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Brito
CONTABILIDADE
FINANCEIRA
VOLUME I
CENTRO DE
CO
CONTADORES
Edições
Central de Contadores
PRÓLOGO
Apesar de não ser o primeiro livro que escrevo, com a publicação deste um dos meus objetivos mais
desejados é cumprido: escrever um livro contábil.
Esse desejo tornou-se uma necessidade imperativa quando, através da experiência docente
que acumulei por mais de 40 anos lecionando contabilidade, pude observar como, estudantes
universitários de Administração e Ciências Contábeis, quando chegou a hora de cursar Contabilidade
Superior (Contabilidade IV), Eles têm muita dificuldade de assimilar esse conhecimento
normalmente, sendo o índice de diferimento tão alto que os próprios alunos, quando entram no
semestre em que verão essa contabilidade, o fazem convencidos, e aceitando antecipadamente, que
só o aprovarão depois de repeti-lo duas ou três vezes.
Como explicação para isso, não quis aceitar o raciocínio de que o ensino superior de
contabilidade é, em geral, uma matéria muito difícil para os alunos, e que esta foi a causa de tantos
atrasos nos exames.
Para mim, a causa foi muito mais profunda, pois comecei a observar que o problema não
estava na Contabilidade Superior, mas na Contabilidade Básica e Intermediária.
Para comprová-lo, ao iniciar em um dos semestres para lecionar Contabilidade Superior,
resolvi submeter os alunos a uma prova elementar de Contabilidade Básica. Forneci a eles uma lista
de contas com seus saldos, pedi que os classificassem como devedores e credores e que
preparassem uma Demonstração do Resultado e uma Demonstração da Situação Financeira.
Ao revisar a prova, observei que um grande número de alunos tinha dúvidas consideradas
elementares, como não ter certeza se o saldo de algumas contas era devedor ou credor ou em qual
grupo classificá-las, além de apresentar dificuldades na elaboração das demonstrações financeiras
solicitadas.
Diante desses resultados, a conclusão foi conclusiva: assim como se sabe que o ser
humano é feito nos primeiros dez anos de sua vida, o futuro contador é feito na medida em que tenha
alcançado sólidos conhecimentos de Contabilidade Básica e Intermediária.
Esse é o objetivo que me motivou a escrever este livro. Coloque nas mãos do aluno que
inicia seus estudos contábeis, aprendendo ferramentas que lhe permitam treinar de forma sólida.
O conteúdo deste livro é adaptado para o programa de estudos que se aplica aos
estudantes de contabilidade do CENTRO de CONTADORES, que, ao mesmo tempo, é o mesmo
visto por estudantes de contabilidade em diferentes universidades.
Tendo em conta que a grande maioria das empresas na Venezuela se qualifica dentro do
grupo de Médias e Pequenas Entidades, é por isso que decidi desenvolver as explicações, quando
apropriado, com base nas Normas Internacionais de Relato Financeiro para Pequenas e Médias
Entidades (IFRS para PME). que, através de BA VEN-NIF No. 8, foram adotados pela Federação
dos Colégios de Contadores Públicos da Venezuela, como os Princípios Contábeis Geralmente
Aceitos a serem aplicados na Venezuela para Pequenas e Médias Entidades (VEN-NIF PYME).
Devido à extensão do material a ser tratado seria um livro muito volumoso que, fisicamente,
seria difícil de manusear, é a razão pela qual se decidiu apresentá-lo em dois volumes.
Os dois primeiros Capítulos deste Primeiro Volume, foram destinados ao estudo da Conta,
onde é desenvolvido um método prático para fazer encargos e créditos e determinar o saldo,
enquanto, no terceiro, desenvolve-se o que está relacionado com a Equação do Patrimônio,
enfatizando que, o domínio desses tópicos são indispensáveis para o bom manejo dos Capítulos
seguintes.
É sabido que, atualmente, praticamente todas as empresas mantêm sua contabilidade por
meio de computadores. No entanto, é essencial que todo contador saiba carregá-lo em "livros". Em
V
primeiro lugar, porque o nosso Código Comercial e a Lei do Imposto de Renda obrigam a utilizar
os livros nele mencionados. Segundo, porque para saber como manter uma contabilidade com um
computador, é essencial, antes, saber como ela é realizada "à mão". Os capítulos 4, 5 e 6 destinam-
se a isso.
O Capítulo 7 foi pensado para que o aluno se familiarize com os nomes das contas mais
comuns que são utilizadas em qualquer contabilidade, bem como conheça sua classificação,
orientando-nos a, no final do caminho, dominar o que está relacionado à apresentação das
Demonstrações Contábeis.
O capítulo 8 foi dedicado às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e às
Normas de Controle Interno. De uma forma muito resumida, um esboço deles é feito lá.
O AUTOR.
V
I
Introdução à Contabilidade
O QUE É CONTABILIDADE?
Muitas foram as opiniões emitidas sobre o que é contabilidade. Alguns autores a consideram
uma ciência, outros expressam que é uma arte e outros afirmam que é uma técnica.
Não sendo objetivo deste tratado aprofundar nesse aspecto, limitar-nos-emos a transcrever
algumas das definições que têm sido dadas em torno do que é contabilidade.
"A contabilidade financeira é uma técnica utilizada para produzir sistemática e estruturalmente
informação quantitativa expressa em unidades monetárias das transações realizadas por uma
entidade económica e de determinados eventos económicos identificáveis e quantificáveis que a
afetam, de modo a facilitar aos diversos intervenientes a tomada de decisões em relação à
referida entidade económica".
"A contabilidade é uma atividade de serviço. Sua função é fornecer informações quantitativas
sobre a entidade econômica, sendo essas informações principalmente de natureza financeira e
úteis para selecionar a melhor alternativa e o melhor curso de ação na tomada de decisões."
Por sua vez, o Federação dos Colégios de Contadores Públicos da Venezuela, define
contabilidade da seguinte forma:
"A contabilidade deve ser considerada tanto uma atividade de serviço quanto um sistema de
informação e uma disciplina descritiva e analítica. Qualquer um dos significados ou descrições
adotados da contabilidade deve conter as quatro bases que a definem: a natureza econômica da
informação, medida e comunicada sobre entidades econômicas de qualquer nível
organizacional, apresentada a pessoas interessadas em fazer julgamentos com base nas
informações e tomar decisões usando tais informações. ”
Central de Contadores 1
Contabilidade
Financeira
Uma análise das definições mencionadas acima leva à conclusão de que, no fundo, todas elas
expressam a mesma ideia. Eu quero dizer:
"A contabilidade é a atividade por meio da qual as transações realizadas por uma entidade
econômica são registradas, classificadas e resumidas , em termos quantitativos, permitindo
que as pessoas interessadas analisem e interpretem as mudanças e os resultados obtidos,
com vistas à tomada de decisão."
Como se vê, na definição acima estão contidos todos os conceitos relevantes mencionados
pelos diferentes autores em torno do que é contabilidade. Esses conceitos são expressos na
ordem em que a atividade contábil é desenvolvida:
1) INSCRIÇÕES.
Essa é a primeira atividade que é realizada na contabilidade de uma empresa. No entanto,
quando ele é constituído, antes de começar a registrar as transações, é necessário realizar a
etapa anterior de planejamento do sistema contábil que será utilizado. Esse planejamento
consiste principalmente em determinar a quantidade e o tipo de informações a serem
obtidas, bem como os tipos de ferramentas que serão utilizadas, como computadores ou
outras máquinas eletromecânicas.
2) CLASSIFICAÇÃO.
As transações são registradas na ordem cronológica em que são feitas.
No entanto, esse registro, por si só, não fornecerá muitas informações, por isso é necessário
dar o próximo passo que é classificar os fatos de acordo com sua natureza. Trata-se
simplesmente de acumular tais fatos por meio do uso de contas, para que, a qualquer
momento, possam ser obtidas informações como, por exemplo, quanto de dinheiro existe no
banco, quanto foi vendido até aquela data, quanto seus investimentos montaram, quanto foi
gasto, quanto e a quem a empresa deve, etc.
3) RESUMO.
Uma vez classificadas as operações em suas contas correspondentes, dá-se o passo
seguinte, que consiste em agrupá-las de acordo com sua natureza, obtendo-se assim o que
se denomina Demonstrações Contábeis Básicas, que são constituídas por: Demonstração da
Posição Financeira, Demonstração do Resultado Abrangente, Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração dos Fluxos de Caixa, além de suas
Notas Explicativas.
2 Central de Contadores
Introdução à Contabilidade
4) ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO.
Até poucos anos atrás, a função da contabilidade limitava-se a cumprir os aspectos internos
de registro, classificação e síntese. É o que se chama de escrituração contábil. No entanto,
hoje, os objetivos da contabilidade vão muito além do registro monótono e repetitivo das
transações.
As informações assim obtidas são posteriormente submetidas a uma análise, tanto do ponto
de vista estático quanto dinâmico, após o que, os eventos ocorridos na empresa são
interpretados.
5) TOMADA DE DECISÃO.
A atividade de analisar e interpretar as demonstrações contábeis não teria muita utilidade se
tudo permanecesse lá. No entanto, para o empreendedor moderno, as informações que ele
obtém a partir dessa análise e interpretação dos fatos que afetaram a empresa no passado, é
vital para projetá-la no futuro por meio da tomada de decisões.
DIVISÃO DE CONTABILIDADE.
De acordo com quem as informações fornecidas pelas demonstrações contábeis são
direcionadas, a contabilidade pode ser classificada em: Contabilidade Financeira e
Contabilidade Administrativa ou Gerencial.
CONTABILIDADE FINANCEIRA.
É aquele em que as demonstrações financeiras se destinam a fornecer informações úteis na
tomada de decisões econômicas por usuários externos , como fornecedores, bancos, governo,
Central de Contadores 3
Contabilidade
Financeira
etc. Por esta razão, a Contabilidade Financeira deve estar sujeita à aplicação das Normas
Internacionais de Relato Financeiro.
Além disso, como mencionado acima, o contador pode atuar em diferentes áreas especializadas,
o que significa que muitas vezes existem vários contadores trabalhando na mesma empresa.
Essa característica torna essa profissão ainda mais atrativa. Algumas das áreas em que o
contador pode atuar, são discutidas a seguir:
1) CONTABILIDADE DE CUSTOS.
Essa é uma das áreas em que um contador pode atuar. Eles são contratados especialmente
no setor industrial, onde a atividade principal sempre tem a ver com o processo de
transformação de matéria-prima em produto acabado.
Como todos sabem, na Venezuela terminou a era em que, devido à força da moeda nacional,
qualquer empresa que fosse constituída, poderia ser considerada próspera.
2) AUDITORIA.
O campo da auditoria também é uma importante área de atuação que um contador pode
desenvolver, podendo atuar tanto na auditoria externa quanto na interna.
a) Auditoria externa.
É a atividade exercida por um contador de forma independente, que, com base em
padrões, técnicas e procedimentos estabelecidos, consegue coletar evidências que lhe
permitam emitir uma opinião imparcial sobre a razoabilidade dos números apresentados
nas demonstrações contábeis de uma empresa.
4 Central de Contadores
Introdução à Contabilidade
Como dito, o contador é contratado pela empresa para realizar esse trabalho, mas sem
estar sujeito às ordens desta última.
b) Auditoria interna.
Nesse caso, o contador trabalhará de forma dependente da empresa que o contratou.
3) SISTEMAS E PROCEDIMENTOS.
Essa área também é um excelente campo de atuação para o contador. Empresas que, em
geral, querem ser bem organizadas, necessitam de um profissional para estabelecer os
sistemas por meio dos quais as operações a serem realizadas serão controladas, bem como
obter os diferentes tipos de informações que são necessárias, tanto para uso interno quanto
externo.
4) IMPOSTO DE RENDA.
Essa é outra especialidade para a qual um profissional contábil pode escolher.
É claro que ter sólidos conhecimentos de direito tributário é essencial para a prática nessa
área.
Central de Contadores 5
Contabilidade
Financeira
Neste caso, o médico, à luz do resultado que o laboratório lhe apresenta da análise feita,
tomará a decisão de aplicar um ou outro medicamento. Se, em determinado momento, o
laboratório fornecer ao médico informações erradas, muito provavelmente o medicamento
aplicado não será o mais indicado e o paciente, longe de melhorar, vai piorar.
Nessa área, o contador também é o profissional ideal para exercê-la. Seus sólidos
conhecimentos de contabilidade e técnicas de análise fazem com que isso aconteça.
Todos eles são alimentados pelos dados fornecidos pela contabilidade para atingir seus
objetivos. Daí a importância de garantir que o contador seja um profissional bem treinado. Só
assim se atingirá o objetivo de informação contabilística atempada e fiável.
6 Central de Contadores
Introdução à Contabilidade
EXERCÍCIO
S
EXERCÍCIO 1.1.
4. Liste seis áreas em que um contador pode atuar e explique em que consiste cada uma
delas.
Central de Contadores 7
A Conta
A CONTA.
É a unidade básica da contabilidade. Poderia ser definido como o meio ou instrumento contábil
através do qual as operações são registradas de acordo com sua natureza, onde se reflete o
movimento de tudo o que RECEBEU e tudo o que ENTREGOU aquela conta. Tal
Os movimentos refletirão os aumentos e diminuições experimentados pelo elemento que
controla cada conta.
Certamente, se esta é a primeira vez que você tem contato com essa disciplina, você não terá
entendido muito bem o conteúdo da definição do relato que acabamos de expressar. Se sim,
você não precisa se preocupar muito. Continue lendo devagar. As explicações que serão dadas
nas próximas páginas serão suficientes para que você entenda com absoluta clareza o que é
uma conta e como ela funciona na contabilidade.
Como pode ser visto, em termos gráficos (Figura 2.1), um talão consiste em uma eclosão na
forma de colunas, cada uma das quais tem um alvo. Vamos explicar abaixo a função que cada
seção de uma conta cumpre.
(1)
NOME
(2) (3) (4)
(5) DEVE (6) TÊM (7) EQUILÍBRIO
DATA DESCRIÇÃO REFER
ÊNCIA
Figura 2.1
Forma de uma conta
Central de Contadores 9
Contabilidade
Financeira
1. NOME DA CONTA.
É a identificação específica que é dada a cada conta, de acordo com a natureza do elemento
patrimonial que controla, com a qual são alcançados dois objetivos:
É algo parecido com o que acontece com as profissões. Cada uma tem seu próprio nome que
permite diferenciar algumas profissões de outras. Por exemplo, quando falamos de médicos,
carpinteiros, contadores, mecânicos, etc., temos claro que todas essas atividades têm o nome
genérico de "profissão". No entanto, quando necessitamos dos serviços de algum deles em
particular, não procuramos um "profissional", mas vamos àquele que trabalha especificamente
na atividade que estamos solicitando, de modo que, se estivermos "doentes", solicitamos um
"médico"; Se precisarmos de um "móvel" contratamos um "carpinteiro", etc.
Bem, algo semelhante acontece com as contas. Todas as contas têm o nome genérico de
"contas".
No entanto, vamos registrar alguma transação, não podemos fazê-lo simplesmente em "uma
conta". É necessário registrá-lo em um deles em particular, de acordo com a natureza do
elemento envolvido na transação a ser registrada.
BANCOS: Essa conta registra a movimentação de dinheiro que é feita através dos bancos.
CONTAS A RECEBER: Por meio do qual serão controladas as dívidas que os clientes
adquiriram com a empresa para as vendas a crédito que lhes foram feitas.
CONTAS A PAGAR: Ele registrará as dívidas que a empresa contrai com terceiros.
E assim por diante. Cada conta terá um nome próprio que a diferenciará das demais, o que
nos permitirá, a qualquer momento, escolher a ideal em que serão registradas as transações
que, por sua natureza, devem ser processadas naquela conta.
2. DATA.
Esta coluna observará a data em que a transação está sendo lançada.
10 Central de Contadores
A Conta
3. DESCRIÇÃO.
De forma mais ampla do que as demais, alguns detalhes da transação serão descritos muito
brevemente nesta coluna.
4. REFERÊNCIA.
Esta coluna, geralmente a mais estreita, é usada para cruzar informações com outros livros
contábeis. Vamos nos aprofundar nisso nos próximos capítulos.
5. DEVER.
Por enquanto, dir-se-á apenas que o débito é a soma de todos os itens que o contador
registrou na coluna encabeçada com aquele conceito, de acordo com as regras que serão
explicadas nas páginas seguintes deste mesmo capítulo.
De acordo com isso, se, por exemplo, o contador teve que anotar nessa coluna três
transações para Bs. 100,oo, Bs. 150,oo e Bs. 200,oo, o débito dessa conta será a soma dos
três; ou seja, Bs. 450,oo.
Vamos ver como essas informações apareceriam em uma determinada conta (Figura 2.2).
NOME
DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRIO
100,oo
150,oo
200,o.·
450,o.o
Figura 2.2
O Dever de uma Conta
6. TER.
Da mesma forma, o crédito é a soma de todos os itens que o contador registrou naquela
coluna, também sujeito às regras que serão discutidas nas próximas páginas deste capítulo.
Central de Contadores 11
Contabilidade
Financeira
100,oo
150,oo
200,o.·
80,o.·
120,oo
450,o.o 200,o.·
Figura 2.3
O crédito de uma conta
7. EQUILÍBRIO.
É dada pela diferença entre o deve e o ter, ou entre o mosto e o mosto. Ou seja, o valor maior
é subtraído do menor e o resultado será o saldo.
Na conta que estamos elaborando, o saldo será a diferença entre Bs. 450,oo (mosto) e Bs.
200,oo (tem); ou seja, Bs. 250,oo. Depois disso, a conta em questão seria a seguinte (Figura
2.4).
Figura 2.4
O saldo da conta
Como você viu, a eclosão pela qual uma conta é expressa graficamente é simples e fácil de
entender. No entanto, para tornar as explicações mais dinâmicas, a partir de agora, quando
formos explicar algo relacionado à conta, usaremos apenas a parte daquela cotação em que o
débito e o crédito são registrados. Ou seja, usaremos uma conta na forma de um "T". Dito isso,
vamos continuar a explicação relacionada ao conteúdo de uma conta.
CLASSES DE EQUILÍBRIO.
Já sabemos qual é o equilíbrio e como ele é determinado. Vamos complementar esse
conhecimento explicando que as contas podem ter três tipos de saldo: Devedor, Credor e Zero.
a) SALDO DEVEDOR.
Diz-se que uma conta tem um saldo devedor, quando acontece que a dívida é maior que o
crédito. Assim, suponha que em uma determinada conta, o contador tivesse que escrever no
débito Bs.140,oo e Bs. 160,oo, enquanto, a seu crédito, registrou Bs. 80,oo, e Bs. 20,oo.
Como determinaríamos o equilíbrio e que tipo de equilíbrio seria? Vejamos na conta abaixo:
12 Central de Contadores
A Conta
NOME
DEVER TER
140,o.o 80,o.·
160,oo 20,o.·
Dever 300,oo 100,oo Ter
Figura 2.5
Saldo de débito
Como você pode ver, o saldo foi calculado estabelecendo a diferença entre o débito e o
crédito: 300,oo - 100,oo = 200,oo.
Em seguida, determina-se que tipo de equilíbrio é. Obviamente, esse saldo acabou sendo um
devedor, já que a dívida é maior que o crédito.
b) SALDO CREDOR.
O saldo de uma conta é dito credor quando acontece que o crédito é maior do que o devido.
Vamos explicar com um exemplo:
Suponha que o contador tivesse que registrar transações no débito de uma conta para Bs.
90,oo e Bs. 110,oo, enquanto no crédito, teve que registrar Bs. 45,oo e Bs. 255,oo. Sendo
assim, a conta em questão ficaria como mostra a figura 2.6.
NOME
DEVER TER
90,oo 45,oo
110,oo 255,oo
Dever 200,o.· 300,oo Ter
Figura 2.6
Saldo de crédito
Nesse caso, o saldo foi calculado estabelecendo a diferença entre o crédito e o débito: Bs.
300,oo menos Bs. 200,oo.
Note que, nesse caso, o crédito é maior que o devido; por esta razão, o saldo de Bs. 100,oo
é credor.
Central de Contadores 13
Contabilidade
Financeira
c) SALDO ZERO.
Diz-se que o saldo de uma conta é zero, ou que não tem saldo, quando é o caso de que, o
dever, é igual ao ter.
Suponha que o contador registrou as transações mostradas na conta a seguir (Figura 2.7).
NOME
DEVER
TER
60,o.·
20,oo 80,oo
40,oo
Dever 100,oo 100,oo Ter
Saldo: Zero
Figura 2.7
Saldo zero
Como você pode ver, a soma do deve é igual à soma do crédito. Por esse motivo, a diferença
entre os dois totais é zero.
Resumindo:
Se o MUST É maior que o TEM: o equilíbrio DEVEDOR
Se o HABER É maior que DEVER: éo CREDOR
Se o MUST É O mesmo o TER: equilíbrio é ZERO
MÉTODO PRÁTICO que PARA CARREGARoOU CREDITAR UMA CONTA.
equilíbrio
Antes de iniciar o desenvolvimento deste tema tão importante, é essencial que façamos uma
breve observação:
Ao longo de várias décadas dedicadas à formação de profissionais contábeis, vimos inúmeros
alunos chegarem ao Centro de Contadores que, embora já cursassem Contabilidade Pública em
diferentes Instituições Universitárias, estavam interessados em recomeçar os estudos da
disciplina Contabilidade.
É claro que, quando conhecem tal situação, são questionados sobre os motivos que os levam a
tomar tal decisão, e a resposta, praticamente, é uma constante: "Não consegui aprovar a
Contabilidade I, pois não consegui entender o processo de Encargos e Créditos".
Além disso, muitos deles alegaram que estão prestes a abandonar a ideia de estudar Ciências
Contábeis, pois esse processo parece muito "emaranhado". Foi assim que eles se expressaram.
Após o estudo dos diferentes casos, concluímos que o problema estava na utilização de uma
estratégia de ensino, não condizente com o nível de formação que os estudantes de
contabilidade têm na época.
Um aluno que mal ouviu a definição do que é contabilidade, não pode, de uma só vez, expor a
teoria da cobrança e do crédito, como costuma ser feito em muitas Instituições de Ensino
Superior, onde os alunos são apresentados desta forma:
"É cobrado se a conta estiver Ativa ou Despesas e aumenta o saldo . Também é cobrado se a
14 Central de Contadores
A Conta
É pago se a conta for de Ativos ou Despesas e diminuir o saldo, ou se for de Passivo, Resultado
ou Patrimônio Líquido e aumentar o saldo.
"As contas de Ativos e Despesas aumentam pelo Dever e diminuem pelo Crédito.
As contas de Passivo, Patrimônio Líquido e Resultado diminuem pelo Dever e aumentam pelo
Crédito".
Quando esse objetivo é alcançado, esse aluno não encontra dificuldade quando o assunto
"contabilidade por partidas dobradas" é abordado posteriormente.
Portanto, vamos nos afastar um pouco das formas ortodoxas geralmente usadas para explicar a
"cobrança" e o "crédito". Em vez disso, usaremos uma metodologia simples que permitirá que o
aluno seja convencido de que esse processo é algo muito simples. Sugerimos que os colegas
professores universitários coloquem essa estratégia em prática. Se você fizer isso, verá com
satisfação que, em poucas horas de aula, seus alunos terão entendido claramente esse processo
tão importante de aprender o cargo e a inscrição. Você também notará que, quando estudamos o
tema da "dupla entrada" mais profundamente, os alunos o compreenderão com muita facilidade.
Então, vamos ao que interessa.
Certamente, os alunos entenderam essa definição como elementar e estão certos. Bem, dizer
que o "dever" é o que está escrito no "dever" é redundante. O que é realmente importante é
determinar "quando" o valor é inserido no mosto e "quando" é registrado no crédito. De
Como você pode ver no diagrama mostrado na Figura 2.8, quando você precisa registrar uma
Central de Contadores 15
Contabilidade
Financeira
transação, você deve executar as seguintes etapas:
Para alcançar o objetivo que perseguimos nesta seção do curso, desenvolveremos um caso
hipotético e, com base nele, explicaremos a teoria de como fazer registros, com o
esclarecimento para quem já tem conhecimento de contabilidade, que não utilizaremos, Por
enquanto, a teoria do jogo duplo. Limitar-nos-emos a registar-nos apenas numa das contas
envolvidas na transação. Ou seja, só vamos determinar se cobramos ou creditamos a conta
em que estamos dando a explicação.
Para isso pensamos que, a qualquer momento, temos que registrar uma série de transações
em que a conta BANCÁRIA intervém. Como adiantamento para os próximos tópicos, é
necessário aqui saber que a conta Bancos é usada para controlar o dinheiro que depositamos
ou que extraímos das contas que temos nessas instituições financeiras. Nossa primeira
prática de cobranças e créditos será feita, portanto, utilizando a conta BANCÁRIA.
(
Consta no MUST
- Se CARGA
SIM Se DEBITADO-
•
Faça a si mesmo a
pergunta que
VOCÊ RECEBE
ALGUMA COISA? NÃO -
16 Central de Contadores
A Conta
Continue abaixo -
A CONTA
SELECIONADA f Observa-se no HABER
Se PAGAR
Se CREDITADO
SIM
-
A conta selecionada
VOCÊ ENTREGA
ALGUMA COISA? • NÃO
- não é o certo
Figura 2.8
Quando carregar ou creditar uma conta
Com relação a este último, isso porque, se a conta escolhida tiver sido adequada, sempre será o
caso de que essa conta, ou receba ou entregue algo.
Vamos colocar essa teoria em prática, desenvolvendo alguns casos.
BANCOS
DEVER TER
Figura 2.9
Vamos continuar usando o diagrama na Figura 2.8. Vamos fazer a primeira pergunta:
Central de Contadores 17
Contabilidade
Financeira
O BANCO RECEBE ALGUMA COISA?
A resposta, obviamente, é SIM. O banco está recebendo o dinheiro que estamos depositando.
Por esse motivo, o registro do depósito será feito no DEBE. Ou seja, vamos cobrar ou debitar a
conta BANCÁRIA. (Figura 2.10).
BANCOS
DEVE TER
R
500,oo
Figura 2.10
Transação (b) Um cheque foi emitido para o Banco Venezuela para cancelar o recebimento do
telefone por Bs. 100,oo.
Trata-se de uma transação em que o dinheiro é retirado do banco. Portanto, é óbvio que a conta
escolhida será: BANCOS.
A resposta é NÃO; É a emissão de um cheque, pelo qual eles vão extrair parte do dinheiro que
temos no banco. Então, vamos fazer a seguinte pergunta:
A resposta é SIM. Por este motivo, a inscrição será feita no CRÉDITO. Ou seja, a conta bancária
é creditada ou creditada. (Figura 2.11).
BANCOS
DEVE TER
R 500,oo
100,oo
Figura 2.11
18 Central de Contadores
A Conta
Transação (c) Um novo depósito foi feito para Bs. 700,oo no Banco Venezuela.
Resposta: SIM. É um depósito de dinheiro. Sendo assim, vamos anotá-lo no MUST. (Figura 2.12).
BANCOS
DEVE TER
R
500,oo
100,oo
700,oo
Figura 2.12
Transação (d) Emitimos um novo cheque para Bs. 200,oo contra o Banco Venezuela para
cancelar uma fatura que devidamos.
BANCOS
DEVE TER
R500,oo 100,oo
700,oo 200,o.·
Figura 2.13
Já reparou como é fácil gerir uma conta? Temos certeza de que você entendeu isso. No entanto,
desenvolveremos um caso adicional usando outra conta.
Central de Contadores 19
Contabilidade
Financeira
FORNECEDORES intervirá. Para isso, é preciso antecipar que usamos essa conta para controlar
as dívidas que a empresa contraiu com seus fornecedores de bens e serviços, aceitando "notas
fiscais". Vamos desenvolver um exemplo:
Transação (a) A empresa comprava mercadorias a crédito para Bs. 1.000,oo. Nota Fiscal nº.
2342 com vencimento em 60 dias.
Vamos analisar a transação. É a compra de mercadoria a crédito, o que significa que contraímos
uma dívida. Devemos uma quantia de dinheiro a alguém. Temos uma conta a pagar. A conta que
utilizaremos para controlar essa dívida será chamada: CONTAS A PAGAR A FORNECEDORES.
(Figura 2.14).
CONTAS A PAGAR
AOS FORNECEDORES
DEVER TER
Figura 2.14
A resposta é obviamente NÃO, porque não é que estamos pagando uma dívida que tínhamos,
mas que estamos contraindo uma nova dívida.
É claro que, em troca de termos recebido a mercadoria comprada, tivemos que entregar ao
fornecedor sua fatura assinada como prova de que concordamos em pagar-lhe, no prazo de 60
dias, o valor estipulado nela. Por isso, estamos entregando uma CONTA A PAGAR AOS
FORNECEDORES nas mãos do fornecedor, que nos cobrará quando devido.
CONTAS A PAGAR
AOS FORNECEDORES
DEVER TER
20 Central de Contadores
A Conta
1.000,oo
Figura 2.15
Transação (b) Decorrido o prazo de 60 dias, o fornecedor apresenta-se para cobrar a fatura nº
2342 de Bs. 1.000,oo, que foi pago com um cheque sacado em nossa conta
do Banco Venezuela.
Como é o cancelamento de uma fatura que tivemos que pagar, a conta onde vamos cadastrar
será: CONTAS A PAGAR A FORNECEDORES.
Ou seja, estamos recebendo alguma fatura que tivemos que pagar? A resposta é SIM. Nota
Fiscal nº. 2342 que havíamos entregue anteriormente quando aceitamos a dívida, agora estamos
recebendo com a assinatura de " Cancelado" carimbada pelo fornecedor. Ou seja, estamos
recebendo uma conta a pagar já cancelada. Portanto, o cadastro será feito no mosto (Figura
2.16).
CONTAS A PAGAR
AOS FORNECEDORES
DEVER TER
1.000,oo
1.000,oo
Figura 2.16
Não é muito fácil? É claro. No entanto, seu professor em sala de aula desenvolverá mais casos,
com base em transações nas quais outras contas intervirão, sempre se baseando neste
postulado:
Você notará que lá definimos uma CONTA como " a unidade básica da contabilidade", uma
vez que todas as transações serão registradas em "alguma conta". Também dissemos que eles
gravam "tudo o que RECEBE e tudo o que ENTREGA essa conta". É o que temos feito nas
páginas anteriores.
Central de Contadores 21
Contabilidade
Financeira
Vejamos novamente as contas que usamos (Figura 2.17).
CONTAS A PAGAR
BANCOS AOS FORNECEDORES
Observe como é sempre verdade que, o DEVE, é a soma de tudo o que a conta RECEBE,
enquanto , o CRÉDITO, é a soma de tudo o que ENTREGA.
Nesse caso, o saldo devedor anterior é somado com o novo débito e, o saldo resultante,
permanecerá de sinal de débito.
22 Central de Contadores
A Conta
Se esse for o caso, a diferença entre o saldo anterior e o novo débito é estabelecida e o sinal do
novo saldo será aquele que teve o maior dos dois.
Nesse caso, o saldo anterior é somado com o novo crédito, e o sinal de saldo permanecerá
credor.
Resumindo:
a) Os itens "Sinal de igual" são somados e o sinal do novo saldo permanece o mesmo.
b) Itens de " signos diferentes" são subtraídos e o sinal do novo saldo será aquele com o
Jogo importante.
Exemplo:
Suponha que as seguintes transações foram registradas na conta XYZ na mesma ordem
mostrada:
a) Um débito para: b) Um débito para: c) Um crédito para:
200,oo d ) Um crédito 300,oo e) Um débito para: 100,oo f ) Um crédito
para: 700,oo g ) Um 160,oo para: 200,oo i ) Um débito
débito para: 600,oo j) Um h ) Um crédito para: para: 110,oo l) Um débito
débito para: 630,oo 400,oo k) Um crédito para: 800,oo
Se esse fosse o caso, o saldo da conta XYZ mostraria o comportamento mostrado na Figura
2.19.
Central de Contadores 23
Contabilidade
Financeira
CONTA XYZ
DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍB SINAL
RIO
a) 200,o.· 200,o. Dr Devedor
b) 300,oo · 500,o Dr Devedor
c) 100,oo o 400,o Dr Devedor
d) 700,oo o 300,o Cr Credor
e) 160,oo o 140,o. Cr Credor
f) 200,o.· o 340,o. Cr Credor
g) 600,oo o 260,o. Dr Devedor
h) 400,oo o 140,o. Cr Credor
i) 110,o.· o 30,o.· Cr Credor
j) 630,o.ª 600,o Dr Devedor
k) 280,o.ª o 320,o. Dr Devedor
l) 800,oo br 1.120, oo Dr Devedor
Figura 2.19
Convidamos o aluno, com base no diagrama da Figura 2.18, a analisar como o saldo foi
determinado em cada operação registrada na conta mostrada na Figura 2.19. No entanto,
qualquer dúvida deve ser feita quando você chegar na aula.
24 Central de Contadores
A Conta
EXERCÍCIO
S
EXERCÍCIO 2.1.
1 Defina o que é uma conta.
.
2. As informações fornecidas por uma conta referem-se principalmente a:
a) Nome da conta. b) Data c) Descrição f)
d) Referência e) Deve
g) Saldo
9. Uma letra de câmbio devida por um cliente foi cobrada por Bs. 8.000,oo.
Central de Contadores 25
Contabilidade
Financeira
EXERCÍCIO 2.2.
Em uma conta semelhante à mostrada abaixo, registre os encargos e créditos que são
indicados, estabelecendo o saldo constante e indicando seu sinal:
1) Cobrar por Bs. 2.000,oo 2) Cobrança por Bs. 3) Pagamento para Bs.
4) Cobrar por Bs. 3.000, oo 1.000,oo 1.500, oo
7) Pagamento para Bs. 5) Pagamento para Bs. 6) Pagamento para Bs.
1.600,o.o 6.000,oo
500,oo 10) Cobrança por Bs.
8) Cobrar por Bs. 1.200, oo 9) Pagamento para Bs.
8.000,oo
11) Pagamento para Bs. 700,oo
13) Pagamento para
3 de janeiro. Foi depositado no Banco Venezuela Bs. 12.000.oo de acordo com a folha de
pagamento de 1928.
5 de janeiro. Mercadorias em dinheiro foram compradas para Bs. 3.000.oo pagos pelo cheque
nº 2142 do Banco Venezuela.
8 de janeiro. O cheque nº 2143 foi emitido para cancelar o aluguel para Bs. 6.000,oo.
10 de janeiro. A nota de débito nº 3240 foi recebida do banco para Bs. 400.oo para os juros
cobrados em um empréstimo.
11 de janeiro. A factura 4260 foi paga ao fornecedor Industrias El Águila C.A. por Bs.
5.600,oo. Cheque nº 2144.
26 Central de Contadores
A Conta
15 de janeiro. O depósito nº 1936 foi feito para Bs.15.620,oo.
20 de janeiro. A nota de crédito nº 3290 foi recebida do banco para Bs. 9.400,oo para
transferência feita pelo cliente Antonio Armas em cancelamento da fatura 2940.
25 de janeiro. O cheque nº 2145 foi emitido para Bs. 6.700,oo para cancelar a fatura 162 de
Mueblería El Roble em cancelamento de uma mesa comprada.
30 de janeiro. Os salários dos trabalhadores eram pagos por Bs. 12.360,oo, mediante
emissão do cheque nº 2146.
EXERCÍCIO 2.4.
Na conta a receber a Proveedora Mara C.A. Registre as operações que são indicadas usando
a conta de eclosão mostrada abaixo:
4 de maio. A mercadoria era vendida a crédito para Bs. 5.000,oo. Nota fiscal de 2192 a 10
dias.
6 de maio. A mercadoria era vendida a crédito para Bs. 8.000,oo. Nota fiscal 2198.
Condições:
Crédito de 20 dias.
8 de maio. O cliente devolveu parte da mercadoria vendida no dia 6 de maio porque estava
Defeituoso. Uma nota de crédito nº 16 foi emitida para Bs. 1.200,oo.
15 de maio. A mercadoria era vendida por Bs. 12.400,oo conforme nota fiscal 2210 com
crédito a 10 dias.
