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Observa-se a partir da Eq. (4.58) que Kv aumenta à medida que os polos de malha fechada
se afastam da origem. Existem relações similares para outros coeficientes de erro, e estas serão
exploradas nos problemas.
ou
(4.59)
(4.60)
Se a planta é de segunda ordem, como, por exemplo, um motor quando se leva em conta a indu-
tância, então a função de transferência da planta pode ser escrita como
(4.61)
3
O termo derivativo sozinho faz com que a função de transferência se torne imprópria e impraticável. No entanto, a
adição de um polo de alta frequência torna o termo próprio e somente altera ligeiramente o desempenho.
Capítulo 4 Uma Primeira Análise da Realimentação 161
(4.65)
A introdução do termo integral aumenta o tipo do sistema e, portanto, pode rejeitar totalmente
perturbações constantes. Por exemplo, considere o controle PI, no exemplo de controle de velo-
cidade, no qual a planta é descrita por
(4.66)
(4.67)
(4.68)
(4.71)
(4.72)
162 Sistemas de Controle
(4.74)
+
+ kI U+
R ⌺ kP +
s ⌺ G(s) Y
− −
kDs
(a)
+
+ kI U
R ⌺ kP +
s
+kDs
+
⌺ G(s) Y
Figure 4.8 Diagrama de blocos do −
controlador PID: (a) com o termo D
na realimentação; e (b) com o ter-
mo D na malha direta. (b)
4
Esses valores foram escalonados para medir o tempo em milisegundos, multiplicando os valores de La e Jm por 1.000.
Capítulo 4 Uma Primeira Análise da Realimentação 163
Solução. A Figura 4.9(a) ilustra os efeitos dos controladores P, PI e PID na resposta do siste-
ma a um distúrbio em degrau. Note que adicionando o termo integral, a oscilação aumenta, mas
elimina o erro em regime permanente, e a adição do termo derivativo reduz a oscilação enquan-
to o erro em regime permanente é mantido nulo. A Figura 4.9(b) ilustra os efeitos dos controla-
dores P, PI e PID na resposta do sistema a uma entrada de referência em degrau. A resposta ao
degrau pode ser computada representando o numerador e o denominador em vetores com seus
coeficientes (na ordem descendente das potências de s) e usando a função step no MATLAB®.
(4.79)
8 1,8
1,6
6 PID
P
1,4
4 PI
1,2
Amplitude
Amplitude
2 1,0
PI
0 0,8
0,6
−2 P
0,4
PID
−4
0,2
−6 0
0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6
Tempo (ms) Tempo (ms)
(a) (b)
Figura 4.9 Respostas considerando os controladores P, PI e PID a (a) entrada de distúrbio em degrau e (b) entrada de referência
em degrau.
164 Sistemas de Controle
Aplicando a Eq. (4.40), vemos que o sistema é do Tipo 0 e o erro em regime permanente para
uma entrada em degrau é ess = −B/Akph. Na seção anterior, este sistema foi visto como sendo
do Tipo 1 para entradas de referência e ilustra que o tipo do sistema pode ser diferente para
diferentes entradas. Entretanto, neste caso, o sistema é do Tipo 0 para entradas de referência.
(b) Se o controlador é PI, a função de transferência do erro de distúrbio é
(4.80)
n=1 (4.81)
(4.82)
(4.83)
Solução. (a) Analisando a Fig. 4.10(b), vemos que a planta tem dois polos na origem, por-
tanto, o sistema é do Tipo 2 em relação a entradas de referência. A função de transferência do
distúrbio para o erro é
5
Note que as funções de transferência destes controladores têm mais zeros que polos e, portanto, não são práticas.
Na prática, o termo derivativo deve possuir um polo de frequência muito alta, o qual foi omitido nestes exemplos, por
simplicidade.
Capítulo 4 Uma Primeira Análise da Realimentação 165
(a)
+
+ 1
R ⌺ kp + kDs
+
⌺ Js2
Y
+
−1,0
(b)
+
+ 1
R ⌺ kp + kI + kDs ⌺ Y
s + Js2
+
−1,0
(c)
(4.84)
= To,w(s) (4.85)
na qual n = 0 e Ko,w = kp. O sistema é do Tipo 0 e o erro a um distúrbio em degrau é 1/kp.
(b) Para o controle PID, o ganho de malha direta tem três polos na origem, então o sistema
é do Tipo 3 para entradas de referência, mas a função de transferência do distúrbio é
(4.86)
n = 1, (4.87)
(4.88)
da qual temos que o sistema é do Tipo 1 e a constante de erro é kI, então o erro a um distúrbio
em rampa terá uma inclinação de 1/kI.
A
τ
A
t
L = td τ
Atraso
maneiras de tornar este procedimento mais sistemático. Callender e outros (1936) propuseram
um método de projeto de controladores PID, especificando valores satisfatórios para os parâme-
tros do controlador com base nas estimativas dos parâmetros da planta, os quais um engenheiro
pode obter a partir de experimentos no próprio processo.
Esta abordagem foi estendida por J. G. Ziegler e N. B. Nichols (1942, 1943), que obser-
varam que as respostas ao degrau de um grande número de sistemas de controle apresentam
uma curva de reação do processo, como mostrado na Fig.4.11, que pode ser gerada a partir
Função de
transferência para um
dos dados experimentais. A curva em forma de S é característica de muitos sistemas e pode ser
sistema de alta ordem aproximada pela resposta ao degrau de um planta com função de transferência
com uma curva de
reação característica (4.89)
do processo
que representa um sistema de primeira ordem com retardo no tempo ou “atraso de transporte”
de td s. As constantes na Eq. (4.89) podem ser determinadas a partir da resposta do processo
ao degrau unitário. Se uma reta tangente é traçada no ponto de inflexão da curva de reação do
processo, então a inclinação da reta será R = A/τ, a interseção da reta tangente com o eixo do
tempo identifica o retardo no tempo L = td e o valor final da curva fornece o valor de A.6
Ziegler e Nichols propuseram dois métodos de sintonia para o controlador PID. No primei-
ro, a escolha dos parâmetros do controlador resulta em uma resposta ao degrau em malha fecha-
da com taxa de decaimento de aproximadamente 0,25. Isso significa que o transiente decai para
Sintonia com taxa de
decaimento de 0,25
um quarto de seu valor depois de um período de oscilação, como mostrado na Fig. 4.12. Um
y(t)
1 Período
0,25
6
K. J. Astrom e outros indicaram que a constante de tempo, τ, também pode ser estimada a partir da curva e alegaram
que um ajuste mais eficiente pode ser feito incluindo este parâmetro.
Capítulo 4 Uma Primeira Análise da Realimentação 167
quarto de decaimento corresponde a ζ = 0,21, um tanto quanto baixo para muitas aplicações,
mas visto como um compromisso razoável entre a resposta rápida e as margens de estabilidade
para os processos de controle considerados. Os autores simularam as equações para o sistema
em um computador analógico e ajustaram os parâmetros do controlador até que os transientes
decaíssem em 25% em um período. Os parâmetros do regulador sugeridos por Ziegler e Nichols
são definidos para o controlador
(4.90)
PI
PID
y(t)
Pu
Figura 4.14 Sistema neutramente estável.
168 Sistemas de Controle
PIB
Solução. A partir da curva de reação do processo, podemos medir a inclinação máxima como
R 1/90 e o retardo no tempo como L 13 s. De acordo com as regras de Zeigler-Nichols na
Tabela 4.2, os parâmetros são
A Fig. 4.16(a) apresenta as respostas do sistema em malha fechada destes dois reguladores.
Note que o regulador proporcional resulta em um erro em regime permanente, enquanto o regu-
lador PI rastreia exatamente a entrada em regime permanente. Ambos os reguladores resultam
em oscilações com sobressinal considerável. Se reduzirmos arbitrariamente o ganho kp por
um fator de 2 em cada caso, o sobressinal e a oscilação são substancialmente reduzidos, como
mostrado na Figura 4.16(b).
1,2
1,0
0,8
y 0,6
0,4
0,2
0
Figura 4.15 Curva de reação medida de um 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0
processo. Tempo (s)
Capítulo 4 Uma Primeira Análise da Realimentação 169
1,8 1,8
1,6 1,6
1,4 1,4
PI PI
1,2 1,2
1,0 1,0
y y
0,8 0,8
Proporcional
0,6 0,6
Proporcional
0,4 0,4
0,2 0,2
0 0
0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0
Tempo (s) Tempo (s)
(a) (b)
As respostas ao degrau do sistema em malha fechada são mostradas na Fig. 4.18(a). Note que as
respostas são similares àquelas no Exemplo 4.9. Se reduzirmos kp em 50%, então o sobressinal
é substancialmente reduzido, como mostrado na Fig. 4.18(b).
0,010
0,008
0,006
Resposta ao impulso
0,004
0,002
0,00
−0,002
−0,004
−0,006
−0,008
−0,010
0 20 40 60 80 100 120 Figura 4.17 Período crítico de um trocador
Tempo (s) de calor.
170 Sistemas de Controle
1,8 1,8
1,6 1,6
1,4 1,4
PI
1,2 1,2
PI
1,0 1,0
y y
0,8 0,8
Proporcional Proporcional
0,6 0,6
0,4 0,4
0,2 0,2
0 0
0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 0,0 100,0 200,0 300,0 400,0
Tempo (s) Tempo (s)
(a) (b)
7
Um controlador que opera sinais que são amostrados, mas não quantizados, é chamado de controlador discreto; um
controlador que opera sinais que são amostrados e quantizados é chamado de digital.
8
“Conversor Analógico-Digital”.
9
“Conversor Digital-Analógico”.