livros contábeis que todo comerciante deve manter de forma
obrigatória:

Artigo 32. Todo comerciante deve manter sua contabilidade em espanhol, que necessariamente
incluirá o livro diário, o livro razão e o inventário.

Posteriormente, no artigo 35 , o Código Comercial refere-se especificamente ao livro de


inventário, indicando o que ele deve conter e como esse conteúdo deve ser exibido.

Artigo 35. Qualquer comerciante, no início da sua actividade e no final de cada ano, deve
inscrever no livro de inventário uma descrição estimada de todos os seus bens, móveis e
imóveis, bem como de todos os seus créditos, activos e passivos, relacionados ou não com a sua
actividade comercial.

Posteriormente, o mesmo artigo 35 diz que, após a apresentação detalhada de todos os seus
ativos e passivos, deve ser apresentado um balanço resumido (Demonstração da Posição
Financeira) e uma demonstração do resultado (Demonstração do Resultado Abrangente).

Este artigo termina indicando a obrigatoriedade de assinatura dos inventários pelos responsáveis
por sua tomada, que geralmente são o contador e o proprietário da empresa ou seu
representante.

100 Central de Contadores


Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
... O inventário deve ser fechado com o balanço patrimonial ( Demonstração da Posição
Financeira) e a conta de lucros e perdas (Demonstração do Resultado Abrangente), esta deve
demonstrar com evidência e verdade os benefícios obtidos e as perdas sofridas. Deverá ser feita
menção explícita aos títulos concedidos, bem como a quaisquer outras obrigações contraídas em
condição suspensiva com averbação da respectiva contraprestação.

É claro que para o livro de inventário aplicam-se as mesmas proibições que para todos os livros
contabilísticos, diz o artigo 36.º do Código Comercial:

Artigo 36. Os comerciantes estão proibidos de:

1. Altere nas entradas a ordem e a data das operações descritas.


2. Deixe alvos sobre ou após o corpo dos assentos.
3. Coloque assentos à margem e faça filas, arranhões ou emendas.
4. Exclua os assentos ou parte deles.
5. Arrancar folhas, alterar a encadernação ou foliação e mutilar alguma parte dos livros.

Por fim, é preciso ressaltar a importância de manter não só o livro de inventário, mas todos os
demais, atrelados às regras que o Código Comercial dita a esse respeito. O não cumprimento
pode acarretar sérias dificuldades tanto para a empresa quanto para seus proprietários, quando,
diante da necessidade de apresentar tais livros em juízo como documentos comprobatórios, eles
podem ser rejeitados. É o caso do artigo 917 do Código Comercial, quando em seu parágrafo
6º afirma:

Artigo 917.- A falência pode ser responsabilizada:


Se não tiver guardado livros contabilísticos, ou não guardar a correspondência que lhe é dirigida,
ou não tiver feito um inventário, ou se os seus livros e correspondência estiverem incompletos ou
defeituosos, ou o verdadeiro estado dos seus negócios não deles resultar, sem que deles haja
fraude.

FORMA E CONTEÚDO DO LIVRO DE INVENTÁRIO.


Trata-se, em geral, de um livro encadernado cuja eclosão é semelhante à mostrada na Figura
5.9, cujas colunas têm os seguintes destinos:

Coluna 1:
Ele não tem nenhum aplicativo.

(1)
(NÃO (2) (3) (4) (5)
UTILIZADO) DESCRIÇÃO S/U NÚMEROS PARCIAIS NÚMEROS TOTAIS

Figura 5.9
Livro de Inventário

Central de Contadores 101


Contabilidade
Financeira
Coluna 2:
Destina-se à descrição dos detalhes a serem apresentados, como o nome das contas e
quaisquer informações explicativas.

Coluna 3:
Ele não tem nenhum aplicativo.

Coluna 4:
Esta coluna destina-se a mostrar os saldos das contas auxiliares que compõem cada conta
principal.

Coluna 5:
Nela serão registados os saldos das contas principais, que devem, naturalmente, ser iguais à
soma dos saldos das contas auxiliares.

Na Figura 5.10, quisemos mostrar como as informações devem ser apresentadas no livro de
inventário.

Como você pode ver lá, vamos destacar os seguintes detalhes:

1) A primeira página do livro destina-se ao selo da Conservatória do Registo Comercial.

2) Na página seguinte, você começa com um breve detalhe, colocando o nome da empresa
e a data a que o inventário se refere.

3) Para dar alguma estética ou apresentação, os relatos principais são escritos à esquerda,
enquanto os relatos auxiliares e detalhes vão um pouco mais para a direita.

4) Na coluna "números parciais", os números relacionados às informações detalhadas são


escritos, enquanto na coluna "números totais" é escrito o saldo da conta principal, que
deve ser igual à soma dos saldos da conta mostrados na coluna números parciais.

5) No final de uma página, colunas são adicionadas e totais são anotados na última linha, "
arrastando-os" para a próxima página de acordo com as seguintes regras:

A. Coluna de figuras parciais:

1) Quando a página não foi suficiente para terminar de relacionar todas as


informações referentes à última conta que está sendo detalhada, ela procede assim:

a) Somam-se os números que conseguiram ser detalhados e que correspondem a


essa última conta.

b) A palavra " Van" e o total que rende a soma indicada acima estão escritos na
última linha.

c) Na primeira linha da página seguinte está escrita a palavra "Vem" e o mesmo

102 Central de Contadores


Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
total que foi obtido na página anterior é " arrastado", anotando-o nessa primeira
linha, para ser adicionado ao restante das informações daquela conta que
acabará sendo escrito na nova página.

2) Quando a página tiver exatamente chegado para terminar de detalhar as


informações de uma conta, nenhum total da coluna "números parciais" será
adicionado ou arrastado para a próxima página.

B. Coluna Números totais:


Com relação a esta coluna, cada vez que uma página é concluída, todos os itens escritos
nela são somados e anotados na última linha.

Esse mesmo total é " sempre arrastado" para a primeira linha da próxima página para
ser acumulado para as informações que estão escritas nessa nova página.

Insistimos em recomendar ao aluno que estude o caso cuidadosamente na ilustração 5.10 e, em


caso de dúvida, consulte-o ao chegar à aula.

Central de Contadores 103


Contabilidade
Financeira
Fólio 1

REGISTRO
MERCANO
PRIMEIRO
DISTRITO DE FEDERAI E ESTADO DE MIRANIA

DA COMARCA DI
*.
PARA O REGISTRO

Primeiro Registrador Comercial

Figura 5.10
Legalização do livro de inventário.

104 Central de Contadores


Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
Fólio 2
DESCRIÇÃO PARCIAL TOTAL
A EMPRESA C.A.
Inventário nº. 2 a 31-12-2011
ATIVO
CAIXA 250,o.ª
Caixa pequeno 50,o.o
Caixa geral 200,o.·
BANCOS 5.000,oo
Banco del Norte: conta 010-4220-0 1.500, oo
Banco del Sur: conta 5328-43-l 560,o.·
Banco del Este: conta 39-45683-1 2.140,o.o
Banco Oeste: conta 9-6040-350 800,oo
RECEBÍVEIS COMERCIAIS 8.100,
Laredo C.A. oo
Carta prevista para 15-01-2012 490,o.ª
Carta prevista para 15-02-2012 490,o.ª
Comercial Tacagua C.A.
Carta prevista para 20-01-2012 120,oo
Tandy C.A.
Carta prevista para 30-12-2011 240,o.·
Carta prevista para 30-01-2012 240,o.·
La Turística Ca
Carta prevista para 10-01-2012 580,o.·
Carta com vencimento em 12-01-2012 460,o.
Juan González br
Carta expira 16-11-2011 300,oo
Carta de vencimento 16-12-2011 290,o.
br 540,oo
Carta com vencimento em 16-01-2012 Remi C.A.

Carta prevista para 30-03-2012 295,o.ª


Carta prevista para 30-04-2012 295,o.ª
El Salto S.R.L.
Carta prevista para 10-01-2012 200,o.·
Carta prevista para 10-02-2012 200,o.·
Carta prevista para 10-03-2012 200,o.·
Almacenes la 20 C.A.
690,o.ª
Carta de Vencimento 30-03-2012 Cabriales C.A.

Carta prevista para 28-01-2012 260,o.


Vencimento 28-02-2012 o 260,o.
Carta prevista para 28-03-2012 o 260,o.
Almacenes Bolívar Ca o
Carta prevista para 28-12-2012 390,o.
Carta prevista para 28-01-2012 br 390,o.
Vencimento 28-02-2012 br 390,o.
FURGÃO br 7.580,o.br 13.350,o.o
Figura 5.10. Livro de Inventário

Central de Contadores 105


Contabilidade
Financeira
Fólio 3
DESCRIÇÃO PARCIAL TOTAL
VIR... 7.580,o.br 13.350,o.o
Lati C.A.
Carta prevista para 15-11-2011 260,o.
Carta prevista para 15-12-2011 o 260,o.
o
CONTAS A RECEBER 7.000 oo
La Bamba Ca
Factura vencida em 17-12-2011 300,oo
Fatura vencida em 10-01-2012 620,o.
Comercial Todos o
Fatura vencida em 19-12-2011 450,o.
Pedro Ramírez o
Fatura vencida em 10-01-2012 200,o.·
Fatura vencida em 20-03-2012 500,oo
Capa C.A.
Fatura vencida em 20-02-2012 600,oo
Fatura vencida em 20-04-2012 400,oo
Catatumbo Ca
Fatura vencida em 18-01-2012 520,o.ª
Fatura vencida em 20-04-2012 380,o.
Fatura vencida em 30-05-2012 o 630,o.ª
Turbio S.R.L.
Fatura vencida em 11-10-2011 620,o.
Fatura vencida em 12-11-2011 o 380,o.
Laredo C.A. o
Fatura vencida em 25-01-2012 690,o.ª
Fatura vencida em 30-04-2012 710,o.
IMPARIDADE DE CRÉDITO COMERCIAL. ( 900 oo)
INVENTÁRIO DE MERCADORIAS 2.000,oo
Item A: 10 unidades a 5,oo cada 50,o.o
Artigo B: 40 unidades a 10,oo cada 400,oo
Artigo C: 62 unidades a 2,oo cada 124,o.ª
Artigo D: 292 unidades a 0,75 cada 219,o.·
Artigo E: 305 unidades a 1,oo cada 305,o.
Item F: 90 unidades em 3,oo cada br 270,o.
Artigo G: 80 unidades a 1,50 cada o 120,oo
Artigo H: 30 unidades a 2,oo cada 60,o.·
Artigo I: 75 unidades a 3,oo cada 225,o.
Artigo J: 110 unidades a 2,oo cada br 220,o.
Item K: 28 unidades a 0,25 cada. o 7,oo
MERCADORIAS EM TRÂNSITO 1.000,oo
FURGÃO 22.450,o.br
Figura 5.10. Livro de Inventário

106 Central de Contadores


Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
Fólio 4
DESCRIÇÃO PARCIAL TOTAL
22.450.oo
VIR... 300,oo
Item M: 100 unidades em 3,oo cada
600,oo
Item A: 120 unidades em 5,oo cada
100,oo
Item H: 50 unidades em 2,oo cada
1.000,oo
SEGURO CONTRATADO ANTECIPADAMENTE
Segurança de Seguros 700,oo
Seguros Cabriales 300,oo
1.200,
JUROS PAGOS ANTECIPADAMENTE
Banco Hipotecário 1.200, oo oo
RECEBÍVEIS (LONGO PRAZO)
1.300,
O Turista oo
Carta prevista para 30-05-2012 650,oo
Carta prevista para 30-06-2012 650,oo
INVESTIMENTOS EM IMÓVEIS
Prédio e terreno na Av. Lara 23 Barquisimeto 1.000,oo
1.000.oo
INVESTIMENTOS EM AÇÕES
600 ações ordinárias da Electrival C.A. 6.000,oo
6.000,oo
TERRA
125m de terreno localizado Av. Bolívar N°. 24 10.000,o.br
10.000,o.
EDIFÍCIOS br
Prédio localizado na Av. Bolívar, N°. 24 Valência 30.000,oo
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE EDIFÍCIOS 30.000,oo
MAQUINARIA
500,oo
Máquina de corte - serial 1020
600,oo (10.000,oo)
Duas máquinas de embalagem - serial 1020
900,oo 8.000,oo
Localizar máquina - serial 1649
1.600,o.o
Máquina Injectopat - serial 0045
3.680,o.br
Três máquinas de costura série A, Z, H
720,o.
Overtal Machine - série 7849 o
MÁQUINAS DE DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE
Caminhão motor Ford 0050L
7.000,o.br (4.000,oo)
Caminhão motor Ford 360S
5.000,oo 12.000,oo
DEPRECIAÇÃO ACUM. EQUIPE DE
EQUIPAMENTOS DE ESCRITÓRIO
Canon serial 10402 máquina de escrever
300,oo (4.000,oo)
Máquina de escrever mestre serial 20513
400,oo 4.000,oo
casio serial 3934 calculadora
200,o.·
FURGÃO 900,oo 78.950,o.br

Central de Contadores 107


Contabilidade
Financeira
Fólio 5

DESCRIÇÃO PARCIAL TOTAL


VIR 78.950,o.br
900,oo
Copiadora UBIx serial 9199 800,oo
Epson serial A325 computador 2.300, oo
DEPRECIAÇÃO DO ACUM. EQUIPAMENTOS (1.000,oo)
DE ESCRITÓRIO
3.000, oo
MOBILIÁRIO
Armários de metal do arquivo: 2 x 300, oo cada 600,oo
Armários de arquivo Formica: 1 x 400,oo cada 400,oo
Mesas executivas: 1 x 500,oo cada
Mesas de secretariado: 3 x 300,oo cada 900,oo
Cadeiras de secretariado: 3 x 100,oo cada 300,oo
Cadeira executiva: 1 x 200, oo cada 200,o.·
Cadeiras de visita: 4 x 25,oo cada 100,oo
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE BENS (500,oo)
MÓVEIS
2.000,oo
PATENTES
Registro de patente nº. AK-2890-58 2.000,oo
PATENTES DE DEPRECIAÇÃO CUMULATIVA (500,oo)
MARCAS COMERCIAIS 2.600,oo
Registro de marca N°. HH-2960-58 800,oo
Registro de marca N°. HH-2961-58 1.800,oo
AMORTIZAÇÃO DE AMORTIZAÇÃO DE ACUM. (800,oo) 700,oo
MARCAS COMERCIAIS 300,oo 650,oo
MAIS-VALIA
MELHORIAS EM IMÓVEIS ALUGADOS
TANQUE LEVE
Depósito de eletricidade de Valência 650,oo
ATIVOS TOTAIS 85.400,o.br
PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
DÉBITOS POR EFEITOS DESCONTADOS 100,oo
Banco do Norte 40,oo
Banco do Leste 50,o.o
Cisjordânia 10,oo
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES Industrial 300,oo 1.600 oo
Caripe C.A. 300,oo
Carta prevista para 16-01-2012
Carta prevista para 16-02-2012 140,o.
Sobre o
Carta prevista para 10-01-2012
Tumulto C.A. 400,oo
Carta prevista para 28-12-2011 400,oo
Carta prevista para 28-01-2012
60,o.·
Comercial Lara C.A.
Carta de Vencimento 05-01-2012
FURGÃO 1.700,oo

108 Central de Contadores


Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
Fólio 6
DESCRIÇÃO PARCIAL TOTAL
CONTA
S A PAGAR ESTÃO CHEGANDO 1.700,oo
FORNECEDORES 6.000,oo
Industrial Valencia C.A. 500,oo
Fatura vencida em 15-12-2011
Flecha Ca 300,oo
Fatura vencida em 12-12-2011 400,oo
Fatura com vencimento em 20-12-2011
El Rio de Oro Ca 600,oo
Fatura vencida em 25-01-2012
Industrial La Gaviota Ca 700,oo
Fatura vencida em 28-02-2012 1.000,oo
Fatura vencida em 28-03-2012
Recinto 800,oo
Fatura vencida em 19-01-2012
Cabriales C.A. 650,oo
Fatura vencida em 10-03-2012 750,o.br
Fatura vencida em 19-04-2012
Los Roques Ca 300,oo
Fatura com vencimento em 20-12-2011
IMPOSTOS A PAGAR 1.000,oo 1.000,oo
Imposto de renda 2011 PRESTAÇÕES
SOCIAIS A PAGAR RETENÇÃO NA FONTE
PREVIDÊNCIA SOCIAL A PAGAR 2.000,oo
100,oo
ADIANTAMENTOS RECEBIDOS A/C 2.000,oo 2.000,oo
CONTRATOS
Industrias Carabobo C.A.
600,oo 600,oo
JUROS COBRADOS ANTECIPADAMENTE
La Turística Ca
15.000,oo 15.000,oo
HIPOTECAS a PAGAR
Banco Hipotecário
PROVISÃO PARA SENTENÇAS PENDENTES 1.000,oo
200,o.· 200,o.·
DEPÓSITOS DE CAUÇÃO RECEBIDOS
J. Rocha
CAPITAL 36.000,oo 36.000,oo
360 ações da Bs. 10,oo cada
RESERVA LEGAL DE UTILIDADES NÃO 16.000,o.
DISTRIBUÍDAS br
RESERVAS ESTATUTÁRIAS 1.000,oo
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO 85.400,o.br
LÍQUIDO
Figura 5.10. Livro de Inventário

Central de Contadores 109


Contabilidade
Financeira
EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 5.1.
Responda brevemente às seguintes perguntas:

1) O que é o livro razão?

2) O livro razão é um dos livros que todo comerciante deve obrigatoriamente carregar. É
obrigatório legalizá-lo antes de colocá-lo em uso? Diga porquê.

3) Existem vários tipos de livro-razão. Comente brevemente qualquer um deles.

4) Projete uma folha geral principal convencional e comente as partes das quais ela é composta.

5) Defina o balancete de somas ou totais.

6) Explique brevemente a utilidade de preparar o Balancete de Valores e Saldos.

7) Definir o inventário e o livro de balanços. Explique seu propósito e características.

EXERCÍCIO 5.2.
Com as informações que constam no exercício 4.2 (Capítulo 4), após ter feito as entradas em um
diário de duas colunas, solicita-se:

a) Passar os lançamentos para as respectivas contas do major-general na forma de um "T".

b) Prepare um balancete de somas e saldos.

110 Central de Contadores


Revistas Auxiliares
Principais Auxiliares

LIVROS AUXILIARES.
Os dois capítulos anteriores foram dedicados à explicação de dois dos livros mais importantes que
devem ser mantidos em toda a contabilidade: O Livro de Revista e o Livro de Contabilidade, além do
Livro de Inventário.

No entanto, tentar registrar todas as transações diretamente nesses livros, tornaria esse processo
extremamente lento e pesado, principalmente naquelas empresas que realizam um grande volume
de operações repetitivas como compras, vendas, cobranças, pagamentos, etc.

Se todas essas transações tivessem que ser registradas uma a uma diretamente no diário geral, nos
depararíamos com o grave problema de que apenas uma pessoa poderia estar trabalhando em
determinado momento, porque, enquanto essa pessoa está fazendo os registros no diário, outra
pessoa não poderia estar passando para o principal, já que o diário teria ocupado o primeiro.

Dessa forma, a obra seria muito lenta e muitas vezes atrasada.

Para evitar essa dificuldade é por isso que, na maioria das empresas, além do diário e do major, são
utilizados diariamente e auxiliares os majors simultaneamente.

Isso nos proporcionará duas grandes vantagens:

1. Pode aplicar-se o princípio da divisão do trabalho.


Isso é extremamente importante, principalmente para os controles internos que podem ser
implementados, pois, se, por exemplo, pessoas diferentes guardam os diários de vendas,
compras, despesas e receitas, enquanto outros funcionários, também diferentes, são os que
carregam os maiores auxiliares, consegue-se que essas atividades sejam controladas entre
si e a possibilidade de erros voluntários ou involuntários seja minimizada.

2. Velocidade no trabalho.
Quando mais de uma pessoa participa da execução do trabalho, o tempo de execução será
reduzido quantas vezes as pessoas intervirem. Por outro lado, a necessidade de manter
livros auxiliares foi tida em conta pelo legislador, quando no artigo 32.º do Código Comercial
afirma: "... Poderá, ainda, manter os livros auxiliares que julgar convenientes para
maior ordem e clareza de suas operações."

É claro que é preciso aceitar que, atualmente, a maioria das empresas mantém suas contas por
meio de sistemas informatizados, o que veio para simplificar e, sobretudo, facilitar o tratamento de

Central de Contadores 111


Contabilidade
Financeira
dados. No entanto, também é necessário lembrar que os dados processados por um computador
devem ser aqueles que o contador fornece. Portanto, é óbvio que, um "bom contador", deve saber
manter uma contabilidade "à mão". Dessa forma, você conseguirá direcionar adequadamente seu
departamento, quando as transações forem processadas eletronicamente por meio de
computadores.

DIÁRIOS AUXILIARES.
De acordo com o exposto, além do diário geral, a empresa poderá manter os periódicos auxiliares
que julgar necessários. Em qualquer caso, isso dependerá do tipo e do volume de transações
repetitivas que você fizer.
De um modo geral, os diários auxiliares mais utilizados são:

Diário auxiliar de vendas a crédito.


Diário auxiliar de compras a crédito.
Diário de renda auxiliar.
Diário auxiliar de despesas.
Diário de compras - IVA (obrigatório)
Diário de Vendas - IVA (obrigatório)

DIÁRIO AUXILIAR DE VENDAS A CRÉDITO.


Todas as vendas a crédito realizadas pela empresa serão registradas neste livro. Sua formatação,
ou eclosão, pode ser semelhante à mostrada na Figura 6.1.

EFEITOS A CONTAS A
RECEBER RECEBER
(Must) (Must) VENDAS
DATA DESCRIÇÃO RF (Crédito)
(1) (2) (3) (4) (5) (6)

Figura 6.1. Diário auxiliar de vendas de crédito

Como se vê, este diário é composto pelas seguintes colunas:

1) Data.
Esta primeira coluna registrará a data em que as transações estão sendo registradas.

2) Descrição.
Os detalhes da transação, como número e vencimento do documento, fatura ou letra de
câmbio, nome do cliente, etc. serão registrados.

3) Referência.
Ele é usado para cruzar referências com o auxiliar principal correspondente. Nesta coluna será
anotado o número da folha do auxiliar principal onde é controlada a conta do cliente a quem foi

112 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
vendido a crédito, quando o item é passado para o referido auxiliar maior.

4) Efeitos a receber.
Os encargos correspondentes serão registrados aqui, quando a venda realizada for suportada
pela aceitação de letras de câmbio pelo cliente.

5) Contas a receber.
Esta coluna cobrará o valor da venda quando ela for suportada pela aceitação de uma fatura.

6) Venda.
Aqui será pago o valor de cada venda.

Para consolidar o exposto, vamos desenvolver um exemplo.

Exemplo:

Durante o mês de janeiro de 2014 A EMPRESA C.A. Ele fez as seguintes vendas a crédito.

Dia Cliente Nota Fiscal Condições Expiração Bolívare


nº. s
02 Para 50 Carta No.1 15-01-2014 6.000,oo
04 B 51 Rede 20-01-2014 15.000,oo
05 Para 52 Carta No.2 10-01-2014 10.000,o.
07 C 53 10%/15, n/30 07-02-2014 br 20.000,oo
08 Para 54 Rede 20-01-2014 14.000,o.
10 B 55 Carta No.3 15-01-2014 br 9.000,oo
Carta No.4 25-01-2014 9.000,oo
Carta No.5 30-01-2014 9.000,oo
14 C 56 Rede 25-01-2014 16.000,o.
15 Para 57 Carta No.6 25-01-2014 br 8.000,oo
17 B 58 Carta No.7 30-01-2014 5.000,oo
20 C 59 Rede 30-01-2014 12.000,oo
23 B 60 Carta No.8 28-01-2014 17.000,o.
25 Para 61 Rede 30-01-2014 br 20.000,oo
28 C 62 Carta No.9 15-02-2014 10.000,o.
Carta No.10 20-02-2014 br 10.000,o.
30 C 63 Rede 01-03-2014 br 25.000,o.
br

Central de Contadores 113


Contabilidade
Financeira
Solicita-se: Registre as transações acima mencionadas no Diário de Vendas Auxiliar.
A figura 6.2 mostra como as transações foram registradas. Vamos comentar um deles:
Fólio 17
DESCRIÇÃO EFEITOS A CONTAS A
DATA RF RECEBER RECEBER
VENDAS
Cliente Fatura Condições Expiração (Must) (Must)
(Crédito)
2014
6.000,o
Janeir 02 Para 50 Carta nº 1 15-01-2014 01 o 6.000,oo
o
Janeir 04 B 51 Rede 20-01-2014 05 15.000,o 15.000,o
o
Janeir 05 Para 52 Carta nº 2 10-01-2014 01 10.000,o. o o 10.000,o.
o
Janeir 07 C 53 10%/15,n/30 07-02-2014 08 br 20.000,o br 20.000,o
o
Janeir 08 Para 54 Rede 20-01-2014 01 o 14.000,o. o 14.000,o.
o
Janeir 10 B 55 Carta nº 3 15-01-2014 05 9.000,o br br
o Carta nº 4 25-01-2014 05 o 9.000,o 27.000,o.
Janeir Carta nº 5 30-01-2014 05 o 16.000,o.
br
Rede 25-01-2014 08 9.000,o 16.000,o.
o 14 C 56 br
o br
Janeir 15 Para 57 Carta nº 6 25-01-2014 01 8.000,o 8.000,oo
o
Janeir 17 B 58 Carta nº 7 30-01-2014 05 o 5.000,o 5.000,oo
o
Janeir 20 C 59 Rede 30-01-2014 08 o 12.000,o 12.000,o
o
Janeir 23 B 60 Carta nº 8 28-01-2014 05 17.000,o. o o 17.000,o.
o
Janeir 25 Para 61 Rede 30-01-2014 01 br 20.000,o br 20.000,o
o
Janeir 28 C 62 Carta nº 9 15-02-2014 08 10.000,o. o o
o Carta nº 10 20-02-2014 08 br 10.000,o. 20.000,o
Janeir 25.000,o.
o 30 C 63 Rede 01-03-2014 08 br br
o
25.000,o.
Total 93.000,o 122.000,o. 215.000,o.br
Janeiro o br
Figura 6.2. Diário do Assistente de Vendas de Crédito

Operação 1:
Trata-se de uma venda a crédito ao cliente A de acordo com a fatura n.º 50, para a qual foi aceite a
letra de câmbio n.º 1.

Ver figura 6.2. Na coluna destinada à data, foi anotada a correspondente a esta transação, e na área
destinada à descrição, estão detalhados o nome do cliente, o número da nota fiscal, o número da
carta aceita e seu vencimento.
Em seguida, passou a cobrar a Efeitos a Receber enquanto o pagamento era feito às Vendas.
Recomendamos que o aluno analise o registro das demais operações, e observe, principalmente,
que cada uma delas tem sua cobrança e seu pagamento.
Esse trabalho é realizado sistematicamente, dia a dia. Ao final do mês, as colunas são somadas e,
com os totais obtidos, é feita a entrada do resumo no diário geral, como mostra a Figura 6.3.

114 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
2014 --- 24 --
Janeiro 31 RECEBÍVEIS 03 93.000,oo
CONTAS A RECEBER 04 122.000,o.br
30 215.000,o.
VENDA
br
Vendas a crédito de acordo com o diário de vendas auxiliar.
Figura 6.3. Revista Geral

É claro que, a partir do diário geral, serão feitos os passes que seguem para o major-geral,
observando-se o correspondente cruzamento de referências entre os dois livros, conforme indicado
na Figura 6.4.

EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
Saldo em 01-01-2014 93.000,o
2014 24 o
De acordo com o Diário Geral 320.000,o.
Janeiro 31
br
413.000,o.
CONTAS A RECEBER C OM RCIALE br
E S
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
Saldo em 01-01-2014
2014
De acordo com o Diário Geral 248.000,o.br
Janeiro
31 24 122.000,o.br 370.000,o.
br
VENDA

DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRI


O
2014 215.000,o.
Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 24 215.000,o.br br
RECEBÍVEIS COMERCIAIS Fólio 3
PRINCIPAIS AUXILIARES.
Já sabemos que, de acordo com sua hierarquia, as contas são classificadas em:

a) Contas principais ou gerais.


b) Contas auxiliares.

A este respeito, comentamos que as contas principais controlam as transações que a empresa faz
globalmente ou de forma geral, enquanto as contas auxiliares detalham a transação e dão as
informações em detalhes.

Por exemplo, se você olhar para a Figura 6.3, verá que Bs. 93.000.oo para efeitos a receber e bs.
122.000.oo para Contas a Receber.

Isso significa que há pessoas que devem esses valores à empresa, mas não indica quais são as

Central de Contadores 115

Figura 6.4.General-de-
Brigada
Contabilidade
Financeira
pessoas que devem.

Bem, Trade Receivables e Trade Receivables são duas contas principais ou gerais que são
controladas na contabilidade geral. Para controlar quais clientes devem esses recebíveis e essas
contas a receber, são utilizadas as chamadas majors auxiliares.

Cada conta que aparece no general-maior pode ter seu maior assessor. No entanto, os principais
auxiliares mais utilizados são:

Assistente Sênior de Recebíveis e Recebíveis Comerciais.


Assistente Maior de Efeitos e Contas a Pagar de Fornecedores.
Assistente Bancário Principal.

AUXILIAR PRINCIPAL DE CONTAS E CONTAS A RECEBER.


Embora você possa levar um auxiliar maior para contas a receber e outro para contas a receber, é
muito prático utilizar um formato em que, em uma mesma folha, seja possível controlar os efeitos e
contas devidas por cada cliente. A figura 6.5 mostra o layout de uma folha deste auxiliar principal.

Como você pode ver, além das conhecidas colunas de Data, Conceitos e Referência, possui três
colunas para controle de Contas a Receber e outras três para Contas a Receber.
NOME DO CLIENTE FÓLIO Nº.
RECEBÍVEIS CONTAS A RECEBER
DATA DESCRIÇÃO RF
EQUILÍB EQUILÍBRI
DEVER TER DEVER TER
RIO O

Figura 6.5. Assistente Sênior de Recebíveis e Recebíveis Comerciais

TRANSFERÊNCIA DE ASSENTOS DO JORNAL AUX ILIAR PARA O MAJOR


AUXILIAR.
Se voltarmos à Figura 6.2 (Diário Auxiliar de Vendas a Crédito), veremos que ali estávamos
registrando, todos os dias, as vendas que estavam sendo feitas.

Pois bem, como essas vendas a crédito são registradas no Diário de Vendas Auxiliares, os repasses
devem ser feitos para os respectivos maiores auxiliares. Nesse caso, os repasses devem ser feitos
para o Assistente Maior de Recebíveis e Recebíveis Comerciais, conforme mostra a Figura 6.6.

A técnica para fazer esses passes é a mesma que usamos para o major-general. Cada item
registrado no diário é transferido para a conta do maior auxiliar correspondente ao cliente envolvido
na transação, levando-se em conta que tal item será transferido para a seção de contas a receber
ou contas a receber, conforme o caso.

É claro que, à medida que os passes são feitos, as referências são cruzadas entre os dois livros nas

116 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
colunas habilitadas a esse respeito (colunas de referência). Para isso, no diário auxiliar está escrito
o número do fólio do auxiliar maior onde se situa a conta do respectivo cliente, enquanto no auxiliar
maior está escrito o número do fólio do diário auxiliar onde está o assento que está sendo passado.

RECEBÍVEIS CONTAS A RECEBER


DATA DESCRIÇÃO RF
EQUILÍB DEVER TER EQUILÍB
DEVER TER
RIO RIO
2014

Janeiro 02 Carta nº. 1 - Vto. 15-01-2014 17 6.000,o 6.000,oo


o
Janeiro 05 Carta nº. 2 - Vto. 10-01-2014 17 10.000,o. 16.000,o.
br br
Janeiro 08 Fato. Número. 54 - Vto. 20- 17 14.000,o. 14.000,o.
01-2014 br br
Janeiro 15 Carta nº. 6 - Vto. 25-01-2014 17 8.000,o 24.000,oo
o
Janeiro 25 Fato. Número. 61 - Vto. 30- 17 20.000,oo 34.000,o.
01-2014 br
CLIENTE: A FÓLIO 1
RECEBÍVEIS CONTAS A RECEBER
DATA DESCRIÇÃO RF
EQUILÍB DEVER TER EQUILÍB
DEVER TER
RIO RIO
2014

Janeiro 04 Fato. 51 - Vto. 20-01-2014 17 15.000,oo 15.000,oo


Janeiro 10 Carta nº. 3 - Vto. 15-01-2014 17 9.000,o
o
Carta nº. 4 - Vto. 21-01-2014 17 9.000,o
o
Carta nº. 5 - Vto. 30-01-2014 17 9.000,o 27.000,o.
o br
Janeiro 17 Carta nº. 7 - Vto. 30-01-2014 17 5.000,o 32.000,o.
o br
17.000,o. 49.000,o.
Janeiro 23 Carta nº. 8 - Vto. 28-01-2014 17
br br
CLIENTE: B FÓLIO 5

Central de Contadores 117


Contabilidade
Financeira

RECEBÍVEIS CONTAS A RECEBER


DATA DESCRIÇÃO RF
DEVER TER EQUILÍB DEVER TER EQUILÍB
RIO RIO
2014

janeiro 07 Fato. 53 . Vto. 07-02-2014 17 20.000,oo 20.000,oo


14 de Fato. 56 - Vto. 25-01-2014 17 16.000,o. 36.000,oo
janeiro br
20 de Fato. 59 - Vto. 30-01-2014 17 12.000,oo 48.000,o.
janeiro br
28 de Carta nº. 9 - Vto. 15-02-2014 17 10.000,o.
janeiro br
Carta Nº.10 - Vto. 20-02-2014 17 10.000,o. 20.000,oo
br
30 de 25.000,o. 73.000,o.
Fato. 63 - Vto. 01-03-2014 17
janeiro br br
CLIENTE: C FÓLIO 8
Figura 6.6.Assistente das principais notas comerciais e recebíveis

Como você pode ver, esse processo é muito simples. No entanto, recomendamos que você estude
e veja, jogo a jogo, como os passes foram feitos.

Claro, nem é preciso dizer que a maior utilidade proporcionada por esse auxiliar maior é nos permitir
saber a qualquer momento quanto algum dos clientes nos deve, tanto para efeitos a receber quanto
para contas a receber.

DIÁRIO AUXILIAR DE COMPRAS A CRÉDITO.


É sabido que outra das transações mais repetitivas em qualquer empresa são as compras a crédito.
Portanto, e pelas mesmas razões já descritas, tais operações são registradas no chamado Diário
Auxiliar de Compras a Crédito.
A técnica de registro é a mesma utilizada para o Diário Auxiliar de Vendas a Crédito.

Vamos explicar com um exemplo.

Exemplo:

A EMPRESA C.A. efetuou as seguintes compras a crédito durante o mês de janeiro de 2014.

Dia Fornecedor Fatura Condições Expiração Bolívare


2 X 25 Carta nº. 25-1 10-01-2014 5.000,oo
3 E 160 Rede 15-01-2014 10.000,o.
5 X 39 Carta nº. 39-1 15-01-2014 br12.000,o
Carta nº. 39-2 20-01-2014 o 12.000,o
10 Z 92 15/10,n/30 10-02-2014 o 25.000,o.
14 X 50 Rede 24-01-2014 br15.000,o
20 Z 104 Carta nº. 104-1 30-01-2014 o 30.000,o
25 E 198 Carta nº. 198-1 15-01-2014 o 6.000,oo
30 Z 120 Carta nº. 120-1 20-02-2014 14.000,o.
31 E 209 Rede 25-02-2014 br16.000,o.
br

118 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
Solicita-se:

Registrar as transações no Diário Auxiliar de Compras a Crédito.

Antes de mais nada, vamos comentar sobre as características do arranhão desse diário e, em
seguida, registrar as transações indicadas. Ver figura 6.7.

Note que a eclosão neste livro é muito semelhante ao assistente de vendas de crédito. No entanto,
isso depende das necessidades de informação que cada empresa deseja obter.

Neste caso, consideramos necessário que este livro contenha as seguintes colunas:

1) Data.
Onde a data em que a transação está sendo registrada será anotada.

2) Descrição.
Detalhes como nome do fornecedor, número da fatura, condições, validade, etc. serão
registrados lá.

3) Referência.
Será anotado o cruzamento de referência com o Assistente Maior de Efeitos e Fornecedores
de Contas a Pagar.

4) Compras.
A cobrança de assento será registrada nesta coluna.

5) Efeitos devidos.
Quando a compra a crédito for suportada pela aceitação de uma letra de câmbio, o pagamento
do assento será anotado nesta coluna.

6) Contas a pagar.
O pagamento do assento será anotado nesta coluna, quando o crédito obtido for suportado
pela simples aceitação de uma fatura.

Dito isso, vamos ver na Figura 6.7 como algumas das transações foram registradas.

a) A mercadoria foi comprada para Bs. 5.000,oo e uma letra de câmbio foi aceita.

A data, os conceitos e a cobrança pelas compras foram anotados. O pagamento, logicamente,


foi feito para fins a serem pagos.

b) A mercadoria foi comprada para Bs. 10.000,oo e a fatura foi aceita.

Para registrá-lo, foi feito algo semelhante à transação anterior. A data e os conceitos foram
escritos. Em seguida, era cobrado nas compras e creditado nas contas a pagar.

Central de Contadores 119


Contabilidade
Financeira
Fólio 8

DATA COMPRAS CONTAS A CONTAS


DESCRIÇÃO
(Obrigatóri PAGAR PAGÁVEL
Fornecedo Fatura Condições Expiração RF o) (Crédito) (Crédito)
r
2014
janeiro 02 X 25 Carta No.25-1 10-01-2014 10 5.000,o 5.000,o
03 E 160 Rede 15-01-2014 15 o 10.000,o. o 10.000,o.
05 X 39 Carta No.39-1 15-01-2014 10 br 24.000,o 12.000,oo br
Carta No.39-2 20-01-2014 10 o 12.000,oo
10 Z 92 15%/10,n/30 10-02-2014 21 25.000,o. 25.000,o.
14 X 50 Rede 24-01-2014 10 br 15.000,o br15.000,oo
20 Z 104 Carta No.104-1 30-01-2014 21 o 30.000,o 30.000,oo
25 E 198 Carta No.198-1 15-02-2014 15 o 6.000,o 6.000,o
30 Z 120 Carta No.120-1 20-02-2014 21 o 14.000,o. o 14.000,o.
31 E 209 Rede 25-02-2014 15 br 16.000,o. br 16.000,o.
br br
145.000,o.b 79.000,o 66.000,o.
Total Janeiro
ro br
Figura 6.7. Diário Auxiliar de Compras de Crédito

É assim que você deve agir com o resto das transações. Recomendamos que você os revise um a
um, lentamente. Se você tiver alguma dúvida, pergunte quando chegar na aula.

No final do mês, as colunas são adicionadas e, uma vez verificado que elas se somam, ou seja, que
a soma dos encargos efetuados na conta de Compras é igual à soma dos créditos efetuados em
Efeitos a Pagar e Contas a Pagar, a "entrada sumária" das compras a crédito do mês é feita no
Diário Geral, como mostrado na figura 6.8.

DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER


2014
--- 25 --COMPRAS
Janeiro 31 28 145.000,o.br
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES 14 79.000,oo
FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR De 15 66.000,o.br
acordo com o diário auxiliar de compras a crédito
Figura 6.8

Uma vez feita a entrada sumária do mês no Diário Geral, esta é passada ao Major-Geral, conforme
indicado na Figura 6.9, observando-se o cruzamento das respectivas referências.

120 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
COMPRAS Fólio 28
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
2014
Janeiro 25 145.000,o.br 145.000,o.
31 De acordo com o Diário Geral br

PA FORNECEDOR
EFEITOS POR
G AR Fólio 14
É
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2014 Saldo em 01-01-2014


Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 79.000,o
25 o 100.000,oo
179.000,o.
br
CONTAS POR R
AG FORNECEDOR S
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
84.000,o.br
2014 Saldo em 01-01-2014
66.000,o. 150.000,o.
Janeiro De acordo com o Diário Geral
31 25 br br

Figura 6.9.
General-de-Brigada

PRINCIPAIS AUXILIARES DE EFEITOS E FORNECEDORES DE CONTAS A


PAGAR.
Esse grande auxiliar será usado para controlar detalhadamente a movimentação de dívidas que a
empresa contraiu com cada um dos fornecedores em particular.
O cruzamento, como mostra a Figura 6.10, é semelhante ao do maior auxiliar de contas e contas a
receber.

CONTAS A PAGAR CONTAS A PAGAR


DATA DESCRIÇÃO RF
DEVER TER EQUILÍB DEVER TER EQUILÍBR
RIO IO

NOME DO PROVEDOR Fólio N°


Figura 6.10
Assistente Sênior de Efeitos e Fornecedores de Contas a Pagar
Esse assistente principal conterá, primeiramente, uma coluna para a data, outra para conceito ou
descrição e, em seguida, uma para o cruzamento de referências com o periódico auxiliar do qual as
informações estão sendo recebidas. Em seguida, são atribuídas três colunas para o controle de
contas a pagar e três para contas a pagar.

Central de Contadores 121


Contabilidade
Financeira
Se voltarmos ao assunto da Revista Auxiliar de Compras a Crédito, Ilustração 6.7, dissemos ali que
as operações relacionadas às compras a crédito seriam registradas dia a dia naquele diário. Pois
bem, da mesma forma, dia a dia, os repasses devem ser feitos para o Assistente Maior de Efeitos e
Fornecedores de Contas a Pagar.

FORNECEDOR: X FÓLIO 10
CONTAS A PAGAR CONTAS A PAGAR
DATA DESCRIÇÃO RF
EQUILÍB DEVER EQUILÍB
DEVER TER TER
RIO RIO
2014

janeiro 02 Carta 25-1 Vto. 10-01- 8 5.000,o 5.000,oo


2014 o
05 Carta 39-1 Vto. 15-01- 8 12.000,oo
2014
Carta 39-2 Vto. 20-01- 8 12.000,oo 29.000,o.
2014 br
14 Fato. 50 Vto. 24-01- 8 15.000,oo 15.000,oo
2014

FORNECEDOR: E FÓLIO 15
CONTAS A PAGAR CONTAS A PAGAR
DATA DESCRIÇÃO RF
EQUILÍB EQUILÍB
DEVER TER DEVER TER
RIO RIO
2014

janeiro 03 Fato. 160 Vto. 15-01- 8 10.000,o. 10.000,o.


2014 br br
25 Carta 198-1 Vto. 15-02- 8 6.000,o 6.000,oo
2014 o
31 Fato. 209 Vto. 25-02- 8 16.000,o. 26.000,oo
2014 br

CONTAS A PAGAR CONTAS A PAGAR


DATA DESCRIÇÃO RF
EQUILÍB DEVER EQUILÍB
DEVER TER TER
RIO RIO
2014
10 de Fato. 92 Vto. 10-02- 8 25.000,o. 25.000,o.
janeiro 2014 br br
20 Carta 104-1 Vto. 30-01- 8 30.000,oo 30.000,oo
2014
30 Carta 120-1 Vto. 20-02- 8 14.000,o. 44.000,o.
2014 br br
FORNECEDOR: FÓLIO 21
Z
A técnica para fazer tais passes é a mesma que já explicamos para o Assistente Maior de Efeitos e
Fornecedores de Contas a Receber. Ver figura 6.11. Foi aberta uma conta para cada fornecedor e a
movimentação que cada um deles tinha de acordo com o Diário Auxiliar de Compras de Crédito foi
passada para ele, cruzando referências entre os dois livros.

122 Central de Contadores

Figura 6.11. Assistente Sênior de Efeitos e Fornecedores de Contas a


Pagar
Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
Sua tarefa será estudar, operação por operação, como os passes foram feitos e então observar que,
dessa forma, podemos saber a qualquer momento quanto a empresa deve aos seus fornecedores e
por qual conceito.

DIÁRIO DE RENDA AUXILIAR.


Este é um diário auxiliar amplamente utilizado. A repetitividade das transações que envolvem
rendimentos de dinheiro, especialmente aqueles originados por cobranças, vendas à vista, etc.,
justificam que esse livro seja utilizado na maioria das empresas.

Como acabamos de mencionar, ele visa o registro diário de depósitos em dinheiro, cheques, cartões
de crédito, etc.

O riscar deste livro depende, obviamente, do volume deste tipo de transações e das contas que
mais frequentemente intervêm. No nosso caso, vamos projetar um que possa ser usado na maioria
das empresas. Ver figura 6.12.

Observe que as seguintes colunas foram criadas:

1) Data.
Como sempre, a data em que a transação está sendo registrada será anotada lá.

2) Descrição.
Os dados relativos aos rendimentos registados devem ser registados sob a forma de resumo.

3) Referência.
A folha do auxiliar sênior envolvido na transação deve ser anotada nesta coluna.

4) Caixa.
O valor correspondente será registrado lá quando o depósito em dinheiro foi recebido pelo
caixa.

5) Bancos.
Quando o depósito for recebido ou depositado diretamente no banco, o valor correspondente
será registrado nesta coluna.

6) Efeitos a receber.
Quando a renda que está sendo registrada vier da cobrança de uma letra de câmbio, ela será
paga nesta coluna.

7) Contas a receber.
O crédito será registrado nesta coluna quando a receita vier do recolhimento de uma nota
fiscal.

8) Venda.
Se a renda que está sendo produzida for proveniente de uma venda à vista, o valor
correspondente será creditado nesta coluna.

Central de Contadores 123


Contabilidade
Financeira
9) Contas diversas.
Os itens que afetam as contas que não têm uma coluna específica atribuída serão observados
nesta coluna.

Como sempre, vamos explicar como este livro funciona com um exemplo.

Exemplo:

A EMPRESA C.A. realizaram as seguintes operações durante o mês de janeiro de 2014:

1) 01-01-2014 Mercadorias em dinheiro foram vendidas para Bs. 10.000,oo conforme nota
fiscal 164.
2) 03-01-2014 Depósito 2839 no Banco Venezuela para Bs. 10.000,oo que estavam na
caixa.

3) 07-01-2014 Venda à vista para Bs. 5.000,oo conforme nota fiscal 165.

4) 12-01-2014 Depósito 2840 no Banco Venezuela para Bs. 5.000,oo. Esse dinheiro estava
na caixa.

5) 15-01-2014 A carta nº. 2 ao cliente A para Bs. 10.000,oo.


6) 18-01-2014 A fatura 53 foi cobrada para Bs. 20.000,oo ao cliente C e o desconto de 10%
concedido foi concedido.
Foi vendido à vista Bs. 8.000,oo, dando um desconto de 5 %, de acordo
7) 20-01-2014 com
Nota fiscal 166.
8) 20-01-2014 A carta nº. 3 ao cliente B para Bs. 9.000,oo.

9) 25-01-2014 A carta nº. 1 ao cliente A para Bs. 6.000,oo.

10) 30-01-2014 A fatura 54 foi cobrada do cliente A por Bs. 14.000,oo.

11) 30-01-2014 Depósito nº. 2852 de Bs. 12.000,oo no Banco Venezuela.


12) 31-01-2014 A fatura 51 foi cobrada do cliente B por Bs. 15.000,oo. O cliente depositou em
nossa conta do Banco Venezuela. Depósito 2930.

13) 31-01-2014 A fatura 56 foi cobrada do cliente C por Bs. 16.000,oo.


Solicita-se: Lançar transações no diário de receitas acessórias.

Assim como nos demais jornais auxiliares, as transações envolvendo rendimentos serão registradas
dia a dia. Comentemos, pois, algumas das operações indicadas. Ver figura 6.12.

124 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares

Diário de Renda Auxiliar


Operação 1: Mercadorias em dinheiro foram vendidas para Bs. 10.000,oo.

Central de Contadores 125


Contabilidade
Financeira
Primeiro foi anotada a data e, em seguida, a descrição ou detalhes da operação. Então, como esse
dinheiro foi para o caixa, ele fica na coluna Caixa (must), enquanto o crédito foi feito na coluna
Vendas.

Operação 2: Do dinheiro na caixa, Bs.10.000 foi depositado no Banco Venezuela.

O procedimento é o mesmo. A data e a descrição estão escritas. Em seguida, é debitado aos


bancos porque está recebendo o depósito. O pagamento foi feito na coluna Caixa

Como você pode ver, o pagamento à Caja está entre parênteses. Isso porque atribuímos apenas a
coluna "must" a Caja; Portanto, se em algum momento tivermos a necessidade de pagá-lo, o valor é
colocado na coluna do mosto, mas entre parênteses. Isso significa que estamos pagando a você.

Operação 6: Uma fatura de Bs. 20.000,oo e um desconto à vista de 10% foi concedido.

Isso significa que o cliente pagou sua dívida antes que ela vencesse; portanto, foi feito o desconto
acordado de 10%. Ou seja, Bs. 2.000,oo, então a renda em dinheiro era Bs. 18.000,oo.
Vejamos como essa transação foi registrada no Diário da Receita Auxiliar:

A data e a descrição foram anotadas. Depois, os Bs. 18.000.oo recebidos, enquanto, na coluna de
contas diversas, os Bs. 2.000,oo para a conta Descontos para Pronto Pagamento.

Em troca dessas acusações, Bs. 20.000.oo para Contas a Receber. Não é simples?

Recomendamos que você analise o restante das operações. Dessa forma, você conseguirá
consolidar esse conhecimento de forma definitiva.

PASSA PARA OS ASSISTENTES MAIS ANTIGOS.


Como os lançamentos são feitos no Diário de Renda Auxiliar, os respectivos passes também serão
feitos aos auxiliares mais antigos diariamente.

No nosso caso, o maior auxiliar que intervém é o Efeitos e Contas a Receber e o Auxiliar Principal
dos Bancos.

PASSA PARA O AUXILIAR PRINCIPAL DE LETRAS E RECEBÍVEIS COMERCIAIS:


Vamos fazer os passes para o Assistente Maior de Efeitos e Contas a Receber. Para fazer isso,
usaremos as mesmas contas já abertas na Figura 6.6; só que, agora, vamos intercalar os itens que
passamos para aquele Assistente Maior, de acordo com a data em que a transação foi registrada no
Diário Auxiliar de Renda, porque isso teria acontecido na vida real.

Observe na Figura 6.13 como fizemos isso. Os itens que passamos agora para essas contas
auxiliares, foram marcados com um asterisco (*) na coluna de data e, a escrita de toda a linha, foi
feita com letras mais intensas.

Para fins de explicação, comentemos o passe para o auxiliar principal das operações 5 e 13. Os
demais analisam você mesmo e veem como foram passados. Verifique essas passagens na Figura

126 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
6.13.

Operação 5: Em 15-01-2014 a letra número 2 foi cobrada para Bs. 10.000,o.o ao cliente A.

É a coleta de uma carta ao cliente A para Bs. 10.000.oo, o que fez com que, no diário auxiliar, esse
valor tenha sido pago na coluna de Efeitos a Receber.

Para fazer o passe para o maior assistente, procure a conta desse cliente, que atribuiu a folha nº 1 e
veja como, em primeiro lugar, a data foi anotada: 15 de janeiro.

Em seguida, o detalhe foi escrito e a referência foi cruzada com o diário auxiliar anotando na coluna
de referência o número do fólio do jornal número 12 em que está localizada a sede que estamos
passando. Por fim, na seção dedicada ao acompanhamento dos Instrumentos a Receber, Bs.
10.000,oo, retirando imediatamente o saldo da conta: Bs. 6.000,oo.