20 de maio. O cliente propôs cancelar a fatura 2198 ainda não vencida, com a condição de
que
Conceda-lhe um desconto à vista de 2%. A operação foi aceita e o recibo nº 220
foi emitido.
22 de maio. A mercadoria era vendida a crédito para Bs. 9.000,oo conforme nota fiscal nº
Central de Contadores 27
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Financeira
2231 a 30 dias.
26 de maio. O cliente solicitou uma prorrogação de 20 dias para pagar a fatura 2210 com
vencimento em 25 de maio. Essa prorrogação foi concedida, mas condicionada
ao pagamento de juros de 30% ao ano enquanto durar a prorrogação. A nota de
débito nº 84 referente ao valor dos juros foi registrada em sua conta.
28 Central de Contadores
A equação patrimonial
A EQUAÇÃO PATRIMONIAL.
Antes de iniciarmos o desenvolvimento deste importantíssimo tema, consideramos necessário nos
referirmos à norma conhecida como Dualidade Econômica, que está intimamente relacionada à
dinâmica da Equação Patrimonial. Essa regra refere-se, basicamente, à diferença que deve
existir entre o Ativo, representado pelos recursos disponíveis à empresa para realizar as
atividades, e as fontes de onde provêm tais recursos, representados pelo Passivo e Patrimônio
Líquido.
Decorre desta regra que cada entidade económica deve ser concebida como uma entidade
diferente das pessoas que lhe fornecem os recursos económicos para operar. Ou seja, a empresa
tem personalidade jurídica diferente da de seus credores e proprietários.
Além disso, isso também é estabelecido pelo Código Comercial quando no Ordinal 4° do artigo
201, afirma:
"... As sociedades são pessoas jurídicas diferentes das dos sócios... "
Sendo assim, devemos aceitar que uma coisa é a empresa e outra são os sócios e credores.
Portanto, deve sempre ser cumprido que:
Todos os recursos que uma empresa recebeu de alguém e, portanto, deve a esse "alguém".
ATIVO:
É o conjunto de recursos controlados por uma entidade em decorrência de eventos passados, a
partir dos quais a entidade espera obter, no futuro, benefícios econômicos.
PASSIVO:
É o conjunto de obrigações presentes de uma entidade, decorrentes de eventos passados, em
cujo vencimento, e ao cancelá-la, a entidade espera se desfazer de recursos que impliquem
benefícios econômicos. Tais obrigações foram contraídas com terceiros, que não os proprietários
da entidade.
PATRIMÓNIO:
É a participação residual no ativo da entidade que fica para os proprietários, após a dedução de
todos os seus passivos.
Central de Contadores 29
Contabilidade
Financeira
Sempre
O QUE A EMPRESA TEM É IGUAL AO QUE A EMPRESA DEVE
PASIVO
ParaCTIVO = +
PATRIMÔNIO
Figura 3.1
O que se quer dizer na Figura 3.1 é que, com base na regra da " Dualidade Econômica", é
verdade que a empresa tem uma "personalidade jurídica" diferente dos proprietários. No entanto,
uma empresa é um pouco inerte. Por si só, não é capaz de criar os recursos necessários para
operar. Você precisa obtê-los de outras pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas.
"Todos os recursos que a empresa obtém, que compõem o seu Ativo, ela deve a alguém. A parte
que deve a pessoas que não são seus donos, chama-se Passivo , enquanto, a parte que deve aos
seus proprietários, é conhecida como Patrimônio".
É claro que, no caso de uma equação, qualquer um de seus termos pode ser limpo.
A = P + P'
Se quisermos saber o passivo, limpamos P e teríamos:
P = A - P'
Se você quiser conhecer o patrimônio, nós limpamos P':
P' = A - P
30 Central de Contadores
A equação patrimonial
Vamos demonstrá-lo com um caso prático, para o qual, antes, mencionaremos os nomes de
alguns relatos e seu significado, no qual nos basearemos para desenvolvê-lo:
CONTAS PATRIMONIAIS:
Eles representam recursos controlados pela empresa. Exemplos disso podem ser os seguintes:
• CAIXA.
Ele é usado para controlar o caixa que, fisicamente, está na empresa.
• BANCOS.
Por meio dessa conta, o dinheiro que a empresa depositou nos bancos é controlado.
• RECEBÍVEIS
Essa conta é usada para controlar as dívidas que a empresa tem a receber, lastreadas na
aceitação de letras de câmbio ou outros documentos comerciais garantidos.
• INVENTÁRIOS.
Controla os recursos adquiridos ou manufaturados que a empresa tenha destinado à
venda ou a serem utilizados na fabricação de outros produtos.
• MOBILIÁRIO.
Essa conta registra os móveis que serão utilizados nas operações ordinárias da empresa.
CONTAS DE PASSIVO:
Como já mencionamos, eles representam obrigações para com pessoas, físicas ou jurídicas, que
não os proprietários. Como exemplo, pode-se citar:
• EFEITOS DEVIDOS.
Controla as obrigações ou dívidas contraídas pela empresa, lastreadas na aceitação de
letras de câmbio ou outros documentos comerciais garantidos.
• CONTAS A PAGAR.
Ele é usado para controlar as obrigações que a empresa tem, suportado pela aceitação de
notas fiscais.
• IMPOSTOS DEVIDOS.
As obrigações que a empresa possuir, originadas por impostos, serão registradas nesta
conta.
CONTAS PATRIMONIAIS.
Eles representam obrigações que a empresa tem com seus proprietários. Em outras palavras, as
contas patrimoniais representam os direitos que os donos da empresa têm sobre ela. Vamos
mencionar algumas dessas contas:
• CAPITAL.
Fica registrado nessa conta, a contribuição inicial que os donos da empresa fazem para
que, com esses recursos, ela inicie as operações para as quais foi constituída.
• RECEITA.
O lucro é composto por um conjunto de contas que indicam que a empresa realizou
operações nas quais, em princípio, obteve lucro, tais como: Vendas, Aluguéis Ganhos,
Juros Ganhos etc.
Central de Contadores 31
Contabilidade
Financeira
• DESPESAS.
Ao contrário, os gastos são constituídos por um conjunto de contas que indicam que a
empresa realizou operações que representam despesas ou prejuízos. Por exemplo:
Compras de Mercadorias, Despesas Salariais, Despesas de Aluguel, etc.
• UTILITÁRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS.
O lucro obtido com as operações realizadas que ainda não foi distribuído entre os
proprietários da empresa é registrado nessa conta. É determinado pela diferença de
Receitas menos Despesas. Se a Receita foi maior que a Despesas, houve ganho.
• PERDAS ACUMULADAS.
Caso as Despesas tenham sido maiores que as Receitas, diz-se que houve um Prejuízo,
que será controlado através desta conta.
• RESERVAS.
Representa a parte dos Lucros que não pode ser distribuída entre os proprietários porque
a Lei o impede ou por decisão própria.
Srs. P. Pérez e J. Juárez decidiu criar uma empresa que se dedicará à compra e venda de
aparelhos elétricos. Após a realização de todos os trâmites legais, foram realizadas as seguintes
operações:
Operação nº 1
Em 02-01-2012, para iniciar as operações e assim constituir o capital, o Sr. Pérez e o Sr. Juárez
contribuíram com Bs. 50.000,oo cada em dinheiro que eles depositaram no Banco Venezuela em
nome da empresa.
a) A empresa recebeu recursos iniciais para Bs. 100.000,oo em dinheiro que são depositados no
banco. Portanto, a conta que controla esse bem será a dos Bancos. Uma vez que esse
montante é propriedade da empresa, a conta bancária com o respectivo saldo aparecerá no
lado do activo da equação do capital próprio mostrada na figura 3.2.
b) Por outro lado, aqueles Bs. 100.000, o.o que a empresa "tem" no banco, "deve" aos seus
donos, já que foram eles que contribuíram com esse dinheiro para
32 Central de Contadores
A equação patrimonial
c) formar o capital inicial da empresa. Por essa razão, a conta Capital também aparecerá na
equação patrimonial, mas como parte da seção Patrimônio Líquido, porque o capital é uma conta
que indica que a empresa "deve" aos seus proprietários. Ver figura 3.2.
Como você pode ver, a empresa comprou móveis em dinheiro emitindo um cheque. Nesse caso, a
equação da equivalência patrimonial também é afetada porque:
1) A empresa comprou móveis, então ela é dona daquele ativo que representa um ativo.
A conta que controla os móveis de propriedade de uma empresa chama-se Móveis. Portanto,
observe na Figura 3.3 que essa conta aparece no lado do ativo e como a Equação de
Equivalência Patrimonial foi modificada.
2) Um cheque foi emitido para cancelar o mobiliário Comprado. Isso significa que o
dinheiro que a empresa tinha no banco diminuiu em Bs. 10.000,oo. Com certeza, veja a Figura
4.3. O equilíbrio que teve o banco abaixo de Bs. 100.000,oo para Bs.
90.000,oo e, em suma, ainda se cumpre que: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido.
Central de Contadores 33
Contabilidade
Financeira
Foram aceitas 5 letras de câmbio de Bs. 10.000,oo cada, a serem pagos em diferentes
vencimentos.
1) A mercadoria foi comprada e, portanto, passa a ser propriedade da empresa. Ou seja, tem um
novo ativo em bens para Bs. 50.000.oo. Portanto, tal mercadoria deve constar na Equação do
Patrimônio Líquido do lado do Ativo. Ver figura 3.4.
2) Em troca de ter recebido mercadoria, a empresa contrai uma dívida para Bs. 50.000,oo ao
aceitar letras de câmbio. Ou seja, aceitou alguns efeitos a serem pagos que, obviamente,
representam um passivo para a empresa.
Analise a Figura 3.4 e observe que essa dívida aparece na seção Passivos porque é devida a
outras pessoas que não seus proprietários. As demais contas permanecem no mesmo
estado.
CONTA Bs.
PASSIVO 50.000,o.o.
CONTA Bs.
Capital 100.000,oo
PATRIMÓNIO 100.000,oo
34 Central de Contadores
Figura 3.4
A equação patrimonial
Operação nº 4
Uma letra de câmbio foi cancelada para Bs. 10.000.oo dos aceitos na operação nº 3, mediante
emissão de cheque.
a) Após o pagamento da dívida, o credor nos devolve, devidamente cancelada, uma das
cartas devidas pela empresa por Bs.10.000.oo. Portanto, os efeitos não são mais devidos
para Bs. 50.000,oo mas para Bs. 40.000.oo.
b) O referido efeito a pagar foi cancelado com cheque. Portanto, o saldo do banco cai de Bs.
90.000,oo para Bs. 80.000,oo.
Central de Contadores 35
Contabilidade
Financeira
ATIVO PASSIV + PATRIMÓNIO
CONTA Bs. O
CONTA Bs. CONTA Bs.
Bancos 80.000,o.br Efeitos a pagar 40.000,oo Capital 100.000,oo
Mobiliário 10.000,o.br
Mercadorias 50.000,o.o.
ATIVO 140.000,o.br PASSIVO 40.000,oo PATRIMÓNIO 100.000,oo
Figura 3.5
Operação nº 5
A empresa comprou um veículo para Bs. 80.000.oo que foi pago da seguinte forma:
b) De resto, Bs. 60.000,oo, letras de câmbio (saques) foram aceitas para serem pagas em datas
diferentes.
a) Ele recebeu um veículo com custo de Bs. 80.000,oo. Portanto, a conta Veículos com esse
saldo aparecerá no Ativo.
b) Em troca, a empresa dava como taxa inicial Bs. 20.000,oo através da emissão de um cheque,
o que significa que o saldo dos Bancos diminuiu de Bs. 80.000,oo para Bs. 60.000.oo.
c) As letras de câmbio foram entregues (aceitas) para serem pagas em datas diferentes pela Bs.
60.000.oo. Portanto, o saldo de Instrumentos a Pagar aumenta para Bs. 100.000.oo. O
resultado de todo esse movimento pode ser visto na Figura 3.6.
36 Central de Contadores
A equação patrimonial
Valor de venda: 10 máquinas de lavar roupa X Bs. 7.500,o.o. cada = Bs. 75.000,o.br
Custo de venda: 10 máquinas de lavar roupa X Bs. 3.000,oo cada = Bs. 30.000,oo
Lucro na venda: Bs. 45.000,o.br
A figura 3.7 mostra como, também neste caso, a equação da equidade foi modificada:
1) O valor da venda, Bs. 75.000.oo, foi depositado no banco. Portanto, o saldo dos Bancos
aumentou para Bs. 135.000.oo. Ou seja, (60.000,oo + 75.000,oo).
3) E por fim, como você pode ver acima, nessa transação de venda houve um lucro ou RENDA
para Bs. 45.000,oo, porque uma mercadoria que tinha sido comprada por Bs. 30.000,oo,
agora vendido para Bs. 75.000,oo (75.000,oo - 30.000,oo = 45.000,oo).
Os lucros obtidos pela empresa em decorrência das transações que realiza, aumentam o
Patrimônio e, como já sabemos, são de propriedade de seus proprietários. Ou seja, a
empresa deve aos seus donos esses lucros. Portanto, a conta de lucros que, neste caso, e
apenas para fins de explicação e apresentação da Equação do Patrimônio Líquido,
chamaremos de Resultado, deve constar como parte do Patrimônio Líquido, com saldo de
Bs. 45.000,oo. Depois disso, como pode ser visto na Figura 3.7, a equação da equivalência
patrimonial permanece em equilíbrio.
Figura 3.7
Operação nº 7.
As despesas salariais de Bs.15.000.oo foram pagas com cheque.
1) Como foi pago com um cheque Bs.15.000, isso significa que o saldo do banco caiu de Bs.
135.000,oo para Bs. 120.000.oo.
Central de Contadores 37
Contabilidade
Financeira
2) O conceito de pagamento era para despesas ou despesa, o que provoca uma diminuição
nos lucros. Portanto, as Despesas farão parte do Patrimônio, mas subtraindo.
Após o registro dessa transação, a equação de equivalência patrimonial permanecerá como
mostrado no
ATIVO PASSIV + PATRIMÓNIO
CONTA Bs. O
Bancos 120.000,oo
Mobiliário 10.000,o.br
Mercadorias 20.000,oo
Veículos 80.000,o.br
ATIVO 230.000,o.br
CONTA Bs.
PASSIVO 100.000,oo
CONTA Bs.
Capital 100.000,oo
Lucro (lucro) 45.000,oo
Despesas (Perda) (15.000,oo)
PATRIMÓNIO 130.000,o.br
Operação nº 8
Foi criada a reserva legal equivalente a 5% do lucro líquido obtido.
Vamos lá.
1) O lucro obtido foi Bs. 30,000.oo (Rendimentos ou ganhos para Bs. 45.000, oo menos
despesas ou perdas para Bs. 15.000,oo). Portanto, os 5 % de Bs. 30.000,oo pt
Bs. 1.500,oo.
2) A Reserva Legal é uma parte dosFigura
lucros 3.8
que os donos de uma empresa não podem retirar
ou distribuir entre si porque a Lei a ordena. No entanto, embora restritas, as reservas são
lucros. Portanto, tais Reservas são contas patrimoniais.
3) Portanto, os lucros, que apenas com o propósito de facilitar a explicação da equação
patrimonial concordamos em chamar de renda, baixos Bs. 45.000,oo para Bs. 43.500.oo,
38 Central de Contadores
A equação patrimonial
enquanto será criada a conta Reservas , que fará parte do grupo Patrimônio com saldo de
Bs. 1.500,oo.
A Equação da Equidade seria semelhante à Figura 3.9.
Figura 3.9
É importante notar que, após o registro de cada transação, os componentes de cada grupo e seus
respectivos saldos podem ter mudado. No entanto, a Equação da Equidade permanece em
equilíbrio. Eu quero dizer:
Há uma série de regras que, quando aplicadas, permitem que a Equação da Equivalência
Patrimonial permaneça em equilíbrio após o registro de cada transação. Esse conjunto de regras é
conhecido como "teoria do encargo e do crédito", também identificada como "princípio das
partidas dobradas".
Essas regras foram coletadas e divulgadas por Fra Luca Paccioli em sua obra "Sunma de
arithmetica, geometría, proportioni et proportionalita", publicada em Veneza em 1494.
A Lcda. Mireya Villalobos de Nucete em seu livro "Os Princípios Contábeis e sua Validade na
Venezuela" (página 17), resume muito claramente qual foi a contribuição que Luca Paccioli deu
para a divulgação da dupla contabilidade, quando diz:
"... O professor Emmett Taylor, da Universidade de Cincinnatti, Ohio, a partir de sua pesquisa
realizada sobre Luca Paccioli, nos diz que o "Sunma" não é um livro original, mas uma compilação
de ideias e materiais de muitos autores. Paccioli ainda menciona que a fonte primária de seu livro
foram as obras de Leonardo da Pisa, que em 1202 escreveu um livro chamado Liber Abbaci. Este
livro incluía contabilidade comercial, um aspecto ao qual ele dedicou grande atenção. Leonardo da
Pisa foi reconhecido como uma das principais figuras da história da contabilidade.
O livro de Paccioli se espalhou pela Europa. Em meados do século XVI havia tratados de dupla
Central de Contadores 39
Contabilidade
Financeira
escrituração suficientes disponíveis para qualquer comerciante que desejasse aprender tal
assunto. "
Em suma, a regra fundamental é que "qualquer cobrança feita em uma ou mais contas, deve
ter como contrapartida um crédito em outra ou outras contas pelo mesmo valor". Ou seja,
"não há cobrança sem crédito".
"Em cada transação há uma ou mais contas que RECEBEM e uma ou mais contas que
ENTREGAM o mesmo valor."
Além disso, o princípio da dupla entrada é obrigatório na Venezuela, uma vez que é tão
regulamentado em nossas leis.
"No diário serão registradas as operações realizadas pelo comerciante, dia a dia, para que cada
item expresse claramente quem é o credor e quem é o devedor da negociação... "
Em linhas gerais, poderíamos dizer que, quando chegasse a hora de registrar uma transação,
agiríamos da seguinte forma:
1º Passo:
a) Ele determina o que a empresa está recebendo.
b) Ele busca o nome da conta que controla o que a empresa está recebendo.
c) A conta que RECEBE, é COBRADA.
2º Passo:
a) Ele determina o que a empresa está ENTREGANDO.
b) O nome da conta que controla o que a empresa está ENTREGANDO é pesquisado.
c) A conta que ENTREGA é creditada.
Operação nº 1:
Em 02-01-2012, para iniciar as operações e assim constituir o capital, o Sr. Pérez e o Sr. Juárez
40 Central de Contadores
A equação patrimonial
contribuíram com Bs. 50.000,oo cada em dinheiro que eles depositaram no Banco Venezuela em
nome da empresa.
Vamos registrar essa primeira transação, com base nas regras relativas à teoria da cobrança e do
crédito.
Primeiro Passo:
Segundo Passo:
Resumindo:
Observe na Figura 3.10 como as contas foram envolvidas. O número que aparece entre
parênteses ao lado das figuras, identifica qual cobrança corresponde a qual assinatura.
BANCOS CAPITAL
DEVER TER DEVER TER
(1) 100.000,oo 100.000,oo (1)
Figura 3.10
Central de Contadores 41
Contabilidade
Financeira
Operação nº 2:
Móveis foram comprados para serem usados no escritório por uma quantidade de Bs.
10.000,oo, que foram pagos com cheque.
Primeiro Passo:
a) O que a empresa recebeu?
Recebeu móveis.
42 Central de Contadores
A equação patrimonial
Segundo Passo:
a) O que a empresa entregou?
A empresa deu dinheiro para Bs. 10.000,oo do que eu tinha no BANCO.
b) Qual conta controla o que a empresa entregou?
O dinheiro que a empresa entregou foi retirado do BANCO. Portanto, a conta que controla
essa movimentação é a BANCOS.
Figura 3.11
Recomenda-se que o aluno compare o estado das contas com a equação da equivalência
patrimonial mostrada na Figura 3.3. Você notará que os saldos mostrados nas contas indicadas
acima coincidem com aqueles mostrados na equação de equivalência patrimonial mencionada,
permanecendo os totais em equilíbrio. Eu quero dizer:
Foram aceitas 5 letras de câmbio de Bs. 10.000,oo cada para serem pagos em diferentes
vencimentos.
Central de Contadores 43
Contabilidade
Financeira
b) Qual conta controla o que a empresa recebeu?
Nos próximos capítulos veremos que o mais usual é usar a conta COMPRAS para registrar
as compras de mercadorias, enquanto, quando ela é vendida, a conta VENDAS é usada.
No entanto, por enquanto, a fim de alcançar o objetivo que estamos perseguindo, usaremos
a conta MERCADORIAS para registrar qualquer compra de mercadoria destinada à venda.
Segundo Passo:
a) O que a empresa entregou?
Quando a empresa recebia a mercadoria, tinha que aceitar e entregar 5 letras de câmbio,
comprometendo-se a pagá-las em datas futuras.
c) A conta que você entrega é BILLS PAYABLE. Portanto, essa conta é ABONADA.
Considere a figura 3.12. É assim que as contas ficarão depois de registrar a transação:
Figura 3.12
Operação nº 4:
Uma letra de câmbio foi cancelada para Bs. 10.000.oo dos que foram aceitos na operação nº 3,
mediante emissão de cheque.
Primeiro Passo:
a) O que a empresa recebeu?
Quando a empresa pagou a dívida, recebeu a letra de câmbio correspondente devidamente
cancelada pelo credor.
44 Central de Contadores
A equação patrimonial
Segundo Passo:
a) O que a empresa entregou?
Entregou dinheiro do que tinha no BANCO.
Operação nº 5:
A empresa comprou um veículo para Bs. 80.000.oo que foi pago da seguinte forma:
b) De resto, Bs. 60.000,oo, letras de câmbio (saques) foram aceitas para serem pagas em datas
diferentes.
Primeiro Passo:
Central de Contadores 45
Contabilidade
Financeira
b) Qual conta controla o que a empresa recebeu?
A conta que controla os veículos que a empresa possui é chamada de VEÍCULOS ou
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE.
Segundo Passo:
Operação nº 6:
Dez máquinas de lavar roupa foram vendidas em Bs. 7.500.oo cada, em dinheiro. O produto da
venda foi depositado no banco.
Recorde-se que se trata da venda de dez máquinas de lavar roupa que tinham sido
anteriormente compradas em Bs. 3.000,oo cada. Sendo assim, vamos calcular os números a
46 Central de Contadores
A equação patrimonial
serem registrados:
Primeiro Passo:
a) O que a empresa recebeu?
Ele recebia dinheiro para Bs. 75.000,oo que ele depositou no banco.
Segundo Passo:
a) O que a empresa entregou?
No caso da venda à vista por Bs. 75.000.oo, em troca de ter recebido aquele valor que
estava depositado no banco, a empresa entregou mercadoria que tinha em seu armazém
que, quando a comprou, tinha custado Bs. 30.000,oo.
Uma vez que a transação é lançada, as contas ficariam como mostrado na Figura 3.15
Central de Contadores 47
Contabilidade
Financeira
LUCRO (Lucro)
DEVER TER
45.000,o.br (6)
Saldos 45.000,o.br
Figura 3.15
Operação nº 7:
Era pago por cheques para Bs. 15.000,oo.
Primeiro passo:
a) O que a empresa recebeu?
Ele recebia um serviço das pessoas que trabalhavam.
c) Por enquanto, tendo consciência de que apenas perseguimos o objetivo de que os alunos
lidem claramente com a conformação da Equação Patrimonial, é a razão pela qual usaremos
a conta EGRESOS para registrar nela quaisquer despesas em que a empresa tenha
incorrido. Portanto, a conta EGRESOS será debitada. (Ver figura 3.16)
48 Central de Contadores
A equação patrimonial
Segundo Passo:
a) O que a empresa entregou?
Em troca dos serviços recebidos, a empresa deu Bs aos funcionários. 15.000.oo, dos que
tinha no banco.
15.000,OO (7)
Saldos 120.000,oo 10.000,o.br 20.000,oo
Figura 3.16
Operação nº 8:
Foi criada a reserva legal equivalente a 5% do lucro líquido obtido.
Antes de mais nada, vamos realizar os cálculos relevantes para determinar o lucro líquido:
Central de Contadores 49
Contabilidade
Financeira
Lucro (lucro) Bs.
Despesas (prejuízo) 45.000,o.br
Lucro líquido Bs. 15.000,oo
Bs. 30.000,oo
Reserva a criar: 5 % de Bs. 30.000,oo = 1.500,oo
Primeiro Passo:
a) Qual conta é cobrada?
Uma parte dos lucros obtidos será restrita para distribuição entre os donos da empresa,
porque é ordenada por lei.
Uma empresa, como entidade ou pessoa que não seja sua proprietária, recebe o direito de
manter em sua posse uma parte dos lucros, pelo que, no nosso caso, cobraremos a conta
RENDA para Bs. 1.500,oo, com o qual conseguimos reduzir o lucro a ser distribuído, nesse
mesmo valor.
Depois que a transação for lançada, as contas terão a aparência mostrada na Figura 3.17 abaixo.
50 Central de Contadores
A equação patrimonial
RECEITA RESERVAS
DEVER TER DEVER TER DEVER TER
45.000,o.br (4) (7) 15.000,oo
(8) 1.500, 1.500,o.o. (8)
oo
Figura 3.17
Por fim, observe na Figura 3.18 que, após o registro das operações acima, o saldo na Equação do
Patrimônio Líquido ainda é mantido. Ou seja, o ATIVO é igual ao PASSIVO mais o
PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
Queremos lembrar ao aluno que, o ser humano, alcança habilidade e destreza após repetir muitas
vezes a atividade sobre a qual deseja ter domínio. Portanto, recomenda-se que, por conta própria,
você pratique a teoria da cobrança e do crédito, dando a si mesmo exemplos de transações e,
registrando-as, observará que, após um curto período de tempo, ficará surpreso com o
conhecimento que possui sobre esse assunto.
COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO.
Fazem parte desse grupo, as contas que representam direitos que os donos da empresa possuem
sobre o Ativo da mesma. Dentre elas, foram citadas as seguintes contas: Capital, Lucros,
Prejuízos (ou seja, Receitas, Despesas) e Reservas.
Central de Contadores 51
Contabilidade
Financeira
PATRIMÔNIO = CAPITAL + (RESULTADO – QUITAÇÃO) + RESERVAS
Se na Equação Patrimonial substituirmos o Patrimônio pelas contas que o compõem, a equação
seria a seguinte:
A = P + C + (I – E) + R
Em aula serão resolvidos exercícios em que a Equação Patrimonial será praticada em todas as
suas formas.
52 Central de Contadores
A equação patrimonial
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIO 3.1.
Empresa do Sr. A. Rodriguez apresenta as seguintes informações:
Bancos 2.000,oo
Efeitos a Pagar 5.000,oo
Mercadorias 3.000, oo
Equipamentos de Transporte 1.000,oo
Contas a pagar 1.500, oo
Recebíveis 8.000,oo
Caixa 500,oo
Solicita-se: determinar o capital.
EXERCÍCIO 3.2
O Sr. Juan Garcia tem um negócio que, até agora, tem sido gerido sem contabilidade.
Tendo decidido começar a tomá-lo, o Sr. Garcia o contrata como contador para tomar as
providências necessárias a ele, para as quais começou a investigar com o objetivo de determinar
o valor e a composição dos ativos, passivos e patrimônio líquido da empresa para 31-12-2012.
1) Foi feito um inventário da mercadoria que estava no armazém e, após avaliá-la, chegou a
Bs. 40.000.oo.
2) Após comunicação com os fornecedores, foi determinado que as faturas são devidas para
Bs. 20.000,oo e letras de câmbio para Bs. 15.000,oo.
6) A investigação feita sobre as dívidas a receber indicou que há faturas a receber de Bs.
25.000,oo e letras de câmbio para Bs. 30.000,oo.
7) É dono de um imóvel que foi avaliado em Bs. 170.000,oo mas, após análise do
correspondente documento de compra, determinou-se que tal imóvel está hipotecado e
Central de Contadores 53
Contabilidade
Financeira
que, para 31-12-2012, o saldo de tal hipoteca é Bs. 100.000.oo.
8) Possui apólices de seguro contra diferentes riscos que cobrem todo o ano de 2013 para o
qual cancelou um prêmio de Bs. 2.000,oo.
Solicita-se:
EXERCÍCIO 3.3.
O comerciante Juan González estabeleceu um negócio de compra e venda de aparelhos
elétricos, realizando as operações indicadas:
2) Comprou móveis para Bs. 15.000,oo que ele pagou com um cheque do Banco Regional.
3) Comprou um computador para Bs. 4.000,oo pagando uma taxa inicial de Bs. 1.000,oo
com cheque do Banco Regional e letras de câmbio aceitas a serem canceladas em datas
diferentes por Bs. 3.000,oo.
54 Central de Contadores
A equação patrimonial
b) Bs. 30.000,oo a crédito. Ele aceitava notas fiscais.
5) Vendeu a crédito a diferentes clientes metade da mercadoria adquirida no ponto 4 pela Bs.
45.000,oo. Os clientes aceitavam faturas a serem pagas em datas diferentes.
6) Ele pagou uma conta com um cheque do Banco Regional para Bs. 1.000,oo.
8) Pagamento de faturas a fornecedores para Bs. 10.000,oo com cheques do Banco Regional.
10) Os salários eram pagos para Bs. 5.000.oo com cheques do Banco Regional.
Solicita-se:
EXERCÍCIO 3.4.
Utilizando o princípio das partidas dobradas e com base nas mesmas informações do exercício
3.3:
1) Registre em contas na forma de "T" e duas vezes, as operações realizadas pelo Sr. Juan
González.
2) Retirar o saldo de cada conta e classificá-los de acordo com sua natureza: Ativo, Passivo ou
Patrimônio Líquido.
Central de Contadores 55
Contabilidade
Financeira
permanece em equilíbrio.
EXERCÍCIO 3.5.
O Sr. Nepomuceno Guacarán estabeleceu uma empresa realizando as seguintes operações:
b) Entrega de mercadorias para Bs. 60.000,oo dos quais uma fatura de Bs. 10.000,oo que
serão pagos pela empresa.
7) As faturas eram cobradas para Bs. 12.000,oo e letras de câmbio para Bs. 7.000,oo.
56 Central de Contadores
A equação patrimonial
a) Taxa inicial Bs. 1.500.oo pagos com cheque.
Solicita-se:
Central de Contadores 57
O Livro Diário
GERAL.
Foi comentado em capítulos anteriores que a atividade contábil é regulada por regras
expressamente indicadas no Código Comercial.
É frequente encontrarem-se contabilistas que ignoram algumas delas, argumentando que tais
normas eram boas para a aldeia venezuelana que existia em 1955 (ano em que foi promulgado o
actual Código Comercial), mas que já estão desactualizadas por não estarem alinhadas com a
dinâmica actual dos negócios e das empresas. Tecnologia moderna que é usada para fazer os
registros.
Concordamos com esses contadores, mas apenas no sentido de que o Código Comercial precisa
ser atualizado na maioria dos aspectos.
No entanto, enquanto isso não acontecer, temos de continuar a cumprir as regras aí previstas,
especialmente as relativas ao registo das transacções nos livros.
É verdade que, neste momento, são poucas as empresas que não possuem um computador, por
meio do qual fazem os registros das transações. Está okey. Mas essa prática não exime a empresa
de ter que fazer os registros, de forma resumida, nos livros jurídicos ordenados pelo Código
Comercial.
A empresa que cometer esse erro poderá ter dificuldades se, a qualquer tempo, receber a visita do
SENIAT, ou por qualquer outro ato judicial que mereça a apresentação de tais livros perante um
tribunal. De qualquer forma, é de responsabilidade do contador manter os livros atualizados.
Por isso, no Centro de Contabilistas continua a colocar muita ênfase em que os alunos aprendam
a manusear os livros jurídicos com competência e que, depois, quando vão exercer a profissão, não
percam de vista o cumprimento destas regras.
Por outro lado, o computador nunca substituirá a figura do contador em uma empresa. O
computador é apenas uma máquina preparada para processar alguns dados que o medidor fornece.
Portanto, antes de tudo, você deve aprender a manter uma contabilidade "à mão". Tendo
conseguido isso, será fácil para você carregá-lo através de um computador.
Por isso, sugere-se que o aluno preste muita atenção nas explicações que serão dadas a seguir em
torno dos livros contábeis.
Central de Contadores 57
Contabilidade
Financeira
LIVROS CONTÁBEIS.
Os livros contábeis podem ser classificados em dois grupos:
a) Livros obrigatórios .
b) Livros não obrigatórios.
LIVROS OBRIGATÓRIOS.
São constituídos por esse grupo de livros cuja obrigação de os transportar está estipulada pelo Código
Comercial e pelo Regulamento da Lei do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). São eles:
Como dito acima, todos os livros mencionados são obrigatórios no caso de sociedades anônimas,
sociedades limitadas e sociedades limitadas por ações. No caso de uma assinatura pessoal ou de uma
parceria, apenas os livros Diário, Contabilidade, Inventários, Compras - IVA e Vendas - IVA são
obrigatórios.
Por enquanto, apenas o último será discutido. O restante será discutido nos capítulos relacionados a
esse tipo de empresa no curso Superior de Ciências Contábeis.
"Todo comerciante deve manter sua contabilidade em espanhol, que deve incluir o livro diário, o livro
razão geral e o livro de inventário."
Esse mesmo artigo afirma que, além desses livros, "poderá portar qualquer outro auxiliar que julgar
conveniente para maior ordem e clareza de suas operações".
Por seu turno, o artigo 70.º (Regulamento do IVA), estabelece a obrigatoriedade de manutenção do
livro de Compras e Vendas, quando dispõe:
58 Central de Contadores
O Livro Diário
"Os contribuintes, além dos livros exigidos pelo Código Comercial, devem manter um livro de
compras e um livro de vendas.
O LIVRO DIÁRIO.
Também chamado de livro de primeiras entradas, este é o primeiro livro que intervém no registro
de transações. As características deste livro e os seus objetivos estão claramente indicados nos
artigos 33.º e 34.º do Código Comercial.
Trata-se de um livro jurídico de uso obrigatório que, antes de ser colocado em uso, deve ser
previamente apresentado ao Tribunal ou ao Registro Comercial ou, na falta deste, ao juiz ordinário
da mais alta categoria existente na localidade.
Como prova de ter sido legalizado, na primeira página está carimbado o nome da empresa, o
destino que será dado a este livro e o número de páginas que ele contém. Tal selo deve ser
assinado pelo Juiz e seu escrivão ou pelo Registrador Comercial, conforme o caso (Ilustração 4.1).
É importante lembrar que, para que esse e qualquer outro livro seja legalizado, é imprescindível
apresentar o documento de registro da empresa que está solicitando esse serviço.
Uma vez legalizado o livro diário, procederá como indica o artigo 34.º do Código Comercial; Ou
seja, as operações realizadas pela empresa serão registradas diariamente, de modo que cada item
expresse claramente quem é o devedor e quem é o credor.
No entanto, em vez de registar as operações do dia-a-dia, é também permitido registrá-las com base
em resumos mensais, com a condição de que sejam guardados todos os documentos que suportam
as operações que têm sido realizadas todos os dias.
CLASSES DE
DIÁRIO
Atendendo à Diário de duas colunas ou diário
sua forma comum
Diário multicolunar ou diário americano
Central de Contadores 59
Contabilidade
Financeira
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
INSCRIÇÃO MERCANTI
PRIMEIRO
DA COMARCA DO DISTRITO FEDERAL E DO ESTADO 1
DE MIRANDA
PARA O REGISTRO
(50) CINQUENTA
Isso em cada um dos loe
fólio* que integram este livro de JOURNAL BOOK
63
N°. 74 1 DE 2 RM RECEBIMENTO: 979477 DATA : 03/07/2000
Pertencente ao escritório CENTRO DE CONTADORES
CECONTA C.A.
Há algum tempo, o Registro Mercantil legaliza livros diários de folhas removíveis, devidamente
numerados, nos quais está carimbado o selo do referido Registro, de modo que isso permite imprimir
os lançamentos, diretamente do computador, por meio do qual são registradas as transações
realizadas pela empresa, por meio de um lançamento sumário mensal.
DIÁRIOS AUXILIARES.
