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Universidade Federal Do Sul e Sudeste Do Pará

Campus I

Palavras chaves;

Texto dissertativo Solicitado Pelo


Prof. Dr. Rogerio Rego Miranda
Apresentado como Critério Avaliativo Da
Disciplina;
Do Curso de Licenciatura em Geografia
Data da entrega;
Turma LGF 2022.2

Dionni Freitas Furtado


Matricula 202140206033

Marabá – PA
2022
Introdução
Diante de tudo que nos foi apresentado nas aulas ministradas pelo
professor e também pelos textos bases, busquei informar qual a visão os
autores e geógrafos, tem para as diferenças e similaridades entre ciência e
filosofia, como também a relação que a categorias fenomenológicas,
hipotético-dedutiva relacionasse com as correntes filosóficas, idealismo,
racionalismo e realismo e por fim como os conceitos e as categorias
relacionasse com a geografia.
Desenvolvimento

Iniciarei o texto na tentativa de explicar, quias são as principais


diferenças entre a filosofia e as ciências. (Lefebvre, 1992) “afirmou que a
Filosofia, ao tentar abordar “tudo”, o homem e o mundo, ela se tornou uma
crítica “improfícua” do real, pois o discurso possui pouca aderência dos
homens imersos no cotidiano”. Um exemplo disso seria o conceito de
beleza ou felicidade, como é possível medir algo que é tão particular para
cada indivíduo, devido a isso a filosofia estudar coisas abstratas, ela
provavelmente nunca chegará a uma resposta totalmente conclusiva, e
sempre representará uma crítica fracassada do real”. Na sequência o
próprio Lefebvre afirma que contrário à filosofia, a Ciência busca,
(LEFEBVRE, 1991, p.27-28). “Como a Filosofia não consegue dar conta
de tudo, a realidade que ela deixa para fora de si é de ocupação das
Ciências e, mesmo que de modo fragmentado, ela atinge a realidade dos
homens imersos no cotidiano de forma mais direta e efetiva, como pela
utilização cotidiana dos inúmeros desenvolvimentos tecnológicos”.
Diferentemente de “Lefebvre 1992”, Já Deleuze (1992) “afirmou que os
conceitos filosóficos são mais próximos da realidade porque são forjados
na cotidianidade significativa de ideias e de ideologias dos homens. Em
outro sentido, os conceitos científicos funcionam como descrições lógicas
do estado das coisas, são proposicionais, ou seja, eles são hipotéticos e
acerca das coisas, distantes da realidade subjetiva da cotidianidade dos
homens”. Com isso Bernardes, (2018) “concluiu que, assim como o
afastamento da filosofia e da ciência se deu por motivo do “homem” sua
reaproximação também se dará por causa do próprio homem, suas buscas
por explicações do cotidiano”. Particularmente eu gosto da definição que o
professor de filosofia, ALFREDO, Carneiro (2010) “Apesar da ciência ter
herdado a argumentação racional que surgiu com os primeiros filósofos, a
diferença entre ciência e filosofia reside no fato da ciência estar
comprometida com demonstrações empíricas, enquanto que a filosofia se
permite trabalhar com conceitos que estão além de qualquer demonstração
física”.
Agora falaremos sobre a ciência e seus métodos, logo na introdução
Eliseu Savério, nos mostra uma definição para ele o que seria o método
cientifico, (SPOSITO, 2004, p. 23) “o método passa a ser abordado como
um instrumento intelectual e racional que possibilita a apreensão da
realidade objetiva pelo investigador, quando este pretende fazer uma leitura
dessa realidade e estabelece verdades cientificas para a sua interpretação”.
Assim considerando, o método não se confunde com as disciplinas que
foram resultado de fragmentação da ciência, desde o renascimento, mesmo
que, com esse desdobramento, o conhecimento cientifico tenha mostrado
importantes avanços para a compreensão e explicação do mundo. Assim
como o nome já informa, o método cientifico se vale-se de alguns métodos
que seriam;

 Método indutivo; quando definimos uma lei a parti de


observações feitos, por um determinado fenômeno.
 Método dedutivo; método que utiliza de raciocínios lógicos
para se chegar a uma conclusão.
 Método hipotético-dedutivo; quando aparecem um conjunto de
informações, e mesmo assim, não é possível chega-se a uma
conclusão satisfatória do problema, com isso o pesquisador
inicia a formulação de deduções para se chegar ao resultado.
 Método dialético; e a chamada crítica da crítica.
 Método comparativo; onde a analise e feita por meio de dois
ou mais fenômenos estudados.
 Método experimental; submete o objeto de estudo a influência
de variáveis controladas, afim de observar o impacto dessas
variáveis no objeto estudado.
Em seguida iniciarei mostrando a relação dos métodos científicos
com as correntes filosóficas.
Bernardes, (2018) “O método hipotético-dedutivo pode ser entendido
como aquele que busca desenvolver o entendimento a partir da formulação
de hipóteses e seus resultados podem ser deduzidos para se fazer previsões.
Devido sua forte ligação com o Racionalismo e sua razão indubitável, o
objeto de estudo só seria considerado valido depois de passar por
experimentações e analises de resultados, até o ponto de não ser mais
irrefutável, e ser considerada uma teoria cientifica, aceita pela academia”.
Já o método fenomenológico-hermenêutico segundo Bernardes,
(2018) “Possui suas bases nas proposituras de Husserl que como uma
tentativa de estabelecer um método que fundamentasse as Ciências e que
constituísse a Filosofia como uma ciência rigorosa. Trata-se de um método
que propõe descrever o processo do conhecer enquanto tal. Busca-se
examinar todos os conteúdos da consciência, mas, ao invés de qualifica-los,
há a preocupação de entender como eles ocorrem, ou seja, o fenômeno e a
intencionalidade da consciência”. Com isso em mente podemos notar que o
método fenomenológico-hermenêutico, associa-se com o idealismo sendo o
sujeito e a sua consciência o ponta pé inicial das pesquisas do objeto.
Já para o filosofo Jean-Paul Charles Aymard Sartre “o materialismo
histórico dialético é considerada quando entendemos que a história só pode
ser presente pela objetivação do trabalho e dos modos de produção
pretéritos na matéria, que é o fundamento em perpétua fundamentação da
história dos homens, ou seja, matéria, trabalho, modos de produção e a
história se relacionam mutuamente havendo a interpenetração dos
contraditórios”. “A superação ou transformação da quantidade em
qualidade ocorre, por exemplo, quando houve as revoluções técnicas dos
modos de produção que caracterizaram certos períodos da história”.
(SARTRE, 2002)

E por fim as diferenças entre conceito e categoria, segundo (SILVA,


Armando, 1986) “A categoria define o modo de ser, enquanto o conceito
define a ideia ou conjunto de ideias a respeito de alguma coisa ou
fenômeno. O conceito e uma representação do objeto pelo pensamento, por
suas características gerais”. Ainda segundo” (SILVA, Armando, 1986) “A
categoria, como um concreto-ontológico, sempre deve dar conta do real,
seja como um universal, um particular ou um singular”.

Referencias bibliagraficas.
BERNARDES, Antônio. Os métodos e as ciências. Revista
Formação (Presidente Prudente), v. 25, p. 3-33, 2018.
SPOSITO, Eliseu Savério. Geografia e filosofia: contribuição para
o ensino do pensamento geográfico. São Paulo: Editora Unesp, 2004., p.23-
72.
SILVA, Armando Corrêa da. As Categorias como Fundamentos do
Conhecimento Geográfico. In: SANTOS, Milton e SOUZA, Maria Adélia.
A. (Orgs.). Espaço Interdisciplinar. São Paulo: Nobel, 1986.

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