RECEBÍVEIS CONTAS A RECEBER


DATA DESCRIÇÃO RF
EQUILÍB EQUILÍB
DEVER TER DEVER TER
RIO RIO
2014

Janeiro 02 Letra Nº 1 - Vto. 15-01 17 6.000,o 6.000,oo


o
Janeiro 05 Carta nº. 2-V-a10-01 17 10.000,o. 16.000,o.
br br
Janeiro 08 Fato. 54 - Vto. 20-01 17 14.000,o. 14.000,o.br
br
Janeiro (*)15 Carta de cobrança 12 10.000,o. 6.000,oo
nº. 2 br
Janeiro 15 Carta nº. 6-Vto.25-01 17 8.000,o 14.000,o.
o br
Janeiro (*) Carta de cobrança 12 6.000,oo 8.000,oo
25 nº. 1
Janeiro 25 Fato. 61 - Vto. 30-01 17 20.000,oo 34.000,o.
br
Janeiro (*) Fato Cobro. 54 12 14.000,o. 20.000,oo
30 br

CLIENTE: A
FÓLIO 1

Central de Contadores 127


Contabilidade
Financeira
CLIENTE: 1 B FÓLIO 5

RECEBÍVEIS CONTAS A RECEBER


DESCRIÇÃO RF
DATA EQUILÍB EQUILÍB
DEVER TER DEVER TER
RIO RIO
2014

Janeiro 04 Nota Fiscal 51 -Vto. 21- 17 15.000,oo 15.000,oo


01-14
Janeiro 10 Carta nº. 3 - Vto.15-01-14 17 9.000,o
o
Carta nº. 4 - Vto.25-01-14 17 9.000,o
o
Carta nº. 5 - Vto. 30-01- 17 9.000,o 27.000,o.
14 o br
Janeiro 17 Carta nº. 7 - Vto. 30-01- 17 5.000,o 32.000,o.
14 o br
Janeiro 20 Carta de cobrança nº. 3 12 9.000,oo 23.000,o.
(*) br
Janeiro 23 Carta nº. 8 –Vto.28-01-14 17 17.000,o. 40.000,oo
br
Janeiro 31 Fatura de Cobrança 51 12 15.000,oo -ou-_
(*)

RECEBÍVEIS CONTAS A RECEBER


DATA DESCRIÇÃO RF
EQUILÍB EQUILÍB
DEVER TER DEVER TER
RIO RIO
2014

Janeiro 07 Fato.53 Vct. 07-02-14 17 20.000,o 20.000,oo


o
Janeiro 14 Fato. 56 - Vto. 25-01-14 17 16.000,o. 36.000,oo
br
Janeiro (*)18 Fato imputado. 53 12 20.000,o 16.000,o.b
o r
Janeiro 20 Fato. 59 – Vto. 30-01-14 17 12.000,o 28.000,o.b
o r
Janeiro 28 Carta nº. 9 - Vto. 15-02- 17 10.000,o.
14 br
Carta nº 10–Vto. 20-02- 17 20.000,oo
14
Janeiro 30 Fato. 63 - Vto. 01-03- 17 10.000,o. 25.000,o. 53.000,o.b
2014 br br r
Janeiro (*) Fato imputado. 56 12 16.000,o. 37.000,o.b
31 br r
CLIENTE: C
FÓLIO 8
Figura 6.13

É claro que, na coluna de referência do diário auxiliar, será anotado o número do fólio do maior
auxiliar atribuído à conta do cliente A; ou seja, o número 1.
Operação 13: Em 31-01-2014 a fatura número 51 para Bs. 15.000,oo ao cliente B.

Quando essa operação foi registrada no Diário Auxiliar da Receita, esse valor foi creditado na
coluna Contas a Receber.

128 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
A transferência desta rubrica para o maior auxiliar consiste em localizar a conta do cliente B
nesse major (ver figura 6.13), e:

a) A data e o conceito são anotados.


b) A referência é cruzada com o diário.
c) Os Bs. 15.000.oo creditados na seção de contas a receber.
d) Está determinado o novo saldo, que, àquela altura, permaneceria em zero.

PASSA PARA O MAIOR ASSISTENTE BANCÁRIO:


Esse é outro grande auxiliar que é essencial levar em todas as empresas.

É impossível conceber uma empresa que não tenha conta corrente em um ou mais bancos.

A necessidade de poder controlar a movimentação de cada banco, em particular, torna


necessário o transporte de tal auxiliar.

A riscada deste livro é semelhante à de um major-general, só que lhe é atribuído um fólio para
controlar cada conta bancária que tem num determinado banco.

No caso que estamos desenvolvendo, se você olhar novamente para a movimentação do Diário
Auxiliar de Renda que aparece na Figura 6.12, verá que a coluna destinada aos bancos, tinha
alguns registros. Tais registros devem ser repassados à conta do respectivo banco no Auxiliar
Maior dos Bancos.

Vamos assumir aqui que essa conta já estava aberta e que lhe foi atribuído o fólio nº 2.

Observe na Figura 6.14 como foram feitos os passes para o maior assistente bancário.

EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O

2014 Saldo em 01-01-2014 180.000,o.br


Janeiro 03 Depósito 2839 12 10.000,o. 190.000,oo
12 Depósito 2840 12 br 5.000,oo 195.000,oo
30 Depósito 2852 12 12.000,o 207.000,oo
31 Depósito 2930 12 o 15.000,o . 222.000,o.
o br
BANCO DA Fólio 2
VENEZUELA
Figura 6.14
Assistente do Banco Principal

Central de Contadores 129


Contabilidade
Financeira
VERBETE NO DIÁRIO GERAL E SEU PASSE PARA O MAJOR-GERAL:
Ao final do mês, as colunas do Diário Auxiliar de Renda são somadas e é verificado se está ao
quadrado. Ou seja, determina-se se a soma do total de devedores é igual à do total de credores.

Uma vez alcançada a tabela, é feita a entrada resumida do mês no Jornal Geral, utilizando os
totais obtidos, como mostra a Figura 6.15.

Fólio 26
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER

2014 ----X----
Janeiro 31 CAIXA 01 68.600,o.br
BANCOS 02 42.000,o.br
DECTO. PAGAMENTO IMEDIATO NAS VENDAS 41 2.000,oo
RECEBÍVEIS COMERCIAIS 03 25.000,o.
CONTAS A RECEBER 04 br 65.000,oo
VENDA 30 22.600,o.
Renda do mês de acordo com o Diário de Renda Auxiliar br

Figura 6.15.
Revista Geral

Como já foi mencionado em casos anteriores, uma vez feita a entrada no Jornal Geral, o passe
correspondente é feito para as contas do Major-General.

Na maior que se segue (Figura 6.16), é possível ver as respectivas passagens marcadas com
um asterisco (*) e escritas em caligrafia mais intensa.

DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2014 Saldo em 01-01-2014 40.000,oo


(*) Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 26 68.600,o.br 108.600,o.br

CAIX Fólio 1
A
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
2014 Saldo em 01-01-2014 190.000,oo
Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 232.000,o.br
(*) 26 42.000,o.br
BANCOS Fólio 2

130 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
2014
Janeiro
31 De acordo com o Diário Geral 26 2.000,oo 2.000,oo
DESCONTOS DE PAGAMENTO Fólio 41
ANTECIPADO NAS VENDAS

(*)
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
320.000,o.b
2014 Saldo em 01-01-2014 r
Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 93.000,oo 413.000,o.b
Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 24
(*) 26 25.000,o.br r
RECEBÍVEIS COMERCIAIS 388.000,o.b
Fólio 3
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
248.000,o.b
2014 Saldo em 01-01-14 r
31 24
Janeiro De acordo com o Diário Geral 122.000,o.br 370.000,o.b
31 26
Janeiro De acordo com o Diário Geral r
(*) 65.000,oo 305.000,o.b
r
VENDA Fólio 30
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
2014
Janeiro 215.000,o.b
Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 24 215.000,o.br r
(*) 31 De acordo com o Diário Geral 26 22.600,o.br 237.600,o.o
CONTAS A RECEBER Fólio 4
DIÁRIO AUXILIAR DE DESPESAS.
Outra das operações que em toda empresa é realizada em grande volume, é a relacionada a
despesas. Por esse motivo, é conveniente manter um diário auxiliar que permita que esse tipo
de transação seja registrado nele, facilitando assim seu processamento nos principais auxiliares
e nos principais gerais.

Este jornal é conhecido como Diário Auxiliar de Despesas e seu desenho é muito semelhante
ao do Jornal Auxiliar de Receitas.

Como você pode ver na Figura 6.17, este livro contém as seguintes colunas:

1) Data.
A data em que a transação está sendo registrada é anotada nesta coluna.

Figura 6.16. General-de-


Central de Contadores Brigada 131
Contabilidade
Financeira
2) Descrição.
Como sempre, os detalhes da transação que está sendo registrada serão registrados nesta
coluna.

3) Referência.
Nesta coluna, a referência será cruzada com os principais auxiliares envolvidos. O número do
fólio do auxiliar principal será anotado lá onde está localizada a conta para a qual o passe está
sendo feito.

4) Caixa.
Esta coluna será usada para registrar os pagamentos na conta Caja, quando uma saída de
caixa estava envolvida na transação que estava sendo registrada.

5) Bancos.
Nesta coluna serão registrados os créditos ou créditos na conta dos Bancos quando o
desembolso tiver sido através de um banco.

6) Efeitos devidos.
Os itens que significaram o cancelamento de uma letra de câmbio que estava em dívida serão
cobrados nesta coluna.

7) Contas a pagar.
Nesta coluna, os encargos com Contas a Pagar serão registrados como resultado do
cancelamento de uma fatura.

8) Compras.
Qualquer compra de mercadoria que seja feita em dinheiro, será carregada nesta coluna.

9) Contas diversas.
Esta última seção destina-se a registrar encargos ou créditos nas contas envolvidas na
transação, que não têm uma coluna especificamente atribuída.

Como nos casos anteriores, contaremos com o desenvolvimento de um caso prático para explicar
a técnica a ser utilizada neste diário auxiliar.

Exemplo:

Durante o mês de janeiro de 2014, LA EMPRESA, C.A. Você fez as seguintes transações:

1) 4 de janeiro: A mercadoria foi comprada para Bs. 8.000,oo de acordo com a nota fiscal
nº. 33 de Estepa C.A.
Confira 1614 Banco Venezuela.
2) 8 de janeiro: Ele pagou a conta de luz de Bs. 1.040.oo, cheque nº. 1615 do Banco
Venezuela.
3) 10 de janeiro: Um computador foi comprado para Bs. 15.000,oo; fatura 22 da Equiven C.A.
cancelado por cheque 1616 Banco Venezuela.

132 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
4) 12 de A carta 25-1 ao fornecedor X foi cancelada por Bs. 5.000,oo. Cheque 1617
janeiro: Banco Venezuela.
5) 15 de A folha de pagamento da primeira quinzena de janeiro foi paga da seguinte
janeiro: forma: a) Salários dos funcionários administrativos Bs. 8.000,oo. b)
Vencimentos dos vendedores Bs. 10.000,oo.
c) Cheque 1618 Banco Venezuela.
6) 20 de A fatura 160 foi paga ao fornecedor Y para Bs. 10.000,oo; confira 1619 Banco
janeiro: Venezuela.
7) 24 de Ele cancelou a fatura 92 para o fornecedor Z para Bs. 25.000,oo, obtendo o
janeiro: desconto acordado de 10%. Confira 1620 Banco Venezuela.
8) 28 de A carta 39-1 ao fornecedor X foi cancelada para Bs. 12.000,oo; confira 1621
janeiro: Banco Venezuela.
9) 31 de Mercadorias em dinheiro foram compradas para Bs. 5.000,00.oo; Cancelado
janeiro: com dinheiro. Nota Fiscal 88 da Mercatel C.A.
10) 31 de A folha de pagamento da segunda quinzena de janeiro foi paga da seguinte
janeiro: forma:
a) Salários dos funcionários administrativos Bs. 8.000,oo
b) Salários de funcionários de vendas Bs. 10.000,o.br
c) Foi retido pela previdência social. 320,o.br
d) Check 1622 do Banco Venezuela

Solicita-se: Registre as transações indicadas no Diário de Despesas Auxiliares.

Ver figura 6.17. As transações acima mencionadas foram registradas lá. Para fins didáticos,
comentaremos apenas as transações números 4 e 10. Recomenda-se que o aluno analise os
demais. Se você tiver alguma dúvida, pergunte quando chegar na aula.

Operação 4: A carta 25-1 ao fornecedor X foi cancelada por Bs. 5.000.oo com cheque 617 do
Banco Venezuela.

Primeiro a data foi escrita: 12 de janeiro.

Em seguida, os detalhes da transação foram registrados: número da fatura cancelada, o nome do


fornecedor, o número do cheque e o nome do banco contra o qual o cheque foi escrito.

Em seguida, a cobrança foi feita aos Efeitos a Pagar e o correspondente pagamento aos Bancos,
completando assim a entrada.

Operação 10: A folha de pagamento da segunda quinzena de janeiro foi cancelada. Os funcionários
do Departamento de Administração ganhavam Bs. 8.000,oo, enquanto os do
Departamento de Vendas, ganharam Bs. 10.000,oo. Se les retuvo Bs. 320.oo para a
Segurança Social.

Como no caso anterior, a data e os detalhes do assento foram anotados. Em seguida, os encargos e
créditos foram registrados nas contas envolvidas, conforme segue:

Central de Contadores 133


Contabilidade
Financeira


LI
O
5

Figura 6.17
Diário Auxiliar de
Despesas

134 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares

Acusações:

a) Na coluna de contas diversas foi feita uma cobrança para Bs. 8.000.oo às Despesas
administrativas relativas aos vencimentos auferidos pelos servidores da Secretaria de
Administração.

b) Também foi feita uma cobrança nas despesas de vendas para Bs. 10.000.oo de salários
acumulados aos funcionários do Departamento de Vendas.

Fertilizantes:

a) Foi creditado ao Bancos Bs. 17.680.oo correspondente ao cheque emitido contra o Banco
Venezuela. Este foi o valor líquido pago aos empregados porque, do total acumulado por eles,
Bs foi retido. 320,o.o. para depois ser pago à Segurança Social.

b) Na coluna de contas diversas, Bs. 320.oo à retenção na fonte previdenciária. Esse valor foi
descontado dos funcionários, mas é devido à Previdência Social.

PASSA PARA OS ASSISTENTES MAIS ANTIGOS.


Com relação aos passes para os auxiliares idosos, aplica-se a mesma técnica explicada nos
demais diários auxiliares.

Como os registros são feitos no Diário Auxiliar de Despesa, os repasses são feitos, diariamente,
aos respectivos auxiliares.

No nosso caso, os principais auxiliares envolvidos são:

a) Assistente Sênior de Efeitos e Contas a Pagar

b) Assistente Bancário Principal.

PASSA PARA O PRINCIPAL AUXILIAR DE EFEITOS E FORNECEDORES DE


CONTAS A PAGAR.
O aluno terá podido perceber que, ao longo deste capítulo, fomos baseando-nos num caso integral
que desenvolvemos de forma encadeada para dar coerência às explicações.

Agora temos que fazer os repasses do Diário Auxiliar de Despesas para o Assistente Maior de
Efeitos e Fornecedores de Contas a Pagar.

Tais passagens são feitas na Figura 6.18, marcadas com um asterisco (*) e a linha escrita em tom
mais intenso.

Este auxiliar principal é o mesmo que havíamos aberto na Figura 6.11; só que, agora,

Central de Contadores 135


Contabilidade
Financeira
intercalamos o movimento que cada conta tinha de acordo com o Diário Auxiliar de Despesas,
em ordem cronológica.

PASSA PARA O MAIOR ASSISTENTE BANCÁRIO.


A mesma técnica é usada para fazer os passes para o Auxiliar Maior dos Bancos.

Ver figura 6.19. Esta conta auxiliar do Banco Venezuela já foi aberta na Figura 6.14.

Vamos agora usar essa mesma conta, só que vamos intercalar a movimentação que o Banco
Venezuela teve de acordo com o Diário Auxiliar de Despesas.

Os passes foram marcados com um asterisco (*) e, as linhas, escritas em tom mais intenso.

Por fim, observe o cruzamento. Nos auxiliares maiores foi escrito o fólio do diário auxiliar onde o
item foi originalmente registrado, enquanto, neste, foi escrito o número do fólio do auxiliar maior
para o qual o referido item foi passado.

Você também notará que no diário auxiliar, em alguns casos, há dois números de referência
cruzada separados por uma barra para frente.

Isto significa que dois grandes assistentes intervieram. Neste caso, os Bancos e os
Fornecedores de Efeitos e Contas a Pagar.

FORNECEDOR: X FÓLIO 10
CONTAS A PAGAR CONTAS A PAGAR
DATA DESCRIÇÃO RF
DEVER TER EQUILÍB DEVER TER EQUILÍB
RIO RIO
2014

Janeiro 02 Carta 25-1 Vto. 10-01- 08 5.000,oo 5.000,oo


2014
Janeiro 05 Carta 39-1 Vto. 15-01- 08 12.000,oo
2014
Carta 39-2 Vto. 20-01- 08 12.000,oo 29.000,o.
2014 br
(*) Janeiro 12 Carta de pagamento 05 5.000,oo 24.000,oo
25-1
Janeiro 14 Fato. 50 Vto. 24-01- 08 15.000,oo 15.000,oo
2014
(*) Janeiro 28 Carta de pagamento 05 12.000,oo 12.000,oo
39-1

136 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
PAGA
CONTAS A PAGAR CONTAS POR R
DATA DESCRIÇÃO RF
DEVER TER EQUILÍB DEVER TER EQUILÍB
RIO RIO
08 10.000,o.
2014 br
Fato. 160 Vto. 5-01- 05 10.000,o.
Janeiro 23 2014 -0-
br
08
Janeiro 20 Fato de pagamento.
08 10.000,o.
Janeiro 25 160 6.000,oo 6.000,oo
br 16.000,o.
Janeiro 31 Carta 198-1 Vto.15-02- br
2014 E 16.000,o.
U br
Fato. 209Vto. 25-02- FÓLIO 21
A
2014 DOR: Z
CONTAS A PAGAR CONTAS A PAGAR
DATA DESCRIÇÃO RF
DEVER TER EQUILÍB DEVER TER EQUILÍB
RIO RIO
2014 Fato. 92 Vto.10-02-2014

Janeiro 10 Carta 104-1 Vto. 30-01- 08 25.000,o.


14 25.000,o. br
Janeiro 20 08 30.000,oo 30.000,oo br
Fatura de pagamento
Janeiro 24 92 05
-0-
Janeiro 30 Carta 120-1 Vto.20-02- 08 14.000,o. 44.000,o. 25.000,o.
br br br
14
FORNECEDOR: FÓLIO 15
E

(* )
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
180.000,o.b
Saldo AS de 01-01-2014
r
Janeiro 03 Depósito 2839 12 10.000,o.br 190.000,oo
(*) 04 Verificação 1614- Estepa 05 8.000,oo 182.000,o.b
(*) 08 C.A
Check 1615- Luz Elétrica 05 1.040,oo r 180.960,o.b
(*) 10 Verificação 1616- Equiven 05 15.000,oo r 165.960,o.o
12 C.A
Depósito 2840 12 5.000,oo . 170.960,o.b
(*) 12 Verificação 1617- 05 5.000,oo r 165.960,o.o
(*) 15 Cheque 1618 Folha de 05 18.000,o.b 147.960,o.o
(*) 20 pagamento
Check 1619- Fornecedor e 05 r 10.000,o.b . 137.960,o.o
(*) 24 Cheque 1620- Fornecedor Z 05 r 22.500,o.o . 115.460,o.b
(*) 28 Verificação 1621- 05 12.000,oo r 103.460,o.b
(* ) 30 Fornecedor X
Depósito 2852 12 12.000,oo r 115.460,o.b
r

Central deFigura 6.18. Assistente Sênior de Efeitos e Fornecedores de Contas a


Contadores 137
Pagar
Contabilidade
Financeira
(*) 31 Cheque 1622- Folha de 05 17.680,o.b 97.780,o.br
Pagamento
31 Depósito 2930 12 15.000,oo r 112.780,o.b
BANCO VENEZUELA r
Fólio 2
VERBETE NO DIÁRIO GERAL.
Ao final do mês, passamos a adicionar as colunas e determinar se o Diário Auxiliar de Despesas
está ao quadrado.

Como nos casos anteriores, com os totais obtidos, o registro sumário é feito na Revista Geral.

Com relação às contas que aparecem na seção de contas diversas, especialmente quando há
algumas que se repetem, como é o caso das Despesas Administrativas e Despesas de Vendas,
elas são somadas e o lançamento é feito pelo total.

Sugerimos que o aluno retorne à Figura 6.17 e analise cuidadosamente como utilizamos os totais
das colunas daquele diário auxiliar, para fazer o verbete no Diário Geral mostrado na Figura 6.20.

PASSA PARA O MAJOR-GENERAL.


Como em casos anteriores, a partir do Jornal Geral são feitos passes para o Major-Geral
Figura 6.19. Assistente Bancário
Sênior
procedendo ao cruzamento de referências entre os dois livros. Ver figura 6.21.

Mostra ali o mesmo major que foi usado nos casos anteriores.

Os passes que faremos agora serão marcados novamente com um asterisco (*) e a linha será
escrita com letras de tom intenso.

DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER


2014 __97____
--- ---
Janeiro 31 EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES 14 17.000,o.br
FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR 15 35.000,oo
COMPRAS 28 13.000,o.b
DESPESAS ADMINISTRATIVAS 42 r 17.040,o.b
DESPESAS COM VENDAS 43 r 20.000,oo
EQUIPAMENTOS DE ESCRITÓRIO 38 15.000,oo
CAIXA 01 5.000,oo
BANCOS 02 109.220,o.br
DECTO. PTO. PAGAMENTO. EM COMPRAS 52 2.500, oo
RETENÇÃO DA SEC. SOC. A PAGAR 47 320,o.br
Despesas do mês segundo Diário Auxiliar de Egresos

Figura 6.20

138 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
Diário Geral

Central de Contadores 139


Contabilidade
Financeira
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
100.000,oo
2014 Saldo em 01-01-2014 179.000,o.b
Janeiro De acordo com o Diário Geral 79.000,oo r
Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 25 17.000,o.
162.000,o.
(*) 31 27 br
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES br Fólio 14
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
Saldo em 01-01-2014 84.000,o.
2014 br
De acordo com o Diário Geral
Janeiro 66.000,o.br 150.000,o.b
31 De acordo com o Diário 25 35.000,o
Janeiro r
(*) 31 Geral 27 o
FORNECEDORES DE CONTAS A 115.000,o.
Fólio 15
PAGAR
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O

2014 145.000,o.b
Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 25 145.000,o.br r
(*) Janeiro 31 De acordo com o Diário 27 13.000,o. 158.000,o.
Geral br br
COMPRAS Fólio 28
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
2014
Janeiro De acordo com o Diário 17.040,o. 17.040,o.
(*) 31 Geral 27 br br
DESPESAS Fólio 42
ADMINISTRATIVAS
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
2014
De acordo com o Diário 20.000,o
(*) Janeiro 31 27 20.000,oo
Geral o

DESPESAS DE Fólio 43
VENDAS

140 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares

DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2014
Janeiro De acordo com o Diário
(*) 31 Geral 27 15.000,oo 15.000,oo
EQUIPAMENTOS DE Fólio 38
ESCRITÓRIO
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2014 Saldo em 01-01-2007 40.000,oo


Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 108.600,o.b
26
(*) Janeiro De acordo com o Diário 68.600,o.br 5.000,oo r
31 27
Geral 103.600,o.b
r

BANCO
S Fólio 2
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
Saldo em 01-01-2007 190.000,oo
2014 De acordo com o Diário Geral 232.000,o.
42.000,o.br br
Janeiro 31 De acordo com o Diário 26
(*) Janeiro 31 Geral 27 109.220,o.br 122.780,o.
CAIX br Fólio 1
A

DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2014 De acordo com o Diário


(*) Janeiro 31 Geral 27 2.500, oo 2.500, oo
DESCONTO DE PAGAMENTO Fólio 52
ANTECIPADO EM COMPRAS

DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO

2014 De acordo com o Diário


Janeiro 31 Geral 27 320,o.br 320,o.br
RETENÇÃO NA FONTE PREVIDENCIÁRIA Fólio 47
DEVIDA
Figura 6.21
Major-general
(*)
DIÁRIO DE COMPRAS E VENDAS (IVA).
São dois livros que, apesar de terem a categoria de auxiliares, são obrigatórios.

Com efeito, o artigo 70.º do Regulamento da Lei do Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA), estabelece que os contribuintes deste imposto, para além dos livros exigidos pelo Código
Comercial, devem manter um Livro de Compras e um Livro de Vendas, nos quais serão registados

Central de Contadores 141


Contabilidade
Financeira
cronologicamente e sem atrasos. Informações relativas às operações no mercado interno,
importações e exportações, devidamente comprovadas por documentos como notas fiscais, notas
de débito e crédito retificativas de notas fiscais originalmente emitidas, além de outros documentos
que comprovem vendas de bens e serviços e compras de bens ou recebimento de serviços.

142 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 6.1.
1) Explique brevemente sobre as vantagens da contabilidade para a contabilidade:
a) Diários auxiliares.
b) Auxiliares maiores.

2) Explique brevemente os objetivos de transportar:


a) Diário Auxiliar de Vendas a Crédito.
b) Diário Auxiliar de Compras a Crédito.
c) Diário de Renda Auxiliar.
d) Diário Auxiliar de Despesas.

3) Mencione o subdiário no qual as seguintes operações seriam registradas:


a) Pagamento da conta telefônica.
b) Venda de mercadoria a crédito mediante aceitação da nota fiscal.
c) Compra de mercadoria em dinheiro.
d) Cobrança de uma letra de câmbio para um cliente.
e) Compra de mercadoria aceitando letras de câmbio.
f) Cobrar uma fatura a um cliente.
g) Pagamento de salários.
h) Pagamento de uma letra de câmbio a um fornecedor.
i) Depósito de dinheiro no banco, daquele que estava no caixa.
j) Pagamento de uma fatura a um fornecedor.
k) Venda de mercadoria através da aceitação de uma letra de câmbio pelo cliente.
l) Venda de mercadorias à vista.

EXERCÍCIO 6.2.
A empresa BORBURATA C.A. realizou diversas vendas durante o mês de maio de 2014,
conforme demonstrado abaixo:

DIA CLIENTE FATURA CONDIÇÕES EXPIRAÇÃO Bolívares


Para. 5.000,o
01 34 Carta 34-1 01-06-2014
Rambo o
04 B. Rios 35 Carta 35-1 04-06-2014 8.000,o
Carta 35-2 04-07-2014 o 8.000,o
06 C. Prieto 36 Carta 36-1 08-06-2014 o 4.000,o
Carta 36-2 08-07-2014 o 4.000,o
Carta 36-3 08-08-2014 o 4.000,o
09 D. Alvarez 37 10% 30 dias 09-06-2014 o10.000,o.b
11 E. Linares 38 Carta 38-1 11-06-2014 12.000,oor
14 F. Gomez 39 Net/30 dias 14-06-2014 9.000,o
o

Central de Contadores 143


Contabilidade
Financeira
16 G. Bairros 40 Carta 40-1 16-06-2014 11.000,o.
Carta 40-2 16-07-2014 br
20 H. Pastor 41 8% 30 dias 20-06-2014 11.000,o.
20.000,o
21 Eu. Mendez 42 Carta 42-1 21-06-2014 o 5.000,o
Carta 42-2 21-07-2014 o
24 B. Rios 43 30 dias líquidos 24-06-2014 5.000,o
14.000,o.
27 J. Caribe 44 5% 15, N/30 27-06-2014 br 11.000,o.
31 K. Sabino 45 Carta 45-1 15-07-2014 br 18.000,o.
31 L. Ferreiro 46 Carta 46-1 30-06-2014 br 5.000,o
31 J. Caribe 47 Carta 47-1 30-06-2014 o 20.000,o
Com as informações acima, solicita-se: o

a) Registre as operações indicadas no Diário Auxiliar de Vendas a Crédito.


b) Faça o lançamento mensal no Jornal Geral.
c) Faça os passes para o major-general e auxiliares maiores, conforme apropriado.

NOTA: Resolver esta prática é essencial, pois as informações obtidas a partir desta solução
serão necessárias para resolver o exercício 6.3.

EXERCÍCIO 6.3.
NOTA: A solução deste exercício baseia-se em grande parte nas informações fornecidas no
exercício 6.2.

A empresa BORBURATA C.A. realizaram, entre outras, as seguintes operações em junho de


2014:

01 de junho: Acusou a carta 34-1 ao A. Rambo por Bs. 5.000,oo.


03 de junho: Ele vendia mercadorias em dinheiro para Bs. 10.000,oo de acordo com a nota fiscal
628.
05 de junho: Cobrado Bs. 3.000,oo juros por empréstimo concedido a H. Garcia.
08 de junho: Fez as seguintes coleções:
Letra 35-1 a B. Rios por Bs. 8.000,oo.
Carta 36-1 a C. Prieto por Bs. 4.000,oo.
09 de junho: Ele vendia mercadorias em dinheiro por um valor bruto de Bs. 20.000,oo em quem
Foi concedido um desconto sucessivo de 8% mais 5%. Nota fiscal 629.
09 de junho: Ele recolheu a nota fiscal 37 obtendo o desconto acordado.
10 de junho: Se depositado no Banco Regional a existência de dinheiro em caixa.
Planilha 8432.
11 de junho: Se 44 da J. Caribe concedendo-lhe o desconto Concertadas.
14 de junho: Se Fez as seguintes coleções:
Nota fiscal 39 a F. Gómez por Bs. 9.000,oo.
Carta 38-1 ao E. Linares por Bs. 12.000,oo.
15 de junho: Se depositou no Banco Regional o que foi recolhido nos dias 11 e 14. Planilha
8440.
20 de junho: Se fatura recolhida 41 da H. Pastor. Ele recebeu o desconto acordado.
24 de junho: Se 42-1 a I. Méndez por Bs. 5.000,oo.
28 de junho: Se vendia mercadorias à vista para Bs. 14.000,oo conforme nota fiscal 692.

144 Central de Contadores


Revistas Auxiliares - Majors
Auxiliares
30 de junho: Se cobrou a carta 46-1 para Bs. 5.000,oo a L. Ferreiro.

Solicita-se:

a) Registre as operações indicadas no Diário Auxiliar da Receita.


b) Faça o registro do resumo mensal no Jornal Geral.
c) Faça os passes para o major-general e para os principais auxiliares que procederem.

EXERCÍCIO 6.4.
As seguintes compras foram realizadas pela empresa BORBURATA C.A. durante o mês de Maio
de 2014:

DIA FORNECEDOR FATO. CONDIÇÕES EXPIRAÇÃO Bolívare


s 10.000,o.
01 Lago C.A. 1844 10%/15, N/30 30-05-2014 br
03 Hidalgo Sa 32454 Carta 226-1 03-06-2014 9.000,o
Carta 226-2 03-07-2007 o 9.000,o
04 O Álamo 2431 Carta 32 04-06-2014 o 12.000,o
06 Almacén Rico Ca 1040 Carta 1040-1 21-06-2014 o 13.400,o.
Carta 1040-2 06-07-2014 br 13.400,o.
09 Araguaney C.A. 2860 10%/15, N/30 09-07-2014 br 30.000,o
12 A Princesa 3148 Carta 3148-1 27-06-2014 o 20.000,o
13 El Caney Ca 2893 10% / 30 13-06-2014 o 15.000,o
15 Lago C.A. 1890 Carta 1890-1 15-06-2014 o 8.000,o
Carta 1890-2 15-07-2014 o 8.000,o
Carta 1890-3 15-08-2014 o 8.000,o
20 Cosmolara C.A. 7291 Carta 7291-1 25-06-2014 o 16.000,o.
25 El Girasol Ca 9160 8%/15, 2%/30 25-06-2014 br 10.000,o.
27 O Álamo C.A. 2506 5% / 30 27-06-2014 br 25.000,o.
29 Roncador C.A. 6945 Carta 6945-1 29-06-2014 br 14.000,o.
Carta 6945-2 15-07-2014 br 14.000,o.
31 Centrolara C.A. 3945 10% / 30 30-06-2014 br 18.000,o.
br

Solicita-se:

a) Registre as operações indicadas no Diário Auxiliar de Compras a Crédito.


b) Faça o lançamento mensal no Jornal Geral.
c) Faça os passes para o Major-General e Auxiliares Maiores que procederem.

NOTA: Resolver esta prática é essencial, uma vez que as informações obtidas a partir desta
solução serão necessárias para resolver o exercício 6.5.

EXERCÍCIO 6.5.
NOTA: A solução deste exercício baseia-se em grande parte nas informações fornecidas no

Central de Contadores 145


Contabilidade
Financeira
exercício 6.4.

A empresa BORBURATA C.A. realizaram, entre outras, as seguintes operações durante o mês
de junho de 2014:

01 de junho: Comprou Rocallosa C.A. mercadoria por Bs. 11.400,oo. Pago com cheque 2051
do Banco Regional.
02 de junho: Pagou com dinheiro a fatura de 1844 ao Lago C.A. por Bs. 10.000,oo.
05 de junho: Ele pagou a conta de luz de Bs. 6.000,oo com cheque 2052 do
Banco Regional.
07 de junho: Ele pagou a carta 226-1 para Hidalgo S.A. para Bs. 9.000,oo. Confira 2053.
08 de junho: Comprou a Mecatrón C.A. um computador por Bs. 25.000,oo. Fatura à vista
1435. Cheque 2054 Banco Regional.
09 de junho: Ele pagou ao administrador La Casa C.A. o aluguel de maio de 2007 para Bs.
5.000,oo.
Recibo 13444. Confira 2055 Banco Regional.
10 de junho: Ele pagou a carta 32 a El Álamo por Bs. 12.000,oo com cheque 2056 Banco
Regional.
12 de junho: Pagou a fatura 2860 a Araguaney C.A. Com cheque 2057. Banco Regional.
15 de junho: Pagou Lago C.A. a carta 1890-1 de Bs. 8.000,oo. Cheque 2058 Banco Regional.
15 de junho: Ele pagou a folha de pagamento da primeira quinzena de junho para a Bs.
25.000,oo com cheque
2059, assim:
Departamento de Administração Bs. 15.000,oo.
Departamento de Vendas Bs. 10.000,oo.
20 de junho: Pagou a Almacén Rico C.A. a carta 1040-1 de Bs. 13.400,oo. Verificação 2060
Banco Regional.
24 de junho: Pagou a fatura 9160 à Girasol C.A. com cheque 2061. Foi deduzido o
Desconto acordado.
28 de junho: Ele cancelou a carta 6945-1 para Roncador C.A. por Bs. 14.000,oo com cheque
2062 do
Banco regional.
30 de junho: Ele pagou a folha de pagamento da segunda quinzena de junho com o cheque 2063
do
Banco Regional, conforme segue:

Departamento de Administração Bs. 15.000,oo.


Departamento de Vendas Bs. 10.000,oo.

Se dedujo Bs. 980,oo para a segurança social e Bs. 150.oo por fundo de poupança
habitacional.

Solicita-se:

a) Registre as operações indicadas no Diário Auxiliar de Despesa.


b) Faça o registro do resumo mensal no Jornal Geral.
c) Faça os passes para o major-general e para os principais auxiliares que procederem.

146 Central de Contadores


Introdução ao
Demonstrações Financeiras

INTRODUÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.


Recorde-se que a contabilidade é geralmente definida como a atividade através da qual é
efetuado o registo, classificação e resumo em termos quantitativos das operações realizadas
por uma entidade económica, permitindo assim a análise e interpretação das alterações e
resultados obtidos com vista à tomada de decisão.

Sabemos também que, em princípio, tais registros são feitos nos livros diários, sejam eles gerais
ou auxiliares, e que são feitos utilizando a técnica do lançamento da revista, com base na teoria
da cobrança e do crédito (dupla entrada).

Quanto ao objetivo de classificação das operações registradas, também conhecemos as


técnicas e procedimentos para fazer os passes do livro diário para o atacado. Esse procedimento
é conhecido como classificação de operações.

TESTE DE EQUILÍBRIO.
Quando no Capítulo 5 falamos do Balancete, estamos realmente nos referindo ao resultado da
ação de classificar as transações nas diferentes contas, uma vez que, os saldos ali
mencionados, são aqueles que permanecem nessas contas após terem feito os passes diários
para o atacado.

Lá definimos o Balancete como:

"Uma lista de TODAS as contas que aparecem no Major-General, onde é mencionado o saldo
que cada uma delas tem em uma determinada data."

Ou seja, todas as contas intervêm independentemente de serem ativos, passivos, receitas,


despesas, ordem, avaliação, etc. A única condição é que essas contas apareçam no livro razão e
tenham um saldo diferente de zero.

No entanto, pode-se afirmar, com razão, que o objetivo final e mais importante da contabilidade é
ser capaz de " analisar e interpretar" os resultados obtidos, bem como a situação financeira em
que a empresa se encontra. É isso que permitirá que gestores e terceiros diagnostiquem
situações e, consequentemente, tomem decisões.

Bom, essa análise é muito difícil de ser realizada se tiver que ser feita a partir do Saldo de
Verificação. O fato de todas as contas aparecerem juntas, em nenhuma ordem, torna essa tarefa
muito complexa.

Central de Contadores 147


Contabilidade
Financeira
Para atingir este objectivo, é essencial cobrir previamente a fase de resumo . Ou seja, preparar o
que, a partir de agora, conheceremos como: Demonstrações Contábeis.

COMPONENTES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BÁSICAS.


Embora já tenhamos discutido isso no Capítulo 1, mencionaremos novamente aqui que, no
parágrafo 3.17 do VEN-NIF PYME, estabelece-se que, um conjunto completo de
demonstrações financeiras de uma entidade, incluirá todos os itens a seguir:

1) Estado de Situação financeira na data informada.


2) Estado de Resultado abrangente do período coberto pelo relatório.
3) Estado de Alterações no Patrimônio do período analisado.
4) Estado de Fluxos de caixa para o período coberto pelo relatório.
5) Anotaçõesincluindo um resumo das políticas contábeis mais significativas e outro
Informações explicativas.

Como o conteúdo deste livro é voltado para pessoas que estão iniciando seu processo de
aprendizagem contábil, por isso as explicações relacionadas a como apresentar as
demonstrações contábeis mencionadas, serão dadas à medida que o curso avança e os alunos
estão obtendo os conhecimentos contábeis necessários para sua adequada compreensão.

PROCESSO DE ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.


O processo de elaboração das demonstrações contábeis requer uma série de etapas, sendo a
primeira delas classificar as contas que constam no Balancete, nos dois grupos mais importantes:

1. CONTAS REAIS OU DE VALORES MOBILIÁRIOS.


2. CONTAS NOMINAIS ou RESULTADOS DE LUCROS.

Com esses dois grupos de contas, serão elaboradas as Demonstrações Contábeis , que são,
em suma, os resumos sobre os quais serão feitas as análises e interpretações dos eventos
ocorridos na empresa visando à tomada de decisão.

CONTAS REAIS OU DE VALORES MOBILIÁRIOS.


Esse grupo inclui todas as contas que controlam elementos patrimoniais representados pelos
bens, direitos e obrigações que a empresa possui.

De acordo com essa definição, as contas reais, por sua vez, são classificadas em três grandes
grupos ou massas patrimoniais, de acordo com o que é mostrado no diagrama da figura 7.2, onde
são mencionados apenas alguns dos elementos patrimoniais ou contábeis mais utilizados em
qualquer contabilidade.

148 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
Existe um método prático para identificar se determinada conta é real ou não. Observe o
esquema mostrado na Figura 7.1:

Como você pode ver, para determinar se uma conta é real, primeiro nos fazemos a pergunta: Eu
tenho alguma coisa?; ou seja, a conta indica que a empresa possui algum bem ou direito?
Se a resposta for sim, com certeza essa conta é REAL (da Ativa). Se a resposta à pergunta
anterior for negativa, então façamos a outra pergunta: devo alguma coisa?; ou seja: a empresa
tem alguma dívida com alguém? Se a resposta for "Sim", certamente essa conta é REAL.
Claro, se a dívida for com terceiros a conta será REAL de Passivo enquanto, se for com os
proprietários, será REAL de Patrimônio.

SIM: É REAL por ACTIVO.


TENHO NÃO: Faça a si mesmo a pergunta abaixo.
UM NOME DE ALGUMA
CONTA INDICA
QUE: SIM: É REAL do PASSIVO ou PATRIMÔNIO.
DEVO NÃO: Esta conta não é uma CONTA REAL.
ALGUMA
Figura 7.1

Sugerimos que você implemente este procedimento. Nós garantimos que em um curto espaço de
tempo você será capaz de dominá-lo.

ATIVO.
"Um ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados, dos
quais a entidade espera obter, no futuro, benefícios econômicos."

É assim que o ativo é definido no Parágrafo 49a do Quadro Conceitual das Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS)

RECONHECIMENTO PATRIMONIAL.
O parágrafo 89 da Estrutura Conceitual IFRS estabelece quando um ativo pode ser
reconhecido como tal. A esse respeito, ele diz:

"Um ativo é reconhecido no balanço quando é provável que sejam obtidos benefícios econômicos
futuros para a entidade e, além disso, o ativo tem um custo ou valor que pode ser mensurado de
forma confiável."

Em outras palavras, um bem será entendido como o conjunto de elementos patrimoniais


representados por bens e direitos que a empresa possui, dos quais se espera obter benefícios
econômicos no futuro. Ou seja, o Ativo, representa os elementos patrimoniais em que a empresa
aplicou os recursos do Passivo e do Patrimônio, e que utilizará em sua gestão ou atividade
econômica.

É importante ressaltar que todas as contas patrimoniais sempre possuem saldo devedor ou
zero.

Central de Contadores 149


Contabilidade
Financeira
CLASSIFICAÇÃO PATRIMONIAL.
Os elementos ou contas que compõem o Ativo devem ser classificados em:

1. ATIVO CIRCULANTE.
2. ATIVO NÃO CIRCULANTE.

ATIVO CIRCULANTE.
O parágrafo 66 da IAS 1 e a Seção 4.5 da VEN-NIF SME mencionam claramente quando um
ativo deve ser apresentado dentro do grupo de Ativos Circulantes:

"Uma entidade deve classificar um ativo como circulante quando:

a) Você espera realizar o ativo, ou pretende vendê-lo ou consumi-lo em seu ciclo operacional
normal;

b) Ele detém o ativo principalmente para fins de negociação.

c) Espera realizar o ativo dentro de doze meses após o período de relatório; ou

d) Um activo é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido na IAS 7), a menos que o
activo seja restrito e não possa ser trocado ou utilizado para cancelar um passivo durante,
pelo menos, doze meses após o período de reporte.

e) Uma entidade deve classificar todos os outros ativos como não circulantes. Se o ciclo normal
de funcionamento não for claramente identificável, presume-se que a sua duração é de doze
meses.".

Em outras palavras, todas aquelas contas que controlam caixa ou equivalentes ao caixa
disponível e outros ativos tangíveis ou intangíveis, que serão convertidos em caixa, ou que serão
consumidos incorporando-se aos custos e despesas da empresa, no ciclo normal de operação,
serão classificadas como Ativo Circulante.

O ciclo normal de operação é definido como o período a partir do qual o dinheiro ou outros
ativos são usados, ou um passivo é criado, para comprar ou fabricar bens que devem ser
vendidos até que sejam vendidos e convertidos de volta em dinheiro disponível.

Foi acordado que, excepto em certas empresas, tais como fábricas de bebidas, aviões, navios,
etc., as restantes têm um ciclo normal de funcionamento não superior a doze meses. Portanto, é
este último parâmetro que tomaremos como o ciclo normal de operação.

150 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
Caixa e equivalentes de caixa
Aplicações financeiras de curto prazo
Recebíveis comerciais
/ Descontados os recebíveis comerciais
Recebíveis comerciais
< Contas a receber de empresas coligadas
Inventários
Ativos biológicos
Ativo não circulante disponível para venda
Riacho
Serviços e outras despesas contratadas
antecipadamente Outros ativos circulantes
BENS (Bens e
r
direitos) Recebíveis comerciais
Recebíveis comerciais
Contas a receber de empresas coligadas
Aplicações financeiras de longo prazo
Inventários
Ativos biológicos.
Propriedades de investimento
• Imobilizado
Ativos intangíveis
Não Atual Ativo de imposto de renda diferido
Encargos diferidos
Outros activos não financeiros não correntes
DEMONSTRA
ÇÃO DA
\ r
Impostos a pagar
POSIÇÃO Empréstimos bancários e outros financiamentos
FINANCEIRA
(Contas
/ Obrigações financeiras
• Efeitos e fornecedores de contas a pagar
Dívidas de contas comerciais descontadas
Reais) Contas a pagar a empresas coligadas
RESPONSABILI Outras contas a pagar
Parcela corrente do passivo não circulante
DADES Provisões
Riacho
(obrigações Lucros diferidos
para com Outros passivos não financeiros correntes
terceiros)
Empréstimos bancários e outros financiamentos
Obrigações financeiras
< Contas a pagar a empresas coligadas
Outras contas a pagar
Passivo de imposto de renda diferido
Provisões
Lucros diferidos
Outros passivos não financeiros não correntes
Não Atual V
Capital
PATRIMÔNIO
(Obrigações Reservas
com os Legal
proprietários) Utilitários não- Estatutário
distrib Para imprevistos

Figura 7.2.
Contas reais
De acordo com o exposto, as contas que compõem o Ativo Circulante , poderiam ser,

Central de Contadores 151


Contabilidade
Financeira
basicamente, entre outras, as seguintes:

Caixa e equivalentes de caixa.


Aplicações financeiras de curto prazo.
Recebíveis comerciais.
Descontados os recebíveis comerciais
Contas a receber comerciais.
Contas a receber de empresas coligadas.
Outras contas a receber.
Inventários.
Ativos biológicos.
Ativo não circulante disponível para venda.
Serviços e demais despesas contratadas antecipadamente.
Outros ativos circulantes.
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA.
É composto por itens que representam caixa ou equivalentes de caixa, que estão disponíveis
para pagamentos imediatos. Dependendo de onde estão e como são representados, o caixa e
equivalentes de caixa podem ser controlados através das seguintes contas:
1. CAIXA.
Essa conta é usada para controlar a movimentação de dinheiro ou instrumentos de
pagamento similares, como cheques, entrada ou saída do caixa da empresa.

2. BANCOS.
Controlamos através dessa conta, os depósitos de dinheiro à vista, que a empresa faz em
contas correntes ou poupança em bancos, de disponibilidade imediata, bem como os
saques que são produzidos.

3. EQUIVALENTES DE CAIXA.
A seção 7.2 do VEN-NIFPYME afirma claramente o que deve ser entendido por
equivalentes de caixa:

" Os equivalentes de caixa são investimentos de curto prazo de alta liquidez que são
mantidos para cumprir compromissos de pagamento de curto prazo, em vez de para
investimento ou outros fins. Portanto, um investimento atenderá às condições de
equivalente de caixa somente quando tiver um vencimento próximo a ele, por exemplo,
três meses ou menos a partir da data de aquisição. Os descobertos bancários são
normalmente considerados atividades de financiamento semelhantes aos empréstimos.
No entanto, se forem reembolsáveis a pedido da outra parte e fizerem parte integrante da
gestão de caixa de uma entidade, os descobertos bancários são componentes de caixa e
equivalentes de caixa."
É constituído basicamente por ativos financeiros, como obrigações emitidas por outras
entidades, que foram adquiridos, quando se destinam à venda num período não
superior a três meses. Também compõem esse grupo, as imposições ou depósitos a
prazo realizados em instituições financeiras, desde que seu prazo de vencimento não
ultrapasse três meses.
Da mesma forma, a IAS 7, parágrafo 7 prevê que as participações societárias de outras
entidades são excluídas dos equivalentes de caixa, a menos que sejam substancialmente
equivalentes a dinheiro, como ações preferenciais adquiridas perto do vencimento, desde

152 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
que tenham uma data de resgate especificada.

APLICAÇÕES FINANCEIRAS.
Muitas vezes, tendo caixa excedente, e para não mantê-lo improdutivo ou para qualquer outra
finalidade, investe-o comprando títulos.

Para realizar esse tipo de operação, a empresa geralmente adquire ativos financeiros como
ações de empresas não relacionadas, títulos, certificados de depósito, títulos hipotecários e afins,
que são fáceis de realizar, a fim de poder vendê-los rapidamente, quando precisa ter o dinheiro
investido novamente.

Nas grandes empresas, onde se aplicam as IFRS PLENAS, as aplicações financeiras são
classificadas como:

1) APLICAÇÕES FINANCEIRAS MANTIDAS ATÉ O VENCIMENTO.


"Os investimentos mantidos até o vencimento são ativos financeiros não derivativos cujos
recebimentos são de valor fixo ou determinável e cujos vencimentos são fixos, e, além disso,
a entidade tem a intenção efetiva e a capacidade de mantê-los até o vencimento ..." (IAS 39,
parágrafo 9).

Como esses tipos de investimentos não serão vendidos até o vencimento, eles devem ser
avaliados pelo custo, tanto no registro inicial quanto nas avaliações subsequentes.

2) APLICAÇÕES FINANCEIRAS REALIZADAS PARA NEGOCIAÇÃO.


"Um activo financeiro é classificado como detido para fins de negociação se for adquirido ou
incorrido principalmente com o objectivo de o vender ou recomprar no futuro imediato..." (IAS
39, parágrafo 9).

Seu registro inicial será feito ao seu custo, que será considerado como seu valor justo,
enquanto as avaliações subsequentes serão feitas pelo valor justo com mudanças nos
resultados. Ou seja, durante o tempo em que o investimento é mantido, quando chega a
hora de valorizá-lo, se houver alguma diferença, ele deve ser absorvido pelos resultados do
período.

3) APLICAÇÕES FINANCEIRAS DISPONÍVEIS PARA VENDA.


Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros... que sejam
especificamente designados como disponíveis para venda ou que não sejam classificados
como (a) empréstimos e recebíveis, (b) investimentos mantidos até o vencimento ou (c)
ativos financeiros escriturados ao valor justo por meio do resultado. (IAS 39, parágrafo 9).

O registro inicial desse tipo de investimento é feito pelo custo ou valor justo naquele
momento. As avaliações subsequentes serão feitas pelo valor justo com as variações no
patrimônio líquido, o que significa que as diferenças de avaliação devem ser levadas
diretamente ao patrimônio líquido e não aos resultados do período.

No caso de empresas regidas por IFRS para PMEs, a classificação acima não se aplica.

Central de Contadores 153


Contabilidade
Financeira
APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE CURTO PRAZO.
Eles pertencem a esse grupo, aqueles investimentos que serão mantidos por um tempo não
maior do que o ciclo normal de operações.

Entre outros, os Investimentos Financeiros de Curto Prazo mais frequentes são:

Investimentos em instrumentos de capital próprio (Ações).


Investimentos em instrumentos de dívida (bonds).
Empréstimos de curto prazo.
Empréstimos de pessoal.
Dividendos a receber
Juros a receber.
Depósitos a prazo fixo.

RECEBÍVEIS COMERCIAIS.
Esta conta controla as dívidas que terceiros (naturais ou legais) têm com a empresa, geralmente
causadas pela venda de bens ou serviços a crédito, quando tais créditos são garantidos pela
aceitação de documentos comerciais garantidos como letras de câmbio, notas promissórias,
etc., e cujo vencimento ocorrerá no decorrer dos próximos doze meses.

CONTAS A RECEBER COMERCIAIS.


Da mesma forma, essa conta controla as dívidas que terceiros adquiriram com a empresa,
derivadas da venda de bens ou serviços a crédito, mas quando o cliente só aceitou documentos
comerciais quirografários, como notas fiscais, etc., que serão recolhidos nos próximos doze
meses.

É claro que as empresas geralmente têm outros tipos de contas a receber de operações que não
a venda de bens ou serviços a crédito. Trataremos deles nos próximos capítulos.

CONTAS A RECEBER DE EMPRESAS COLIGADAS.


As dívidas que uma empresa tem que cobrar de outra, vinculadas a ela, serão registradas nessa
conta.

São empresas coligadas ou coligadas, aquelas que fazem parte de um grupo que, por deter a
maioria do capital ou direitos de voto, tem a capacidade de exercer influência sobre outras
empresas.

Também são consideradas empresas coligadas aquelas que, não tendo interesses patrimoniais,
são administradas pelas mesmas pessoas ou, quando não é o caso, algumas empresas
dependem totalmente de outras para obter materiais e insumos para operar.