Nas empresas onde muitas operações repetitivas são realizadas, revistas auxiliares não legalizadas
são usadas para registrá-las e, em seguida, o resumo delas, é o que é registrado na revista
principal.
Por exemplo, empresas que fazem muitas vendas diariamente, usam um diário de vendas auxiliar
no qual essas vendas são registradas uma a uma e diariamente. No final do mês, eles são somados
e, o total vendido nesse período, é o que é registrado no jornal principal ou legalizado.
É claro que qualquer uma dessas revistas auxiliares pode ser considerada como revista principal, se
antes de colocá-las em uso forem apresentadas à Junta Comercial para serem legalizadas. Assim,
poderia haver um diário de vendas principal, um diário de compras principal, um diário de despesas
principal, etc. Nesse caso, o resumo mensal de cada um desses diários não seria necessário para
registrá-lo na revista principal geral, uma vez que, como os diários auxiliares são legalizados, tornam
esse registro desnecessário.
REVISTA COMUM.
Já apontamos que, de acordo com sua forma, o livro diário pode ser apresentado sob duas
modalidades: o diário comum ou de duas colunas e o diário de várias colunas ou diário
americano.
Como esse tipo de diário é o mais simples e o mais fácil de manusear, é nele que vamos nos basear
para desenvolver esse tópico. Nos próximos capítulos, explicaremos detalhadamente os outros tipos
de periódicos.
Ele começará explicando o tipo de eclosão que o diário comum tem, bem como o objetivo de cada
uma de suas colunas.
(3)
(2) DESCRIÇÃO REFE (4) DEVE (5) TÊM
(1) DATA (Ano) RÊN
(mês) (dia) CIA
Central de Contadores 61
Contabilidade
Financeira
Figura 4.2
Diário comum (ou de duas colunas)
Como você pode ver na Figura 4.2, a eclosão do diário comum na verdade consiste em cinco colunas.
No entanto, na prática, quando se fala de um determinado tipo de diário, ele é identificado pelo número
de colunas em que as figuras podem ser registradas. No diário comum, as figuras só podem ser
registadas nas colunas 4 e 5. Vamos explicar abaixo o uso dado a cada uma das cinco colunas.
Coluna 1: DATA.
Nesta primeira coluna você escreverá o mês e o dia em que a transação está sendo lançada. Ou seja,
no topo, no início de cada uma das páginas, está escrito o ano. Então, diante do registro de cada uma
das transações, o mês e o dia em que esse registro está sendo feito é escrito.
Coluna 2: DESCRIÇÃO.
A segunda coluna, que como se pode ver é a mais ampla, destina-se, por um lado, a escrever o nome
das contas envolvidas no registo da operação e, por outro, a dar uma explicação o mais clara possível,
mas de forma muito resumida. das características da operação que está sendo registrada.
Coluna 3: REFERÊNCIA.
Esta coluna é usada para fazer referência cruzada a outros livros, como o Razão Geral. No Capítulo 5,
este último será explicado e, nesse momento, os esclarecimentos relacionados a esta coluna serão
concluídos.
Coluna 4: MUST.
Esta coluna registrará o valor que corresponde a cada uma das contas que receberam algo ou foram
cobradas como resultado da transação feita.
Coluna 5: TEM.
Nesta última coluna, ao contrário, serão registrados os números entregues pelas contas que
intervieram . Ou seja, assinaturas ou créditos.
O VERBETE DA REVISTA.
A entrada de diário pode ser definida como o método usado para registrar no diário as transações que
uma empresa realiza.
Como você vai se lembrar, a teoria da cobrança e do pagamento ou da dupla entrada, baseia-se
nisso:
"Em cada transação há uma ou mais contas que eles recebem (que são cobradas) e uma ou
mais contas que entregam o mesmo valor (ao qual são creditados)."
Bem, vejamos como, com base nessa teoria, as transações são registradas no diário por meio de
entradas.
Operação nº 1
62 Central de Contadores
O Livro Diário
Em 02-01-2012, o Sr. Pedro Rivas e o Sr. José Méndez constituíram uma empresa, HOGAR C.A.,
que se dedicará à compra e venda de eletrodomésticos. Para formar o capital, cada um contribuiu
com Bs. 5.000.oo em dinheiro que foram depositados no Banco Venezuela em nome da empresa,
de acordo com o formulário de depósito nº. 825.
Como você pode ver na Figura 4.3, na coluna "DATA" escrevemos o ano de 2012, no topo. Em
seguida, na primeira linha utilizável e na frente do número atribuído ao assento, o mês e o dia em
que a transação é registrada são anotados.
Imediatamente, passamos a determinar o que a empresa recebeu e qual conta controla o que a
empresa recebeu.
Veja a figura 4.3. A entrada começa digitando o nome da conta que você recebe: BANCOS, que é
escrito imediatamente após a linha onde a coluna de data termina. O valor recebido pelo banco,
Bs.10,000,oo, está escrito na coluna débito .
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 02 _______
--- --
10.000,o.br
BANCOS
Figura 4.3
O próximo passo é determinar o que a empresa entregou e a conta ou contas que controlam o que
ela entregou:
Se o Capital entregar, você recebe Bs. 10.000,oo. A figura 4.4 mostra a técnica de registro da
adubação.
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 2 _______
--- --
10.000,o.
BANCOS 10.000,o.br
br
CAPITAL
Assento inicial. Registro da contribuição ao Capital
Central de Contadores 63
Contabilidade
Financeira
Figura 4.4
As contas que são creditadas são escritas na linha imediatamente disponível e começam a escrever
mais à direita para que, à primeira vista, seja possível diferenciar as contas cobradas das creditadas.
Observe como, Capital, foi escrito mais à direita.
De resto, o valor fornecido pela conta de capital, Bs. 10.000.oo, deve ser anotado no crédito desde que
o Capital "entregue".
Finalmente, como explicado nos tópicos anteriores, é necessário completar o verbete com um conceito
ou explicação em que, de forma resumida, alguns detalhes adicionais da transação são mencionados.
Nesse caso, a explicação seria mencionar em qual banco foi feito o depósito do dinheiro e quem
contribuiu.
A figura 4.5 mostra o assento já concluído. Ele expressa claramente tudo o que precisa ser conhecido
sobre a transação feita, fundamentalmente, qual conta recebeu (foi cobrada), qual conta foi entregue
(paga) e o respectivo conceito.
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 2 _______
--- --
10.000,o.b 10.000,o.
BANCOS r br
CAPITAL
Assento inicial. Para registrar aporte de capital...
Figura 4.5
Com relação à coluna de referência, já foi comentado que, devido à relação que esta coluna tem com o
chamado livro-razão , o que está relacionado a ela será explicado quando esse livro for discutido no
próximo capítulo.
Vamos continuar com as práticas diárias de entrada. No entanto, no futuro não vamos detalhar tanto
a explicação, com o objetivo de fazer com que você analise a transação e faça a entrada.
Recomenda-se que você leia cada transação feita, mas não olhe para a entrada apresentada
abaixo. Primeiro faça você mesmo e, em seguida, compare o que você fez com o assento que será
mostrado. Este é um excelente método para conseguir que, em pouco tempo, domine tudo
relacionado aos verbetes de periódicos.
Operação nº 2
Em 04-01-2012 foi adquirido da Mueble Centro C.A, nota fiscal nº 25, mobiliário diferente para Bs.
1.000,oo para serem usados no escritório, que foram pagos com cheque 7126 do Banco Venezuela.
64 Central de Contadores
O Livro Diário
O que a empresa entregou?
Dinheiro que ele tinha no banco para Bs. 1.000,oo
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 4 __Ou__
--- --
MOBILIÁRIO 1.000,oo 1.000,oo
BANCOS
Compra de móveis do Mueble Centro C.A. fatura 25
Figura 4.6
Operação nº 3
Em 06-01-2012 a mercadoria foi comprada para venda da Suplidora C.A. de acordo com a fatura
456 para Bs. 5.000,oo. Foram aceitas duas letras de câmbio de Bs. 2.500.oo cada com vencimento
em 30-01-2012 e 15-02-2012.
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 6 --- 3 --
COMPRAS 5.000,oo
EFEITOS A PAGAR PELOS
FORNECEDORES 5.000,oo
Compra conforme nota fiscal nº 456 para Suplidora C.A.
Letras de câmbio aceitas da seguinte forma:
Bs. 2.500,oo: Vencimento 30-01-2012
Bs. 2.500,oo: Vencimento 15-02-2012
Figura 4.7
Operação nº 4
Central de Contadores 65
Contabilidade
Financeira
Em 08-01-2012 a mercadoria foi vendida de acordo com a nota fiscal 260 ao Sr. Romero por Bs.
4.000,oo nas seguintes condições:
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 8 --- 4 --
CAIXA 1.000,oo
RECEBÍVEIS COMERCIAIS 3.000, oo
VENDA
4.000,oo
Vendas ao Sr. Romero nota fiscal nº. 260.
Cartas de aceitação como segue:
Vencimento 15-01-2012: Bs. 1.500, oo
Vencimento 30-01-2012: Bs. 1.500, oo
Figura 4.8
Operação nº 5
Em 15-01-2012 Eleoccidente recebeu uma conta de luz para Bs. 520,oo com cheque nº. 7127 do
Banco Venezuela
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 15 --- 5 --
CUSTOS DE ELETRICIDADE
520,o.ª 520,o.ª
BANCOS
Pago Eleoccidente cheque 7127 Banco Venezuela
Figura 4.9
Nas transações a seguir nos limitaremos a mencionar a operação e, imediatamente, você verá a
entrada que deve ser feita. Você terá que analisá-lo e assimilá-lo. Claro, se você tiver alguma
dúvida, verifique com seu professor quando chegar na aula.
Operação nº 6
No dia 16 de janeiro, um caminhão foi comprado da Motores C.A. por Bs. 15.000.oo de acordo com a
fatura 2168 e foi pago da seguinte forma:
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 16
--- 6 -- 15.000,oo
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE 5.000,oo
BANCOS 10.000,o.br
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES
Comprar veículo Motors C.A. Nota fiscal 2168...
Figura 4.10
Operação nº 7
Em 17-01-2012 foi vendido ao cliente P. Mercadoria Rivas a crédito para Bs. 12.000,oo. O cliente nos
assinou a fatura 261 a ser paga em 25-01-2012. (Ver entrada na Figura 4.11.)
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 17 --- 7 --
CONTAS A RECEBER
12.000,oo 12.000,oo
VENDA
Venda a crédito de acordo com a fatura 261...
Central de Contadores 67
Contabilidade
Financeira
Figura 4.11
Operação nº. 8
Em 20-01-2012 foi contratada com a empresa Seguros Atlántico, C.A. Uma apólice de seguro que cobre
o risco de incêndio por um ano. O valor do prêmio era Bs. 600,oo, pago com cheque 7129 do Banco
Venezuela.
O assento a ser confeccionado pode ser visto na figura 4.12. Vamos comentar:
O que a empresa recebeu?
Um serviço. Ou seja, a garantia de que, em caso de incêndio, os danos serão cobertos pela
seguradora.
Qual conta controla o que a empresa recebeu?
Como o prêmio do seguro pago cobre o risco de incêndio pelos próximos doze meses, a conta que
controla essa despesa é chamada de DESPESAS DE SEGURO. Esta conta será cobrada Bs.
600,oo.
O que a empresa entregou?
Uma verificação para Bs. 600,oo contra o Banco Venezuela.
Qual conta controla o que a empresa entregou? BANCOS. Os bancos são pagos Bs. 600,oo.
O assento seria:
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 20 __Q___
--- 8 --
DESPESAS DE SEGURO 600,oo 600,oo
BANCOS
Política de Pagamento...
Figura 4.12
Operação nº 9
Em 21-01-2012 foi cobrada uma carta de 1.500,oo devidos pelo cliente Sr. Romero.
Operação nº 10
Em 22-01-2012 a mercadoria foi comprada para Bs. 14.000,oo. Se canceló Bs. 1.000,oo com
cheque 2169 do Banco Venezuela e para o restante, uma fatura foi assinada para ser paga em 30
dias.
A entrada correspondente pode ser vista na Figura 4.14. No entanto, vamos comentar sobre isso.
68 Central de Contadores
O Livro Diário
O que a empresa recebeu?
Mercadoria para Bs. 14.000,oo.
Central de Contadores 69
Contabilidade
Financeira
Qual conta controla as dívidas que a empresa contrai quando elas são lastreadas pela aceitação
de uma fatura?
FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR. Uma Conta a Pagar é creditada Bs. 13.000,oo.
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 22
--- 10 -- 14.000,o.br
COMPRAS 1.000,oo
BANCOS 13.000,o.br
FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR
Compra de mercadoria...
Figura 4.14
Operação nº 11
Em 25-01-2012 o cliente Sr. P. Rivas fez um pagamento de Bs. 8.000,oo por conta da fatura
Não. 261 que deve.
Operação nº 12
Em 28-01-2012, do dinheiro que existia na caixa, foi depositado no Banco Venezuela Bs. 9.000,oo, de
acordo com o formulário de depósito 3256.
DATA
DESCRIÇÃO Ref. DEVER TER
2012
Janeiro 28 ________
--- --
BANCOS 9.000,oo 9.000,oo
CAIXA
Depósito nº. 3256 Banco Venezuela...
Figura 4.16
Operação nº. 13
Em 30-01-2012 foi pago Bs. 1.600.oo para aluguel, com cheque 2170 do Banco Venezuela.
DATA
DESCRIÇÃO Ref. DEVER TER
2012
70 Central de Contadores
O Livro Diário
Janeiro 30 --- 13 --
DESPESAS DE ALUGUEL
1.600,o.o 1.600,o.o
BANCOS
Cheque de pagamento de aluguel nº. 2170 Banco
Venezuela.
Figura 4.17
Operação nº 14
Em 30-01-2012 mercadorias em dinheiro foram vendidas para Bs. 11.000,oo. O cliente pagou com
cheque 3528 do Banco Andino.
Neste caso, considera-se conveniente esclarecer que, o fato de o cliente pagar com cheque, não
significa que a conta bancária seja afetada. Na verdade, o cheque recebido pertence ao banco onde
o cliente tem seu dinheiro. Para fins de entrada, cheques recebidos de terceiros serão considerados
como dinheiro recebido pelo caixa. Por isso, é cobrado de Caja. Ver entrada na figura 4.18.
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 30 --- 14 --
CAIXA
11.000,o.br 11.000,o.br
VENDA
Vendas à vista...
Figura 4.18
Operação nº 15
Em 30-01-2012 foi paga em cheque a folha de pagamento dos empregados cujo valor bruto atingiu
Bs. 6.000.oo, dos quais Bs. 2.500,oo aos funcionários do departamento de vendas e Bs. 3.500,oo ao
departamento de administração. Deste montante, Bs. 160.oo para a segurança social.
Central de Contadores 71
Contabilidade
Financeira
Qual conta controla as retenções previdenciárias que a empresa faz aos seus trabalhadores?
RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA A PAGAR. Portanto, esta conta será creditada Bs. 160,oo.
DATA
DESCRIÇÃO REF DEVER TER
2012
Janeiro 30 --- 15 --
DESPESAS SALARIAIS 6.000,oo
BANCOS
RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA P/PAY Para 5.840,o.o
registrar a folha de pagamento... 160,oo
Figura 4.19
Como você deve ter visto, é muito fácil registrar transações no diário de duas colunas por meio das
chamadas entradas de diário.
A título de resumo, são mostrados todos os registros realizados, apresentados de forma correlata nas
Ilustrações 4.20 e 4.21.
Como você pode ver lá, quando uma página é concluída, as colunas são simplesmente adicionadas e,
na última linha, os totais são escritos anotando na coluna de conceitos a palavra "van". (Consulte a
Figura 4.20.)
Em seguida, na primeira linha da próxima página, escreva a palavra vem, além dos totais que foram
arrastados da página anterior. (Ver figura 4.21)
72 Central de Contadores
O Livro Diário
Fólio 2
DATA 2012 DESCRIÇÃO D DEVER TER
Janeiro 2 _______
--- ---
BANCOS 10.000,o.br
CAPITAL 10.000,o.br
Assento inicial. Registrar aporte de capital conforme
documento de constituição e depósito 825 Banco Venez.
Janeiro 4 __Ou__
--- ---
MOBILIÁRIO 1.000,oo
BANCOS 1.000,oo
Compra de móveis do Mueble Centro C.A. Fato. 25
cancelados por cheque 7126 Banco Venezuela.
Janeiro 6 --- 3 ---
COMPRAS 5.000,oo
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES 5.000,oo
Compra conforme nota fiscal nº. 456 para Suplidora C.A.
Cartas aceitas como esta:
Central de Contadores 73
Contabilidade
Financeira
Fólio 3
DATA 2012 DESCRIÇÃO D DEVER TER
Quando os totais não coincidem, provavelmente é devido a erros cometidos, que devem ser
encontrados e corrigidos.
TIPOS DE ASSENTO.
Com base no número de contas afetadas ou no número de transações registradas em cada entrada,
estas são classificadas como:
a. Assentos simples.
b. Assentos compostos.
ASSENTOS INDIVIDUAIS.
São aquelas através das quais são registadas uma ou mais operações da mesma natureza, em que
intervêm apenas duas contas: uma que recebe, à qual é cobrado, e outra que entrega, à qual é paga.
Exemplo:
O assento seria:
DATA
DESCRIÇÃO D DEVER TER
2012
Janeiro 31 --- 16 --
CAIXA
7.400,o.o 7.400,o.o
VENDA
Para registrar vendas à vista no mês....
ASSENTOS COMPOSTOS.
A este grupo pertencem as entradas em que três ou mais contas intervêm para registar uma ou mais
transações em simultâneo.
Exemplo:
Durante o mês de janeiro de 2012, a mercadoria foi comprada para Bs. 3.000,oo nas seguintes
condições:
Assento:
DATA Ref
DESCRIÇÃO DEVER TER
2012 .
Central de Contadores 75
Contabilidade
Financeira
Janeiro 31 ________
--- -- 3.000, oo
COMPRAS 400,oo
900,oo
CAIXA 1.100, oo
BANCOS 600,oo
FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES Para
registrar compras...
Observe que esse é o registro de várias transações envolvendo mais de duas contas. Trata-se,
portanto, de um assento composto.
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIO 4.1.
Responda brevemente às seguintes perguntas:
a) Um Assinatura pessoal.
b) Um Empresa em nomecoletivo.
c) Um corporação.
d) Um Responsabilidade civil da empresaLimitado.
e) Uma sociedade limitada por ações.
2. Os livros obrigatórios devem ser registrados antes de serem colocados em uso. Diga onde isso
pode ser feito e qual é o procedimento.
76 Central de Contadores
O Livro Diário
3. Defina o livro de diários.
6. Defina o verbete do diário: para que serve e em que teoria contábil se baseia.
EXERCÍCIO 4.2.
As operações citadas foram feitas pelo comerciante Angel Vielma em outubro de 2012.
Outubro 02: Estabeleceu uma empresa chamada ALMACENES VIELMA com um capital de
Bs. 2.000,oo depositado no Banco Regional através do formulário 2090 de 02-10-2012.
05 de outubro: Os equipamentos para o escritório foram adquiridos da Tecnomáquina C.A. por Bs.
800,oo de acordo com
Nota fiscal 7290. Foi pago como uma parcela inicial Bs. 200,oo com cheque 2101 do
Banco Regional e 5 saques de Bs. 120,oo cada para ser pago a cada 10 dias.
Central de Contadores 77
Contabilidade
Financeira
06 de Móveis foram comprados para Bs. 400,oo para Mueblería La Mesa de acordo
outubro: com a fatura 5305. Se pagó Bs. 240,oo com cheque 2102 do Banco Regional e
para o resto foram aceitos 2 saques de Bs. 80,oo cada Expirando em 21-10-
2012 e 05-11-2012.
15 de Os salários eram pagos para Bs. 400,oo. 4% foi retido pela Previdência Social
outubro: e 1% pelo Fundo de Poupança Compulsória para Habitação (Política
Habitacional). Para a rede foi emitido cheque nº. 2104 do Banco Regional.
25 de
Foi cobrado a Apollo C.A. a carta que expirou nesta data por Bs. 900,oo.
outubro:
26 de Foi pago com cheque 2105 do Banco Regional para a Tecnomáquina C.A. a
outubro: carta expirou em 15-10-2012 por Bs. 120,oo.
Almacenes Araya foi pago a conta com vencimento em 23-10-2012 para Bs.
28 de
300,oo.
outubro:
Cheque bancário regional 2106.
31 de O cheque 2107 foi emitido pelo Banco Regional para Bs. 80,oo para cancelar a
outubro: Mueblería La Mesa a carta expirou em 21-10-2012.
78 Central de Contadores
O Livro Diário
31 de O cheque 2109 foi emitido pelo Banco Regional para cancelar o aluguel de
outubro: outubro para Bs. 320,oo.
31 de Mercadorias em dinheiro foram compradas para Bs. 840,oo e foi pago com
outubro: cheque 2110 do Banco Regional.
31 de A mercadoria foi vendida a crédito para o cliente Apolo C.A. por Bs. 400,oo de
outubro: acordo com a nota fiscal 6203. Ele aceitou um rascunho de 30 dias.
31 de
outubro: A conta de luz foi paga por Bs. 78,oo com cheque 2111 do Banco Regional.
31 de Vários materiais de escritório foram comprados para Bs. 56.oo pago com
outubro: cheque 2112 do Banco Regional.
31 de Foi pago com cheque 2113 do Banco Regional várias despesas de vendas para
outubro: Bs. 400,oo e administração por Bs. 468,oo.
Solicita-se: Registre as operações mencionadas em um diário de duas colunas.
Central de Contadores 79
Razão
Balancete
Livro de Inventário
RAZÃO GERAL.
Já comentamos no tópico anterior que o artigo 32 do Código Comercial diz que todo
comerciante deve obrigatoriamente manter o livro diário, o livro razão e o livro de inventário.
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE.
A contabilidade poderia ser definida como "o livro contábil que mostra, cronologicamente, o
movimento que cada conta teve durante um determinado período".
Como você deve se lembrar, no tópico anterior, estudamos como as operações são registradas
na revista por meio de entradas.
Foi mencionado lá que o diário é o livro no qual as transações são registradas pela primeira vez.
Esta é a razão pela qual também é conhecido como um livro de "primeira entrada".
No entanto, faça uma revisão e olhe para a revista nas Ilustrações 4.20 e 4.21 no Capítulo 4.
Mostra-se uma série de anotações feitas em ordem cronológica em que intervêm relatos que,
inclusive, se repetem em alguns deles. Desta forma, cumpre-se o mandato do artigo 34.º do
Código Comercial, mas nada mais. Se, por exemplo, quiséssemos saber o saldo que joga a
conta do Banco, seria complexo obter essa informação de forma rápida, pois o único caminho
seria pegar uma calculadora e começar a somar todos os encargos e subtrair todos os créditos
que tinham aquela conta. E esse trabalho teria que ser feito "toda vez" que você quisesse saber o
saldo daquela conta.
Pois bem, a contabilidade veio para eliminar aquela forma lenta e pesada de saber o "movimento"
que determinada conta teve e o saldo que essa conta tem a qualquer momento.
Para isso, procedemos à transferência para cada uma dessas contas, os encargos ou créditos
que tais contas tiveram no diário, na forma que veremos um pouco mais adiante.
Central de Contadores 81
Contabilidade
Financeira
TIPOS DE LIVRO-RAZÃO.
A forma como o conteúdo das contas é apresentado nas principais varia de acordo com o
sistema contábil adotado por cada empresa e, fundamentalmente, se esse sistema é manual ou
mecanizado.
1) O MAIOR EM UM SISTEMA MANUAL.
Quando a contabilidade é mantida manualmente, os tipos de majors mais usados são:
a) O livro encadernado:
É um livro que é adquirido em livrarias especializadas cujos fólios não são removíveis e
são previamente numerados. Nesse caso, um ou mais fólios são atribuídos a cada conta,
dependendo do número de movimentos que a conta deve ter.
b) O livro de folhas removíveis:
Este é um livro que permite adicionar ou remover as páginas quando as circunstâncias o
exigirem.
2) O MAJOR EM UM SISTEMA MECANIZADO.
Nos casos em que a contabilidade é mantida sob forma mecanizada, a contabilidade pode
assumir as seguintes formas:
a) Jogo de cartas:
Utilizado em máquinas eletromecânicas em que é registrado o movimento que cada
conta está tendo. Na verdade, esse tipo de livro-razão já está fora de uso.
b) Listagens de monitores e impressoras:
Quando a contabilidade é mantida por meio de equipamentos eletrônicos, a maior, em
princípio, consistirá nos registros que foram gravados em disquetes, discos rígidos, fitas
magnéticas, etc. No entanto, para que essas informações possam ser visualizadas, é
necessário recorrer à extração através do monitor do computador ou de listas que são
retiradas pela impressora.
Qualquer que seja o tipo de major que uma empresa utilize, ele irá variar em sua forma e
velocidade com que a informação é obtida, mas em termos de substância ou conteúdo, nenhuma
grande diferença é encontrada.
O modelo de conta contábil mais difundido é mostrado na Figura 5.1; Vamos comentar sobre as
partes que ele contém.
1) Nome e número.
O nome com o qual a conta é identificada será colocado na parte superior. Caso a empresa
utilize um código de conta, o número que lhe correspondeu também será colocado.
2) Data.
A mesma data em que esse movimento foi registrado no diário será escrita lá.
3) Conceitos.
Em princípio, este espaço destina-se a escrever de forma resumida o mesmo conceito que
aparece no verbete do diário que motiva a movimentação da conta em um determinado
momento. No entanto, justamente porque esse conceito já está explicado no diário, para não
82 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
incorrer em duplicidade, costuma-se escrever, simplesmente, "segundo diário".
4) Referência.
Nesta coluna será escrito o número do fólio do diário e/ou o número da entrada em que
aparece a movimentação da conta que está sendo passada para o atacado.
5) Dever.
Nesta coluna, o mesmo valor que foi cobrado na conta será escrito na entrada do diário
correspondente.
6) Ter.
Os valores que foram pagos nos respectivos lançamentos no diário serão anotados nesta
coluna.
7) Equilíbrio.
Esta coluna será usada para registrar o saldo da conta, cada vez que você tiver uma
cobrança ou um crédito. A fim de melhor grafar a explicação, vamos nos basear nas
entradas de diário que fizemos na Figura 4.20 e 4.21, Capítulo 4, para praticar o mecanismo
de "passes diários para atacado", que reproduzimos nas Figuras 5.2 e 5.3.
Passo 2: Data.
Está escrito na primeira coluna, a data que aparece no verbete do diário: 2 de janeiro.
Passo 3: Conceito.
Em seguida, na coluna de conceitos está escrito: "Segundo o Diário". Na verdade, um
conceito semelhante ao que foi colocado após a entrada no diário poderia ser escrito, que
poderia ser: "Depósito nº. 825 Banco Venezuela". No entanto, isso seria cair na duplicidade
de trabalho, porque estaríamos escrevendo duas vezes: na Revista e na Major. Por essa
Central de Contadores 83
Contabilidade
Financeira
razão, ele só escreve " Segundo o Diário" e se alguém quiser saber desse conceito, pode lê-
lo no Diário, imediatamente após o verbete em questão.
Passo 4: Referência.
Na coluna seguinte, geralmente a mais estreita, procedemos ao cruzamento de referências
entre o maior e o diário. Ou seja, no maior está escrito o número do verbete que está sendo
passado e, no diário, é anotado o número do fólio do maior que foi destinado à conta cuja
movimentação está sendo processada.
No nosso caso, no maior escrevemos o número 1. Isso significa que o passe que está sendo
feito vem do verbete número 1.
Ao mesmo tempo, o número 1 também será escrito no diário. Esse número significa que o
passe para o major que fizemos na conta que ocupa a folha número 1 do referido major que,
neste caso, foi atribuído à conta BANCOS.
No caso desta primeira passagem que estamos fazendo para o atacado, observe que na
entrada número 1 (Figura 5.2), a conta Bancos recebeu uma cobrança de Bs. 10.000,oo.
Portanto, ao repassá-lo para o maior, notaremos nos Bancos débito esse mesmo valor.
Para tal, basear-nos-emos nas regras discutidas a este respeito no Capítulo 2 (Figura 2.18).
Vamos lembrar:
84 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
Fólio 2
DATA 2012 DESCRIÇÃO D DEVER TER
Janeiro 2 _______
BANCOS --- --- 1 10.000,o.br
CAPITAL 2 10.000,o.br
Assento inicial. Registrar aporte de capital conforme
documento de constituição e depósito 825 Banco Venez.
Janeiro 4 __Ou__
MOBILIÁRIO --- --- 3 1.000,oo
BANCOS 1 1.000,oo
Compra de móveis do Mueble Centro C.A. Fato. 25
cancelados por cheque 7126 Banco Venezuela.
Janeiro 6 --- 3 ---
COMPRAS 4 5.000,oo
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES 5 5.000,oo
Compra conforme nota fiscal nº. 456 para Suplidora C.A.
Cartas aceitas como esta:
Bs. 2.500,oo: Vencimento 30-01-2012
Bs. 2.500,oo: Vencimento 15-02-2012
Janeiro 8 --- 4 ---
CAIXA 6 1.000,oo
RECEBÍVEIS COMERCIAIS 7 3.000, oo
VENDA 8 4.000,oo
Vendas ao Sr. Romero nota fiscal nº. 260. Cartas de
aceitação como segue:
Figura 5.2
Central de Contadores 85
Contabilidade
Financeira
Fólio 3
DATA 2012 DESCRIÇÃO D DEVER TER
86 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
BANCOS Fólio 1
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
2012
Janeiro 02 De acordo com o jornal 01 10.000,o. 10.000,o.º Dr
Janeiro 04 De acordo com o jornal 02 1.000,o 9.000,o.o dr
Janeiro 15 De acordo com o jornal 05 520,o.ª 8.480,o.º Dr
Janeiro 16 De acordo com o jornal 06 5.000,oo 3.480,o.º Dr
Janeiro 20 De acordo com o jornal 08 600,oo 2.880, oo dr
Janeiro 22 De acordo com o jornal 10 1.000,o 1.880, oo dr
Janeiro 28 De acordo com o jornal 12 9.000,oo 10.880,oo dr
Janeiro 30 De acordo com o jornal 13 1.600,o. 9.280,o.º Dr
Janeiro 30 De acordo com o jornal 15 5.840,o.o 3.440,o.º Dr
CAPITAL Fólio 2
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
2012
10.000,o.
Janeiro 02 De acordo com o jornal 01 10.000,o.br Cr
br
10.000,o.
10.000,o.br Cr
br
MOBILIÁRIO Fólio 3
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
2012
1.000,o 1.000,o
Janeiro 04 De acordo com o Diario 02 Dr
o o
1.000.,oo 1.000,o Dr
o
COMPRAS Fólio 4
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
Central de Contadores 87
Contabilidade
Financeira
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES Fólio 5
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
CAIXA Fólio 6
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
2012
Janeiro 08 De acordo com o jornal 04 1.000,o 1.000, oo dr
Janeiro 21 De acordo com o jornal 09 o 1.500, 2.500, oo dr
Janeiro 25 De acordo com o jornal 11 oo 8.000,o 10.500,oo Dr
Janeiro 28 De acordo com o jornal 12 o 9.000,oo 1.500, oo dr
Janeiro 30 De acordo com o jornal 14 11.000,o. 12.500,oo dr
br
21.500,o. 9.000,o 12.500,oo dr
br o
2012 3.000,
Janeiro 08 De acordo com o jornal 04 3.000, 1.500, oo Dr
Janeiro 21 De acordo com o jornal 09 oo oo 1.500, Dr
oo
3.000, 1.500, 1.500, Dr
oo oo oo
VENDA Fólio 8
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
2012
Janeiro 08 De acordo com o jornal 04 4.000,o 4.000, oo Cr
Janeiro 17 De acordo com o jornal 07 o 12.000,oo 16.000,oo Cr
Janeiro 30 De acordo com o jornal 14 11.000,o.br 27.000,oo Cr
27.000,o.br 27.000,oo Cr
88 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
CUSTOS DE ENERGIA ELÉTRICA Fólio 9
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
2012
520,o.
Janeiro 15 De acordo com o jornal 05 520,o.ªDr
ª
520,o. 520,o. Dr
ª ª
2012
15.000,o
Janeiro 16 De acordo com o jornal 06 15.000.,oo Dr
o
15.000,o 15.000,o Dr
o o
EQUIPAMENTOS DE Fólio 10
TRANSPORTE
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
2012 12.000,o
Janeiro 17 De acordo com o jornal 07 12.000,o 8.000,o o Dr
Janeiro 25 De acordo com o jornal 11 o o 4.000,o Dr
o
12.000,o 8.000,o 4.000,o Dr
o o o
CONTAS A RECEBER Fólio 11
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
2012
600,o
Janeiro 20 De acordo com o jornal 08 600,oo Dr
o
600,oo 600,o Dr
o
DESPESAS DE Fólio 12
SEGURO
Central de Contadores 89
Contabilidade
Financeira
FORNECEDORES DE CONTAS A PAGAR Fólio 13
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
2012
13.000,o. 13.000,o.
Janeiro 22 De acordo com o jornal 10 Cr
br br
13.000,o. 13.000,o. Cr
br br
2012
1.600,o. 1.600,o.
Janeiro 30 De acordo com o jornal 13 Dr
o o
1.600,o. 1.600,o. Dr
o o
DESPESAS DE ALUGUEL Fólio 14
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
2012
6.000,o 6.000,o
Janeiro 30 De acordo com o jornal 15 Dr
o o
6.000,o 6.000,o Dr
o o
DESPESAS Fólio 15
SALARIAIS
RETENÇÃO NA FONTE PREVIDENCIÁRIA DEVIDA Fólio 16
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
2012
160,o
Janeiro 30 De acordo com o jornal 15 160,oo Cr
o
160,o 160,oo Cr
o
Figura 5.4
Contabilidade
Neste primeiro caso de passagem para o atacado, o saldo dos Bancos está em Bs. 10.000.oo
devedor.
Para isso, seguimos os mesmos passos acima. Acesse a conta nº 2, na página 87.
90 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
1) O nome da conta está escrito na parte superior da página imediatamente gratuita.
Desta forma, acabamos de passar para o maior a entrada do jornal nº 1. Não é muito fácil? Bem,
como um guia adicional, vamos explicar como passar o assento número 2. Para fazer isso,
vamos começar observando essa entrada na Figura 5.2. Note que este é um encargo para
Móveis e um crédito para Bancos.
Vamos começar para a primeira conta, MÓVEIS. (Vide conta número 3 na pág. 87).
1) Como essa conta ainda não está aberta no principal, passamos a abri-la, atribuindo-lhe uma
nova página e escrevendo o nome da conta no topo.
Imediatamente, passe a seguinte conta: Bancos. Para fazer isso, os mesmos passos são
seguidos acima:
1) Neste caso, como a conta do Bancos já está aberta, limitamo-nos a procurá-la na maior; esta
é a conta n.º 1 (ver página 87).
Central de Contadores 91
Contabilidade
Financeira
4) As referências são cruzadas. No maior está escrito o número de entradas do diário: 2,
enquanto, no diário, o número da página onde a conta está Bancos está escrito no maior: 1.
5) O número é passado. Como no diário foi creditado aos Bancos, no maior será anotado no
crédito desta conta.
6) O novo saldo é retirado. Neste caso diremos: o saldo anterior é Bs. 10.000,oo devedor e,
agora, a conta está tendo um crédito.
a) Deve haver, é subtraído. Ou seja, 10.000,oo menos 1.000,oo igual a Bs. 9.000,oo.
b) Quanto ao sinal, será o que tem o valor mais alto, que é 10.000,oo. Eu quero dizer
devedor.
Temos certeza de que ele entendeu o mecanismo de como são feitos os passes do diário para o
atacado. No entanto, recomenda-se que continue a analisar a forma como os restantes bancos
foram manuseados. Fazer. Dessa forma, você adquirirá maior conhecimento e segurança.
TESTE DE EQUILÍBRIO.
