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LABORATÓRIO QUÍMICO
Revisão junho/2006
PREFÁCIO
Autores:
Elâine Arantes Jardim Martins
Elizabeth Sonoda Keiko Dantas
Hélio Akira Furusawa
Marycel Elena Barboza Cotrim
Capítulo I
INTRODUÇÃO
COMPROMISSO
RESPONSABILIDADE
3
Em última instância, o gerador individual dos resíduos com seu conhecimento
profissional, responsabilidade e compromisso será o responsável por cumprir
essas práticas para manter o laboratório e, conseqüentemente, a Instituição como
um lugar limpo e seguro. Porém, cabem ao gerente, líderes de grupos e
pesquisadores a responsabilidade de incentivar constantemente o pessoal técnico
quanto à atenção às normas de segurança e não permitir que o operador execute
qualquer atividade da qual não tenha sido treinado. Em ambiente de um instituto
de pesquisas, em função do dinamismo inerente às muitas atividades realizadas, a
atenção deve ser redobrada.
A legislação brasileira pode não ser completa, mas apresenta algumas referências
que devem ser observadas com atenção, por exemplo:
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FEDERAL
• Leis
• Decretos-Lei
• Decretos
• Portarias
• Resoluções
• Instruções Normativas/Serviços
• Normas Técnicas
ESTADUAL
• Leis
• Decretos
• Portarias
• Resoluções
• Normas CETESB
• Instruções
Municipal
• Leis
• Decretos
• Portarias
A seguir são listadas algumas fontes de informações que deverão ser consultadas
para que se tenha suporte para o início de um programa de gerenciamento de
resíduos.
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Informação Fonte Como/Onde
Saúde ocupacional •Ministério do Trabalho •www.mte.gov.br
•Ministério da Agricultura, Programa •www.agricultura.gov.br
AGROFIT,
•Ministério da Saúde •www.saude.gov.br
•Ministério do Meio Ambiente •www.mma.gov.br
•FUNDACENTRO •www.fundacentro.gov.br
•SINQUISP •www.sinquisp.org.br
•OSHA •www.osha.gov
•NIOSH •www.cdc.gov/niosh
Inventário das •ABIQUIM •www.abiquim.org.br
substâncias químicas •ANVISA •www.anvisa.gov.br
•Ministério da Agricultura, Programa •www.agricultura.gov.br
AGROFIT
Resíduos químicos •ABIQUIM •www.abiquim.org.br
•CONAMA •www.mma.gov.br/port/conama/index.cfm
Registro de pesticidas •ANVISA •www.anvisa.gov.br
Fichas de informação •CETESB •www.cetesb.sp.gov.br
de segurança sobre •JTBaker •www.jtbaker.com
produtos químicos •Merck •chemdat.merck.de/mda/br/msds/index.html,
chemdat.merck.de/mda/br/safety/index.html
•SUCEN •www.sucen.sp.gov.br
Normas •ABNT •www.abnt.org.br
Capítulo II
Em parte, esta geração não pode ser evitada, entretanto, aplicando-se conceitos
simples e operações que eventualmente são complexas, pode ser minimizada.
Perigo
Característica intrínseca de uma substância, condição ou atividade
com o potencial de causar efeitos adversos
à saúde de seres vivos, à propriedade ou ao meio ambiente.
Risco
É resultado da interação entre a probabilidade de ocorrer efeito
adverso à saúde de seres vivos e ao meio ambiente devido ao
perigo de uma substância e a conseqüência de um perigo.
A redução pode ser obtida com a aplicação dos princípios de tecnologias limpas,
ou seja, metodologias que utilizem reagentes de menor impacto ao meio ambiente
8
ou que utilizem menor quantidade de reagentes, gerando menor quantidade de
resíduo.
Todo resíduo deve ser segregado até o momento de sua destinação final.
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CAPÍTULO III
DEFINIÇÕES
RESÍDUOS
No escopo deste manual, é considerado como resíduo tudo que deverá ser
descartado durante ou ao final de uma atividade no laboratório, efluentes oriundos
de análises ou lavagem de vidraria que não podem ser descartados na rede
pública, reagentes com data de validade expirada, materiais e embalagens que
não podem ser reutilizados ou reciclados.