INVENTÁRIOS.
O A seção 13.1 do VEN-NIF PYME estabelece que:

"Estoques são ativos:

a) Mantidos para venda no curso normal dos negócios;

154 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
b) No processo de produção com vista a essa venda; ou

c) Sob a forma de materiais ou insumos, a serem consumidos no processo produtivo, ou na


prestação de serviços."
Representa o custo da mercadoria em estoque em um determinado momento, que se destina à
venda no curso normal das operações, bem como para aqueles materiais que devem ser
convertidos em mercadorias processadas.

Geralmente, os elementos mais comuns que compõem os inventários são:

Bens adquiridos de terceiros.


Produtos acabados.
Produtos em processo.
Matérias-primas.
Material indireto.
Suprimentos de fábrica.
Mercadorias em trânsito ou em trânsito.

ATIVOS BIOLÓGICOS.
Essas contas são utilizadas na contabilidade de empresas que exercem atividades
agropecuárias. Controlar o valor dos bens representados por plantas ou animais que uma
empresa possui, desde o momento do plantio da planta ou do nascimento ou aquisição do animal,
até que a planta produza a colheita ou o animal pare de produzir bens como leite (gado leiteiro),
lã (ovelha), ovos (aves), etc.

Esses bens, uma vez colhidos, deixam de ser considerados ativos biológicos, para se tornarem
produtos agrícolas ou pecuários, que seriam classificados em inventários ou inventários.

ATIVO NÃO CIRCULANTE DISPONÍVEL PARA VENDA.


De acordo com as disposições da IFRS 5, todos os activos, normalmente de natureza
permanente ou não corrente, serão controlados nesta conta quando se considerar que a sua
quantia escriturada será recuperada através da sua venda, nas condições em que se encontram,
imediatamente ou no decurso do ciclo normal de operações após a sua reclassificação.

Esta classificação só é aplicável em empresas onde se aplicam as IFRS PLENAS. Nas


pequenas e médias empresas, de acordo com o § 27 da secção 17 da VEN-NIF PME, esta
classificação não é aplicável.

SERVIÇOS E OUTRAS DESPESAS CONTRATADAS ANTECIPADAMENTE.


Serão registradas nesta conta, as despesas já pagas ou contratadas que, embora até a presente
data, o serviço ainda não tenha sido recebido ou o bem envolvido na despesa não tenha sido
consumido, tal serviço será recebido ou o bem consumido, no decorrer dos próximos doze
meses.

No entanto, as despesas pagas ou contratadas antecipadamente cujo serviço deva ser recebido,
ou o material a ser consumido, em período superior a doze meses, devem ser apresentadas no
grupo de encargos diferidos, na seção Ativo Não Circulante, grupo do qual discutiremos mais

Central de Contadores 155


Contabilidade
Financeira
adiante.

No entanto, devemos esclarecer aqui que a parcela desses encargos diferidos que serão
consumidos ou amortizados no próximo período de doze meses também deve ser apresentada
no grupo Serviços e Outras Despesas Contratadas antecipadamente, juntamente com as
demais despesas pré-pagas.

Exemplo:

Uma empresa contratou em 01-01-2010 uma apólice de seguro por 3 anos com um custo de Bs.
60.000,oo que foram pagos no momento do contrato.

Vamos raciocinar:

É óbvio que se trata de uma despesa contratada antecipadamente, cujo serviço será recebido em
três anos. Isso significa que, todos os anos, você receberá um serviço de seguro que custará Bs.
20.000,oo.

Se nesta mesma data, 01-01-2010, foi elaborada uma Demonstração da Posição Financeira, Bs.
20.000,oo que serão consumidos por este conceito nos próximos doze meses, deverão ser
apresentados como Seguro Pago Antecipadamente, dentro do Ativo Circulante, no grupo de
Serviços e Outras Despesas Contratadas antecipadamente , enquanto, os Bs. Os 40.000
restantes, que se referem ao serviço de seguro que será recebido após o primeiro ano, devem ser
mostrados como Encargos Diferidos na seção Ativo Não Circulante.

As contas mais utilizadas para controle de serviços e demais despesas contratadas


antecipadamente são:

Juros pagos antecipadamente.


Seguro pago antecipadamente.
Aluguéis pagos antecipadamente.
Material de escritório.
Parcela atual dos encargos diferidos.

OUTROS ATIVOS CIRCULANTES.


Neste grupo, serão apresentados os demais ativos circulantes que não podem ser identificados
com nenhum dos grupos anteriores, tais como:
Contas a receber dos trabalhadores.
Recebimento de aluguéis acumulados.
Juros vencidos a receber.
Sinistros para seguradoras.
Royalties a Receber.
Adiantamentos a fornecedores.
Crédito fiscal - IVA.

ATIVO NÃO CIRCULANTE.


Consiste em contas representativas de activos tangíveis, incorpóreos e financeiros que são, por

156 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
natureza, de longo prazo (IAS 1, parágrafo 67) e não satisfazem nenhum dos seguintes
critérios:

a) Não se espera que seja realizada, ou não se destina a ser vendida ou consumida, no curso
do ciclo normal de operação da empresa.

b) Eles não são mantidos para fins de negociação.

c) Não se espera que seja realizada dentro do período de doze meses após a data de
encerramento
de exercício.

O Ativo Não Circulante será apresentado formando, basicamente, os seguintes grupos, que
serão apresentados na ordem da maioria das correntes para as menos correntes:
Ativo financeiro não circulante.
Contas a receber de empresas coligadas.
Aplicações financeiras.
Inventários.
Ativos biológicos.
Propriedades de Investimento.
Imobilizado.
Ativos intangíveis.
Imposto de renda diferido ativo.
Encargos diferidos.
Outros activos não financeiros não correntes.

ATIVO FINANCEIRO NÃO CIRCULANTE.


O grupo de Ativos Financeiros Não Circulantes inclui todas as contas ou recebíveis que serão
convertidos em caixa em um período superior a doze meses. Os efeitos e as contas a receber
provenientes de operações diferentes das operações normais normalmente realizadas pela
sociedade devem ser indicados separadamente.

Em suma, qualquer pretensão que a empresa tenha que cobrar, cujo vencimento seja por período
superior a um ano, deve ser apresentada nesse grupo.
A este grupo pertenceria:

Recebíveis comerciais (mais de 12 meses).


Recebíveis comerciais (acima de 12 meses)

CONTAS A RECEBER DE EMPRESAS COLIGADAS (Longo Prazo).


Esta rubrica é composta por contas e recebíveis de empresas consideradas coligadas ou
coligadas, com prazo superior a doze meses.

APLICAÇÕES FINANCEIRAS (Longo Prazo).


Há casos em que, uma empresa, investe recursos na aquisição de valores mobiliários, como
ações de outras empresas, seja com o objetivo de obter lucros com essas ou para conseguir ter
uma participação majoritária em seu capital e, portanto, ter poder decisivo na gestão dessas
empresas.

Central de Contadores 157


Contabilidade
Financeira
Em outros casos, títulos chamados títulos são comprados com o objetivo de ganhar juros por um
longo tempo.

Em todos esses casos, quando a intenção é manter o investimento por um período superior a
doze meses, diz-se que o investimento é permanente ou de longo prazo e, como tal, deve ser
apresentado no grupo de aplicações financeiras de longo prazo, dentro da seção Ativo Não
Circulante.

No que diz respeito à classificação das aplicações financeiras de longo prazo, aplica-se o que foi
dito nas páginas anteriores, relativo às aplicações financeiras de curto prazo.

A este grupo pertencem, entre outros, os seguintes relatos:

Investimentos em ações.
Investimentos em empresas controladas.
Investimentos em títulos ou obrigações.
Investimentos em fundos de participação.

ESTOQUES (Longo Prazo).


Esse item seria composto por estoques de mercadorias representadas por matéria-prima,
produtos acabados, produtos em processo, mercadorias em trânsito, etc., cuja realização está
prevista para ocorrer em um período superior a doze meses.

Tal seria o caso das fábricas de certas bebidas alcoólicas em que, alguns de seus produtos,
necessitam ser submetidos a um processo de envelhecimento por períodos superiores a doze
meses.

Também seria o caso de fábricas de grandes navios ou aeronaves, em que o processo de


construção ultrapassa doze meses.

ATIVOS BIOLÓGICOS (Longo prazo).


Os ativos biológicos serão apresentados neste grupo, quando se espera que transcorra um
período superior a doze meses, desde o momento em que a planta é plantada ou comprada, ou
o animal nasce ou é adquirido, até que ocorra a colheita ou o animal pare de produzir mercadoria.

PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO.
De acordo com a Seção 16.2 do VEN-NIF PYME, "propriedades de investimento são
propriedades (terrenos ou edifícios, ou partes de um edifício, ou ambos) que são detidas pelo
proprietário ou locatário sob um arrendamento financeiro para obter aluguel, ganhos de capital
ou ambos, e não para:

a) A sua utilização na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para fins


administrativos, ou b) A sua venda no decurso normal das suas actividades."

Em suma, essa conta é usada para controlar a aquisição ou construção de imóveis, quando tais
imóveis não são utilizados nas operações normais da empresa, mas o investimento foi feito com a
intenção de obter renda adicional de locações ou qualquer outro tipo de benefício. Investimentos
representativos desse tipo seriam:

Investimentos fundiários.

158 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Investimentos em edificações.
Contábeis

IMÓVEIS, INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS.


Também conhecido como ativo imobilizado, este grupo inclui todas as contas que controlam
ativos que cumprem o conteúdo da IAS 16, parágrafo 6 , e da Seção 17.2 do VEN-NIF PYME,
que afirma:

"Os activos fixos tangíveis são activos corpóreos que:

a) Possuir entidade para utilização na produção ou fornecimento de bens e serviços, para


locação a terceiros ou para fins administrativos; e

b) Espera-se que sejam usados por mais de um período."

Ou seja, são bens de natureza material ou corpórea. Ou seja, é provável que sejam captados
pelos sentidos humanos, que:

a) São permanentes.
Ou seja, são bens cuja natureza permite que sejam utilizados por períodos superiores a
doze meses. São bens duráveis.

b) Eles não se destinam à venda.


Esses tipos de ativos, quando adquiridos, não são feitos com o objetivo principal de negociá-
los. É por isso que eles também são conhecidos como ativos fixos ou ativos fixos.

Se, por exemplo, uma empresa que se dedica à compra e venda de móveis, adquire muitas
mesas para venda, essa seria uma simples compra de mercadoria que deve ser registrada
através da conta de compras.

Por outro lado, se a mesma empresa comprar uma mesa para ser utilizada pelo contador em
seu trabalho, essa operação deve ser registrada na conta Móveis e classificada na
Demonstração da Posição Financeira, no grupo de imóveis, instalações e equipamentos.

c) São utilizados nas atividades normais da empresa.


Essa é outra característica que deve concorrer para que esses ativos sejam considerados
como elemento do ativo imobilizado.
Se uma empresa compra um edifício para nele se instalar e desenvolver as suas actividades
nesse edifício, esse edifício será um elemento do activo fixo tangível.

No entanto, se tal edifício foi adquirido para locá-lo a terceiros e obter renda de aluguéis,
neste caso será um investimento imobiliário porque, embora atenda aos dois primeiros
requisitos: "caráter permanente" e "não se destina à venda", não está cumprindo o terceiro;
ou seja, "não está sendo utilizado nas atividades normais da empresa".
Os elementos mais comuns que compõem as propriedades, instalações e equipamentos, são:
Terra.
Edifícios.
Facilidades.

Central de Contadores 159


Contabilidade
Financeira
Máquinas e equipamentos de fábrica.
Ferramentas.
Mobiliário e equipamento de escritório.
Equipamentos de Informática.
Equipamentos de transporte.
Vamos comentar abaixo, a natureza de cada um deles.
1. TERRA.
Essa conta controla os terrenos que a empresa possui, e que estão sendo utilizados nas
atividades ordinárias da empresa, inclusive naqueles em que há prédios.

Nos próximos capítulos vamos nos aprofundar em sua classificação nas demonstrações
financeiras, dependendo, fundamentalmente, se o terreno está ou não sendo utilizado nas
atividades da própria empresa.
2. EDIFÍCIOS.
Essa conta controla o custo dos prédios que a empresa possui, que estão sendo utilizados
em suas operações ordinárias. É preciso ressaltar que, essa conta, não controla o custo do
terreno onde o imóvel é construído. Como já mencionamos, o custo da terra é controlado
através da conta Land.
A conta de Edifícios também será classificada nas demonstrações financeiras, de acordo
com o fato de o prédio estar ou não sendo utilizado nas operações normais do
empreendimento.
3. FACILIDADES.
São unidades complexas de uso especializado no processo produtivo, que incluem: edifícios,
máquinas, etc., que embora separáveis por natureza, estão definitivamente ligadas para sua
operação. Por exemplo, instalações de ar condicionado.

4. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE FÁBRICA.


Essa conta controla todas as máquinas e equipamentos similares utilizados pela empresa na
fabricação dos produtos que vende.
5. FERRAMENTAS.
Controla todos os elementos considerados como ferramentas que contribuem para a
elaboração de bens e a prestação de serviços, como tornos, prensas, etc.

6. MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTO PARA ESCRITÓRIO.


Este item é composto pelo custo dos móveis utilizados nas diferentes dependências da
empresa, como mesas, cadeiras, armários de arquivo, etc., bem como o conjunto de
equipamentos, sejam eles mecânicos, eletromecânicos ou eletrônicos que são utilizados no
desenvolvimento das atividades do escritório como, máquinas de escrever, calculadoras,
fotocopiadoras, centrais telefônicas, etc. Os equipamentos utilizados no processamento
eletrônico de dados (Computadores) não estão incluídos neste grupo.

Frequentemente, e quando a magnitude da empresa o justifica, o mobiliário é normalmente


separado do que é o equipamento, usando as contas de Mobiliário para o primeiro e a conta
de Equipamento de Escritório para o segundo.

160 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
7. EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA.
Por meio dessa conta, serão registradas as compras de computadores e outros elementos
eletrônicos.

8. EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE.
Essa conta é usada para acompanhar veículos de transporte externos de propriedade da
empresa. Os veículos são muitas vezes diferenciados de acordo com a natureza do serviço
que prestam; por exemplo, aqueles veículos que se destinam à distribuição dos produtos
que são vendidos, são controlados através da conta de Equipamentos de Entrega, enquanto
aqueles utilizados em outras tarefas, como a transferência de funcionários, etc., são
controlados através da conta chamada Veículos.

Equipamentos de transporte interno, como empilhadeiras que transportam itens


internamente, serão considerados como Equipamentos de Fábrica.

ATIVOS INTANGÍVEIS.
Todas as contas representativas de ativos (direitos) intangíveis que tenham as mesmas
características dos ativos pertencentes ao ativo imobilizado serão classificadas neste grupo. Ou
seja, são permanentes, não se destinam à venda e são essenciais para realizar as
atividades normais da empresa.

Dentre eles, podemos citar:

Patentes industriais.
Marcas.
Direitos autorais.
Mais-valia.
Aplicativos de computador.

Vamos discutir a natureza de cada uma dessas contas.

1. PATENTES INDUSTRIAIS.
São direitos que uma empresa possui e que o Estado lhe concedeu exclusivamente para
explorar ou usar algum produto, ou alguma invenção que essa empresa descobriu ou
comprou de outros.

Por exemplo, suponha que uma empresa descubra um procedimento que permite a
fabricação de alarmes que são acionados na presença de calor humano. Se a empresa
solicitar a proteção do Estado realizando os procedimentos perante o Registro de
Propriedade Industrial e ela for concedida, a empresa procederá ao registro em suas contas
por meio de uma cobrança na conta de Patentes, pelo valor que teve que gastar para a
investigação, Desenvolvimento e registro da patente.

2. MARCAS COMERCIAIS.
Quando uma empresa deseja fabricar um determinado produto, mas deseja identificá-lo com
um nome que já existe e é de propriedade de outra pessoa, ela pode proceder à compra
desse direito de seu proprietário e começar a usar essa marca na embalagem ou
embalagem que contém o produto. O valor pago por esta transação será lançado na conta
de Marcas registradas.

Central de Contadores 161


Contabilidade
Financeira
3. DIREITOS AUTORAIS.
Da mesma forma, quando alguém escreve uma obra, essa pessoa é dona dela. Se,
posteriormente, alguma editora quiser reproduzir e vender esse livro, ela "compra" os direitos
do autor e passa a fazê-lo. O custo pago deve ser registrado na conta de direitos autorais.

4. MAIS-VALIA.
Etimologicamente, a palavra mais-valia vem de "PLUS" = mais e "VALUE" = valor. Ou seja,
"mais valor".

Vamos explicar com um exemplo:

Suponha que, em algum momento, você decida comprar um negócio que está em
andamento para Bs. 150.000.oo. No entanto, os ativos que este negócio possui, têm um
valor real de Bs 100.000,oo.

Isso significa que a pessoa que está comprando o negócio está pagando Bs. 50.000.oo
acima do valor real dos ativos que o negócio possui. Diz-se então que um sobrevalor ou
mais-valia de Bs. 50.000.oo.

Esses casos são muito frequentes, pois, quem vende um negócio, não está apenas
vendendo os bens que possui, mas aspira a receber um valor adicional por se tratar de um
negócio em execução, com uma clientela feita e com real capacidade de gerar lucros.

Esse valor excedente, além da mais-valia, também é conhecido como crédito mercantil.

5. APLICAÇÕES INFORMÁTICAS.
Os gastos realizados para a compra do imóvel ou para o direito de uso de programas de
computador serão registrados nesta conta.

O custo de desenvolvimento de páginas web também será registado, onde está previsto a
sua utilização ao longo de vários períodos financeiros.

INTANGÍVEIS NÃO RECONHECIDOS COMO ATIVOS.


Até a implantação das Normas Internacionais de Relato Financeiro, havia alguns gastos que,
quando ocorriam, eram tratados como Encargos Diferidos e reconhecidos como Ativos.

Foram os casos dos custos de criação e abertura de empresas, custos de publicidade cobrindo
mais de um período econômico, marcas, ganhos de capital e patentes gerados internamente pela
própria empresa, custos de pesquisa, projetos e outras despesas de natureza análoga.

No entanto, a partir da adoção do IFRS, esses tipos de despesas não devem ser capitalizadas,
mas serão tratadas como despesas do período em que foram incorridas. É o que afirma o
parágrafo 90 do Marco Conceitual do IFRS, quando afirma:

"Um activo não será reconhecido no balanço quando se considerar improvável que os benefícios
económicos futuros resultem da despesa correspondente. Em vez disso, tal transação leva ao
reconhecimento de uma despesa na demonstração de resultados. Esse tratamento contábil não

162 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
implica que a intenção da administração ao realizar o desembolso tenha sido outra senão gerar
benefícios econômicos no futuro, ou que a administração tenha errado ao fazê-lo. A única
implicação do acima exposto é que o grau de certeza sobre os benefícios econômicos que
advirão para a entidade, após o presente período contábil, é insuficiente para justificar o
reconhecimento do ativo."

IMPOSTO DE RENDA DIFERIDO ATIVO.


De acordo com o que está expresso no artigo 29 do VEN-NIF PYME, a parcela de imposto de
renda que a empresa teve que pagar será registrada nessa conta, motivada pelo fato de que
certas despesas que foram registradas como tal, não são reconhecidas pelo fisco porque, Na
verdade, até a data da informação, eles ainda não foram causados. Eles são algo como um
"imposto pré-pago" que permanecerá como um ativo, até que tais despesas sejam realmente
causadas no futuro, e sejam reconhecidas pelo tesouro. Nesse momento, a empresa pagará
menos imposto, que cobrará o pago a mais no passado. No decorrer de seus estudos,
abordaremos com maior profundidade o que está relacionado a esse tema.

ENCARGOS DIFERIDOS.
Este grupo é constituído por contas representativas de despesas, que se espera que produzam
receitas em períodos futuros, pelo que os seus efeitos se farão sentir ao longo de um período
superior a doze meses. Geralmente não são repetitivos e, alguns deles, não correspondem às
operações ordinárias da empresa.

É preciso ressaltar que os encargos diferidos nada mais são do que " despesas pagas
antecipadamente" cujo serviço será recebido, ou seu efeito será sentido, em um período
superior a um ano. No entanto, a parte desse encargo diferido cujo serviço está estimado para ser
recebido nos próximos doze meses, deverá ser apresentada no Demonstrativo da Posição
Financeira, fazendo parte do Ativo Circulante, dentro do grupo Serviços e Outras Despesas
Contratadas antecipadamente.

As contas mais comumente encontradas nesse grupo, entre outras, são:

Seguro pago antecipadamente.


Locações pré-pagas.
Melhorias em imóveis alugados.

OUTROS ATIVOS NÃO CIRCULANTES.


Serão classificadas neste grupo, todas as contas que representem bens ou direitos cuja natureza
não lhes permita ser classificadas em nenhum dos grupos acima mencionados.

Pertencem a este grupo, entre outros, as seguintes contas:

Cauções.
Recebíveis no contencioso.
Fundos congelados.
Fundos de pensão.

PASSIVOS.
De acordo com o parágrafo 49b do Quadro Conceitual das Normas Internacionais de Relato

Central de Contadores 163


Contabilidade
Financeira
Financeiro, "um passivo é uma obrigação presente da entidade, decorrente de eventos passados,
no vencimento dos quais, e a fim de cancelá-lo, a entidade espera dispor de recursos que
incorporem benefícios econômicos".

Em outras palavras, o Passivo é o conjunto de obrigações que a empresa contraiu, em


decorrência de operações de crédito realizadas com terceiros e que devem ser pagas com
dinheiro, com bens ou por meio da prestação de um serviço.

O passivo representa as fontes de financiamento de outras entidades que não os proprietários


da empresa.

É importante saber, a partir de agora, que as contas de passivo têm como característica comum
que todas elas tenham saldo com sinal de crédito ou zero.

RECONHECIMENTO DE PASSIVOS.
O parágrafo 91 do Quadro Conceptual IFRS estabelece quando um passivo pode ser
reconhecido como tal:

"É reconhecido como passivo, no balanço, quando é provável que, do pagamento dessa
obrigação presente, se advenha a saída de recursos que incorporem benefícios econômicos e,
além disso, que o valor do desembolso a ser efetuado possa ser avaliado com fidedignidade..."

CLASSIFICAÇÃO DO PASSIVO.
De acordo com a IAS 1, parágrafo 60, os passivos são classificados como:

1. PASSIVO CIRCULANTE.
2. PASSIVO NÃO CIRCULANTE.

PASSIVO CIRCULANTE.
A IAS 1, Parágrafo 69 e Secção 4.7 das PME VEN-NIF, mencionam os requisitos que um
passivo deve cumprir para ser considerado como uma componente do Passivo Circulante.

"Uma entidade deve classificar um passivo como corrente quando:

a) Espera liquidar o passivo em seu ciclo operacional normal;

b) Detém passivos principalmente para fins de negociação;

c) O passivo deve ser liquidado no prazo de doze meses a contar da data do período de
reporte; ou

d) A entidade não tem o direito incondicional de diferir o cancelamento de passivos por pelo
menos doze meses após a data do período de relatório.

Uma entidade deve classificar todos os outros passivos como não correntes."

De acordo com isso, serão classificadas neste grupo, todas as contas que representem
obrigações já vencidas ou que irão expirar e que deverão ser canceladas, bem como aquelas
demais que representem serviços que devam ser prestados durante o ciclo normal de
funcionamento da empresa, que, geralmente, é de doze meses.

164 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
Com relação a este último, é preciso esclarecer que é uma receita que a empresa já recebeu
antes de ter prestado o serviço e que, esta, deve ser prestada no decorrer dos próximos doze
meses.

É o caso, por exemplo, de aluguéis cobrados antecipadamente, juros cobrados antecipadamente,


etc. A empresa recebeu um pagamento que só se tornará renda com o passar do tempo e a
prestação do serviço. Enquanto isso, você terá uma obrigação que será cancelada com a
execução do serviço correspondente.

Em linhas gerais, a composição básica do Passivo Circulante seria composta pelos seguintes
grupos, que serão apresentados na ordem de maior exigibilidade.

Impostos a pagar.
Empréstimos bancários e outros financiamentos.
Obrigações financeiras.
Contas comerciais e contas a pagar.
Contas a pagar a empresas coligadas.

Outras contas a pagar.


Parcela circulante do passivo não circulante.
Provisões.
Lucros Diferidos.
Outros passivos circulantes não financeiros.

IMPOSTOS DEVIDOS.
Neste grupo, serão apresentadas as contas que registam as dívidas de imposto sobre o
rendimento, tal como expressas na IAS 12.2 e na Secção 29 do VEN-NIF SME.

Entre outras, as contas mais representativas desse grupo seriam:

Imposto de renda a pagar.


Imposto de renda retido na fonte a pagar.
IVA a pagar.
Imposto municipal a pagar.

EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E OUTROS FINANCIAMENTOS.


Este grupo será constituído por contas representativas de empréstimos e outros créditos
recebidos de instituições bancárias e entidades similares.

Pertencem a este grupo, entre outros, as seguintes contas:

Empréstimos bancários.
Cheque especial bancário.
Dívidas por efeitos descontados.
Parcela circulante do passivo não circulante.

Central de Contadores 165


Contabilidade
Financeira
Em relação a esta última conta, a parte do passivo não circulante ou a longo prazo a amortizar no
prazo de doze meses a contar da data do balanço.

OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS.
Serão classificadas nesse grupo, as contas que controlam obrigações emitidas pela empresa, que
devem ser canceladas no decorrer dos próximos doze meses.

A este grupo pertencem:

Emissões de títulos.
Títulos hipotecários.
Notas promissórias corporativas.

EFEITOS A PAGAR AOS FORNECEDORES.


As obrigações contraídas com fornecedores de bens e serviços são controladas nessa conta,
quando essas obrigações são suportadas pela aceitação de documentos comerciais garantidos,
como letra de câmbio, nota promissória, etc.

FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR.


Quando a empresa contraiu dívidas, e estas foram apoiadas pela simples aceitação de faturas, a
conta de Contas a Pagar é usada para controlar essas dívidas. Geralmente, essas obrigações
têm origem na compra de bens ou serviços de fornecedores.

CONTAS A PAGAR A EMPRESAS LIGADAS.


Nessa conta, serão controladas as dívidas que uma empresa possui com outras empresas
coligadas ou coligadas, quando tal dívida for lastreada na aceitação de uma nota fiscal.

Nos casos em que as dívidas são lastreadas pela aceitação de letras de câmbio ou notas
promissórias, tais obrigações serão registradas na conta a pagar da Companhia Relacionada.

OUTRAS CONTAS A PAGAR.


Este grupo seria constituído por qualquer outro tipo de contas a pagar num período não superior
a doze meses, que não podem ser incluídas nos grupos acima referidos.

PROVISÕES (Atual).
As provisões, em geral, são passivos causados por eventos passados, nos quais há incerteza
sobre seu montante ou vencimento.

Quando houver grau aceitável de certeza de que tal passivo vencerá e, portanto, deverá ser
cancelado nos próximos doze meses, a dívida deverá ser apresentada dentro do grupo de
Provisões Vigentes.

Em termos gerais, de acordo com a IAS 37, parágrafo 14 e Seção 21.4 do VEN-NIF PME, uma
provisão deve ser reconhecida somente quando as três condições a seguir forem atendidas:

a) Uma entidade tem uma obrigação presente (legal ou implícita) como resultado de um evento
passado.

166 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
b) É provável que a entidade tenha que se desfazer de recursos , que incorporam benefícios
econômicos para cancelar tal obrigação.
c) O montante da obrigação pode ser estimado de forma fiável.

Entre outras, as seguintes contas serão apresentadas como Provisões Correntes:

Provisão para julgamentos pendentes.


Previsão de pagamento em dobro das prestações sociais.
Provisão para manutenção de imobilizado.

LUCRO DIFERIDO (Correntes).


Esse grupo é formado por contas que controlam a parcela do lucro diferido que será realizada nos
próximos doze meses.

Entre outros, podem ser mencionados os seguintes relatos:

Adiantamentos recebidos por conta de contratos.


Parcela atual dos aluguéis cobrados antecipadamente.
Parcela atual de juros cobrados antecipadamente.
Parcela atual de outros rendimentos arrecadados antecipadamente.

OUTROS PASSIVOS NÃO FINANCEIROS CIRCULANTES.


Serão classificadas neste grupo, as contas que representam passivos que, por sua natureza, não
possam ser apresentados em nenhum dos grupos mencionados, e que devam ser pagos nos
próximos doze meses.

A este grupo pertencem, entre outros, os relatos:

Depósitos de aluguel recebidos como garantia.


Depósitos recebidos como garantia para a prestação de serviços.
Despesas acumuladas a pagar.
Retenções a pagar.
Dividendos decretados para serem pagos.

PASSIVO NÃO CIRCULANTE.


Esta seção é composta por contas representativas de passivos que devem ser cancelados em um
período superior a doze meses. Pertencem a este grupo:

Empréstimos bancários e outros financiamentos.


Obrigações financeiras.
Contas comerciais e contas a pagar.
Contas a pagar a empresas coligadas.
Outras contas a pagar.
Obrigação de imposto de renda diferido.
Provisões.

Central de Contadores 167


Contabilidade
Financeira
Lucros Diferidos.
Outros passivos não financeiros não correntes.

EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E OUTROS FINANCIAMENTOS.


Todas as contas representativas de empréstimos e outros financiamentos recebidos de
instituições financeiras serão apresentadas neste grupo, que deverá ser cancelada em um
período superior a doze meses. As contas representativas desse grupo, entre outras, seriam:

Hipotecas a pagar.
Empréstimos a pagar.
OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS.
Como mencionado acima, esse grupo será formado por contas que controlam obrigações e
outros instrumentos financeiros similares emitidos pela companhia, que devem ser resgatados ou
cancelados em um período superior a doze meses.

A esse grupo pertenceriam, entre outros, os seguintes relatos:

Emissões de títulos.
Títulos hipotecários.
Notas promissórias corporativas.

CONTAS COMERCIAIS E CONTAS A PAGAR (LONGO PRAZO).


As contas representativas de dívidas adquiridas em decorrência das operações ordinárias da
companhia serão apresentadas neste grupo, e que deverão ser canceladas em período superior
ao ciclo normal de operações.

CONTAS A PAGAR A EMPRESAS COLIGADAS (LONGO PRAZO).


Neste grupo serão apresentadas as contas que representam dívidas contraídas com empresas
coligadas por interesses patrimoniais ou administrativos comuns, cujas dívidas deverão ser
canceladas em prazo superior a doze meses.

OUTRAS CONTAS A PAGAR.


Este grupo seria constituído por qualquer outro tipo de contas a pagar num período superior a
doze meses, que não podem ser incluídas nos grupos acima referidos.

PASSIVO DE IMPOSTO DE RENDA DIFERIDO.


Essa conta registrará a parte do imposto de renda que uma entidade deixou de pagar, por ter
contabilizado rendimentos ou lucros que, naquele momento, não foram realmente realizados, e
que, por não atenderem aos requisitos legais estabelecidos pela Lei do Imposto de Renda, não
são reconhecidos como rendimentos para a data em que as informações estão sendo prestadas.

É algo como um "imposto a pagar" que terá de ser liquidado no futuro, quando tal rendimento for
reconhecido pelo fisco como lucro. Quando isso acontecer, esses Passivos de Imposto de Renda
Diferido desaparecerão. Como mencionado acima, os assuntos relacionados ao Ativo e Passivo

168 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
do Imposto de Renda Diferido serão tratados em capítulos sucessivos.

PROVISÕES.
Como explicado acima, provisões são passivos causados por eventos passados, nos quais há
incerteza sobre seu montante ou vencimento.

Quando se considera com alto grau de certeza que esses débitos devem ser cancelados em
prazo superior a doze meses, tais débitos devem ser apresentados dentro do grupo de
Provisões Não Correntes.

Entre outros, serão apresentados dentro deste grupo:

Provisão para julgamentos pendentes.


Provisão para benefícios sociais.
Provisão para manutenção de propriedades de instalações e equipamentos.

UTILIDADES DIFERIDAS.
Refere-se aos rendimentos recebidos em determinado momento, mas que, o serviço
correspondente, será prestado pela empresa em um período superior a doze meses.

O diferimento dessa receita para ser considerada como tal no momento da prestação do serviço,
permitirá "enfrentar" as despesas com a receita correspondente.

Pertencem a este grupo:

Aluguéis cobrados antecipadamente.


Juros cobrados antecipadamente.
Outros rendimentos pré-pagos.

Também devemos comentar novamente aqui que, a parte dessas receitas diferidas cujo serviço
será prestado nos próximos doze meses, deve ser apresentada dentro do Passivo Circulante.

OUTROS PASSIVOS NÃO CIRCULANTES.


As contas representativas de passivos que, por sua natureza, não possam ser apresentadas em
nenhum dos grupos acima mencionados serão classificadas neste grupo.

A este grupo pertencem, entre outros, os relatos:

Depósitos de aluguel recebidos como garantia.


Depósitos recebidos como garantia para a prestação de serviços.

PATRIMÓNIO.
"O patrimônio líquido é a parte residual do ativo da entidade, após dedução de todos os
passivos."

Central de Contadores 169


Contabilidade
Financeira
É assim que o patrimônio líquido é definido no Conceptual Framework, § 49 c.

Esse grupo será formado pelo conjunto de contas que representam os direitos que os donos da
empresa possuem sobre o patrimônio da mesma. Ou seja, essas contas indicam as obrigações
que a empresa tem com seus donos, em decorrência do investimento que fizeram nela.

As contas mais representativas deste grupo são:

Capital.
Utilitários não distribuídos.
(ou Perdas Acumuladas).
Reservas:
Legal.
Estatutário.
Para imprevistos.

CAPITAL.
Essa conta controla a contribuição inicial dos donos da empresa, bem como os aumentos e
diminuições que ocorrem ao longo do tempo.

Por exemplo, duas pessoas formam uma corporação e contribuem, inicialmente, com Bs.
100.000.oo cada.

Se for esse o caso, diríamos que, após os sócios entregarem sua contribuição à empresa, a
empresa fica devendo a esses sócios o valor indicado; ou seja, capital. Portanto, esta é uma
conta Estate.

UTILITÁRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS.


Essa conta controla o montante de lucros que a empresa obteve como resultado das transações
realizadas em um determinado período, e que ainda não foram distribuídos entre os proprietários.

Se, por exemplo, a referida empresa obteve lucros de Bs. 40.000,oo, poderíamos afirmar que, tais
lucros, significam os rendimentos que os sócios que constituíram a empresa obtiveram, em
decorrência de terem investido Bs. 200.000,oo para formar o capital do mesmo. Portanto, os
lucros são algo que a empresa " deve" aos seus proprietários , razão pela qual, a conta de
Lucros Não Distribuídos é uma conta de Patrimônio.

PERDAS ACUMULADAS.
Quando o resultado das operações realizadas foi um prejuízo, diz-se que os donos da empresa
tiveram seu patrimônio reduzido nesse valor.

A conta de Prejuízos Acumulados faz parte do grupo de contas de Patrimônio Líquido, só


que, por sua natureza, está subtraindo.

170 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
RESERVAS.
É constituída pela parte dos lucros que os donos da empresa não podem retirar ou que são
restringidos para distribuição.

Com base na razão pela qual os lucros não podem ser distribuídos, as reservas serão
classificadas como:

1. RESERVAS LEGAIS
Eles representam a parte dos lucros que os proprietários não podem retirar porque a Lei
ordena.

O artigo 262 do Código Comercial dispõe que toda sociedade constituída na modalidade de
Sociedade Anônima, Limitada por Ações ou equiparada, é obrigada a reservar, a cada ano,
um mínimo de cinco por cento dos lucros obtidos, até que o valor acumulado atinja valor não
inferior a dez por cento do capital.

Portanto, o contador deve deduzir cinco por cento dos lucros obtidos naquele ano e registrá-
los na conta de Reservas Legais.

2. RESERVAS ESTATUTÁRIAS.
Da mesma forma, em alguns casos, quando uma empresa é constituída, os sócios decidem
incluir no contrato de sociedade (estatutos) uma cláusula que obriga a reservar uma parte dos
lucros obtidos a cada ano.

Se for esse o caso, o contabilista deve deduzir dos lucros o montante indicado nos estatutos e
colocá-lo na conta de Reservas Estatutárias.

3. RESERVAS PARA CONTINGÊNCIAS.


É também uma parte dos lucros que não são distribuídos pelos proprietários de uma empresa,
mas, neste caso, como resultado de uma decisão que eles voluntariamente tomaram em um
determinado momento. São também conhecidas como Reservas Voluntárias.

CONTAS NOMINAIS OU DE GANHOS E PERDAS.


São contas nominais, todas aquelas que são usadas para registrar transações em que a empresa
teve uma receita (ganhou algo) ou uma despesa (gastou algo).

Essas contas também são chamadas de " Demonstrações de Resultados" porque, com elas, é
determinado o resultado das operações realizadas; ou seja, o lucro ou prejuízo obtido.

Embora estudemos detalhadamente esses relatos nos próximos capítulos, prosseguiremos aqui
para fazer uma introdução, comentando alguns deles, conforme expresso na Figura 7.3.

Central de Contadores 171


Contabilidade
Financeira
( Venda
RENDA (Lucros) Juros ganhos
(Saldo de crédito) Comissões auferidas
Aumentar a riqueza Aluguéis ganhos
CONTAS Ganho na venda de investimentos em ações
NOMINAL Imparidade reversa de recebíveis comerciais
(Situação de
Resultados) DE EGRESOS Compras
(Perdas) Despesas de compra
(saldo devedor) Despesas com vendas
Diminui o patrimônio Despesas administrativas
líquido
1
Figura 7.3
Classificação das Contas Nominais

CONTAS DE RENDIMENTO NOMINAL.


Todas aquelas contas que indicam que a empresa ganhou algo são chamadas de contas de
rendimento nominal, que têm a particularidade comum de ter um saldo credor.

RECONHECIMENTO DE RECEITAS.
O § 92 do Marco Conceitual estabelece os requisitos que devem ser preenchidos para que uma
renda seja reconhecida como tal.

"O resultado é reconhecido na demonstração do resultado quando houve um aumento nos


benefícios econômicos futuros, relacionados a um aumento no ativo ou uma diminuição no
passivo, e além disso, o montante do lucro pode ser mensurado de forma confiável. Isso significa
que, com efeito, o reconhecimento de receitas ocorre simultaneamente com o reconhecimento de
aumentos de ativos ou diminuições de passivos (por exemplo, aumento líquido de ativos da
venda de bens ou serviços, ou diminuição de passivos resultantes do perdão de um passivo)."

Vamos discutir abaixo algumas das contas de rendimento nominal mais utilizadas:

VENDA.
O produto das vendas de bens e serviços que a empresa faz, seja à vista ou a crédito, é
registrado nessa conta. Na maioria das empresas, essa é a principal conta de rendimentos.

JUROS GANHOS.
Essa conta é usada para registrar os juros que a empresa ganhou, geralmente como resultado de
ter emprestado dinheiro.

COMISSÕES GANHAS.
Quando a empresa tiver uma receita de comissão, a transação será registrada nessa conta.

172 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
ALUGUÉIS GANHOS.
Essa conta registra os rendimentos que a empresa possui, oriundos da locação de um imóvel de
sua propriedade.

REVERSO PARA IMPARIDADE DE CRÉDITOS COMERCIAIS.


A reversão do excesso de encargos sobre as despesas incorridas em decorrência da redução ao
valor recuperável sofrida pelos recebíveis comerciais representados, principalmente pelas contas
comerciais e recebíveis, será registrada nessa conta.

REVERSO POR IMPAIRMENT DE ESTOQUES.


No processo de avaliação de estoques, muitas vezes acontece que, por qualquer motivo, esses
ativos sofreram uma imparidade, cujo valor deve ser cobrado nos resultados do período, criando
ao mesmo tempo a conta de avaliação: Impairment of Value of Inventories.

Se, posteriormente, for detectado que o valor desses estoques aumentou ou que eles já foram
vendidos, o saldo dessa conta de avaliação deve ser revertido e enviado para a conta de
resultados: Redução ao Valor Recuo de Estoques.

CONTAS NOMINAIS DA EGRESOS.


Pertencem a esse grupo, todas aquelas contas que indicam que a empresa "perdeu ou gastou
algo". Todos eles têm como elemento comum o fato de terem saldo devedor.

RECONHECIMENTO DE DESPESA.
De acordo com o § 94 do Quadro Conceitual, uma despesa será reconhecida como tal, quando
os requisitos nele estabelecidos forem atendidos:

"Uma despesa é reconhecida na demonstração do resultado quando houve uma diminuição nos
benefícios econômicos futuros, relacionada a uma diminuição nos ativos ou um aumento nos
passivos, e além disso a despesa pode ser mensurada de forma confiável. Isto significa, com
efeito, que o reconhecimento de despesas ocorre simultaneamente com um aumento do passivo
ou uma diminuição de um activo (por exemplo, acumulação de contas a pagar ou depreciação de
activos fixos)."

Vamos comentar algumas das contas de despesas mais usadas:

COMPRAS.
Todas as compras de bens que serão então destinados à venda são registradas nesta conta.

DESPESAS DE COMPRA.
Quando uma empresa compra mercadoria, geralmente incorre em algumas despesas adicionais
relacionadas à compra. Por exemplo, você tem que pagar pelo transporte das mercadorias para o
armazém, ou no caso de as mercadorias terem sido compradas no exterior, os direitos
aduaneiros são pagos para poder introduzi-los no país, etc.

Central de Contadores 173


Contabilidade
Financeira
Todas essas despesas incorridas pela atividade de compra são registradas na conta Despesas
de Compra.

DESPESAS DE VENDA.
Essa conta registra todas as despesas incorridas pela ação de venda. São eles, por exemplo,
despesas com publicidade, comissões de vendas, despesas com telefone para escritório de
vendas, etc.

DESPESAS ADMINISTRATIVAS.
Todas as despesas normais e necessárias para gerir a empresa de forma ideal são registadas
nesta conta. Tais despesas são, por exemplo, salários de funcionários, aluguel de escritórios
administrativos, telefone, etc.

VALOR CORRETIVO OU CONTAS DE AVALIAÇÃO.


Esse grupo é formado pelas contas que têm a propriedade de modificar os valores registrados em
outras contas.

Exemplo:

Suponhamos que, em determinado momento, a empresa tenha comprado um caminhão para ser
usado na distribuição da mercadoria que vende. O custo deste veículo foi Bs. 100.000.oo.

Vamos lançar essa transação em sua conta seguindo as diretrizes de débito e crédito fornecidas
na Figura 2.8 do Capítulo 2.

Passo 1: Determine o nome da conta que utilizaremos.

Analisando a transação observaremos que é a compra de um veículo que será


destinado à distribuição da mercadoria que a empresa vende. Portanto, a conta que
usaremos é EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE.

Etapa 2: Determine se essa conta deve ser cobrada ou creditada.

Para isso, faremos a nós mesmos as conhecidas perguntas: Estamos recebendo


algo? A resposta é sim. Portanto, vamos anotar na conta deb EQUIPAMENTOS DE
TRANSPORTE Bs. 100.000.oo.

EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE

DEVE TER
R
100.000,oo

174 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
Até agora, não dissemos nada de novo. Agora, vamos imaginar que um ano se passou e que o
veículo que havíamos comprado continuou funcionando durante esse tempo.

Além disso, vamos pensar que a empresa decidiu vender o veículo após aquele ano de trabalho.
Seria de esperar que a empresa obtivesse os mesmos Bs. 100.000,oo você pagou um ano atrás?
A resposta lógica seria não. Este veículo sofreu uma deterioração em consequência da utilização
que lhe foi dada e do tempo decorrido.

Suponhamos que o valor justo daquele veículo naquele momento fosse Bs. 90.000.oo. O que isso
significaria? Basta que você tenha que modificar o saldo que aparece na conta EQUIPAMENTOS
DE TRANSPORTE e baixá-lo, de Bs. 100.000,oo que custou quando foi comprado, para Bs.
90.000,oo que é o que vale atualmente. A essa diferença de Bs. 10.000, o.o que representa a
perda de valor sofrida pelo veículo, é o que se chama de DEPRECIAÇÃO, que deve ser
registrada na conta correspondente.

Vamos lá. Neste caso, também nos basearemos no procedimento da Figura 2.8 do Capítulo 2.

Passo 1: Determine o nome da conta a ser registrada.


Para fazer isso, vamos raciocinar:

Queremos registrar uma transação referente à perda de valor sofrida por um veículo.
Sabemos que essa perda de valor é chamada de DEPRECIAÇÃO. Portanto, a conta em
que vamos registrar os Bs. 10.000,oo, vamos chamá-lo de DEPRECIAÇÃO
ACUMULADA DE VEÍCULOS.

Etapa 2: Determine se essa conta deve ser cobrada ou creditada.


Como sempre, vamos nos fazer as perguntas familiares:
Estamos recebendo alguma coisa? A resposta é obviamente não, porque não
estamos a receber veículos novos.

Pelo contrário:

Estamos entregando alguma coisa? Ou dito de outra forma: o Equipamento de


Transporte está entregando algo? A resposta é sim. Está entregando parte do seu
valor representado pela imparidade sofrida e valorizada essa perda em Bs. 10.000,oo.
Portanto, creditaremos esse valor na conta DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE, conforme demonstrado abaixo:

Central de Contadores 175


Contabilidade
Financeira
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
EQUIPAMENTOS DE EQUIPAMENTOS DE
TRANSPORTE TRANSPORTE
DEVE TER
DEVER
100.000,oo TER R 10.000,o.
br

Dito isso, note que a conta de Equipamentos de Transporte ainda tem saldo de Bs. 100.000.oo.
Isso só indica que o veículo custou esse valor quando foi comprado.

Mas contra esse saldo devedor, há o saldo credor da conta DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE para Bs. 10.000,oo, que tem a propriedade de modificar ou
corrigir, de fato, o saldo da conta de Equipamentos de Transporte, "avaliando" ou "valorizando"
em Bs. 90.000.oo, que é o valor justo estimado do veículo neste momento. Por esta razão, a
conta de DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE é uma conta
que pertence ao grupo de contas corretivas de valor

Existem outras contas que funcionam exatamente como a que acabamos de explicar, algumas
das quais não só têm a propriedade de diminuir o saldo de outra conta como, em alguns casos,
aumentá-lo. Por enquanto, mencionaremos apenas os nomes de alguns deles e, à medida que o
curso avança, os explicaremos em seus detalhes.

Outras contas de valor corretivo podem ser:

Depreciação Acumuladode Edifícios.


Depreciação Acumuladode maquinaria.
Depreciação Acumuladode móveis eEquipamentos de escritório.
Amortização Acumuladode Ativos intangíveis.
Imparidade de recebíveis comerciais.
Redução de estoques.
Comprometimento do ativo imobilizado.

CONTAS DE PEDIDOS.
Com a adoção do IFRS, esse grupo de contas tende a desaparecer. Para fornecer as
informações anteriormente registradas nas demonstrações contábeis, agora estão sendo
utilizadas notas explicativas às demonstrações contábeis. No entanto, apenas para informação e
cultura contábil, vamos passar a explicar o que são e como funciona esse grupo de contas.

Os itens extrapatrimoniais são aqueles que são utilizados para registrar operações em que não
houve variação no Ativo ou Passivo e, portanto, nem no Patrimônio Líquido. Eles também são
chamados de contas memorandos porque servem apenas, em princípio, para "lembrar de algo".
No entanto, deve-se ter em mente que, embora a transação realizada não afete o patrimônio
naquele momento, pode afetá-lo no futuro. Esse seria o caso dos títulos concedidos. É óbvio que
há o risco de ter que enfrentar no futuro uma obrigação que, neste momento, a empresa não
contratou "firmemente".

Vamos explicar melhor com um exemplo:

176 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
Suponhamos que, em um dado momento, uma empresa tenha em seus próprios armazéns
mercadorias avaliadas em Bs. 20.000,oo. Se for assim, na contabilidade teremos uma conta
chamada ESTOQUE DE MERCADORIAS que controla a referida mercadoria, conforme
mostrado abaixo.

INVENTÁRIO DE
MERCADORIAS
DEVER TER
20.000,oo

Agora, neste momento, percebemos que o armazém está tão cheio de mercadorias, que nos
impede de organizá-lo adequadamente para estabelecer um controle ideal e decidimos
descongestioná-lo um pouco, possibilitando assim os espaços livres necessários.

Para isso, procedemos à retirada de mercadorias avaliadas em Bs. 12.000,oo e enviá-lo para um
"armazém público" onde eles vão mantê-lo até que decidamos removê-lo.

Sendo assim, vamos registrar a transação:

Passo 1: Encontre o nome da conta a ser usada.

Vamos raciocinar a transação. É uma mercadoria da nossa propriedade que queremos


armazenar em um armazém público. Portanto, o nome que usaremos será:
MERCADORIAS DEPOSITADAS EM ARMAZÉNS.

Passo 2: Determine se anotamos a transação no MUST ou no CREDIT

Como sempre, vamos nos fazer as perguntas familiares: essa conta recebe alguma
coisa? A resposta é SIM. Portanto, vamos anotar o valor nos débitos (carga).

Depois disso, as contas seriam as seguintes:

DEVER TER DEVER TER


20.000,oo 12.000,oo
INVENTÁRIO DE MERCADORIAS
MERCADORIAS ARMAZENADAS EM
ARMAZÉNS
Como você deve ter percebido, a conta MERCADORIAS DEPOSITADAS EM
ARMAZÉNS está apenas nos lembrando que, dos Bs. 20.000,oo de mercadoria que
temos registrado na conta ESTOQUE DE MERCADORIAS , uma parte, ou seja, Bs.
12.000,oo, nós o temos fisicamente em um lugar diferente do nosso armazém, mas, em
suma, ainda possuímos a mesma quantidade de mercadoria que tínhamos antes da
transação.

No entanto, se deixarmos as contas como estão, isso pode se prestar à confusão e


chegar a pensar que a empresa tem Bs. 32.000.oo de mercadoria: Bs. 20.000,oo em
seus armazéns e Bs. 12.000,oo no armazém público.

Central de Contadores 177


Contabilidade
Financeira
Por este motivo cancelaremos o saldo da conta MERCADORIAS DEPOSITADAS EM
ARMAZÉNS , CRIANDO OUTRA CONTA IGUAL A ELA, MAS COM SALDO DE
SINAL OPOSTO; ou seja, com saldo credor. A conta seria chamada da mesma forma,
mas adicionando o slogan " PER CONTRA" ou "CONTRARIA"

INVENTÁRIO DE MERC. DEPOSITADO MERC. DEPOSITADO


MERCADORIAS EM ARMAZÉNS EM ALMAC. PER-CONTRA
DEVER TER DEVER TER DEVER TER
20.000,oo 12.000,oo 12.000,oo

Desta forma, alcançaremos dois objetivos:

a) O saldo devedor da conta MERCADORIAS DEPOSITADAS EM ARMAZÉNS é cancelado


pelo saldo credor da conta PER CONTRA ou CONTRAA. Ou seja, se juntarmos as duas
contas, o saldo resultante seria zero.

b) As duas contas, embora tenham saldo, estarão nos "lembrando" que, do total de
mercadorias que aparecem na conta de ESTOQUE DE MERCADORIAS, uma parte dela
avaliada em Bs. 12.000,oo, é depositado em um armazém.

Como você pode ver, registramos assim uma transação em que nem os ativos, passivos ou
patrimônio líquido da empresa foram modificados. Para o registo deste tipo de transações, é para
que são utilizadas as chamadas CONTAS ORDER, tendo em conta que este tipo de contas
atuam sempre "em pares". Ou seja, um que tem saldo DEVEDOR e outro, com o mesmo saldo,
mas CREDITOR.

Por enquanto, buscamos apenas o objetivo de ajudá-lo a se familiarizar com a terminologia e os


conceitos mais comumente usados na contabilidade. A partir de agora, à medida que avançamos
no curso, vamos desenvolvendo outras situações que devem ser tratadas com contas de
suspense.

PRÁTICA DE CLASSIFICAÇÃO DE CONTAS.


Para fortalecer o conhecimento, vamos desenvolver um case abaixo, através do qual colocamos
em prática os conhecimentos relacionados à classificação primária de contas.