Quando o tópico anterior explicou o que estava relacionado aos lançamentos de periódicos, foi
dito que se trata de um método de registro de transações que se baseia na teoria da cobrança e
do crédito. Ou seja, toda vez que um lançamento for feito no diário, haverá uma ou mais contas
que serão cobradas e outra ou outras para as quais o mesmo valor será pago. Também
dissemos que, como consequência, a soma de todos os valores "debitados" deve ser igual à
soma de todos os valores "creditados". Se isso for cumprido, estaremos "verificando" se o deve
corresponder ou "combina" com o crédito. Esse teste é extremamente importante, pois indicará
que a equação patrimonial permanece em equilíbrio e, para ter certeza disso, o que chamamos
de " Balancete" deve ser elaborado.
SOMA BALANCETE.
Esse saldo pode ser definido como uma lista de "todas" as contas que aparecem na maior até
uma determinada data, que mostra a soma ou o total dos encargos e créditos que essa conta
teve durante um determinado período.
Basear-nos-emos no caso que temos vindo a desenvolver e cujo maior aparece na ilustração 5.4
(páginas 87 e seguintes)
Observe aí que passamos a adicionar as colunas "deve" e "crédito" de cada uma das contas. Por
exemplo, consulte o número da conta 1: BANCOS. O total de encargos dá Bs. 19.000.oo,
enquanto o total de fertilizantes, chega a Bs. 15.560,oo. Isso foi feito com cada uma das contas.
92 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
Depois disso, é elaborado o balancete de totais ou somas. Observe na Figura 5.5 como ele foi
preparado. Basta escrever o nome de cada conta e, na frente, escrever o total do débito e crédito
de cada uma delas.
HOGAR C.A.
BALANCETE DE SOMAS EM 31-01-2012
SOMAS OU TOTAIS
CONTAS
DEVER TER
99.220,o. 99.220,o.
TOTAL
br br
Figura 5.5
Saldo de verificação de soma
Uma vez que tenhamos relacionado cada uma das contas, passamos a adicionar as colunas e,
se não houver erros, ambos os totais devem ser iguais. Além disso, devem "quadrar" com os
totais que lançam a soma das colunas do mosto e o crédito do livro diário. Para conferir:
Para sua elaboração, procede-se de forma semelhante ao que foi feito no Saldo de Verificação
de Somas, só que, ao invés de colocar os totais do débito e do crédito de cada conta, apenas o
Central de Contadores 93
Contabilidade
Financeira
saldo é mostrado, tomando muito cuidado, é claro, para que, se o saldo for de sinal de débito,
Ele é colocado na coluna débito, enquanto, se for de natureza credor, é colocado na coluna
crédito.
A figura 5.6 mostra a forma como este balanço é elaborado. Analise e, em caso de dúvidas,
consulte seu professor ao chegar na aula.
HOGAR C.A.
BALANCETE DE SALDOS
ATÉ 31-01-2012
SALDOS
CONTAS
DEVER TER
3.440,o.
Bancos o
Capital 10.000,o.b
Mobiliário r
1.000,oo
Compras 19.000,o.b
Efeitos a pagar Fornecedores r
Caixa 15.000,oo
Recebíveis Comerciais 12.500,o.b
Venda r
Custos de eletricidade 1.500, 27.000,o.b
Equipamentos de Transporte oo r
Recebíveis comerciais
Custos de seguro 520,o.ª
Fornecedores de contas a pagar 15.000,oo
Custos de locação 4.000,oo
Custos salariais 600,oo 13.000,o.b
Retenção na fonte previdenciária a pagar r
65.160,o. 65.160,o.b
TOTAL
br r
Figura 5.6. Saldos Correntes
Observe que, nesse caso, quando você adiciona as colunas de débitos e desmascaramentos, os
totais também são iguais. Essa igualdade deve necessariamente ser cumprida, pois, caso
contrário, indicaria a existência de algum erro que teria que ser investigado.
Antes de concluir, deve-se notar que, na vida real, quando o contador vai elaborar esses
balanços de teste, ele não os elabora separadamente, mas os produz ao mesmo tempo, usando
o formato mostrado na Figura 5.7.
Basicamente, é a mesma coisa, só que, com a mesma lista de contas, os dois saldos são feitos
habilitando duas colunas para o saldo de totais ou somas e depois outras duas para o saldo de
saldos.
94 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
HOGAR C.A.
BALANCETE EM 31-01-2012
SOMAS OU TOTAIS SALDOS
CONTAS DEVER TER DEVER TER
Bancos 19.000,o.b 15.560,o.b 3.440,o.o
r r 10.000,o.b 10.000,o.b
Capital Móvel 1.000,oo r 1.000,oo r
Compras 19.000,o.b 19.000,o.b
Efeitos a pagar pelos fornecedores r 15.000,oo r 15.000,oo
Caixa 21.500,o.b 9.000,oo 12.500,o.b
Recebíveis comerciais 3.000, oo 1.500, oo 1.500, oo
Venda 27.000,o.b 27.000,o.b
Custos de eletricidade 520,o.ª r 520,o.ª r
Equipamentos de transporte 15.000,oo 15.000,oo
Recebíveis comerciais 12.000,oo 8.000,oo 4.000,oo
Custos de seguro 600,oo 13.000,o.b 600,oo 13.000,o.b
Fornecedores de contas a pagar r r
Custos de locação 1.600,o.o 1.600,o.o
Custos salariais 6.000,oo 6.000,oo
Retenção Previdenciária a Pagar 160,oo 160,oo
Figura 5.7
Balancete de Somas e Saldos
ERROS.
Os erros que podem ser cometidos na contabilidade são tão variados que fica difícil listar todos
eles e estabelecer regras para localizá-los e corrigi-los.
No entanto, a experiência nos ensinou quais são os tipos de erros mais frequentes e qual a
estratégia a seguir para detectá-los.
Em linhas gerais, pode-se dizer que a maioria dos erros que são cometidos, podem ser
classificados em:
Central de Contadores 95
Contabilidade
Financeira
A existência desse tipo de erro geralmente é detectada por meio do saldo de verificação de
somas ou saldos, uma vez que, sua existência, torna esse saldo "inapto". Ou seja, o total de
devedores não somará o mesmo valor que os credores.
Como o saldo de verificação de saldo é o mais utilizado, passaremos a contar com esse tipo de
saldo e nos referiremos a ele como "Saldo de Verificação de Saldo".
Embora quando a contabilidade é mantida de forma informatizada os erros que afetam o saldo
sejam reduzidos ao mínimo, em termos gerais e de acordo com a experiência, poderíamos
afirmar que a maioria dos erros que "desequilibram" o Balancete de Saldo, Eles são
comprometidos ao executar qualquer uma das seguintes atividades:
a) Mover para o mais alto de um número diferente daquele que aparece no diário.
b) Itens que aparecem no diário no débito ou no crédito e foram passados para o
maior em crédito ou em dever, respectivamente.
c) Falha em passar para o livro razão qualquer item registrado no diário.
d) Itens do diário passaram mais de uma vez para o major.
1) Estabeleça qual a diferença que faz com que o balancete "não some".
96 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
Para determinar se algum item foi repetido, observe se há dois itens no saldo devedor
ou creditório que são iguais à diferença. Se for positivo e se for a mesma conta, haverá
o erro.
Para saber se essa diferença se deve à "dança dos números", estabelece-se se a soma
dos dígitos que compõem tal diferença dá 9 ou múltiplo de 9. Se assim for, há uma
possibilidade muito alta de que essa diferença se deva à já mencionada "dança dos
números".
Tendo essa indicação, procederemos à revisão se, ao copiar algum saldo do maior, ele
foi passado para o saldo de verificação com os números invertidos.
2) Se depois de dados estes passos a diferença persistir, a alternativa que resta é revisitar
"todo" o trabalho realizado.
Na verdade, como mencionado, dado o fato de que a maior parte da contabilidade é realizada por
meio de sistemas informatizados, esses tipos de erros que afetam a equação da equivalência
patrimonial não ocorrem. Os sistemas impedem que seja feito um registro em que o mosto não é
igual ao ter. Portanto, é praticamente impossível que tais erros ocorram.
Central de Contadores 97
Contabilidade
Financeira
ERROS QUE NÃO AFETAM O EQUILÍBRIO DA EQUAÇÃO PATRIMONIAL.
Existem alguns tipos de erros que não afetam o saldo da equação patrimonial e que, portanto,
não podem ser detectados pelo Balancete, uma vez que, apesar de tais erros, o referido saldo irá
"somar".
É óbvio que ao fazer o Saldo de Verificação, ambos os erros serão compensados e isso se
somará.
Nesse caso, o balancete também será equilibrado mesmo que esse erro exista.
a) Tonelagem de caixa.
Ao contar o que a caixa contém fisicamente, ela não corresponderá ao saldo da maior se
um erro tiver sido cometido lá. Uma investigação mais aprofundada nos levará ao local do
erro.
98 Central de Contadores
Contabilidade - Balancete - Livro de Inventário
b) Reconciliações bancárias.
Esta é outra atividade que fornece muita ajuda na detecção de erros.
O Código Comercial previu na O artigo 37 diz que "em caso de erros e omissões cometidos
na hora da tomada de assento, este será corrigido com outro lançamento que será feito na
data em que a falta foi detectada".
Claro, tal é o número de tipos de erros que podem ser cometidos, que não foi possível explicar
como corrigir todos eles. Preferimos que, durante o seu aprendizado no Centro de Contadores,
você consulte seu professor quando tais erros surgirem.
No entanto, como avanço, vamos discutir como corrigir um dos mais frequentemente cometidos.
Exemplo:
A mercadoria era vendida por Bs. 2.000,oo e o cliente assinou uma letra de câmbio. Para
registrar essa transação, o contador fez a seguinte entrada:
--- X --
CONTAS A RECEBER 2.000,oo
VENDA 2.000,oo
Solicita-se: Corrija o erro cometido.
Tendo feito a entrada acima, o contador percebe que há um erro. Você deve ter debitado a conta
Efeitos a Receber em vez de Contas a Receber.
A maneira de corrigir esse erro é através de outra entrada, como mostrado na Figura 5.8 abaixo.
Central de Contadores 99
Contabilidade
Financeira
Como você pode ver, a conta correta, Contas a Receber, está sendo cobrada, enquanto o crédito
de Contas a Receber cancela a cobrança indevida nessa conta na entrada errada.
Dedicamos algumas páginas deste tópico para discutir alguns dos erros que são cometidos na
contabilidade e como localizá-los.
Devemos agora dizer que as técnicas de localização de erros que apontamos, serão enriquecidas
pela "intuição". Essa qualidade você vai adquirindo com o tempo e a experiência que o exercício
da profissão vai proporcionar.
Nos capítulos anteriores comentamos sobre a obrigatoriedade que o Código Comercial dá,
quando em seu artigo 32, indica os livros contábeis que todo comerciante deve manter de forma
obrigatória:
Artigo 32. Todo comerciante deve manter sua contabilidade em espanhol, que necessariamente
incluirá o livro diário, o livro razão e o inventário.
Artigo 35. Qualquer comerciante, no início da sua actividade e no final de cada ano, deve
inscrever no livro de inventário uma descrição estimada de todos os seus bens, móveis e
imóveis, bem como de todos os seus créditos, activos e passivos, relacionados ou não com a sua
actividade comercial.
Posteriormente, o mesmo artigo 35 diz que, após a apresentação detalhada de todos os seus
ativos e passivos, deve ser apresentado um balanço resumido (Demonstração da Posição
Financeira) e uma demonstração do resultado (Demonstração do Resultado Abrangente).
Este artigo termina indicando a obrigatoriedade de assinatura dos inventários pelos responsáveis
por sua tomada, que geralmente são o contador e o proprietário da empresa ou seu
representante.
É claro que para o livro de inventário aplicam-se as mesmas proibições que para todos os livros
contabilísticos, diz o artigo 36.º do Código Comercial:
Por fim, é preciso ressaltar a importância de manter não só o livro de inventário, mas todos os
demais, atrelados às regras que o Código Comercial dita a esse respeito. O não cumprimento
pode acarretar sérias dificuldades tanto para a empresa quanto para seus proprietários, quando,
diante da necessidade de apresentar tais livros em juízo como documentos comprobatórios, eles
podem ser rejeitados. É o caso do artigo 917 do Código Comercial, quando em seu parágrafo
6º afirma:
Coluna 1:
Ele não tem nenhum aplicativo.
(1)
(NÃO (2) (3) (4) (5)
UTILIZADO) DESCRIÇÃO S/U NÚMEROS PARCIAIS NÚMEROS TOTAIS
Figura 5.9
Livro de Inventário
Coluna 3:
Ele não tem nenhum aplicativo.
Coluna 4:
Esta coluna destina-se a mostrar os saldos das contas auxiliares que compõem cada conta
principal.
Coluna 5:
Nela serão registados os saldos das contas principais, que devem, naturalmente, ser iguais à
soma dos saldos das contas auxiliares.
Na Figura 5.10, quisemos mostrar como as informações devem ser apresentadas no livro de
inventário.
2) Na página seguinte, você começa com um breve detalhe, colocando o nome da empresa
e a data a que o inventário se refere.
3) Para dar alguma estética ou apresentação, os relatos principais são escritos à esquerda,
enquanto os relatos auxiliares e detalhes vão um pouco mais para a direita.
5) No final de uma página, colunas são adicionadas e totais são anotados na última linha, "
arrastando-os" para a próxima página de acordo com as seguintes regras:
b) A palavra " Van" e o total que rende a soma indicada acima estão escritos na
última linha.
Esse mesmo total é " sempre arrastado" para a primeira linha da próxima página para
ser acumulado para as informações que estão escritas nessa nova página.
REGISTRO
MERCANO
PRIMEIRO
DISTRITO DE FEDERAI E ESTADO DE MIRANIA
DA COMARCA DI
*.
PARA O REGISTRO
Figura 5.10
Legalização do livro de inventário.
EXERCÍCIO 5.1.
Responda brevemente às seguintes perguntas:
2) O livro razão é um dos livros que todo comerciante deve obrigatoriamente carregar. É
obrigatório legalizá-lo antes de colocá-lo em uso? Diga porquê.
4) Projete uma folha geral principal convencional e comente as partes das quais ela é composta.
EXERCÍCIO 5.2.
Com as informações que constam no exercício 4.2 (Capítulo 4), após ter feito as entradas em um
diário de duas colunas, solicita-se:
LIVROS AUXILIARES.
Os dois capítulos anteriores foram dedicados à explicação de dois dos livros mais importantes que
devem ser mantidos em toda a contabilidade: O Livro de Revista e o Livro de Contabilidade, além do
Livro de Inventário.
No entanto, tentar registrar todas as transações diretamente nesses livros, tornaria esse processo
extremamente lento e pesado, principalmente naquelas empresas que realizam um grande volume
de operações repetitivas como compras, vendas, cobranças, pagamentos, etc.
Se todas essas transações tivessem que ser registradas uma a uma diretamente no diário geral, nos
depararíamos com o grave problema de que apenas uma pessoa poderia estar trabalhando em
determinado momento, porque, enquanto essa pessoa está fazendo os registros no diário, outra
pessoa não poderia estar passando para o principal, já que o diário teria ocupado o primeiro.
Para evitar essa dificuldade é por isso que, na maioria das empresas, além do diário e do major, são
utilizados diariamente e auxiliares os majors simultaneamente.
2. Velocidade no trabalho.
Quando mais de uma pessoa participa da execução do trabalho, o tempo de execução será
reduzido quantas vezes as pessoas intervirem. Por outro lado, a necessidade de manter
livros auxiliares foi tida em conta pelo legislador, quando no artigo 32.º do Código Comercial
afirma: "... Poderá, ainda, manter os livros auxiliares que julgar convenientes para
maior ordem e clareza de suas operações."
É claro que é preciso aceitar que, atualmente, a maioria das empresas mantém suas contas por
meio de sistemas informatizados, o que veio para simplificar e, sobretudo, facilitar o tratamento de
DIÁRIOS AUXILIARES.
De acordo com o exposto, além do diário geral, a empresa poderá manter os periódicos auxiliares
que julgar necessários. Em qualquer caso, isso dependerá do tipo e do volume de transações
repetitivas que você fizer.
De um modo geral, os diários auxiliares mais utilizados são:
EFEITOS A CONTAS A
RECEBER RECEBER
(Must) (Must) VENDAS
DATA DESCRIÇÃO RF (Crédito)
(1) (2) (3) (4) (5) (6)
1) Data.
Esta primeira coluna registrará a data em que as transações estão sendo registradas.
2) Descrição.
Os detalhes da transação, como número e vencimento do documento, fatura ou letra de
câmbio, nome do cliente, etc. serão registrados.
3) Referência.
Ele é usado para cruzar referências com o auxiliar principal correspondente. Nesta coluna será
anotado o número da folha do auxiliar principal onde é controlada a conta do cliente a quem foi
4) Efeitos a receber.
Os encargos correspondentes serão registrados aqui, quando a venda realizada for suportada
pela aceitação de letras de câmbio pelo cliente.
5) Contas a receber.
Esta coluna cobrará o valor da venda quando ela for suportada pela aceitação de uma fatura.
6) Venda.
Aqui será pago o valor de cada venda.
Exemplo:
Durante o mês de janeiro de 2014 A EMPRESA C.A. Ele fez as seguintes vendas a crédito.
Operação 1:
Trata-se de uma venda a crédito ao cliente A de acordo com a fatura n.º 50, para a qual foi aceite a
letra de câmbio n.º 1.
Ver figura 6.2. Na coluna destinada à data, foi anotada a correspondente a esta transação, e na área
destinada à descrição, estão detalhados o nome do cliente, o número da nota fiscal, o número da
carta aceita e seu vencimento.
Em seguida, passou a cobrar a Efeitos a Receber enquanto o pagamento era feito às Vendas.
Recomendamos que o aluno analise o registro das demais operações, e observe, principalmente,
que cada uma delas tem sua cobrança e seu pagamento.
Esse trabalho é realizado sistematicamente, dia a dia. Ao final do mês, as colunas são somadas e,
com os totais obtidos, é feita a entrada do resumo no diário geral, como mostra a Figura 6.3.
É claro que, a partir do diário geral, serão feitos os passes que seguem para o major-geral,
observando-se o correspondente cruzamento de referências entre os dois livros, conforme indicado
na Figura 6.4.
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
Saldo em 01-01-2014 93.000,o
2014 24 o
De acordo com o Diário Geral 320.000,o.
Janeiro 31
br
413.000,o.
CONTAS A RECEBER C OM RCIALE br
E S
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
Saldo em 01-01-2014
2014
De acordo com o Diário Geral 248.000,o.br
Janeiro
31 24 122.000,o.br 370.000,o.
br
VENDA
A este respeito, comentamos que as contas principais controlam as transações que a empresa faz
globalmente ou de forma geral, enquanto as contas auxiliares detalham a transação e dão as
informações em detalhes.
Por exemplo, se você olhar para a Figura 6.3, verá que Bs. 93.000.oo para efeitos a receber e bs.
122.000.oo para Contas a Receber.
Isso significa que há pessoas que devem esses valores à empresa, mas não indica quais são as
Figura 6.4.General-de-
Brigada
Contabilidade
Financeira
pessoas que devem.
Bem, Trade Receivables e Trade Receivables são duas contas principais ou gerais que são
controladas na contabilidade geral. Para controlar quais clientes devem esses recebíveis e essas
contas a receber, são utilizadas as chamadas majors auxiliares.
Cada conta que aparece no general-maior pode ter seu maior assessor. No entanto, os principais
auxiliares mais utilizados são:
Como você pode ver, além das conhecidas colunas de Data, Conceitos e Referência, possui três
colunas para controle de Contas a Receber e outras três para Contas a Receber.
NOME DO CLIENTE FÓLIO Nº.
RECEBÍVEIS CONTAS A RECEBER
DATA DESCRIÇÃO RF
EQUILÍB EQUILÍBRI
DEVER TER DEVER TER
RIO O
Pois bem, como essas vendas a crédito são registradas no Diário de Vendas Auxiliares, os repasses
devem ser feitos para os respectivos maiores auxiliares. Nesse caso, os repasses devem ser feitos
para o Assistente Maior de Recebíveis e Recebíveis Comerciais, conforme mostra a Figura 6.6.
A técnica para fazer esses passes é a mesma que usamos para o major-general. Cada item
registrado no diário é transferido para a conta do maior auxiliar correspondente ao cliente envolvido
na transação, levando-se em conta que tal item será transferido para a seção de contas a receber
ou contas a receber, conforme o caso.
É claro que, à medida que os passes são feitos, as referências são cruzadas entre os dois livros nas
Como você pode ver, esse processo é muito simples. No entanto, recomendamos que você estude
e veja, jogo a jogo, como os passes foram feitos.
Claro, nem é preciso dizer que a maior utilidade proporcionada por esse auxiliar maior é nos permitir
saber a qualquer momento quanto algum dos clientes nos deve, tanto para efeitos a receber quanto
para contas a receber.
Exemplo:
A EMPRESA C.A. efetuou as seguintes compras a crédito durante o mês de janeiro de 2014.
Antes de mais nada, vamos comentar sobre as características do arranhão desse diário e, em
seguida, registrar as transações indicadas. Ver figura 6.7.
Note que a eclosão neste livro é muito semelhante ao assistente de vendas de crédito. No entanto,
isso depende das necessidades de informação que cada empresa deseja obter.
Neste caso, consideramos necessário que este livro contenha as seguintes colunas:
1) Data.
Onde a data em que a transação está sendo registrada será anotada.
2) Descrição.
Detalhes como nome do fornecedor, número da fatura, condições, validade, etc. serão
registrados lá.
3) Referência.
Será anotado o cruzamento de referência com o Assistente Maior de Efeitos e Fornecedores
de Contas a Pagar.
4) Compras.
A cobrança de assento será registrada nesta coluna.
5) Efeitos devidos.
Quando a compra a crédito for suportada pela aceitação de uma letra de câmbio, o pagamento
do assento será anotado nesta coluna.
6) Contas a pagar.
O pagamento do assento será anotado nesta coluna, quando o crédito obtido for suportado
pela simples aceitação de uma fatura.
Dito isso, vamos ver na Figura 6.7 como algumas das transações foram registradas.
a) A mercadoria foi comprada para Bs. 5.000,oo e uma letra de câmbio foi aceita.
Para registrá-lo, foi feito algo semelhante à transação anterior. A data e os conceitos foram
escritos. Em seguida, era cobrado nas compras e creditado nas contas a pagar.
É assim que você deve agir com o resto das transações. Recomendamos que você os revise um a
um, lentamente. Se você tiver alguma dúvida, pergunte quando chegar na aula.
No final do mês, as colunas são adicionadas e, uma vez verificado que elas se somam, ou seja, que
a soma dos encargos efetuados na conta de Compras é igual à soma dos créditos efetuados em
Efeitos a Pagar e Contas a Pagar, a "entrada sumária" das compras a crédito do mês é feita no
Diário Geral, como mostrado na figura 6.8.
Uma vez feita a entrada sumária do mês no Diário Geral, esta é passada ao Major-Geral, conforme
indicado na Figura 6.9, observando-se o cruzamento das respectivas referências.
PA FORNECEDOR
EFEITOS POR
G AR Fólio 14
É
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
Figura 6.9.
General-de-Brigada
FORNECEDOR: X FÓLIO 10
CONTAS A PAGAR CONTAS A PAGAR
DATA DESCRIÇÃO RF
EQUILÍB DEVER EQUILÍB
DEVER TER TER
RIO RIO
2014
FORNECEDOR: E FÓLIO 15
CONTAS A PAGAR CONTAS A PAGAR
DATA DESCRIÇÃO RF
EQUILÍB EQUILÍB
DEVER TER DEVER TER
RIO RIO
2014
Como acabamos de mencionar, ele visa o registro diário de depósitos em dinheiro, cheques, cartões
de crédito, etc.
O riscar deste livro depende, obviamente, do volume deste tipo de transações e das contas que
mais frequentemente intervêm. No nosso caso, vamos projetar um que possa ser usado na maioria
das empresas. Ver figura 6.12.
1) Data.
Como sempre, a data em que a transação está sendo registrada será anotada lá.
2) Descrição.
Os dados relativos aos rendimentos registados devem ser registados sob a forma de resumo.
3) Referência.
A folha do auxiliar sênior envolvido na transação deve ser anotada nesta coluna.
4) Caixa.
O valor correspondente será registrado lá quando o depósito em dinheiro foi recebido pelo
caixa.
5) Bancos.
Quando o depósito for recebido ou depositado diretamente no banco, o valor correspondente
será registrado nesta coluna.
6) Efeitos a receber.
Quando a renda que está sendo registrada vier da cobrança de uma letra de câmbio, ela será
paga nesta coluna.
7) Contas a receber.
O crédito será registrado nesta coluna quando a receita vier do recolhimento de uma nota
fiscal.
8) Venda.
Se a renda que está sendo produzida for proveniente de uma venda à vista, o valor
correspondente será creditado nesta coluna.
Como sempre, vamos explicar como este livro funciona com um exemplo.
Exemplo:
1) 01-01-2014 Mercadorias em dinheiro foram vendidas para Bs. 10.000,oo conforme nota
fiscal 164.
2) 03-01-2014 Depósito 2839 no Banco Venezuela para Bs. 10.000,oo que estavam na
caixa.
3) 07-01-2014 Venda à vista para Bs. 5.000,oo conforme nota fiscal 165.
4) 12-01-2014 Depósito 2840 no Banco Venezuela para Bs. 5.000,oo. Esse dinheiro estava
na caixa.
Assim como nos demais jornais auxiliares, as transações envolvendo rendimentos serão registradas
dia a dia. Comentemos, pois, algumas das operações indicadas. Ver figura 6.12.
Como você pode ver, o pagamento à Caja está entre parênteses. Isso porque atribuímos apenas a
coluna "must" a Caja; Portanto, se em algum momento tivermos a necessidade de pagá-lo, o valor é
colocado na coluna do mosto, mas entre parênteses. Isso significa que estamos pagando a você.
Operação 6: Uma fatura de Bs. 20.000,oo e um desconto à vista de 10% foi concedido.
Isso significa que o cliente pagou sua dívida antes que ela vencesse; portanto, foi feito o desconto
acordado de 10%. Ou seja, Bs. 2.000,oo, então a renda em dinheiro era Bs. 18.000,oo.
Vejamos como essa transação foi registrada no Diário da Receita Auxiliar:
A data e a descrição foram anotadas. Depois, os Bs. 18.000.oo recebidos, enquanto, na coluna de
contas diversas, os Bs. 2.000,oo para a conta Descontos para Pronto Pagamento.
Em troca dessas acusações, Bs. 20.000.oo para Contas a Receber. Não é simples?
Recomendamos que você analise o restante das operações. Dessa forma, você conseguirá
consolidar esse conhecimento de forma definitiva.
No nosso caso, o maior auxiliar que intervém é o Efeitos e Contas a Receber e o Auxiliar Principal
dos Bancos.
Observe na Figura 6.13 como fizemos isso. Os itens que passamos agora para essas contas
auxiliares, foram marcados com um asterisco (*) na coluna de data e, a escrita de toda a linha, foi
feita com letras mais intensas.
Para fins de explicação, comentemos o passe para o auxiliar principal das operações 5 e 13. Os
demais analisam você mesmo e veem como foram passados. Verifique essas passagens na Figura
Operação 5: Em 15-01-2014 a letra número 2 foi cobrada para Bs. 10.000,o.o ao cliente A.
É a coleta de uma carta ao cliente A para Bs. 10.000.oo, o que fez com que, no diário auxiliar, esse
valor tenha sido pago na coluna de Efeitos a Receber.
Para fazer o passe para o maior assistente, procure a conta desse cliente, que atribuiu a folha nº 1 e
veja como, em primeiro lugar, a data foi anotada: 15 de janeiro.
Em seguida, o detalhe foi escrito e a referência foi cruzada com o diário auxiliar anotando na coluna
de referência o número do fólio do jornal número 12 em que está localizada a sede que estamos
passando. Por fim, na seção dedicada ao acompanhamento dos Instrumentos a Receber, Bs.
10.000,oo, retirando imediatamente o saldo da conta: Bs. 6.000,oo.
CLIENTE: A
FÓLIO 1
É claro que, na coluna de referência do diário auxiliar, será anotado o número do fólio do maior
auxiliar atribuído à conta do cliente A; ou seja, o número 1.
Operação 13: Em 31-01-2014 a fatura número 51 para Bs. 15.000,oo ao cliente B.
Quando essa operação foi registrada no Diário Auxiliar da Receita, esse valor foi creditado na
coluna Contas a Receber.
É impossível conceber uma empresa que não tenha conta corrente em um ou mais bancos.
A riscada deste livro é semelhante à de um major-general, só que lhe é atribuído um fólio para
controlar cada conta bancária que tem num determinado banco.
No caso que estamos desenvolvendo, se você olhar novamente para a movimentação do Diário
Auxiliar de Renda que aparece na Figura 6.12, verá que a coluna destinada aos bancos, tinha
alguns registros. Tais registros devem ser repassados à conta do respectivo banco no Auxiliar
Maior dos Bancos.
Vamos assumir aqui que essa conta já estava aberta e que lhe foi atribuído o fólio nº 2.
Observe na Figura 6.14 como foram feitos os passes para o maior assistente bancário.
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
Uma vez alcançada a tabela, é feita a entrada resumida do mês no Jornal Geral, utilizando os
totais obtidos, como mostra a Figura 6.15.
Fólio 26
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
2014 ----X----
Janeiro 31 CAIXA 01 68.600,o.br
BANCOS 02 42.000,o.br
DECTO. PAGAMENTO IMEDIATO NAS VENDAS 41 2.000,oo
RECEBÍVEIS COMERCIAIS 03 25.000,o.
CONTAS A RECEBER 04 br 65.000,oo
VENDA 30 22.600,o.
Renda do mês de acordo com o Diário de Renda Auxiliar br
Figura 6.15.
Revista Geral
Como já foi mencionado em casos anteriores, uma vez feita a entrada no Jornal Geral, o passe
correspondente é feito para as contas do Major-General.
Na maior que se segue (Figura 6.16), é possível ver as respectivas passagens marcadas com
um asterisco (*) e escritas em caligrafia mais intensa.
CAIX Fólio 1
A
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
2014 Saldo em 01-01-2014 190.000,oo
Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 232.000,o.br
(*) 26 42.000,o.br
BANCOS Fólio 2
(*)
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
320.000,o.b
2014 Saldo em 01-01-2014 r
Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 93.000,oo 413.000,o.b
Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 24
(*) 26 25.000,o.br r
RECEBÍVEIS COMERCIAIS 388.000,o.b
Fólio 3
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
248.000,o.b
2014 Saldo em 01-01-14 r
31 24
Janeiro De acordo com o Diário Geral 122.000,o.br 370.000,o.b
31 26
Janeiro De acordo com o Diário Geral r
(*) 65.000,oo 305.000,o.b
r
VENDA Fólio 30
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
2014
Janeiro 215.000,o.b
Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 24 215.000,o.br r
(*) 31 De acordo com o Diário Geral 26 22.600,o.br 237.600,o.o
CONTAS A RECEBER Fólio 4
DIÁRIO AUXILIAR DE DESPESAS.
Outra das operações que em toda empresa é realizada em grande volume, é a relacionada a
despesas. Por esse motivo, é conveniente manter um diário auxiliar que permita que esse tipo
de transação seja registrado nele, facilitando assim seu processamento nos principais auxiliares
e nos principais gerais.
Este jornal é conhecido como Diário Auxiliar de Despesas e seu desenho é muito semelhante
ao do Jornal Auxiliar de Receitas.
Como você pode ver na Figura 6.17, este livro contém as seguintes colunas:
1) Data.
A data em que a transação está sendo registrada é anotada nesta coluna.
3) Referência.
Nesta coluna, a referência será cruzada com os principais auxiliares envolvidos. O número do
fólio do auxiliar principal será anotado lá onde está localizada a conta para a qual o passe está
sendo feito.
4) Caixa.
Esta coluna será usada para registrar os pagamentos na conta Caja, quando uma saída de
caixa estava envolvida na transação que estava sendo registrada.
5) Bancos.
Nesta coluna serão registrados os créditos ou créditos na conta dos Bancos quando o
desembolso tiver sido através de um banco.
6) Efeitos devidos.
Os itens que significaram o cancelamento de uma letra de câmbio que estava em dívida serão
cobrados nesta coluna.
7) Contas a pagar.
Nesta coluna, os encargos com Contas a Pagar serão registrados como resultado do
cancelamento de uma fatura.
8) Compras.
Qualquer compra de mercadoria que seja feita em dinheiro, será carregada nesta coluna.
9) Contas diversas.
Esta última seção destina-se a registrar encargos ou créditos nas contas envolvidas na
transação, que não têm uma coluna especificamente atribuída.
Como nos casos anteriores, contaremos com o desenvolvimento de um caso prático para explicar
a técnica a ser utilizada neste diário auxiliar.
Exemplo:
Durante o mês de janeiro de 2014, LA EMPRESA, C.A. Você fez as seguintes transações:
1) 4 de janeiro: A mercadoria foi comprada para Bs. 8.000,oo de acordo com a nota fiscal
nº. 33 de Estepa C.A.
Confira 1614 Banco Venezuela.
2) 8 de janeiro: Ele pagou a conta de luz de Bs. 1.040.oo, cheque nº. 1615 do Banco
Venezuela.
3) 10 de janeiro: Um computador foi comprado para Bs. 15.000,oo; fatura 22 da Equiven C.A.
cancelado por cheque 1616 Banco Venezuela.
Ver figura 6.17. As transações acima mencionadas foram registradas lá. Para fins didáticos,
comentaremos apenas as transações números 4 e 10. Recomenda-se que o aluno analise os
demais. Se você tiver alguma dúvida, pergunte quando chegar na aula.
Operação 4: A carta 25-1 ao fornecedor X foi cancelada por Bs. 5.000.oo com cheque 617 do
Banco Venezuela.
Em seguida, a cobrança foi feita aos Efeitos a Pagar e o correspondente pagamento aos Bancos,
completando assim a entrada.
Operação 10: A folha de pagamento da segunda quinzena de janeiro foi cancelada. Os funcionários
do Departamento de Administração ganhavam Bs. 8.000,oo, enquanto os do
Departamento de Vendas, ganharam Bs. 10.000,oo. Se les retuvo Bs. 320.oo para a
Segurança Social.
Como no caso anterior, a data e os detalhes do assento foram anotados. Em seguida, os encargos e
créditos foram registrados nas contas envolvidas, conforme segue:
FÓ
LI
O
5
Figura 6.17
Diário Auxiliar de
Despesas
Acusações:
a) Na coluna de contas diversas foi feita uma cobrança para Bs. 8.000.oo às Despesas
administrativas relativas aos vencimentos auferidos pelos servidores da Secretaria de
Administração.
b) Também foi feita uma cobrança nas despesas de vendas para Bs. 10.000.oo de salários
acumulados aos funcionários do Departamento de Vendas.
Fertilizantes:
a) Foi creditado ao Bancos Bs. 17.680.oo correspondente ao cheque emitido contra o Banco
Venezuela. Este foi o valor líquido pago aos empregados porque, do total acumulado por eles,
Bs foi retido. 320,o.o. para depois ser pago à Segurança Social.
b) Na coluna de contas diversas, Bs. 320.oo à retenção na fonte previdenciária. Esse valor foi
descontado dos funcionários, mas é devido à Previdência Social.
Como os registros são feitos no Diário Auxiliar de Despesa, os repasses são feitos, diariamente,
aos respectivos auxiliares.
Agora temos que fazer os repasses do Diário Auxiliar de Despesas para o Assistente Maior de
Efeitos e Fornecedores de Contas a Pagar.
Tais passagens são feitas na Figura 6.18, marcadas com um asterisco (*) e a linha escrita em tom
mais intenso.
Este auxiliar principal é o mesmo que havíamos aberto na Figura 6.11; só que, agora,
Ver figura 6.19. Esta conta auxiliar do Banco Venezuela já foi aberta na Figura 6.14.
Vamos agora usar essa mesma conta, só que vamos intercalar a movimentação que o Banco
Venezuela teve de acordo com o Diário Auxiliar de Despesas.
Os passes foram marcados com um asterisco (*) e, as linhas, escritas em tom mais intenso.