Segundo a ABNT (NBR 10004), resíduos sólidos são “Resíduos nos estados
sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem:
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.
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Os resíduos podem ser divididos em perigosos, não perigosos e desconhecidos, o
último é o que traz maior problema na manipulação e eliminação.
IDENTIFICAÇÃO
Sempre dê preferência ao rótulo original. Mesmo que muito antigo, pode ser uma
informação muito importante já que muitas substâncias se alteram
(decomposição, modificação, reatividade) intensificando ou amenizando com o
tempo.
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caracterizar um resíduo e devem, de preferência, estar prontamente disponíveis
no caso de emergência.
Nome comum, científico, comercial, Degradabilidade
tradicional, sinônimo,
Número ONU Toxicidade
Rótulo de risco Limite de percepção olfativa
Número de risco Potencial de concentração na cadeia
alimentar
Classe/subclasse Padrão de potabilidade
Aparência Limite de tolerância
Fórmula molecular Limite de exposição TLV TWA
Média ponderada pelo tempo
Família química Limite de exposição TLV STEL
Exposição de curta duração
Fabricantes Limite de exposição TLV-C
Valor teto
Medida de segurança preventiva Toxicidade a organismos aquáticos
imediata
Equipamentos de proteção individual Toxicidade a outros organismos
Comportamento do produto ao fogo CL50
Produtos de reação DL50
Agentes de extinção que NÃO podem CLLo
ser utilizados
Limite de inflamabilidade ao ar MEC50
Ponto de fulgor EC50
Temperatura de ignição DI50
Taxa de queima RM
Taxa de evaporação CE50
Ponto de ebulição LTox
Ponto de fusão TLm
Pressão crítica IDLH/IPVS
Densidade relativa ao vapor
Densidade relativa líqüido/sólido
Pressão de vapor OBSERVAÇÕES
Calor latente de vaporização
Calor de combustão As abreviações e definições podem e
Viscosidade devem ser consultadas em textos
Solubilidade em água técnico/científicos, FISPQ e tabelas de
pH orientação.
Reatividade com água
Reatividade com materiais comuns Esta publicação é um guia de referência.
Polimerização
Reatividade com produtos químicos
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As seguintes informações são utilizadas para a classificação da
substância/produto.
1 Explosivos
2 Emissão de gás devido à pressão ou à reação química (inflamáveis, não
inflamáveis e não tóxicos)
3 Líquidos inflamáveis (vapores) e gases ou líqüido sujeito à auto-
aquecimento
4 Sólidos inflamáveis ou sólidos sujeitos à combustão espontânea e/ou
quando expostas à água geram gases inflamáveis
5 Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos (favorece incêndio)
6 Substância tóxica (venenosa) e/ou infectante
7 Material radioativo
8 Corrosivo
9 Risco de violenta reação espontânea
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O diagrama de Hommel também é interessante como forma de comunicação
imediata.
Radioatividade
RESÍDUOS IGNITÁVEIS
Líquidos Inflamáveis
Acetato de etila/Acetato de metila Ciclohexano
Acetona 1,2 dicloroetano
Álcool etílico Éter de petróleo
Álcool isopropílico Éter etílico
Álcool metílico Hexano
Benzeno Trietilamina
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Produtos químicos perigosos sensíveis à luz e fricção
Perclorato de prata H2O2 concentrada
Peróxido de benzoila Peróxido de sódio
Produtos Pirofóricos
Butil lítio Potássio
Cloreto de dietil alumínio Sódio
Dietil zinco Trietil alumínio
Hidreto de alumínio lítio Triisobutil alumínio/Tripropil alumínio
RESÍDUO CORROSIVO
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Substâncias Corrosivas
Ácido bromídrico Ácido iodídrico
Ácido sulfúrico Fenol
Ácido cloroacético Ácido nítrico
Bromo Hidróxido de sódio
Ácido fluorídrico Hidróxido de potássio
Água régia Ácido perclórico concentrado
Ácido fórmico Oxicloreto de fósforo
Cloreto de estanho Ácido clorídrico concentrado
Ácido acético glacial Solução sulfocrômica
RESÍDUO REATIVO
RESÍDUO TÓXICO
Substâncias Tóxicas
Acido cianídrico Fenol
Ácido fluorídrico Flúor
Ácido fórmico Formaldeído
Ácido oxálico Hidrocarbonetos
Anidrido ftálico Polihalogenados
Anilina Iodo
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Benzeno Iodometano
Bromo Isocianatos (TDI)
Cianeto de Potássio Mercúrio
Cloro Nitrobenzeno
Cloronitrobenzeno Piridina
Etanolamina Toluidina
Triclorofenol Vapores nitrosos
Metais tóxicos
LISTA DE RESÍDUOS
Com base nas informações obtidas nas FISPQ, catalogue todos os resíduos
gerados no laboratório, para permitir uma apropriada segregação e posterior
disposição dos mesmos.