Exemplo:

A empresa TÍPICA C.A., depois de ter registrado e classificado as transações, mostra o


Balancete em 31-12-2012 (em milhares de bolívares), que é mostrado na página seguinte.

178 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
Com essas informações, solicita-se:

1) Elaborar uma lista das Contas Nominais e determinar o Resultado (Lucro ou Perda),
sabendo que o Inventário Final de Mercadorias foi Bs. 2.000,oo, e o Imposto de Renda
causado foi Bs. 2.190,oo.

2) Elaborar uma lista das Contas Reais de Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido.

TÍPICA EMPRESA C.A.


BALANCETE31-12-2012 SALDOS
DEVER TER
Caixa 250,o.ª
Bancos 5.600, oo
Venda 42.983,o.b
Inventário inicial de mercadorias (01-01-2012) 1.000,oo
Tanque para luz 50,o.o
Fornecedores de contas a pagar 5.400,oo
Terra 10.400,o.o
Recebíveis comerciais 6.400,o.o
Capital integralizado (3.000 ações da Bs. 10,oo cada 30.000,oo
Compras 14.500,o.b
Despesas de depreciação do ativo imobilizado 4.383,o.b
Efeitos a pagar pelos fornecedores 2.220,oo
Edifícios 30.000,oo
Depreciação acumulada de edifícios 10.000,o.b
Devoluções de compras 500,oo
Salários e comissões dos vendedores 1.260,o.o
Outras despesas de venda 3.740,o.o
Hipoteca a pagar 15.800,o.o
(Empréstimo a 5 anos garantido por edifícios)
Equipamentos de transporte 12.000,oo
Depreciação acumulada de equipamentos de transporte 4.000,oo
Seguro contratado antecipadamente (10 meses) 1.000,oo
Maquinaria 8.000,oo
Depreciação acumulada de máquinas 4.000,oo
Juros cobrados antecipadamente (2 anos) 600,oo
Recebíveis comerciais 7.000,o.b
Imparidade de recebíveis comerciais 900,oo
Juros pagos antecipadamente (5 meses) 1.200, oo
Patentes 2.000,oo
Depreciação cumulativa de patentes 500,oo
Mercadorias em trânsito 1.000,oo
Mobiliário 3.000, oo
Depreciação acumulada de móveis 500,oo
Empréstimos bancários a pagar (6 meses) 1.000,oo

Central de Contadores 179


Contabilidade
Financeira
Provisão para benefícios sociais 2.000,oo
(Estima-se que Bs. 600,oo a serem pagos em 2014)
Investimentos em imóveis (Longo prazo) 1.000,oo
Reserva legal 980,o.ª
Investimentos em Ações (Longo Prazo) 5.525,oo
Aluguéis ganhos 1.500, oo
Retenção na fonte previdenciária a pagar 100,oo
Provisão para julgamentos pendentes 1.000,oo
Devoluções de vendas 1.000,oo
Adiantamentos recebidos por conta de contratos 2.000,oo
Melhorias em imóveis alugados 300,oo
(Há um contrato de aluguel por 6 anos)
Ganhos de capital (pagos) 700,oo
Reservas para contingências 1.725,o.b
Equipamento de escritório 4.000,oo
Depreciação acumulada do equipamento de escritório 1.000,oo
Salários e salários de gestão 2.140,o.o
Outras despesas administrativas 3.210,o.b
Despesa com juros 500,oo
Marcas (compradas) 2.600,oo
Depreciação acumulada de marcas 800,oo
Recebíveis comerciais (3 anos) 1.300, oo
Depósitos de segurança recebidos (aluguéis) 200,o.·
Descontados os recebíveis comerciais 100,oo
Dívida por efeitos descontados 100,oo
Utilitários não distribuídos 6.000,oo
Despesas de amortização de ativos intangíveis 650,oo
TOTAL 135.808,o.br 135.808,o.br

Para a realização deste trabalho, contaremos com uma folha semelhante à mostrada na Figura
7.4 onde, como pode ser visto, foram habilitadas as seguintes colunas:

1) NOMES DE CONTAS.
O nome de cada conta que aparece no Balancete será escrito lá.

2) EQUILÍBRIO DE EQUILÍBRIO.
Duas colunas serão habilitadas para mostrar os saldos de cada conta.

3) CONTAS NOMINAIS.
Composto por duas colunas, o saldo de cada uma das contas que são rendimentos será
transferido para lá, tendo em vista que, se a conta indicar que a empresa gastou ou perdeu
algo, ela vai na coluna EGRESOS , enquanto, se indicar que ganhou algo, o saldo será
anotado na coluna RENDIMENTO.

180 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
4) CONTAS REAIS.
Neste par de colunas serão anotados os saldos dessas contas que são reais, tendo em
vista também que, se o nome da conta indicar que a empresa possui algo, é ATIVO real e
o saldo será colocado nessa coluna, enquanto, se indicar que a empresa tem alguma
obrigação com alguém, significa que a conta é uma conta de PASSIVO ou PATRIMÔNIO
LÍQUIDO e, portanto, será colocada na segunda coluna, que se destina a mostrar os saldos
desses grupos de contas.

Contas de avaliação de ativos, tais como Depreciação Acumulada, Amortização


Acumulada, Impairment de Contas a Receber, etc., que tenham saldo credor,
modifiquem ou diminuam o valor dos respectivos ativos que estão avaliando; portanto,
devem ser colocados, subtraindo, na coluna Contas do Ativo Real.

Dito isso, vamos fazer o trabalho de classificar as contas juntas, com base na Figura 7.4.

Apenas a classificação de algumas das contas será discutida. No entanto, sugerimos que o aluno
analise todos eles e raciocine a qual grupo eles pertencem e, em seguida, determine se seu saldo
está na coluna de contas de débito ou credores, para o que recomendamos seguir a técnica
mostrada na Figura 7.1.

Note que, nos primeiros relatos, nos faremos todas as perguntas até que a resposta seja sim. A
seguir, faremos apenas a pergunta cuja resposta sabemos que será afirmativa.

Linha 1. Caixa: Bs. 250,o.ª


Gastei alguma coisa? NÃO
Ganhei alguma coisa? NÃO
Tenho alguma coisa? SIM. A conta é: Real de Activo

Linha 2. Bancos: Bs. 5.600, oo


Gastei alguma coisa? NÃO
Ganhei alguma coisa? NÃO
Tenho alguma coisa? SIM. A conta é: Real de Activo

Linha 3. Vendas: Bs. 42.983,o.br


Gastei alguma coisa? NÃO
Ganhei ou entrou alguma coisa? SIM. A conta é: Rendimento Nominal

Linha 4. Inventário inicial de mercadorias: Bs. 1.000,oo.


Sabemos que essa conta indica a quantidade de mercadoria destinada à venda que a
empresa possuía no início do período contábil (01-01-2012). Enquanto essa
mercadoria permanecia no armazém, constituía uma conta de ativo real; Mas um ano
se passou e essa mercadoria não existe mais, pois foi vendida.

É algo como quando em uma casa você compra comida. Enquanto não forem
consumidos, esses alimentos representarão um trunfo para aquela família. Uma vez

Central de Contadores 181


Contabilidade
Financeira
usados, deixam de ser um ativo para se tornarem uma despesa ou despesa.
L 1 S
N SALDOS DEMONSTRAÇÃO DO SITUAÇ
Algo semelhante acontece com o inventário inicial de mercadorias. Quando RESULTADO
vendido, (CONTAS NOMINAIS) (
CONTAS
deixou
E de ser um ativo (já que não existe mais), para se tornar um custo que fará parte
DEVER
do Par
agrupo das contas de Despesas Nominais.
1 Caixa 250,00 2
2 Bancos 5.600,00 5.6
Linha 5. Tanque leve: Bs. 50,oo.
3 Venda 42.983,00 42.983,00
Tenho alguma coisa? SIM. A conta é Real da Active.
4 Inventário inicial de mercadorias (01-01-2012) 1.000,00 1.000,00
5 Tanque para luz 50,00
Linha 6. Contas a pagar fornecedores:
6 Fornecedores de contas a pagar Bs. 5.400,oo 5.400,00
Devo
7 alguma
Terra coisa? SIM. 10.400,00 10.4
3 A quem devo? A terceiros.
8 Recebíveis comerciais Portanto, a conta é Real de Passivos.
6.400,00 6.4
3 9 Capital (3.000 ações da Bs. 10,00) 30.000,00
2.
Linha 7. Terreno: Bs. 10.400,o.o
10 Compras 14.500,00 14.500,00

Raciocine você mesmo.


11 Despesas de depreciação imobilizado planta e equipamento 4.383,00 4.383,00
o 12 Efeitos a pagar aos fornecedores 2.220,00
u 13 Edifícios 30.000,00 30.0
C Recebíveis
Linha 8. comerciais: Bs. 6.400,o.o
Q Tenho
14 Depreciação acumulada de edifícios
alguma coisa? SIM. A conta é Real de Ativo 10.000,00 -10.0
& 15 Devoluções de compras 500,00 500,00
c
2. 16 Salários e comissões dos vendedores 1.260,00 1.260,00
OCapital:
Linha 9. Bs. despesas
30.000,oo
s 17 Outras de venda 3.740,00 3.740,00
o Devo
o algumaacoisa?
18 Hipotecas SIM. A quem devo? Aos proprietários. Portanto,
pagar (5 anos) a conta é Real
15.800,00
u de 19
Patrimonio
Equipamentos de transporte 12.000,00 12.0

o
u 20 Depreciação acumulada de equipamentos de transporte 4.000,00 -4.0
c
o Compras:
Linha 10. 21 SeguroBs. 14.500,o.br
contratado antecipadamente 1.000,00 1.0
u
o A 22conta de
Maquinariacompra controla a mercadoria que a empresa adquire para ser destinada à
8.000,00 8.0
0
5 venda.
23 Depreciação acumulada de máquinas 4.000,00 -4.0
I 24 Juros cobrados antecipadamente (para empréstimos a L.P.) 600,00
R É 25claro que, comerciais
Recebíveis enquanto essa mercadoria permanecer na posse da empresa, ela
7.000,00 7.0
representará umrecebíveis
26 Imparidade de ativo para ela. Uma vez vendido, deixa de ser um ativo900,00
comerciais para se tornar -9
uma
27 Despesa.
Juros pagos antecipadamente (longo prazo) 1.200,00 1.2
28 Patentes (pagas) 2.000,00 2.0
29 Amortização acumulada de patentes de invenção 500,00 -5
Na realidade, o tratamento que a conta de compras recebe na contabilidade é
30 Mercadorias em trânsito 1.000,00 1.0
considerá-la como uma conta de despesa, a partir do momento em que a compra é
31 Mobiliário 3.000,00 3.0
feita; Para isso, presume-se que
32 Depreciação acumulada de bens móveis toda a mercadoria adquirida será vendida
500,00 dentro -5
desse período contábil.

Ao final de cada período financeiro, é determinado quanto não foi vendido, o que
representará o estoque final das mercadorias. Isso é subtraído das compras, com o
objetivo de conhecer a parte da mercadoria que realmente foi vendida.

182 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis

Central de Contadores 183


ou 33 Empréstimos bancários a pagar (curto prazo) 1.000,00 1.000,00
2 34 Provisão para benefícios sociais 2.000,00 2.000,00
3
QC
35 Investimentos em imóveis (longo prazo) 1.000,00 1.000,00
36 Reserva legal 980,00 980,00
ou 37 Investimentos em ações (longo prazo) 5.525,00 5.525,00
3 38 Aluguéis ganhos 1.500,00 1.500,00
CD 39 Retenção Previdenciária a Pagar 100,00 100,00
Q
Ou 40 Provisão para julgamentos pendentes 1.000,00 1.000,00
S
• 41 Devoluções de vendas 1.000,00 1.000,00
42 Adiantamentos recebidos por conta de contratos 2.000,00 2.000,00
- 43 Melhorias em imóveis alugados 300,00 300,00
cC
44 Ganhos de capital (pagos) 700,00 700,00
3 45 Reservas para contingências 1.725,00 1.725,00

2. 46 Equipamento de escritório 4.000,00 4.000,00


• 47 Depreciação acumulada do equipamento de escritório 1.000,00 -1.000,00
Par 48 Salários e salários de gestão 2.140,00 2.140,00
• 49 Outras despesas administrativas 3.210,00 3.210,00
Q 50 Despesa com juros 500,00 500,00
& 51 Marcas 2.600,00 2.600,00
ÓR
UCI

52 Depreciação acumulada de marcas Recebíveis (longo prazo) 800,00 -800,00

Inta
53 1.300,00 1.300,00

Q 54 Depósitos de segurança recebidos (aluguéis) 200,00 200,00 •


O

ucção
55 Descontados os recebíveis comerciais 100,00 100,00
se/

56 Descontados os recebíveis comerciais 100,00 100,00


e

Oc 57 Utilitários não distribuídos 6.000,00 6.000,00


ou
ou 58 Despesas de amortização de ativos intangíveis 650,00 650,00 0)
05 59 Inventário final de mercadorias 2.000,00 2.000,00 o'
60 Saldo total dos saldos 135.808,00 135.808,00 C
61 Total das contas nominais 32.383,00 46.983,00 m
C
62 Lucro antes do imposto de renda 14.600,00 0
63 Total das contas nominais 46.983,00 46.983,00 &
64 Lucro antes do imposto de renda 14.600,00 C

c
ina.
65 Imposto de renda 2.190,00
66 Imposto de renda a pagar 2.190,00
67 Lucro após imposto de renda 12.410,00 12.410,00 •3 ou
68 Total 14.600,00 14.600,00 CD
00 em
69 Total de contas reais 83.725,00 83.725,00 8
C
Contabilidade
Financeira
Recomendamos que o aluno veja a explicação complementar que damos no
comentário que faremos na linha 63. Portanto, a conta de Compras é tratada como
uma conta de Despesas Nominais.

Linha 11. Despesas de depreciação do imobilizado: Bs. 4.383.oo Gastei alguma coisa? SIM.
A conta é Nominal de Despesas.

Linha 12. Efeitos a pagar fornecedores: Bs. 2.220,oo


Raciocina.

Linha 13. Edifícios: Bs. 30.000,oo


Raciocina.

Linha 14. Depreciação acumulada dos edifícios: Bs. 10.000,oo.


Lembra o que é depreciação? É a perda de valor que certos ativos tangíveis
experimentam como resultado do uso, passagem do tempo, etc.

Os edifícios são um daqueles ativos que estão sujeitos a depreciação. A conta de


Depreciação Acumulada de Imóveis controla a perda de valor sofrida por aquele ativo.

A Depreciação Acumulada de Edifícios, é uma conta de avaliação de ativos do


credor, pois está modificando o valor registrado na conta de Imóveis. Essa conta será
colocada na coluna Contas de Ativos, mas subtraindo.

Linha 15. Devoluções de compras: Bs. 500,oo


Gastei alguma coisa? NÃO.
Ganhei alguma coisa ou diminuí uma despesa? SIM. A conta é Renda Nominal.

Na verdade, não é exatamente que algo foi ganho. Pelo contrário, é que, ao devolver
ao fornecedor a mercadoria que havia sido comprada anteriormente, essa despesa
deixará de ser incorrida. Parou de gastar e isso significa que a utilidade será maior.

Linha 16. Salários e comissões dos vendedores: Bs. 1.260,oo.


Gastei alguma coisa? SIM. A conta é Nominal de Despesas.

Linha 17: Outras despesas de venda: Bs. 3.740,o.o


Gastei alguma coisa? SIM. A conta é Nominal de Despesas.

Linha 18. Hipotecas a pagar: Bs. 15.800,oo.


Raciocina.

Linha 19: Equipamento de transporte: Bs. 12.000,oo


Tenho alguma coisa? SIM. A conta é Real da Active.

Linha 20. Depreciação acumulada do equipamento de transporte: Bs. 4.000,oo.


Raciocina.

186 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
Linha 21. Seguro contratado antecipadamente: Bs. 1.000,oo.
Tenho alguma coisa? SIM. A conta é Real da Active.

Temos direito. Se o seguro for de incêndio, por exemplo, temos o direito de que, em
caso de acidente, o seguro pague o valor dos bens que foram perdidos. A existência
de uma apólice de seguro contribui para a geração de benefícios econômicos.

Linha 22. Maquinário: Bs. 8.000,oo


Raciocina.

Linha 23. Depreciação acumulada de máquinas: Bs. 4.000,oo.


Raciocina.

Linha 24. Juros cobrados antecipadamente: Bs. 600,oo.


Devo alguma coisa? SIM.
A quem devo? A terceiros. Portanto, a conta é Real de Passivos.

Linha 25. Contas a receber comerciais: Bs. 7.000,o.br


Tenho alguma coisa? SIM. A conta é Real da Active.

Linha 26. Imparidade de recebíveis comerciais: Bs. 900,oo.


É uma conta credora Asset Value Corrector. Ele registra a parcela de contas
comerciais e recebíveis estimada para não ser recolhida. Contas e Recebíveis
possuem saldo devedor; portanto, a conta de Imparidade de Crédito Comercial terá
saldo de crédito, e será colocada, subtraindo , na coluna Contas de Ativos Reais.

Linha 27. Juros pagos antecipadamente: Bs. 1.200, oo


Raciocina.

Linha 28. Patentes (pagas): Bs. 2.000,oo


Tenho alguma coisa? SIM. A conta é Real da Active.

Linha 29. Amortização cumulativa de patentes de invenção: Bs. 500,oo


Lembre-se que a amortização é a perda de valor que certos ativos intangíveis estão
experimentando como resultado, principalmente, da passagem do tempo.

Nesse caso, as patentes perdem valor com o passar dos anos, e a conta que controla
essa perda de valor é a Amortização Acumulada de Patentes; é, portanto, uma conta
de Avaliação ou corretora de valor do ativo credor, uma vez que está avaliando a
conta de Patentes. Por esse motivo, o saldo deve ser colocado na coluna Contas do
Ativo Real , mas subtraindo.

Linha 30. Mercadorias em trânsito: Bs. 1.000,oo


Tenho alguma coisa? SIM. A conta é Real da Active.

Linha 31. Mobiliário: Bs. 3.000, oo


Raciocina.

Central de Contadores 187


Contabilidade
Financeira
Linha 32. Depreciação acumulada de móveis: Bs. 500,oo
Raciocina.

Linha 33. Empréstimos bancários a pagar: Bs. 1.000,oo


Raciocina.

Linha 34. Provisão para prestações sociais: Bs. 2.000,oo


Devo alguma coisa? SIM. A conta é responsabilidade real.

Essa conta controla o que a empresa deve aos seus trabalhadores em benefícios
sociais.

Linha 35. Investimentos em imóveis: Bs. 1.000,oo


Raciocina.

Linha 36. Reserva legal: Bs. 980,o.ª


Devo alguma coisa? SIM. A conta é Real de Patrimonio.

Como sabemos, essa conta controla a parte dos lucros que os proprietários não
podem distribuir porque é ordenada por lei. Os lucros são algo que a empresa deve
aos seus proprietários. Portanto, a Reserva Legal é uma conta de Patrimônio Real.

Linha 37. Investimentos em ações: Bs. 5.525,oo


Raciocina.

Linha 38. Aluguéis ganhos: Bs. 1.500, oo


Ganhei alguma coisa? SIM. A conta é Renda Nominal.

Linha 39. Retenções na segurança social a pagar: Bs. 100,oo


Devo alguma coisa? SIM. A conta é Real de Passivos.

Linha 40. Provisão para julgamentos pendentes: Bs. 1.000,oo.


Devo alguma coisa? SIM. A conta é Real de Passivos.

Linha 41. Devoluções de vendas: Bs. 1.000,oo.


Essa conta tem o efeito oposto das vendas. Se um cliente devolver uma mercadoria
que foi vendida anteriormente a ele, não estamos ganhando. Para efeitos do
resultado, é o mesmo que se tivéssemos gasto alguma coisa. Portanto, trata-se de
uma Conta de Despesa Nominal.

Linha 42. Adiantamentos recebidos por conta de contratos: Bs. 2.000,oo


Devo alguma coisa? SIM. A conta é Real de Passivos.

Linha 43. Melhorias em imóveis alugados: Bs. 300,oo


Raciocina.

188 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
Linha 44. Plusvalía (Pago): Bs. 700,oo.
Tenho alguma coisa? SIM. A conta é Real da Active.

Linha 45. Reservas de contingência: Bs. 1.725,oo.


Raciocina. Confie no que está explicado na linha 35.

Linha 46. Equipamento de escritório: Bs. 4.000,oo.


Raciocina.

Linha 47. Depreciação acumulada do equipamento de escritório: Bs. 1.000,oo


Raciocina.

Linha 48. Salários e salários administrativos: Bs. 2.140,o.o


Raciocina.

Linha 49. Outras despesas administrativas: Bs. 3.210,o.br


Raciocina.

Linha 50. Despesa com juros: Bs. 500,oo.


Raciocina.

Linha 51. Marcas (adquiridas): Bs. 2.600,oo.


Raciocina.

Linha 52. Depreciação acumulada de marcas: Bs. 800,oo.


Raciocina.

Linha 53. Efeitos a receber (Longo prazo): Bs. 1.300, oo


Raciocina.

Linha 54. Depósitos de segurança recebidos (aluguéis): Bs. 200,oo.


Raciocina.

Linha 55. Descontados recebíveis comerciais: Bs. 100,oo


A empresa possui recebíveis comerciais que, apesar de descontados, permanecem
de sua propriedade, até que sejam pagos pelos clientes. Então, a empresa tem
alguma coisa? Sim. É uma conta Real Ativa.

Linha 56. Dívida por efeitos comerciais descontados: Bs. 100,oo.


Esta conta representa um empréstimo que a empresa recebeu de um banco e a
empresa forneceu ao banco, como garantia desse empréstimo, uma parte dos recebíveis
comerciais detidos por essa empresa.

Até que o banco recolha essas letras de câmbio dos respectivos clientes, a empresa
deve ao banco esse valor. Portanto:

Devo alguma coisa? SIM. A conta é Real de "Passivo".

Central de Contadores 189


Contabilidade
Financeira
A palavra passivo foi colocada entre aspas porque, certamente, trata-se de um tipo
especial de responsabilidade chamado de responsabilidade eventual , pois somente
se o cliente não pagar ao banco a letra de câmbio que foi dada como garantia, esse
valor se tornará um passivo real. Em qualquer caso, o saldo desta conta deve ser
colocado na coluna de contas de Passivo Real.

Linha 57. Utilitários não distribuídos: Bs. 6.000,oo


Representa o montante dos lucros obtidos pela empresa, que estão pendentes de
distribuição, neste caso, no início do período.

Devo alguma coisa? Sim. Quem é devido? Aos donos da empresa. Portanto, é uma
conta de Patrimônio Real.

Linha 58. Despesas de amortização de ativos intangíveis: Bs. 650,oo.


Gastei alguma coisa? Sim. A conta é Nominal de Despesas.

Linha 59. Inventário final de mercadorias: Bs. 2.000,oo.


É o valor da mercadoria que existe no armazém, para a data final do exercício
contábil.

Sugerimos que o aluno atinja uma concentração especial na leitura desta seção,
fazendo-a lentamente, sem perder a sequência da exposição que será feita.

Começaremos definindo, e depois explicando, o que se entende por inventário final


de mercadorias:

"É o valor da mercadoria que a empresa possui ao final de seu exercício


contábil."

Para determinar isso, cada vez que um período econômico termina, ele passa a "
contar, pesar ou medir" a mercadoria destinada à venda que a empresa possui para
aquela data. Esse processo é chamado de "inventário físico".

Posteriormente, é avaliado em termos monetários, de acordo com os custos que a


empresa pagou ou terá que pagar em decorrência de ter comprado aquela
mercadoria, ou seu valor realizável líquido, o que for menor.

Bem, vamos supor que, no caso que estamos desenvolvendo, esse estoque atingiu
um valor de Bs. 2.000,oo.

O que isso significa e que impacto tem, tanto nas Contas Nominais ou de Lucros e
Perdas quanto nas Contas Reais?

1) Nas CONTAS NOMINAIS:


Concentre-se nas colunas Contas Nominais na Figura 7.4 e analise os itens
que se relacionam diretamente com as commodities lá.

190 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
Observe que o seguinte aparece:

DESPESAS RECEITA

Linha 4: Inventário inicial de mercadorias 1.000,oo


Linha 10: Compras 14.500,o.br
Linha 15: Devoluções de compras 500,oo
Total 15.500,o.o. 500,oo

Os itens que aparecem na coluna de Despesas significam que, no início do ano,


a empresa tinha bens para Bs. 1.000,oo como inventário inicial. Mais tarde, fez
compras para Bs. 14.500, com os quais, o total de bens, subiu para Bs.
15.500,oo. No entanto, durante o ano, foram feitos reembolsos de parte da
mercadoria comprada pela Bs. 500,oo, com o qual, o valor líquido restante, será
Bs. 15.000,oo. Eu quero dizer:

Bens brutos disponíveis 15.500,o.o.


Menos: Devolução da mercadoria comprada 500,oo
Mercadorias líquidas disponíveis 15.000,oo

Até aqui, pode-se raciocinar dizendo que:

1) A mercadoria líquida disponível representa o custo da mercadoria que a


empresa TÍPICA C.A. Teve à sua disposição para venda, durante o período
de 01-01-2012 a 31-12-2012.

2) Esse montante, Bs. 15.000.oo, representa o custo da mercadoria que a


empresa teria em seu armazém ao final do período, caso nenhuma delas
tivesse sido vendida.

No entanto, o caso relatou que, ao final do período, o estoque final de


mercadorias é Bs. 2.000,oo, o que nos leva a concluir que, a diferença entre a
mercadoria disponível que era, Bs. 15.000.oo, e a que resta como inventário
final, Bs. 2.000,oo, representa o custo da parte da mercadoria disponível que foi
vendida, Bs. 13.000,oo. Eu quero dizer:

Mercadoria disponível 15.000,oo


Menos: Mercadoria que você deixou (estoque final) 2.000,oo

Custo dos produtos vendidos

13.000,o.br

Central de Contadores 191


Contabilidade
Financeira
Conclusão:

Voltemos à Figura 7.4. Lá você vai notar que, na linha 59, os Bs. 2.000,oo de
estoque final na coluna de Ingresos, não por ser em si uma receita, mas para
reduzir o egresso que representa ter colocado "toda" a mercadoria na coluna de
despesas, sendo assim, parte dela, Bs. 2.000,oo, não foi vendido e, portanto,
não foi "gasto". Essa é a razão pela qual aparece "subtrair", quando colocado na
coluna renda.

2) Nas CONTAS REAIS.


Da mesma forma, o estoque de bens afeta as Contas Reais.

O inventário final de mercadorias foi definido como "o valor da mercadoria


que a empresa possui ao final de seu exercício contábil".

Bem, se a técnica que tem sido usada para determinar a qual grupo pertence a
conta de Inventário Final de Mercadorias for aplicada novamente, nos
colocaríamos a seguinte pergunta:

Tenho alguma coisa? SIM. A conta é Real da Active.

Por esta razão, os Bs. 2.000.oo, na coluna Ativo das Contas Reais (Linha 59).

Desta forma, cobrimos a etapa de "classificar" as contas em seus dois grupos mais
importantes: Nominal ou Resultados e Real ou Valores Mobiliários.

O próximo passo é adicionar as colunas das contas nominais e reais na figura 7.4:

Linha 60. Saldo Total: Bs. 135.808,oo.


Trata-se da totalização das colunas do Balanço Patrimonial.

Linha 61. Total das contas nominais:


Representa a soma da coluna de Despesas, Bs. 32.383.oo e Renda, Bs. 46.983,OO
(linha 61)

Linha 62. Lucro antes do imposto de renda: Bs. 14.600,o.o


Essa linha representará o lucro que a empresa obteve no período anterior à dedução
do que corresponde ao imposto de renda. Para determiná-lo, é estabelecida a
diferença entre o total das colunas de Receitas e Despesas. Simplesmente, o maior
total é subtraído do menor e o resultado será:

1) Utilidade:
Se a receita total for maior que as despesas totais. Neste caso, havia uma
utilidade de Bs. 14.600.oo, que será colocado na coluna de contas nominais de
Despesa.

192 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
2) Perda:
Será uma perda se acontecer o contrário. Ou seja, se as despesas totais forem
maiores que a receita total . Nesse caso, a perda seria colocada na coluna
contas nominais do Rendimento.

Linha 63 Total das contas nominais.


Uma vez determinado o resultado e anotado na coluna correspondente, as colunas
das contas nominais são adicionadas novamente, e ambos os totais devem ser
iguais. No nosso caso, Bs. 46.983,oo.

Linha 64. Lucro antes do imposto de renda: Bs. 14.600,oo.


Nessa linha, o lucro obtido antes da dedução do imposto de renda será substituído,
com o objetivo de prosseguir com a sua distribuição.

1) Ao escrever essa utilidade na coluna de contas nominais de despesas (linha 62),


é possível deixar as duas colunas "fechadas", já que, se você olhar para a linha
63, a totalização definitiva de ambas, dá o mesmo número: Bs. 46.983,oo.

2) Ao registrar simultaneamente o lucro obtido, na coluna credor das contas


nominais, será habilitada a seção onde será apurado o lucro líquido após o
imposto de renda, conforme segue:

Lucro antes do imposto de renda 14.600,o.o


Menos: Imposto de Renda 2.190,o.o
Lucro líquido do período 12.410,o.br

Linha 65. Imposto de renda: Bs. 2.190,oo.


O valor que resulta do imposto de renda é uma despesa. Portanto, é uma conta de
despesa nominal, cujo montante, Bs. 2.190,oo, será colocado na coluna de
Despesas.
Linha 66. Imposto de renda a pagar: Bs. 2.190,oo.
O imposto de renda causado no ano, além de ser um gasto para a empresa, também
representa uma dívida que ela adquire com o fisco. Portanto, esse valor também
deve ser apresentado na coluna Passivo das Contas Reais.

Linha 67. Lucro após imposto de renda.


Nesta linha será colocado o valor do lucro que resultou, após deduzido o imposto de
renda causado: Bs. 12.410,oo. Esse valor será colocado, primeiramente, na coluna
das contas nominais de Despesa, com o objetivo de " fechar" tais colunas, já que,
se você olhar para a Linha 68, a totalização final de ambas, dá o mesmo número: Bs.
14.600,oo. Além disso, já comentamos que os lucros que a empresa obtém, que
neste caso é Bs. 12.410,oo, é uma dívida que a empresa tem com seus proprietários.
Portanto, simultaneamente, o valor dos lucros, após a dedução do imposto de renda,
também deve ser colocado na coluna das contas reais do Passivo e do Patrimônio
Líquido, conforme consta na Linha 67.

Central de Contadores 193


Contabilidade
Financeira
Linha 68. Nesta linha são totalizadas as duas colunas referentes à distribuição de lucros: Bs.
14.600,oo.

Linha 69. Total de contas reais:


Finalmente, procedemos ao total das colunas de contas reais, tendo que quadrar
ambos os totais. Neste caso, Bs. 83.725,oo.

É muito importante que cada aluno tenha assimilado claramente a classificação das contas nos
grupos de CONTAS NOMINAIS e CONTAS REAIS. Como mencionado no início deste capítulo,
com as Contas Nominais é elaborada a demonstração financeira conhecida como
Demonstração do Resultado, enquanto com as Contas Reais é elaborada a Demonstração
da Posição Financeira. A forma de apresentação das Demonstrações Contábeis será explicada
detalhadamente no Volume II deste Tratado.

194 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 7.1.

As seguintes contas aparecem na contabilidade de uma empresa:

Caixa Juros cobrados antecipadamente


Bancos Recebíveis comerciais
Venda Mobiliário
Contas a receber - funcionários Depreciação acumulada de móveis
Tanques leves Juros pagos antecipadamente
Fornecedores de contas a pagar Mercadorias em trânsito
Terra IVA a pagar
Recebíveis comerciais
Imposto de renda a pagar
Descontados os recebíveis comerciais
Prestações sociais a pagar
Capital
Investimentos em imóveis
Compras
Reserva legal
Despesas de incorporação
Débito fiscal - IVA
Efeitos a pagar pelos fornecedores
Investimentos em ações
Edifícios
Aluguéis ganhos
Depreciação acumulada de edifícios
Retenção na fonte previdenciária a pagar
IVA a compensar
Patentes
Devoluções de compras
Despesas com vendas Amortização cumulativa de patentes

Hipotecas a pagar Provisão para julgamentos pendentes

Seguro contratado antecipadamente Devoluções de vendas


Equipamentos de transporte Marcas
Depreciação acumulada de equipamentos de Depreciação acumulada de marcas
transporte Contribuições para a Segurança Social a pagar
Adiantamentos recebidos por conta de contratos Imparidade de recebíveis comerciais Pérd. para
Crédito fiscal - IVA
imparidade de créditos comerciais.
Melhorias nos imóveis alugados
Depósitos de caução entregues

Central de Contadores 195


Contabilidade
Financeira
Mais-valia Dívida por efeitos descontados Descontos para
Reservas estatutárias pagamento imediato sobre as vendas Inventário
Equipamento de escritório final de mercadorias Material de escritório
Depreciação acumulada do equipamento de diverso
escritório
Despesas com publicidade
Despesas administrativas
Comissões auferidas
Despesa com juros
Despesas de seguro
Maquinaria
Redução do valor do estoque
Depreciação acumulada de máquinas
Solicita-se:

Em uma eclosão semelhante à nossa:

1 .- Escreva o nome das contas:


2 .- Marque com um "X" a coluna a que pertencem.

NOMINAL REAL
CONTAS SALDOS PASSIVO e
DESPESAS RECEITA ATIVO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO

EXERCÍCIO 7.2.
Major General da empresa COMERCIAL CARORA C.A. Envie as contas mostradas na próxima
página a partir de 30-09-2012.

Sabendo que o imposto de renda representa um percentual hipotético de 15% do lucro obtido,

Solicita-se:

1) Em uma eclosão semelhante à mostrada:


a) Classifique as contas em nominais e reais.
b) Determine o lucro ou prejuízo.
c) Se houver lucros, calcule o imposto de renda.
d) Saldo as contas nominais.
e) Salar as contas reais.

196 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
NOMINAL REAL
CONTAS SALDOS PASSIVO e
DESPESAS RECEITA ATIVO
PATRIMÔNIO

Caixa 500 LÍQUIDO


Mobiliário oo
Depreciação acumulada de móveis 1.500,
Bancos oo
Venda 800,o
Recebíveis comerciais o
Hipotecas a pagar 30.000,o
Edifícios o
Depreciação acumulada de edifícios 95.000,o.
br
Inventário inicial de mercadorias 50.000,o.
Contas a pagar fornecedores o.
Compras 60.000,o
Despesa de depreciação o
Equipamentos de transporte 80.000,o.
Depreciação acum. Equipe Transp. br
Despesas de compra 26.000,o
Imparidade de recebíveis comerciais. o
Salários a pagar 15.000,o
Devoluções de compras o
Despesas de vendas de recebíveis 16.700,o.
comerciais br
Salários e salários 48.000,o.
Terra br
Despesas administrativas 2.000,o
Comissões auferidas o
Capital 34.000,o.
Juros ganhos br
Perda por impedimento. de crédito de 6.000,o
valor. ..com. o
Seguro contratado antecipadamente 2.000,o
Desctos. para pagamento imediato o
nas vendas Inventário final de bens 1.000,o

Subtotal das contas nominais Lucro antes


do ISLR Total das contas nominais
Resultado antes do ISLR Imposto de renda
Resultado após o ISLR Total

Total de contas reais

Central de Contadores 197


Contabilidade
Financeira
EXERCÍCIO 7.3.
Os saldos das contas abaixo mencionadas, constam das contas da empresa ALMACENES EL
MONTE C.A. a partir de 31-12-2012, expresso em milhares de bolívares.

NOMINAL REAL
CONTAS SALDOS PASSIVO e
DESPESAS RECEITA ATIVO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Devoluções de vendas 2000oo
Mobiliário 16.000,o.br
Depreciação acumulada de móveis 4.000,oo
Aluguéis ganhos 9.000,oo
Recebíveis comerciais 40.000,oo
Equipamento de escritório 36.000,oo
Depreciação acumulada do equipamento 5.000,oo
de escritório Despesas administrativas 28.000,o.br
Bancos 10.000,o.br
Despesa de depreciação 4.000,oo
Equipamentos de transporte 35.000,oo
Depreciação acumulada. Equipe Transp. 4.500,
Compromisso oo
Venda 2.000,oo
Salários e salários 120.000,oo
Impostos a pagar 10.000,o.br
Capital 10.000,o.br
Devoluções de compras 107.500,o.
Inventário inicial de mercadorias br
Despesa com juros 6.000,oo
Imparidade de recebíveis comerciais. 30.000,oo
Perdas por impedimento. de crédito de 12.000,oo
valor. ..com. 4.000,oo
Efeitos a pagar pelos fornecedores 4.000,oo
Seguro Terrestre contratado 40.000,oo
antecipadamente 8.000,oo
Edifícios 20.000,oo
Depreciação acumulada de edifícios 140.000,o.
Compras br
Receitas de serviços 15.000, ou
Despesas com vendas 56.000,oo
Despesas de compra 115.000,o.
Compras com desconto à vista Contas a br
21.000,o.br

Subtotal das contas nominais Lucro antes do


ISLR Total das contas nominais Lucro do
período Imposto de renda Lucro após o ISLR
Total

198 Central de Contadores


Introdução às Demonstrações
Contábeis
O estoque final de mercadorias foi de Bs.10.000.oo.

Supondo que o imposto de renda acabou sendo de 22% do lucro líquido,

Solicita-se:
1) Em uma eclosão semelhante à mostrada:
a) Classifique as contas em nominais e reais.
b) Determine o lucro ou prejuízo.
c) Se houver lucros, calcule o imposto de renda.
d) Saldo as contas nominais.
e) Salar as contas reais.

Central de Contadores 199


Normas Internacionais de Relato
Financeiro - IFRS

TEORIA DA CONTABILIDADE.
São o conjunto de normas, técnicas e procedimentos em que se baseiam as práticas contábeis
que permitem a delimitação e identificação da entidade econômica, as bases de quantificação
das operações e a apresentação de informações quantitativas por meio das demonstrações
contábeis.

Nesse sentido, deve ficar claro que não são regras invariáveis criadas pela Natureza, mas, sim,
a teoria da contabilidade é composta de regras, normas, métodos, procedimentos, postulados,
hipóteses, etc., criadas e adotadas pelos profissionais contábeis na época e em determinado
lugar e que, Portanto, podem ser modificados e adaptados às necessidades do momento,
buscando sempre os objetivos de fornecer informações úteis e confiáveis através das
demonstrações contábeis que as entidades econômicas apresentam.

A utilidade das informações está relacionada ao conteúdo das demonstrações financeiras, bem
como à atualidade e confiabilidade com que essas informações são apresentadas.

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS.


"Os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos conhecidos como (GAAP) são um conjunto de
regras e normas gerais que servem como um guia contábil para formular critérios relacionados à
mensuração do patrimônio líquido e informações sobre os ativos e elementos econômicos de
uma entidade. GAAP é um parâmetro para a preparação de demonstrações financeiras a ser
baseado em métodos uniformes de técnica contábil." (Wikipédia).

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS NA VENEZUELA.


Os Princípios Contabilísticos que devem ser aplicados na Venezuela são os aprovados pela
Federação dos Colégios de Contabilistas Públicos da Venezuela (FCCPV), sobre os quais esta
Instituição tem vindo a pronunciar-se, através dos diferentes Boletins de Aplicação das Normas
de Relato Financeiro (BA VEN-NIF).

Nesse sentido, a FCCPV, por meio do Boletim de Aplicação VEN-NIF nº. 8, aprovado no
Diretório Nacional Expandido (DNA) em março de 2011, estabelece que os Princípios Contábeis
Geralmente Aceitos na Venezuela (VEN-NIF), serão conformados da seguinte forma:

Central de Contadores 201


Contabilidade
Financeira
a) PRINCÍPIOS CONTÁBEIS APLICÁVEIS A GRANDES ENTIDADES.
Identificado como VEN-NIF GE, refere-se aos princípios contábeis que seriam aplicados
por grandes entidades e são compostos pelos Boletins de Aplicação (BA VEN-NIF) que
devem ser cumpridos juntamente com as Normas Internacionais de Relato Financeiro
(IFRS completo ou completo).

b) PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS APLICÁVEIS ÀS PEQUENAS E MÉDIAS


ENTIDADES.
Também conhecido como VEN-NIF PYME, corresponde aos princípios contábeis que
serão adotados por pequenas e médias entidades. Estes princípios serão moldados
pelos Boletins de Aplicação (BA VEN-NIF) que devem ser aplicados em conjunto com a
Norma Internacional de Relato Financeiro para Pequenas e Médias Entidades (IFRS
para PME).

O BA VEN-NIF N. 6 no seu § 10, define uma entidade de pequena e média dimensão, da


seguinte forma:

"Para efeitos da aplicação do VEN-NIF a partir do exercício social com início em 1 de


janeiro de 2011, uma entidade de pequeno e médio porte é identificada como:

1) Entidade formalmente constituída com fins lucrativos, e


2) Emite Demonstrações Financeiras para fins de informação geral para seus usuários,
entre outros: acionistas, credores, empregados e público em geral."

No entanto, uma entidade que se qualifique como uma entidade de pequeno e médio
porte, "pode aplicar o VEN-NIF para grandes entidades e detalhado no BA VEN-NIF 8
em vigor para a data de emissão de suas informações financeiras, desde que tal
decisão tenha sido aprovada por sua autoridade máxima (Assembleia de Acionistas ou
Sócios; Conselho de Administração, entre outros), estabelecido em seu contrato social,
devendo divulgar tal decisão nas notas explicativas."

NORMAS INTERNACIONAIS DE RELATO FINANCEIRO.


As Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), também conhecidas como Normas
Internacionais de Contabilidade (IAS) são, como o próprio nome já diz, uma série de normas
que estabelecem as informações que devem ser apresentadas nas demonstrações contábeis e a
forma como tais informações devem ser nelas exibidas.

Até o final do século XIX, a contabilidade representava uma atividade "positiva" que se limitava a
"registrar" as transações, sendo cada uma conduzida pelos critérios que lhe pareciam melhores.
Tal era o número deles, que era quase impossível interpretar os resultados.

Junto com o século XX, veio o processo de produção em massa de bens e serviços, que exigiu a
captação de capital por meio da emissão de títulos e sua venda ao público.

Diante desse fato, as bolsas de valores passaram a exigir a publicação das demonstrações
financeiras das empresas que pretendiam fazer uma oferta pública desses títulos, cuja

202 Central de Contadores


Normas Internacionais de Relato Financeiro - IFRS
elaboração deveria ser feita com base em dados confiáveis.

Para atingir esses objetivos, começou a ser sentida a necessidade de desenvolver padrões que,
quando utilizados pelos contadores, pudessem gerar demonstrações contábeis que, além de
confiáveis, tivessem a característica de "uniformidade".

A primeira tentativa nesse sentido foi feita em 1917 pela Comissão Federal de Comércio dos
Estados Unidos através do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados.

A partir desse momento, e também nos Estados Unidos da América, continuaram os esforços
para encontrar padrões que, pela sua lógica, fossem geralmente aceites.
Assim, o AICPA, American Institute of Certified Public Accountants, entre 1939 e 1959, através
do Committee of Accounting Procedure, emitiu os Boletins de Pesquisa Contábil conhecidos
como ARB-1 a ARB-51. Posteriormente, a mesma AICPA, entre 1959 e 1973, através da
Accounting Principles Board, emitiu os pareceres conhecidos como APB-1 a APB-31.
A partir de 1973, o Financial Accounting Standard Board (FASB) emitiu as Demonstrações das
Normas de Contabilidade Financeira conhecidas como FASB-1 até o FASB-93.
Esforços para criar padrões que permitissem um mínimo de consenso ou aceitação geral
também foram feitos por organizações de contadores em muitos outros países. Entre eles, é
justo mencionar os feitos pelo Instituto Mexicano de Contadores Públicos que, tendo sido
fundado em 1917, foi a partir de 1967 que começou a publicar uma série de boletins
relacionados a esse assunto.

Com relação à Venezuela, a validade da profissão de Contador Independente ou Externo é


muito recente. Surge com a promulgação da Lei do Exercício da Contabilidade Pública, em 27
de setembro de 1973.
A partir desse momento, deve-se reconhecer que a Federação dos Colégios de Contadores
Públicos da Venezuela também tem feito esforços louváveis com o objetivo de gerar os
Princípios Contábeis e as Normas e Procedimentos de Auditoria que permitam que as
demonstrações financeiras emitidas sejam confiáveis para aqueles que tiveram que usar as
informações expressas nelas.
Apenas um ano após a promulgação da Lei, em setembro de 1974, a Federação dos Colégios
de Contadores Públicos da Venezuela, em sua primeira assembleia, aprovou a Publicação
Técnica nº. 3. As normas nelas contidas permaneceram em vigor até 01-03-1997, quando a
Demonstração dos Princípios Contábeis nº. 0 (DPC 0) que, complementado pelas
Demonstrações de Princípios Contábeis números 1 a 15 emitidas a partir de janeiro de 1980,
constituía o corpo de Princípios Contábeis Geralmente Aceitos no qual estávamos baseados na
Venezuela.

No entanto, o crescimento constante e acelerado das economias internacionais, levou, é claro, a


uma maior relação comercial entre diferentes países.

Esse fato, conhecido como "internacionalização" ou "globalização" das economias, fez com que
as empresas fizessem investimentos e negócios em diferentes países, com os quais as

Central de Contadores 203


Contabilidade
Financeira
informações financeiras necessárias começassem a fluir entre elas.

Uma vez iniciado esse processo, um inconveniente começou a ser notado: as demonstrações
contábeis apresentadas pelas empresas nos diferentes países, embora pudessem dar a
impressão de que eram semelhantes, no fundo, apresentavam diferenças motivadas por
diversas causas econômicas, sociais e, principalmente, jurídicas.

Em algumas ocasiões, verificamos que, nas demonstrações contábeis elaboradas em


determinado país, os ativos constituídos pelo ativo imobilizado eram apresentados ao custo
histórico, enquanto, em outra, tais ativos eram apresentados a preço de mercado, ou que, em
um terceiro país, os apresentavam a valores atualizados para os efeitos da inflação. Isso tornava
tais demonstrações contábeis inadministráveis, especialmente para fins comparativos.

COMITÊ DE NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE - IASC.


Para corrigir essas dificuldades, em 1973, após convênio entre organizações de profissionais
ligados à contabilidade, inicialmente pertencentes ao México, Canadá, Estados Unidos, França,
Alemanha, Austrália, Reino Unido, Japão, Holanda e Irlanda, foi criado o International
Accounting Standards Committee (IASC), que tem sua sede em Londres.

Posteriormente, os membros do IASC aprovaram a constituição da Fundação IASC em 24 de


maio de 2000 em Edimburgo, Escócia, e, após um intenso processo de revisão, os
administradores adotaram e aprovaram algumas mudanças que entraram em vigor em 1º de
julho de 2005. A partir de 01-06-2010, esta Fundação mudou seu nome para IFRS Foundation
ou IFRS Foundation.

OBJETIVOS DA FUNDAÇÃO IFRS.


De acordo com o parágrafo 2º do Documento Constitutivo (DC 2), os objetivos da Fundação
IFRS são:

a) Desenvolver, no interesse público, um conjunto único de normas contábeis globais que


sejam de alta qualidade, compreensíveis e exequíveis, exigindo informações de alta
qualidade Qualidade, transparência e comparabilidade nos estados
Informações financeiras e outros tipos de informações financeiras, para ajudar os
participantes do mercado de capitais em todo o mundo, e outros usuários, a tomar decisões
econômicas:

b) Promover o uso e a aplicação rigorosa de tais normas;

c) Cumprir os objetivos associados às alíneas a) e b), tendo em conta, sempre que


necessário, as necessidades especiais das pequenas e médias entidades e das economias
emergentes.

d) Trazer a convergência entre as normas nacionais de contabilidade e as Normas


Internacionais de Contabilidade e as Normas Internacionais de Relato Financeiro, rumo a
soluções de alta qualidade.

A governança da Fundação IFRS caberá aos Administradores e aos órgãos sociais que por eles

204 Central de Contadores


Normas Internacionais de Relato Financeiro - IFRS
vierem a ser indicados, de acordo com as estipulações expressas no Documento Constituinte.

Os administradores devem ser compostos por vinte e dois indivíduos que, "...Atuando como um
grupo, trazer um equilíbrio adequado de experiências profissionais, incluindo auditores,
processadores, usuários, acadêmicos e outros gerentes que servem ao interesse público, dois
dos quais devem ser sócios seniores de escritórios de contabilidade internacionais
proeminentes." (Documento constituinte, parágrafo 7).
Além disso, "... Os administradores devem comprometer-se formalmente a agir no interesse
público em todas as matérias. Para garantir uma ampla base internacional, haverá:

a) seis administradores norte-americanos nomeados;


b) Seis administradores nomeados da Europa;
c) Seis administradores nomeados da região Ásia-Oceania; e
d) Quatro Administradores nomeados de qualquer área, sujeitos ao estabelecimento de um
equilíbrio geográfico global." (Documento constituinte, parágrafo 6º).

O parágrafo 15 do Documento Constitutivo da Fundação IFRS estabelece que os


Administradores:

a) "Nomearão os membros do IASB (Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade).


b) Nomear os membros do Comitê Internacional de Interpretações de Relatórios Financeiros e
do Conselho Consultivo de Normas..."

CONSELHO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE - IASB.


O Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade (IASB) será composto por catorze
membros nomeados pelos curadores da Fundação IFRS e terá plena responsabilidade pelas
questões técnicas do IASB, incluindo a preparação das Normas Internacionais de Relato
Financeiro (IFRS) e dos Projectos de Normas, todos os quais incluirão opiniões divergentes,
bem como a aprovação final pelo Comitê Internacional de Interpretações de Relatórios
Financeiros.

Os critérios que a Fundação IFRS exige para a seleção dos membros do IASB são os seguintes:

1. Competência técnica e conhecimento comprovado de contabilidade e relatórios financeiros.


2. Capacidade analítica.
3. Habilidades de comunicação.
4. Julgamento na tomada de decisão.
5. Conscientização do ambiente em torno das informações financeiras.
6. Capacidade de trabalhar em ambiente colegial.
7. Integridade, objetividade e disciplina.
8. Compromisso com a missão da Fundação IFRS e com o interesse público.

COMITÊ DE INTERPRETAÇÕES DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE


RELATÓRIO FINANCEIRO.
O parágrafo 33 do Documento Constitutivo da Fundação IFRS afirma que "... o Comitê

Central de Contadores 205


Contabilidade
Financeira
Internacional de Interpretações de Relatórios Financeiros será composto por doze membros
votantes, nomeados pelos Administradores conforme estabelecido na Seção 15(b), por
mandatos renováveis de três anos..."

O parágrafo 36 do Documento Constitutivo menciona as obrigações deste Comitê:

a) "Interpretar a aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e das Normas


Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e fornecer orientação apropriada sobre questões
de relatório financeiro não especificamente cobertas pelas IFRS no contexto do Quadro
Conceitual; e também desempenhará outras tarefas a pedido do IASB;

b) Ter em conta, na realização do seu trabalho conforme especificado na alínea a) supra, o


objetivo do IASB de trabalhar ativamente em conjunto com os organismos nacionais de
normalização para alcançar a convergência das normas contabilísticas nacionais e das IFRS
no sentido de soluções de elevada qualidade;

c) Publicar, após obter autorização do IASB, os projetos de interpretação para comentário


público e considerar os comentários recebidos dentro de um prazo razoável antes de finalizar
a Interpretação;

d) Informar o IASB e obter a aprovação das interpretações finais."

CONSELHO CONSULTIVO DE NORMAS.


O Conselho Consultivo de Normas é composto por trinta ou mais membros com formações
profissionais e geográficas variadas.