Por fim, observe o cruzamento. Nos auxiliares maiores foi escrito o fólio do diário auxiliar onde o
item foi originalmente registrado, enquanto, neste, foi escrito o número do fólio do auxiliar maior
para o qual o referido item foi passado.
Você também notará que no diário auxiliar, em alguns casos, há dois números de referência
cruzada separados por uma barra para frente.
Isto significa que dois grandes assistentes intervieram. Neste caso, os Bancos e os
Fornecedores de Efeitos e Contas a Pagar.
FORNECEDOR: X FÓLIO 10
CONTAS A PAGAR CONTAS A PAGAR
DATA DESCRIÇÃO RF
DEVER TER EQUILÍB DEVER TER EQUILÍB
RIO RIO
2014
(* )
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
180.000,o.b
Saldo AS de 01-01-2014
r
Janeiro 03 Depósito 2839 12 10.000,o.br 190.000,oo
(*) 04 Verificação 1614- Estepa 05 8.000,oo 182.000,o.b
(*) 08 C.A
Check 1615- Luz Elétrica 05 1.040,oo r 180.960,o.b
(*) 10 Verificação 1616- Equiven 05 15.000,oo r 165.960,o.o
12 C.A
Depósito 2840 12 5.000,oo . 170.960,o.b
(*) 12 Verificação 1617- 05 5.000,oo r 165.960,o.o
(*) 15 Cheque 1618 Folha de 05 18.000,o.b 147.960,o.o
(*) 20 pagamento
Check 1619- Fornecedor e 05 r 10.000,o.b . 137.960,o.o
(*) 24 Cheque 1620- Fornecedor Z 05 r 22.500,o.o . 115.460,o.b
(*) 28 Verificação 1621- 05 12.000,oo r 103.460,o.b
(* ) 30 Fornecedor X
Depósito 2852 12 12.000,oo r 115.460,o.b
r
Como nos casos anteriores, com os totais obtidos, o registro sumário é feito na Revista Geral.
Com relação às contas que aparecem na seção de contas diversas, especialmente quando há
algumas que se repetem, como é o caso das Despesas Administrativas e Despesas de Vendas,
elas são somadas e o lançamento é feito pelo total.
Sugerimos que o aluno retorne à Figura 6.17 e analise cuidadosamente como utilizamos os totais
das colunas daquele diário auxiliar, para fazer o verbete no Diário Geral mostrado na Figura 6.20.
Mostra ali o mesmo major que foi usado nos casos anteriores.
Os passes que faremos agora serão marcados novamente com um asterisco (*) e a linha será
escrita com letras de tom intenso.
Figura 6.20
2014 145.000,o.b
Janeiro 31 De acordo com o Diário Geral 25 145.000,o.br r
(*) Janeiro 31 De acordo com o Diário 27 13.000,o. 158.000,o.
Geral br br
COMPRAS Fólio 28
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
2014
Janeiro De acordo com o Diário 17.040,o. 17.040,o.
(*) 31 Geral 27 br br
DESPESAS Fólio 42
ADMINISTRATIVAS
EQUILÍBRI
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER
O
2014
De acordo com o Diário 20.000,o
(*) Janeiro 31 27 20.000,oo
Geral o
DESPESAS DE Fólio 43
VENDAS
2014
Janeiro De acordo com o Diário
(*) 31 Geral 27 15.000,oo 15.000,oo
EQUIPAMENTOS DE Fólio 38
ESCRITÓRIO
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
BANCO
S Fólio 2
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRIO
Saldo em 01-01-2007 190.000,oo
2014 De acordo com o Diário Geral 232.000,o.
42.000,o.br br
Janeiro 31 De acordo com o Diário 26
(*) Janeiro 31 Geral 27 109.220,o.br 122.780,o.
CAIX br Fólio 1
A
Com efeito, o artigo 70.º do Regulamento da Lei do Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA), estabelece que os contribuintes deste imposto, para além dos livros exigidos pelo Código
Comercial, devem manter um Livro de Compras e um Livro de Vendas, nos quais serão registados
EXERCÍCIO 6.1.
1) Explique brevemente sobre as vantagens da contabilidade para a contabilidade:
a) Diários auxiliares.
b) Auxiliares maiores.
EXERCÍCIO 6.2.
A empresa BORBURATA C.A. realizou diversas vendas durante o mês de maio de 2014,
conforme demonstrado abaixo:
NOTA: Resolver esta prática é essencial, pois as informações obtidas a partir desta solução
serão necessárias para resolver o exercício 6.3.
EXERCÍCIO 6.3.
NOTA: A solução deste exercício baseia-se em grande parte nas informações fornecidas no
exercício 6.2.
Solicita-se:
EXERCÍCIO 6.4.
As seguintes compras foram realizadas pela empresa BORBURATA C.A. durante o mês de Maio
de 2014:
Solicita-se:
NOTA: Resolver esta prática é essencial, uma vez que as informações obtidas a partir desta
solução serão necessárias para resolver o exercício 6.5.
EXERCÍCIO 6.5.
NOTA: A solução deste exercício baseia-se em grande parte nas informações fornecidas no
A empresa BORBURATA C.A. realizaram, entre outras, as seguintes operações durante o mês
de junho de 2014:
01 de junho: Comprou Rocallosa C.A. mercadoria por Bs. 11.400,oo. Pago com cheque 2051
do Banco Regional.
02 de junho: Pagou com dinheiro a fatura de 1844 ao Lago C.A. por Bs. 10.000,oo.
05 de junho: Ele pagou a conta de luz de Bs. 6.000,oo com cheque 2052 do
Banco Regional.
07 de junho: Ele pagou a carta 226-1 para Hidalgo S.A. para Bs. 9.000,oo. Confira 2053.
08 de junho: Comprou a Mecatrón C.A. um computador por Bs. 25.000,oo. Fatura à vista
1435. Cheque 2054 Banco Regional.
09 de junho: Ele pagou ao administrador La Casa C.A. o aluguel de maio de 2007 para Bs.
5.000,oo.
Recibo 13444. Confira 2055 Banco Regional.
10 de junho: Ele pagou a carta 32 a El Álamo por Bs. 12.000,oo com cheque 2056 Banco
Regional.
12 de junho: Pagou a fatura 2860 a Araguaney C.A. Com cheque 2057. Banco Regional.
15 de junho: Pagou Lago C.A. a carta 1890-1 de Bs. 8.000,oo. Cheque 2058 Banco Regional.
15 de junho: Ele pagou a folha de pagamento da primeira quinzena de junho para a Bs.
25.000,oo com cheque
2059, assim:
Departamento de Administração Bs. 15.000,oo.
Departamento de Vendas Bs. 10.000,oo.
20 de junho: Pagou a Almacén Rico C.A. a carta 1040-1 de Bs. 13.400,oo. Verificação 2060
Banco Regional.
24 de junho: Pagou a fatura 9160 à Girasol C.A. com cheque 2061. Foi deduzido o
Desconto acordado.
28 de junho: Ele cancelou a carta 6945-1 para Roncador C.A. por Bs. 14.000,oo com cheque
2062 do
Banco regional.
30 de junho: Ele pagou a folha de pagamento da segunda quinzena de junho com o cheque 2063
do
Banco Regional, conforme segue:
Se dedujo Bs. 980,oo para a segurança social e Bs. 150.oo por fundo de poupança
habitacional.
Solicita-se:
Sabemos também que, em princípio, tais registros são feitos nos livros diários, sejam eles gerais
ou auxiliares, e que são feitos utilizando a técnica do lançamento da revista, com base na teoria
da cobrança e do crédito (dupla entrada).
TESTE DE EQUILÍBRIO.
Quando no Capítulo 5 falamos do Balancete, estamos realmente nos referindo ao resultado da
ação de classificar as transações nas diferentes contas, uma vez que, os saldos ali
mencionados, são aqueles que permanecem nessas contas após terem feito os passes diários
para o atacado.
"Uma lista de TODAS as contas que aparecem no Major-General, onde é mencionado o saldo
que cada uma delas tem em uma determinada data."
No entanto, pode-se afirmar, com razão, que o objetivo final e mais importante da contabilidade é
ser capaz de " analisar e interpretar" os resultados obtidos, bem como a situação financeira em
que a empresa se encontra. É isso que permitirá que gestores e terceiros diagnostiquem
situações e, consequentemente, tomem decisões.
Bom, essa análise é muito difícil de ser realizada se tiver que ser feita a partir do Saldo de
Verificação. O fato de todas as contas aparecerem juntas, em nenhuma ordem, torna essa tarefa
muito complexa.
Como o conteúdo deste livro é voltado para pessoas que estão iniciando seu processo de
aprendizagem contábil, por isso as explicações relacionadas a como apresentar as
demonstrações contábeis mencionadas, serão dadas à medida que o curso avança e os alunos
estão obtendo os conhecimentos contábeis necessários para sua adequada compreensão.
Com esses dois grupos de contas, serão elaboradas as Demonstrações Contábeis , que são,
em suma, os resumos sobre os quais serão feitas as análises e interpretações dos eventos
ocorridos na empresa visando à tomada de decisão.
De acordo com essa definição, as contas reais, por sua vez, são classificadas em três grandes
grupos ou massas patrimoniais, de acordo com o que é mostrado no diagrama da figura 7.2, onde
são mencionados apenas alguns dos elementos patrimoniais ou contábeis mais utilizados em
qualquer contabilidade.
Como você pode ver, para determinar se uma conta é real, primeiro nos fazemos a pergunta: Eu
tenho alguma coisa?; ou seja, a conta indica que a empresa possui algum bem ou direito?
Se a resposta for sim, com certeza essa conta é REAL (da Ativa). Se a resposta à pergunta
anterior for negativa, então façamos a outra pergunta: devo alguma coisa?; ou seja: a empresa
tem alguma dívida com alguém? Se a resposta for "Sim", certamente essa conta é REAL.
Claro, se a dívida for com terceiros a conta será REAL de Passivo enquanto, se for com os
proprietários, será REAL de Patrimônio.
Sugerimos que você implemente este procedimento. Nós garantimos que em um curto espaço de
tempo você será capaz de dominá-lo.
ATIVO.
"Um ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados, dos
quais a entidade espera obter, no futuro, benefícios econômicos."
É assim que o ativo é definido no Parágrafo 49a do Quadro Conceitual das Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS)
RECONHECIMENTO PATRIMONIAL.
O parágrafo 89 da Estrutura Conceitual IFRS estabelece quando um ativo pode ser
reconhecido como tal. A esse respeito, ele diz:
"Um ativo é reconhecido no balanço quando é provável que sejam obtidos benefícios econômicos
futuros para a entidade e, além disso, o ativo tem um custo ou valor que pode ser mensurado de
forma confiável."
É importante ressaltar que todas as contas patrimoniais sempre possuem saldo devedor ou
zero.
1. ATIVO CIRCULANTE.
2. ATIVO NÃO CIRCULANTE.
ATIVO CIRCULANTE.
O parágrafo 66 da IAS 1 e a Seção 4.5 da VEN-NIF SME mencionam claramente quando um
ativo deve ser apresentado dentro do grupo de Ativos Circulantes:
a) Você espera realizar o ativo, ou pretende vendê-lo ou consumi-lo em seu ciclo operacional
normal;
d) Um activo é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido na IAS 7), a menos que o
activo seja restrito e não possa ser trocado ou utilizado para cancelar um passivo durante,
pelo menos, doze meses após o período de reporte.
e) Uma entidade deve classificar todos os outros ativos como não circulantes. Se o ciclo normal
de funcionamento não for claramente identificável, presume-se que a sua duração é de doze
meses.".
Em outras palavras, todas aquelas contas que controlam caixa ou equivalentes ao caixa
disponível e outros ativos tangíveis ou intangíveis, que serão convertidos em caixa, ou que serão
consumidos incorporando-se aos custos e despesas da empresa, no ciclo normal de operação,
serão classificadas como Ativo Circulante.
O ciclo normal de operação é definido como o período a partir do qual o dinheiro ou outros
ativos são usados, ou um passivo é criado, para comprar ou fabricar bens que devem ser
vendidos até que sejam vendidos e convertidos de volta em dinheiro disponível.
Foi acordado que, excepto em certas empresas, tais como fábricas de bebidas, aviões, navios,
etc., as restantes têm um ciclo normal de funcionamento não superior a doze meses. Portanto, é
este último parâmetro que tomaremos como o ciclo normal de operação.
Figura 7.2.
Contas reais
De acordo com o exposto, as contas que compõem o Ativo Circulante , poderiam ser,
2. BANCOS.
Controlamos através dessa conta, os depósitos de dinheiro à vista, que a empresa faz em
contas correntes ou poupança em bancos, de disponibilidade imediata, bem como os
saques que são produzidos.
3. EQUIVALENTES DE CAIXA.
A seção 7.2 do VEN-NIFPYME afirma claramente o que deve ser entendido por
equivalentes de caixa:
" Os equivalentes de caixa são investimentos de curto prazo de alta liquidez que são
mantidos para cumprir compromissos de pagamento de curto prazo, em vez de para
investimento ou outros fins. Portanto, um investimento atenderá às condições de
equivalente de caixa somente quando tiver um vencimento próximo a ele, por exemplo,
três meses ou menos a partir da data de aquisição. Os descobertos bancários são
normalmente considerados atividades de financiamento semelhantes aos empréstimos.
No entanto, se forem reembolsáveis a pedido da outra parte e fizerem parte integrante da
gestão de caixa de uma entidade, os descobertos bancários são componentes de caixa e
equivalentes de caixa."
É constituído basicamente por ativos financeiros, como obrigações emitidas por outras
entidades, que foram adquiridos, quando se destinam à venda num período não
superior a três meses. Também compõem esse grupo, as imposições ou depósitos a
prazo realizados em instituições financeiras, desde que seu prazo de vencimento não
ultrapasse três meses.
Da mesma forma, a IAS 7, parágrafo 7 prevê que as participações societárias de outras
entidades são excluídas dos equivalentes de caixa, a menos que sejam substancialmente
equivalentes a dinheiro, como ações preferenciais adquiridas perto do vencimento, desde
APLICAÇÕES FINANCEIRAS.
Muitas vezes, tendo caixa excedente, e para não mantê-lo improdutivo ou para qualquer outra
finalidade, investe-o comprando títulos.
Para realizar esse tipo de operação, a empresa geralmente adquire ativos financeiros como
ações de empresas não relacionadas, títulos, certificados de depósito, títulos hipotecários e afins,
que são fáceis de realizar, a fim de poder vendê-los rapidamente, quando precisa ter o dinheiro
investido novamente.
Nas grandes empresas, onde se aplicam as IFRS PLENAS, as aplicações financeiras são
classificadas como:
Como esses tipos de investimentos não serão vendidos até o vencimento, eles devem ser
avaliados pelo custo, tanto no registro inicial quanto nas avaliações subsequentes.
Seu registro inicial será feito ao seu custo, que será considerado como seu valor justo,
enquanto as avaliações subsequentes serão feitas pelo valor justo com mudanças nos
resultados. Ou seja, durante o tempo em que o investimento é mantido, quando chega a
hora de valorizá-lo, se houver alguma diferença, ele deve ser absorvido pelos resultados do
período.
O registro inicial desse tipo de investimento é feito pelo custo ou valor justo naquele
momento. As avaliações subsequentes serão feitas pelo valor justo com as variações no
patrimônio líquido, o que significa que as diferenças de avaliação devem ser levadas
diretamente ao patrimônio líquido e não aos resultados do período.
No caso de empresas regidas por IFRS para PMEs, a classificação acima não se aplica.
RECEBÍVEIS COMERCIAIS.
Esta conta controla as dívidas que terceiros (naturais ou legais) têm com a empresa, geralmente
causadas pela venda de bens ou serviços a crédito, quando tais créditos são garantidos pela
aceitação de documentos comerciais garantidos como letras de câmbio, notas promissórias,
etc., e cujo vencimento ocorrerá no decorrer dos próximos doze meses.
É claro que as empresas geralmente têm outros tipos de contas a receber de operações que não
a venda de bens ou serviços a crédito. Trataremos deles nos próximos capítulos.
São empresas coligadas ou coligadas, aquelas que fazem parte de um grupo que, por deter a
maioria do capital ou direitos de voto, tem a capacidade de exercer influência sobre outras
empresas.
Também são consideradas empresas coligadas aquelas que, não tendo interesses patrimoniais,
são administradas pelas mesmas pessoas ou, quando não é o caso, algumas empresas
dependem totalmente de outras para obter materiais e insumos para operar.
INVENTÁRIOS.
O A seção 13.1 do VEN-NIF PYME estabelece que:
ATIVOS BIOLÓGICOS.
Essas contas são utilizadas na contabilidade de empresas que exercem atividades
agropecuárias. Controlar o valor dos bens representados por plantas ou animais que uma
empresa possui, desde o momento do plantio da planta ou do nascimento ou aquisição do animal,
até que a planta produza a colheita ou o animal pare de produzir bens como leite (gado leiteiro),
lã (ovelha), ovos (aves), etc.
Esses bens, uma vez colhidos, deixam de ser considerados ativos biológicos, para se tornarem
produtos agrícolas ou pecuários, que seriam classificados em inventários ou inventários.
No entanto, as despesas pagas ou contratadas antecipadamente cujo serviço deva ser recebido,
ou o material a ser consumido, em período superior a doze meses, devem ser apresentadas no
grupo de encargos diferidos, na seção Ativo Não Circulante, grupo do qual discutiremos mais
No entanto, devemos esclarecer aqui que a parcela desses encargos diferidos que serão
consumidos ou amortizados no próximo período de doze meses também deve ser apresentada
no grupo Serviços e Outras Despesas Contratadas antecipadamente, juntamente com as
demais despesas pré-pagas.
Exemplo:
Uma empresa contratou em 01-01-2010 uma apólice de seguro por 3 anos com um custo de Bs.
60.000,oo que foram pagos no momento do contrato.
Vamos raciocinar:
É óbvio que se trata de uma despesa contratada antecipadamente, cujo serviço será recebido em
três anos. Isso significa que, todos os anos, você receberá um serviço de seguro que custará Bs.
20.000,oo.
Se nesta mesma data, 01-01-2010, foi elaborada uma Demonstração da Posição Financeira, Bs.
20.000,oo que serão consumidos por este conceito nos próximos doze meses, deverão ser
apresentados como Seguro Pago Antecipadamente, dentro do Ativo Circulante, no grupo de
Serviços e Outras Despesas Contratadas antecipadamente , enquanto, os Bs. Os 40.000
restantes, que se referem ao serviço de seguro que será recebido após o primeiro ano, devem ser
mostrados como Encargos Diferidos na seção Ativo Não Circulante.
a) Não se espera que seja realizada, ou não se destina a ser vendida ou consumida, no curso
do ciclo normal de operação da empresa.
c) Não se espera que seja realizada dentro do período de doze meses após a data de
encerramento
de exercício.
O Ativo Não Circulante será apresentado formando, basicamente, os seguintes grupos, que
serão apresentados na ordem da maioria das correntes para as menos correntes:
Ativo financeiro não circulante.
Contas a receber de empresas coligadas.
Aplicações financeiras.
Inventários.
Ativos biológicos.
Propriedades de Investimento.
Imobilizado.
Ativos intangíveis.
Imposto de renda diferido ativo.
Encargos diferidos.
Outros activos não financeiros não correntes.
Em suma, qualquer pretensão que a empresa tenha que cobrar, cujo vencimento seja por período
superior a um ano, deve ser apresentada nesse grupo.
A este grupo pertenceria:
Em todos esses casos, quando a intenção é manter o investimento por um período superior a
doze meses, diz-se que o investimento é permanente ou de longo prazo e, como tal, deve ser
apresentado no grupo de aplicações financeiras de longo prazo, dentro da seção Ativo Não
Circulante.
No que diz respeito à classificação das aplicações financeiras de longo prazo, aplica-se o que foi
dito nas páginas anteriores, relativo às aplicações financeiras de curto prazo.
Investimentos em ações.
Investimentos em empresas controladas.
Investimentos em títulos ou obrigações.
Investimentos em fundos de participação.
Tal seria o caso das fábricas de certas bebidas alcoólicas em que, alguns de seus produtos,
necessitam ser submetidos a um processo de envelhecimento por períodos superiores a doze
meses.
PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO.
De acordo com a Seção 16.2 do VEN-NIF PYME, "propriedades de investimento são
propriedades (terrenos ou edifícios, ou partes de um edifício, ou ambos) que são detidas pelo
proprietário ou locatário sob um arrendamento financeiro para obter aluguel, ganhos de capital
ou ambos, e não para:
Em suma, essa conta é usada para controlar a aquisição ou construção de imóveis, quando tais
imóveis não são utilizados nas operações normais da empresa, mas o investimento foi feito com a
intenção de obter renda adicional de locações ou qualquer outro tipo de benefício. Investimentos
representativos desse tipo seriam:
Investimentos fundiários.
Ou seja, são bens de natureza material ou corpórea. Ou seja, é provável que sejam captados
pelos sentidos humanos, que:
a) São permanentes.
Ou seja, são bens cuja natureza permite que sejam utilizados por períodos superiores a
doze meses. São bens duráveis.
Se, por exemplo, uma empresa que se dedica à compra e venda de móveis, adquire muitas
mesas para venda, essa seria uma simples compra de mercadoria que deve ser registrada
através da conta de compras.
Por outro lado, se a mesma empresa comprar uma mesa para ser utilizada pelo contador em
seu trabalho, essa operação deve ser registrada na conta Móveis e classificada na
Demonstração da Posição Financeira, no grupo de imóveis, instalações e equipamentos.
No entanto, se tal edifício foi adquirido para locá-lo a terceiros e obter renda de aluguéis,
neste caso será um investimento imobiliário porque, embora atenda aos dois primeiros
requisitos: "caráter permanente" e "não se destina à venda", não está cumprindo o terceiro;
ou seja, "não está sendo utilizado nas atividades normais da empresa".
Os elementos mais comuns que compõem as propriedades, instalações e equipamentos, são:
Terra.
Edifícios.
Facilidades.
Nos próximos capítulos vamos nos aprofundar em sua classificação nas demonstrações
financeiras, dependendo, fundamentalmente, se o terreno está ou não sendo utilizado nas
atividades da própria empresa.
2. EDIFÍCIOS.
Essa conta controla o custo dos prédios que a empresa possui, que estão sendo utilizados
em suas operações ordinárias. É preciso ressaltar que, essa conta, não controla o custo do
terreno onde o imóvel é construído. Como já mencionamos, o custo da terra é controlado
através da conta Land.
A conta de Edifícios também será classificada nas demonstrações financeiras, de acordo
com o fato de o prédio estar ou não sendo utilizado nas operações normais do
empreendimento.
3. FACILIDADES.
São unidades complexas de uso especializado no processo produtivo, que incluem: edifícios,
máquinas, etc., que embora separáveis por natureza, estão definitivamente ligadas para sua
operação. Por exemplo, instalações de ar condicionado.
8. EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE.
Essa conta é usada para acompanhar veículos de transporte externos de propriedade da
empresa. Os veículos são muitas vezes diferenciados de acordo com a natureza do serviço
que prestam; por exemplo, aqueles veículos que se destinam à distribuição dos produtos
que são vendidos, são controlados através da conta de Equipamentos de Entrega, enquanto
aqueles utilizados em outras tarefas, como a transferência de funcionários, etc., são
controlados através da conta chamada Veículos.
ATIVOS INTANGÍVEIS.
Todas as contas representativas de ativos (direitos) intangíveis que tenham as mesmas
características dos ativos pertencentes ao ativo imobilizado serão classificadas neste grupo. Ou
seja, são permanentes, não se destinam à venda e são essenciais para realizar as
atividades normais da empresa.
Patentes industriais.
Marcas.
Direitos autorais.
Mais-valia.
Aplicativos de computador.
1. PATENTES INDUSTRIAIS.
São direitos que uma empresa possui e que o Estado lhe concedeu exclusivamente para
explorar ou usar algum produto, ou alguma invenção que essa empresa descobriu ou
comprou de outros.
Por exemplo, suponha que uma empresa descubra um procedimento que permite a
fabricação de alarmes que são acionados na presença de calor humano. Se a empresa
solicitar a proteção do Estado realizando os procedimentos perante o Registro de
Propriedade Industrial e ela for concedida, a empresa procederá ao registro em suas contas
por meio de uma cobrança na conta de Patentes, pelo valor que teve que gastar para a
investigação, Desenvolvimento e registro da patente.
2. MARCAS COMERCIAIS.
Quando uma empresa deseja fabricar um determinado produto, mas deseja identificá-lo com
um nome que já existe e é de propriedade de outra pessoa, ela pode proceder à compra
desse direito de seu proprietário e começar a usar essa marca na embalagem ou
embalagem que contém o produto. O valor pago por esta transação será lançado na conta
de Marcas registradas.
4. MAIS-VALIA.
Etimologicamente, a palavra mais-valia vem de "PLUS" = mais e "VALUE" = valor. Ou seja,
"mais valor".
Suponha que, em algum momento, você decida comprar um negócio que está em
andamento para Bs. 150.000.oo. No entanto, os ativos que este negócio possui, têm um
valor real de Bs 100.000,oo.
Isso significa que a pessoa que está comprando o negócio está pagando Bs. 50.000.oo
acima do valor real dos ativos que o negócio possui. Diz-se então que um sobrevalor ou
mais-valia de Bs. 50.000.oo.
Esses casos são muito frequentes, pois, quem vende um negócio, não está apenas
vendendo os bens que possui, mas aspira a receber um valor adicional por se tratar de um
negócio em execução, com uma clientela feita e com real capacidade de gerar lucros.
Esse valor excedente, além da mais-valia, também é conhecido como crédito mercantil.
5. APLICAÇÕES INFORMÁTICAS.
Os gastos realizados para a compra do imóvel ou para o direito de uso de programas de
computador serão registrados nesta conta.
O custo de desenvolvimento de páginas web também será registado, onde está previsto a
sua utilização ao longo de vários períodos financeiros.
Foram os casos dos custos de criação e abertura de empresas, custos de publicidade cobrindo
mais de um período econômico, marcas, ganhos de capital e patentes gerados internamente pela
própria empresa, custos de pesquisa, projetos e outras despesas de natureza análoga.
No entanto, a partir da adoção do IFRS, esses tipos de despesas não devem ser capitalizadas,
mas serão tratadas como despesas do período em que foram incorridas. É o que afirma o
parágrafo 90 do Marco Conceitual do IFRS, quando afirma:
"Um activo não será reconhecido no balanço quando se considerar improvável que os benefícios
económicos futuros resultem da despesa correspondente. Em vez disso, tal transação leva ao
reconhecimento de uma despesa na demonstração de resultados. Esse tratamento contábil não
ENCARGOS DIFERIDOS.
Este grupo é constituído por contas representativas de despesas, que se espera que produzam
receitas em períodos futuros, pelo que os seus efeitos se farão sentir ao longo de um período
superior a doze meses. Geralmente não são repetitivos e, alguns deles, não correspondem às
operações ordinárias da empresa.
É preciso ressaltar que os encargos diferidos nada mais são do que " despesas pagas
antecipadamente" cujo serviço será recebido, ou seu efeito será sentido, em um período
superior a um ano. No entanto, a parte desse encargo diferido cujo serviço está estimado para ser
recebido nos próximos doze meses, deverá ser apresentada no Demonstrativo da Posição
Financeira, fazendo parte do Ativo Circulante, dentro do grupo Serviços e Outras Despesas
Contratadas antecipadamente.
Cauções.
Recebíveis no contencioso.
Fundos congelados.
Fundos de pensão.
PASSIVOS.
De acordo com o parágrafo 49b do Quadro Conceitual das Normas Internacionais de Relato
É importante saber, a partir de agora, que as contas de passivo têm como característica comum
que todas elas tenham saldo com sinal de crédito ou zero.
RECONHECIMENTO DE PASSIVOS.
O parágrafo 91 do Quadro Conceptual IFRS estabelece quando um passivo pode ser
reconhecido como tal:
"É reconhecido como passivo, no balanço, quando é provável que, do pagamento dessa
obrigação presente, se advenha a saída de recursos que incorporem benefícios econômicos e,
além disso, que o valor do desembolso a ser efetuado possa ser avaliado com fidedignidade..."
CLASSIFICAÇÃO DO PASSIVO.
De acordo com a IAS 1, parágrafo 60, os passivos são classificados como:
1. PASSIVO CIRCULANTE.
2. PASSIVO NÃO CIRCULANTE.
PASSIVO CIRCULANTE.
A IAS 1, Parágrafo 69 e Secção 4.7 das PME VEN-NIF, mencionam os requisitos que um
passivo deve cumprir para ser considerado como uma componente do Passivo Circulante.
c) O passivo deve ser liquidado no prazo de doze meses a contar da data do período de
reporte; ou
d) A entidade não tem o direito incondicional de diferir o cancelamento de passivos por pelo
menos doze meses após a data do período de relatório.
Uma entidade deve classificar todos os outros passivos como não correntes."
De acordo com isso, serão classificadas neste grupo, todas as contas que representem
obrigações já vencidas ou que irão expirar e que deverão ser canceladas, bem como aquelas
demais que representem serviços que devam ser prestados durante o ciclo normal de
funcionamento da empresa, que, geralmente, é de doze meses.
Em linhas gerais, a composição básica do Passivo Circulante seria composta pelos seguintes
grupos, que serão apresentados na ordem de maior exigibilidade.
Impostos a pagar.
Empréstimos bancários e outros financiamentos.
Obrigações financeiras.
Contas comerciais e contas a pagar.
Contas a pagar a empresas coligadas.
IMPOSTOS DEVIDOS.
Neste grupo, serão apresentadas as contas que registam as dívidas de imposto sobre o
rendimento, tal como expressas na IAS 12.2 e na Secção 29 do VEN-NIF SME.
Empréstimos bancários.
Cheque especial bancário.
Dívidas por efeitos descontados.
Parcela circulante do passivo não circulante.
OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS.
Serão classificadas nesse grupo, as contas que controlam obrigações emitidas pela empresa, que
devem ser canceladas no decorrer dos próximos doze meses.
Emissões de títulos.
Títulos hipotecários.
Notas promissórias corporativas.
Nos casos em que as dívidas são lastreadas pela aceitação de letras de câmbio ou notas
promissórias, tais obrigações serão registradas na conta a pagar da Companhia Relacionada.
PROVISÕES (Atual).
As provisões, em geral, são passivos causados por eventos passados, nos quais há incerteza
sobre seu montante ou vencimento.
Quando houver grau aceitável de certeza de que tal passivo vencerá e, portanto, deverá ser
cancelado nos próximos doze meses, a dívida deverá ser apresentada dentro do grupo de
Provisões Vigentes.
Em termos gerais, de acordo com a IAS 37, parágrafo 14 e Seção 21.4 do VEN-NIF PME, uma
provisão deve ser reconhecida somente quando as três condições a seguir forem atendidas:
a) Uma entidade tem uma obrigação presente (legal ou implícita) como resultado de um evento
passado.
Hipotecas a pagar.
Empréstimos a pagar.
OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS.
Como mencionado acima, esse grupo será formado por contas que controlam obrigações e
outros instrumentos financeiros similares emitidos pela companhia, que devem ser resgatados ou
cancelados em um período superior a doze meses.
Emissões de títulos.
Títulos hipotecários.
Notas promissórias corporativas.
É algo como um "imposto a pagar" que terá de ser liquidado no futuro, quando tal rendimento for
reconhecido pelo fisco como lucro. Quando isso acontecer, esses Passivos de Imposto de Renda
Diferido desaparecerão. Como mencionado acima, os assuntos relacionados ao Ativo e Passivo
PROVISÕES.
Como explicado acima, provisões são passivos causados por eventos passados, nos quais há
incerteza sobre seu montante ou vencimento.
Quando se considera com alto grau de certeza que esses débitos devem ser cancelados em
prazo superior a doze meses, tais débitos devem ser apresentados dentro do grupo de
Provisões Não Correntes.
UTILIDADES DIFERIDAS.
Refere-se aos rendimentos recebidos em determinado momento, mas que, o serviço
correspondente, será prestado pela empresa em um período superior a doze meses.
O diferimento dessa receita para ser considerada como tal no momento da prestação do serviço,
permitirá "enfrentar" as despesas com a receita correspondente.
Também devemos comentar novamente aqui que, a parte dessas receitas diferidas cujo serviço
será prestado nos próximos doze meses, deve ser apresentada dentro do Passivo Circulante.
PATRIMÓNIO.
"O patrimônio líquido é a parte residual do ativo da entidade, após dedução de todos os
passivos."
Esse grupo será formado pelo conjunto de contas que representam os direitos que os donos da
empresa possuem sobre o patrimônio da mesma. Ou seja, essas contas indicam as obrigações
que a empresa tem com seus donos, em decorrência do investimento que fizeram nela.
Capital.
Utilitários não distribuídos.
(ou Perdas Acumuladas).
Reservas:
Legal.
Estatutário.
Para imprevistos.
CAPITAL.
Essa conta controla a contribuição inicial dos donos da empresa, bem como os aumentos e
diminuições que ocorrem ao longo do tempo.
Por exemplo, duas pessoas formam uma corporação e contribuem, inicialmente, com Bs.
100.000.oo cada.
Se for esse o caso, diríamos que, após os sócios entregarem sua contribuição à empresa, a
empresa fica devendo a esses sócios o valor indicado; ou seja, capital. Portanto, esta é uma
conta Estate.
Se, por exemplo, a referida empresa obteve lucros de Bs. 40.000,oo, poderíamos afirmar que, tais
lucros, significam os rendimentos que os sócios que constituíram a empresa obtiveram, em
decorrência de terem investido Bs. 200.000,oo para formar o capital do mesmo. Portanto, os
lucros são algo que a empresa " deve" aos seus proprietários , razão pela qual, a conta de
Lucros Não Distribuídos é uma conta de Patrimônio.
PERDAS ACUMULADAS.
Quando o resultado das operações realizadas foi um prejuízo, diz-se que os donos da empresa
tiveram seu patrimônio reduzido nesse valor.
Com base na razão pela qual os lucros não podem ser distribuídos, as reservas serão
classificadas como:
1. RESERVAS LEGAIS
Eles representam a parte dos lucros que os proprietários não podem retirar porque a Lei
ordena.
O artigo 262 do Código Comercial dispõe que toda sociedade constituída na modalidade de
Sociedade Anônima, Limitada por Ações ou equiparada, é obrigada a reservar, a cada ano,
um mínimo de cinco por cento dos lucros obtidos, até que o valor acumulado atinja valor não
inferior a dez por cento do capital.
Portanto, o contador deve deduzir cinco por cento dos lucros obtidos naquele ano e registrá-
los na conta de Reservas Legais.
2. RESERVAS ESTATUTÁRIAS.
Da mesma forma, em alguns casos, quando uma empresa é constituída, os sócios decidem
incluir no contrato de sociedade (estatutos) uma cláusula que obriga a reservar uma parte dos
lucros obtidos a cada ano.
Se for esse o caso, o contabilista deve deduzir dos lucros o montante indicado nos estatutos e
colocá-lo na conta de Reservas Estatutárias.
Essas contas também são chamadas de " Demonstrações de Resultados" porque, com elas, é
determinado o resultado das operações realizadas; ou seja, o lucro ou prejuízo obtido.
Embora estudemos detalhadamente esses relatos nos próximos capítulos, prosseguiremos aqui
para fazer uma introdução, comentando alguns deles, conforme expresso na Figura 7.3.
RECONHECIMENTO DE RECEITAS.
O § 92 do Marco Conceitual estabelece os requisitos que devem ser preenchidos para que uma
renda seja reconhecida como tal.
Vamos discutir abaixo algumas das contas de rendimento nominal mais utilizadas:
VENDA.
O produto das vendas de bens e serviços que a empresa faz, seja à vista ou a crédito, é
registrado nessa conta. Na maioria das empresas, essa é a principal conta de rendimentos.
JUROS GANHOS.
Essa conta é usada para registrar os juros que a empresa ganhou, geralmente como resultado de
ter emprestado dinheiro.
COMISSÕES GANHAS.
Quando a empresa tiver uma receita de comissão, a transação será registrada nessa conta.
Se, posteriormente, for detectado que o valor desses estoques aumentou ou que eles já foram
vendidos, o saldo dessa conta de avaliação deve ser revertido e enviado para a conta de
resultados: Redução ao Valor Recuo de Estoques.