Os Resíduos não Perigosos são obtidos por exclusão dos perigosos, ou seja, em
geral não possuem odor, solúveis em água, pouco reativos e não causam danos
ao ser humano e ao meio ambiente.
Para melhor classificar os resíduos:
1. Verifique as FISPQ, rótulos, manuais, índice Merck, etc. de que
efetivamente se trata de um resíduo NÃO PERIGOSO.
2. Sólidos sem odor forte podem ser jogados no lixo comum (tenha certeza de
que não é perigoso)
3. Líquidos solúveis em água, sem odor forte, podem ser jogados na rede de
esgoto (desde que a legislação ambiental vigente permita – Artigo 19A, Lei
estadual 997/76, Decreto 8468/76)
4. Sólidos ou líquidos, com odor forte, ou líquidos insolúveis, devem ser
descartados apropriadamente.
RESÍDUOS DESCONHECIDOS
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4. Faça perguntas aos colegas de laboratório a respeito do resíduo. Caso não
seja possível identificá-lo, é necessária a determinação das propriedades
físicas para um descarte adequado.
o pH
o Ponto de fulgor
o Reatividade com água (em escala mínima)
o Massa específica
o Inflamabilidade (em escala mínima)
o Solubilidade em água
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Resíduos sólidos não Utilizar a técnica de Fluorescência de raios – X
identificados
19
Identificação de Resíduos Desconhecidos Não Contemplados Pela NBR 10004
CN- S2-
L inflamável
< 2,5 (+)
(-) (-)
Teste Teste p/ Teste p/
2,5<pH<10 > 10 p/ CN
- L ou S *
pH L sulfeto oxidantes
> 10 L ou S
sim
L inflamável - halogenado
(+)
S PF > 1,0
o o
não Teste p/ (-) Teste p/ Solubilidade (-) Densidade Teste p/
< 93 C pH 2,5<pH<10
u oxidantes peróxidos em água em água halogênio
L
(+) (+) (+) < 1,0 (-)
sim
oxidante peróxido L ou
Reage c/ água
INCOMPATIBILIDADE
22
Os resíduos ignitáveis e reativos que contém agentes oxidantes são considerados
os mais perigosos pois, durante uma reação química podem provocar formação de
fogo aumentando o risco de explosão.
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• As soluções devem ser descartadas em água corrente e necessariamente
neutralizadas previamente. CUIDADO: Soluções concentradas geram
grande quantidade de calor.
• Caso não exista interligação com Estação de Tratamento de Efluente o
descarte deve obedecer à legislação ambiental vigente, vide Tabela 2. No
caso de instalações na região metropolitana de São Paulo, deve ser
obedecido para parâmetros de descarte o Artigo 19A, Lei estadual 997/76,
Decreto 8468/76.
24
• Sempre que possível neutralizar previamente o resíduo a ser descartado.
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TABELA 2. Relação dos procedimentos básicos utilizados para tratamento e disposição de substâncias químicas levantadas
(inflamáveis -i, corrosivas -c, oxidantes-O; reativas-R; tóxicas – T; radioativas - rad. )
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Sais de chumbo t a) Para 40 mL de solução contendo no máximo 1000 mg.L-1 do metal: 1 g de resina Amberlite IR 120
CAS Nitrato 10099-74-8 ou Dowex 50x8 – 100. Misturar por 24 horas, filtrar. O resíduo deve ser encaminhado a um aterro
Acetato 546-67-8 industrial [b]
Sais de mercúrio t a) Soluções 1 g L-1 – ajustar pH para 10 com NaOH 10%, adicionar solução de Na2S 20% em
CAS Nitrato 14836-60-3 excesso até precipitar, filtrar, descartar o filtrado na rede de esgoto com volume 50 vezes maior de
água . Encaminhar o resíduo para um aterro industrial.
b) Para cada 200 mL de solução com até 1000 mg L-1 . adicionar 1 g de resina Amberlite IRA 120
ou Dowex 1X8- 100, misturar por 24 horas, filtrar e dispor o resíduo em aterro industrial[d].