O parágrafo 37 do Estatuto Social da Fundação IFRS refere-se aos objetivos a serem


perseguidos pelo Conselho Consultivo de Normas, cujos membros serão nomeados pelos
Administradores, de acordo com a Seção 15(b). Esses objetivos são:

a) Prestar aconselhamento ao IASB sobre decisões de agenda e prioridades de trabalho.


b) Informar o IASB sobre os pontos de vista que as organizações e indivíduos do Conselho têm
sobre os principais projetos de definição de normas, e
c) Prestar outros conselhos ao IASB ou aos Administradores.

As normas emitidas até 2002 foram denominadas Normas Internacionais de Contabilidade


(IAS), enquanto as emitidas a partir desse ano são conhecidas como Normas Internacionais de
Relato Financeiro (IFRS).

Como já mencionado, a Venezuela faz parte do grupo de países que, através da Federação dos
Colégios de Contadores Públicos da Venezuela, e após a correspondente aprovação, através
dos respectivos Boletins de Aplicação, adotaram, sem alterações ou adaptações, Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e Norma Internacional de Relato Financeiro para
Pequenas e Médias Empresas (IFRS PMEs) e suas interpretações correspondentes, como os
Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (GAAP) na Venezuela.

ESTRUTURA CONCEITUAL.
O Quadro Conceitual é o conjunto de conceitos gerais nos quais o IASB (International

206 Central de Contadores


Normas Internacionais de Relato Financeiro - IFRS
Accounting Standards Board) se baseia para a elaboração das IFRS. Esses conceitos giram
basicamente em torno de:

1. Características qualitativas das demonstrações contábeis.


2. Principais pressupostos.
3. Elementos das demonstrações financeiras.
4. Reconhecimento de itens nas demonstrações financeiras.
5. Avaliação dos elementos das demonstrações contábeis.
6. Conceito de capital e manutenção de capital.

CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.


O Quadro Conceptual para as Normas Internacionais de Relato Financeiro, no parágrafo
24, define as características qualitativas das demonstrações financeiras como "... os atributos
que tornam as informações fornecidas nas demonstrações contábeis úteis aos usuários."

As demonstrações financeiras devem conter as seguintes características ou atributos


qualitativos:

1. Inteligibilidade.
2. Relevância.
3. Materialidade.
4. Fiabilidade.
5. Representação fiel.
6. A essência sobre a forma.
7. Neutralidade.
8. Prudência.
9. Integridade.
10. Comparabilidade.
11. Oportunidade.
12. Equilíbrio entre custo e benefício.
INTELIGIBILIDADE.
Uma qualidade essencial das informações fornecidas nas demonstrações contábeis é que elas
são facilmente compreensíveis para os usuários. Para este efeito, presume-se que os
utilizadores têm um conhecimento razoável das actividades económicas e do mundo dos
negócios, bem como da sua contabilidade, bem como a vontade de estudar as informações com
diligência razoável (Quadro Conceptual, parágrafo 25).

RELEVÂNCIA.
Para ser útil, a informação deve ser relevante para as necessidades de tomada de decisão dos
usuários. A informação tem a qualidade de relevância, quando influencia as decisões
econômicas daqueles que a utilizam, ajudando-os a avaliar eventos passados, presentes ou
futuros, ou a confirmar ou corrigir avaliações feitas anteriormente (Quadro Conceitual,
parágrafo 26).

Central de Contadores 207


Contabilidade
Financeira
MATERIALIDADE.
A relevância da informação é afetada por sua natureza e importância relativa. Em alguns casos,
a natureza da informação é suficiente para determinar a sua relevância (Quadro Conceptual,
ponto 29).

As informações são materiais, quando sua omissão ou deturpação pode influenciar as decisões
econômicas que os usuários tomam com base nas demonstrações contábeis (Quadro
Conceitual, Parágrafo 30).

FIABILIDADE.
Para ser útil, a informação também deve ser confiável. A informação tem a qualidade de
confiabilidade quando está livre de erros materiais e preconceitos ou preconceitos, e os usuários
podem ter certeza de que é uma visão verdadeira e justa do que ela pretende representar, ou do
que se pode razoavelmente esperar que represente (Conceptual Framework, Parágrafo 31).

A informação pode ser relevante, mas de natureza tão pouco confiável, que seu reconhecimento
pode ser potencialmente uma fonte de mal-entendidos. Por exemplo, se a legitimidade e o
montante de um pedido de indemnização estiverem em litígio judicial, pode não ser adequado
que a entidade reconheça o montante total do pedido no balanço. No entanto, pode ser
apropriado divulgar o montante e as circunstâncias da reivindicação (Quadro Conceitual,
parágrafo 32).

REPRESENTAÇÃO FIEL.
Para serem confiáveis, as informações devem representar com precisão as transações e outros
eventos que pretendem representar, ou podem razoavelmente ser esperados representar.
Assim, por exemplo, um balanço patrimonial deve representar de forma justa as transações e
outros eventos que resultaram nos ativos, passivos e patrimônio líquido da entidade na data do
relatório, desde que atendam aos requisitos para reconhecimento (Quadro Conceitual,
parágrafo 33).

A ESSÊNCIA SOBRE A FORMA.


Se as informações servem para representar fielmente as transações e outros eventos que se
pretende refletir, é necessário que estes sejam contabilizados e apresentados de acordo com
sua essência e realidade econômica, e não meramente de acordo com sua forma jurídica. Por
exemplo, se uma entidade vende um veículo usado a um terceiro e a documentação fornecida
indica que a propriedade passou para esse terceiro.

No entanto, pode haver simultaneamente um acordo entre as partes que permita à entidade
vendedora continuar a usufruir dos benefícios económicos incorporados no activo em questão.
Em tais circunstâncias, a apresentação de informações como uma venda final pode não
representar com precisão a transação (Conceptual Framework, parágrafo 35).

NEUTRALIDADE.
Para serem confiáveis, as informações contidas nas demonstrações contábeis devem ser

208 Central de Contadores


Normas Internacionais de Relato Financeiro - IFRS
neutras, ou seja, livres de vieses. As demonstrações financeiras não são neutras quando, devido
à seleção ou apresentação de informações, influenciam a tomada de uma decisão ou a
formação de um juízo, a fim de alcançar um resultado ou resultado predeterminado
(Conceptual Framework, parágrafo 36).

PRUDÊNCIA.
Os preparadores de demonstrações financeiras são confrontados com as incertezas que
inevitavelmente cercam muitos eventos e circunstâncias, como a recuperabilidade de saldos
inadimplentes ou a provável vida útil do ativo imobilizado de propriedade da entidade. Tais
incertezas são reconhecidas por meio da divulgação de sua natureza e extensão, e do exercício
de prudência na elaboração das demonstrações financeiras. Prudência é a inclusão de certo
grau de cautela no exercício dos juízos necessários para fazer as estimativas exigidas em
condições de incerteza, para que os ativos ou rendimentos não sejam expressos em excesso e
que as obrigações e despesas não sejam expressas em inadimplência (Quadro Conceitual,
Parágrafo 37).

INTEGRIDADE.
Para serem confiáveis, as informações contidas nas demonstrações contábeis devem estar
completas dentro dos limites de materialidade e custo. Uma omissão pode fazer com que a
informação seja falsa ou enganosa e, portanto, não confiável e deficiente em termos de
relevância (Conceptual Framework, parágrafo 38).

COMPARABILIDADE.
Os usuários devem ser capazes de comparar as demonstrações financeiras de uma entidade ao
longo do tempo, a fim de identificar tendências na condição financeira e no desempenho. Os
utilizadores devem também poder comparar as demonstrações financeiras de diferentes
entidades, a fim de avaliar a sua posição financeira, desempenho e alterações na posição
financeira, em termos relativos. Essa comparabilidade será útil na medida em que as entidades
envolvidas adotem os mesmos princípios e regras (Quadro Conceitual, parágrafo 39).

OPORTUNIDADE.
As informações devem estar disponíveis para o usuário a tempo de tomar decisões, mesmo que,
até lá, alguns eventos não tenham sido concluídos e devam ser apresentados de forma
estimada. Se houver um atraso indevido na apresentação da informação, ela pode perder sua
relevância (Conceptual Framework, parágrafo 43).

EQUILÍBRIO ENTRE CUSTO E BENEFÍCIO.


Os benefícios derivados da informação devem exceder os custos do seu fornecimento.

Às vezes, o custo de apresentar informações adequadas recai sobre a entidade que elabora as
demonstrações contábeis, enquanto os benefícios são usufruídos por terceiros que as utilizam
para a tomada de decisões. Por isso, é difícil aplicar um teste de custo-benefício em cada caso
em particular. No entanto, tanto os preparadores de demonstrações financeiras quanto os

Central de Contadores 209


Contabilidade
Financeira
usuários em geral devem estar cientes dessa restrição (Estrutura Conceitual, Parágrafo 44).

CLASSIFICAÇÃO IFRS.
O conteúdo das Normas Internacionais de Relato Financeiro pode ser amplamente classificado
da seguinte forma:

1. Principais pressupostos.
2. Normas aplicáveis às demonstrações financeiras.
3. Regras aplicáveis a itens, conceitos ou grupos específicos.

PRESSUPOSTOS FUNDAMENTAIS.
São aqueles postulados que formam a base ou fundamento para a formulação de normas
contábeis. Tais hipóteses são:

a. Hipótese de uma preocupação em curso ou em curso.


b. Hipótese de competência.

A. CENÁRIO DE PREOCUPAÇÃO EM CURSO:


A este respeito, o n.° 23 do quadro conceptual enuncia:

"As demonstrações financeiras são normalmente preparadas sob o pressuposto de que


uma entidade está em operação e continuará a operar no futuro previsível. Presume-se,
portanto, que a entidade não pretende ou precisa liquidar ou reduzir significativamente a
escala de suas operações. Se tal intenção ou necessidade existir, as demonstrações
financeiras podem ter que ser preparadas em uma base diferente, caso em que devem ser
divulgadas a você."

Por outro lado, a IAS 1.25 refere-se a este cenário da seguinte forma:

"Ao preparar as demonstrações financeiras, a administração deve avaliar a capacidade de


uma entidade para continuar operando. Uma entidade deve preparar as demonstrações
financeiras com base num pressuposto de continuidade a menos que a administração
pretenda liquidar a entidade ou cessar a sua atividade, ou não haja alternativa mais realista
do que fazê-lo.

Quando a administração, ao fazer essa avaliação, tomar conhecimento de incertezas


relevantes relativas a eventos ou condições que possam dar origem a dúvidas relevantes
sobre se a entidade continuará a operar normalmente, ela deve divulgá-las nas
demonstrações financeiras.

Se uma entidade não preparar demonstrações financeiras de acordo com o pressuposto de


continuidade da empresa, deve divulgar esse facto, juntamente com os pressupostos em
que foram preparadas e as razões pelas quais a entidade não é considerada uma empresa
em atividade."

Como se vê, essa hipótese refere-se ao fato de que, salvo especificação em contrário, a
entidade econômica que emite as demonstrações contábeis tem continuidade indefinida e,

210 Central de Contadores


Normas Internacionais de Relato Financeiro - IFRS
portanto, os valores nelas expressos representam valores históricos ou modificados obtidos
de forma sistemática.

Com base nessa hipótese de continuidade ou continuidade de atividade, é o que permite,


por exemplo, diferir para os próximos períodos contábeis, alguns eventos como a
distribuição equitativa do custo de alguns ativos por meio da depreciação de elementos
patrimoniais, instalações e equipamentos, ou a amortização de ativos intangíveis, na
certeza de que esses custos e despesas serão considerados como realizados no futuro, e
que gerarão receitas que poderão ser atendidas com eles. Nos casos em que os valores
apresentados se referem a valores de liquidação, estes devem ser claramente indicados e a
empresa em questão será entendida como estando a ser liquidada.

B. HIPÓTESE DE COMPETÊNCIA:
Também conhecida como "regime de competência", essa norma tem sido equivalente ao
antigo princípio conhecido como Desempenho Contábil.

O Quadro Conceptual , no ponto 22, refere-se a este cenário da seguinte forma:

"Para atingir seus objetivos, as demonstrações financeiras são elaboradas pelo regime de
competência. Com base nisso, os efeitos das transações e outros eventos são
reconhecidos quando ocorrem (e não quando dinheiro ou outro equivalente de caixa é
recebido ou pago), também são registrados nos livros contábeis e relatados nas
demonstrações financeiras para os períodos a que se referem. As demonstrações
financeiras elaboradas pelo regime de competência informam os usuários não apenas
sobre transações passadas envolvendo recebimentos ou pagamentos de dinheiro, mas
também sobre obrigações de pagamento futuras e recursos que representam recebíveis de
caixa futuros. Portanto, tais declarações fornecem o tipo de informação sobre transações e
outros eventos passados que é mais útil para os usuários ao tomar decisões econômicas."

A este respeito, a IAS 1, Parágrafos 27 e 28 , explica melhor o Cenário de Competência,


observando que os efeitos das transações envolvendo movimentos de ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas e despesas serão reconhecidos quando atenderem às
definições e critérios fornecidos no Quadro Conceitual. independentemente de quando
são cobrados ou pagos.

Como foi observado, essa norma refere-se à determinação do porquê e a partir de


quando uma transação é considerada como tendo sido feita.

Considera-se que uma operação foi realizada a partir do momento em que, em


consequência, se verificou uma alteração da situação financeira e/ou dos resultados da
entidade económica em causa.

Sabe-se que a contabilidade quantifica, em termos monetários, as transações realizadas


por uma entidade econômica com outras, além de outros fatos que a afetam. As operações
e qualquer outro evento que a contabilidade quantifique, serão consideradas como
realizadas, quando forem apresentados os seguintes fatos:

Central de Contadores 211


Contabilidade
Financeira
1) Operações com outras entidades econômicas.
Nesse sentido, deve ficar claro que um direito aparece para uma pessoa ao mesmo
tempo em que surge uma obrigação para outra, no momento em que a transação é
formalizada sem condicioná-la à data em que será cancelada ou liquidada.
Essa formalização ocorre quando as partes envolvidas concordam em realizar a
transação, ignorando a documentação que a sustenta.

Um exemplo disso seria quando a mercadoria é comprada e o compromisso do


vendedor é entregá-la ao comprador em seu armazém. Nesse momento é quando o
vendedor atribui ao comprador a propriedade da mercadoria; Portanto, é quando a
transação foi feita.

Quando um depósito em dinheiro é feito no banco, a operação será considerada


concluída somente quando o banco receber o dinheiro e carimbar seu selo no formulário
de depósito.

Outro exemplo seria quando um serviço é prestado ou recebido. Suponhamos que a


empresa tenha alugado instalações pelas quais pague um valor no final de cada mês.
Bem, a transação será considerada como concluída no final de cada mês,
independentemente de quando o valor correspondente for cancelado.

2) Operações internas.
Decisões são constantemente tomadas em relação à realização de operações que
internamente estão afetando a entidade econômica de uma forma ou de outra. O
A capitalização de um passivo transformando-o em capital próprio, a amortização de um
prémio de seguro pago antecipadamente, a determinação e registo da imparidade de
créditos comerciais ou a incorporação de matéria-prima no processo de transformação
num produto acabado, são exemplos disso. São fatos e decisões em que outras
entidades econômicas não intervêm, mas que afetam a empresa de alguma forma.

3) Eventos econômicos externos.


São frequentes os eventos econômicos externos que, embora não sejam decorrentes de
decisões dos diretores da entidade em questão, são afetados de alguma forma.
Esses tipos de eventos podem ser de natureza tão variada que é difícil decidir quando
eles ocorreram. No entanto, pode-se dizer que um evento desse tipo foi realizado,
quando houve uma manifestação externa dele e que pode ser quantificado.
A este tipo de eventos pertencem, por exemplo, a necessidade de valorizar
investimentos de curto prazo a um valor justo ou de mercado que se revelaram inferiores
ao custo, a indisponibilidade de dinheiro que estava num banco porque foi
intervencionado, alterações no valor da moeda, a impossibilidade de cobrar uma conta
de um cliente devido à falência deste, etc.
Todos eles são eventos em que a administração não interveio, mas que devem ser
considerados e registrados no momento em que são conhecidos.

212 Central de Contadores


Normas Internacionais de Relato Financeiro - IFRS
NORMAS APLICÁVEIS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.
Essas normas referem-se à mensuração, classificação e apresentação dos itens das
demonstrações contábeis. Dentre eles, comentaremos o seguinte:

1) UNIFORMIDADE NA APRESENTAÇÃO.
Esta norma é expressa na IAS 1, parágrafo 45, da seguinte forma:

"Uma entidade deve manter a apresentação e classificação de itens nas demonstrações


financeiras de período a período, a menos que:

a) Na sequência de uma alteração substancial na natureza das actividades da entidade ou


de uma revisão das demonstrações financeiras, torna-se evidente que outra
apresentação ou classificação seria mais adequada, tendo em conta os critérios para a
selecção e aplicação das políticas contabilísticas na IAS 8; ou

b) Uma IFRS requer uma mudança no arquivamento."

2) MATERIALIDADE OU MATERIALIDADE E AGRUPAMENTO DE DADOS


"Uma entidade deve apresentar separadamente cada classe significativa de itens
semelhantes. Uma entidade deve apresentar separadamente elementos de natureza ou
função diferentes, a menos que não sejam materiais." (IAS 1, parágrafo 29).

A materialidade refere-se ao efeito que um determinado item tem sobre as informações


financeiras gerais.

Determinar se um item é importante ou não é um dos elementos mais difíceis de


estabelecer dentro de toda teoria contábil.

É quase impossível estabelecer parâmetros que, em termos absolutos, indiquem quando


determinado item é significativo ou material. Para isso, o contador se apoia no bom senso que é
fruto de sua maturidade e experiência profissional. No entanto, existem algumas diretrizes que
ajudam a resolver a importância relativa dos itens:

I. DE ACORDO COM A QUANTIDADE DO ITEM.


a) Um jogo, por si só, não revela sua importância. Na realidade, um item pode ser
importante em uma empresa, mas não em outras.

Por exemplo, seria o caso de uma empresa em que um elemento de seus ativos foi
subavaliado em Bs. 5.000.000,oo. Se o total dos seus ativos for de Bs. 25.000.000.oo,
esse montante (representando 20% do total) é de tal importância relativa que poderia
influenciar as decisões que os usuários dessas demonstrações contábeis poderiam
tomar. Mas se a subvalorização de Bs. 5.000.000,oo, acontece em uma empresa cujo
ativo total equivale a Bs. 2.500.000.000.oo (0,002% do total), o mais provável é que tal
subavaliação seja relativamente pequena que não seja levada em conta pelos usuários
das demonstrações contábeis para tomar suas decisões.
b) A importância de um jogo é determinada comparando-o com outros itens individuais ou
grupos deles.

Central de Contadores 213


Contabilidade
Financeira
Por exemplo, a importância atribuída ao item de estoque por si só não terá muito
significado até que seja comparada com o ativo circulante total, com o ativo total, com o
custo das vendas, etc. A partir dessa comparação será possível determinar, por
exemplo, qual percentual o item de estoque representa em relação aos itens com os
quais foi comparado. Depois disso, o bom senso vai ajudar muito no restante do
processo.

Como diretriz, pode-se mencionar que, se os itens representarem menos de 5% do total,


poderão ser considerados itens de baixa importância relativa; Aqueles que representam
entre 5% e 10%, alguns poderiam ser considerados importantes. Por fim, itens que
representem mais de 10% podem ser considerados itens significativos.

c) Há itens que, às vezes, as empresas não dão a devida importância porque,


separadamente, não a possuem. No entanto, somados, o total sim. Esse fato deve ser
levado em consideração na hora de atribuir importância a tais itens.

II. DE ACORDO COM A NATUREZA DO JOGO.


A natureza das rubricas é outro elemento que ajuda a determinar a sua importância relativa.
Portanto, além da quantidade do item, deve-se levar em conta:

a) Se é um jogo que aparece causado por um evento extraordinário.

b) Se for estimado que irá influenciar significativamente a determinação dos resultados.

c) Se a partida estiver sujeita a eventos que ocorrerão no futuro.

3) COMPENSAÇÃO.
"Uma entidade não deve compensar ativos com passivos ou receitas com despesas, a
menos que exigido ou permitido por uma IFRS." (IAS 1, parágrafo 32).

É necessário que tanto os itens do ativo e do passivo, quanto os de receitas e despesas,


sejam apresentados separadamente. A compensação de itens, seja na Demonstração da
Posição Financeira ou na Demonstração do Resultado, limita a capacidade dos usuários de
entender as transações e eventos ocorridos, bem como avaliar os fluxos de caixa futuros da
empresa.

A apresentação de ativos líquidos de ajustes de avaliação, como quando as contas a


receber são apresentadas aos clientes em uma base líquida, após a dedução da redução
ao valor estimada sofrida por tais recebíveis comerciais, ou estoques líquidos de ajustes de
valor devido à obsolescência, não será considerada como compensação. etc.

4) INFORMAÇÕES COMPARATIVAS.
A IAS 1, parágrafo 38, refere-se a esta norma da seguinte forma:
"A menos que as IFRS permitam ou exijam o contrário, uma entidade deve divulgar
informações comparativas relativas ao período anterior para todos os montantes incluídos
nas demonstrações financeiras do período corrente. Uma entidade deve incluir informações
comparativas para informações descritivas e narrativas, sempre que tal seja relevante para

214 Central de Contadores


Normas Internacionais de Relato Financeiro - IFRS
a compreensão das demonstrações financeiras do período em curso."

As demonstrações contábeis devem ser apresentadas em conjunto, as deste ano e as do


ano anterior, para que sua comparação possa ser facilitada.

No entanto, quando num determinado período uma empresa altera as políticas


contabilísticas, há alterações nas estimativas contabilísticas ou erros em períodos
anteriores relacionados com o conteúdo da IAS 8, para fins comparativos, as alterações
devem ser feitas retroactivamente nas primeiras demonstrações financeiras, Depois de ter
efectuado as alterações ou de ter descoberto os erros, deve apresentar, no mínimo,
demonstrações financeiras comparativas, já reparadas, relativas aos últimos três anos, do
seguinte modo:

a) Estados Financeiro para ofim operíodo antes deanterior.


b) Estados Financeiro para ofim operíodo anterior.
c) Estados Financeiro para ofim operíodo atual.

O padrão de Informações Comparativas refere-se ao fato de que os procedimentos de


quantificação e apresentação dos itens das demonstrações contábeis devem permanecer
ao longo do tempo. As informações contábeis devem advir da aplicação das mesmas
normas e interpretações para se conseguir comparabilidade das demonstrações contábeis
e conhecer a evolução da entidade. Caso sejam adotadas alterações que afetem a
comparabilidade das demonstrações contábeis, é necessário divulgá-las de forma clara,
indicando o efeito que essa alteração tem sobre os números.

Da mesma forma, a coerência também deve permanecer no que diz respeito à classificação
dos itens nas demonstrações financeiras. Caso contrário, tal fato deve ser divulgado.

Quando há uma inconsistência nas informações que afeta a comparabilidade, geralmente é


causada por:

a) Mudanças em regras específicas.


b) Mudanças nas estimativas contábeis.
c) Alterações na entidade que apresenta as demonstrações financeiras.

ALTERAÇÕES NAS REGRAS ESPECÍFICAS.


A inconsistência causada por mudanças nas regras de quantificação ocorre quando, em uma
entidade econômica, tendo aplicado uma determinada regra, ela é alterada por outra.

Esse seria o caso, por exemplo, em relação aos estoques, da mudança do sistema de
avaliação de custos médios para o sistema de primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS).

Também seria uma inconsistência alterar o método de depreciação linear para o percentual do
valor contábil.

Central de Contadores 215


Contabilidade
Financeira
Em qualquer caso, tais inconsistências seriam aceitas na medida em que seus efeitos fossem
revelados.

ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS.


Essas inconsistências são produzidas, geralmente, pelo aparecimento de um elemento de
julgamento diferente ou adicional àquele inicialmente tomado para calcular as estimativas.

Exemplos seriam a alteração da taxa de depreciação, devido à alteração da vida útil estimada
do activo imobilizado ou a alteração da base de cálculo da imparidade estimada dos recebíveis
comerciais.

ALTERAÇÕES NA ENTIDADE QUE APRESENTA AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .


Em certos casos, a falta de comparabilidade das demonstrações contábeis se deve a
mudanças na entidade que as gera. Dentre eles, podem ser citados:

a) Quando se decide apresentar demonstrações financeiras consolidadas ou combinadas em


vez de demonstrações individuais.

b) A não inclusão de qualquer empresa nas demonstrações financeiras consolidadas.

REGRAS APLICÁVEIS A RUBRICAS ESPECÍFICAS.


Cada uma das IAS-IFRS está relacionada, em algumas das suas partes, quer com as
demonstrações financeiras em geral, quer com qualquer um dos itens ou activos em particular.

IFRS EM vigor
Na data em que este livro está sendo impresso - janeiro de 2012 - existem 29 IAS e 8 IFRS em
vigor. A IFRS 9, relacionada à classificação e mensuração de ativos financeiros, foi publicada em
novembro de 2009, e é a primeira de três que substituirão a IAS 39 a partir de 1º de janeiro de
2013.
Além disso, há 10 interpretações das IAS, e 19 das IFRS completas, elaboradas pelo Comitê
Permanente de Interpretação (SIC), que, como já mencionamos, visam esclarecer e interpretar
os pontos em que surgiram controvérsias em torno do que é tratado pelas IFRS.
IFRS COMPLETO EM VIGOR (A PARTIR DE 01-01-2012)
NIC 1: Apresentação das demonstrações financeiras.
NIC 2: Inventários.
NIC 7: Demonstração dos fluxos de caixa.
NIC 8: Políticas contabilísticas, alterações na estimativas e erros contábeis.
IAS 10: Contingências e eventos ocorridos após o período coberto pelo relatório.
NIC 11: Contratos de construção.
NIC 12: Imposto de renda.
NIC 16: Imobilizado.
NIC 17: Locações.
NIC 18: Rendimentos de atividades ordinárias.
NIC 19. Benefícios aos trabalhadores.
IAS 20: Contabilização de subvenções governamentais e informações de divulgação
ajuda governamental.

216 Central de Contadores


Normas Internacionais de Relato Financeiro - IFRS
IAS 21: Efeitos das variações das taxas de câmbio de moeda estrangeira.
IAS 23: Custos de empréstimos.
IAS 24: Informações a serem divulgadas sobre partes relacionadas.
IAS 26: Informações contábeis e financeiras dos planos de benefícios de aposentadoria.
IAS 27: Demonstrações financeiras consolidadas e separadas.
IAS 28: Investimentos em empresas coligadas.
IAS 29: Informações financeiras em economias hiperinflacionárias.
IAS 31: Participações em joint ventures.
IAS 32: Instrumentos financeiros. Apresentação e informações a divulgar.
IAS 33: Lucro por ação.
IAS 34: Informações financeiras intercalares.
IAS 36: Imparidade de ativos.
IAS 37: Provisões, ativos contingentes e passivos contingentes.
IAS 38: Ativos intangíveis.
IAS 39: Instrumentos financeiros. Reconhecimento e mensuração
IAS 40: Propriedades de investimento.
IAS 41: Agricultura.
IFR 1: Aplicação das Normas Internacionais de Relato Financeiro pela primeira vez
IFR 2: Remuneração baseada em ações.
S
IFR 3: Combinações de empresas.
S
IFR 4: Contratos de seguro.
S
IFR 5: Ativos não circulantes mantidos para venda e atividades descontinuadas
IFR 6: Exploração e avaliação de recursos naturais.
S
IFR 7: Instrumentos financeiros: Informações a divulgar.
IFR 8: Segmentos de atuação.
S
IFR 9: Instrumentos financeiros. (Aplicação obrigatória desde janeiro de 2013)
S .
IFRS PARA AS PME EXISTENTES (A PARTIR DE 01-01-2012)
IFRS para PME: Pequenas e Médias Empresas

CONTROLE INTERNO.
É o conjunto de atividades implementadas em uma empresa para que, apoiadas em métodos
sistemáticos, sejam alcançados os seguintes objetivos:
1) Proteger ou salvaguardar os ativos e evitar o seu uso indevido.
2) Evitar que sejam contratados indevidamente passivamente.
3) Aumentar a eficiência e a produtividade nas operações.
4) Alcance precisão e confiabilidade nas informações financeiras.
5) Garantir o cumprimento das políticas estabelecidas pela empresa.

ELEMENTOS DE CONTROLE INTERNO.


Para atingir estes objectivos, o sistema de controlo interno deve basear-se nos seguintes
elementos:

Organização.
Procedimentos.
Fator humano.
Supervisão.

Central de Contadores 217


Contabilidade
Financeira
1) ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA.
A organização é composta por uma série de elementos através dos quais se consegue que
as atividades da empresa sejam desenvolvidas de forma harmônica e sistemática. Esses
elementos são:

a) Endereço.
Em toda empresa deve haver a pessoa ou pessoas que a dirigem e assumem a
responsabilidade pelas políticas e decisões tomadas ao executá-las.

b) Coordenação.
Esse elemento de controle interno persegue o objetivo de estabelecer uma relação
harmônica e sincronizada entre os diferentes centros de atividades, para evitar a
duplicação de funções ou a impossibilidade de realizar determinada etapa pelo fato de a
anterior não ter sido cumprida.

c) Divisão de funções.
É um dos elementos-chave do controle interno. Gira em torno da disposição de que uma
única pessoa nunca deve ser autorizada a ser responsável por todo o processo na
realização de uma transação comercial. Para o efeito, cada operação deve envolver
várias pessoas cujas funções não estejam relacionadas entre si. Isso garante que os
funcionários que realizam a transação não possam intervir no registro do mesmo ou ter a
guarda dos bens envolvidos.

Dessa forma, ao envolver várias pessoas no processo de cada transação, erros


voluntários ou não intencionais serão detectados mais rapidamente.

Por exemplo, é óbvio que não se deve permitir que um único funcionário seja caixa e, ao
mesmo tempo, seja aquele que mantém o livro bancário e realiza conciliações
bancárias. Será muito fácil para uma pessoa que está no comando dessas três
atividades cometer alguma irregularidade. Para evitar isso, essas três funções devem
ser separadas em tantas pessoas diferentes.

d) Atribuição de responsabilidade.
A atribuição de responsabilidades é também essencial. As nomeações de pessoal para
cada atividade e a hierarquia que lhe é concedida, devem ser claramente comunicadas.
Isso garantirá que qualquer transação seja previamente autorizada pelo funcionário
designado.

2) PROCEDIMENTOS DE CONTROLE INTERNO.


Para que os elementos de controlo interno acima descritos desempenhem a sua função, é
necessário estabelecer os procedimentos necessários para atingir esses objectivos.

Estes procedimentos referem-se a:

Planejamento e sistematização.
Formulários e registros.
Relatórios.

218 Central de Contadores


Normas Internacionais de Relato Financeiro - IFRS
a) Planejamento e sistematização.
O controlo interno será reforçado na medida em que todas as actividades sejam
planeadas com antecedência e os procedimentos a seguir em cada actividade estejam em
vigor.
Por exemplo, ter um bom plano de contas devidamente codificado e um manual adequado
de procedimentos para compras, vendas, folha de pagamento, etc., elimina a
possibilidade de que um funcionário possa usar seu livre arbítrio sobre como agir em cada
caso, conseguindo assim uniformidade na execução das funções.

b) Formulários e registros.
Juntamente com o manual de procedimentos, o uso de formulários deve ser ativado,
garantindo que, sem atingir uma proliferação exagerada, eles sejam necessários para
atingir os objetivos, tais como: faturas, notas de expedição, notas de crédito, notas de
débito, relatórios de recebimento, etc.

Estes formatos devem ser concebidos de forma simples e clara, de modo a que as
informações que fornecem sejam facilmente acessíveis, conseguindo assim que o
controlo interno actue em termos de aprovação de transacções, revisão da exactidão
aritmética, distribuição de cópias aos serviços afectados, etc.

No que diz respeito ao registo, é aconselhável utilizar, na medida do possível,


equipamentos electrónicos, para a segurança e rapidez com que as informações e os
resultados podem estar disponíveis.

c) Relatórios.
A eficácia de um sistema de controlo interno deve ser medida pelos resultados práticos
que proporciona.

A elaboração frequente de relatórios como demonstrações de posição financeira,


demonstrações de resultados, custo de produção, vendas, despesas, etc., de forma
comparativa e a análise das variações obtidas, são procedimentos que fortalecem a
confiabilidade do controle interno.

3) FATOR HUMANO.
A adequação do fator humano que a empresa possui é fundamental para o bom
funcionamento do controle interno. Os principais elementos que devem ser levados em conta
em relação ao fator humano são:

Seleção e treinamento.
Eficiência.
Moralidade e honestidade.
Remuneração.

a) Seleção e treinamento.
A política que a empresa tem de selecionar o pessoal que contrata e os programas de
treinamento que coloca em prática, são fundamentais para alcançar uma melhor execução

Central de Contadores 219


Contabilidade
Financeira
das funções atribuídas.

b) Eficiência.
Esse elemento está intimamente relacionado ao processo de seleção e treinamento. A
eficácia de um trabalhador será tanto maior, quanto mais bem preparado ele estiver.

c) Moralidade e honestidade.
A moralidade e honestidade que um trabalhador possui é o pilar mais seguro sobre o qual
repousa o controle interno.

Detectar o grau de força ou fraqueza que uma pessoa possui nesse aspecto não é fácil.
No entanto, a realização de testes psicotécnicos ao ser selecionada e, então, a execução
de um acompanhamento adequado de suas ações, formará uma ideia do que aquela
pessoa é nesse sentido.

No entanto, isso deve ser apenas uma parte. É saudável que o controle interno adote a
prática de rodízio de pessoal na medida do possível e que cada trabalhador tire suas
férias em tempo hábil. Dessa forma, saber que sua cobrança será executada por outra
pessoa durante as suas férias, irá dissuadi-lo de cometer erros intencionais e ficar alerta
para não cometer erros não intencionais.

Além disso, nos casos em que o trabalhador cumpre tarefas de custódia, seja de dinheiro
ou qualquer outro tipo de título, é conveniente obter um vínculo. Isso também atuará como
um dissuasor.

d) Remuneração.
Tudo isto deve ser complementado por uma política bem sucedida de promoção e
remuneração do pessoal. Ao ser reconhecido por seu trabalho através da melhoria de sua
remuneração e outros benefícios, será um excelente estímulo para que ele se torne o
melhor guardião dos interesses da empresa.

Como terão reparado, neste capítulo limitámo-nos a comentar as normas gerais de controlo
interno.

No que diz respeito aos elementos de controlo interno, foram também comentados os que
deveriam ser aplicados em termos gerais.

As normas de controle interno aplicáveis a operações específicas serão discutidas nos capítulos
seguintes, quando as respectivas unidades forem tratadas em classe.

220 Central de Contadores


EXERCÍCIOS.

EXERCÍCIO 8.1.
1) Defina o que é teoria contábil.
2) A teoria contábil persegue, entre outros, o objetivo de obter informações úteis. Diga qual
característica essa informação deve ter para que seja útil.
3) Conte como a teoria contábil é classificada.
4) Definir o conceito de Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (GAAP).
5) Comente sobre quais padrões GAAP serão aplicados na Venezuela.
6) Diga o que é o Quadro Conceitual.
7) Defina o que são as Normas Internacionais de Relato Financeiro.
8) Diga o que se entende por características qualitativas das IFRS, e explique brevemente os
conceitos de:

a) Inteligibilidade.
b) Relevância.
c) Materialidade.
d) Fiabilidade.
e) Representação fiel.
f) A essência sobre a forma.
g) Neutralidade.
h) Prudência.
i) Integridade.
j) Comparabilidade.
k) Oportunidade.
l) Equilíbrio entreCusto e benefício.

9) Explique brevemente quais são os pressupostos fundamentais das IFRS e desenvolva o


significado de:

a) Hipótese de empresa em andamento.


b) Hipótese de competência

10) Diga quais são as normas aplicáveis às demonstrações financeiras e explique:


a) Uniformidade na apresentação.
b) Materialidade ou materialidade.
c) Compensação.
d) Informações comparativas.

11) Explique o que se entende por controle interno e quais elementos devem ser apresentados
para que o controle interno funcione.

Central de Contadores 221


Contabilidade
Financeira

Caixa e seus Equivalentes

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA.


Considera-se dinheiro, todos aqueles ativos que são geralmente aceitos como meio de
pagamento, são de propriedade da empresa e cuja disponibilidade não está sujeita a qualquer
tipo de restrição.

De acordo com o exposto acima, serão aceitos como efetivos:

1) DINHEIRO EM CAIXA.

a) Moedas e cédulas emitidas pelo Banco Central.


b) Moedas e notas de outras nações (moedas).
c) Cheques emitidos por terceiros que estejam pendentes de cobrança ou depósito.
d) Cheques de caixa pendentes de cobrança ou depósito.
e) Documentos de cobrança imediata ou que possam ser depositados em contas correntes
bancárias como: cheques bancários, ordens telegráficas ou postais, faturas de cartão de
crédito a serem depositadas, etc.

2) DINHEIRO EM BANCOS.

São considerados numerário nos bancos:

a) Contas bancárias para depósitos à ordem ou à ordem em bancos nacionais.

b) Contas em moeda estrangeira depositadas em bancos estrangeiros, desde que nesses


países não existam disposições que restrinjam sua disponibilidade ou controles cambiais
que impeçam sua livre conversibilidade.
Se este item for considerado como dinheiro, ele deve ser previamente traduzido para a
moeda nacional, à taxa de câmbio existente naquele momento.

c) Cheques emitidos pela própria empresa contra a conta corrente de um banco, mas que,
até determinada data, ainda não foram entregues aos seus beneficiários.

É óbvio que, neste caso, embora o cheque tenha sido emitido e deduzido do saldo
contabilístico do banco, podemos, a qualquer momento, dispor desse dinheiro para
outros fins, desde que os cheques que foram emitidos estejam na posse da empresa. De
qualquer forma, o máximo que poderia acontecer seria o aparecimento de um cheque
especial bancário em livros sobre os quais falaremos mais adiante.

222 Central de Contadores


3) ITENS EQUIVALENTES DE CAIXA.

A IAS 7.6 dá a seguinte definição de equivalente de caixa:

"Os equivalentes de caixa são investimentos de curto prazo de alta liquidez que são
prontamente conversíveis em quantidades especificadas de caixa, sujeitos a risco
insignificante de mudanças de valor."

Além disso, a IAS 7.7 expande um pouco mais o conceito de equivalentes de caixa quando
afirma:

"Os equivalentes de caixa são mantidos, em vez de para investimento ou fins semelhantes,
para cumprir compromissos de pagamento de curto prazo. Para que um investimento
financeiro possa ser qualificado como equivalente de caixa, ele deve ser facilmente
convertível em uma determinada quantidade de caixa e estar sujeito a um risco
insignificante de mudanças em seu valor. Portanto, esse investimento será equivalente ao
caixa quando tiver um vencimento próximo, por exemplo, três meses ou menos a partir da
data de aquisição. As participações de outras entidades devem ser excluídas dos
equivalentes de caixa, a menos que sejam substancialmente equivalentes de caixa, tais
como ações preferenciais adquiridas perto do vencimento, desde que tenham uma data de
resgate especificada."

Além disso, a Seção 7.2 do VE-NIF PYME afirma que "equivalentes de caixa são
investimentos de curto prazo altamente líquidos que são mantidos para cumprir compromissos
de pagamento de curto prazo, em vez de para investimento ou outros fins. Portanto, um
investimento atenderá às condições de equivalente de caixa somente quando tiver um
vencimento próximo a ele, por exemplo, três meses ou menos a partir da data de aquisição.

Os descobertos bancários são normalmente considerados atividades de financiamento


semelhantes aos empréstimos. No entanto, se forem reembolsáveis a pedido da outra parte e
fizerem parte integrante da gestão de caixa de uma entidade, os descobertos bancários são
componentes de caixa e equivalentes de caixa."

ITENS NÃO MONETÁRIOS.


Existem alguns itens que, apesar de aparentemente possuírem características de caixa, não
atendem ao requisito básico de disponibilidade para a liberação de dívidas pela empresa.

Em termos gerais, não devem ser tratados como eficazes:

1) NÃO SERÁ DINHEIRO EM ESPÉCIE:

a) Vales em dinheiro.
Muitas vezes descobriremos que, ao fazer uma contagem de dinheiro, existem vouchers,
autorizados ou não, que representam ou apoiam saques de dinheiro. O valor deles deve
ser segregado e mostrado como contas a receber.

b) Cheques pré-datados.
Trata-se de controlos cuja origem pode ser muito variada. Os casos mais comuns
decorrem dos seguintes fatos:

Central de Contadores 223


Contabilidade
Financeira
b.1) O empregado emite um cheque em sua própria conta corrente, mas, como não tem
recursos naquele momento, e mediante autorização, o emite posteriormente,
solicitando ao caixa que o troque por dinheiro. É claro que esse cheque
permanece na caixa até chegar a data que permite que ele seja sacado ou
depositado em um banco.

b.2) Um cliente paga uma dívida com um cheque pré-datado. Este é um caso
semelhante ao anterior. O caixa deve manter o cheque em sua posse até a data
em que ele pode ser sacado ou depositado.

Em ambos os casos, esses itens devem ser segregados do caixa e, como


discutido acima, apresentados dentro do respectivo grupo de contas a receber.

c) Cheques devolvidos.
Em algumas ocasiões, cheques emitidos por terceiros e recebidos pela empresa como
pagamento de dívidas, são devolvidos após serem depositados em um banco.

As razões pelas quais esses retornos ocorrem são muito variadas. Nesse sentido,
recomenda-se tomar as seguintes atitudes, dependendo da causa pela qual o cheque foi
devolvido.

c.1) Cheques devolvidos por falta de fundos:


Nesse caso, o cheque devolvido não deve ser considerado como dinheiro, pois
a indisponibilidade de recursos no banco assim o exige.
Os cheques devolvidos por falta de fundos devem ser apresentados como contas
a receber.

c.2) Cheques devolvidos por outros motivos que não a indisponibilidade de


fundos.
Às vezes, um cheque é devolvido por outros motivos que não ter fundos. Tais
seriam aqueles devolvidos por endosso defeituoso, assinaturas defeituosas,
disparidade de quantidades, etc. Nestes casos, os cheques devolvidos podem ser
considerados em numerário e apresentados como tal, desde que a causa pela
qual o cheque foi devolvido possa ser sanada num curto espaço de tempo.

d) Selos fiscais e postais.


É óbvio que esses selos não são aceites como meio de pagamento comum. Portanto,
eles devem ser separados do caixa e apresentados no balanço como " estoques de
selo" na seção de despesas pré-pagas do ativo.

2) NÃO SERÁ EFICAZ NOS BANCOS:

224 Central de Contadores


a) Depósitos bancários a prazo fixo.
Quando uma empresa faz qualquer depósito de dinheiro em prazo fixo em uma
instituição financeira, significa que ela não poderá dispor desses recursos até que o
prazo acordado expire.

É claro que, se o prazo fixo for inferior a um ano, o montante desses depósitos deve
ser indicado no activo, mas numa rubrica que não seja dinheiro.

No entanto, se, como já mencionamos, o prazo fixo for inferior a três meses, ele será
considerado como ativo equivalente de caixa, e apresentado como tal na
Demonstração da Posição Financeira.

Caso o prazo seja superior a um ano, ele será apresentado no ativo não circulante,
no grupo de aplicações financeiras de longo prazo.

b) Depósitos bancários congelados.


São os casos em que uma empresa mantém depósitos de dinheiro em instituições
financeiras que foram declarados em suspensão de operações, ou que foram
intervencionados pelas autoridades competentes.

c) Depósitos bancários para fundos especiais.


Por vezes, as empresas criam fundos especiais através de depósitos em bancos, com o
objetivo de fazer face a quaisquer obrigações futuras, tais como aquisição de activos
fixos, amortização ou reembolso de obrigações ou obrigações, pagamento de pensões e
pensões ou para cobrir os custos de um processo que está pendente de julgamento,
caso se perca.

d) Depósitos em bancos estrangeiros restritos.


Quando os depósitos são mantidos em bancos de outros países e, por diferentes razões,
a disponibilidade desses fundos é restrita, o valor correspondente também deve ser
segregado do dinheiro e apresentado em seções diferentes de Caixa e Equivalentes de
Caixa.

CAIXA.
É a conta por meio da qual o caixa disponível mantido pela empresa, dentro de suas instalações,
é controlado.

Qualquer movimentação de caixa recebida pela empresa deve ser registrada nessa conta.

Dada a natureza do ativo que controla, a conta de caixa deve ser apresentada na Demonstração
da Posição Financeira, encabeçando o grupo do Ativo Circulante.

De acordo com o objetivo perseguido com os recursos mobilizados, a conta caixa pode ser:

a) Caixa pequeno

Central de Contadores 225


Contabilidade
Financeira
b) Caixa principal

CAIXA PEQUENO.
Como veremos mais adiante, uma medida saudável de controle interno é que todos os
pagamentos sejam feitos por cheques e nunca com o dinheiro que está no caixa.

No entanto, há em todas as empresas uma série de gastos repetitivos e de tão pouco valor cada,
que seria impraticável e, em alguns casos, impossível, pagá-los com cheque. Estamos nos
referindo a desembolsos para, por exemplo, a compra de jornais, café, táxis, gasolina para
veículos, etc.

Em qualquer caso, os diretores da empresa, após estimar os desembolsos que serão feitos por
meio desse fundo durante um determinado período, estabelecerão o valor do fundo fixo com o
qual o referido fundo irá operar, bem como o valor máximo que poderá ser desembolsado em
cada caso.

CONTROLE INTERNO.
Para que os recursos alocados ao caixa pequeno cumpram sua função adequadamente, é
necessário estabelecer um controle interno adequado. Para tal, é essencial implementar as
seguintes regras:

1) O fundo fixo com o qual o pequeno caixa vai operar será fixo.

2) Será nomeada a pessoa que será responsável pela boa gestão deste fundo. Este funcionário
não terá acesso aos registos contabilísticos.

3) O cheque emitido para a criação do fundo e os que forem feitos posteriormente para repô-lo
ou aumentá-lo, devem ser feitos em nome do depositário do referido fundo.

4) Será estabelecido o valor máximo que poderá ser pago através desta caixa.

5) Qualquer pagamento efetuado em numerário deve ser comprovado pelo respectivo recibo,
representado por recibos pré-numerados informando o motivo do desembolso, valor,
autorização e o nome e assinatura da pessoa que o recebeu. Este recibo deve ser apoiado,
se for caso disso, pela factura emitida pelo beneficiário do pagamento.

6) Quando o reembolso em dinheiro é feito, os vouchers de apoio devem ser inutilizados através
do carimbo "CANCELADO". Isso evitará que eles sejam reapresentados para substituição, e
haverá uma "duplicação de pagamentos".

7) Não devem ser permitidos "vouchers" e "saques de cheques" em dinheiro. No entanto, se for
permitido, deve ser previamente autorizado pelo funcionário que o designou. Nesse caso, os
cheques devem ser pagos ao custodiante do fundo e descontados no banco imediatamente.

8) O fundo de caixa pequeno deve ser reabastecido, quando o caixa restante tiver atingido um
mínimo definido. Em caso de encerramento do exercício contábil, este deve ser substituído
nessa data, qualquer que seja o montante de caixa existente, a fim de que as despesas já

226 Central de Contadores


causadas, sejam registradas dentro do exercício contábil que está se encerrando.

9) As contagens surpresas serão feitas quantas vezes forem necessárias para verificar a
existência física do dinheiro ou dos comprovantes que justificam a sua ausência.

OPERAÇÃO DE PEQUENO PORTE.


Para explicar como, na prática, agimos com relação à gestão de caixa pequeno, vamos
desenvolver um exemplo.

Exemplo:

A empresa RÍO TURBIO C.A., decidiu criar um fundo fixo de caixa pequeno para Bs. 500.o., cuja
gestão, além de atender às normas gerais de controle interno, será realizada de acordo com o
seguinte:

a) Os pagamentos não podem exceder Bs. 50,oo.


b) Quando o caixa disponível é reduzido para Bs. 200,oo ou menos, o fundo será reabastecido.

As operações realizadas foram as seguintes:

03 de março: O cheque 2222 foi emitido pelo Banco do Caribe para Bs. 500,oo em nome de
João
Perez que será o custodiante do fundo fixo.

04 de março: Se pagó Bs. 10,50 para material de escritório.

06 de março: A conta telefônica do mês de fevereiro foi cancelada pela Bs. 29,oo.

06 de março: Se conta de gás cancelada colocada para uma equipe de transporte por
Bs. 24,oo.

08 de março: Se pagou o mecânico Román García Bs. 30, oo por reparo da equipe de
transporte.

09 de março: Se pagou pelo frete de vendas Bs. 28,oo para Transporte Guárico.

10 de março: Se pago por diária ao vendedor J. Lara por Bs. 39,oo.

15 de março: Se cancelou o Quiosque Alto Bs. 16,o.o para fornecimento de jornais da 1ª


quinzena
de março.

17 de março: Foi pago à Cafeteria El Galeón Bs. 29h50, para fornecimento de café na 1ª
quinzena
de março.

20 de março: O Bomba El Águila Bs. foi cancelado. 27,oo, para lavagem e lubrificação do
caminhão
lançar.

Central de Contadores 227


Contabilidade
Financeira
21 de março: A conta de luz de fevereiro foi paga pela Bs. 50,oo.

22 de março: Se pagó Bs. 25,oo para Panadería Funchal para um bolo de aniversário
da secretária do gestor.

22 de março: O fundo foi reabastecido com a emissão do cheque bancário 2280


do Caribe.

É necessário: Registre as transações sinalizadas.

De acordo com o que é indicado, para criar o fundo fixo de caixa pequeno, foi preparado um
cheque para Bs. 500,oo que foi entregue ao custodiante do fundo, que posteriormente procedeu
à sua cobrança no banco.

Para registrar a operação, será feita a seguinte inscrição:


DATA DESCRIÇÃO DEVER TER
Março 03 __e___
--- -- 500,oo
CAIXA PEQUENO 500,oo
BANCOS
Para registrar a criação do fundo de caixa pequeno. Cheque nº.
2222 do Banco do Caribe.

Figura 9.1. Criação de fundo fixo de caixa pequeno

É claro que, ao passar o assento para o major-general, a conta Petty Cash ficaria como mostra a
Figura 9.2.

Nas explicações que se seguem, você notará que o saldo dessa conta permanecerá "fixo", e só
será modificado novamente quando o fundo for aumentado, diminuído ou eliminado.

CAIXA PEQUENO
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBR
IO

Março 03 De acordo com o jornal 500,oo 500,oo

Figura 9.2. Pequeno numerário maior

Com isso, foi criado o fundo de caixa fixo. Ou seja, o caixa eletrônico tem Bs. 500,oo em dinheiro
para efetuar pagamentos conforme a necessidade, obedecendo, em qualquer caso, pelas regras
estabelecidas a esse respeito.

O caixa deve levar um pequeno assistente de caixa maior, no qual registrará a movimentação do
fundo, de acordo com o que é mostrado na Figura 9.3.

Lá você notará que o caixa, ao fazer os desembolsos, está registrando os itens em seu maior

228 Central de Contadores


auxiliar de caixa, enquanto carrega o saldo do dinheiro que resta.

Quando se observa que o saldo está atingindo o mínimo estabelecido, procede-se à solicitação
de reposição de recursos.

AUXILIAR DE CAIXA PEQUENO


DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBR
IO
Março 03 Criação de plano de fundo fixo 500,oo 500,oo
“ 04 Material de escritório 10,50 489,50
“ 06 Telefone Fevereiro 29,o.· 460,50
“ 06 Gasolina para equipamentos de 24,o.· 436,50
“ 08 transporte de equipamento de
Reparação 30,o.· 406,50
“ 09 transporte
Venda de Fretes - Transporte 28,o.ª 378,50
“ 10 Despesas de viagem J. Lara 39,o.ª 339,50
“ 15 Jornais Quiosque Alto 16,o.ª 323,50
“ 17 Café - Cafetaria El Galeón 29,50 294,o.ª
“ 20 Lavagem e lubrificação - Bomba El 27,o.ª 267,o.
“ 21 Águila
Luz elétrica Fevereiro 50,o. o. 217,o.ª
“ 22 Bolo Padaria Funchal 25,o.ª 192,o.·
“ 22 Reabastecimento 308,o.br 500,oo
Figura 9.3. Ajudante de caixa principal.