RECONHECIMENTO DE DESPESA.
De acordo com o § 94 do Quadro Conceitual, uma despesa será reconhecida como tal, quando
os requisitos nele estabelecidos forem atendidos:
"Uma despesa é reconhecida na demonstração do resultado quando houve uma diminuição nos
benefícios econômicos futuros, relacionada a uma diminuição nos ativos ou um aumento nos
passivos, e além disso a despesa pode ser mensurada de forma confiável. Isto significa, com
efeito, que o reconhecimento de despesas ocorre simultaneamente com um aumento do passivo
ou uma diminuição de um activo (por exemplo, acumulação de contas a pagar ou depreciação de
activos fixos)."
COMPRAS.
Todas as compras de bens que serão então destinados à venda são registradas nesta conta.
DESPESAS DE COMPRA.
Quando uma empresa compra mercadoria, geralmente incorre em algumas despesas adicionais
relacionadas à compra. Por exemplo, você tem que pagar pelo transporte das mercadorias para o
armazém, ou no caso de as mercadorias terem sido compradas no exterior, os direitos
aduaneiros são pagos para poder introduzi-los no país, etc.
DESPESAS DE VENDA.
Essa conta registra todas as despesas incorridas pela ação de venda. São eles, por exemplo,
despesas com publicidade, comissões de vendas, despesas com telefone para escritório de
vendas, etc.
DESPESAS ADMINISTRATIVAS.
Todas as despesas normais e necessárias para gerir a empresa de forma ideal são registadas
nesta conta. Tais despesas são, por exemplo, salários de funcionários, aluguel de escritórios
administrativos, telefone, etc.
Exemplo:
Suponhamos que, em determinado momento, a empresa tenha comprado um caminhão para ser
usado na distribuição da mercadoria que vende. O custo deste veículo foi Bs. 100.000.oo.
Vamos lançar essa transação em sua conta seguindo as diretrizes de débito e crédito fornecidas
na Figura 2.8 do Capítulo 2.
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE
DEVE TER
R
100.000,oo
Além disso, vamos pensar que a empresa decidiu vender o veículo após aquele ano de trabalho.
Seria de esperar que a empresa obtivesse os mesmos Bs. 100.000,oo você pagou um ano atrás?
A resposta lógica seria não. Este veículo sofreu uma deterioração em consequência da utilização
que lhe foi dada e do tempo decorrido.
Suponhamos que o valor justo daquele veículo naquele momento fosse Bs. 90.000.oo. O que isso
significaria? Basta que você tenha que modificar o saldo que aparece na conta EQUIPAMENTOS
DE TRANSPORTE e baixá-lo, de Bs. 100.000,oo que custou quando foi comprado, para Bs.
90.000,oo que é o que vale atualmente. A essa diferença de Bs. 10.000, o.o que representa a
perda de valor sofrida pelo veículo, é o que se chama de DEPRECIAÇÃO, que deve ser
registrada na conta correspondente.
Vamos lá. Neste caso, também nos basearemos no procedimento da Figura 2.8 do Capítulo 2.
Queremos registrar uma transação referente à perda de valor sofrida por um veículo.
Sabemos que essa perda de valor é chamada de DEPRECIAÇÃO. Portanto, a conta em
que vamos registrar os Bs. 10.000,oo, vamos chamá-lo de DEPRECIAÇÃO
ACUMULADA DE VEÍCULOS.
Pelo contrário:
Dito isso, note que a conta de Equipamentos de Transporte ainda tem saldo de Bs. 100.000.oo.
Isso só indica que o veículo custou esse valor quando foi comprado.
Mas contra esse saldo devedor, há o saldo credor da conta DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE para Bs. 10.000,oo, que tem a propriedade de modificar ou
corrigir, de fato, o saldo da conta de Equipamentos de Transporte, "avaliando" ou "valorizando"
em Bs. 90.000.oo, que é o valor justo estimado do veículo neste momento. Por esta razão, a
conta de DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE é uma conta
que pertence ao grupo de contas corretivas de valor
Existem outras contas que funcionam exatamente como a que acabamos de explicar, algumas
das quais não só têm a propriedade de diminuir o saldo de outra conta como, em alguns casos,
aumentá-lo. Por enquanto, mencionaremos apenas os nomes de alguns deles e, à medida que o
curso avança, os explicaremos em seus detalhes.
CONTAS DE PEDIDOS.
Com a adoção do IFRS, esse grupo de contas tende a desaparecer. Para fornecer as
informações anteriormente registradas nas demonstrações contábeis, agora estão sendo
utilizadas notas explicativas às demonstrações contábeis. No entanto, apenas para informação e
cultura contábil, vamos passar a explicar o que são e como funciona esse grupo de contas.
Os itens extrapatrimoniais são aqueles que são utilizados para registrar operações em que não
houve variação no Ativo ou Passivo e, portanto, nem no Patrimônio Líquido. Eles também são
chamados de contas memorandos porque servem apenas, em princípio, para "lembrar de algo".
No entanto, deve-se ter em mente que, embora a transação realizada não afete o patrimônio
naquele momento, pode afetá-lo no futuro. Esse seria o caso dos títulos concedidos. É óbvio que
há o risco de ter que enfrentar no futuro uma obrigação que, neste momento, a empresa não
contratou "firmemente".
INVENTÁRIO DE
MERCADORIAS
DEVER TER
20.000,oo
Agora, neste momento, percebemos que o armazém está tão cheio de mercadorias, que nos
impede de organizá-lo adequadamente para estabelecer um controle ideal e decidimos
descongestioná-lo um pouco, possibilitando assim os espaços livres necessários.
Para isso, procedemos à retirada de mercadorias avaliadas em Bs. 12.000,oo e enviá-lo para um
"armazém público" onde eles vão mantê-lo até que decidamos removê-lo.
Como sempre, vamos nos fazer as perguntas familiares: essa conta recebe alguma
coisa? A resposta é SIM. Portanto, vamos anotar o valor nos débitos (carga).
b) As duas contas, embora tenham saldo, estarão nos "lembrando" que, do total de
mercadorias que aparecem na conta de ESTOQUE DE MERCADORIAS, uma parte dela
avaliada em Bs. 12.000,oo, é depositado em um armazém.
Como você pode ver, registramos assim uma transação em que nem os ativos, passivos ou
patrimônio líquido da empresa foram modificados. Para o registo deste tipo de transações, é para
que são utilizadas as chamadas CONTAS ORDER, tendo em conta que este tipo de contas
atuam sempre "em pares". Ou seja, um que tem saldo DEVEDOR e outro, com o mesmo saldo,
mas CREDITOR.
Exemplo:
1) Elaborar uma lista das Contas Nominais e determinar o Resultado (Lucro ou Perda),
sabendo que o Inventário Final de Mercadorias foi Bs. 2.000,oo, e o Imposto de Renda
causado foi Bs. 2.190,oo.
2) Elaborar uma lista das Contas Reais de Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido.
Para a realização deste trabalho, contaremos com uma folha semelhante à mostrada na Figura
7.4 onde, como pode ser visto, foram habilitadas as seguintes colunas:
1) NOMES DE CONTAS.
O nome de cada conta que aparece no Balancete será escrito lá.
2) EQUILÍBRIO DE EQUILÍBRIO.
Duas colunas serão habilitadas para mostrar os saldos de cada conta.
3) CONTAS NOMINAIS.
Composto por duas colunas, o saldo de cada uma das contas que são rendimentos será
transferido para lá, tendo em vista que, se a conta indicar que a empresa gastou ou perdeu
algo, ela vai na coluna EGRESOS , enquanto, se indicar que ganhou algo, o saldo será
anotado na coluna RENDIMENTO.
Dito isso, vamos fazer o trabalho de classificar as contas juntas, com base na Figura 7.4.
Apenas a classificação de algumas das contas será discutida. No entanto, sugerimos que o aluno
analise todos eles e raciocine a qual grupo eles pertencem e, em seguida, determine se seu saldo
está na coluna de contas de débito ou credores, para o que recomendamos seguir a técnica
mostrada na Figura 7.1.
Note que, nos primeiros relatos, nos faremos todas as perguntas até que a resposta seja sim. A
seguir, faremos apenas a pergunta cuja resposta sabemos que será afirmativa.
É algo como quando em uma casa você compra comida. Enquanto não forem
consumidos, esses alimentos representarão um trunfo para aquela família. Uma vez
Ao final de cada período financeiro, é determinado quanto não foi vendido, o que
representará o estoque final das mercadorias. Isso é subtraído das compras, com o
objetivo de conhecer a parte da mercadoria que realmente foi vendida.
Inta
53 1.300,00 1.300,00
ucção
55 Descontados os recebíveis comerciais 100,00 100,00
se/
c
ina.
65 Imposto de renda 2.190,00
66 Imposto de renda a pagar 2.190,00
67 Lucro após imposto de renda 12.410,00 12.410,00 •3 ou
68 Total 14.600,00 14.600,00 CD
00 em
69 Total de contas reais 83.725,00 83.725,00 8
C
Contabilidade
Financeira
Recomendamos que o aluno veja a explicação complementar que damos no
comentário que faremos na linha 63. Portanto, a conta de Compras é tratada como
uma conta de Despesas Nominais.
Linha 11. Despesas de depreciação do imobilizado: Bs. 4.383.oo Gastei alguma coisa? SIM.
A conta é Nominal de Despesas.
Na verdade, não é exatamente que algo foi ganho. Pelo contrário, é que, ao devolver
ao fornecedor a mercadoria que havia sido comprada anteriormente, essa despesa
deixará de ser incorrida. Parou de gastar e isso significa que a utilidade será maior.
Temos direito. Se o seguro for de incêndio, por exemplo, temos o direito de que, em
caso de acidente, o seguro pague o valor dos bens que foram perdidos. A existência
de uma apólice de seguro contribui para a geração de benefícios econômicos.
Nesse caso, as patentes perdem valor com o passar dos anos, e a conta que controla
essa perda de valor é a Amortização Acumulada de Patentes; é, portanto, uma conta
de Avaliação ou corretora de valor do ativo credor, uma vez que está avaliando a
conta de Patentes. Por esse motivo, o saldo deve ser colocado na coluna Contas do
Ativo Real , mas subtraindo.
Essa conta controla o que a empresa deve aos seus trabalhadores em benefícios
sociais.
Como sabemos, essa conta controla a parte dos lucros que os proprietários não
podem distribuir porque é ordenada por lei. Os lucros são algo que a empresa deve
aos seus proprietários. Portanto, a Reserva Legal é uma conta de Patrimônio Real.
Até que o banco recolha essas letras de câmbio dos respectivos clientes, a empresa
deve ao banco esse valor. Portanto:
Devo alguma coisa? Sim. Quem é devido? Aos donos da empresa. Portanto, é uma
conta de Patrimônio Real.
Sugerimos que o aluno atinja uma concentração especial na leitura desta seção,
fazendo-a lentamente, sem perder a sequência da exposição que será feita.
Para determinar isso, cada vez que um período econômico termina, ele passa a "
contar, pesar ou medir" a mercadoria destinada à venda que a empresa possui para
aquela data. Esse processo é chamado de "inventário físico".
Bem, vamos supor que, no caso que estamos desenvolvendo, esse estoque atingiu
um valor de Bs. 2.000,oo.
O que isso significa e que impacto tem, tanto nas Contas Nominais ou de Lucros e
Perdas quanto nas Contas Reais?
DESPESAS RECEITA
13.000,o.br
Voltemos à Figura 7.4. Lá você vai notar que, na linha 59, os Bs. 2.000,oo de
estoque final na coluna de Ingresos, não por ser em si uma receita, mas para
reduzir o egresso que representa ter colocado "toda" a mercadoria na coluna de
despesas, sendo assim, parte dela, Bs. 2.000,oo, não foi vendido e, portanto,
não foi "gasto". Essa é a razão pela qual aparece "subtrair", quando colocado na
coluna renda.
Bem, se a técnica que tem sido usada para determinar a qual grupo pertence a
conta de Inventário Final de Mercadorias for aplicada novamente, nos
colocaríamos a seguinte pergunta:
Por esta razão, os Bs. 2.000.oo, na coluna Ativo das Contas Reais (Linha 59).
Desta forma, cobrimos a etapa de "classificar" as contas em seus dois grupos mais
importantes: Nominal ou Resultados e Real ou Valores Mobiliários.
O próximo passo é adicionar as colunas das contas nominais e reais na figura 7.4:
1) Utilidade:
Se a receita total for maior que as despesas totais. Neste caso, havia uma
utilidade de Bs. 14.600.oo, que será colocado na coluna de contas nominais de
Despesa.
É muito importante que cada aluno tenha assimilado claramente a classificação das contas nos
grupos de CONTAS NOMINAIS e CONTAS REAIS. Como mencionado no início deste capítulo,
com as Contas Nominais é elaborada a demonstração financeira conhecida como
Demonstração do Resultado, enquanto com as Contas Reais é elaborada a Demonstração
da Posição Financeira. A forma de apresentação das Demonstrações Contábeis será explicada
detalhadamente no Volume II deste Tratado.
EXERCÍCIO 7.1.
NOMINAL REAL
CONTAS SALDOS PASSIVO e
DESPESAS RECEITA ATIVO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
EXERCÍCIO 7.2.
Major General da empresa COMERCIAL CARORA C.A. Envie as contas mostradas na próxima
página a partir de 30-09-2012.
Sabendo que o imposto de renda representa um percentual hipotético de 15% do lucro obtido,
Solicita-se:
NOMINAL REAL
CONTAS SALDOS PASSIVO e
DESPESAS RECEITA ATIVO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Devoluções de vendas 2000oo
Mobiliário 16.000,o.br
Depreciação acumulada de móveis 4.000,oo
Aluguéis ganhos 9.000,oo
Recebíveis comerciais 40.000,oo
Equipamento de escritório 36.000,oo
Depreciação acumulada do equipamento 5.000,oo
de escritório Despesas administrativas 28.000,o.br
Bancos 10.000,o.br
Despesa de depreciação 4.000,oo
Equipamentos de transporte 35.000,oo
Depreciação acumulada. Equipe Transp. 4.500,
Compromisso oo
Venda 2.000,oo
Salários e salários 120.000,oo
Impostos a pagar 10.000,o.br
Capital 10.000,o.br
Devoluções de compras 107.500,o.
Inventário inicial de mercadorias br
Despesa com juros 6.000,oo
Imparidade de recebíveis comerciais. 30.000,oo
Perdas por impedimento. de crédito de 12.000,oo
valor. ..com. 4.000,oo
Efeitos a pagar pelos fornecedores 4.000,oo
Seguro Terrestre contratado 40.000,oo
antecipadamente 8.000,oo
Edifícios 20.000,oo
Depreciação acumulada de edifícios 140.000,o.
Compras br
Receitas de serviços 15.000, ou
Despesas com vendas 56.000,oo
Despesas de compra 115.000,o.
Compras com desconto à vista Contas a br
21.000,o.br
Solicita-se:
1) Em uma eclosão semelhante à mostrada:
a) Classifique as contas em nominais e reais.
b) Determine o lucro ou prejuízo.
c) Se houver lucros, calcule o imposto de renda.
d) Saldo as contas nominais.
e) Salar as contas reais.
TEORIA DA CONTABILIDADE.
São o conjunto de normas, técnicas e procedimentos em que se baseiam as práticas contábeis
que permitem a delimitação e identificação da entidade econômica, as bases de quantificação
das operações e a apresentação de informações quantitativas por meio das demonstrações
contábeis.
Nesse sentido, deve ficar claro que não são regras invariáveis criadas pela Natureza, mas, sim,
a teoria da contabilidade é composta de regras, normas, métodos, procedimentos, postulados,
hipóteses, etc., criadas e adotadas pelos profissionais contábeis na época e em determinado
lugar e que, Portanto, podem ser modificados e adaptados às necessidades do momento,
buscando sempre os objetivos de fornecer informações úteis e confiáveis através das
demonstrações contábeis que as entidades econômicas apresentam.
A utilidade das informações está relacionada ao conteúdo das demonstrações financeiras, bem
como à atualidade e confiabilidade com que essas informações são apresentadas.
Nesse sentido, a FCCPV, por meio do Boletim de Aplicação VEN-NIF nº. 8, aprovado no
Diretório Nacional Expandido (DNA) em março de 2011, estabelece que os Princípios Contábeis
Geralmente Aceitos na Venezuela (VEN-NIF), serão conformados da seguinte forma:
No entanto, uma entidade que se qualifique como uma entidade de pequeno e médio
porte, "pode aplicar o VEN-NIF para grandes entidades e detalhado no BA VEN-NIF 8
em vigor para a data de emissão de suas informações financeiras, desde que tal
decisão tenha sido aprovada por sua autoridade máxima (Assembleia de Acionistas ou
Sócios; Conselho de Administração, entre outros), estabelecido em seu contrato social,
devendo divulgar tal decisão nas notas explicativas."
Até o final do século XIX, a contabilidade representava uma atividade "positiva" que se limitava a
"registrar" as transações, sendo cada uma conduzida pelos critérios que lhe pareciam melhores.
Tal era o número deles, que era quase impossível interpretar os resultados.
Junto com o século XX, veio o processo de produção em massa de bens e serviços, que exigiu a
captação de capital por meio da emissão de títulos e sua venda ao público.
Diante desse fato, as bolsas de valores passaram a exigir a publicação das demonstrações
financeiras das empresas que pretendiam fazer uma oferta pública desses títulos, cuja
Para atingir esses objetivos, começou a ser sentida a necessidade de desenvolver padrões que,
quando utilizados pelos contadores, pudessem gerar demonstrações contábeis que, além de
confiáveis, tivessem a característica de "uniformidade".
A primeira tentativa nesse sentido foi feita em 1917 pela Comissão Federal de Comércio dos
Estados Unidos através do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados.
A partir desse momento, e também nos Estados Unidos da América, continuaram os esforços
para encontrar padrões que, pela sua lógica, fossem geralmente aceites.
Assim, o AICPA, American Institute of Certified Public Accountants, entre 1939 e 1959, através
do Committee of Accounting Procedure, emitiu os Boletins de Pesquisa Contábil conhecidos
como ARB-1 a ARB-51. Posteriormente, a mesma AICPA, entre 1959 e 1973, através da
Accounting Principles Board, emitiu os pareceres conhecidos como APB-1 a APB-31.
A partir de 1973, o Financial Accounting Standard Board (FASB) emitiu as Demonstrações das
Normas de Contabilidade Financeira conhecidas como FASB-1 até o FASB-93.
Esforços para criar padrões que permitissem um mínimo de consenso ou aceitação geral
também foram feitos por organizações de contadores em muitos outros países. Entre eles, é
justo mencionar os feitos pelo Instituto Mexicano de Contadores Públicos que, tendo sido
fundado em 1917, foi a partir de 1967 que começou a publicar uma série de boletins
relacionados a esse assunto.
Esse fato, conhecido como "internacionalização" ou "globalização" das economias, fez com que
as empresas fizessem investimentos e negócios em diferentes países, com os quais as
Uma vez iniciado esse processo, um inconveniente começou a ser notado: as demonstrações
contábeis apresentadas pelas empresas nos diferentes países, embora pudessem dar a
impressão de que eram semelhantes, no fundo, apresentavam diferenças motivadas por
diversas causas econômicas, sociais e, principalmente, jurídicas.
A governança da Fundação IFRS caberá aos Administradores e aos órgãos sociais que por eles
Os administradores devem ser compostos por vinte e dois indivíduos que, "...Atuando como um
grupo, trazer um equilíbrio adequado de experiências profissionais, incluindo auditores,
processadores, usuários, acadêmicos e outros gerentes que servem ao interesse público, dois
dos quais devem ser sócios seniores de escritórios de contabilidade internacionais
proeminentes." (Documento constituinte, parágrafo 7).
Além disso, "... Os administradores devem comprometer-se formalmente a agir no interesse
público em todas as matérias. Para garantir uma ampla base internacional, haverá:
Os critérios que a Fundação IFRS exige para a seleção dos membros do IASB são os seguintes:
Como já mencionado, a Venezuela faz parte do grupo de países que, através da Federação dos
Colégios de Contadores Públicos da Venezuela, e após a correspondente aprovação, através
dos respectivos Boletins de Aplicação, adotaram, sem alterações ou adaptações, Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e Norma Internacional de Relato Financeiro para
Pequenas e Médias Empresas (IFRS PMEs) e suas interpretações correspondentes, como os
Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (GAAP) na Venezuela.
ESTRUTURA CONCEITUAL.
O Quadro Conceitual é o conjunto de conceitos gerais nos quais o IASB (International
1. Inteligibilidade.
2. Relevância.
3. Materialidade.
4. Fiabilidade.
5. Representação fiel.
6. A essência sobre a forma.
7. Neutralidade.
8. Prudência.
9. Integridade.
10. Comparabilidade.
11. Oportunidade.
12. Equilíbrio entre custo e benefício.
INTELIGIBILIDADE.
Uma qualidade essencial das informações fornecidas nas demonstrações contábeis é que elas
são facilmente compreensíveis para os usuários. Para este efeito, presume-se que os
utilizadores têm um conhecimento razoável das actividades económicas e do mundo dos
negócios, bem como da sua contabilidade, bem como a vontade de estudar as informações com
diligência razoável (Quadro Conceptual, parágrafo 25).
RELEVÂNCIA.
Para ser útil, a informação deve ser relevante para as necessidades de tomada de decisão dos
usuários. A informação tem a qualidade de relevância, quando influencia as decisões
econômicas daqueles que a utilizam, ajudando-os a avaliar eventos passados, presentes ou
futuros, ou a confirmar ou corrigir avaliações feitas anteriormente (Quadro Conceitual,
parágrafo 26).
As informações são materiais, quando sua omissão ou deturpação pode influenciar as decisões
econômicas que os usuários tomam com base nas demonstrações contábeis (Quadro
Conceitual, Parágrafo 30).
FIABILIDADE.
Para ser útil, a informação também deve ser confiável. A informação tem a qualidade de
confiabilidade quando está livre de erros materiais e preconceitos ou preconceitos, e os usuários
podem ter certeza de que é uma visão verdadeira e justa do que ela pretende representar, ou do
que se pode razoavelmente esperar que represente (Conceptual Framework, Parágrafo 31).
A informação pode ser relevante, mas de natureza tão pouco confiável, que seu reconhecimento
pode ser potencialmente uma fonte de mal-entendidos. Por exemplo, se a legitimidade e o
montante de um pedido de indemnização estiverem em litígio judicial, pode não ser adequado
que a entidade reconheça o montante total do pedido no balanço. No entanto, pode ser
apropriado divulgar o montante e as circunstâncias da reivindicação (Quadro Conceitual,
parágrafo 32).
REPRESENTAÇÃO FIEL.
Para serem confiáveis, as informações devem representar com precisão as transações e outros
eventos que pretendem representar, ou podem razoavelmente ser esperados representar.
Assim, por exemplo, um balanço patrimonial deve representar de forma justa as transações e
outros eventos que resultaram nos ativos, passivos e patrimônio líquido da entidade na data do
relatório, desde que atendam aos requisitos para reconhecimento (Quadro Conceitual,
parágrafo 33).
No entanto, pode haver simultaneamente um acordo entre as partes que permita à entidade
vendedora continuar a usufruir dos benefícios económicos incorporados no activo em questão.
Em tais circunstâncias, a apresentação de informações como uma venda final pode não
representar com precisão a transação (Conceptual Framework, parágrafo 35).
NEUTRALIDADE.
Para serem confiáveis, as informações contidas nas demonstrações contábeis devem ser
PRUDÊNCIA.
Os preparadores de demonstrações financeiras são confrontados com as incertezas que
inevitavelmente cercam muitos eventos e circunstâncias, como a recuperabilidade de saldos
inadimplentes ou a provável vida útil do ativo imobilizado de propriedade da entidade. Tais
incertezas são reconhecidas por meio da divulgação de sua natureza e extensão, e do exercício
de prudência na elaboração das demonstrações financeiras. Prudência é a inclusão de certo
grau de cautela no exercício dos juízos necessários para fazer as estimativas exigidas em
condições de incerteza, para que os ativos ou rendimentos não sejam expressos em excesso e
que as obrigações e despesas não sejam expressas em inadimplência (Quadro Conceitual,
Parágrafo 37).
INTEGRIDADE.
Para serem confiáveis, as informações contidas nas demonstrações contábeis devem estar
completas dentro dos limites de materialidade e custo. Uma omissão pode fazer com que a
informação seja falsa ou enganosa e, portanto, não confiável e deficiente em termos de
relevância (Conceptual Framework, parágrafo 38).
COMPARABILIDADE.
Os usuários devem ser capazes de comparar as demonstrações financeiras de uma entidade ao
longo do tempo, a fim de identificar tendências na condição financeira e no desempenho. Os
utilizadores devem também poder comparar as demonstrações financeiras de diferentes
entidades, a fim de avaliar a sua posição financeira, desempenho e alterações na posição
financeira, em termos relativos. Essa comparabilidade será útil na medida em que as entidades
envolvidas adotem os mesmos princípios e regras (Quadro Conceitual, parágrafo 39).
OPORTUNIDADE.
As informações devem estar disponíveis para o usuário a tempo de tomar decisões, mesmo que,
até lá, alguns eventos não tenham sido concluídos e devam ser apresentados de forma
estimada. Se houver um atraso indevido na apresentação da informação, ela pode perder sua
relevância (Conceptual Framework, parágrafo 43).
Às vezes, o custo de apresentar informações adequadas recai sobre a entidade que elabora as
demonstrações contábeis, enquanto os benefícios são usufruídos por terceiros que as utilizam
para a tomada de decisões. Por isso, é difícil aplicar um teste de custo-benefício em cada caso
em particular. No entanto, tanto os preparadores de demonstrações financeiras quanto os
CLASSIFICAÇÃO IFRS.
O conteúdo das Normas Internacionais de Relato Financeiro pode ser amplamente classificado
da seguinte forma:
1. Principais pressupostos.
2. Normas aplicáveis às demonstrações financeiras.
3. Regras aplicáveis a itens, conceitos ou grupos específicos.
PRESSUPOSTOS FUNDAMENTAIS.
São aqueles postulados que formam a base ou fundamento para a formulação de normas
contábeis. Tais hipóteses são:
Por outro lado, a IAS 1.25 refere-se a este cenário da seguinte forma:
Como se vê, essa hipótese refere-se ao fato de que, salvo especificação em contrário, a
entidade econômica que emite as demonstrações contábeis tem continuidade indefinida e,
B. HIPÓTESE DE COMPETÊNCIA:
Também conhecida como "regime de competência", essa norma tem sido equivalente ao
antigo princípio conhecido como Desempenho Contábil.
"Para atingir seus objetivos, as demonstrações financeiras são elaboradas pelo regime de
competência. Com base nisso, os efeitos das transações e outros eventos são
reconhecidos quando ocorrem (e não quando dinheiro ou outro equivalente de caixa é
recebido ou pago), também são registrados nos livros contábeis e relatados nas
demonstrações financeiras para os períodos a que se referem. As demonstrações
financeiras elaboradas pelo regime de competência informam os usuários não apenas
sobre transações passadas envolvendo recebimentos ou pagamentos de dinheiro, mas
também sobre obrigações de pagamento futuras e recursos que representam recebíveis de
caixa futuros. Portanto, tais declarações fornecem o tipo de informação sobre transações e
outros eventos passados que é mais útil para os usuários ao tomar decisões econômicas."
2) Operações internas.
Decisões são constantemente tomadas em relação à realização de operações que
internamente estão afetando a entidade econômica de uma forma ou de outra. O
A capitalização de um passivo transformando-o em capital próprio, a amortização de um
prémio de seguro pago antecipadamente, a determinação e registo da imparidade de
créditos comerciais ou a incorporação de matéria-prima no processo de transformação
num produto acabado, são exemplos disso. São fatos e decisões em que outras
entidades econômicas não intervêm, mas que afetam a empresa de alguma forma.
1) UNIFORMIDADE NA APRESENTAÇÃO.
Esta norma é expressa na IAS 1, parágrafo 45, da seguinte forma:
Por exemplo, seria o caso de uma empresa em que um elemento de seus ativos foi
subavaliado em Bs. 5.000.000,oo. Se o total dos seus ativos for de Bs. 25.000.000.oo,
esse montante (representando 20% do total) é de tal importância relativa que poderia
influenciar as decisões que os usuários dessas demonstrações contábeis poderiam
tomar. Mas se a subvalorização de Bs. 5.000.000,oo, acontece em uma empresa cujo
ativo total equivale a Bs. 2.500.000.000.oo (0,002% do total), o mais provável é que tal
subavaliação seja relativamente pequena que não seja levada em conta pelos usuários
das demonstrações contábeis para tomar suas decisões.
b) A importância de um jogo é determinada comparando-o com outros itens individuais ou
grupos deles.
3) COMPENSAÇÃO.
"Uma entidade não deve compensar ativos com passivos ou receitas com despesas, a
menos que exigido ou permitido por uma IFRS." (IAS 1, parágrafo 32).
4) INFORMAÇÕES COMPARATIVAS.
A IAS 1, parágrafo 38, refere-se a esta norma da seguinte forma:
"A menos que as IFRS permitam ou exijam o contrário, uma entidade deve divulgar
informações comparativas relativas ao período anterior para todos os montantes incluídos
nas demonstrações financeiras do período corrente. Uma entidade deve incluir informações
comparativas para informações descritivas e narrativas, sempre que tal seja relevante para
Da mesma forma, a coerência também deve permanecer no que diz respeito à classificação
dos itens nas demonstrações financeiras. Caso contrário, tal fato deve ser divulgado.
Esse seria o caso, por exemplo, em relação aos estoques, da mudança do sistema de
avaliação de custos médios para o sistema de primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS).
Também seria uma inconsistência alterar o método de depreciação linear para o percentual do
valor contábil.
Exemplos seriam a alteração da taxa de depreciação, devido à alteração da vida útil estimada
do activo imobilizado ou a alteração da base de cálculo da imparidade estimada dos recebíveis
comerciais.
IFRS EM vigor
Na data em que este livro está sendo impresso - janeiro de 2012 - existem 29 IAS e 8 IFRS em
vigor. A IFRS 9, relacionada à classificação e mensuração de ativos financeiros, foi publicada em
novembro de 2009, e é a primeira de três que substituirão a IAS 39 a partir de 1º de janeiro de
2013.
Além disso, há 10 interpretações das IAS, e 19 das IFRS completas, elaboradas pelo Comitê
Permanente de Interpretação (SIC), que, como já mencionamos, visam esclarecer e interpretar
os pontos em que surgiram controvérsias em torno do que é tratado pelas IFRS.
IFRS COMPLETO EM VIGOR (A PARTIR DE 01-01-2012)
NIC 1: Apresentação das demonstrações financeiras.
NIC 2: Inventários.
NIC 7: Demonstração dos fluxos de caixa.
NIC 8: Políticas contabilísticas, alterações na estimativas e erros contábeis.
IAS 10: Contingências e eventos ocorridos após o período coberto pelo relatório.
NIC 11: Contratos de construção.
NIC 12: Imposto de renda.
NIC 16: Imobilizado.
NIC 17: Locações.
NIC 18: Rendimentos de atividades ordinárias.
NIC 19. Benefícios aos trabalhadores.
IAS 20: Contabilização de subvenções governamentais e informações de divulgação
ajuda governamental.
CONTROLE INTERNO.
É o conjunto de atividades implementadas em uma empresa para que, apoiadas em métodos
sistemáticos, sejam alcançados os seguintes objetivos:
1) Proteger ou salvaguardar os ativos e evitar o seu uso indevido.
2) Evitar que sejam contratados indevidamente passivamente.
3) Aumentar a eficiência e a produtividade nas operações.
4) Alcance precisão e confiabilidade nas informações financeiras.
5) Garantir o cumprimento das políticas estabelecidas pela empresa.
Organização.
Procedimentos.
Fator humano.
Supervisão.
a) Endereço.
Em toda empresa deve haver a pessoa ou pessoas que a dirigem e assumem a
responsabilidade pelas políticas e decisões tomadas ao executá-las.
b) Coordenação.
Esse elemento de controle interno persegue o objetivo de estabelecer uma relação
harmônica e sincronizada entre os diferentes centros de atividades, para evitar a
duplicação de funções ou a impossibilidade de realizar determinada etapa pelo fato de a
anterior não ter sido cumprida.
c) Divisão de funções.
É um dos elementos-chave do controle interno. Gira em torno da disposição de que uma
única pessoa nunca deve ser autorizada a ser responsável por todo o processo na
realização de uma transação comercial. Para o efeito, cada operação deve envolver
várias pessoas cujas funções não estejam relacionadas entre si. Isso garante que os
funcionários que realizam a transação não possam intervir no registro do mesmo ou ter a
guarda dos bens envolvidos.
Por exemplo, é óbvio que não se deve permitir que um único funcionário seja caixa e, ao
mesmo tempo, seja aquele que mantém o livro bancário e realiza conciliações
bancárias. Será muito fácil para uma pessoa que está no comando dessas três
atividades cometer alguma irregularidade. Para evitar isso, essas três funções devem
ser separadas em tantas pessoas diferentes.
d) Atribuição de responsabilidade.
A atribuição de responsabilidades é também essencial. As nomeações de pessoal para
cada atividade e a hierarquia que lhe é concedida, devem ser claramente comunicadas.
Isso garantirá que qualquer transação seja previamente autorizada pelo funcionário
designado.
Planejamento e sistematização.
Formulários e registros.
Relatórios.
b) Formulários e registros.
Juntamente com o manual de procedimentos, o uso de formulários deve ser ativado,
garantindo que, sem atingir uma proliferação exagerada, eles sejam necessários para
atingir os objetivos, tais como: faturas, notas de expedição, notas de crédito, notas de
débito, relatórios de recebimento, etc.
Estes formatos devem ser concebidos de forma simples e clara, de modo a que as
informações que fornecem sejam facilmente acessíveis, conseguindo assim que o
controlo interno actue em termos de aprovação de transacções, revisão da exactidão
aritmética, distribuição de cópias aos serviços afectados, etc.
c) Relatórios.
A eficácia de um sistema de controlo interno deve ser medida pelos resultados práticos
que proporciona.
3) FATOR HUMANO.
A adequação do fator humano que a empresa possui é fundamental para o bom
funcionamento do controle interno. Os principais elementos que devem ser levados em conta
em relação ao fator humano são:
Seleção e treinamento.
Eficiência.
Moralidade e honestidade.
Remuneração.
a) Seleção e treinamento.
A política que a empresa tem de selecionar o pessoal que contrata e os programas de
treinamento que coloca em prática, são fundamentais para alcançar uma melhor execução
b) Eficiência.
Esse elemento está intimamente relacionado ao processo de seleção e treinamento. A
eficácia de um trabalhador será tanto maior, quanto mais bem preparado ele estiver.
c) Moralidade e honestidade.
A moralidade e honestidade que um trabalhador possui é o pilar mais seguro sobre o qual
repousa o controle interno.
Detectar o grau de força ou fraqueza que uma pessoa possui nesse aspecto não é fácil.
No entanto, a realização de testes psicotécnicos ao ser selecionada e, então, a execução
de um acompanhamento adequado de suas ações, formará uma ideia do que aquela
pessoa é nesse sentido.
No entanto, isso deve ser apenas uma parte. É saudável que o controle interno adote a
prática de rodízio de pessoal na medida do possível e que cada trabalhador tire suas
férias em tempo hábil. Dessa forma, saber que sua cobrança será executada por outra
pessoa durante as suas férias, irá dissuadi-lo de cometer erros intencionais e ficar alerta
para não cometer erros não intencionais.
Além disso, nos casos em que o trabalhador cumpre tarefas de custódia, seja de dinheiro
ou qualquer outro tipo de título, é conveniente obter um vínculo. Isso também atuará como
um dissuasor.
d) Remuneração.
Tudo isto deve ser complementado por uma política bem sucedida de promoção e
remuneração do pessoal. Ao ser reconhecido por seu trabalho através da melhoria de sua
remuneração e outros benefícios, será um excelente estímulo para que ele se torne o
melhor guardião dos interesses da empresa.
Como terão reparado, neste capítulo limitámo-nos a comentar as normas gerais de controlo
interno.