Sais de urânio t, rad Misturar a solução contendo urânio com resina Amberlite IR 120 - 1 g de resina para cada 200 mL
Acetato de Uranila de solução 1000 mg.L-1 ou 1 g para l litro de solução 60 mg.L-1. Contatar por 24 horas ou 4 horas
CAS 541-09-3 respectivamente. Filtrar, descartar o filtrado na rede de esgoto e a resina complexada dispor como
resíduo radioativo [d].
Solução de cromo t Reduzir o Cr (VI) a Cr(III) adicionando solução de metabissulfito de sódio em meio ácido. Reduzir o
pH até 3-4 com solução de HCl Adicionar carbonato de cálcio ou cal virgem para auxiliar na
precipitação do cromo. Precipitar o cromo elevando o pH para 8-9. Deixar decantar por uma noite.
a) ASTM-Standard Guide for Disposal of Laboratory Chemicals and samples. D 4447-84;
b) ARMOUR, M.A. Hazardous laboratory chemical: disposal guide. Boca Raton: CRC Press, 1996;
c) International technical information institute Toxic and hazardous industrial chemicals safety manual Tokyo, 1977;
d) Lune, G.; Sansone, E.B. Destruction hazardous chemical in the laboratory. 2 ed. N.Y., John Wiley & Sons, 1994.
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ROTULAGEM, RECOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DOS RECIPIENTES
Etiqueta de identificação
ACONDICIONAMENTO E EMBALAGENS
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hidróxido de sódio
Soluções salinas (pH entre 6-8) E
Inorgânicos tóxicos (metais tóxicos ) F
Mercúrio e seus sais G
Sais metálicos regeneráveis – Coletor I H
Resíduos sólidos de orgânicos: sacos plásticos ou barricas I
originais
Sólidos inorgânicos K
Estocagem/Armazenamento
Para os resíduos Classe I, a NBR 12235 estabelece que “4.3.1. Um local a ser
utilizado para o armazenamento de resíduos deve ser tal que:”
• Acondicionamento de resíduos
• Características dos resíduos
• Critérios de localização
• Isolamento e sinalização
• Iluminação e força
• Comunicação
• Acessos
• Treinamento
• Manuseio
• Controle da poluição
• Armazenamento em contêineres e/ou tambores
31
Para os resíduos Classe II, a NBR 11174 estabelece que, “Na seleção do local de
armazenamento devem ser considerados os seguintes fatores:”
Uso do solo
Topografia
Geologia
Recursos Hídricos
Acesso
Área Disponível
Meteorologia
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• Falta de sistema de detecção de chamas e de amortecimento/acomodação
de explosões
http://200.136.89.251/default.html
33
Sim Não
Localização e Construção
1. A construção satisfaz os requisitos técnicos no que diz respeito à localização (ABNT)? Se
for não, em quais aspectos existem falhas?
2. O acesso ao local (entradas e saídas) satisfaz os requisitos técnicos?
3. Qual a capacidade nominal do local?
4. Em relação à construção, o local corresponde aos requisitos considerados (ABNT):
- Edificação?
- Pavimentação?
- Drenagem?
- Ventilação?
- Iluminação?
- Saídas de emergência?
- Pára-raios?
Se não, em quais aspectos existem falhas? Descrever.
5. O local contém sistema de diques de contenção com no mínimo 20 cm de altura?
6. O local possui sistema adicional para contenção de resíduos resultantes de incêndios?
Qual?
- Fosso para retenção?
- Parede externa para contenção?
- Sistema para contenção de gases?
- Outros? Descrever.
7. Se houver algum tipo de acomodação ou escritório na estrutura do local:
- Está adequadamente separado deste?