Para o efeito, é elaborada uma relação das despesas pagas, que será suportada pelos
respetivos comprovativos e enviada ao serviço correspondente, onde, após análise, será
ordenado o convívio em nome do depositário do fundo que, ao ser descontado, voltará a dispor
do fundo de caixa fixo de Bs. 500,oo. Dessa forma, o caixa poderá fazer novos pagamentos,
repetindo assim o ciclo anterior.

No que diz respeito à contabilidade, observe que você não esteve envolvido neste processo até
o momento da reposição. Quando esse momento chega, o cheque emitido para reposição do
fundo fixo é registrado no diário.

Para tanto, a natureza dos desembolsos realizados por meio do fundo deve ser analisada para
determinar em quais contas o registro deve ser feito.

No caso em desenvolvimento, a classificação seria a mostrada na Figura 9.4.

Observe aí que os desembolsos foram classificados de acordo com sua natureza, e então os
grupos foram totalizados.

Central de Contadores 229


Contabilidade
Financeira
CONCEITOS DESPESAS DESPESA
ADMINISTRATIVAS VENDA
Material de escritório 10,50
Telefone 29,o.·
Gasolina 24,o.·
Reparação de equipamento de 30,o.·
transporte
Frete 28,o.ª
Viajar 39,o.ª
Jornais 16,o.ª
Café 29,50
Lavagem e lubrificação 27,o.ª
Luz elétrica 50,o.o
Entretenimento 25,o.ª
TOTAL 160,oo 148,o.·
Figura 9.4. Classificação dos pequenos desembolsos em dinheiro.

Com esses totais, prossiga para fazer a entrada do diário como mostrado na Figura 9.5.
DATA DESCRIÇÃO DEVER TER
Março 22 __ e___
--- --
160,oo
DESPESAS ADMINISTRATIVAS 148,o.·
DESPESAS COM VENDAS 308,o.br
BANCOS
Para registrar a substituição de numerário, marque N°. 2280
Banco do Caribe.
Figura 9.5. Registro de reposição de caixa pequeno

É assim que se cumpre um ciclo de Pequeno Caixa. Note-se que, na sede, a conta Petty Cash
não interveio. Realmente, você não precisa intervir. Como já explicado, essa conta só voltará a
ser utilizada quando, na transação, estiver em causa um aumento, diminuição ou eliminação do
fundo fixo.

AUMENTO DO FUNDO FIXO DE CAIXA PEQUENO.


Às vezes, uma vez que o pequeno caixa é criado, e o processo de pagamento é implementado,
pode acontecer que o fundo fixo criado seja insuficiente, porque o volume de pagamentos é
muito grande, o que exige que ele tenha que ser reabastecido com muita frequência. Nesses
casos, geralmente se decide aumentar o fundo existente em um valor que, após análise, é
considerado razoável. Vamos explicar com um exemplo, como atuaríamos na contabilidade
nesses casos.

230 Central de Contadores


Caixa e seus Equivalentes

Exemplo:
A empresa RÍO CLARO C. Para. constituiu um fundo de caixa fixo de Bs. 400,oo a 31-03 e,
considerando-o insuficiente, em 1º de abril decide-se aumentá-lo em Bs. 200,oo, para o qual o
cheque nº. 3152 do Banco da Venezuela.

É necessário: Registre a operação.

Para este momento, a conta CAJA CHICA, na maior, seria a seguinte (ilustração 9.6):
CAIXA PEQUENO
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRI
O

Março 31 Saldo até à data 400,oo


Figura 9.6. Pequeno numerário maior
Uma vez emitido e descontado o cheque referente ao aumento do fundo fixo, será feita a
seguinte escrituração (Figura 9.7).

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


Abril 01 __e___
--- --
CAIXA PEQUENO 200,o.· 200,o.·
BANCOS
Aumento do fundo de caixa pequeno.
Figura 9.7. Registro de pequeno aumento de caixa
Note que o assento feito é semelhante ao feito quando, inicialmente, o fundo fixo foi criado.

Ao processar a vaga no Major, seria o seguinte:

CAIXA PEQUENO
DATA DESCRIÇÃO REF DEVER TER EQUILÍB
RIO

Março 31 Saldo até à data 400,oo


Abril 01 De acordo com o jornal 200,o.· 600,oo
Figura 9.8. Pequeno numerário maior
Como se vê, a partir deste momento, o fundo fixo permaneceu em Bs. 600,oo.

DIMINUIÇÃO DO FUNDO FIXO DE CAIXA PEQUENO.


Também pode acontecer que, em um determinado momento, o fundo fixo criado seja
considerado muito alto em relação às necessidades que se têm. Quando este é o caso, o fundo
existente é reduzido pelo montante decidido. Esse valor deve ser depositado no banco. Vamos
explicar com um exemplo.

Central de Contadores 231


Contabilidade
Financeira
Exemplo:

A empresa RÍO CLARO C. Para. criou um fundo fixo de Bs. 600, o.ª al 30-06. Em 01-07, foi
decidido reduzir o fundo fixo em Bs. 100,oo, cujo valor reduzido foi depositado no Banco da
Venezuela.

É necessário: Registre a transação.

Para a data da transação, a conta de caixa pequeno foi mostrada da seguinte forma (Figura 9.9).

CAIXA PEQUENO
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBR
IO

Março 31 Saldo até à data 400,oo


Abril 01 De acordo com o jornal 200,o.· 600,oo
Figura 9.9. Pequeno numerário maior

Uma vez que o depósito tenha sido feito no banco, para Bs. 100,oo, deve ser feita a seguinte
inscrição (ilustração 9.10).

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


Julho 01 __e____
--- --
BANCOS 100,oo
CAIXA PEQUENO
Registrar uma queda no fundo de caixa pequeno 100,oo
Figura 9.10. Pequeno recorde de queda de caixa

E ao passar a cadeira para o Major, ele seria o seguinte (ilustração 9.11)

CAIXA PEQUENO
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBR
IO

Março 31 Saldo até à data 400,oo


Abril 01 De acordo com o jornal 200,o.· 600,oo
Julho 01 De acordo com o jornal 100,oo 500,oo

Figura 9.11. Pequeno numerário maior

A partir deste momento, o fundo de caixa fixo permaneceu em Bs. 500,oo.

ELIMINAÇÃO DO FUNDO FIXO DE CAIXA PEQUENO.


Quando chegar o momento em que não for exigida a existência do fundo fixo, ele será eliminado.
Para isso, o valor que for mantido como fundo fixo, será depositado no banco e serão feitos os
registros correspondentes. Vamos desenvolver o caso com um exemplo.

Exemplo:

232 Central de Contadores


Caixa e seus Equivalentes

Nos dias 15 e 10, a empresa RÍO CLARO C. A., decidiu eliminar o fundo fixo de Bs. 500,oo que
existia naquela data. Para tanto, o saldo existente foi depositado no Banco da Venezuela.

É necessário: Registre a transação.

Neste caso, seria feita a seguinte entrada (ilustração 9.12)


DATA DESCRIÇÃO DEVER TER
Outubro 15 __e___
--- --
BANCOS 500,oo
CAIXA PEQUENO
500,oo
Para remover o fundo do Petty Cash.
Figura 9.12. Registro de descarte de dinheiro pequeno

Depois disso, ao passar a cadeira para o Major, ele ficaria da seguinte forma (ilustração 9.13):

Note-se como, no final, a conta CAJA CHICA, na ausência de um fundo fixo, ficou com saldo
zero.

CAIXA PEQUENO
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBR
IO

Março 31 Saldo até à data 400,oo


Abril 01 De acordo com o jornal 200,o.· 600,oo
Julho 01 De acordo com o jornal 100,oo 500,oo
Outubro 15 De acordo com o jornal 500,oo 0,oo
Figura 9.13. Pequeno numerário maior

CAIXA GERAL.
Essa é a conta por meio da qual é controlada a maior parte do dinheiro que entra, sai ou
permanece dentro das instalações da empresa.

CONTROLE INTERNO.
O sucesso de uma boa gestão de caixa repousa nos " pontos fortes" contidos no controle
interno estabelecido.

Na prática, todas as transações realizadas por uma empresa afetam ou afetarão o item efetivo
no futuro.

Se acrescentarmos a essa particularidade que, por sua natureza, é o ativo que mais se presta a
uma gestão inadequada, essas são razões poderosas para dar especial ênfase à implementação
de um controle interno rigoroso e eficaz.

A seguir estão algumas normas que são recomendadas para serem levadas em conta ao
desenvolver e implementar o sistema de controle interno:

Central de Contadores 233


Contabilidade
Financeira
1) Separação de funções.
As funções do caixa devem ser claramente definidas e evitar intervir em operações de
autorização ou registos contabilísticos.

Nem o caixa nem qualquer pessoa que trabalhe no departamento de caixa pode ter acesso
a:

a) Faturamento e entrega de mercadorias.


b) Registros nos auxiliares de contas ou recebíveis ou no principal.
c) Elaboração e envio de extratos de contas aos clientes.
d) Controle da cobrança de contas a receber vencidas.
e) Correspondência de assistentes de contas a receber com o principal.
f) Autorização para concessão de descontos, reembolsos ou bônus.
g) Autorização para cancelar clientes por considerarem a conta devida incobrável.

2) Depósitos diários.
Não deve ser permitido fazer pagamentos com dinheiro que tenha entrado no caixa, exceto
aqueles feitos por dinheiro pequeno. Todos os recibos em dinheiro devem ser depositados
intactos no banco diariamente.

Essa etapa de controle interno seria ainda mais reforçada se for estabelecido que, uma vez
feito o depósito bancário, os formulários de depósito são entregues diretamente à
contabilidade e não ao caixa.

3) Endosso dos cheques recebidos.


Todos os cheques recebidos de terceiros devem ser carimbados imediatamente no verso
onde se lê "somente para depósito em número de conta corrente ... ". Isso evita a
possibilidade de o cheque ser descontado indevidamente.

4) Entradas de caixa para cobranças.


O controle das receitas de arrecadação começa a partir do momento em que os
documentos são entregues aos cobradores para serem recolhidos.

Com esses documentos: notas fiscais, letras de câmbio, etc., deve ser elaborada uma
segunda via para que o coletor receba o original juntamente com os documentos de
recebimento em questão, enquanto a cópia, devidamente assinada pelo coletor, permanece
no departamento de cobrança.

Diariamente, o cobrador elaborará um relatório de coleta quádruplo que, juntamente com o


dinheiro recolhido, será entregue ao caixa, que o assinará e devolverá o original e a
segunda via ao coletor. Este, por sua vez, os entregará às coleções junto com os
documentos a receber que não puderam ser recolhidos naquele dia. O departamento de
cobrança enviará a segunda via para a contabilidade, enquanto o original permanecer
nesse departamento para seus respectivos controles.

Já o caixa, ao final do dia, passa a preparar o formulário de depósito bancário que será
feito, o mais tardar, no dia seguinte.

Uma vez efetuado o depósito, o caixa envia para a contabilidade a cópia do depósito

234 Central de Contadores


Caixa e seus Equivalentes

juntamente com a triplicata do relatório de cobrança, onde será comparado com a cópia do
relatório recebido do departamento de arrecadação e procede à confecção dos respectivos
registros.

5) Rendimentos recebidos pelos Correios.


Embora neste momento este procedimento de recolha não seja muito utilizado, nos casos
em que os rendimentos são recebidos através do correio, o controlo deve começar a partir
do momento em que o envelope é aberto.

Geralmente, todas as cobranças recebidas pelos Correios são cheques que devem ser
imediatamente carimbados "apenas para depositar no número da conta corrente... ".

Será elaborado um relatório quádruplo dos valores recebidos, que será posteriormente
entregue ao caixa, que assinará o original e a segunda via do laudo e os devolverá ao
responsável pelo recebimento da correspondência. Este enviará o original para registro e
verificações posteriores, e manterá a segunda via como prova de ter cumprido com a parte
do processo que lhe corresponde.

Ao final do dia, o caixa procederá ao depósito de todos os rendimentos recebidos, e enviará


uma cópia da planilha para a contabilidade, juntamente com o triplicado do laudo obtido do
funcionário que recebe a correspondência. O quádruplo deste relatório está arquivado no
departamento de caixa.

6) Receita do varejo.
As receitas do varejo também exigem um rígido controle interno. Em termos gerais, sugere-
se agir da seguinte forma:

Quando uma venda à vista é feita no balcão, o vendedor irá preparar uma fatura em
triplicado e entregá-la ao cliente, que passará pela caixa e pagará o valor correspondente.

O caixa carimbará as três vias da nota fiscal e devolverá o original e a segunda via ao
cliente, que retornará para retirar a mercadoria comprada, antes da entrega da segunda via
da nota fiscal cancelada na seção de expedição. O cliente manterá o original da fatura
cancelada.

O vendedor enviará as duplicatas das notas fiscais para a contabilidade para registro,
enquanto o caixa realizará o processo de depósito bancário já explicado, enviando uma
cópia da mesma para a contabilidade.

TONELAGEM DE CAIXA.
As medidas adoptadas para tornar útil o controlo interno devem ser reforçadas com tonelagem
de tesouraria.

Consiste em fazer uma contagem física de dinheiro, cheques, títulos e qualquer outro item que
esteja em posse do caixa, bem como quaisquer documentos que justifiquem a ausência dele,

Central de Contadores 235


Contabilidade
Financeira
como notas fiscais de despesas, comprovantes, etc., especialmente em casos de pequeno
numerário.

Para que as tonelagens tenham um resultado positivo, devem ser " surpreendentes" e, na sua
execução, é aconselhável ter em conta os seguintes aspetos:

1) Valores sujeitos à tonelagem.


Deve ser contado " absolutamente tudo" que esteja em posse do caixa no momento de
fazer a contagem.

2) Tonelagem do fundo de caixa pequeno.


No caso de um fundo fixo, todos os documentos que comprovem o uso do dinheiro em
falta devem ser contados além do dinheiro.

3) Tonelagem na caixa geral.


Em termos gerais, a existência que possa existir nesta casa à data da tonelagem, refere-
se a rendimentos que se encontrem pendentes de depósito.

4) Simultaneidade na tonelagem.
Quando houver várias caixas na empresa, as tonelagens devem ser feitas
simultaneamente na mesma data e horário. Desta forma, evita-se a possibilidade de "
transferir " fundos de uma caixa para a outra para " cobrir" carências, caso haja.

5) Presença do custodiado na tonelagem.


É imprescindível que, enquanto durar a contagem, o custodiado ou caixa permaneça
presente no local e que, em hipótese alguma, seja permitido ausentar-se.

6) Prova da tonelagem efectuada.


O inspector deve deixar provas pormenorizadas dos valores encontrados, elaborando um
formulário semelhante ao indicado na figura 9.14. Como você pode ver, este formulário é
projetado para relacionar nele, dinheiro, cheques, faturas de despesas e qualquer outro
tipo de valor que esteja na contagem.

No entanto, se o espaço não for suficiente, podem ser criados " anexos" onde outros
elementos encontrados como roupas, relógios, etc. podem ser detalhados, o que pode ser
um indício de alguma irregularidade.

É claro que, no final do formulário de arqueação, deve ser obtida uma declaração do
depositário, mais ou menos nos seguintes termos:

"Os fundos acima especificados foram contados na minha presença e pertencem à


empresa, sendo os únicos em minha posse (data da tonelagem), e foram devolvidos a meu
contento após serem contados.

Assinatura do depositário.

236 Central de Contadores


Caixa e seus Equivalentes

Bolívares__
LA MACARENA TONELAGEM DE
C.A. CAIXA Bs.........................
DATA ______________ HORA: GUARDIÃO
EFICAZ: :
Bolívares__
a) Moedas:
____ de 1,oo: Bs....
____ de 0,50: Bs.... Bs.........................
____ de 0,25: Bs....
____
Bolívares__de 0,125: Bs....
____ de 0,10: Bs....
____ de 0,05: Bs....
Bs. ____________
____ de 0,01: Bs...
Total de Moedas Bs. .
b) Bilhetes:
Bs.
____ de 500: Bs....
____ de 100: Bs....
____ de 50: Bs....
____ de 20: Bs....
____ de 10: Bs....
____ de 5: Bs....
____ de 2: Bs....
Total de notas
Caixa Total
Bs...........................
VERIFICA: Bs.
Número Data

Banc
o
Total de Cheques
CARTÕES DE CRÉDITO
Número Banc
o
Classe
Total de Cartões de
Crédito
PROVA: Beneficiári
Número Data o
Total Vouchers

TONELAGEM
TOTAL

Central de Contadores 237

Recibo de custodiante: Os fundos especificados acima foram contabilizados na minha presença e


pertencem à empresa, sendo os únicos que estavam em minha posse no / / , e foram
devolvidos a mim
satisfação depois de ser contada.
Contabilidade
Financeira

238 Central de Contadores


Caixa e seus Equivalentes

7) Rendimentos a depositar incluídos na tonelagem.


A fim de assegurar a legitimidade dos fundos a depositar no fundo geral, deve exigir-se que
esses fundos sejam depositados na íntegra no banco o mais tardar no dia útil seguinte ao
da tonelagem. Isso deve ser verificado posteriormente, obtendo a cópia do formulário de
depósito correspondente, comparando o conteúdo do mesmo com os fundos encontrados
na tonelagem. Caso tal depósito não seja feito em tempo hábil ou qualquer discrepância
seja encontrada, a causa deve ser investigada.

DIFERENÇAS ENCONTRADAS NOS ARCOS.


Feita a contagem, o próximo passo será comparar o total obtido na tonelagem com o saldo que a
conta de caixa possui para aquele momento na contabilidade. Se nenhuma anormalidade ocorreu,
eles devem somar.

No entanto, pode acontecer que elas não se somem e, nesse caso, apareça o que na
contabilidade é chamado de " diferenças de caixa".

O tratamento que essas diferenças de caixa recebem na contabilidade depende do tipo de erro
que causa tal diferença.

Basicamente, os erros podem ser voluntários e não intencionais. Por enquanto, trataremos
apenas de erros não intencionais. Falaremos sobre voluntários neste mesmo capítulo quando
tratarmos da questão dos erros e fraudes.

Do ponto de vista de quem os comete, os erros podem ser:

a) Erros cometidos pelo caixa.


b) Erros cometidos pela contabilidade.

TRATAMENTO CONTÁBIL DOS ERROS COMETIDOS.


Erros não intencionais cometidos podem ser de natureza muito variada. Vamos discutir aqui
alguns dos mais comuns, bem como a forma como a contabilidade atua para resolver cada caso.
Para isso, contaremos com o desenvolvimento de eventos hipotéticos baseados em pequenas
figuras para obter maior clareza nas explicações.

Exemplo 1

1) Em 20-01-2014 foi feita uma contagem de caixa. O total do mesmo chegou a Bs. 10.560.oo,
enquanto o saldo da conta de caixa era Bs. 11.560,oo.

2) Em 25-01-2014 foi apurado que a diferença se devia ao facto de em 19-01-2014 o caixa ter
efetuado depósito de 2940 para Bs. 1.000,oo no Banco Venezuela, mas, a cópia do
formulário de depósito, não havia sido enviada para a contabilidade para registro.

Solicita-se:

a) Registre a diferença detectada na tonelagem.


b) Registre a correção final do erro.

Central de Contadores 239


Contabilidade
Financeira
Primeiro, vamos estabelecer a diferença encontrada:

Saldo de acordo com a conta da Caixa 11.560,o.


Balança por tonelagem br
10.560,o.
Diferença (menor) 1.000,oo

Determinada a diferença, passamos a registrar na contabilidade o fato de que foi feita uma
tonelagem e encontrada uma diferença menor por Bs. 1.000,oo. Essa diferença deve ser
registrada em uma conta transitória chamada Diferenças de Caixa para Localizar, que
permanecerá aberta com esse saldo enquanto as razões pelas quais essa diferença ocorreu estão
sendo investigadas.

A inscrição a ser feita poderia ser fundamentada da seguinte forma:

Quem recebeu o dinheiro que faltava na caixa?


Não se sabe. Há uma espécie de "suspense". Portanto, enquanto isso for esclarecido,
cobraremos Diferenças em Dinheiro para Localização.

Quem entregou o dinheiro que faltava?


Foi entregue pela caixa. Em seguida, será creditado a Caja

Portanto, o assento terá a seguinte aparência (Figura 9.15).


DATA DESCRIÇÃO DEVER TER
Janeiro 20 __e____
--- --
1.000,oo
DIFERENÇAS NA CAIXA A LOCALIZAR 1.000,oo
CAIXA
Para registrar diferença (de menos) localizada na tonelagem de 20-01-
2014 Figura 9.15
Se a entrada feita for passada para o atacado, as contas serão as seguintes (Figura 9.16).
DIFERENÇAS NA CAIXA A
CAIXA
LOCALIZAR
DEVER TER DEVER TER
11.560,o.br
Saldo anterior 1.000,o.o (1) (1) 1.000,oo
Saldo ajustado 10.560,o.o Equilíbr 1.000,oo
io
Figura 9.16

240 Central de Contadores


Caixa e seus Equivalentes

Como se vê, ao creditar a Caja Bs. 1.000,oo, o saldo caiu para Bs. 10.560.oo, que é quadrado
com a quantidade encontrada na tonelagem.

No entanto, a conta Diferenças de Caixa para Localizar estará permanentemente indicando


que há uma situação que deve ser esclarecida.

De facto, foram realizadas as correspondentes diligências e apurou-se que um depósito em


numerário efetuado no banco em 19-01-2014, não tinha sido reportado à contabilidade, razão
pela qual também não tinha sido registado.
Uma vez esclarecida a causa da diferença, deve-se fazer a seguinte entrada (Figura 9.17) para
regularizar as contas afetadas, que poderíamos argumentar da seguinte forma:

Quem recebeu o dinheiro que faltava no caixa?


O banco. A conta bancária é então debitada

Quem entregou o dinheiro que foi depositado no banco?


Na verdade, ele foi entregue pela caixa. No entanto, a conta Caja já estava creditada no
primeiro assento quando o déficit foi detectado. Agora, ele deve ser creditado na conta
Diferenças de Caixa para Localizar para eliminar aquele fato que, uma vez esclarecido,
não existe.

O assento a ser confeccionado seria:

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


Janeiro 25 __e____
--- --
1.000,oo
BANCOS
1.000,oo
DIFERENÇAS NA CAIXA A LOCALIZAR
Registar a falta de esclarecimento na tonelagem de 20-01-2014.
Depósito N°. 2940 Banco Venezuela
Figura 9.17
Então, quando o lançamento feito fosse feito no atacado, as contas seriam regularizadas da
seguinte forma (Figura 9.18).
DIFERENÇA NA CAIXA PARA
CAIXA BANCOS
LOCALIZAR
DEVER TER DEVER TER DEVER TER
11.560,o.br
1.000,o.o (1) (1) 1.000,oo
1.000,oo (2) (2) 1.000,oo
10.560,o.o 1.000,oo 1.000,oo 1.000,oo
Figura 9.18
Note-se que a conta Diferenças de Caixa para Localizar foi encerrada, enquanto os bancos,
foram cobrados os Bs. 1.000,oo que haviam sido depositados, mas não haviam sido registrados.

Central de Contadores 241


Contabilidade
Financeira
Exemplo 2

1) Em 15-03-2014, foi feita uma contagem de caixa que rendeu um total de Bs. 8.600,oo. O
saldo da conta de caixa para essa data era Bs. 7.200,oo.
2) Em 28-03-2014, após uma investigação a este respeito, verificou-se que a diferença se devia
ao facto de, em 10-03-2014, ter sido cobrada a fatura 2849 ao cliente A. Lusitano por Bs.
700,oo e, na contabilidade, foi feito o seguinte lançamento:

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


Março 10 --- X --
CONTAS A RECEBER 700,oo
CAIXA 700,oo

Solicita-se:
a) Registre a diferença na caixa encontrada no momento da tonelagem.
b) Registre a regularização como resultado de ter detectado o erro.

Primeiro, vamos ver o que aconteceu. Uma contagem de caixa foi feita e descobriu-se o seguinte:

Caixa encontrado em tonelagem Saldo de acordo com a conta 8.600,o.


Caixa br
7.200,o.
Diferença (demais) br

Diante disso, não sabendo neste momento os motivos dessa diferença, o contador raciocinará da
seguinte forma para registrar o fato e deixar provas na contabilidade do ocorrido:

Que conta você recebe?


É óbvio que se na caixa há Bs. 1.400,oo a mais do que o saldo que essa conta possui na
maior, presume-se que o caixa recebeu esse valor e não foi registrado. Por isso, Caja é
cobrado.

Qual conta entrega?


Na verdade, não se sabe neste momento o motivo pelo qual a caixa recebeu os Bs.
1.400,oo; Portanto, há um suspense até que o fato seja esclarecido. Enquanto isso,
usaremos a conta Diferenças de Caixa para Localizar, à qual pagaremos os Bs. 1.400,oo.

O assento a ser feito seria (ilustração 9.19)

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


Março 15 __e____
--- X --
CAIXA 1.400, oo 1.400, oo
DIFERENÇAS NA CAIXA A LOCALIZAR
Para registar a diferença de tonelagem de 15-03-2014

242 Central de Contadores


Caixa e seus Equivalentes

Ao passar esta entrada para o atacado, as contas seriam as seguintes (Figura 9.20).

DIFERENÇAS NA CAIXA A LOCALIZAR


CAIXA
DEVER TER DEVER TER
7.200,o.br
(1) 1.400, oo 1.400,o.o. (1)
Equilíb 8.600,o.br 1.400, oo
rio
Figura 9.20

Dessa forma, observamos que o saldo da conta de caixa coincide com o valor encontrado na
tonelagem; ou seja, Bs. 8.600,oo. Por sua vez, a conta Diferenças de Caixa a Localizar está
indicando que devemos investigar uma diferença de caixa (excedente) encontrada na tonelagem.

Depois disso, as pessoas envolvidas passarão a investigar e detectar os motivos pelos quais essa
diferença pode ter ocorrido.

Depois de algum tempo, foi determinado que essa diferença, além disso, se devia ao fato de que
uma fatura havia sido cobrada de um cliente por Bs. 700,oo e na contabilidade foi feita a seguinte
entrada (ilustração 9.21)

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


Março 10 __e____
--- --
CONTAS A RECEBER 700,oo 700,oo
CAIXA
Para registar a diferença de tonelagem de 15-03-2014
Figura 9.21

É óbvio que este assento está incorreto. É feito de cabeça para baixo. Ele foi pago para a caixa
em vez de cobrá-lo e isso fez com que a diferença dobrasse. Além disso, a Conta a Receber
também estava errada, pois deveria ter sido creditada em vez de cobrada.

Para corrigir o erro, o assento errado deve ser invertido, mas por Bs. 1.400,o.o., da seguinte forma
(Figura 9.22):

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


Março 28 __e___
--- --
1.400, oo
DIFERENÇAS NA CAIXA A LOCALIZAR
1.400, oo
CONTAS A RECEBER
Figura 9.22
Note-se que, ao fazer o assento mostrado acima, dois objetivos foram alcançados:

1) Tendo sido esclarecida a causa da diferença de tonelagem, o


Diferenças de conta em dinheiro para localizar. Para fazer isso, consulte a Figura 9.20
para saber como essa conta está localizada. Tem um saldo de crédito de Bs. 1.400,oo.

Central de Contadores 243


Contabilidade
Financeira
Portanto, para fechá-lo, é preciso cobrar esse valor.

2) Por outro lado, o Contas a Receber também deve ser regularizado. Se você olhar para a
ilustração
9.21, o registro ali mostrado foi o feito para registrar a cobrança de uma nota fiscal a um
cliente, e já foi comentado que foi feito ao contrário. Ele foi cobrado em vez de pago. Bom,
para corrigir esse erro, você deve pagar o Contas a Receber Bs. 700,oo duas vezes: uma,
para cancelar a cobrança mal feita e outra, para fazer o crédito que lhe corresponde porque
é a cobrança de uma fatura. Ou seja, você deve ser pago, no total, Bs. 1.400,oo.

Na realidade, cada erro cometido tem características diferentes e, portanto, a solução também
será diferente. Em sala de aula vamos discutir alguns outros casos.

FRAUDE COM DINHEIRO EM ESPÉCIE.


O dinheiro em espécie é um dos ativos que mais estimula a cometer irregularidades. Por
conseguinte, o sistema de controlo interno deve ser particularmente robusto nesta área, uma vez
que haverá sempre a possibilidade de alguém estar a planear e a inventar formas de se apropriar
indevidamente dele. Vejamos, abaixo, algumas das formas mais utilizadas para isso:

1) Subtração de pequenos fundos de caixa.


A característica do fundo fixo desta caixa desencoraja em parte a apropriação indevida deste
fundo. No entanto, alguma frequência de subtrações ocorre através da introdução de
vouchers fictícios ou vouchers que já haviam sido reembolsados anteriormente.

O exame criterioso dos recibos de despesas que o custodiante apresenta para reembolso,
bem como a inabilitação dos mesmos por meio de carimbo que diz "CANCELADO",
minimizará a possibilidade de roubo dessa forma.

2) Centrífuga, sobreposição ou jockeying inferior.


Essa prática consiste em se apropriar do produto de uma determinada arrecadação, não
reportá-la em tempo hábil. Posteriormente, ao receber outra cobrança por valor igual ou
superior à anterior, informa a primeira arrecadação subtraída apropriando-se da diferença, e
assim sucessivamente. Vamos explicar com um exemplo. Suponha que as seguintes coletas
foram feitas:

Maio 01: Cliente Par Bs. 4.000,oo


Maio 10: Cliente B Bs. 7.000,o.br
Maio 12: Cliente C Bs. 1.000,oo
Maio 25: Cliente D Bs. 12.000,oo
Vamos discutir como ocorreria a cavalgada:

01 de maio: O primeiro passo é o caixa se apropriar indevidamente da cobrança feita ao cliente


A por Bs. 4.000,oo.

10 de maio: O caixa recebe uma nova cobrança do cliente B por Bs. 7.000,oo, dos quais leva
Bs. 4.000,oo e informa-os como cobrança do cliente A, apropriando-se da diferença,

244 Central de Contadores


Caixa e seus Equivalentes

Bs. 3.000,oo, com o qual o desfalque equivale a Bs. 7.000,oo.

12 de maio: O caixa recebe uma nova cobrança do cliente C por Bs. 1.000,oo e se apropria
deles, não reportando a cobrança à contabilidade. Com isso, a quantidade de
desfalques chega a Bs. 8.000,oo.

25 de maio: Uma coleção é recebida para Bs. 12.000,oo com o qual:

a) O caixa informa a cobrança do cliente B para Bs. 7.000,oo.


b) Também informa a cobrança do cliente C para Bs. 1.000,oo.
c) Apropria-se da diferença Bs. 5.000,oo. Dessa forma, o desfalque chega a Bs.
12.000,oo.

E assim por diante. É claro que esse tipo de irregularidade será detectado rapidamente, se for
implementado um controle interno adequado, principalmente em relação à divisão de funções,
e seus respectivos extratos contábeis forem enviados regularmente aos clientes. Estes,
percebendo que seu pagamento não foi creditado em conta, certamente entrarão em contato
com a empresa para manifestar sua discordância, e aí iniciará a investigação que levará à
descoberta do estelionato.

3) Cobranças feitas em diferentes contas de caixa.


Se houver uma divisão adequada de funções, duas ou mais pessoas são obrigadas a
concordar para que esse desvio ocorra.

Consiste em fazer uma cobrança para um cliente se apropriar indevidamente do dinheiro e, ao


invés de cobrar a conta à vista, ele é debitado em outras contas diferentes, como devoluções e
descontos, caso em que a transação seria apresentada como se fosse que uma conta a
receber está sendo cancelada ou que, Em vez de uma cobrança, uma devolução ou desconto
está sendo registrado.

4) Bônus e descontos fictícios.


Nesse caso, o desfalque consistiria em que, por exemplo, uma cobrança é feita a um cliente e,
ao denunciá-la, é registrada como se algum desconto tivesse sido concedido, e, apenas uma
parte, como rendimento em dinheiro.

5) Abertura de contas para clientes inexistentes.


Essa modalidade é que, quando uma venda é feita a crédito, ela é debitada em uma conta de
um cliente imaginário. Mais tarde, quando o cliente real paga, o dinheiro é interceptado
apropriando-se. Mais tarde, a conta do cliente fictício é relatada como incobrável e ele é
encerrado.

Assim, páginas e páginas poderiam ser escritas onde inúmeras formas colocadas em prática para
desviar dinheiro seriam relatadas. No entanto, todos eles foram descobertos mais cedo ou mais
tarde. Na verdade, onde essas irregularidades ocorreram, tem como elemento comum um sistema
de controle interno fraco ou inexistente. Este fato é o melhor estimulante para cometê-los.
Portanto, seu esforço como contador não deve estar em como descobrir desvios, mas em como
evitar que eles sejam cometidos. Para isso, não há melhor medicina preventiva do que um bom

Central de Contadores 245


Contabilidade
Financeira
sistema de controle interno.

246 Central de Contadores


Caixa e seus Equivalentes

EXERCÍCIOS.

EXERCÍCIO 9.1.
1) Defina o que se entende por caixa e equivalentes de caixa.
2) Defina dinheiro em espécie e mencione os itens que o compõem.
3) Defina o que é dinheiro em caixa nos bancos e os elementos que o compõem.
4) Há uma série de elementos que podem ser confundidos com o dinheiro não sendo assim.
Mencione quais.
5) Defina a conta Caixa e em qual grupo de demonstração financeira essa conta deve ser
apresentada.
6) O que é o Petty Cash e para que serve?
7) Mencione os elementos de controle interno que precisam ser ativados ao redor:
a) Caixa pequeno.
b) Caixa Geral.
8) O que se entende por tonelagem de numerário?
9) Para que uma tonelagem de caixa seja útil, é necessário cumprir certos aspectos. Diga
quais e explique-as brevemente.
10) Ao fazer contagens de caixa, as diferenças são frequentemente encontradas. Discuta
brevemente algumas razões pelas quais tais diferenças podem surgir.
11) Discuta brevemente algumas maneiras de cometer fraudes.

EXERCÍCIO 9.2.
A empresa LA FLECHA C.A. Decidiu criar um fundo de caixa fixo, que será regido pelas
seguintes regras:

a) O fundo fixo será Bs. 300,oo.


b) Despesas não superiores a Bs. podem ser pagas. 40,oo.
c) Ele será reabastecido com um cheque do Banco do Sul, toda vez que o fundo chegar a Bs.
50,oo ou menos.

01 de junho: O fundo fixo foi criado através da emissão do cheque 3201 do Banco do Sul.
03 de junho: Bs. 30,oo para táxi.
04 de junho: Bs. 30.oo para gasolina para o equipamento de transporte para a bomba El Drago.
04 de junho: O Quiosque La Prensa apresentou fatura para Bs. 35,oo para jornais fornecidos
que foram pagos.
06 de junho: Adiantamento de salários foi dado ao trabalhador José Pérez para Bs. 40,oo.
08 de junho: Gasolina foi paga por equipamentos de transporte para Bs. 27,oo para a Bomba El
Drago.
10 de junho: Bs. 33,oo para material de limpeza para Abasto Coimbra.
12 de junho: Foi decidido aumentar o fundo fixo em Bs. 200,oo para o qual cheque nº. 3298 do
Banco do Sul.

Central de Contadores 247


Contabilidade
Financeira
12 de junho: Foi pago Bs. 22,o.· para artigos
para o escritório para a Livraria El Lápis.
15 de junho: Foi pago Bs. 30,50 por vendas de frete para Transporte El Águila.
18 de junho: Foi pago Bs. 21,o.ª a
Cafeteria El Marroncito para conceito de suprimentos de café.
22 de junho: O telefone foi cancelado para Bs. 40,oo.
25 de junho: Foi pago Bs. 34,o.· por jornais ao Quiosque La Prensa.
28 de junho: Um adiantamento por conta do salário foi concedido para Bs. 40,oo para Juan
Gómez.
29 de junho: Decidiu-se reduzir o fundo fixo do caixa pequeno em Bs. 50,oo, cujo montante
foi
depositado no Banco do Sul.
29 de junho: A eletricidade foi paga por Bs. 39,oo.

Solicita-se:

1) Registre no diário a criação do fundo fixo.


2) Elabore a movimentação do maior auxiliar de caixa.
3) Realizar a classificação das despesas incorridas e efetuar o lançamento da reposição no
diário.

EXERCÍCIO 9.3.
Ao fazer arcos de caixa, as seguintes situações foram apresentadas. Faça os lançamentos
contábeis necessários para registrar a diferença encontrada, bem como para registrar o
esclarecimento de tal diferença:

Caso 1:

a) O dinheiro encontrado na tonelagem era Bs. 260.oo, enquanto o saldo da conta Caixa na
contabilidade era Bs. 300,oo.

b) A investigação subsequente determinou que a diferença se devia ao facto de o material de


escritório ter sido comprado à vista e não ter sido registado.
Caso 2:

a) Saldo da conta de caixa: Bs. 600,oo.


Resultado da tonelagem: Bs. 400,oo.

b) O resultado da investigação informa que a diferença se deveu ao fato de ter sido paga uma
letra de câmbio de Bs. 100,oo a um fornecedor e foi feita a seguinte entrada:

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER

248 Central de Contadores


Caixa e seus Equivalentes

--- X --
CAIXA
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES 100,oo 100,oo

Caso 3:

a) Resultado da tonelagem: Bs. 800,oo.


Saldo da conta de caixa: Bs. 500,oo.

b) A investigação informou que uma fatura havia sido cobrada por Bs. 300,oo e não tinha
cadastrado.

Caso 4:

a) Resultado da tonelagem: Bs. 100,oo.


Saldo da conta de caixa: Bs. 60,oo.

b) A investigação informou que mercadorias em dinheiro haviam sido vendidas para Bs. 40,oo
e fez o seguinte assento:

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


--- X --
CONTAS A RECEBER 40,oo
VENDA 40,oo
Caso 5:

a) Resultado da tonelagem: Bs. 70,oo.


Saldo da conta de caixa: Bs. 120,oo.

b) Foi apurado que a diferença foi apropriada indevidamente pelo caixa e ele foi demitido.
Seus benefícios sociais chegaram a Bs. 520,oo, que foi pago com cheque antes da
dedução do déficit.

Central de Contadores 249


Caixa nos Bancos 10
BANCOS.
Essa conta é usada para monitorar e registrar transações que afetam o caixa disponível de
propriedade da empresa detido por instituições bancárias.

A CONTA CORRENTE BANCÁRIA.


É a modalidade pela qual uma empresa mobiliza seu caixa por meio de bancos.

Para ter uma conta corrente, uma série de procedimentos deve ser feito começando com um
pedido para abrir no banco correspondente.

O Código Comercial, no artigo 503.º, define conta corrente como "um contrato em que uma das
partes remete a outra, ou dela recebe, em bens, quantias em dinheiro ou outros valores, sem
aplicação a um uso específico, nem obrigação de ter de encomendar um valor ou um montante
equivalente, mas encarregado de creditar ao remetente por suas remessas; liquidar nos prazos
acordados, compensando, até ao montante concomitante das respectivas remessas, sobre a
massa total de débito e crédito, e pagar o saldo".

COMO A CONTA CORRENTE É MOBILIZADA.


A conta corrente bancária é mobilizada por meio de rendimentos e saques que são feitos a partir
dela.

Embora os avanços tecnológicos adotados pelas instituições bancárias, como internet, caixas
eletrônicos, etc., permitam que seus clientes realizem transações remotamente, os procedimentos
tradicionais ainda são utilizados para entrar e sacar recursos de contas correntes.

Nesse sentido, a receita em conta corrente é feita principalmente de duas formas:

a) Depósitos bancários.
b) Notas de crédito.
As extrações, por outro lado, são feitas por:
a) Verifica.
b) Notas de débito.

Central de Contadores 251


Contabilidade
Financeira
O DEPÓSITO BANCÁRIO.
É o ato pelo qual é depositado em um banco, quaisquer elementos que sejam considerados
dinheiro, como moedas, cédulas, cheques de terceiros, moedas, etc. Para o efeito, é desenvolvido
um formulário fornecido pelos bancos denominado " formulário de depósito", semelhante ao
apresentado na figura 10.1 que, no seu conteúdo, é o mesmo para todos os bancos. Ele só varia
um pouco em termos de sua forma, dependendo de cada banco.

Deve ser preparado em duplicado , pelo menos. O original fica no banco junto com o dinheiro e
cheques depositados, enquanto a segunda via, devidamente carimbada pelo caixa, retorna para a

M 132102 -2005) Bann


Figura 10.1
Formulário de depósito
empresa. Este é o documento no bancário
qual o contador se baseará para fazer o registro correspondente.

O CHEQUE.
É um documento pelo qual, uma pessoa chamada de sacador ou gaveta ordena a outra,
chamada de sacado ou sacado , que pague uma certa quantia em dinheiro a um terceiro,
chamado de segurado ou beneficiário.

Resulta desta definição que, em cada cheque, estão envolvidas pelo menos três pessoas: sacador
, sacador e mutuário.

1) Gaveta.
Esta é a pessoa que emite o cheque. Ou seja, a empresa que possui a conta corrente.

2) Livrar.
Refere-se a quem paga o cheque: o banco.

3) Tomador.
É a pessoa que tem o direito de descontar o cheque; ou seja, o beneficiário.

252 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
O cheque é o principal documento que permite à empresa dispor do dinheiro que depositou em
um banco. O artigo 489 do Código Comercial diz que as pessoas que têm dinheiro depositado
em um banco têm o direito de dispor dele por meio de cheques.

CONTEÚDO DO CHEQUE.
Quanto ao seu conteúdo, o artigo 491.º do Código Comercial estabelece que o cheque deve
indicar:

1) Local e data de emissão.


2) O valor a ser pago.
3) Ser assinado pela pessoa autorizada.

A figura 10.2 mostra uma verificação de modelo devidamente concluída.

PRAZO PARA DESCONTAR UM CHEQUE.


De acordo com o artigo 492 do Código Comercial , o cheque deve ser apresentado para
cobrança de acordo com as seguintes diretrizes:

1) Cheques descontados no mesmo local de emissão:


Quando um cheque deve ser descontado no mesmo local onde foi emitido, ele deve ser
apresentado para cobrança em até 8 dias após sua emissão.

2) Cheques descontados em locais diferentes do local de emissão:


Caso o cheque tenha sido emitido em um local e deva ser descontado em outro, deverá ser
apresentado para cobrança em até 15 dias após sua emissão.

Figura 10.2. Verificar modelo


PRESCRIÇÃO DO CHEQUE.
Os prazos acima mencionados para a apresentação do cheque para cobrança, devem ser levados
em conta para evitar a perda do direito de sacá-lo.

Central de Contadores 253


Contabilidade
Financeira
O artigo 493.º do Código Comercial estabelece que o beneficiário de um cheque que não o
apresente para cobrança nos prazos indicados no artigo 492.º e não exija o seu pagamento
quando devido, perde a sua acção contra os endossantes e também contra o sacador, Se,
decorridos os prazos acima mencionados, o valor pelo qual o cheque foi emitido deixou de estar
disponível em razão de qualquer fato do sacado.

SANÇÕES.
O artigo 494 do Código Comercial indica que quem emitir cheque sem fundos, será punido com
queixa de interessado com pena de prisão de um a doze meses.

Além disso, se alguém aceitar um cheque sabendo que não tem fundos, não terá nenhuma
ação criminal contra o sacador e será punido com multa de até um quinto do valor do
cheque ou prisão proporcional.

A NOTA DE CRÉDITO.
Trata-se de um documento pelo qual o banco informa à empresa que depositou determinado valor
na conta corrente.

As razões pelas quais o banco emite notas de crédito em favor de seus depositantes são muito
variadas e serão discutidas à medida que o curso avança.

Um exemplo de nota de crédito pode ser visto na Figura 10.3.

BANCO DE TRINCHEIRAS
AVISO DE CRÉDITO Nº. 2252549 Data: 01-10-2014
Destinatário:
Industrias LORETO C.A. Conta:
Avenida Las Industrias nº 64. Valência - Edo. Carabobo 01250590010004704563

CREDITAMOS NA SUA CONTA OS SEGUINTES ITENS:


DESCRIÇÃO QUANTIDA
DE
Crédito de juros na sua conta para o período: 01-09-2014 - 30-09-2014 9.260,oo

TOTAL CREDITADO 9.260,oo


Quantidade em Letras: Nove Mil Duzentos e Sessenta com 00/100
Preparado por: Assinatura Código: Assinatura Código:
autorizada: autorizada:
Maria Perez.-
Figura 10.3. Modelo de nota de crédito
A NOTA DE DÉBITO.
Este é outro documento através do qual você pode dispor do dinheiro que tem em um banco.

Eles geralmente são emitidos pelo banco e indicam que algum valor foi sacado de uma conta
corrente por algum motivo. Esses motivos podem ser muito variados e serão discutidos ao longo
do curso. Uma nota de débito modelo pode ser vista na Figura 10.4.

254 Central de Contadores


Caixa nos Bancos

BANCO DE TRINCHEIRAS
AVISO DE DÉBITO Não. 3817186 Data: 28-11-2014
Destinatário:
Industrias LORETO C.A. Conta:
Avenida Las Industrias nº 64. Valência - Edo. Carabobo 01250590010004704563

DEBITAMOS SUA CONTA PARA OS SEGUINTES ITENS

DESCRIÇÃO QUANTIDA
DE
Cheque nº 164028316 Banco Regional devolvido por recursos indisponíveis. 5.200,
oo 5.200,
TOTAL DEBITADO
oo
Quantidade em Letras:
Cinco Mil e Duzentos com 00/100
Preparado por: Assinatura autorizada: Código: Assinatura autorizada: Código:

Laura Rivas.-
Figura 10.4. Modelo de nota de débito

CONTROLE INTERNO DE NUMERÁRIO EM BANCOS.


Para conseguir um controle adequado do dinheiro que circula pelos bancos, também é essencial
estabelecer uma série de regras que fortaleçam o controle interno dessa atividade.

Aqui será recomendado colocar em prática algumas das regras mais importantes:

1) Autorização para abrir contas bancárias


Todas as contas bancárias abertas devem ser previamente aprovadas pelo conselho de
administração.

2) Autorização para assinar cheques.


Os cheques devem ser assinados por, pelo menos, duas pessoas em conjunto; Estes devem
ter sido nomeados pelo Conselho de Administração, que serão funcionários que não estão
vinculados a :

a) O departamento de compras.
b) As pessoas que aprovam os documentos a serem pagos.
c) Pessoas que mantêm contas a pagar ou registros bancários.
d) Os responsáveis pela preparação dos cheques.

3) Documentos comprobatórios.
As pessoas autorizadas a assinar cheques, antes de fazê-lo, devem garantir que cada
pagamento seja comprovado por documentação legítima.

Estes documentos comprovativos, uma vez assinado o cheque, devem ser desutilizados
com um carimbo que diga PAGO, para que não possam ser apresentados novamente ,
evitando assim a possível duplicação de pagamentos.

Central de Contadores 255


Contabilidade
Financeira
4) Cheques.
No que diz respeito aos controlos, devem ser tomadas as seguintes disposições:

a) Todos os controlos devem ser pré-numerados e a sua utilização controlada.


b) Os cheques não utilizados devem ser mantidos sob a custódia de pessoas que não o
façam
ter uma assinatura autorizada.
c) Eles devem ser preparados por pessoas diferentes Para os que aprovam o
Prova.
d) Os cheques anulados devem ser devidamente mutilados e arquivados para qualquer
investigação.
e) Os cheques não devem ser assinados antes de serem devidamente preenchidos.

5) Beneficiários de cheques.
Os cheques devem ser sempre pagos ao beneficiário. Elas nunca devem ser feitas ao
portador ou em nome da própria empresa.

6) Entrega de cheques aos seus beneficiários.


Os cheques, uma vez assinados, devem ser entregues ao funcionário que, por sua vez, os
entregará ao beneficiário.

A pessoa que entrega os cheques pode ser o caixa, mas deve ser sempre outra pessoa que
não seja a pessoa que emite o cheque ou aprova os comprovantes.

CONCILIAÇÃO BANCÁRIA.
É uma das atividades que mais fortalece o controle interno da empresa. De acordo com o Direito
Bancário e Art. 523 do Código Comercial, eles são obrigados a enviar aos seus clientes, todos
os finais do mês, um extrato detalhando a movimentação que cada conta teve no decorrer daquele
mês, indicando, é claro, o saldo de caixa disponível para a data em que o referido extrato de conta
foi cortado.

Em condições normais, o saldo indicado pelo banco em seu extrato deve coincidir com o saldo
apresentado pela conta bancária correspondente de acordo com a contabilidade da empresa. No
entanto, isso raramente acontece. Ou seja, praticamente, nunca coincidem.

Claro, há uma série de " razões" pelas quais o saldo de acordo com o banco não corresponde ao
saldo de acordo com os livros da empresa.

Pois bem, o trabalho mais importante que se desenvolve no processo de fazer a conciliação
bancária, é aquele que visa determinar os " motivos " pelos quais esses dois saldos "não se
somam". Esses motivos são conhecidos como "itens de reconciliação".

256 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
Para explicar todo o processo de como fazer uma conciliação bancária, vamos contar com o
desenvolvimento de um exemplo.

Exemplo:

A EMPRESA C.A. abriu conta corrente no Banco Regional, identificada com o nº 0020-
4085612345678901

1) A movimentação que essa conta teve de acordo com os livros contábeis durante o mês de
abril de 2012, é mostrada na Figura 10.5:
2) O extrato recebido do banco indica o movimento mostrado na Figura 10.6:
3) Na conciliação bancária de março de 2012, apareceram os seguintes itens de conciliação:

a) Cheques que não foram sacados no banco:

Número Beneficiário Data Bolívares

12401 O Guindaste 29-03-2012


C.A
b) Depósitos não12404 Araguato
creditados pelo banco:S.A 2.460,o.o

Número Data Bolívares


3040 31-03-2012 3.010,o.br

4) Se houver alguma discrepância entre os valores registrados nos livros e os registrados pelo
banco, suponha que estes últimos estejam corretos.
5) Para este período, a empresa está utilizando um talão de cheques cuja numeração vai de
12401 a 12450.

Solicita-se:

1) Faça a conciliação bancária referente ao mês de abril de 2012.


2) Faça as entradas dos ajustes que prosseguem.

Vamos lá:

Antes de mais nada, veja o saldo que joga a conta do Banco Regional em Bs. 42.730,oo. Em
seguida, visualize o saldo que mostra o extrato recebido desse banco. Lá somos informados que,
o saldo disponível de acordo com a contabilidade do banco, é Bs. 51.550,oo. É óbvio que os dois
saldos não se somam.

Anteriormente, foi mencionado que o trabalho mais importante da conciliação bancária é


determinar as " razões" pelas quais esses dois saldos não são iguais. Esses "motivos",
dissemos, são conhecidos como "itens de conciliação".

Central de Contadores 257


Contabilidade
Financeira
BANCO REGIONAL Cta. Nº 0020-4085612345678901
DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRI
O
Abril 01 Equilíbrio 25.460,o.
01 Depósito 3045 5.600, br 31.060,o.
01 Verificar 12406 Pituitaria C.A. oo 1.000,oo br 30.060,o.
03 Verificar 12407 La Renta S.A. 4.180, o 25.880,o.
04 Depósito 3090 2.960,o. oo br 28.840,o.
05 Depósito 3095 o 8.490,o. br 37.330,o.
06 Verificar 12408 Indulsa C.A. o 2.140,o. o 35.190,o.
07 Verificar 12409 Flecha C.A. o 1.280,o. br 33.910,o.
08 Verificar 12410 Fresnoca br 2.040,o. br 31.870,o.
09 Nota de Crédito 104 Transferência 2.160,o. o br 34.030,o.
10 Depósito 4232 o 7.270,o. br 41.300,o.
12 Verificação 12411 Anulada br br
12 Cheque 12412 La Iracunda Sa 3.290,o. 38.010,o.
15 Cheque 12413 Partisano S.A. o 1.260,o. br 36.750,o.
16 Depósito 4193 4.790,o. o br 41.540,o.
18 Verificar 12414 La Libertad o 2.830,o. br 38.710,o.
18 Nota de Débito 216 Juros 1.490,o. 37.220,o.
20 Verificar 12415 Prisma C.A. o 640,o.br br 36.580,o.
22 Cheque 12416 Terriero Sa 960,o.· br 35.620,o.
25 Depósito 3280 8.070,o. br 43.690,o.
26 Depósito 3570 br 4.390,o. br 48.080,o.
27 Confira 12417 La Favorita o 2.860,oo br 45.220,o.
28 Cheque 12418 Enteve C.A. 3.410, br 41.810,o.
29 Cheque 12419 Indulara Sa o.o 1.630,o. br 40.180,o.
29 Verificar 12420 A. Perez o 1.940,o. br 38.240,o.
29 Depósito 2935 4.820,o. o br 43.060,o.
30 Depósito 1430 o 7.610,o. br 50.670,o.
30 Verificar 12421 Pegamosa o 4.130,o. br 46.540,o.
30 Cheque 12422 Las Sensata C.A. o 1.390,o. br 45.150,o.
30 Cheque 12423 Caracol S.A. 2.420,o. 42.730,o.
o br

Figura 10.5. Declaração de acordo com os livros

Para determinar os itens de conciliação, procede-se à comparação, item a item, das informações
que aparecem de acordo com os livros, com as apresentadas pelo banco em seu extrato.

Para isso, com base na movimentação de acordo com os livros, é determinado se cada um dos
itens que estão ali registrados, também é contabilizado pelo banco. Ao fazer isso, deve-se ter em
mente que os itens que aparecem nos livros no débito, se já foram registrados pelo banco, devem
constar no crédito no extrato bancário.

258 Central de Contadores


Caixa nos Bancos

BANCOREGIONAL
Capital: 200.000.000,oo
PERÍODO: CONTA N° .
A Empresa C.A.
Av. Lara Nº 84-32 Barquisimeto - Edo. Lara abril de 0020-4085612345678901
2012
DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRIO
Abril 01 Equilíbrio 30.290,o.o
01 DP 3040 3.010,o.b . 33.300,o.o
01 DP 3045 r 5.600, oo 38.900,o.b
02 NC 104 - Transferência 2.160,o.o r 41.060,o.b
04 CH 12406 1.000,oo r 40.060,o.o
04 DP 3090 2.960,o.o 43.020,o.b
05 DP 3095 8.490,o.o r 51.510,o.o
09 CH 12410 2.040,o.o 49.470,o.b
10 CH 12407 4.180, oo r 45.290,o.o
10 PS 216 - Juros 1.490,o.o 43.800.oo
10 DP 4232 7.270,o.b 51.070,o.b
14 CH 12404 5.380,o.b r r 45.690,o.b
14 PS 231 Interesses r 400,oo r 45.290,o.o
16 DP 4193 4.790,o.o 50.080,o.b
17 CH 12408 2.140,o.o r 47.940,o.o
17 CH 1321946 1.500, oo . 46.440,o.o
17 Correção CH. 1321946 1.500, oo 47.940,o.o
21 CH 12413 1.620,o.o . 46.320,o.b
22 CH 12416 960,o.· r 45.360,o.b
25 ND 313 CH. Retornado 2.060,o.o r 43.300,o.b
25 DP 3280 8.070,o.b r 51.370,o.b
26 CH 2435602 4.380,o.b r r 46.990,o.o
26 DP 3570 r 4.930,o.o . 51.920,o.b
27 CH 12414 2.830,o.o r 49.090,o.b
29 CH 12419 1.630,o.o r 47.460,o.b
29 NC 119 Transferência 3.380,o.o r 50.840,o.o
30 CH 12421 4.130,o.o 46.710,o.b
30 CH 12420 1.940,o.o r 44.770,o.b
30 NC 192 Transferência 2.600,oo r 47.370,o.b
30 CH 12415 640,o.b r 46.730,o.b
30 DP 2935 r 4.820,o.o r 51.550,o.b
r
Figura 10.6.
Extrato de acordo com o banco

Pelo contrário, se nos livros foram registados no crédito, no extrato bancário têm de constar no
débito.

Central de Contadores 259


Contabilidade
Financeira
Isso tem sua razão de ser porque, o dinheiro que a empresa tem no banco é um ativo e, portanto,
vai na dívida. No entanto, para o banco, os depósitos feitos a ele são um passivo, razão pela qual
devem constar no crédito.

Para facilitar o processo de elaboração de uma conciliação bancária, contaremos com as


informações da Figura 10.5 (movimentação da conta segundo os livros) e da Figura 10.6 (extrato
de acordo com o banco)

Sob essa premissa, quando iniciamos o trabalho de comparar os itens de acordo com os livros
com aqueles que aparecem de acordo com o banco, pode acontecer o seguinte:

1) O jogo está corretamente registrado nos dois estados.


Quando acontece de um valor registrado em livros também ser registrado corretamente nos
bancos, isso significa que esse valor não é um item de conciliação, já que não contribui
para o saldo de acordo com os livros, não coincide com o saldo de acordo com os bancos.
Neste caso, vamos simplesmente marcar os dois itens com uma marca que, para você,
significa que eles não são itens de reconciliação. Neste caso, a marca escolhida foi: v.

2) O item está registrado corretamente em um dos estados, mas não foi registrado no
outro.
Nesse caso, é óbvio que, quando aparece um valor registrado apenas em um dos dois
estados, os saldos que as contas mostram naquele momento deixam de ser iguais. Portanto,
essa figura é um item de reconciliação, e vamos indicá-la com uma marca indicando esse
fato, por exemplo: φ.

3) Algum item é registrado erroneamente em um dos dois estados.


Muitas vezes vamos descobrir que, por exemplo, um item foi registrado corretamente em um
estado, mas, quando registrado no outro, um erro foi cometido.

Os erros também fazem com que os saldos dos dois estados não coincidam. Portanto, as
figuras registradas erroneamente também são itens de reconciliação, e serão marcadas
com uma marca indicando que um erro foi cometido. Neste caso a marca que usaremos será:
ε.

Erros podem ser cometidos tanto nos livros quanto no extrato bancário. Os tipos de erros que
mais frequentemente encontraremos são:

a) Itens registrados em um estado por um valor, enquanto no outro, foi feito por um valor
diferente.

b) Itens corretamente registrados em termos de seu valor, mas tanto em livros quanto em
bancos, foram registrados erroneamente no débito ou no crédito.

Já comentamos sobre os motivos pelos quais tem que ser cumprido que, se em um estado, o
item foi registrado no débito, no outro estado ele tem que aparecer no crédito e vice-versa.

c) Itens que aparecem em um dos dois estados que não pertencem à empresa.

260 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
Às vezes vamos descobrir que o banco cobrou ou pagou algum valor que não corresponde à
conta que está sendo conciliada. Esses itens, embora esclareçam a situação com o banco,
devem ser tratados como itens de conciliação.

Em suma, no processo de preparação de uma conciliação bancária, os seguintes passos devem


ser tomados:

ETAPA 1: DETERMINAÇÃO DOS ITENS DE RECONCILIAÇÃO.


O primeiro passo na preparação de uma conciliação bancária é a determinação dos itens de
conciliação.

Para isso, compara-se o movimento que aparece de acordo com os livros da empresa (Figura
10.8) com aquele registrado pelo banco no extrato de conta (Figura 10.9).

Para fins didáticos, uma coluna foi adicionada à esquerda de ambos os estados, indicando o
número da linha em que cada um dos itens está registrado.

Linha 1. Saldo em 01-04-2012: Bs. 25.460,oo.


É o saldo inicial de acordo com os livros que, quando comparado com o saldo inicial de
acordo com o banco, observamos que ele apresenta Bs. 30.290,oo. Essa discrepância
deve ter uma explicação.

Se lermos o ponto 3 do caso levantado, vamos encontrá-lo. Essa diferença se deve ao


fato de que, no último mês (março de 2012), havia alguns itens que já haviam sido
registrados nos livros, mas não pelo banco. Caso contrário, os saldos dos dois estados
teriam sido os mesmos no início de abril. Vejamos porquê:

Saldo bancário em 31-03-2012 30.290,o.o.


Menos:
Cheques emitidos em março não descontados:
Nro. 12401 (2.460,oo) φ
Nro. 12404 (5.380,oo) ^
Mais:
Depósitos não registados pelo banco:
Nro. 3040
3.010,oo_ V

Saldo contábil em 31-03-2012 25.460,o.br

Figura 10.7. Conciliação bancária do mês anterior (março)

Portanto, devemos considerar que ambos os balanços estão corretos.

Linha 2: Depósito 3045 para Bs. 5.600,oo.


Este depósito também é registrado no banco na linha 3; portanto, não é um jogo de

Central de Contadores 261


Contabilidade
Financeira
conciliação e marcamos em ambos os lados com V.

Linha 3: Verifique 12406 para Bs. 1.000,oo.


Ele é registrado corretamente pelo banco na linha 5. Não é um item de reconciliação e
as figuras são marcadas com V.

Linha 4: Verifique 12407 para Bs. 4.180,oo.


Cadastrado pelo banco na linha 9. Não é um item de conciliação. Vamos marcá-lo com
V.

Linha 5: Depósito 3090 para Bs. 2.960,oo.


Cadastrado pelo banco na linha 6. Não é um item de reconciliação e está marcado com
V.

Linha 6: Depósito 3095 para Bs. 8.490,oo.


Cadastrado pelo banco na linha 7. Não é um item de conciliação. Marcado com V.

Linha 7: Verifique 12408 para Bs. 2.140,oo.


Cadastrado pelo banco na linha 15. Não é um item de conciliação. Marcação em V.

Linha 8: Verifique 12409 para Bs. 1.280,oo.


Não é cadastrado pelo banco. Por esse motivo, esse é um item de conciliação que
indicaremos com a marca φ.

Linha 9: Verifique 12410 para Bs. 2.040,oo.


Cadastrado pelo banco na linha 8. Não é um item de conciliação. Marcado com V.

Linha 10: Nota de crédito 104 para Bs. 2.160,oo.


Cadastrado pelo banco na linha 4. Não é um item de conciliação. Marcado com V.

Linha 11: Depósito 4232 para Bs. 7.270,oo.


Não é um item de conciliação. Ele foi registrado pelo banco na linha 11. Marcado com
N.

Linha 12: Verificar 12411. Anulado.

Linha 13: Verifique 12412 para Bs. 3.290,oo.


É um jogo de conciliação. Não é cadastrado pelo banco. Marcamos com φ.

Linha 14: Verifique 12413 para Bs. 1.260.oo pago a um fornecedor para cancelamento de
uma fatura.
Este cheque foi registrado pelo banco na linha 18 pela Bs. 1.620,oo.

De acordo com o ponto 4 do texto do problema, o número do banco está correto.


Portanto, há um erro cometido nos livros ao registrar o cheque para Bs. 1.260,o.o

262 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
em vez de fazê-lo para Bs. 1.620,oo. Por se tratar de um erro, ambas as figuras
serão marcadas com ε, o que significará que houve um erro , neste caso,
cometido nos livros.

O valor do erro é determinado da seguinte forma:

Cadastrados pelo 1.620,o.


banco: o
Registrado nos livros: 1.260,o.
Registrado em livros de o 360,o.
menos br

Linha 15 a 20: Vários movimentos.


Analise-os e determine se são ou não itens de
reconciliação.

Linha 21: Depósito 3570 para Bs. 4.390,oo.


Foi registrado pelo banco na linha 23 pela Bs. 4.930,oo.
De acordo com o ponto 4 do texto, a figura estava mal registrada nos livros. Ou seja,
o valor correto é Bs. 4.930.oo cadastrados pelo banco. Portanto, marcamos ambas as
figuras com ε o que significa que houve um erro, que consistiu no seguinte:

Depósito registado pelo banco 4.930,o.


Valor registado em livros o
4.390,o.
Sub-registrado em livros o 540,oo

Linha 22: Verifique 12417 para Bs.


2.860,oo.
Ele não é registrado pelo banco, então vamos marcá-lo com φ como um item de
conciliação.

Linha 23: Verifique 12418 para Bs.


3.410,oo.
Não é cadastrado pelo banco. Marcamos com φ porque é um jogo de conciliação.

Linha 24 a 29: Vários movimentos.


Analise-os e determine se são ou não itens de
reconciliação.

Linha 30: Verifique 12423 para


Não é cadastrado Bs.
pelo 2.420,oo.
banco. Vamos marcá-lo com φ porque é um jogo de
conciliação.

Após ter realizado esse trabalho para determinar se os itens que estavam registrados nos livros,
também estão corretamente registrados no extrato do banco, nós

Central de Contadores 263


Contabilidade
Financeira
garantiremos que todas as figuras de acordo com os livros tenham sido marcadas com as marcas
V, φ ou ε. Isso significará que todos eles foram revistos.

BANCO REGIONAL Cta. Nº 0020-4085612345678901


L DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRIO

1 Abril 01 Equilíbrio 25.460,o.br


2 01 Depósito 3045 5.600, oo 31.060,o.br
3 01 Verificar 12406 Pituitaria C.A. V 1.000,oo 30.060,o.o
4 03 Verificar 12407 La Renta S.A. 4.180, ooV 25.880,o.br
5 04 Depósito 3090 2.960,o.o V 28.840,o.br
6 05 Depósito 3095 8.490,o.o 2.140,o.o 37.330,o.o
7 06 Verificar 12408 Indulsa C.A. V V 35.190,o.br
8 07 Verificar 12409 Flecha C.A. 1.280.oo φ 33.910,o.br
9 08 Verificar 12410 Fresnoca. 2.040,o.o 31.870,o.br
2.160,o.o V
10 09 Nota de crédito 104 Transferência V 34.030,o.br
11 10 Depósito 4232 7.270,o.br 41.300,o.br
V
12 12 Verificação 12411 Anulada
13 12 Cheque 12412 La Iracunda Sa 3.290.oo φ 38.010,o.br
14 15 Cheque 12413 Partisano S.A. 1.260.oo ε 36.750,o.br
15 16 Depósito 4193 4.790,o.o 2.830,o.o 41.540,o.br
V
16 18 Verificar 12414 La Libertad V 38.710,o.br
17 18 Nota de Débito 216 Juros 1.490,oo e 37.220,o.br
18 20 Verificar 12415 Prisma C.A. 640,o.br 36.580,o.br
19 22 Cheque 12416 Terriero Sa 960,o.· V 35.620,o.br
20 25 Depósito 3280 8.070,o.br V 43.690,o.br
21 26 Depósito 3570 4.390.oo εV 48.080,o.br
22 27 Confira 12417 La Favorita 2.860.oo φ 45.220,o.br
23 28 Cheque 12418 Enteve C.A. 3.410.oo φ 41.810,o.br
24 29 Cheque 12419 Indulara Sa 1.630,o.o 40.180,o.br
25 29 Verificar 12420 A. Perez 1.940,o.oV 38.240,o.br
26 29 Depósito 2935 4.820,o.o V 43.060,o.br
V
27 30 Depósito 1430 7.610.oo φ 4.130,o.o 50.670,o.br
28 30 Verificar 12421 Pegamosa V 46.540,o.br
29 30 Verificar 12422 La Sensata C.A. 1.390.oo φ 45.150,o.o
30 30 Cheque 12423 Caracol S.A. 2.420.oo φ 42.730,o.br

Figura 10.8. Movimentação do banco de acordo com os livros

No entanto, se olharmos para o extrato bancário neste ponto (Figura 10.9), veremos que as linhas
2, 12, 13, 16, 17, 20, 22, 26 e 29 ainda não possuem marcações. Isso significa que tais itens são
registrados pelo banco, mas não nos livros.

264 Central de Contadores


Caixa nos Bancos

BANCOREGIONAL
Capital: 200.000.000,oo
A Empresa C.A. PERÍODO: CONTA Nº.
Av. Lara nº 84-32
Barquisimeto-Edo. Lara abril de 0020-4085612345678901
2010
L DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRIO

1 Abril 01 Equilíbrio 30.290,o.o.


2 01 DP 3040 3.010,o.br 33.300,o.o
3 01 DP 3045 5.600, ooV 38.900,o.br
4 02 NC 104 - Transferência 1.000,oo 2.160,o.oV 41.060,o.br
5 04 CH 12406 V 2.960,o.o
V 40.060,o.o
6 04 DP 3090 V 43.020,o.br
7 05 DP 3095 8.490,o.o 51.510,o.o
8 09 CH 12410 2.040,o.o V 49.470,o.br
9 10 CH 12407 4.180, ooV 45.290,o.o
10 10 PS 216 - Juros 1.490,o.oV 43.800.oo
11 10 DP 4232 V 7.270,o.br 51.070,o.br
5.380,o.br
12 14 CH 12404 V V 45.690,o.br
13 14 PS 231 Interesses 400,oo φ 45.290,o.o
14 16 DP 4193 4.790,o.o 50.080,o.br
15 17 CH 12408 2.140,o.o V 47.940,o.o.
16 17 CH 1321946 1.500, ooV 46.440,o.o
17 17 Correção CH.1321946 V 1.500, oo 47.940,o.o.
18 21 CH 12413 1.620.oo ε V 46.320,o.br
19 22 CH 12416 960,o.· 45.360,o.br
20 25 ND 313 CH. Retornado 2.060.oo Vφ 43.300,o.br
21 25 DP 3280 8.070,o.br 51.370,o.br
22 26 CH 2435602 4.380.oo ε V 46.990,o.o.
23 26 DP 3570 4.930.oo ε 51.920,o.br
24 27 CH 12414 2.830,o.o 49.090,o.br
25 29 CH 12419 1.630,o.oV 47.460,o.br
26 29 NC 119 Transferência V 3.380.oo φ 50.840,o.o
27 30 CH 12421 4.130,o.o 46.710,o.br
28 30 CH 12420 1.940,o.oV 44.770,o.br
29 30 NC 192 Transferência V 2.600.oo φ 47.370,o.br
30 30 CH 12415 640,o.br 46.730,o.br
30 30 DP 2935 V 4.820,o.o 51.550,o.br
V

Figura 10.9.
Extrato bancário.
Ver:

Central de Contadores 265


Contabilidade
Financeira
Linha 2: Depósito 3040 por Bs. 3.010,oo.
Esse depósito já estava registrado nos livros no mês de março, mas o banco não o
registrou naquele mês, mas sim em abril. De qualquer forma, quando foi cadastrado pelo
banco, deixou de ser um item de conciliação para ser marcado com V.

Linha 12: Verifique 12404 para Bs. 5.380,o.br


Da mesma forma, esse cheque foi emitido e registrado em livros no mês de março. No
entanto, o beneficiário não o recolheu no banco no mesmo mês de março, mas o fez em
abril, motivo pelo qual está registrado no extrato deste mês. Dessa forma, deixou de ser
um item de conciliação, passando a ser marcado com V.

Linha 13: Nota de débito 231 para Bs. 400,oo.


Refere-se a uma cobrança feita pelo banco por juros que ainda não estão registrados nos
livros; Portanto, é um item de conciliação que marcaremos com φ.

Linha 16: Verifique 1321946 para Bs. 1.500,oo.


Esse cheque foi carregado por engano pelo banco, já que seu número não corresponde
ao talão de cheques que a empresa está utilizando neste momento. No entanto, o banco
percebeu o erro e o corrigiu imediatamente, pagando o mesmo valor na linha 17. Vamos
marcá-lo com V porque não é um item de conciliação.

Linha 17: Assinatura para Bs. 1.500,oo.


Trata-se da correção do erro de cobrança feito pelo banco na linha 16. Este também não
é um jogo de reconciliação, então vamos marcá-lo com V.

Linha 20: Nota de débito 313 para Bs. 2.060,oo.


Trata-se de uma cobrança feita pelo banco por um cheque devolvido que havia sido
recebido de um cliente no cancelamento de uma fatura. Essa nota de débito ainda não foi
registrada nos livros , por isso é um item de conciliação que marcaremos com φ.

Linha 22: Verifique 2435602 para Bs. 4.380,oo.


Trata-se de um cheque carregado indevidamente pelo banco. É óbvio que o número do
cheque não corresponde ao talão de cheques que a empresa está usando atualmente.
Este é um erro bancário, por isso vamos marcá-lo com ε.

Linha 26: Nota de crédito 119 para Bs. 3.380,oo.


Refere-se a uma transferência recebida de um cliente como cancelamento de uma fatura.
Essa nota de crédito ainda não foi registrada nos livros. Portanto, é um item de
conciliação que marcaremos com φ.

Linha 29: Nota de crédito 192 para Bs. 2.600,oo.


Esse crédito feito pelo banco também é uma transferência recebida de um cliente como
pagamento de uma letra de câmbio. A nota de crédito ainda não foi registrada nos livros,
por isso é um item de conciliação que marcaremos com φ.

Bom, dessa forma todos os itens foram revisados tanto em livros quanto em bancos.

266 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
PASSO 2: PREPARAÇÃO DA CONCILIAÇÃO BANCÁRIA.
Uma vez que todos os itens que aparecem nos livros e no extrato bancário tenham sido comparados,
e tendo determinado qual deles são itens de reconciliação (marcados com φ), a conciliação bancária
é preparada.

Independentemente da forma de apresentação adotada, qualquer conciliação bancária será


composta por duas seções: identificação e informações.

1) IDENTIFICAÇÃO.
Nesta parte da conciliação bancária, os seguintes dados devem ser claramente exibidos:

a) Nome de a empresa.
b) Nome do banco.
c) Número de a conta corrente.
d) Data em que os saldos estão sendo reconciliados e período a que se refere o movimento.
e) Pessoa que preparou a conciliação.

2) INFORMAÇÃO.
Esta seção informará sobre os elementos que foram levados em conta para conciliar os saldos.

A apresentação desta seção dependerá da forma adotada para a elaboração da conciliação


bancária, existem basicamente duas:

a) Reconciliação de saldos ajustados ou saldos disponíveis.


b) Reconciliação de saldos encontrados.

CONCILIAÇÃO PARA SALDOS AJUSTADOS OU DISPONÍVEIS.


A apresentação de informações em uma conciliação bancária de saldos ajustados pode ser feita, por
sua vez, de duas formas.

a) Reconciliação para quatro colunas.


b) Reconciliação para duas colunas.

RECONCILIAÇÃO PARA SALDOS AJUSTADOS A QUATRO COLUNAS.


Esta forma de apresentação pode ser vista na Figura 10.10. Como você pode ver, ele consiste nas
seguintes colunas:

1) Uma coluna identificada como uma descrição, detalhando a natureza dos itens de reconciliação.

2) Duas colunas identificadas como "segundo livros", nas quais


Itens de reconciliação que afetam o saldo contábil.

3) Duas colunas identificadas como "de acordo com os bancos". Nelas, serão escritos os títulos
de:
Conciliação que afete o saldo de acordo com os bancos.

No que diz respeito às informações, o procedimento é o seguinte:

Central de Contadores 267


Contabilidade
Financeira
SALDOS NÃO AJUSTADOS À DATA DA CONCILIAÇÃO.
Inicia-se pela escrituração dos saldos de acordo com os livros e de acordo com os bancos na data da
conciliação; ou seja, no final do mês cujo movimento está sendo conciliado.

No caso em que estamos desenvolvendo, o saldo contábil será registrado em 30-04-2012, Bs.
42.730,oo, no mosto das colunas "segundo livros". É colocado no mosto porque, para a empresa, o
dinheiro no banco é um ativo; portanto, tem um saldo devedor.

É claro que, caso haja um "cheque especial bancário", o saldo de acordo com os livros será colocado
no crédito, já que a empresa tem obrigação com o banco. Ou seja, será um passivo. Em seguida, o
saldo é escrito de acordo com o extrato bancário, Bs. 51.550.oo, creditado nas colunas "conforme
banco". É claro que o saldo de acordo com o banco será colocado no crédito porque, nesse caso, o
banco deve esse valor à empresa; Ou seja, esse saldo é um passivo para o banco.

No entanto, nos casos em que a empresa foi "sacada", isso representará um ativo para o banco,
razão pela qual o saldo será colocado no débito das colunas "de acordo com o banco".

ITENS DE RECONCILIAÇÃO.
Em seguida, passamos a relacionar os itens de reconciliação que serão apresentados, basicamente,
em três grupos.

1) ITENS NÃO REGISTRADOS PELO BANCO.


Neste grupo serão relacionados todos os itens de conciliação que foram registrados nos livros
contábeis, mas ainda não foram registrados pelo banco.

É claro que esses itens serão localizados no movimento de acordo com os livros, já que é onde
eles foram registrados (ilustração 10.8).

É importante ter em mente que todos esses itens serão colocados nas colunas de acordo com
os bancos da conciliação bancária, pois é o banco que não os cadastrou. Os elementos
abrangidos por este grupo são geralmente de dois tipos (ver figura 10.10):

a) Controlos em trânsito:
Refere-se a cheques emitidos e registados nos livros, mas que, à data da conciliação,
ainda não foram apresentados para cobrança no banco.

Esse grupo de cheques é composto, em primeiro lugar, por aqueles que foram emitidos
em meses anteriores ao que estamos conciliando. No nosso caso, antes de abril.

Como você pode ver na Figura 10.10, a primeira verificação relacionada é Não. 12401 por
Bs. 2.460,oo que, tendo sido emitido em 29-03-2012, não chegou a ser recolhido no banco
no final de março, razão pela qual consta como item de conciliação na conciliação
bancária daquele mês. Se, como no caso que estamos desenvolvendo, ele não aparecer
cobrado no mês de abril, continuará sendo um item de conciliação neste mês.

Os demais cheques ali listados são aqueles marcados com φ no movimento conforme
livros, ilustração 12.8, nas linhas 8, 13, 22, 23, 29 e 30.

268 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
Os valores de todos esses cheques serão colocados na seção "de acordo com os
bancos", pois é isso que o banco fará em sua contabilidade quando esses cheques forem
descontados. Ou seja, o banco vai diminuir o saldo da conta cada vez que você pagar um
desses cheques.

b) Depósitos em trânsito:
Esse grupo de itens de conciliação é composto pelos depósitos feitos pela empresa, mas
que, até a data da conciliação, ainda não foram registrados pelo banco.

Esses itens estão localizados na movimentação de livros marcados com φ. No nosso


caso, só temos um, na linha 27, cujo montante, Bs. 7.610,oo, vamos colocá-lo no crédito
da seção "segundo bancos". Colocamos lá porque é isso que o banco vai fazer quando
registrar esse depósito. Vai aumentar o saldo que você nos deve.

2) ITENS NÃO REGISTRADOS EM LIVROS.


Neste segundo grupo vamos relacionar todos os itens que foram registrados pelo banco, mas
que, até a data em que a conciliação está sendo feita, não haviam sido registrados nos livros.

Ao mostrar esses itens na reconciliação, faremos isso na seção " de acordo com os livros",
porque é onde eles não foram registrados. Esses itens geralmente são compostos por notas
de débito ou crédito, e vamos encontrá-los marcados com φ no extrato bancário. (Figura 10.9)

a) Notas de débito.
No nosso caso, se olharmos para a Figura 10.9, nas linhas 13 e 20 encontramos duas notas
de débito para Bs. 400,oo e Bs. 2.060,o., que, pelas razões ali expostas, foram registradas
pelo banco, mas não por livros. Portanto, procederemos a

relacione-os da maneira que você pode ver na conciliação bancária (Figura 10.10).

Na coluna "descrição", são exibidos o número, a data e o conceito das notas de débito e,
quantidade, é Colocado na ter de a seção"Segundo
os livros" já
que, quando O Contador Receber Tal anotações de débito, o vai
gravar em livros
Pagando o banco, reduzindo assim o saldo disponível para a empresa nessa conta.

4) ERROS
Este último grupo é composto por aqueles itens de conciliação que se referem a erros cometidos
tanto nos livros quanto no extrato bancário.

Esses itens são colocados na seção onde os erros foram cometidos. Ou seja, se foram
cometidos em livros, os itens são colocados na seção "de acordo com os livros". Se foram
cometidos pelo banco, são colocados na seção "de acordo com os bancos".

Central de Contadores 269


Contabilidade
Financeira
a) Erros em livros:

Os itens de conciliação que significam erros cometidos em livros, encontraremos,


precisamente, onde foram cometidos: em livros (ilustração 10.8). Lá vamos procurar aqueles
jogos marcados com ε.

Se observarmos o movimento dos livros na Figura 10.8, encontraremos erros nas seguintes
linhas:

Linha 14: O cheque 12413 foi registrado para Bs.1.260,oo em vez de Bs. 1.620,o.o
que é o número correto. Isso significa que, quando esse cheque foi lançado,
o saldo do banco foi reduzido Bs. 360,oo menos. Portanto, na conciliação
bancária, esse item deve ser colocado na seção de acordo com os livros,
onde o erro foi cometido, e será colocado no crédito, já que dessa forma, o
saldo do banco será reduzido por esse valor.

Linha 21: É um depósito registrado em livros por Bs. 4.390, oo em vez de


Bs. 4.930,oo. A diferença de Bs. 540,OO deve ser anotado no débito da
seção de acordo com os livros, uma vez que, desta forma, o saldo de acordo
com os livros será aumentado nesse valor.

b) Erros em bancos.

Esses erros serão encontrados no extrato bancário marcado com ε, pois foi onde foram
cometidos (ilustração 10.9). Portanto, ao preparar a conciliação bancária, esses itens devem
ser apresentados na seção "de acordo com os bancos", corrigindo assim tais erros.

270 Central de Contadores


Caixa nos Bancos

A EMPRESA C.A. CONCILIAÇÃO BANCÁRIA


Banco: BANCO REGIONAL Mês: abril de 2012
Conta: 0020-4085612345678901 Feito por: A. Gonzalez
De acordo com os livros De acordo com os
DESCRIÇÃO bancos
DEVER TER DEVER TER
Saldos em 30-04-2012. 42.730,o.br 51.550,o.br
ITENS NÃO REGISTRADOS. EM BANCOS
Cheques em trânsito (não descontados):
Não. Beneficiário . Data .
12401 O Guindaste C.A. 29.03.2012 2.460,o.
12409 Flecha Ca 07.04.2012 o 1.280,o.
12412 La Iracunda Sa 12.04.2012 br 3.290,o.
12417 O Favorito 27.04.2012 o 2.860,oo
12418 Enteve C.A. 28.04.2012 3.410,
12422 O C.A. Sensível 30.04.2012 o.o1.390,o.
12423 Caracol Sa 30.04.2012 br 2.420,o.
Depósitos em trânsito (não pagos) Nº. o
. Data .
1430 30.04.2012 7.610,o.o
ITENS NÃO REGISTRADOS. EM LIVROS
Notas de débito:
Nro. . Data Conceito
231 14.04.2012 Interesses 400,oo
313 25.04.2012 Cheque devolvido 2.060,o.o
Notas de crédito:
Nro. . Data Conceito
119 29.04.2012 Transferência 3.380,o.o
192 30.04.2012 Transferência 2.600,oo
ERROS
Dos Livros:
Cheques mal postados:
Nro. Registado Correto
12413 1.260,o.o 1.620,o.o 360,o.br
Depósitos mal registrados:
Nro. Registrado com Sucesso
540,oo
3570 4.390,o.o 4.930,o.o
Dos Bancos:
Cheques não empresariais:
Nro. . Data .
2435602 26.04.2012 4.380,o.b
TOTAL r
49.250,o.br 2.820,o.br 17.110,o.br63.540,o.br
Saldos ajustados em 30-04-2012 46.430,o.br 46.430,o.br
TOTAL 49.250,o.br 49.250,o.br 63.540,o.br 63.540,o.b
Figura 10.10. Reconciliação de saldos ajustados a quatro colunas. r

Central de Contadores 271


Contabilidade
Financeira
No nosso caso, veja a linha 22 do extrato bancário. (Figura 10.9). Este é um cheque
registrado pelo banco em nossa conta, que não corresponde a nós. O número desse cheque
é 2435602 enquanto, a numeração do talão de cheques que a empresa está usando para
esse período, passa de 12401 para 12450.

Portanto, devemos concluir que esse cheque foi cobrado indevidamente ou reduzido do
saldo escriturado pelo banco e que, portanto, esse item de conciliação deve ser creditado na
seção de acordo com os bancos (ilustração 10.10), o que aumentará o saldo do banco
nesse valor.

É claro que tais erros devem ser notificados ao banco por escrito, onde eles são solicitados a
proceder para corrigi-los. Essa correção deve ser observada posteriormente, quando for
realizada a conciliação do mês seguinte.

Uma vez concluídos os itens de conciliação, são adicionadas as colunas obrigatórias das
seções "de acordo com os livros" e "de acordo com os bancos" (ver ilustração 10.10),
incluindo os saldos não reconciliados em 30-04-2012.

(4) SALDOS AJUSTADOS À DATA DA CONCILIAÇÃO.


Em seguida, é estabelecida a diferença entre o débito e o crédito de ambas as seções e, neste
momento, se tudo foi feito sem erros, esses dois saldos devem se equilibrar. Esse número,
Bs. 46.430.oo, representa o saldo do banco ajustado em 30-04-2012. Ou seja, representa a
verdadeira disponibilidade de caixa que a empresa tem naquele banco.

Para fechar as colunas, o saldo ajustado será colocado na coluna que gerou o menor total. No
nosso caso, vamos colocá-lo no crédito da seção "de acordo com os livros", enquanto, na seção
"de acordo com os bancos", vamos anotá-lo no débito. Dessa forma, ao totalizar as colunas
de ambas as seções, elas devem ser quadradas.

CONCILIAÇÃO BANCÁRIA PARA SALDOS AJUSTADOS A DUAS COLUNAS.


Esse modelo de conciliação bancária é muito semelhante ao que acabamos de explicar na Figura
10.10. A única diferença é o número de colunas.

Como você pode ver na Figura 10.11, esse modelo também começa colocando a identificação e,
em seguida, continua a apresentar as informações.

No que diz respeito à área de informação, observe que, após a seção de descrição, foi adicionada
uma coluna denominada " figuras parciais", na qual será registrada a quantidade de cada item e,
somente o total do grupo de itens, É aquele que será colocado na coluna de livros ou bancos,
conforme o caso.

Observe também que, neste modelo, utilizaremos apenas uma coluna para ajuste de saldo contábil e
outra para ajuste de saldo bancário.

O restante das informações é apresentado na mesma forma e ordem que explicamos no modelo de
conciliação anterior. No entanto, vamos discuti-lo brevemente novamente, com base na Figura 10.11:

272 Central de Contadores


Caixa nos Bancos

A EMPRESA C.A. CONCILIAÇÃO BANCÁRIA


Banco: BANCO REGIONAL Mês: abril de 2012
Conta: 0020-4085612345678901 Feito por: i Para. Gonzalez
Números Parciais De acordo com De acordo com
DESCRIÇÃO os livros os bancos

Saldos em 30-04-2012 42.730,o.br 51.550,o.br


ITENS NÃO REGISTRADOS EM BANCOS
Cheques em trânsito (não descontados):
Nro. Beneficiário Data
12401 O Guindaste C.A. 29.03.2012 2.460,o.o
12409 Flecha Ca 07.04.2012 1.280,o.br
12412 La Iracunda Sa 12.04.2012 3.290,o.o
12417 O Favorito 27.04.2012 2.860,oo
12418 Enteve C.A. 28.04.2012 3.410, o.o
12422 O C.A. Sensível 30.04.2012 1.390,o.br
12423 Caracol Sa 30.04.2012 2.420,o.o (17.110,oo)
Depósitos em trânsito (não pagos) Nº.
. Data .
1430 30.04.2012 7.610,o.o 7.610,o.o
ITENS NÃO REGISTRADOS EM LIVROS
Notas de débito:
Nro. . Data . Conceito
231 14.04.2012 Interesses 400,oo
313 25.04.2012 Cheque devolvido 2.060,o.o (2.460,oo)
Notas de crédito:
Nro. . Data . Conceito
119 29.04.2012 Transferência 3.380,o.o
192 30.04.2012 Transferência 2.600,oo 5.980,o.o
ERROS
Dos Livros:
Cheques mal postados:
Nro. Registado Correto
12413 1.260,o.o 1.620,o.o 360,o.br (360,oo)
Depósitos mal registrados: Não.
Registado Correto
3570 4.390,o.o 4.930,o.o 540,oo 540,oo
Bancos
Cheques não empresariais: Não. . Data
.
2435602 26.04.2012 4.380,o.br 4.380,o.br
46.430,o.b
Saldo ajustado em 30.04.2012 46.430,o.br
r

Figura 10.11.
Reconciliação bancária de saldos ajustados a duas colunas.

Central de Contadores 273


Contabilidade
Financeira
1) SALDOS NÃO AJUSTADOS À DATA DA CONCILIAÇÃO.

Começa por escrever o saldo de acordo com os livros e de acordo com os bancos até à data em
que vão ser conciliados. No nosso caso, até 30-04-2012.

2) ITENS NÃO CADASTRADOS PELO BANCO.

a) Controlos em trânsito:
Todos os cheques emitidos pela empresa que não foram pagos pelo banco serão listados e,
no total, neste caso Bs. 17.110,oo, será colocado na coluna de acordo com os bancos,
subtraindo-se.

b) Depósitos em trânsito.
Da mesma forma, os depósitos não cadastrados pelo banco serão relacionados e, no total,
Bs. 7.610.oo, será movido para a coluna de acordo com os bancos, acrescentando.

3) ITENS NÃO REGISTRADOS EM LIVROS.

a) Notas de débito.
As notas de débito que não tiverem sido registradas em livros serão relacionadas e, no total,
Bs. 2.460,oo, será escrito na coluna "segundo os livros", subtraindo-se.

b) Notas de crédito.
Da mesma forma, as notas de crédito não registradas em livros serão detalhadas uma a uma
e, no total, Bs. 5.980.oo, serão 9resentará na coluna "segundo os livros", acrescentando.

4) ERROS.
Por fim, passamos a relacionar os itens que representam erros. A maneira de fazer isso é
exatamente a mesma do modelo de reconciliação de quatro colunas (Figura 10.10).
Recomendamos compará-lo com a Figura 10.11.

Classificamos os erros em dois grupos:

a) Erros cometidos em livros.


Os itens de conciliação que correspondem a erros cometidos em livros devem ser anotados
na coluna "segundo livros", pois foi lá que eles foram cometidos e, portanto, é onde devem
ser corrigidos.

No nosso caso, dois erros foram cometidos:

1) O cheque 12413 foi registrado em livros por Bs. 360,oo menos. Portanto, esse valor deve
ser anotado na coluna "segundo livros", subtraindo-se.

2) O depósito 3570 foi registrado em livros por Bs. 540,oo menos. Isso significa que agora
devemos aumentar o saldo contábil nesse valor para corrigir o erro. Ou seja, vamos notar
Bs. 540,oo na coluna "segundo livros", acrescentando.

274 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
b) Erros cometidos pelo banco.
Esses itens de conciliação devem ser anotados na coluna "segundo bancos", já que foi o
banco que cometeu o erro e onde a correção deve ser feita.

No caso que estamos desenvolvendo, o banco cometeu o erro de carregar o 2435602 de


cheque para Bs. 4.380.oo, que não foi emitido pela Companhia, reduzindo indevidamente seu
saldo disponível. Para corrigir esse erro, vamos anotar a mesma figura, Bs. 4.380.oo, na
coluna " segundo bancos" acrescentando , o que aumentaria o saldo, no mesmo valor pelo
qual foi indevidamente diminuído.

5) SALDOS AJUSTADOS À DATA DA CONCILIAÇÃO.


Depois que todos os itens de reconciliação estiverem relacionados, procedemos à adição,
algebricamente, do conteúdo das colunas de acordo com os livros e de acordo com os bancos e,
se não houve erros, os totais que eles mostram devem ser iguais. No nosso caso, isso aconteceu.
Eles fizeram quadratura com Bs. 46.430,oo. Naturalmente, este é o mesmo valor com o qual a
reconciliação feita pelo modelo de quatro colunas foi quadrada (Figura 10.10).

Em última análise, esse saldo significa a verdadeira disponibilidade de caixa que a empresa
tem naquele banco na data da conciliação.

Concluímos, assim, a explicação de uma segunda forma de apresentar uma conciliação bancária
pelo método do saldo ajustado. Vejamos, a seguir, uma terceira forma de apresentá-lo; Este é o
método de saldos encontrados.

CONCILIAÇÃO BANCÁRIA PARA SALDOS ENCONTRADOS.


É mais uma forma de apresentar uma conciliação bancária amplamente divulgada.

Consiste em partir do saldo de acordo com o extrato do banco e, somando ou subtraindo os itens
de conciliação, conforme o caso, chegar ao saldo de acordo com os livros.

Este tipo de reconciliação também consiste em duas secções (ver figura 10.12).

1) Identificação
Ele será formado, como em casos anteriores, pelo nome da empresa, o nome do banco, o
número da conta corrente, o período cuja movimentação está sendo conciliada e o nome da
pessoa que elaborou a conciliação.
2) Informação
É a seção onde a própria conciliação bancária é preparada.

Como pode ser visto na Figura 10.12, a área de informação deste modelo de reconciliação
consiste em:

a) Descrição.
Esta coluna detalha a natureza das informações envolvidas na reconciliação.

Central de Contadores 275


Contabilidade
Financeira
b) Números parciais.
O valor atingido por cada item de reconciliação será apresentado nesta coluna.

c) Números totais.
Esta coluna é onde ocorre a reconciliação de saldos. Os totais dos diferentes grupos de
rubricas de reconciliação devem ser aí inscritos.

Após essas generalidades, vamos proceder à elaboração da conciliação bancária pelo método dos
saldos encontrados. Para fazer isso, vamos nos basear nos mesmos dados que usamos nos
modelos de reconciliação explicados acima.

Sugerimos ao aluno que, ao explicarmos o processo, ele também analise a reconciliação já


elaborada por esse método, o que é mostrado na Figura 10.12.

1) SALDO CONFORME BANCO NA DATA DA CONCILIAÇÃO.


Como você pode ver por lá, começou colocando na coluna de números totais o saldo que, por
Bs. 51.550.oo, rende o extrato bancário no final do mês; ou seja, em 30-04-2012.

2) ITENS NÃO REGISTRADOS PELO BANCO.


Esta seção detalha os itens que foram registrados nos livros, mas não pelo banco. Esses itens,
nesse caso, consistem em:

a) Controlos em trânsito.

Estes são os itens de conciliação representados por cheques que já foram reduzidos do saldo
de acordo com os livros, mas ainda não foram pagos pelo banco e, portanto, não foram
reduzidos de seu saldo.

O montante de cada um destes cheques será indicado na coluna de valores parciais,


enquanto a soma deles, Bs. 17.110,oo, será anotado na coluna de números totais.

O próximo passo é determinar se esse total deve ser somado ou subtraído do saldo do
banco, para o que será fundamentado da seguinte forma:

Você começou a partir do saldo do banco e deseja alcançar o saldo contábil. Esses cheques
já foram deduzidos do saldo contábil, mas não do banco. Portanto, se você quiser combinar o
saldo bancário com o saldo contábil, os cheques em trânsito devem ser subtraídos do saldo
bancário. Por esta razão, os Bs. Foram colocados 17.110.o.o. entre parênteses, o que
significará que esse número está subtraindo.

b) Depósitos em trânsito.

Refere-se a depósitos feitos pela empresa que já estavam registrados nos livros, mas não
pelo banco.

O total desses depósitos, Bs. 7.610,oo, são colocados na coluna dos números totais.

Agora, então. Esse valor é adicionado ou subtraído do saldo de acordo com os bancos?

276 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
É um depósito já registrado em livros, o que significa que a empresa aumentou o saldo nesse
valor, enquanto o banco ainda não o fez; Portanto, esse valor deve ser somado ao saldo de
acordo com o banco.

3) ITENS NÃO REGISTRADOS EM LIVROS.


São itens já registrados pelo banco, mas que, até a data da conciliação, ainda não foram
registrados nos livros.

a) Notas de débito.
São de itens que foram reduzidos do saldo de acordo com o extrato bancário.

b) Notas de crédito.
Pelo contrário, estas notas de crédito para um total de Bs. 5.980,OO significa que o banco
aumentou o saldo de acordo com sua contabilidade, mas, em livros, eles ainda não foram
registrados, de modo que o saldo de acordo com os livros não foi aumentado.

Como se deseja que o saldo do banco seja igual ao saldo de acordo com os livros, é por
isso, os Bs. 5.980,oo, deve ser subtraído do saldo dos bancos.

4) ERROS
Já foi comentado que esse tipo de conciliação de itens aparece devido a erros cometidos tanto
pela empresa quanto pelo banco.

a) Erros cometidos em livros.


O total desses itens de conciliação também será colocado na coluna de valores totais e
será somado ou subtraído do saldo do banco de acordo com o tipo de erro cometido.

No nosso caso:

1) O cheque 12413 foi registrado em livros para Bs. 360,oo menos. Isso significa que o
banco baixou seu saldo Bs. 360,oo mais do que o que foi rebaixado em livros.
Portanto, se o que você deseja é combinar o saldo do banco com o saldo contábil,
você deve adicionar ao banco os Bs. 360,oo.
2) Um depósito foi registrado em livros por Bs. 540,oo menos. Isso significa que, o
banco, registrou Bs. 540,oo mais do que o registrado em livros. Portanto, como o
objetivo perseguido é que o saldo do banco seja igual ao saldo contábil, ele deve ser
subtraído do saldo do banco, Bs. 540,oo.

b) Erros cometidos pelo banco.


Erros cometidos pelo banco também devem ser levados em conta para a conciliação. O
total de cada tipo de erro será colocado na coluna de valores totais e somado ou subtraído
de acordo com a forma como esse erro afetou o saldo de acordo com o banco.

Central de Contadores 277


Contabilidade
Financeira
A COMPANHIA, C.A. CONCILIAÇÃO BANCÁRIA
Banco: BANCO REGIONAL Mês: abril de 2012
Conta: 0020-4085612345678901 Feito por: A. Gonzalez

DESCRIÇÃO Números Números Totais


Parciais
Saldo de acordo com o Banco em 30-04-2012 51.550,o.b
ITENS NÃO CADASTRADOS EM BANCOS Menos: r
Cheques em trânsito (não descontados).
Nro. Beneficiário . Data.
12401 O Guindaste C.A. 29.03.2012 2.460,o.o
12409 Flecha Ca 07.04.2012 1.280,o.br
12412 La Iracunda Sa 12.04.2012 3.290,o.o
12417 O Favorito 27.04.2012 2.860,oo
12418 Enteve C.A. 28.04.2012 3.410, o.o
12422 O C.A. Sensível 30.04.2012 1.390,o.br
12423 Caracol Sa 30.04.2012 2.420,o.o (17.110,oo)
Mais: Depósitos em trânsito (não pagos) Não.
Data.
1430 30.04.2012 7.610,o.o 7.610,o.
ITENS NÃO REGISTRADOS EM LIVROS o
Mais: Notas de débito:
Nro. Data. Conceito
231 14.04.2012 Interesses 400,oo
313 25.04.2012 Cheque devolvido 2.060,o.o 2.460,o.
Menos: Nota de crédito: o
Nro. Data Conceito
119 29.04.2012 Transferência 3.380,o.o
192 30.04.2012 Transferência 2.600,oo (5.980,oo)
ERROS
Dos Livros:
Mais: Cheques postados incorretamente
Nro. Valor Cadastrado Quantidade
Correta
12413 1.260,o.o 1.620,o.o 360,o.br 360,o.br
Menos: Depósitos mal registados:
Nro. Valor Cadastrado Quantidade
Correta
3570 4.390,o.o 4.930,o.o 540,oo (540,oo)
Dos Bancos:
Mais: Cheques não corporativos:
Nro. Data.
2435602 26.04.2012 4.380,o.br 4.380,o.
SALDO DE ACORDO COM OS LIVROS EM 30-04- br 42.730,o.b
2012 r
Figura 10.12
Conciliação bancária para saldos encontrados
No caso que estamos desenvolvendo, o banco cometeu o erro de colocar em conta o cheque

278 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
2435602 qual ele não pertence à empresa.
Como resultado, o saldo de acordo com o banco foi indevidamente diminuído por Bs. 4.380,oo então,
agora, para corrigir tal erro, esse valor deve ser adicionado ao saldo de acordo com o banco.
Depois de fazer o que foi explicado, passamos a adicionar algebricamente a coluna de números
totais e, o resultado, deve coincidir com o saldo de acordo com os livros, Bs. 42.730,oo.

Bem, nas páginas anteriores foram explicadas três formas de apresentar uma conciliação bancária.
Basicamente, não há diferença entre eles, já que o mesmo objetivo é alcançado: determinar se os
saldos de acordo com os livros e de acordo com os bancos estão corretos. Quando chegar o
momento em que você tem que fazer esse trabalho na realidade, você pode escolher qualquer uma
das três modalidades explicadas.

AJUSTES OCASIONADOS PELA CONCILIAÇÃO BANCÁRIA.


Já foi comentado que, seja qual for o modelo escolhido para apresentar a conciliação bancária, o Os
itens de reconciliação são classificados em três grupos:

1) JogosNãoRegistado em Bancos.
2) JogosNãoRegistado em livros.
3) Erros:

a) Comprometido por livros.


b) Comprometido pelos bancos.

Bom, depois de fazer a conciliação, deve-se sempre lembrar que, entre eles, existem alguns itens
que afetam o resultado de acordo com livros que ainda não foram contabilizados.

Esses itens estão sempre no grupo de "itens não relacionados ao livro" e "erros de transporte".
Para registrar os itens que ainda não foram registrados e, também, para corrigir os erros cometidos,
as devidas inscrições devem ser feitas em cada caso. Essas entradas são chamadas de "ajustes de
conciliação bancária".

Para fazer isso, vamos confiar em qualquer um dos três modelos de reconciliação mostrados nas
Figuras 10.10, 10.11 ou 10.12.

Observe, em primeiro lugar, os ajustes que surgem a partir das informações na seção "itens não
contábeis".

Lá é relatado que há duas notas de débito que ainda não foram registradas em livros: nº 231 por Bs.
400.oo para juros e nº 313 para Bs. 2.060.oo causado por um cheque devolvido.

Para registrá-los nos livros, devem ser feitas as seguintes inscrições:

Central de Contadores 279


Contabilidade
Financeira
DATA DESCRIÇÃO DEVER TER
Maio 10 __e____
--- --
DESPESAS COM JUROS 400,oo 400,oo
BANCOS
Juros cobrados pela Bco. Regional de acordo com N/A 231
Maio 10 __e____
--- --
2.060,o.o
CONTAS A RECEBER
2.060,o.o
BANCOS
N/A 313 Cheque bancário regional devolvido cliente xxx

Da mesma forma, devem ser registradas as notas de crédito nºs 119 e 192 nelas mencionadas. Os
assentos seriam os seguintes:

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


Maio 10 __e____
--- --
3.380,o.o
BANCOS 3.380,o.o
CONTAS A RECEBER
N/A 119 Transferência bancária regional recebida do cliente
Maio 10 xxx fatura de cancelamento __e____
xxx.
--- -- 2.600,oo
BANCOS 2.600,oo
CONTAS A RECEBER
N/A 192 Transferência do Banco Regional recebida do cliente
xxx cancelamento xxx.

Com relação aos "erros cometidos em livros", os lançamentos somente serão feitos para corrigi-los,
se tais erros tiverem sido cometidos na confecção do verbete original. Se o erro aconteceu no grande
assistente do banco, ele é corrigido fazendo lançamentos suplementares nesse livro e não no diário.
No nosso caso, é assumir que os erros foram cometidos ao fazer o lançamento da revista.

O primeiro erro que aparece refere-se ao fato de que o cheque 12413 foi registrado por Bs. 1.260,oo
em vez de Bs. 1.620,oo que é o número correto. A entrada que será feita para corrigi-lo, consistirá
em registrar o complemento que estiver faltando por Bs. 360,oo.