No que diz respeito aos elementos de controlo interno, foram também comentados os que
deveriam ser aplicados em termos gerais.
As normas de controle interno aplicáveis a operações específicas serão discutidas nos capítulos
seguintes, quando as respectivas unidades forem tratadas em classe.
EXERCÍCIO 8.1.
1) Defina o que é teoria contábil.
2) A teoria contábil persegue, entre outros, o objetivo de obter informações úteis. Diga qual
característica essa informação deve ter para que seja útil.
3) Conte como a teoria contábil é classificada.
4) Definir o conceito de Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (GAAP).
5) Comente sobre quais padrões GAAP serão aplicados na Venezuela.
6) Diga o que é o Quadro Conceitual.
7) Defina o que são as Normas Internacionais de Relato Financeiro.
8) Diga o que se entende por características qualitativas das IFRS, e explique brevemente os
conceitos de:
a) Inteligibilidade.
b) Relevância.
c) Materialidade.
d) Fiabilidade.
e) Representação fiel.
f) A essência sobre a forma.
g) Neutralidade.
h) Prudência.
i) Integridade.
j) Comparabilidade.
k) Oportunidade.
l) Equilíbrio entreCusto e benefício.
11) Explique o que se entende por controle interno e quais elementos devem ser apresentados
para que o controle interno funcione.
1) DINHEIRO EM CAIXA.
2) DINHEIRO EM BANCOS.
c) Cheques emitidos pela própria empresa contra a conta corrente de um banco, mas que,
até determinada data, ainda não foram entregues aos seus beneficiários.
É óbvio que, neste caso, embora o cheque tenha sido emitido e deduzido do saldo
contabilístico do banco, podemos, a qualquer momento, dispor desse dinheiro para
outros fins, desde que os cheques que foram emitidos estejam na posse da empresa. De
qualquer forma, o máximo que poderia acontecer seria o aparecimento de um cheque
especial bancário em livros sobre os quais falaremos mais adiante.
"Os equivalentes de caixa são investimentos de curto prazo de alta liquidez que são
prontamente conversíveis em quantidades especificadas de caixa, sujeitos a risco
insignificante de mudanças de valor."
Além disso, a IAS 7.7 expande um pouco mais o conceito de equivalentes de caixa quando
afirma:
"Os equivalentes de caixa são mantidos, em vez de para investimento ou fins semelhantes,
para cumprir compromissos de pagamento de curto prazo. Para que um investimento
financeiro possa ser qualificado como equivalente de caixa, ele deve ser facilmente
convertível em uma determinada quantidade de caixa e estar sujeito a um risco
insignificante de mudanças em seu valor. Portanto, esse investimento será equivalente ao
caixa quando tiver um vencimento próximo, por exemplo, três meses ou menos a partir da
data de aquisição. As participações de outras entidades devem ser excluídas dos
equivalentes de caixa, a menos que sejam substancialmente equivalentes de caixa, tais
como ações preferenciais adquiridas perto do vencimento, desde que tenham uma data de
resgate especificada."
Além disso, a Seção 7.2 do VE-NIF PYME afirma que "equivalentes de caixa são
investimentos de curto prazo altamente líquidos que são mantidos para cumprir compromissos
de pagamento de curto prazo, em vez de para investimento ou outros fins. Portanto, um
investimento atenderá às condições de equivalente de caixa somente quando tiver um
vencimento próximo a ele, por exemplo, três meses ou menos a partir da data de aquisição.
a) Vales em dinheiro.
Muitas vezes descobriremos que, ao fazer uma contagem de dinheiro, existem vouchers,
autorizados ou não, que representam ou apoiam saques de dinheiro. O valor deles deve
ser segregado e mostrado como contas a receber.
b) Cheques pré-datados.
Trata-se de controlos cuja origem pode ser muito variada. Os casos mais comuns
decorrem dos seguintes fatos:
b.2) Um cliente paga uma dívida com um cheque pré-datado. Este é um caso
semelhante ao anterior. O caixa deve manter o cheque em sua posse até a data
em que ele pode ser sacado ou depositado.
c) Cheques devolvidos.
Em algumas ocasiões, cheques emitidos por terceiros e recebidos pela empresa como
pagamento de dívidas, são devolvidos após serem depositados em um banco.
As razões pelas quais esses retornos ocorrem são muito variadas. Nesse sentido,
recomenda-se tomar as seguintes atitudes, dependendo da causa pela qual o cheque foi
devolvido.
É claro que, se o prazo fixo for inferior a um ano, o montante desses depósitos deve
ser indicado no activo, mas numa rubrica que não seja dinheiro.
No entanto, se, como já mencionamos, o prazo fixo for inferior a três meses, ele será
considerado como ativo equivalente de caixa, e apresentado como tal na
Demonstração da Posição Financeira.
Caso o prazo seja superior a um ano, ele será apresentado no ativo não circulante,
no grupo de aplicações financeiras de longo prazo.
CAIXA.
É a conta por meio da qual o caixa disponível mantido pela empresa, dentro de suas instalações,
é controlado.
Qualquer movimentação de caixa recebida pela empresa deve ser registrada nessa conta.
Dada a natureza do ativo que controla, a conta de caixa deve ser apresentada na Demonstração
da Posição Financeira, encabeçando o grupo do Ativo Circulante.
De acordo com o objetivo perseguido com os recursos mobilizados, a conta caixa pode ser:
a) Caixa pequeno
CAIXA PEQUENO.
Como veremos mais adiante, uma medida saudável de controle interno é que todos os
pagamentos sejam feitos por cheques e nunca com o dinheiro que está no caixa.
No entanto, há em todas as empresas uma série de gastos repetitivos e de tão pouco valor cada,
que seria impraticável e, em alguns casos, impossível, pagá-los com cheque. Estamos nos
referindo a desembolsos para, por exemplo, a compra de jornais, café, táxis, gasolina para
veículos, etc.
Em qualquer caso, os diretores da empresa, após estimar os desembolsos que serão feitos por
meio desse fundo durante um determinado período, estabelecerão o valor do fundo fixo com o
qual o referido fundo irá operar, bem como o valor máximo que poderá ser desembolsado em
cada caso.
CONTROLE INTERNO.
Para que os recursos alocados ao caixa pequeno cumpram sua função adequadamente, é
necessário estabelecer um controle interno adequado. Para tal, é essencial implementar as
seguintes regras:
1) O fundo fixo com o qual o pequeno caixa vai operar será fixo.
2) Será nomeada a pessoa que será responsável pela boa gestão deste fundo. Este funcionário
não terá acesso aos registos contabilísticos.
3) O cheque emitido para a criação do fundo e os que forem feitos posteriormente para repô-lo
ou aumentá-lo, devem ser feitos em nome do depositário do referido fundo.
4) Será estabelecido o valor máximo que poderá ser pago através desta caixa.
5) Qualquer pagamento efetuado em numerário deve ser comprovado pelo respectivo recibo,
representado por recibos pré-numerados informando o motivo do desembolso, valor,
autorização e o nome e assinatura da pessoa que o recebeu. Este recibo deve ser apoiado,
se for caso disso, pela factura emitida pelo beneficiário do pagamento.
6) Quando o reembolso em dinheiro é feito, os vouchers de apoio devem ser inutilizados através
do carimbo "CANCELADO". Isso evitará que eles sejam reapresentados para substituição, e
haverá uma "duplicação de pagamentos".
7) Não devem ser permitidos "vouchers" e "saques de cheques" em dinheiro. No entanto, se for
permitido, deve ser previamente autorizado pelo funcionário que o designou. Nesse caso, os
cheques devem ser pagos ao custodiante do fundo e descontados no banco imediatamente.
8) O fundo de caixa pequeno deve ser reabastecido, quando o caixa restante tiver atingido um
mínimo definido. Em caso de encerramento do exercício contábil, este deve ser substituído
nessa data, qualquer que seja o montante de caixa existente, a fim de que as despesas já
9) As contagens surpresas serão feitas quantas vezes forem necessárias para verificar a
existência física do dinheiro ou dos comprovantes que justificam a sua ausência.
Exemplo:
A empresa RÍO TURBIO C.A., decidiu criar um fundo fixo de caixa pequeno para Bs. 500.o., cuja
gestão, além de atender às normas gerais de controle interno, será realizada de acordo com o
seguinte:
03 de março: O cheque 2222 foi emitido pelo Banco do Caribe para Bs. 500,oo em nome de
João
Perez que será o custodiante do fundo fixo.
06 de março: A conta telefônica do mês de fevereiro foi cancelada pela Bs. 29,oo.
06 de março: Se conta de gás cancelada colocada para uma equipe de transporte por
Bs. 24,oo.
08 de março: Se pagou o mecânico Román García Bs. 30, oo por reparo da equipe de
transporte.
09 de março: Se pagou pelo frete de vendas Bs. 28,oo para Transporte Guárico.
17 de março: Foi pago à Cafeteria El Galeón Bs. 29h50, para fornecimento de café na 1ª
quinzena
de março.
20 de março: O Bomba El Águila Bs. foi cancelado. 27,oo, para lavagem e lubrificação do
caminhão
lançar.
22 de março: Se pagó Bs. 25,oo para Panadería Funchal para um bolo de aniversário
da secretária do gestor.
De acordo com o que é indicado, para criar o fundo fixo de caixa pequeno, foi preparado um
cheque para Bs. 500,oo que foi entregue ao custodiante do fundo, que posteriormente procedeu
à sua cobrança no banco.
É claro que, ao passar o assento para o major-general, a conta Petty Cash ficaria como mostra a
Figura 9.2.
Nas explicações que se seguem, você notará que o saldo dessa conta permanecerá "fixo", e só
será modificado novamente quando o fundo for aumentado, diminuído ou eliminado.
CAIXA PEQUENO
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBR
IO
Com isso, foi criado o fundo de caixa fixo. Ou seja, o caixa eletrônico tem Bs. 500,oo em dinheiro
para efetuar pagamentos conforme a necessidade, obedecendo, em qualquer caso, pelas regras
estabelecidas a esse respeito.
O caixa deve levar um pequeno assistente de caixa maior, no qual registrará a movimentação do
fundo, de acordo com o que é mostrado na Figura 9.3.
Lá você notará que o caixa, ao fazer os desembolsos, está registrando os itens em seu maior
Quando se observa que o saldo está atingindo o mínimo estabelecido, procede-se à solicitação
de reposição de recursos.
Para o efeito, é elaborada uma relação das despesas pagas, que será suportada pelos
respetivos comprovativos e enviada ao serviço correspondente, onde, após análise, será
ordenado o convívio em nome do depositário do fundo que, ao ser descontado, voltará a dispor
do fundo de caixa fixo de Bs. 500,oo. Dessa forma, o caixa poderá fazer novos pagamentos,
repetindo assim o ciclo anterior.
No que diz respeito à contabilidade, observe que você não esteve envolvido neste processo até
o momento da reposição. Quando esse momento chega, o cheque emitido para reposição do
fundo fixo é registrado no diário.
Para tanto, a natureza dos desembolsos realizados por meio do fundo deve ser analisada para
determinar em quais contas o registro deve ser feito.
Observe aí que os desembolsos foram classificados de acordo com sua natureza, e então os
grupos foram totalizados.
Com esses totais, prossiga para fazer a entrada do diário como mostrado na Figura 9.5.
DATA DESCRIÇÃO DEVER TER
Março 22 __ e___
--- --
160,oo
DESPESAS ADMINISTRATIVAS 148,o.·
DESPESAS COM VENDAS 308,o.br
BANCOS
Para registrar a substituição de numerário, marque N°. 2280
Banco do Caribe.
Figura 9.5. Registro de reposição de caixa pequeno
É assim que se cumpre um ciclo de Pequeno Caixa. Note-se que, na sede, a conta Petty Cash
não interveio. Realmente, você não precisa intervir. Como já explicado, essa conta só voltará a
ser utilizada quando, na transação, estiver em causa um aumento, diminuição ou eliminação do
fundo fixo.
Exemplo:
A empresa RÍO CLARO C. Para. constituiu um fundo de caixa fixo de Bs. 400,oo a 31-03 e,
considerando-o insuficiente, em 1º de abril decide-se aumentá-lo em Bs. 200,oo, para o qual o
cheque nº. 3152 do Banco da Venezuela.
Para este momento, a conta CAJA CHICA, na maior, seria a seguinte (ilustração 9.6):
CAIXA PEQUENO
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBRI
O
CAIXA PEQUENO
DATA DESCRIÇÃO REF DEVER TER EQUILÍB
RIO
A empresa RÍO CLARO C. Para. criou um fundo fixo de Bs. 600, o.ª al 30-06. Em 01-07, foi
decidido reduzir o fundo fixo em Bs. 100,oo, cujo valor reduzido foi depositado no Banco da
Venezuela.
Para a data da transação, a conta de caixa pequeno foi mostrada da seguinte forma (Figura 9.9).
CAIXA PEQUENO
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBR
IO
Uma vez que o depósito tenha sido feito no banco, para Bs. 100,oo, deve ser feita a seguinte
inscrição (ilustração 9.10).
CAIXA PEQUENO
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBR
IO
Exemplo:
Nos dias 15 e 10, a empresa RÍO CLARO C. A., decidiu eliminar o fundo fixo de Bs. 500,oo que
existia naquela data. Para tanto, o saldo existente foi depositado no Banco da Venezuela.
Depois disso, ao passar a cadeira para o Major, ele ficaria da seguinte forma (ilustração 9.13):
Note-se como, no final, a conta CAJA CHICA, na ausência de um fundo fixo, ficou com saldo
zero.
CAIXA PEQUENO
DATA DESCRIÇÃO RF DEVER TER EQUILÍBR
IO
CAIXA GERAL.
Essa é a conta por meio da qual é controlada a maior parte do dinheiro que entra, sai ou
permanece dentro das instalações da empresa.
CONTROLE INTERNO.
O sucesso de uma boa gestão de caixa repousa nos " pontos fortes" contidos no controle
interno estabelecido.
Na prática, todas as transações realizadas por uma empresa afetam ou afetarão o item efetivo
no futuro.
Se acrescentarmos a essa particularidade que, por sua natureza, é o ativo que mais se presta a
uma gestão inadequada, essas são razões poderosas para dar especial ênfase à implementação
de um controle interno rigoroso e eficaz.
A seguir estão algumas normas que são recomendadas para serem levadas em conta ao
desenvolver e implementar o sistema de controle interno:
Nem o caixa nem qualquer pessoa que trabalhe no departamento de caixa pode ter acesso
a:
2) Depósitos diários.
Não deve ser permitido fazer pagamentos com dinheiro que tenha entrado no caixa, exceto
aqueles feitos por dinheiro pequeno. Todos os recibos em dinheiro devem ser depositados
intactos no banco diariamente.
Essa etapa de controle interno seria ainda mais reforçada se for estabelecido que, uma vez
feito o depósito bancário, os formulários de depósito são entregues diretamente à
contabilidade e não ao caixa.
Com esses documentos: notas fiscais, letras de câmbio, etc., deve ser elaborada uma
segunda via para que o coletor receba o original juntamente com os documentos de
recebimento em questão, enquanto a cópia, devidamente assinada pelo coletor, permanece
no departamento de cobrança.
Já o caixa, ao final do dia, passa a preparar o formulário de depósito bancário que será
feito, o mais tardar, no dia seguinte.
Uma vez efetuado o depósito, o caixa envia para a contabilidade a cópia do depósito
juntamente com a triplicata do relatório de cobrança, onde será comparado com a cópia do
relatório recebido do departamento de arrecadação e procede à confecção dos respectivos
registros.
Geralmente, todas as cobranças recebidas pelos Correios são cheques que devem ser
imediatamente carimbados "apenas para depositar no número da conta corrente... ".
Será elaborado um relatório quádruplo dos valores recebidos, que será posteriormente
entregue ao caixa, que assinará o original e a segunda via do laudo e os devolverá ao
responsável pelo recebimento da correspondência. Este enviará o original para registro e
verificações posteriores, e manterá a segunda via como prova de ter cumprido com a parte
do processo que lhe corresponde.
6) Receita do varejo.
As receitas do varejo também exigem um rígido controle interno. Em termos gerais, sugere-
se agir da seguinte forma:
Quando uma venda à vista é feita no balcão, o vendedor irá preparar uma fatura em
triplicado e entregá-la ao cliente, que passará pela caixa e pagará o valor correspondente.
O caixa carimbará as três vias da nota fiscal e devolverá o original e a segunda via ao
cliente, que retornará para retirar a mercadoria comprada, antes da entrega da segunda via
da nota fiscal cancelada na seção de expedição. O cliente manterá o original da fatura
cancelada.
O vendedor enviará as duplicatas das notas fiscais para a contabilidade para registro,
enquanto o caixa realizará o processo de depósito bancário já explicado, enviando uma
cópia da mesma para a contabilidade.
TONELAGEM DE CAIXA.
As medidas adoptadas para tornar útil o controlo interno devem ser reforçadas com tonelagem
de tesouraria.
Consiste em fazer uma contagem física de dinheiro, cheques, títulos e qualquer outro item que
esteja em posse do caixa, bem como quaisquer documentos que justifiquem a ausência dele,
Para que as tonelagens tenham um resultado positivo, devem ser " surpreendentes" e, na sua
execução, é aconselhável ter em conta os seguintes aspetos:
4) Simultaneidade na tonelagem.
Quando houver várias caixas na empresa, as tonelagens devem ser feitas
simultaneamente na mesma data e horário. Desta forma, evita-se a possibilidade de "
transferir " fundos de uma caixa para a outra para " cobrir" carências, caso haja.
No entanto, se o espaço não for suficiente, podem ser criados " anexos" onde outros
elementos encontrados como roupas, relógios, etc. podem ser detalhados, o que pode ser
um indício de alguma irregularidade.
É claro que, no final do formulário de arqueação, deve ser obtida uma declaração do
depositário, mais ou menos nos seguintes termos:
Assinatura do depositário.
Bolívares__
LA MACARENA TONELAGEM DE
C.A. CAIXA Bs.........................
DATA ______________ HORA: GUARDIÃO
EFICAZ: :
Bolívares__
a) Moedas:
____ de 1,oo: Bs....
____ de 0,50: Bs.... Bs.........................
____ de 0,25: Bs....
____
Bolívares__de 0,125: Bs....
____ de 0,10: Bs....
____ de 0,05: Bs....
Bs. ____________
____ de 0,01: Bs...
Total de Moedas Bs. .
b) Bilhetes:
Bs.
____ de 500: Bs....
____ de 100: Bs....
____ de 50: Bs....
____ de 20: Bs....
____ de 10: Bs....
____ de 5: Bs....
____ de 2: Bs....
Total de notas
Caixa Total
Bs...........................
VERIFICA: Bs.
Número Data
Banc
o
Total de Cheques
CARTÕES DE CRÉDITO
Número Banc
o
Classe
Total de Cartões de
Crédito
PROVA: Beneficiári
Número Data o
Total Vouchers
TONELAGEM
TOTAL
No entanto, pode acontecer que elas não se somem e, nesse caso, apareça o que na
contabilidade é chamado de " diferenças de caixa".
O tratamento que essas diferenças de caixa recebem na contabilidade depende do tipo de erro
que causa tal diferença.
Basicamente, os erros podem ser voluntários e não intencionais. Por enquanto, trataremos
apenas de erros não intencionais. Falaremos sobre voluntários neste mesmo capítulo quando
tratarmos da questão dos erros e fraudes.
Exemplo 1
1) Em 20-01-2014 foi feita uma contagem de caixa. O total do mesmo chegou a Bs. 10.560.oo,
enquanto o saldo da conta de caixa era Bs. 11.560,oo.
2) Em 25-01-2014 foi apurado que a diferença se devia ao facto de em 19-01-2014 o caixa ter
efetuado depósito de 2940 para Bs. 1.000,oo no Banco Venezuela, mas, a cópia do
formulário de depósito, não havia sido enviada para a contabilidade para registro.
Solicita-se:
Determinada a diferença, passamos a registrar na contabilidade o fato de que foi feita uma
tonelagem e encontrada uma diferença menor por Bs. 1.000,oo. Essa diferença deve ser
registrada em uma conta transitória chamada Diferenças de Caixa para Localizar, que
permanecerá aberta com esse saldo enquanto as razões pelas quais essa diferença ocorreu estão
sendo investigadas.
Como se vê, ao creditar a Caja Bs. 1.000,oo, o saldo caiu para Bs. 10.560.oo, que é quadrado
com a quantidade encontrada na tonelagem.
1) Em 15-03-2014, foi feita uma contagem de caixa que rendeu um total de Bs. 8.600,oo. O
saldo da conta de caixa para essa data era Bs. 7.200,oo.
2) Em 28-03-2014, após uma investigação a este respeito, verificou-se que a diferença se devia
ao facto de, em 10-03-2014, ter sido cobrada a fatura 2849 ao cliente A. Lusitano por Bs.
700,oo e, na contabilidade, foi feito o seguinte lançamento:
Solicita-se:
a) Registre a diferença na caixa encontrada no momento da tonelagem.
b) Registre a regularização como resultado de ter detectado o erro.
Primeiro, vamos ver o que aconteceu. Uma contagem de caixa foi feita e descobriu-se o seguinte:
Diante disso, não sabendo neste momento os motivos dessa diferença, o contador raciocinará da
seguinte forma para registrar o fato e deixar provas na contabilidade do ocorrido:
Ao passar esta entrada para o atacado, as contas seriam as seguintes (Figura 9.20).
Dessa forma, observamos que o saldo da conta de caixa coincide com o valor encontrado na
tonelagem; ou seja, Bs. 8.600,oo. Por sua vez, a conta Diferenças de Caixa a Localizar está
indicando que devemos investigar uma diferença de caixa (excedente) encontrada na tonelagem.
Depois disso, as pessoas envolvidas passarão a investigar e detectar os motivos pelos quais essa
diferença pode ter ocorrido.
Depois de algum tempo, foi determinado que essa diferença, além disso, se devia ao fato de que
uma fatura havia sido cobrada de um cliente por Bs. 700,oo e na contabilidade foi feita a seguinte
entrada (ilustração 9.21)
É óbvio que este assento está incorreto. É feito de cabeça para baixo. Ele foi pago para a caixa
em vez de cobrá-lo e isso fez com que a diferença dobrasse. Além disso, a Conta a Receber
também estava errada, pois deveria ter sido creditada em vez de cobrada.
Para corrigir o erro, o assento errado deve ser invertido, mas por Bs. 1.400,o.o., da seguinte forma
(Figura 9.22):
2) Por outro lado, o Contas a Receber também deve ser regularizado. Se você olhar para a
ilustração
9.21, o registro ali mostrado foi o feito para registrar a cobrança de uma nota fiscal a um
cliente, e já foi comentado que foi feito ao contrário. Ele foi cobrado em vez de pago. Bom,
para corrigir esse erro, você deve pagar o Contas a Receber Bs. 700,oo duas vezes: uma,
para cancelar a cobrança mal feita e outra, para fazer o crédito que lhe corresponde porque
é a cobrança de uma fatura. Ou seja, você deve ser pago, no total, Bs. 1.400,oo.
Na realidade, cada erro cometido tem características diferentes e, portanto, a solução também
será diferente. Em sala de aula vamos discutir alguns outros casos.
O exame criterioso dos recibos de despesas que o custodiante apresenta para reembolso,
bem como a inabilitação dos mesmos por meio de carimbo que diz "CANCELADO",
minimizará a possibilidade de roubo dessa forma.
10 de maio: O caixa recebe uma nova cobrança do cliente B por Bs. 7.000,oo, dos quais leva
Bs. 4.000,oo e informa-os como cobrança do cliente A, apropriando-se da diferença,
12 de maio: O caixa recebe uma nova cobrança do cliente C por Bs. 1.000,oo e se apropria
deles, não reportando a cobrança à contabilidade. Com isso, a quantidade de
desfalques chega a Bs. 8.000,oo.
E assim por diante. É claro que esse tipo de irregularidade será detectado rapidamente, se for
implementado um controle interno adequado, principalmente em relação à divisão de funções,
e seus respectivos extratos contábeis forem enviados regularmente aos clientes. Estes,
percebendo que seu pagamento não foi creditado em conta, certamente entrarão em contato
com a empresa para manifestar sua discordância, e aí iniciará a investigação que levará à
descoberta do estelionato.
Assim, páginas e páginas poderiam ser escritas onde inúmeras formas colocadas em prática para
desviar dinheiro seriam relatadas. No entanto, todos eles foram descobertos mais cedo ou mais
tarde. Na verdade, onde essas irregularidades ocorreram, tem como elemento comum um sistema
de controle interno fraco ou inexistente. Este fato é o melhor estimulante para cometê-los.
Portanto, seu esforço como contador não deve estar em como descobrir desvios, mas em como
evitar que eles sejam cometidos. Para isso, não há melhor medicina preventiva do que um bom
EXERCÍCIOS.
EXERCÍCIO 9.1.
1) Defina o que se entende por caixa e equivalentes de caixa.
2) Defina dinheiro em espécie e mencione os itens que o compõem.
3) Defina o que é dinheiro em caixa nos bancos e os elementos que o compõem.
4) Há uma série de elementos que podem ser confundidos com o dinheiro não sendo assim.
Mencione quais.
5) Defina a conta Caixa e em qual grupo de demonstração financeira essa conta deve ser
apresentada.
6) O que é o Petty Cash e para que serve?
7) Mencione os elementos de controle interno que precisam ser ativados ao redor:
a) Caixa pequeno.
b) Caixa Geral.
8) O que se entende por tonelagem de numerário?
9) Para que uma tonelagem de caixa seja útil, é necessário cumprir certos aspectos. Diga
quais e explique-as brevemente.
10) Ao fazer contagens de caixa, as diferenças são frequentemente encontradas. Discuta
brevemente algumas razões pelas quais tais diferenças podem surgir.
11) Discuta brevemente algumas maneiras de cometer fraudes.
EXERCÍCIO 9.2.
A empresa LA FLECHA C.A. Decidiu criar um fundo de caixa fixo, que será regido pelas
seguintes regras:
01 de junho: O fundo fixo foi criado através da emissão do cheque 3201 do Banco do Sul.
03 de junho: Bs. 30,oo para táxi.
04 de junho: Bs. 30.oo para gasolina para o equipamento de transporte para a bomba El Drago.
04 de junho: O Quiosque La Prensa apresentou fatura para Bs. 35,oo para jornais fornecidos
que foram pagos.
06 de junho: Adiantamento de salários foi dado ao trabalhador José Pérez para Bs. 40,oo.
08 de junho: Gasolina foi paga por equipamentos de transporte para Bs. 27,oo para a Bomba El
Drago.
10 de junho: Bs. 33,oo para material de limpeza para Abasto Coimbra.
12 de junho: Foi decidido aumentar o fundo fixo em Bs. 200,oo para o qual cheque nº. 3298 do
Banco do Sul.
Solicita-se:
EXERCÍCIO 9.3.
Ao fazer arcos de caixa, as seguintes situações foram apresentadas. Faça os lançamentos
contábeis necessários para registrar a diferença encontrada, bem como para registrar o
esclarecimento de tal diferença:
Caso 1:
a) O dinheiro encontrado na tonelagem era Bs. 260.oo, enquanto o saldo da conta Caixa na
contabilidade era Bs. 300,oo.
b) O resultado da investigação informa que a diferença se deveu ao fato de ter sido paga uma
letra de câmbio de Bs. 100,oo a um fornecedor e foi feita a seguinte entrada:
--- X --
CAIXA
EFEITOS A PAGAR FORNECEDORES 100,oo 100,oo
Caso 3:
b) A investigação informou que uma fatura havia sido cobrada por Bs. 300,oo e não tinha
cadastrado.
Caso 4:
b) A investigação informou que mercadorias em dinheiro haviam sido vendidas para Bs. 40,oo
e fez o seguinte assento:
b) Foi apurado que a diferença foi apropriada indevidamente pelo caixa e ele foi demitido.
Seus benefícios sociais chegaram a Bs. 520,oo, que foi pago com cheque antes da
dedução do déficit.
Para ter uma conta corrente, uma série de procedimentos deve ser feito começando com um
pedido para abrir no banco correspondente.
O Código Comercial, no artigo 503.º, define conta corrente como "um contrato em que uma das
partes remete a outra, ou dela recebe, em bens, quantias em dinheiro ou outros valores, sem
aplicação a um uso específico, nem obrigação de ter de encomendar um valor ou um montante
equivalente, mas encarregado de creditar ao remetente por suas remessas; liquidar nos prazos
acordados, compensando, até ao montante concomitante das respectivas remessas, sobre a
massa total de débito e crédito, e pagar o saldo".
Embora os avanços tecnológicos adotados pelas instituições bancárias, como internet, caixas
eletrônicos, etc., permitam que seus clientes realizem transações remotamente, os procedimentos
tradicionais ainda são utilizados para entrar e sacar recursos de contas correntes.
a) Depósitos bancários.
b) Notas de crédito.
As extrações, por outro lado, são feitas por:
a) Verifica.
b) Notas de débito.
Deve ser preparado em duplicado , pelo menos. O original fica no banco junto com o dinheiro e
cheques depositados, enquanto a segunda via, devidamente carimbada pelo caixa, retorna para a
O CHEQUE.
É um documento pelo qual, uma pessoa chamada de sacador ou gaveta ordena a outra,
chamada de sacado ou sacado , que pague uma certa quantia em dinheiro a um terceiro,
chamado de segurado ou beneficiário.
Resulta desta definição que, em cada cheque, estão envolvidas pelo menos três pessoas: sacador
, sacador e mutuário.
1) Gaveta.
Esta é a pessoa que emite o cheque. Ou seja, a empresa que possui a conta corrente.
2) Livrar.
Refere-se a quem paga o cheque: o banco.
3) Tomador.
É a pessoa que tem o direito de descontar o cheque; ou seja, o beneficiário.
CONTEÚDO DO CHEQUE.
Quanto ao seu conteúdo, o artigo 491.º do Código Comercial estabelece que o cheque deve
indicar:
SANÇÕES.
O artigo 494 do Código Comercial indica que quem emitir cheque sem fundos, será punido com
queixa de interessado com pena de prisão de um a doze meses.
Além disso, se alguém aceitar um cheque sabendo que não tem fundos, não terá nenhuma
ação criminal contra o sacador e será punido com multa de até um quinto do valor do
cheque ou prisão proporcional.
A NOTA DE CRÉDITO.
Trata-se de um documento pelo qual o banco informa à empresa que depositou determinado valor
na conta corrente.
As razões pelas quais o banco emite notas de crédito em favor de seus depositantes são muito
variadas e serão discutidas à medida que o curso avança.
BANCO DE TRINCHEIRAS
AVISO DE CRÉDITO Nº. 2252549 Data: 01-10-2014
Destinatário:
Industrias LORETO C.A. Conta:
Avenida Las Industrias nº 64. Valência - Edo. Carabobo 01250590010004704563
Eles geralmente são emitidos pelo banco e indicam que algum valor foi sacado de uma conta
corrente por algum motivo. Esses motivos podem ser muito variados e serão discutidos ao longo
do curso. Uma nota de débito modelo pode ser vista na Figura 10.4.
BANCO DE TRINCHEIRAS
AVISO DE DÉBITO Não. 3817186 Data: 28-11-2014
Destinatário:
Industrias LORETO C.A. Conta:
Avenida Las Industrias nº 64. Valência - Edo. Carabobo 01250590010004704563
DESCRIÇÃO QUANTIDA
DE
Cheque nº 164028316 Banco Regional devolvido por recursos indisponíveis. 5.200,
oo 5.200,
TOTAL DEBITADO
oo
Quantidade em Letras:
Cinco Mil e Duzentos com 00/100
Preparado por: Assinatura autorizada: Código: Assinatura autorizada: Código:
Laura Rivas.-
Figura 10.4. Modelo de nota de débito
Aqui será recomendado colocar em prática algumas das regras mais importantes:
a) O departamento de compras.
b) As pessoas que aprovam os documentos a serem pagos.
c) Pessoas que mantêm contas a pagar ou registros bancários.
d) Os responsáveis pela preparação dos cheques.
3) Documentos comprobatórios.
As pessoas autorizadas a assinar cheques, antes de fazê-lo, devem garantir que cada
pagamento seja comprovado por documentação legítima.
Estes documentos comprovativos, uma vez assinado o cheque, devem ser desutilizados
com um carimbo que diga PAGO, para que não possam ser apresentados novamente ,
evitando assim a possível duplicação de pagamentos.
5) Beneficiários de cheques.
Os cheques devem ser sempre pagos ao beneficiário. Elas nunca devem ser feitas ao
portador ou em nome da própria empresa.
A pessoa que entrega os cheques pode ser o caixa, mas deve ser sempre outra pessoa que
não seja a pessoa que emite o cheque ou aprova os comprovantes.
CONCILIAÇÃO BANCÁRIA.
É uma das atividades que mais fortalece o controle interno da empresa. De acordo com o Direito
Bancário e Art. 523 do Código Comercial, eles são obrigados a enviar aos seus clientes, todos
os finais do mês, um extrato detalhando a movimentação que cada conta teve no decorrer daquele
mês, indicando, é claro, o saldo de caixa disponível para a data em que o referido extrato de conta
foi cortado.
Em condições normais, o saldo indicado pelo banco em seu extrato deve coincidir com o saldo
apresentado pela conta bancária correspondente de acordo com a contabilidade da empresa. No
entanto, isso raramente acontece. Ou seja, praticamente, nunca coincidem.
Claro, há uma série de " razões" pelas quais o saldo de acordo com o banco não corresponde ao
saldo de acordo com os livros da empresa.
Pois bem, o trabalho mais importante que se desenvolve no processo de fazer a conciliação
bancária, é aquele que visa determinar os " motivos " pelos quais esses dois saldos "não se
somam". Esses motivos são conhecidos como "itens de reconciliação".
Exemplo:
A EMPRESA C.A. abriu conta corrente no Banco Regional, identificada com o nº 0020-
4085612345678901
1) A movimentação que essa conta teve de acordo com os livros contábeis durante o mês de
abril de 2012, é mostrada na Figura 10.5:
2) O extrato recebido do banco indica o movimento mostrado na Figura 10.6:
3) Na conciliação bancária de março de 2012, apareceram os seguintes itens de conciliação:
4) Se houver alguma discrepância entre os valores registrados nos livros e os registrados pelo
banco, suponha que estes últimos estejam corretos.
5) Para este período, a empresa está utilizando um talão de cheques cuja numeração vai de
12401 a 12450.
Solicita-se:
Vamos lá:
Antes de mais nada, veja o saldo que joga a conta do Banco Regional em Bs. 42.730,oo. Em
seguida, visualize o saldo que mostra o extrato recebido desse banco. Lá somos informados que,
o saldo disponível de acordo com a contabilidade do banco, é Bs. 51.550,oo. É óbvio que os dois
saldos não se somam.
Para determinar os itens de conciliação, procede-se à comparação, item a item, das informações
que aparecem de acordo com os livros, com as apresentadas pelo banco em seu extrato.
Para isso, com base na movimentação de acordo com os livros, é determinado se cada um dos
itens que estão ali registrados, também é contabilizado pelo banco. Ao fazer isso, deve-se ter em
mente que os itens que aparecem nos livros no débito, se já foram registrados pelo banco, devem
constar no crédito no extrato bancário.
BANCOREGIONAL
Capital: 200.000.000,oo
PERÍODO: CONTA N° .
A Empresa C.A.