- Tem pelo menos uma saída que não passa pelo local de armazenamento?
Gerenciamento do Local de Armazenamento
8. Quais são as condições do local? Está:
- Bem sinalizado?
- Limpo?
- Isolado?
- Com disposição correta de produtos?(In)Compatibilidade.
- Com equipamentos de proteção (contra incêndio e individual)?
- Equipado com materiais absorventes e neutralizantes?
- Equipado com tambores para retirada de material descartado?
- Com telefones de emergência em local visível?
- Com fichas de emergência e segurança dos produtos armazenados?
9. Respeitando a altura máxima de empilhamento das embalagens?
10. Há uma estrutura gerencial definida, com responsabilidades claras das pessoas que estão
autorizadas a trabalhar no local?
11. Estas responsabilidades incluem:
- Recebimento e despacho de mercadorias?
- Higiene, saúde e segurança?
- Condições de armazenamento apropriadas?
- Sistema de segurança do local (contra assalto e incêndio criminoso)?
- Proteção ao meio ambiente?
- Procedimentos do plano de emergência?
- Requisitos quando forem realizados trabalhos secundários?
12. Precauções de segurança contra assalto e incêndio criminoso, incluem:
- Sistema de alarme?
- Janelas e portas protegidas?
- Vigilância durante 24 horas?
- Suficiente iluminação externa?
13. Todos os trabalhadores do local estão treinados com relação à:
- Conhecimento dos riscos à saúde dos diferentes produtos armazenados?
- Manuseio seguro e correto destes produtos?
- Procedimentos de emergência?
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14. As Fichas de Emergência e Segurança de Produtos estão completas e atualizadas?
15. Os registros de entrada e saída (estoque) de produtos estão atualizados? Este fato garante
saber quantidade e localização desses produtos a qualquer momento se for necessário?
Higiene e Segurança Pessoal
16. Os padrões de higiene e segurança pessoal são adequados?
17. São usadas roupas específicas para o trabalho realizado no local?
18. Quando necessário, são usados Equipamentos de Proteção Individual?
Descarte de Resíduos e Embalagens
19. Há um procedimento para o caso de derrame, vazamento ou escape de produtos?
20. Esse material resultante é absorvido e descartado adequadamente?
21. Há um procedimento de emergência no caso de intoxicações?
22. As embalagens vazias são armazenadas, descartadas ou destinadas adequadamente?
Incêndio
23. Existem sinais de "É Proibido Fumar" na área?
24. Os produtos são armazenados distantes de equipamentos que possam causar faísca e
conseqüentemente fogo?
25. O número de extintores de incêndio, hidrantes e geradores de espuma é suficiente no caso
de incêndio no depósito?
26. O local contém detectores de fumaça e incêndio (alarme)?
27. O alarme está ligado ao corpo de bombeiros?
28. Existe um plano de emergência?
29. Funcionários são treinados e praticam freqüentemente o plano de emergência?
30. Autoridades locais conhecem o sistema de segurança do local?
Fonte: Modificado de: ANDEF - Associação Nacional de Defesa Vegetal
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CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES BÁSICAS DOS PRINCIPAIS TERMOPLÁSTICOS
Temperatura
Aspecto Outras Aplicações Comportamento quanto à
Plástico de fusão
visual propriedades principais inflamabilidade
(oC)
tampas, vasilhames
PEAD incolor, opaco 130-135 alta rigidez e resistência
frascos em geral
queima lenta, chama amarela, com odor de vela
incolor,
alta flexibilidade e boa utensílios domésticos
PEBD translúcido a 109-125
resistência mecânica sacos, frascos flexíveis
queima lenta, chama amarela, com odor de vela
opaco
boa resistência a
pára-coques de carro
PP incolor, opaco 160-170 choques alta resistência
garrafas, pacotes
queima lenta, chama amarela, com odor de vela
química
grande rigidez; baixa utensílios domésticos
incolor, queima rápida, chama amarela/laranja, com odor
PS transparente
235 resistência a choques rígidos, brinquedos,
de estireno
ou riscos; transparência industria eletrônica
flexibilidade com adição
incolor, tubos rígidos água/esgoto queima difícil, com carbonização e chama
PVC transparente 273 de modificadores; alta
tubos flexíveis, cortinas amarelada com toques verdes
resistência à chama
incolor, alta resistência fibras têxteis, frascos de
queima razoavelmente rápida, com chama
PET transparente 250-270 mecânica e química, refrigerante, mantas de
amarela fuliginosa
opaco transparência e brilho impermeabilização
Um bom exemplo a ser seguido, como referência, é dado na tabela a seguir para o caso do armazenamento de
agrotóxicos (SUCEN, www.sucen.sp.gov.br/docs_tec/seguranca/cap23arm.pdf).
39
Normas para outros resíduos
O mesmo tratamento deve ser dado às embalagens plásticas que devem ser
descartadas na lixeira específica de plásticos após lavagem prévia de
descontaminação quando não represente riscos. As embalagens contaminadas
deverão ser separadas e descartadas junto aos resíduos sólidos.
Coleta seletiva
AZUL: papel/papelão
VERMELHO: plástico
VERDE: vidro
AMARELO: metal
PRETO: madeira
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• Papéis sem tratamento superficial como plastificação, metalização,
carbonatos, etc.
• Materiais e frascos de vidro devem ser lavados (descontaminar) antes do
descarte.
• Tampas e embalagens plásticas devem ser lavados (descontaminar) antes
do descarte.
Equipamento Característica
Avental Algodão,
Óculos Ampla visão, proteção UV, proteção
impacto, proteção facial,
Luvas Geral: látex, PVC, couro,
Calor: Kevlar®, Nomex®
Sapatos Couro com biqueira de aço,
antiderrapante, anti-estático
Máscara gases/partículas Partículas aéreas, gases
Inorgânicos, gases orgânicos,
respiração autônoma
Capacete Proteção impacto,
Dosímetro*
*O dosímetro não é um EPI, porém, no manuseio de substâncias radioativas ou
em atividades em áreas com material radioativo é importante o seu uso.
42
RESUMO DAS AÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS
ETAPA PREPARATÓRIA
1. Comunicação
a. Disseminar o Programa
b. Manter as informações atualizadas
c. Estabelecer uma via de comunicação entre as partes interessadas e
a Gerência do programa
2. Se existir passivo
a. Inventário
b. Foi caracterizado ?
i. Onde estão as informações ?
c. Há possibilidades de reuso e/ou reciclo desse passivo (total ou
parcial)
i. Estabelecer comunicação entre as unidades para verificar
possível uso desse passivo em outras atividades
d. Qual é a destinação final ?
i. É possível ?
ii. Há verba e procedimento adequado ?
iii. Há cronograma de ação para eliminação desse passivo ?
3. Legislação para destinação final do passivo
a. O órgão de controle ambiental competente (CETESB, vigilância
sanitária, ANVISA) deverá ser contatada;
b. Deverá ser verificada a necessidade do CADRI junto ao órgão de
controle ambiental;
c. Algumas empresas exigem informações sobre a natureza dos
resíduos já que a presença de substâncias cloradas, cianeto ou
geradores de cianeto, pesticidas, metais tóxicos determinam o
processo aplicável
43
4. Fontes geradoras de resíduos (ativos)
a. Muitas vezes é mais fácil e conveniente inventariar inicialmente o
estoque
b. As fontes geradoras devem ser identificadas,
i. Atividades rotineiras (pesquisa, prestação de serviços)
ii. Atividades esporádicas
iii. Quantidades e natureza dos resíduos gerados por período
c. Estabelecimento de um mapa das fontes geradoras para melhorar
gerenciar o Programa (otimização, racionalização, minimização)
5. Segregação dos resíduos
a. Classes
i. Menor número possível
ii. De acordo com características semelhantes (metais, resíduos
sólidos, solventes clorados e não-clorados, cianeto e
geradores de cianeto, por exemplo),
iii. Considerar as exigências do destinatário final dos resíduos.
1. Comunicação
a. Manter as informações atualizadas
b. Estabelecer uma via de comunicação entre as partes
interessadas e a Gerência do programa
c. Incentivo permanente por ações alinhadas
d. Apresentação de metas, estratégias e resultados
2. Minimizar a geração de resíduos
a. Reduzir a escala
b. Procedimentos mais recentes
c. Planejamento e otimização dos processos (ensaios, reações)
d. Estabelecer metas de redução de uso e geração de resíduos
3. Responsabilidade Objetiva
a. Apresentar e fundamentar
b. Conscientizar a idéia de que o gerador do resíduo (individual ou
institucional) é o responsável pelo seu tratamento
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c. Divulgar que nem sempre a centralização do tratamento é a
estratégia mais eficiente para o gerenciamento dos resíduos
4. Fichas de informações de produtos químicos, FISPQ
a. Estimular o uso das FISPQ
b. Obter informações básicas sobre propriedades, características e
comportamento das substâncias
c. Incentivar o conhecimento prévio das substâncias manipuladas
5. Identificação
a. Incentivar a obrigatoriedade da rotulagem
b. Características, prazo de validade, responsável
6. Minimização do perigo
a. Decomposição/destruição dos resíduos
b. Procedimentos eficazes e eficientes
c. Tradicionais e avançados
d. Pequena e grande escala
e. Baixo custo
7. Armazenamento
a. Temporário
b. Recolhimento adequado (forma, volume, compatibilidade)
c. Condições e locais adequados para o recolhimento e estocagem
8. Áreas críticas
a. Natureza, freqüência e quantidade das substâncias geradas
b. Atividade (laboratório, processo, unidade)
9. Gerenciamento
a. Estabelecimento de metas factíveis
b. Avaliações periódicas
c. Comunicação de resultados (participação e conscientização)
d. Reconhecimento de resultados e atuações positivas
45
LEMBRETES
46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
American Standard for testing and materials. Standard Guide for Disposal of
Laboratory Chemicals and samples. ASTM, 2003. (ASTM D 4447-84).
47
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB.
<www.cetesb.sp.gov.br>
• Manual de Gestão de Riscos Químicos
• Manual de Produtos Químicos Perigosos
• FISPQ
48
• Relações do Trabalho
VOGEL, A.I. Química analítica qualitativa. Editora Mestre Jou, 5ª. Edição, São
Paulo, 1981.
49
Anexo 1. Modelos de etiquetas para armazenamento de resíduos
50
51
52
CQMA CQMA
CQMA CQMA
CQMA
RESÍDUO RADIOATIVO
NÃO DESCARTAR NA PIA
Data:
Técnico:
Material:
Encaminhar: DSR- Rejeito CCN
53
RESIDUO PERIGOSO
54
Anexo 2. Legislação Ambiental Vigente para Descarte de Efluentes
Padrões Legais para Descarte de Efluentes Líquidos
Parâmetros Unidade Decreto Estadual Federal Decreto Estadual
8468/76Artigo 18 CONAMA 357/2005 Artigo 34 8468/76Artigo 19A
pH - 5,0 e 9,0 5,0 e 9,0 6,0 e 10,0
o
Temperatura C <40 <40(1) <40
Resíduos Sedimentáveis mL/L <=1,0 <=1,0 <=20
Óleos e Graxas mg/L 100,0 - 150,0
Óleos Minerais mg/L - 20,0 -
Óleos Vegetais e mg/L - 50,0 -
Gorduras Animais
DBO mg/L 60,0 (2) - -
Solventes, Combustíveis - - - Ausência
Inflamáveis, etc.
Despejos causadores de - - - Ausência
obstrução na rede
Substâncias - - - Ausência
Potencialmente Tóxicas
Materiais Flutuantes - - Ausência -
Amônia mg/L - - -
Arsênio mg/L 0,2 0,5 1,5(3)
Bário mg/L 5,0 5,0 -
Boro mg/L 5,0 5,0 -
Cádmio mg/L 0,2 0,2 1,5(3)
Chumbo mg/L 0,5 0,5 1,5(3)
Cianeto mg/L 0,2 0,2 0,2
Cobre mg/L 1,0 1,0 1,5(3)
Cromo Hexavalente mg/L 0,1 - 1,5
Cromo Trivalente mg/L - - -
Cromo Total mg/L 5,0 0,5 5,0(3)
Estanho mg/L 4,0 4,0 4,0(3)
Fenol mg/L 0,5 0,5(2) 5,0
Ferro solúvel mg/L 15,0 15,0 15,0
Fluoretos mg/L 10,0 10,0 10,0
Manganês solúvel mg/L 1,0 1,0 -
Mercúrio mg/L 0,01 0,01 1,5(3)
Níquel mg/L 2,0 2,0 2,0(3)
Nitrogênio amoniacal Mg/L 20,0
Prata mg/L 0,02 0,1 1,5(3)
Selênio mg/L 0,02 0,30 1,5(3)
Sulfato mg/L - - 1000
Sulfeto mg/L - 1,0 1,0
Sulfito mg/L - - -
Zinco mg/L 5,0 5,0 5,0(3)
Organofosforados e mg/L - - -
Carbamatos Totais
Sulfeto de Carbono mg/L - - -
Tricloroeteno mg/L - 1,0 -
Clorofórmio mg/L - 1,0 -
Tetracloreto de carbono mg/L - 1,0 -
Dicloroeteno mg/L - 1,0 -
Organoclorados não mg/L - - -
listados
Poluentes Orgânicos Não permitido
Persistentes, POPs (3)
o
(1) a variação no corpo receptor não deverá exceder em 3 C na zona de mistura
(2) Fenóis total, C6H5OH
o
(3) Segundo a Convenção de Estocolmo, ratificada pelo Decreto Legislativo n 204 de 7 de maio de 2004
(4) CONAMA 257/2005: Para os parâmetros não incluídos nas metas obrigatórias, os padrões de qualidade a serem
obedecidos são os que constam na classe no qual o corpo receptor estiver enquadrado
55
Anexo 3. Ficha de acompanhamento e de descarte de resíduo
1.1Nome: _____________________________________________________DATA___/____/____
e-mail:__________________________________________________________Ramal:_______
2. Identificação do Resíduo: Liste todos os componentes nesta embalagem, o total deve fechar
em 100%. Use só nomes químicos, não se aceita abreviaturas ou fórmulas
Nome da substância ou elemento químico majoritários concentração (%)
Total 100%
Resíduo líquido..................................................................... pH (indispensável)...................
Tamanho da embalagem ..............................................................Tipo...................................
Quantidade de resíduo gerado.............................................................................................
Observações:_
56
Anexo 4. Laudo para acompanhamento de descarte na rede coletora.
CQMA Centro de Química e Meio Ambiente.
0
LAUDO DE ANÁLISES QUÍMICAS N ......./ ........
Controle Origem Inicial Final
Data da Coleta: Data de saída: Temperatura: Coletor:
Parâmetros Unidade Resultados Lei Estadual
997/76Artigo 19A
pH - >=6,0 E <=10,0
o
Temperatura C <40
Resíduos mL/L <=20
Sedimentáveis
Óleos e Graxas mg/L 150,0
Óleos Minerais mg/L -
Óleos Vegetais e mg/L -
Gorduras Animais
DBO mg/L -
Solventes, Comb. - Ausência
Inflamáveis, etc.
Despejos causadores - Ausência
de obstrução na rede
Sub. Potencialmente - Ausência
Tóxicas
Materiais Flutuantes - -
Amônia mg/L -
Arsênio mg/L 1,5
Bário mg/L -
Boro mg/L -
Cádmio mg/L 1,5
Chumbo mg/L 1,5
Cianeto mg/L 0,2
Cobre mg/L 1,5
Cromo Hexavalente mg/L 1,5
Cromo Trivalente mg/L -
Cromo Total mg/L 5,0
Estanho mg/L 4,0
Fenol mg/L 5,0
Ferro solúvel mg/L 15,0
Fluoretos mg/L 10,0
Manganês solúvel mg/L -
Mercúrio mg/L 1,5
Níquel mg/L 2,0
Prata mg/L 1,5
Selênio mg/L 1,5
Sulfato mg/L 1000
Sulfeto mg/L 1,0
Sulfito mg/L -
Zinco mg/L 5,0
Organofosforados e mg/L -
Carbamatos Totais
Sulfeto de Carbono mg/L -
Tricloroeteno mg/L -
Clorofórmio mg/L -
Tetracloreto de carbono mg/L -
Dicloroeteno mg/L -
Organoclorados não mg/L -
listados
(Responsável Técnico:........................................................DATA: .......................
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