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


Maio 10 __e____
--- --
360,o.b
FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR r 360,o.b
r
BANCOS
Para cadastro de cheque complementar 12413 Banco
O erro seguinte foiRegional, cancelamento
registrar de notabancário
um depósito fiscal xxx fornecedor
para Bs.xxx.
4.390,oo
em vez de fazê-lo por Bs.
4.930,oo. Ou seja, Bs. 540,oo menos. O erro será corrigido registrando essa diferença.

280 Central de Contadores


Caixa nos Bancos

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


Maio 10 __e____
--- --
540,oo
BANCOS
540,oo
CAIXA
Para registrar depósito suplementar 3570 Banco Regional.

É claro que os erros cometidos pelo banco serão notificados por escrito para que possam proceder à
sua correção. De qualquer forma, estará atento a ele, quando for recebido o extrato de conta do mês
seguinte. As correções pertinentes devem aparecer lá. Caso contrário, devem continuar a ser
instados a fazê-lo.

FRAUDE COM DINHEIRO EM BANCOS.


Para além dos erros involuntários que foram comentados, não deve ser excluída a possibilidade de
pessoas sem escrúpulos aplicarem procedimentos destinados a apropriar-se indevidamente de uma
parte do dinheiro em numerário nos bancos. Os procedimentos utilizados podem ser muito variados.
No entanto, tenha em mente que, mesmo que você saiba muito sobre o assunto, sempre haverá
alguém que coloca sua inteligência a serviço da criação de novas formas de cometer fraudes que
exigem muita astúcia e, acima de tudo, a implementação de um sólido sistema de controle interno.
Comentemos aqui apenas algumas dessas modalidades.

1) EMISSÃO DE CHEQUES LASTREADOS EM COMPROVANTES FALSOS.


A emissão de cheques ao "portador" lastreados em recibos falsos é uma das modalidades de
peculato. Esse cheque é então interceptado por "alguém" que vai descontá-lo.

Evitando essa possibilidade, recomenda-se que os cheques sejam sempre emitidos


nominalmente e que ostentem a inscrição "NÃO DOSÁVEL". Isso evitará que ele seja cobrado
nas bilheterias.

Com relação aos comprovantes, eles devem ser revisados por várias pessoas que não têm
responsabilidade pela assinatura do cheque ou registro das contas a pagar.

A documentação de apoio deve ser "inutilizada" por um carimbo que diga "CANCELADO" para
evitar que seja usada novamente.

2) DEPÓSITOS EM CONTAS BANCÁRIAS SEM MOVIMENTAÇÃO.


Às vezes, você pode encontrar o caso de uma empresa que teve uma conta aberta em um
banco, deixa de usá-la considerando que ela fechou, mas o banco não participa de tal decisão.

Qualquer estelionatário moderadamente inteligente verá neste fato a porta aberta para o
dinheiro desviado da seguinte maneira:

Sabe-se que cheques de cobranças e outros conceitos não podem ser sacados diretamente por
uma pessoa porque estão no nome da empresa.
No entanto, se uma conta existe em um banco "sem movimento", ela pode ser usada pelo
estelionatário para depositar esses cheques e, em seguida, falsificando assinaturas, emitir
cheques contra essa conta e sacar o dinheiro.

Central de Contadores 281


Contabilidade
Financeira
3) DESFALQUE EM CONTAS CONSIGNADAS.
Essas contas também se prestam a irregularidades que devem ser sanadas.

O peculato vai desde a modalidade de inclusão de trabalhadores fictícios na folha de


pagamento, apropriando-se do desvio do valor do salário dos trabalhadores falsamente
incluídos, até o aumento do valor a ser pago a cada trabalhador.

4) CIRCULAÇÃO DE CHEQUES DE CHEQUE ESPECIAL.


Outra forma de apropriação indébita é a manipulação das contas de dois bancos ou duas
contas do mesmo banco.

Consiste na emissão de um cheque com assinatura falsificada contra o Banco B. Esse cheque
é depositado no Banco A naquele dia, mas é registrado em livros no último dia do mês anterior
para compensar o desvio.

Esse "jóquei" acontece todo final de mês e, se não houver um controle interno adequado, pode
ficar muito tempo sem ser descoberto.

282 Central de Contadores


Caixa nos Bancos

EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 10.1.
1) Explicar O que é umconta riacho.
2) Que É o conta corrente Banco?
3) Que É o depósitobancário?
4) Que É o cheque?
5) Quem está envolvido em um cheque? Explicar.
6) Explique o conteúdo do cheque.
7) É essencial estabelecer um controlo interno adequado da movimentação de numerário
através dos bancos. Explique essas normas de controle interno.
8) Diga o que se entende por conciliação bancária.
9) O que são itens de reconciliação e como eles são determinados?
10) Como os itens de reconciliação são classificados? Explicar.
11) Diga em quais partes consiste uma conciliação bancária.
12) Mencione e explique os métodos para desenvolver uma conciliação bancária.
13) Quais são os ajustes causados pela conciliação? Explicar.
14) Fraude bancária em dinheiro. Explique como o estelionatário age em qualquer uma das
formas de fraude.

EXERCÍCIO 10.2.
As informações a seguir correspondem à movimentação de abril de 2014 ocorrida na conta
corrente nº 1010-400-1 que a empresa EL ALAMO C.A. mantém no Banco do Oriente.

BANCO DO LESTE - ASSISTENTE PRINCIPAL - CONTA 1010-400-1

Data Número Conceitos Dever Ter Equilíbrio

01-04-2014 101 Depósito 20.000,oo 20.000,oo


04-04-2014 21201 Cheque 1.500, oo 18.500,o.
06-04-2014 402 N.C. Transferência bancária 5.000,oo br 23.500,o.
10-04-2014 803 N.A. Transferência bancária 2.010,o.br br 21.490,o.
15-04-2014 108 Depósito 10.000,o.br br 11.490,o.
18-04-2014 21202 Cheque 2.000,oo br 9.490,o.
21-04-2014 21203 Cheque 1.000,oo br 8.490,o.
25-04-2014 110 Depósito 8.000,oo o 16.490,o.
30-04-2014 21204 Cheque 4.000,oo o 12.490,o.
30-04-2014 112 Depósito 11.860,o.br br 24.350,o.
br
BANCO DO LESTE EXTRATO BANCÁRIO CONTA 1010-400-1

Central de Contadores 283


Contabilidade
Financeira
Data Número Conceitos Dever Ter Equilíbrio

01-04-2014 101 Depósito 20.000,oo 20.000,oo


05-04-2014 21201 Cheque 1.500, 18.500,o.
05-04-2014 402 N.C. Transferência oo 5.000,oo br 23.500,o.
06-04-2014 803 N.A. Transferência 2.010,o. br 21.490,o.
15-04-2014 108 Depósito br 10.000,o.br br 31.490,o.
18-04-2014 21202 Cheque 200,o.· br 31.290,o.
25-04-2014 110 Depósito 800,oo br 32.090,o.
25-04-2014 812289 Cheque 5.000,o br 27.090,o.
26-04-2014 489 N.C. Transferência o 1.800,oo br 28.890,o.
27-04-2014 880 N.A. Transferência 2.500, br 26.390,o.
30-04-2014 899 N.A. Interesses oo 20,o.· br 26.370,o.
o

NOTA:
Se houver alguma diferença entre os valores registrados nos livros e os registrados pelo banco,
assuma o critério de que no banco está tudo bem. Os erros foram cometidos ao fazer os passes
diários para o major.

Com as informações acima, solicita-se:

1) Preparar a conciliação bancária pelos métodos de:


a) Saldosajustado para quatro colunas.

b) SaldosAjustado para duas colunas.

c) SaldosFundar.

2) Assentos ajustes, conforme apropriado.

EXERCÍCIO 10.3.
As seguintes informações correspondem à empresa INDUSTRIAS SODOMA C.A. referente à
conta corrente nº 12020-001 do Banco del Sur, tendo em vista que:

a) Se houver alguma diferença entre os valores registrados nos livros e os valores


registrados pelo Banco em julho de 2014, assuma o critério de que os livros estão
corretos.

b) O N/A. 1001, deve-se a uma transferência feita ao fornecedor MUEBLACERO C.A.,


cancelando um rascunho de Bs. 10.860,oo.

c) O N/A. 1002, refere-se a uma transferência ordenada ao banco, para cancelar uma
fatura ao fornecedor INDUCA C.A.

284 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
d) O N/A. 2020, deve-se a uma transferência recebida do cliente J. Perez cancelando a
curva nº 2833.

e) O N/A. 2025 tem sua origem em uma nota promissória de Bs. 45.000.oo obtidos junto
ao banco que vencem em três meses. O banco deduziu antecipadamente os juros.

f) O N/A. 1022 é devido ao cancelamento de uma nota promissória bancária que estava
em dívida.

Movimento segundo os livros: julho de 2014.


BANCO DO SUL - ASSISTENTE PRINCIPAL - CONTA 12020-001

Data Número Conceitos Dever Ter Equilíbrio

01-07-2014 Equilíbrio 36.270,o.b


r
02-07-2014 213 Depósito 1.150, oo 37.420,o.b
r
03-07-2014 22103 Cheque 1.550,oo 35.870,o.b
r
03-07-2014 521 N/D Cheques devolvidos 7.250,o.o 28.620,o.b
r
03-07-2014 580 N/A Transferência Bancária 5.020,o.o 23.600,o.b
r
05-07-2014 630 N/D Rascunhos Coletados 14.580,o.br 38.180,o.b
r
07-07-2014 222 Depósito 8.305,o.o 46.485,o.b
r
07-07-2014 22102 Verificar correção 900,oo 47.385,o.b
r
08-07-2014 120 Correção de depósito 2.000,oo 49.385,o.b
r
09-07-2014 22680 Correção de depósito 2.000,oo 47.385,o.b
r
09-07-2014 318877 Verificar correção 1.800,oo 49.185,o.b
r
09-07-2014 22105 Verificar correção 3.410, 45.775,o.b
o.o r
09-07-2014 131 Correção de depósito 5.300, oo 40.475,o.b
r
09-07-2014 131 Para registrar Depósito 3.500,o.o 43.975,o.b
. r
15-07-2014 22106 Cheque 600,oo 43.375,o.b
r
20-07-2014 216 Depósito 1.500, oo 44.875,o.b
r
25-07-2014 506 N/D Rascunhos Coletados 1.560,o.b 46.435,o.b
r r
31-07-2014 218 Depósito 80.000,o.br 126.435,o.b
r
31-07-2014 22107 Cheque 1.025,o.b 125.410,o.b
r r

Central de Contadores 285


Contabilidade
Financeira
Conciliação bancária em 30 de junho de 2014.
SALDOS
DESCRIÇÃO PARCIAL
BANCOS LIVROS
Saldos em 30-06-2014 38.780,o. 36.270,o.
ITENS NÃO CADASTRADOS EM BANCOS: br br
Cheques em trânsito.
22101 J. Serpa 11-06-2014 15.000,oo
22104 Ambar C.A. 19-06-2014 1.705,o.br (16.705,oo)
Depósitos em trânsito.
119 30-06-2014 16.000,o.br
ITENS NÃO REGISTRADOS EM LIVROS:
Verifica:
22103 A seta de C.A. 11-06-2014
Notas de débito:
521 Cheques devolvidos 14-06-2014 7.250,o.o (1.550,oo)
5.020,o.o (12.270,oo)
580 Transferência 20-06-2014
Depósitos:
8.305,o.
222 30-06-2014
o
Notas de crédito:
630 Contas cobradas 16-06-2014
14.580,o.br
ERROS:
Do Banco:
Depósito 401. Não da empresa
Confira 338811. Não da empresa (3.800,oo
Depósito 132 mal registrado: )
Registrado por 4.105, 11.250,oo
Quantidade correta oo 1.405,oo (2.700,oo)
Dos Livros:
Cheques mal postados:
Nº 22102: Quantidade errada. 2.100,
Quantidade correta. oo 1.200, 900,oo
Nº 22105: Quantidade errada. oo
Quantidade correta. 2.410,
5.820,o. (3.410,oo)
Nº 318877: Não deste banco. br 1.800,oo
Depósitos mal registrados:
Nº 120: Quantidade correta.
Quantidade errada. 4.000,oo
2.000,oo 2.000,oo
Nº 131: Quantidade errada. 5.300,
Quantidade correta. oo 3.500,o. (1.800,oo)
Nº 22680: Não deste banco. o. (2.000,oo)
SALDOS RECONCILIADOS EM 30-06-2014 42.825,o.br 42.825,o.b
r

286 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
Movimentação por banco: julho de 2014
12020-
BANCO DO SUL -EXTRATO DE CONTA- CONTA
001
Data Número Conceitos Dever Ter Equilíbrio
38.780,o.b
01-07-2014 Equilíbrio
r
02-07-2014 213 Depósito 1.150, oo 39.930,o.b
03-07-2014 22101 Cheque 15.000,oo r 24.930,o.b
04-07-2014 22104 Cheque 1.705,o.br r 23.225,o.b
04-07-2014 119 Depósito 16.000,o.br r 39.225,o.b
05-07-2014 401 Depósito corrigido 3.800, oo r 35.425,o.b
05-07-2014 132 Depósito mal registrado 4.105, oo r 31.320,o.b
05-07-2014 132 Deposite o saldo correto 1.405,oo r 32.725,o.b
05-07-2014 338811 Correção 11.250,o.o r 43.975,o.b
10-07-2014 506 N/D Rascunhos Coletados 1.560,o.br r 45.535,o.b
20-07-2014 216 Depósito 1.500, oo r 47.035,o.b
25-07-2014 22106 Cheque 6.000,oo r 41.035,o.b
27-07-2014 1001 N/A. Transferência 10.860,o.o r 30.175,o.b
28-07-2014 1002 N/A. Transferência 15.360,o.br r 14.815,o.b
29-07-2014 2020 N/A. Saques cobrados 21.860,o.br r 36.675,o.b
31-07-2014 1022 N/A. Nota promissória 100.000,oo r (63.325,oo)
31-07-2014 2025 N/A. Saques cobrados 43.250,o.br (20.075,oo)
Solicita-se:

a) Preparar a conciliação bancária para o mês de julho de 2014 pelos métodos de:
1) Saldos ajustado para quatro colunas.
2) SaldosAjustado para duas colunas.
3) SaldosFundar.
b) Faça as entradas de diário conforme apropriado.

EXERCÍCIO 10.4.
As informações a seguir correspondem à movimentação de acordo com os livros e de acordo
com o banco, referente ao mês de abril de 2014, da conta corrente que a empresa COMERCIAL
EL MUNDO C.A. mantém no BANCO DEL NORTE. Em caso de erro, assuma que o que é
registrado pelo banco está correto. Os erros foram cometidos ao passar as entradas do jornal
para o assistente principal.
Com tais informações solicita-se:
1) Faça a conciliação bancária pelos métodos de:
a) Saldos ajustado para quatro colunas.
b) Saldos Ajustado para duas colunas.
c) Saldos Fundar.
2) Faça as entradas de diário conforme apropriado.

Central de Contadores 287


Contabilidade
Financeira
Extrato recebido do banco:

BANCODELNORTE
EXTRATO DE CONTA PAG. 1
MÊS ANO OFI. CONTA
COMERCIAL EL MUNDO C.A
04 2014 220 220-00 06

DIA CONCEITOS ACUSAÇÕE FERTILIZAN SALDOS


S TES
Saldo Anterior 950.598,74
02 EM 291543 33.100,o.br
02 EM 320578 900,oo
02 EM 291544 34.550,o.br
02 EM 320575 74.100,o.o 1.093.248,74
03 CH 925593 150.000,o.br
03 EM 291534 167.650,o.br 1.110.898,74
06 CH 925598 67.000,oo 1.043.898,74
07 CH 925595 2.500, 1.041.398,74
08 CH 925600 oo 5.000,oo
08 EM 320580 67.470,o.br
08 CH 925594 20.000,oo
08 EM 320577 83.060,o.br 1.166.928,74
09 CH 925597 2.279,90 1.164.648,84
10 CH 926378 104.276,o.br 1.060.372,84
11 TALÃO DE CHEQUES ND 90,oo
11 TALÃO DE CHEQUES ND 90,oo 1.060.192,84
13 CH 926382 10.000,o.
13 CH 926383 br 5.000,oo
13 CH 925596 800,oo
13 CH 926381 4.000,oo
13 CH 926377 5.000,oo
13 CH 926379 6.000,oo
13 EM 291556 90.590,o. 1.119.982,84
14 CH 926376 17.120,o. o
14 CH 926380 br 6.000,oo 1.096.862,84
15 EM INTERESSES 11.276,83 1.108.139,67
17 CH 926384 5.000,oo
17 EM 487933 134.877,15 1.238.016,82
21 CH 926386 110.400,o.o 1.127.616,82
23 CH 925599 70.500,o.
30 EM 320582 o 205.710,o.b
30 EM 320547 r 20.000,oo 1.282.826,82
DESCRIÇÃO DOS SÍMBOLOS

EN = Entrega NC = Nota de Crédito CA = Correção de Crédito


CH = Cheque Pago IN = Juros CC = Taxa de Correção CONTA Nº. 220 00 06
ND = Nota de Débito CI = CD de Pagamento de Juros = Cheques
Devolvidos

288 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
Movimentação da conta de acordo com os livros:
BANCODELNORTE
AUXILIAR PRINCIPAL CONTA Nº. 220-00-06
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO DEVER TER
O
Abril 01 Equilíbrio 950.598,74
02 Depósito 291543 33.100,o.
02 Depósito 320578 br 900,oo
02 Confira 925593 150.000,o.br
02 Depósito 291544 34.550,o.
02 Depósito 320575 br 74.100,o. 943.248,74
03 Depósito 320576 o 5.000,oo
03 Depósito 291534 167.650,o. 1.115.898,74
04 Confira 925594 br 20.000,oo
04 Confira 925595 2.500,
04 Confira 925596 oo 800,oo 1.092.598,74
05 Confira 925597 2.279,90 1.090.318,84
06 Confira 925598 67.000,oo 1.023.318,84
08 Depósito 320577 83.060,o.
08 Confira 925599 br 70.000,o.
08 Verificação 925600 br 5.000,oo 1.031.378,84
09 Confira 926376 71.120,o.
09 Confira 926377 br 5.000,oo
09 Confira 926378 104.276,o.br 850.982,84
11 Confira 926379 6.000,oo 844.982,84
12 Verificação 926380 6.000,oo 838.982,84
13 Depósito 291556 90.950,oo
13 Confira 926381 4000, oo
13 Confira 926382 10.000,o. 915.932,84
16 Confira 926383 br 9.000,oo
16 Confira 926384 5.000,oo 901.932,84
17 Depósito 487933 134.877,15 1.036.809,99
20 Confira 926385 12.000,oo
20 Confira 926386 110.400,o.o
30 Confira 926387 4.600,
30 Depósito 320582 205.710,o. oo
30 Depósito 320547 br 30.000,oo
30 Confira 926388 16.000,o.
30 Confira 926389 br 14.000,o.
30 Depósito 300550 12.000,oo br 1.127.519,99

Central de Contadores 289


Contabilidade
Financeira
EXERCÍCIO 10.5.
A movimentação do maior auxiliar do Banco Regional para o mês de setembro de 2014, indicou
o seguinte:

BANCO REGIONAL - AUXILIAR MAIOR - CONTA Nº 180-3290-3


MÊS DIA CONCEITOS DEVER TER EQUILÍBRI
O
Setembro 01 Equilíbrio 54.560,o.o

01 Depósito 1860 6.000,oo 60.560,o.o

02 Confira: 2389 La Imperial 9.000,oo 51.560,o.o


.
04 Verificar 2390 Latina C.A. 10.000,o.br 41.560,o.b
r
05 Depósito 1862 15.000,oo 56.560,o.b
r
05 Nota de débito 540 1.900, 54.660,o.b
oo r
07 Verificar 2391 El Sol C.A. 12.000,oo 42.660,o.o

10 Nota de crédito 699 50.000,o.o. 92.660,o.o

12 Confira: 2392 La Luna C.A. 5.800,oo 86.860,o.b


r
15 Depósito 1671 30.000,oo 116.860,o.
o.
15 Cheque 2393 Cometa S.R.L. 10.000,o.b 106.860,o.
r br
18 Correção CH. 2340 6.300,o. 100.560,o.
o o.
20 Cheque 2394 M. Santos 11.400,o.b 89.160,o.b
r r
21 Verificar 2395 La Criolla 8.600,o. 80.560,o.o
br
23 Depósito 1675 20.000,oo 100.560,o.
o.
23 Nota de crédito 192 2.600,oo 103.160,o.
br
24 Cheque 2252 El Arrozal C.A. 5.000,oo 108.160,o.
br
25 Depósito 11680 40.600,o.o 148.760,o.
o.
26 Verificação 39842 8.000,oo 140.760,o.
br
28 Depósito 1682 25.600,o.o. 166.360,o.
br
30 Confira: 2253 Sátira C.A. 1.600,o. 164.760,o.
o o.
30 Verificar 2254 El Hoyo 18.400,o.b 146.360,o.
r br
30 Verificar 2255 A. Leal 7.700,o. 138.660,o.
o br

290 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
O comunicado recebido do Banco Regional é o seguinte:
BANCO REGIONAL - EXTRATO - CONTA Nº 180-3290-3
Data Conceitos Dever Ter Equilíbrio
setembro 01 Equilíbrio 104.000,o.
br
110.000,o.
01 DP 1860 6.000,oo
o.
122.000,o.
01 DP 1830 12.000,oo
br
132.000,o.
01 DP 1833 10.000,o.br
br
147.000,o.
05 DP 1862 15.000,oo
br
1.500, 145.500,o.
05 CH 2235
oo br
136.500,o.
06 CH 2389 9.000,oo
br
8.300,o. 128.200,o.
07 CH 2368
br br
127.200,o.
09 CH 2390 1.000,oo
br
129.800,o.
15 N/A 192 2.600,oo
br
159.800,o.
15 DP. 1671 30.000,oo
br
14.100,o. 145.700,o.
20 CH 2394
o o
165.700,o.
23 DP. 1675 20.000,oo
br
171.700,o.
23 N/A 199 6.000,oo
br
10.000,o. 161.700,o.
25 CH 2393
br br
3.200,
26 CH 2385 158.500.oo
oo
3.000, 155.500,o.
26 Nº 860
oo br
7.700,o. 147.800,o.
30 CH 2255
o br
137.500,o.
30 CH 225627 10.300,oo
br
131.860,o.
30 CH 2360 5.640,oo
br

Central de Contadores 291


Contabilidade
Financeira
Conciliação bancária do mês de agosto de 2014 da conta nº 180-3290-3 do Banco Regional:

CONCEPTOS PARCIAL TOTAL


104.000,o.b
Saldos bancários em 31-08-2014
r

ITENS NÃO REGISTRADOS EM BANCOS:

Controlos em trânsito:
2235 Los Alpes C.A. 28-07-2014 1.500,
2360 El Cóndor Ca 28-08-2014 oo 5.640,oo
2368 Armazém Guárico 30-08-2014 8.300,o.
br 10.400,o.
2381 El Viento Ca 31-08-2014
2385 João Doe 31-08-2014 o 3.200, (29.040,oo)
oo

Depósitos em trânsito.
1830 31-08-2014 12.000,oo
1833 31-08-2014 10.000,o. 22.000,oo
br

ITENS NÃO REGISTRADOS EM LIVROS:

Verifica:
2252 El Arrozal Ca 25-08-2014 5.000,oo

Notas de débito:
540 Cheque devolvido 30-08-2014 1.900,
oo

Notas de crédito:
692 Coleção Giro 31-08-2014 5.600,
699 Empréstimo bancário31-08-2014 oo 50.000,o. (55.600,oo)
o.

ERROS
Dos Livros:
Confira 2340 cadastrados incorretamente:
Quantidade correta 7.000,o.
Valor registrado. br 700,oo 6.300,o.
o

SALDO DE ACORDO COM OS LIVROS EM 31-08-2014 54.560,o.o


INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

292 Central de Contadores


Caixa nos Bancos
a) Do assistente principal:

1) O cheque nº 2390 é para Bs. 1.000,oo.


2) O cheque nº 2394 é para Bs. 14.100,oo.
3) O depósito nº 11680 é de outro banco.
4) O cheque nº 39842 é de outro banco.

b) Do extrato bancário:

1) O N/A. O 199 é devido ao recebimento de uma carta de um cliente.


2) O N/A. 860, é para um cheque devolvido, com o qual uma fatura foi cobrada de um
cliente.
3) O 225627 de cheque não é da empresa.

Solicita-se:

a) Preparar a conciliação bancária pelo método de:

1) Saldos reconciliado com Quatro colunas.


2) Saldos reconciliado com Duas colunas.
3) Saldos Fundar.

b) Faça as entradas de diário conforme apropriado.

Central de Contadores 293


Contas a receber 11
CONTAS A RECEBER.
SãoAtivos Financeiros decorrentes da venda de bens ou da prestação de serviços, lastreados
em notas fiscais, que representam benefícios econômicos futuros e que expressam direitos
legitimamente adquiridos pela empresa que, quando chegar o momento de executar ou exercer
tais direitos, será recebido dinheiro ou qualquer outro elemento equivalente a dinheiro.

CLASSIFICAÇÃO DE CONTAS A RECEBER.


De acordo com sua origem, o contas a receber pode ser classificado em:

1) De vendas de bens ou serviços.


2) Não da venda de bens ou serviços.

CONTAS A RECEBER DE VENDAS DE BENS OU SERVIÇOS.


Esse grupo de contas a receber é formado por aqueles cuja origem é a venda a crédito de bens
ou serviços e que, geralmente, são respaldados pela aceitação de uma " nota fiscal" pelo cliente.

As contas a receber de vendas a crédito são comumente conhecidas como "contas a receber" ou
"recebíveis de clientes" e devem ser apresentadas na Demonstração da Posição Financeira
do grupo Ativo Circulante, exceto aquelas cujo vencimento é maior do que o ciclo normal de
operações da empresa, que, na maioria dos casos, é de doze meses. Nas sociedades cujo ciclo
normal de operações seja superior a um ano, podem ser incluídas no Ativo Circulante, mesmo
que seu vencimento seja superior a doze meses, desde que não ultrapassem esse ciclo normal
de operações, caso em que devem ser classificadas fora do Ativo Circulante, no grupo do Ativo
Não Circulante.

É o que se afirma, nomeadamente, no parágrafo 68 da IAS 1 - Versão 2010, quando se afirma:

O ciclo normal da operação de uma entidade é o período entre a aquisição dos ativos que
entram no processo produtivo e sua realização em caixa ou equivalentes de caixa. Se o ciclo
normal da operação não for claramente identificável, presume-se que a sua duração é de doze
meses. Os ativos circulantes incluem ativos (como estoques e recebíveis comerciais) que são
vendidos, consumidos ou realizados, dentro do ciclo normal de transações, mesmo quando não
se espera que sejam realizados dentro de doze meses a partir da data do período de relatório..."

Quando o ciclo de operações de uma empresa é superior a um ano, e que, como mencionado
acima, esse fato permite apresentar algumas contas a receber com vencimento superior a doze

Central de Contadores 295


Contabilidade
Financeira
meses dentro do Ativo Circulante, é necessário que estas apareçam separadas daquelas que
vencerão antes de um ano. Se essa regra for ignorada e ambos os grupos forem apresentados
em uma única conta, esse fato deve ser divulgado por notas explicativas.

CONTAS A RECEBER NÃO PROVENIENTES DE VENDAS A CRÉDITO.


Como o título indica, refere-se a recebíveis que a empresa possui decorrentes de transações que
não sejam vendas de bens e serviços a crédito.

Esse tipo de contas a receber deve ser classificado na Demonstração da Posição Financeira no
grupo Ativo Circulante, desde que se espere que sejam recolhidas dentro do ciclo normal de
operações da companhia, que, como mencionado, geralmente é de doze meses.

De acordo com a natureza da operação que os origina, as contas a receber não provenientes de
vendas de bens ou serviços podem ser classificadas em dois grupos:

1) Contas a receber representativas de contas a receber ou equivalentes de caixa,


portanto serão apresentadas como Ativo Financeiro na Demonstração da Posição
Financeira.
2) Contas a receber que representam recebíveis sobre bens que não sejam caixa ou
equivalentes. Nesse caso, essas contas a receber serão apresentadas dentro do grupo
de Ativos Não Financeiros.

CONTAS A RECEBER NÃO PROVENIENTES DE VENDAS A SEREM


RECOLHIDAS EM DINHEIRO.
Essas contas a receber referem-se a direitos que serão recolhidos em dinheiro ou equivalente de
caixa, por isso serão tratados como Ativos Financeiros.

A origem dessas contas a receber é muito variada. Dentre eles, podemos citar os seguintes:

1) CONTAS A RECEBER DOS TRABALHADORES.


A origem dessas contas a receber pode ser empréstimos concedidos pela empresa ou
vendas feitas aos trabalhadores para consumo próprio.

2) JUROS A RECEBER.
Refere-se a direitos a receber decorrentes de ter emprestado dinheiro a terceiros.

3) ALUGUEL A RECEBER.
Essas contas a receber aparecem quando uma empresa, envolvida em outras atividades
que não a locação de imóveis, aluga algum imóvel ou parte dele, e a taxa de locação é
recebida por períodos vencidos.

Quando for elaborada uma Demonstração de Posição Financeira e for observado que,
até essa data, a empresa já tenha acumulado algum valor para aquele conceito, ela deverá
ser registrada como Aluguel a Receber e a conta apresentada no Ativo Circulante.

No entanto, quando o objetivo natural da empresa é alugar imóveis, os valores que ela
recebe por esse conceito constituem sua receita ordinária com a venda de um serviço.
Neste caso, os aluguéis já acumulados, mas não recolhidos, serão registrados em Contas a
296 Central de Contadores
Contas a receber
Receber Comerciais.

4) SINISTROS A RECEBER DE SEGURADORAS.


Serão registrados nessa conta, os direitos a receber de sinistros de qualquer natureza que
sejam feitos às seguradoras.

5) SINISTROS A RECEBER DE FORNECEDORES.


Muitas vezes surge o caso em que, a empresa, compra uma mercadoria em dinheiro e,
posteriormente, essa mercadoria é devolvida ao fornecedor por qualquer motivo. Caso tenha
sido acordado que o fornecedor devolverá o valor correspondente em dinheiro e não por
meio de uma nova mercadoria imediatamente, o direito de cobrança deverá ser registrado
na conta deR a receber do Fornecedor.
6) AÇÕES JUDICIAIS A RECEBER.
Qualquer sinistro que esteja sendo litigado e que haja alto grau de garantia de que o
julgamento será favorável, deverá ser registrado nessa conta e apresentado na
Demonstração da Posição Financeira no Ativo Circulante caso se espere que seja
recolhido no ciclo normal das operações.
7) DEPÓSITOS EM GARANTIA DO CUMPRIMENTO DOS CONTRATOS.
Quando a empresa for contratada para realizar qualquer obra ou prestar determinado
serviço, e o contratante exigir que seja feito um depósito garantindo que o objetivo de tal
contrato será cumprido, o valor depositado será registrado na referida conta e apresentado
no Ativo Circulante, desde que esteja previsto que a obra será concluída ou que o serviço
será prestado dentro do ciclo normal de operações.
8) RECEBIMENTO DE ROYALTIES.
Entende-se por royalties a compensação pelo uso ou utilização de bens, geralmente
calculada com base na totalidade ou em parte da renda proveniente do usufruto ou da
exploração de tais bens. Por exemplo, a cobrança periódica pelo proprietário de terras pela
exploração de minerais (petróleo, carvão, etc.) e a cobrança feita pelo autor de um livro pela
sua venda ou aquela feita por um fabricante pelo uso de seus equipamentos quando produz
bens ou serviços para terceiros.

Quaisquer royalties que a empresa tenha acumulado, mas ainda não tenham recolhido,
devem ser registrados nesta conta.
9) CONTAS A RECEBER AOS ACIONISTAS.
Qualquer dívida que os accionistas tenham contraído com a empresa por outros valores que
não o que ainda devem do capital que subscreveram é registada nesta conta.
10) DIVIDENDOS PASSIVOS A RECEBER.
Quando uma sociedade anônima é constituída, os sócios ou acionistas "subscrevem o
capital". Ou seja, comprometem-se a contribuir com uma certa quantidade de recursos. A lei
permite que esses recursos sejam pagos ou entregues à empresa em partes, desde que a
primeira entrega não seja inferior a 20% do compromisso total.

A parte do capital que os acionistas devem à empresa, deve ser paga como eles decidirem.

Quando os acionistas decidem pagar à empresa uma parte adicional do capital que lhe
devem, diz-se que a empresa decretou a cobrança de um dividendo passivo. Essa conta
deve ser classificada no Ativo Circulante, caso o prazo para cobrá-la não ultrapasse o
Central de Contadores 297
Contabilidade
Financeira
ciclo normal das operações. Caso contrário, deverá ser apresentado no Ativo Não
Circulante.

11) DIVIDENDOS A RECEBER SOBRE INVESTIMENTOS.


Quando a empresa tem investimentos em ações de outras empresas, muitas vezes ela
decide distribuir parte dos lucros obtidos entre seus acionistas.

Quando isso ocorre, a empresa investidora tem o direito de receber a parte dos lucros que
lhe correspondem, os quais, enquanto não tiverem sido recolhidos, tal fato deverá ser
registrado na conta de Dividendos a Receber.

12) CONTAS A RECEBER DE EMPRESAS COLIGADAS.


São empresas coligadas ou coligadas, aquelas que fazem parte de um grupo que, por deter
a maioria do capital ou direitos de voto, tem a capacidade de exercer influência sobre outras
empresas.

Consideram-se também empresas coligadas aquelas que, não tendo interesses patrimoniais,
são administradas pelas mesmas pessoas, ou quando não, algumas empresas dependem
totalmente de outras para obter materiais e insumos para operar.

Atendidas essas condições, as contas a receber que uma empresa coligada possui sobre
outras, e que serão recolhidas no curso do ciclo normal de operações, devem ser
apresentadas na Demonstração da Posição Financeira, segregada das contas a receber
comerciais, dentro do Ativo Circulante, fazendo parte do grupo Contas a Receber de
Empresas Relacionadas.

CONTAS A RECEBER NÃO DE VENDAS QUE SERÃO COBRADAS EM


MERCADORIAS QUE NÃO SEJAM DINHEIRO.
Pertencem a esse grupo os direitos a receber que, ao executar sua cobrança, ocorrerão por meio
de qualquer bem ou serviço que não seja caixa ou equivalente, de modo que, na Demonstração
da Posição Financeira, serão apresentados dentro do grupo de Ativos Não Financeiros .
Dentre eles, podemos citar:

1) RECLAMAÇÕES A FORNECEDORES.
Refere-se aos casos em que, após ter efetuado uma compra de mercadoria e ter pago por
ela, essa mercadoria estava com defeito ou chegou com falta, e o fornecedor atenderá ao
sinistro substituindo a mercadoria que estava faltando ou que chegou com defeitos.

2) ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES.
Em algumas ocasiões, uma empresa está precisando fazer um adiantamento por conta para
garantir o fornecimento da mercadoria ou a prestação do serviço. Esta empresa, portanto,
tem um direito que será cobrado no momento em que a mercadoria ou serviço que você
comprou é recebido.

3) DIREITOS A COBRAR PELA EMBALAGEM.


Existem empresas como engarrafadoras de refrigerantes que, o produto que vendem aos
seus clientes, é apenas o conteúdo das garrafas. Os recipientes, as garrafas neste caso, são
faturados ao cliente separadamente e o valor deles será cobrado devolvendo-os pelo cliente.

298 Central de Contadores


Contas a receber
É por essa razão que os direitos a receber por embalagens não são apresentados dentro das
contas a receber comerciais, mas em uma conta separada, já que, comumente, não serão
recolhidos em dinheiro.

4) ADIANTAMENTOS AOS CONTRATANTES.


Quando uma empresa precisa fazer, por exemplo, uma obra, geralmente é dado um
adiantamento por conta. Esse adiantamento constitui um direito a receber, que será
recolhido no momento em que a obra for recebida já concluída.

Queríamos comentar nesta introdução sobre as contas a receber mais comuns, além das contas
a receber comerciais. Voltaremos a elas à medida que chegarmos às questões relacionadas às
transações que lhes dão origem. Por enquanto, continuaremos tratando apenas de contas a
receber comerciais.

CONTROLE INTERNO DE CONTAS A RECEBER COMERCIAIS.


Já foi comentado que o grupo mais importante de contas a receber é o das vendas de bens ou
serviços.

Isso implica que as contas a receber são apenas um elemento de todo o ciclo de transações
chamado ciclo de receita, no qual as transações de:

a) Venda
b) Despachar
c) Faturamento
d) Crédito e Cobrança
e) Contas a receber
f) Caixa

Por isso, recomenda-se que, quando o controle interno for implementado, ele seja feito não
apenas para controlar questões relacionadas ao contas a receber, mas, simultaneamente, o
restante das operações mencionadas também seja resguardado.

Sugerimos abaixo algumas medidas de controle interno que devem ser implementadas em torno
do ciclo de receita:

a) Com relação às vendas:

1) Todos os pedidos do cliente devem ser revisados e aprovados antes do envio da


mercadoria. Esta revisão deve ser feita por:

1.1) O departamento de vendas em termos de condições.


1.2) O departamento de crédito em termos de determinação de risco.

b) No que diz respeito aos despachos:

1) Insistindo na separação de funções, os responsáveis pelo despacho devem ser diferentes


daqueles que controlam a mercadoria no armazém. Os funcionários da seção de
expedição não devem ter acesso ao depósito.
Central de Contadores 299
Contabilidade
Financeira
2) As quantidades físicas a expedir devem ser verificadas com as mencionadas na nota de
expedição ao cliente.

3) As notas de expedição devem ser pré-numeradas e estabelecer um controlo sobre a


sequência das notas de expedição.

c) Em relação ao faturamento:

1) As funções do departamento de faturamento devem ser separadas daquelas


desempenhadas pelos departamentos de despacho e contas a receber.

2) Devem ser efectuados os controlos necessários para garantir que todas as notas de
desalfandegamento de mercadorias sejam facturadas.

3) As notas fiscais devem ser pré-numeradas mantendo um controle adequado de sua


existência e utilização, de acordo com as normas estabelecidas pelo SENIAT.

4) Uma vez preparada a nota fiscal, ela será verificada em termos de preço, precisão
aritmética, abatimentos, impostos, etc.

d) Quanto ao crédito e cobranças:

1) O departamento de crédito deve ser independente dos departamentos de vendas e contas


a receber.

2) A aprovação de um funcionário responsável deve ser exigida para:

2.1) Cancele o registro de contas que não são colecionáveis.


2.2) Conceder descontos fora do período normal ou que excedam os prazos habituais.

3) As notas de crédito para devoluções e abatimentos devem ser pré-numeradas e a sua


utilização devidamente controlada.

Quando as notas de crédito de devolução são emitidas, elas devem ser apoiadas por um
relatório de recebimento da mercadoria devolvida e aprovadas por um oficial responsável.

4) As faturas devem ser classificadas pela sua idade e periodicamente revistas por um
funcionário responsável.

5) As faturas canceladas devem ser devidamente controladas e examinadas periodicamente,


a fim de gerir a sua cobrança.

e) Com relação ao contas a receber:

1) Mensalmente, pelo menos, os assistentes de contas a receber devem ser confrontados


com o major-general.

2) É uma prática muito saudável enviar extratos mensais aos clientes.

300 Central de Contadores


Contas a receber
3) As pessoas independentes do departamento de vendas, faturamento e caixa devem:

3.1) Compare os demonstrativos mensais com o balancete e os extratos de correio


diretamente, investigando as diferenças encontradas.

3.2) Compare o balancete e análise por idade com o saldo maior.

4) Os funcionários que carregam os assistentes de contas a receber seniores devem ser


revezados com frequência.

5) As remessas em consignação devem ser tratadas separadamente das vendas e das


contas a receber.

RECONHECIMENTO DE CONTAS A RECEBER.


Em linhas gerais, as contas a receber devem ser reconhecidas e devidamente registradas, no
momento da transferência de propriedade do bem vendido ou da prestação do serviço contratado.
No entanto, nas vendas a prazo com retenção de propriedade , o registro de contas a receber
deve ser feito no momento em que as mercadorias vendidas são entregues, mesmo que o
comprador não se torne proprietário definitivo das mercadorias até que termine de pagá-las.

AVALIAÇÃO INICIAL DE CONTAS A RECEBER COMERCIAIS.


Seguindo as diretrizes indicadas na IAS 39 e no parágrafo 11.13 do VEN-NIF SME, onde afirma
que "... Ao reconhecer inicialmente um ativo financeiro ou passivo financeiro, uma entidade deve
medi-lo ao preço de transação, incluindo os custos de transação..."

Isso significa que a avaliação inicial do contas a receber deve ser feita pelo valor justo, incluindo
os custos adicionais inerentes à transação. É claro que esse valor justo deve ser equivalente ao
valor dos bens ou serviços que foram entregues ou fornecidos em troca.

Reforçando este facto, a IAS 18.9, referente às receitas de uma empresa, prevê que estas devem
ser reconhecidas com base no justo valor da rubrica recebida ou a receber, que é geralmente
representada por numerário ou outros meios equivalentes, tais como facturas, letras de câmbio,
etc.

O exposto nos leva a concluir que as contas a receber que não incluam quaisquer juros
previamente acordados, serão registradas pelo valor que consta nas faturas correspondentes,
que é o valor nominal dessas contas a receber.

DETERMINAÇÃO DO VALOR JUSTO DOS RECEBÍVEIS DE CURTO PRAZO.


De acordo com o disposto na alínea a) do ponto 11.10 do VEN-NIF PYME, "contas de origem
comercial, notas promissórias a receber e a pagar e empréstimos de bancos e terceiros", são
Instrumentos Financeiros de Base, desde que cumpram os requisitos estabelecidos nos §§ 8 e
9, Artigo 11 do VEN-NIF PYME.

Um dos fatores a serem considerados na determinação do valor justo na mensuração de


instrumentos financeiros básicos, como o contas a receber, é o prazo do crédito concedido.
Nesse sentido, duas situações podem surgir:

Central de Contadores 301


Contabilidade
Financeira
1) AVALIAÇÃO INICIAL DE CONTAS A RECEBER DE CURTO PRAZO.
Tendo em conta o que está expresso no ponto 11.13 da PINE-NIF PYME, nos casos em que
o prazo do crédito concedido não ultrapasse as condições comerciais normais ou, em
qualquer caso, não exceda o ciclo normal das operações (normalmente 12 meses), e o
preço do bem ou serviço vendido não incorpora qualquer montante de juros, "... uma conta a
receber é reconhecida pelo montante não deduzido desse numerário a receber dessa
entidade, que é geralmente o preço expresso na fatura correspondente."

Vamos explicar com um exemplo

Exemplo:

No dia 01-11-2012, a empresa TÍPICA C.A. vendia mercadorias para Bs. 50.000,oo mais Bs.
1.000,oo por transporte e presume-se que o IVA é de 10%. A nota fiscal de 2030 foi emitida
concedendo um prazo de 150 dias (5 meses) para pagamento. A empresa encerra suas
operações em 31 de dezembro de cada ano.

302 Central de Contadores


Contas a receber
É necessário:
a) Determinar a avaliação inicial da transação e seu registro.
b) Determinar a avaliação subsequente, no final de cada exercício contabilístico.

Vamos determinar o valor da fatura:

Valor das mercadorias 50.000,o.o.


Mais: Serviço de Transporte Subtotal 1.000,oo
Mais: IVA 10% 51.000,oo Total 51.000,o.br
5.100, oo
Registro da venda: 56.100,o.br

DATA DESCRIÇÃO DEVER TER


2012
Novbre. 01
---X---
CONTAS A RECEBER COMERCIAL E CORRENTE 56.100,o.br
VENDA
RECEITA DE TRANSPORTE 50.000,o.o.
DÉBITO FISCAL-IVA 1.000,oo
Venda conforme fatura 2030 a 150 dias (5 meses). 5.100, oo

Como se vê, como o prazo do crédito concedido é de curto prazo e não possui juros
embutidos, o recebível gerado nessa operação foi valorizado e registrado pelo valor
apresentado na fatura.

Quando essa entrada é passada para o atacado, a conta de Recebíveis Comerciais seria a
seguinte:
CONTAS A RECEBER

DEVER TER
56.100,o.br

2) AVALIAÇÃO EX POST DE CONTAS A RECEBER DE CURTO PRAZO


Os recebíveis comerciais de curto prazo devem ser mensurados pelo valor reconhecido no
início da operação, deduzidas as cobranças realizadas e o impairment que lhe corresponde
naquele momento.

É o que estabelece a alínea a) do ponto 11.14 do VEN- NIF PYME:

"Os instrumentos de dívida classificados como ativos circulantes ou passivos circulantes


devem ser mensurados pelo montante não descontado de caixa ou outra contraprestação
esperada

pagar ou receber (por exemplo, imparidade líquida, a menos que o acordo seja, na verdade,
uma operação de financiamento..."

Central de Contadores 303


Contabilidade
Financeira
Dito isto, e com base no caso que estamos a desenvolver, não tendo havido qualquer crédito
por conta, os Recebíveis Comerciais na data de encerramento do ano, 31-12-2012, seriam
apresentados por Bs. 56.100,oo, líquido de imparidade ocorrida. Falaremos sobre essa
redução de valor nos próximos capítulos.

DETERMINAÇÃO VALOR JUSTO DAS CONTAS PARA


COBRANÇA A LONGO PRAZO.
Quando uma empresa realiza uma venda e, em troca, recebe uma conta a receber com prazo
maior que o ciclo normal das operações (longo prazo), o valor justo desse recebível costuma ser
menor do que o valor nominal que aparece na fatura que será recolhida no futuro.

Além disso, quando o valor do crédito concedido pela empresa inclui um valor de juros, diz-se que
uma transação financeira está sendo realizada. Se for esse o caso, e em especial se o efeito dos
juros cobrados sobre a operação for considerado significativo, o justo valor do crédito deve ser
igual ao valor actualizado de todos os créditos futuros utilizando o método dos juros efectivos.

Vejamos abaixo como é feita a avaliação inicial e posterior do contas a receber de longo prazo.

1) AVALIAÇÃO INICIAL DE CONTAS A RECEBER DE LONGO PRAZO.


A este respeito, o ponto 11.13 do VEN-NIF PYME acrescenta:

"... Uma operação de financiamento pode ocorrer em conexão com a venda de bens ou
serviços, por exemplo, se o pagamento for diferido além das condições comerciais normais
(ou seja, além do ciclo normal de operações) ou for financiado a uma taxa de juros que não
seja uma taxa de mercado.

Se o acordo constituir uma operação de financiamento, a entidade deve medir o ativo


financeiro ou o passivo financeiro pelo valor presente dos pagamentos futuros
descontados a uma taxa de juro de mercado para um instrumento de dívida semelhante."

Como mencionado acima, quando o prazo do crédito dado em uma conta a receber gerada
por uma operação de venda ultrapassa o ciclo normal da transação e/ou o efeito da alocação
de juros é considerado significativo, a mensuração inicial e o registro desse recebível devem
ser feitos pelo seu valor atualizado ou valor presente, utilizando o método dos juros
efetivos. Nos casos em que a taxa de juro efectiva não esteja claramente estabelecida, a taxa
aplicada no mercado pode ser utilizada para essas operações.

Vamos explicá-lo com base no desenvolvimento de um estudo de caso, usando o mesmo


exemplo acima.

Exemplo:

Em 01-11-2012 a empresa TÍPICA C.A. Vendido mercadoria por Bs. 50.000,o.o. mais
Bs. 1.000,oo por transporte e é assumido um IVA 10%. Exibido A fatura 2030
concedendo um prazo de 3 anos para cancelamento, em três parcelas de Bs. 25.000,OO cada
que seriam pagos em 31-10-2013, 31-10-2014 e 31-10-2015. A empresa encerra seu exercício
contábil em 31 de dezembro de cada ano.

É necessário:
304 Central de Contadores
Contas a receber
1) Sabendo que a taxa de juros efetiva foi de 16,051364%, elabore a tabela de amortização do
valor descontado da conta a receber, ao final de cada período contábil.
2) Faça os lançamentos correspondentes, desde a venda até o recolhimento da última parcela.
3) Exibir o valor das contas a receber no final de cada exercício contábil.

Vamos lá:

Essa operação é uma venda de crédito em que o prazo a pagar vai além do ciclo normal de
operações, que é considerado como uma operação de financiamento. Nesses casos, para
determinar os valores a serem registrados, devemos nos basear no disposto no parágrafo 11.13
do VEN-NIF PYME:

"Uma operação de financiamento pode ter lugar em ligação com a venda de bens ou serviços, por
exemplo, se o pagamento for diferido para além das condições comerciais normais ou for
financiado a uma taxa de juro que não seja uma taxa de mercado. Se o acordo constituir uma
operação de financiamento, a entidade deve medir o ativo financeiro ou o passivo financeiro pelo
valor presente dos pagamentos futuros descontados a uma taxa de juro de mercado para um
instrumento de dívida semelhante."

E acrescenta:

"Para um empréstimo de longo prazo a outra entidade, uma conta a receber é reconhecida pelo
valor presente do caixa a receber (incluindo pagamentos de juros e reembolso do principal)
dessa entidade."

Em síntese, o acima exposto significa que, quando o prazo do crédito dado exceder o ciclo normal
das operações, a avaliação inicial da venda deve ser mensurada pelo valor presente das
cobranças futuras descontadas.
Primeiro, vamos registrar o funcionamento da venda. Para isso, vamos calcular o valor da fatura
que, como você pode ver, é o mesmo do caso anterior.

Valor das mercadorias 50.000,o.o.


Mais: Serviço de traslado 1.000,oo
Subtotal 51.000,o.br
Mais: IVA 10% 51.000,oo 5.100, oo
Total 56.100,o.br

Central de Contadores 305


Contabilidade
Financeira
TAXA DE JUROS EFETIVA.
A taxa de juros efetiva, também conhecida como Taxa Interna de Retorno (TIR), é a taxa de juros
que permite igualar o valor presente de uma operação de crédito, com a soma dos pagamentos
futuros a serem recebidos.

No nosso caso:

Valor presente: P = 56,100,oo


Valor futuro: F1 = 25.000,oo; F2 = 25.000,oo; F3 = 25.000,oo
CONTABILIDADE FINANCEIRA.....................................................................................1
Introdução à Contabilidade................................................................................................1
O QUE É CONTABILIDADE?.............................................................................1
NORMAS INTERNACIONAIS DE RELATO FINANCEIRO (IFRS)................3
DIVISÃO DE CONTABILIDADE........................................................................3
ÁREAS DE ATUAÇÃO DE UM CONTADOR...................................................4
RELAÇÃO DA CONTABILIDADE COM OUTRAS CIÊNCIAS......................6
EXERCÍCIOS................................................................................................................7
EXERCÍCIO 1.1........................................................................................................7
A Conta..............................................................................................................................9
A CONTA..............................................................................................................9
FORMA E CONTEÚDO DE UMA CONTA........................................................9
CLASSES DE EQUILÍBRIO...............................................................................12
MÉTODO PRÁTICO PARA CARREGAR OU CREDITAR UMA CONTA....14
QUANDO COBRAR E QUANDO PAGAR UMA CONTA..............................15
O EQUILÍBRIO: SUA DETERMINAÇÃO DE FORMA CONTÍNUA.............22
CONTA XYZ.......................................................................................................24
EXERCÍCIOS..............................................................................................................25
EXERCÍCIO 2.1......................................................................................................25
EXERCÍCIO 2.2......................................................................................................26
EXERCÍCIO 2.3......................................................................................................26
EXERCÍCIO 2.4......................................................................................................27
A equação patrimonial.....................................................................................................29
A EQUAÇÃO PATRIMONIAL..........................................................................29
O QUE A EMPRESA TEM É IGUAL AO QUE A EMPRESA DEVE.............30

306 Central de Contadores


Contas a receber
PASIVO................................................................................................................30
PATRIMÔNIO.....................................................................................................30
ParaCTIVO =P ASIVO + PATRIMÔNIO...........................................................30
ATIVO = PASSIVO + PATRIMÓNIO.............................................................33
ATIVO = PASSIVO + PATRIMÓNIO.............................................................33

Central de Contadores 307

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