Av. Lara Nº 84-32 Barquisimeto - Edo. Lara abril de 0020-4085612345678901
2012
DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRIO
Abril 01 Equilíbrio 30.290,o.o
01 DP 3040 3.010,o.b . 33.300,o.o
01 DP 3045 r 5.600, oo 38.900,o.b
02 NC 104 - Transferência 2.160,o.o r 41.060,o.b
04 CH 12406 1.000,oo r 40.060,o.o
04 DP 3090 2.960,o.o 43.020,o.b
05 DP 3095 8.490,o.o r 51.510,o.o
09 CH 12410 2.040,o.o 49.470,o.b
10 CH 12407 4.180, oo r 45.290,o.o
10 PS 216 - Juros 1.490,o.o 43.800.oo
10 DP 4232 7.270,o.b 51.070,o.b
14 CH 12404 5.380,o.b r r 45.690,o.b
14 PS 231 Interesses r 400,oo r 45.290,o.o
16 DP 4193 4.790,o.o 50.080,o.b
17 CH 12408 2.140,o.o r 47.940,o.o
17 CH 1321946 1.500, oo . 46.440,o.o
17 Correção CH. 1321946 1.500, oo 47.940,o.o
21 CH 12413 1.620,o.o . 46.320,o.b
22 CH 12416 960,o.· r 45.360,o.b
25 ND 313 CH. Retornado 2.060,o.o r 43.300,o.b
25 DP 3280 8.070,o.b r 51.370,o.b
26 CH 2435602 4.380,o.b r r 46.990,o.o
26 DP 3570 r 4.930,o.o . 51.920,o.b
27 CH 12414 2.830,o.o r 49.090,o.b
29 CH 12419 1.630,o.o r 47.460,o.b
29 NC 119 Transferência 3.380,o.o r 50.840,o.o
30 CH 12421 4.130,o.o 46.710,o.b
30 CH 12420 1.940,o.o r 44.770,o.b
30 NC 192 Transferência 2.600,oo r 47.370,o.b
30 CH 12415 640,o.b r 46.730,o.b
30 DP 2935 r 4.820,o.o r 51.550,o.b
r
Figura 10.6.
Extrato de acordo com o banco
Pelo contrário, se nos livros foram registados no crédito, no extrato bancário têm de constar no
débito.
Sob essa premissa, quando iniciamos o trabalho de comparar os itens de acordo com os livros
com aqueles que aparecem de acordo com o banco, pode acontecer o seguinte:
2) O item está registrado corretamente em um dos estados, mas não foi registrado no
outro.
Nesse caso, é óbvio que, quando aparece um valor registrado apenas em um dos dois
estados, os saldos que as contas mostram naquele momento deixam de ser iguais. Portanto,
essa figura é um item de reconciliação, e vamos indicá-la com uma marca indicando esse
fato, por exemplo: φ.
Os erros também fazem com que os saldos dos dois estados não coincidam. Portanto, as
figuras registradas erroneamente também são itens de reconciliação, e serão marcadas
com uma marca indicando que um erro foi cometido. Neste caso a marca que usaremos será:
ε.
Erros podem ser cometidos tanto nos livros quanto no extrato bancário. Os tipos de erros que
mais frequentemente encontraremos são:
a) Itens registrados em um estado por um valor, enquanto no outro, foi feito por um valor
diferente.
b) Itens corretamente registrados em termos de seu valor, mas tanto em livros quanto em
bancos, foram registrados erroneamente no débito ou no crédito.
Já comentamos sobre os motivos pelos quais tem que ser cumprido que, se em um estado, o
item foi registrado no débito, no outro estado ele tem que aparecer no crédito e vice-versa.
c) Itens que aparecem em um dos dois estados que não pertencem à empresa.
Para isso, compara-se o movimento que aparece de acordo com os livros da empresa (Figura
10.8) com aquele registrado pelo banco no extrato de conta (Figura 10.9).
Para fins didáticos, uma coluna foi adicionada à esquerda de ambos os estados, indicando o
número da linha em que cada um dos itens está registrado.
Linha 14: Verifique 12413 para Bs. 1.260.oo pago a um fornecedor para cancelamento de
uma fatura.
Este cheque foi registrado pelo banco na linha 18 pela Bs. 1.620,oo.
Após ter realizado esse trabalho para determinar se os itens que estavam registrados nos livros,
também estão corretamente registrados no extrato do banco, nós
No entanto, se olharmos para o extrato bancário neste ponto (Figura 10.9), veremos que as linhas
2, 12, 13, 16, 17, 20, 22, 26 e 29 ainda não possuem marcações. Isso significa que tais itens são
registrados pelo banco, mas não nos livros.
BANCOREGIONAL
Capital: 200.000.000,oo
A Empresa C.A. PERÍODO: CONTA Nº.
Av. Lara nº 84-32
Barquisimeto-Edo. Lara abril de 0020-4085612345678901
2010
L DATA DESCRIÇÃO DEVER TER EQUILÍBRIO
Figura 10.9.
Extrato bancário.
Ver:
Bom, dessa forma todos os itens foram revisados tanto em livros quanto em bancos.
1) IDENTIFICAÇÃO.
Nesta parte da conciliação bancária, os seguintes dados devem ser claramente exibidos:
a) Nome de a empresa.
b) Nome do banco.
c) Número de a conta corrente.
d) Data em que os saldos estão sendo reconciliados e período a que se refere o movimento.
e) Pessoa que preparou a conciliação.
2) INFORMAÇÃO.
Esta seção informará sobre os elementos que foram levados em conta para conciliar os saldos.
1) Uma coluna identificada como uma descrição, detalhando a natureza dos itens de reconciliação.
3) Duas colunas identificadas como "de acordo com os bancos". Nelas, serão escritos os títulos
de:
Conciliação que afete o saldo de acordo com os bancos.
No caso em que estamos desenvolvendo, o saldo contábil será registrado em 30-04-2012, Bs.
42.730,oo, no mosto das colunas "segundo livros". É colocado no mosto porque, para a empresa, o
dinheiro no banco é um ativo; portanto, tem um saldo devedor.
É claro que, caso haja um "cheque especial bancário", o saldo de acordo com os livros será colocado
no crédito, já que a empresa tem obrigação com o banco. Ou seja, será um passivo. Em seguida, o
saldo é escrito de acordo com o extrato bancário, Bs. 51.550.oo, creditado nas colunas "conforme
banco". É claro que o saldo de acordo com o banco será colocado no crédito porque, nesse caso, o
banco deve esse valor à empresa; Ou seja, esse saldo é um passivo para o banco.
No entanto, nos casos em que a empresa foi "sacada", isso representará um ativo para o banco,
razão pela qual o saldo será colocado no débito das colunas "de acordo com o banco".
ITENS DE RECONCILIAÇÃO.
Em seguida, passamos a relacionar os itens de reconciliação que serão apresentados, basicamente,
em três grupos.
É claro que esses itens serão localizados no movimento de acordo com os livros, já que é onde
eles foram registrados (ilustração 10.8).
É importante ter em mente que todos esses itens serão colocados nas colunas de acordo com
os bancos da conciliação bancária, pois é o banco que não os cadastrou. Os elementos
abrangidos por este grupo são geralmente de dois tipos (ver figura 10.10):
a) Controlos em trânsito:
Refere-se a cheques emitidos e registados nos livros, mas que, à data da conciliação,
ainda não foram apresentados para cobrança no banco.
Esse grupo de cheques é composto, em primeiro lugar, por aqueles que foram emitidos
em meses anteriores ao que estamos conciliando. No nosso caso, antes de abril.
Como você pode ver na Figura 10.10, a primeira verificação relacionada é Não. 12401 por
Bs. 2.460,oo que, tendo sido emitido em 29-03-2012, não chegou a ser recolhido no banco
no final de março, razão pela qual consta como item de conciliação na conciliação
bancária daquele mês. Se, como no caso que estamos desenvolvendo, ele não aparecer
cobrado no mês de abril, continuará sendo um item de conciliação neste mês.
Os demais cheques ali listados são aqueles marcados com φ no movimento conforme
livros, ilustração 12.8, nas linhas 8, 13, 22, 23, 29 e 30.
b) Depósitos em trânsito:
Esse grupo de itens de conciliação é composto pelos depósitos feitos pela empresa, mas
que, até a data da conciliação, ainda não foram registrados pelo banco.
Ao mostrar esses itens na reconciliação, faremos isso na seção " de acordo com os livros",
porque é onde eles não foram registrados. Esses itens geralmente são compostos por notas
de débito ou crédito, e vamos encontrá-los marcados com φ no extrato bancário. (Figura 10.9)
a) Notas de débito.
No nosso caso, se olharmos para a Figura 10.9, nas linhas 13 e 20 encontramos duas notas
de débito para Bs. 400,oo e Bs. 2.060,o., que, pelas razões ali expostas, foram registradas
pelo banco, mas não por livros. Portanto, procederemos a
relacione-os da maneira que você pode ver na conciliação bancária (Figura 10.10).
Na coluna "descrição", são exibidos o número, a data e o conceito das notas de débito e,
quantidade, é Colocado na ter de a seção"Segundo
os livros" já
que, quando O Contador Receber Tal anotações de débito, o vai
gravar em livros
Pagando o banco, reduzindo assim o saldo disponível para a empresa nessa conta.
4) ERROS
Este último grupo é composto por aqueles itens de conciliação que se referem a erros cometidos
tanto nos livros quanto no extrato bancário.
Esses itens são colocados na seção onde os erros foram cometidos. Ou seja, se foram
cometidos em livros, os itens são colocados na seção "de acordo com os livros". Se foram
cometidos pelo banco, são colocados na seção "de acordo com os bancos".
Se observarmos o movimento dos livros na Figura 10.8, encontraremos erros nas seguintes
linhas:
Linha 14: O cheque 12413 foi registrado para Bs.1.260,oo em vez de Bs. 1.620,o.o
que é o número correto. Isso significa que, quando esse cheque foi lançado,
o saldo do banco foi reduzido Bs. 360,oo menos. Portanto, na conciliação
bancária, esse item deve ser colocado na seção de acordo com os livros,
onde o erro foi cometido, e será colocado no crédito, já que dessa forma, o
saldo do banco será reduzido por esse valor.
b) Erros em bancos.
Esses erros serão encontrados no extrato bancário marcado com ε, pois foi onde foram
cometidos (ilustração 10.9). Portanto, ao preparar a conciliação bancária, esses itens devem
ser apresentados na seção "de acordo com os bancos", corrigindo assim tais erros.
Portanto, devemos concluir que esse cheque foi cobrado indevidamente ou reduzido do
saldo escriturado pelo banco e que, portanto, esse item de conciliação deve ser creditado na
seção de acordo com os bancos (ilustração 10.10), o que aumentará o saldo do banco
nesse valor.
É claro que tais erros devem ser notificados ao banco por escrito, onde eles são solicitados a
proceder para corrigi-los. Essa correção deve ser observada posteriormente, quando for
realizada a conciliação do mês seguinte.
Uma vez concluídos os itens de conciliação, são adicionadas as colunas obrigatórias das
seções "de acordo com os livros" e "de acordo com os bancos" (ver ilustração 10.10),
incluindo os saldos não reconciliados em 30-04-2012.
Para fechar as colunas, o saldo ajustado será colocado na coluna que gerou o menor total. No
nosso caso, vamos colocá-lo no crédito da seção "de acordo com os livros", enquanto, na seção
"de acordo com os bancos", vamos anotá-lo no débito. Dessa forma, ao totalizar as colunas
de ambas as seções, elas devem ser quadradas.
Como você pode ver na Figura 10.11, esse modelo também começa colocando a identificação e,
em seguida, continua a apresentar as informações.
No que diz respeito à área de informação, observe que, após a seção de descrição, foi adicionada
uma coluna denominada " figuras parciais", na qual será registrada a quantidade de cada item e,
somente o total do grupo de itens, É aquele que será colocado na coluna de livros ou bancos,
conforme o caso.
Observe também que, neste modelo, utilizaremos apenas uma coluna para ajuste de saldo contábil e
outra para ajuste de saldo bancário.
O restante das informações é apresentado na mesma forma e ordem que explicamos no modelo de
conciliação anterior. No entanto, vamos discuti-lo brevemente novamente, com base na Figura 10.11:
Figura 10.11.
Reconciliação bancária de saldos ajustados a duas colunas.
Começa por escrever o saldo de acordo com os livros e de acordo com os bancos até à data em
que vão ser conciliados. No nosso caso, até 30-04-2012.
a) Controlos em trânsito:
Todos os cheques emitidos pela empresa que não foram pagos pelo banco serão listados e,
no total, neste caso Bs. 17.110,oo, será colocado na coluna de acordo com os bancos,
subtraindo-se.
b) Depósitos em trânsito.
Da mesma forma, os depósitos não cadastrados pelo banco serão relacionados e, no total,
Bs. 7.610.oo, será movido para a coluna de acordo com os bancos, acrescentando.
a) Notas de débito.
As notas de débito que não tiverem sido registradas em livros serão relacionadas e, no total,
Bs. 2.460,oo, será escrito na coluna "segundo os livros", subtraindo-se.
b) Notas de crédito.
Da mesma forma, as notas de crédito não registradas em livros serão detalhadas uma a uma
e, no total, Bs. 5.980.oo, serão 9resentará na coluna "segundo os livros", acrescentando.
4) ERROS.
Por fim, passamos a relacionar os itens que representam erros. A maneira de fazer isso é
exatamente a mesma do modelo de reconciliação de quatro colunas (Figura 10.10).
Recomendamos compará-lo com a Figura 10.11.
1) O cheque 12413 foi registrado em livros por Bs. 360,oo menos. Portanto, esse valor deve
ser anotado na coluna "segundo livros", subtraindo-se.
2) O depósito 3570 foi registrado em livros por Bs. 540,oo menos. Isso significa que agora
devemos aumentar o saldo contábil nesse valor para corrigir o erro. Ou seja, vamos notar
Bs. 540,oo na coluna "segundo livros", acrescentando.
Em última análise, esse saldo significa a verdadeira disponibilidade de caixa que a empresa
tem naquele banco na data da conciliação.
Concluímos, assim, a explicação de uma segunda forma de apresentar uma conciliação bancária
pelo método do saldo ajustado. Vejamos, a seguir, uma terceira forma de apresentá-lo; Este é o
método de saldos encontrados.
Consiste em partir do saldo de acordo com o extrato do banco e, somando ou subtraindo os itens
de conciliação, conforme o caso, chegar ao saldo de acordo com os livros.
Este tipo de reconciliação também consiste em duas secções (ver figura 10.12).
1) Identificação
Ele será formado, como em casos anteriores, pelo nome da empresa, o nome do banco, o
número da conta corrente, o período cuja movimentação está sendo conciliada e o nome da
pessoa que elaborou a conciliação.
2) Informação
É a seção onde a própria conciliação bancária é preparada.
Como pode ser visto na Figura 10.12, a área de informação deste modelo de reconciliação
consiste em:
a) Descrição.
Esta coluna detalha a natureza das informações envolvidas na reconciliação.
c) Números totais.
Esta coluna é onde ocorre a reconciliação de saldos. Os totais dos diferentes grupos de
rubricas de reconciliação devem ser aí inscritos.
Após essas generalidades, vamos proceder à elaboração da conciliação bancária pelo método dos
saldos encontrados. Para fazer isso, vamos nos basear nos mesmos dados que usamos nos
modelos de reconciliação explicados acima.
a) Controlos em trânsito.
Estes são os itens de conciliação representados por cheques que já foram reduzidos do saldo
de acordo com os livros, mas ainda não foram pagos pelo banco e, portanto, não foram
reduzidos de seu saldo.
O próximo passo é determinar se esse total deve ser somado ou subtraído do saldo do
banco, para o que será fundamentado da seguinte forma:
Você começou a partir do saldo do banco e deseja alcançar o saldo contábil. Esses cheques
já foram deduzidos do saldo contábil, mas não do banco. Portanto, se você quiser combinar o
saldo bancário com o saldo contábil, os cheques em trânsito devem ser subtraídos do saldo
bancário. Por esta razão, os Bs. Foram colocados 17.110.o.o. entre parênteses, o que
significará que esse número está subtraindo.
b) Depósitos em trânsito.
Refere-se a depósitos feitos pela empresa que já estavam registrados nos livros, mas não
pelo banco.
O total desses depósitos, Bs. 7.610,oo, são colocados na coluna dos números totais.
Agora, então. Esse valor é adicionado ou subtraído do saldo de acordo com os bancos?
a) Notas de débito.
São de itens que foram reduzidos do saldo de acordo com o extrato bancário.
b) Notas de crédito.
Pelo contrário, estas notas de crédito para um total de Bs. 5.980,OO significa que o banco
aumentou o saldo de acordo com sua contabilidade, mas, em livros, eles ainda não foram
registrados, de modo que o saldo de acordo com os livros não foi aumentado.
Como se deseja que o saldo do banco seja igual ao saldo de acordo com os livros, é por
isso, os Bs. 5.980,oo, deve ser subtraído do saldo dos bancos.
4) ERROS
Já foi comentado que esse tipo de conciliação de itens aparece devido a erros cometidos tanto
pela empresa quanto pelo banco.
No nosso caso:
1) O cheque 12413 foi registrado em livros para Bs. 360,oo menos. Isso significa que o
banco baixou seu saldo Bs. 360,oo mais do que o que foi rebaixado em livros.
Portanto, se o que você deseja é combinar o saldo do banco com o saldo contábil,
você deve adicionar ao banco os Bs. 360,oo.
2) Um depósito foi registrado em livros por Bs. 540,oo menos. Isso significa que, o
banco, registrou Bs. 540,oo mais do que o registrado em livros. Portanto, como o
objetivo perseguido é que o saldo do banco seja igual ao saldo contábil, ele deve ser
subtraído do saldo do banco, Bs. 540,oo.
Bem, nas páginas anteriores foram explicadas três formas de apresentar uma conciliação bancária.
Basicamente, não há diferença entre eles, já que o mesmo objetivo é alcançado: determinar se os
saldos de acordo com os livros e de acordo com os bancos estão corretos. Quando chegar o
momento em que você tem que fazer esse trabalho na realidade, você pode escolher qualquer uma
das três modalidades explicadas.
1) JogosNãoRegistado em Bancos.
2) JogosNãoRegistado em livros.
3) Erros:
Bom, depois de fazer a conciliação, deve-se sempre lembrar que, entre eles, existem alguns itens
que afetam o resultado de acordo com livros que ainda não foram contabilizados.
Esses itens estão sempre no grupo de "itens não relacionados ao livro" e "erros de transporte".
Para registrar os itens que ainda não foram registrados e, também, para corrigir os erros cometidos,
as devidas inscrições devem ser feitas em cada caso. Essas entradas são chamadas de "ajustes de
conciliação bancária".
Para fazer isso, vamos confiar em qualquer um dos três modelos de reconciliação mostrados nas
Figuras 10.10, 10.11 ou 10.12.
Observe, em primeiro lugar, os ajustes que surgem a partir das informações na seção "itens não
contábeis".
Lá é relatado que há duas notas de débito que ainda não foram registradas em livros: nº 231 por Bs.
400.oo para juros e nº 313 para Bs. 2.060.oo causado por um cheque devolvido.
Da mesma forma, devem ser registradas as notas de crédito nºs 119 e 192 nelas mencionadas. Os
assentos seriam os seguintes:
Com relação aos "erros cometidos em livros", os lançamentos somente serão feitos para corrigi-los,
se tais erros tiverem sido cometidos na confecção do verbete original. Se o erro aconteceu no grande
assistente do banco, ele é corrigido fazendo lançamentos suplementares nesse livro e não no diário.
No nosso caso, é assumir que os erros foram cometidos ao fazer o lançamento da revista.
O primeiro erro que aparece refere-se ao fato de que o cheque 12413 foi registrado por Bs. 1.260,oo
em vez de Bs. 1.620,oo que é o número correto. A entrada que será feita para corrigi-lo, consistirá
em registrar o complemento que estiver faltando por Bs. 360,oo.
É claro que os erros cometidos pelo banco serão notificados por escrito para que possam proceder à
sua correção. De qualquer forma, estará atento a ele, quando for recebido o extrato de conta do mês
seguinte. As correções pertinentes devem aparecer lá. Caso contrário, devem continuar a ser
instados a fazê-lo.
Com relação aos comprovantes, eles devem ser revisados por várias pessoas que não têm
responsabilidade pela assinatura do cheque ou registro das contas a pagar.
A documentação de apoio deve ser "inutilizada" por um carimbo que diga "CANCELADO" para
evitar que seja usada novamente.
Qualquer estelionatário moderadamente inteligente verá neste fato a porta aberta para o
dinheiro desviado da seguinte maneira:
Sabe-se que cheques de cobranças e outros conceitos não podem ser sacados diretamente por
uma pessoa porque estão no nome da empresa.
No entanto, se uma conta existe em um banco "sem movimento", ela pode ser usada pelo
estelionatário para depositar esses cheques e, em seguida, falsificando assinaturas, emitir
cheques contra essa conta e sacar o dinheiro.
Consiste na emissão de um cheque com assinatura falsificada contra o Banco B. Esse cheque
é depositado no Banco A naquele dia, mas é registrado em livros no último dia do mês anterior
para compensar o desvio.
Esse "jóquei" acontece todo final de mês e, se não houver um controle interno adequado, pode
ficar muito tempo sem ser descoberto.
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIO 10.1.
1) Explicar O que é umconta riacho.
2) Que É o conta corrente Banco?
3) Que É o depósitobancário?
4) Que É o cheque?
5) Quem está envolvido em um cheque? Explicar.
6) Explique o conteúdo do cheque.
7) É essencial estabelecer um controlo interno adequado da movimentação de numerário
através dos bancos. Explique essas normas de controle interno.
8) Diga o que se entende por conciliação bancária.
9) O que são itens de reconciliação e como eles são determinados?
10) Como os itens de reconciliação são classificados? Explicar.
11) Diga em quais partes consiste uma conciliação bancária.
12) Mencione e explique os métodos para desenvolver uma conciliação bancária.
13) Quais são os ajustes causados pela conciliação? Explicar.
14) Fraude bancária em dinheiro. Explique como o estelionatário age em qualquer uma das
formas de fraude.
EXERCÍCIO 10.2.
As informações a seguir correspondem à movimentação de abril de 2014 ocorrida na conta
corrente nº 1010-400-1 que a empresa EL ALAMO C.A. mantém no Banco do Oriente.
NOTA:
Se houver alguma diferença entre os valores registrados nos livros e os registrados pelo banco,
assuma o critério de que no banco está tudo bem. Os erros foram cometidos ao fazer os passes
diários para o major.
c) SaldosFundar.
EXERCÍCIO 10.3.
As seguintes informações correspondem à empresa INDUSTRIAS SODOMA C.A. referente à
conta corrente nº 12020-001 do Banco del Sur, tendo em vista que:
c) O N/A. 1002, refere-se a uma transferência ordenada ao banco, para cancelar uma
fatura ao fornecedor INDUCA C.A.
e) O N/A. 2025 tem sua origem em uma nota promissória de Bs. 45.000.oo obtidos junto
ao banco que vencem em três meses. O banco deduziu antecipadamente os juros.
f) O N/A. 1022 é devido ao cancelamento de uma nota promissória bancária que estava
em dívida.
a) Preparar a conciliação bancária para o mês de julho de 2014 pelos métodos de:
1) Saldos ajustado para quatro colunas.
2) SaldosAjustado para duas colunas.
3) SaldosFundar.
b) Faça as entradas de diário conforme apropriado.
EXERCÍCIO 10.4.
As informações a seguir correspondem à movimentação de acordo com os livros e de acordo
com o banco, referente ao mês de abril de 2014, da conta corrente que a empresa COMERCIAL
EL MUNDO C.A. mantém no BANCO DEL NORTE. Em caso de erro, assuma que o que é
registrado pelo banco está correto. Os erros foram cometidos ao passar as entradas do jornal
para o assistente principal.
Com tais informações solicita-se:
1) Faça a conciliação bancária pelos métodos de:
a) Saldos ajustado para quatro colunas.
b) Saldos Ajustado para duas colunas.
c) Saldos Fundar.
2) Faça as entradas de diário conforme apropriado.
BANCODELNORTE
EXTRATO DE CONTA PAG. 1
MÊS ANO OFI. CONTA
COMERCIAL EL MUNDO C.A
04 2014 220 220-00 06
Controlos em trânsito:
2235 Los Alpes C.A. 28-07-2014 1.500,
2360 El Cóndor Ca 28-08-2014 oo 5.640,oo
2368 Armazém Guárico 30-08-2014 8.300,o.
br 10.400,o.
2381 El Viento Ca 31-08-2014
2385 João Doe 31-08-2014 o 3.200, (29.040,oo)
oo
Depósitos em trânsito.
1830 31-08-2014 12.000,oo
1833 31-08-2014 10.000,o. 22.000,oo
br
Verifica:
2252 El Arrozal Ca 25-08-2014 5.000,oo
Notas de débito:
540 Cheque devolvido 30-08-2014 1.900,
oo
Notas de crédito:
692 Coleção Giro 31-08-2014 5.600,
699 Empréstimo bancário31-08-2014 oo 50.000,o. (55.600,oo)
o.
ERROS
Dos Livros:
Confira 2340 cadastrados incorretamente:
Quantidade correta 7.000,o.
Valor registrado. br 700,oo 6.300,o.
o
b) Do extrato bancário:
Solicita-se:
As contas a receber de vendas a crédito são comumente conhecidas como "contas a receber" ou
"recebíveis de clientes" e devem ser apresentadas na Demonstração da Posição Financeira
do grupo Ativo Circulante, exceto aquelas cujo vencimento é maior do que o ciclo normal de
operações da empresa, que, na maioria dos casos, é de doze meses. Nas sociedades cujo ciclo
normal de operações seja superior a um ano, podem ser incluídas no Ativo Circulante, mesmo
que seu vencimento seja superior a doze meses, desde que não ultrapassem esse ciclo normal
de operações, caso em que devem ser classificadas fora do Ativo Circulante, no grupo do Ativo
Não Circulante.
O ciclo normal da operação de uma entidade é o período entre a aquisição dos ativos que
entram no processo produtivo e sua realização em caixa ou equivalentes de caixa. Se o ciclo
normal da operação não for claramente identificável, presume-se que a sua duração é de doze
meses. Os ativos circulantes incluem ativos (como estoques e recebíveis comerciais) que são
vendidos, consumidos ou realizados, dentro do ciclo normal de transações, mesmo quando não
se espera que sejam realizados dentro de doze meses a partir da data do período de relatório..."
Quando o ciclo de operações de uma empresa é superior a um ano, e que, como mencionado
acima, esse fato permite apresentar algumas contas a receber com vencimento superior a doze
Esse tipo de contas a receber deve ser classificado na Demonstração da Posição Financeira no
grupo Ativo Circulante, desde que se espere que sejam recolhidas dentro do ciclo normal de
operações da companhia, que, como mencionado, geralmente é de doze meses.
De acordo com a natureza da operação que os origina, as contas a receber não provenientes de
vendas de bens ou serviços podem ser classificadas em dois grupos:
A origem dessas contas a receber é muito variada. Dentre eles, podemos citar os seguintes:
2) JUROS A RECEBER.
Refere-se a direitos a receber decorrentes de ter emprestado dinheiro a terceiros.
3) ALUGUEL A RECEBER.
Essas contas a receber aparecem quando uma empresa, envolvida em outras atividades
que não a locação de imóveis, aluga algum imóvel ou parte dele, e a taxa de locação é
recebida por períodos vencidos.
Quando for elaborada uma Demonstração de Posição Financeira e for observado que,
até essa data, a empresa já tenha acumulado algum valor para aquele conceito, ela deverá
ser registrada como Aluguel a Receber e a conta apresentada no Ativo Circulante.
No entanto, quando o objetivo natural da empresa é alugar imóveis, os valores que ela
recebe por esse conceito constituem sua receita ordinária com a venda de um serviço.
Neste caso, os aluguéis já acumulados, mas não recolhidos, serão registrados em Contas a
296 Central de Contadores
Contas a receber
Receber Comerciais.
Quaisquer royalties que a empresa tenha acumulado, mas ainda não tenham recolhido,
devem ser registrados nesta conta.
9) CONTAS A RECEBER AOS ACIONISTAS.
Qualquer dívida que os accionistas tenham contraído com a empresa por outros valores que
não o que ainda devem do capital que subscreveram é registada nesta conta.
10) DIVIDENDOS PASSIVOS A RECEBER.
Quando uma sociedade anônima é constituída, os sócios ou acionistas "subscrevem o
capital". Ou seja, comprometem-se a contribuir com uma certa quantidade de recursos. A lei
permite que esses recursos sejam pagos ou entregues à empresa em partes, desde que a
primeira entrega não seja inferior a 20% do compromisso total.
A parte do capital que os acionistas devem à empresa, deve ser paga como eles decidirem.
Quando os acionistas decidem pagar à empresa uma parte adicional do capital que lhe
devem, diz-se que a empresa decretou a cobrança de um dividendo passivo. Essa conta
deve ser classificada no Ativo Circulante, caso o prazo para cobrá-la não ultrapasse o
Central de Contadores 297
Contabilidade
Financeira
ciclo normal das operações. Caso contrário, deverá ser apresentado no Ativo Não
Circulante.
Quando isso ocorre, a empresa investidora tem o direito de receber a parte dos lucros que
lhe correspondem, os quais, enquanto não tiverem sido recolhidos, tal fato deverá ser
registrado na conta de Dividendos a Receber.
Consideram-se também empresas coligadas aquelas que, não tendo interesses patrimoniais,
são administradas pelas mesmas pessoas, ou quando não, algumas empresas dependem
totalmente de outras para obter materiais e insumos para operar.
Atendidas essas condições, as contas a receber que uma empresa coligada possui sobre
outras, e que serão recolhidas no curso do ciclo normal de operações, devem ser
apresentadas na Demonstração da Posição Financeira, segregada das contas a receber
comerciais, dentro do Ativo Circulante, fazendo parte do grupo Contas a Receber de
Empresas Relacionadas.
1) RECLAMAÇÕES A FORNECEDORES.
Refere-se aos casos em que, após ter efetuado uma compra de mercadoria e ter pago por
ela, essa mercadoria estava com defeito ou chegou com falta, e o fornecedor atenderá ao
sinistro substituindo a mercadoria que estava faltando ou que chegou com defeitos.
2) ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES.
Em algumas ocasiões, uma empresa está precisando fazer um adiantamento por conta para
garantir o fornecimento da mercadoria ou a prestação do serviço. Esta empresa, portanto,
tem um direito que será cobrado no momento em que a mercadoria ou serviço que você
comprou é recebido.
Queríamos comentar nesta introdução sobre as contas a receber mais comuns, além das contas
a receber comerciais. Voltaremos a elas à medida que chegarmos às questões relacionadas às
transações que lhes dão origem. Por enquanto, continuaremos tratando apenas de contas a
receber comerciais.
Isso implica que as contas a receber são apenas um elemento de todo o ciclo de transações
chamado ciclo de receita, no qual as transações de:
a) Venda
b) Despachar
c) Faturamento
d) Crédito e Cobrança
e) Contas a receber
f) Caixa
Por isso, recomenda-se que, quando o controle interno for implementado, ele seja feito não
apenas para controlar questões relacionadas ao contas a receber, mas, simultaneamente, o
restante das operações mencionadas também seja resguardado.
Sugerimos abaixo algumas medidas de controle interno que devem ser implementadas em torno
do ciclo de receita:
c) Em relação ao faturamento:
2) Devem ser efectuados os controlos necessários para garantir que todas as notas de
desalfandegamento de mercadorias sejam facturadas.
4) Uma vez preparada a nota fiscal, ela será verificada em termos de preço, precisão
aritmética, abatimentos, impostos, etc.
Quando as notas de crédito de devolução são emitidas, elas devem ser apoiadas por um
relatório de recebimento da mercadoria devolvida e aprovadas por um oficial responsável.
4) As faturas devem ser classificadas pela sua idade e periodicamente revistas por um
funcionário responsável.
Isso significa que a avaliação inicial do contas a receber deve ser feita pelo valor justo, incluindo
os custos adicionais inerentes à transação. É claro que esse valor justo deve ser equivalente ao
valor dos bens ou serviços que foram entregues ou fornecidos em troca.
Reforçando este facto, a IAS 18.9, referente às receitas de uma empresa, prevê que estas devem
ser reconhecidas com base no justo valor da rubrica recebida ou a receber, que é geralmente
representada por numerário ou outros meios equivalentes, tais como facturas, letras de câmbio,
etc.
O exposto nos leva a concluir que as contas a receber que não incluam quaisquer juros
previamente acordados, serão registradas pelo valor que consta nas faturas correspondentes,
que é o valor nominal dessas contas a receber.
Exemplo:
No dia 01-11-2012, a empresa TÍPICA C.A. vendia mercadorias para Bs. 50.000,oo mais Bs.
1.000,oo por transporte e presume-se que o IVA é de 10%. A nota fiscal de 2030 foi emitida
concedendo um prazo de 150 dias (5 meses) para pagamento. A empresa encerra suas
operações em 31 de dezembro de cada ano.
Como se vê, como o prazo do crédito concedido é de curto prazo e não possui juros
embutidos, o recebível gerado nessa operação foi valorizado e registrado pelo valor
apresentado na fatura.
Quando essa entrada é passada para o atacado, a conta de Recebíveis Comerciais seria a
seguinte:
CONTAS A RECEBER
DEVER TER
56.100,o.br
pagar ou receber (por exemplo, imparidade líquida, a menos que o acordo seja, na verdade,
uma operação de financiamento..."
Além disso, quando o valor do crédito concedido pela empresa inclui um valor de juros, diz-se que
uma transação financeira está sendo realizada. Se for esse o caso, e em especial se o efeito dos
juros cobrados sobre a operação for considerado significativo, o justo valor do crédito deve ser
igual ao valor actualizado de todos os créditos futuros utilizando o método dos juros efectivos.
Vejamos abaixo como é feita a avaliação inicial e posterior do contas a receber de longo prazo.
"... Uma operação de financiamento pode ocorrer em conexão com a venda de bens ou
serviços, por exemplo, se o pagamento for diferido além das condições comerciais normais
(ou seja, além do ciclo normal de operações) ou for financiado a uma taxa de juros que não
seja uma taxa de mercado.
Como mencionado acima, quando o prazo do crédito dado em uma conta a receber gerada
por uma operação de venda ultrapassa o ciclo normal da transação e/ou o efeito da alocação
de juros é considerado significativo, a mensuração inicial e o registro desse recebível devem
ser feitos pelo seu valor atualizado ou valor presente, utilizando o método dos juros
efetivos. Nos casos em que a taxa de juro efectiva não esteja claramente estabelecida, a taxa
aplicada no mercado pode ser utilizada para essas operações.
Exemplo:
Em 01-11-2012 a empresa TÍPICA C.A. Vendido mercadoria por Bs. 50.000,o.o. mais
Bs. 1.000,oo por transporte e é assumido um IVA 10%. Exibido A fatura 2030
concedendo um prazo de 3 anos para cancelamento, em três parcelas de Bs. 25.000,OO cada
que seriam pagos em 31-10-2013, 31-10-2014 e 31-10-2015. A empresa encerra seu exercício
contábil em 31 de dezembro de cada ano.
É necessário:
304 Central de Contadores
Contas a receber
1) Sabendo que a taxa de juros efetiva foi de 16,051364%, elabore a tabela de amortização do
valor descontado da conta a receber, ao final de cada período contábil.
2) Faça os lançamentos correspondentes, desde a venda até o recolhimento da última parcela.
3) Exibir o valor das contas a receber no final de cada exercício contábil.
Vamos lá:
Essa operação é uma venda de crédito em que o prazo a pagar vai além do ciclo normal de
operações, que é considerado como uma operação de financiamento. Nesses casos, para
determinar os valores a serem registrados, devemos nos basear no disposto no parágrafo 11.13
do VEN-NIF PYME:
"Uma operação de financiamento pode ter lugar em ligação com a venda de bens ou serviços, por
exemplo, se o pagamento for diferido para além das condições comerciais normais ou for
financiado a uma taxa de juro que não seja uma taxa de mercado. Se o acordo constituir uma
operação de financiamento, a entidade deve medir o ativo financeiro ou o passivo financeiro pelo
valor presente dos pagamentos futuros descontados a uma taxa de juro de mercado para um
instrumento de dívida semelhante."
E acrescenta:
"Para um empréstimo de longo prazo a outra entidade, uma conta a receber é reconhecida pelo
valor presente do caixa a receber (incluindo pagamentos de juros e reembolso do principal)
dessa entidade."
Em síntese, o acima exposto significa que, quando o prazo do crédito dado exceder o ciclo normal
das operações, a avaliação inicial da venda deve ser mensurada pelo valor presente das
cobranças futuras descontadas.
Primeiro, vamos registrar o funcionamento da venda. Para isso, vamos calcular o valor da fatura
que, como você pode ver, é o mesmo do caso anterior.
No nosso caso: