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GUIA DE PROCEDIMENTOS PARA ARMAZENAMENTO,

TRATAMENTO E DESCARTE DE RESÍDUOS DE

LABORATÓRIO QUÍMICO

Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN


Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN

Projeto Fapesp 01/01207-0

Coordenação: Maria Aparecida Faustino Pires


Centro de Química e Meio Ambiente - CQMA

Revisão junho/2006
PREFÁCIO

Utilize esse Guia como um texto de consulta.


É dessa forma que esperamos contribuir para as suas necessidades.
Este Guia foi inicialmente concebido como um produto do Projeto FAPESP
01/01207-0 “Programa Infra Estrutura Fase V - Modernização da Infra-Estrutura para
Gerenciamento de Resíduos Químicos dos Laboratórios do Centro de Química e
Meio Ambiente - CQMA“, sendo resultado da organização de informações
disponíveis em diversos meios. A princípio foi direcionado para as necessidades do
Centro, porém, as constantes consultas por interessados de outros centros,
motivaram a revisão, ampliação e atualização do texto, estando na sua versão 2.
Uma vez que as necessidades individuais são diferentes e normas e legislação
mudam constantemente, não temos a intenção de que este texto seja completo e
exaustivo. Recomendamos fortemente que periodicamente consultem as fontes
para atualização dos requisitos técnicos e regulamentares. Receberemos com
satisfação e incentivamos críticas, sugestões e contribuições para a melhoria deste
trabalho. Lembremos que acima de qualquer norma ou lei está o nosso bem estar.
A atitude de cada um contribui para a melhoria de todos. Finalmente, agradecemos
todas as contribuições que permitiram a realização deste trabalho.

São Paulo, junho de 2006.

A equipe do Centro de Química e Meio Ambiente

Maria Aparecida Faustino Pires, Coordenadora/Autora

Autores:
Elâine Arantes Jardim Martins
Elizabeth Sonoda Keiko Dantas
Hélio Akira Furusawa
Marycel Elena Barboza Cotrim
Capítulo I

INTRODUÇÃO
COMPROMISSO

Os Laboratórios do Centro de Química e Meio Ambiente do IPEN, estão


comprometidos em administrar os materiais e resíduos perigosos em uso, gerados
e armazenados em suas instalações de forma eficiente, segura e ambientalmente
responsável visando atender à legislação vigente. Os Laboratórios do CQMA têm
como compromisso manter um ambiente seguro de trabalho para todas as
pessoas que trabalham e visitam nossas instalações. Este guia foi preparado
conforme procedimentos e normas nacionais (CETESB; ABNT) e internacionais,
bem como artigos de literatura com a intenção de disseminar as principais
metodologias para dispor os resíduos perigosos dos Laboratórios Químicos do
IPEN de forma segura e ambientalmente correta a fim de reduzir ou eliminar os
efeitos da sua presença e os impactos de acidentes que estes materiais possam
provocar.

RESPONSABILIDADE

O gerente, os líderes de grupo, os pesquisadores e técnicos da área de química


ambiental, são responsáveis pela manipulação apropriada dos resíduos gerados
nos Laboratórios de Análises Químicas e Ambientais do CQMA. Os pesquisadores
orientadores de bolsistas e estagiários de graduação, pós-graduação,
desenvolvimento tecnológico, bem como de serviços voluntários, devem difundir
as boas práticas de gerenciamento de resíduos em suas atividades específicas
visando sempre integrar essas ações à filosofia do ambientalmente correto.

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Em última instância, o gerador individual dos resíduos com seu conhecimento
profissional, responsabilidade e compromisso será o responsável por cumprir
essas práticas para manter o laboratório e, conseqüentemente, a Instituição como
um lugar limpo e seguro. Porém, cabem ao gerente, líderes de grupos e
pesquisadores a responsabilidade de incentivar constantemente o pessoal técnico
quanto à atenção às normas de segurança e não permitir que o operador execute
qualquer atividade da qual não tenha sido treinado. Em ambiente de um instituto
de pesquisas, em função do dinamismo inerente às muitas atividades realizadas, a
atenção deve ser redobrada.

TREINAMENTO E MELHORIA CONTÍNUA

O treinamento do corpo técnico, incluindo-se alunos de graduação, pós-graduação


e voluntários, deverá ser realizado periodicamente por profissional competente. A
eficácia do treinamento deverá ser verificada, também periodicamente, utilizando-
se técnicas e ferramentas que atestem a validade do treinamento no período
avaliado.

Treinamento é prevenção e evita a remediação.

LEGISLAÇÃO, NORMAS, INSTITUIÇÕES E FONTES DE INFORMAÇÃO

As atividades relacionadas à geração, armazenamento, tratamento e destinação


ou, de uma forma mais ampla, o gerenciamento de resíduos, representam sob um
determinado ponto de vista, regiões em comum de diversas áreas das atividades
humanas. Assim, é possível encontrar informações pertinentes e relacionadas em
várias fontes, desde legislação federal, normas técnicas, informações sobre as
características do produto, entre outras fontes que devem necessariamente ser
consultadas.

A legislação brasileira pode não ser completa, mas apresenta algumas referências
que devem ser observadas com atenção, por exemplo:

1. Lei de Crimes Ambientais Î Lei Federal no 9.605, de 12 de fevereiro de


1998, Decreto no 3.179, de 21 de setembro de 1999.

2. São Paulo Î Decreto Estadual no 8.468, de 08 de setembro de 1976


que regulamenta a Lei Estadual no 997, de 31 de maio de 1976.

3. CONAMA Î Resolução CONAMA no 357, de 17 de março de 2005.

Para um melhor entendimento, a legislação brasileira, nas 3 esferas, federal,


estadual e municipal é organizada da seguinte forma:

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FEDERAL

• Leis
• Decretos-Lei
• Decretos
• Portarias
• Resoluções
• Instruções Normativas/Serviços
• Normas Técnicas

ESTADUAL

• Leis
• Decretos
• Portarias
• Resoluções
• Normas CETESB
• Instruções

Municipal

• Leis
• Decretos
• Portarias

A seguir são listadas algumas fontes de informações que deverão ser consultadas
para que se tenha suporte para o início de um programa de gerenciamento de
resíduos.

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Informação Fonte Como/Onde
Saúde ocupacional •Ministério do Trabalho •www.mte.gov.br
•Ministério da Agricultura, Programa •www.agricultura.gov.br
AGROFIT,
•Ministério da Saúde •www.saude.gov.br
•Ministério do Meio Ambiente •www.mma.gov.br
•FUNDACENTRO •www.fundacentro.gov.br
•SINQUISP •www.sinquisp.org.br
•OSHA •www.osha.gov
•NIOSH •www.cdc.gov/niosh
Inventário das •ABIQUIM •www.abiquim.org.br
substâncias químicas •ANVISA •www.anvisa.gov.br
•Ministério da Agricultura, Programa •www.agricultura.gov.br
AGROFIT
Resíduos químicos •ABIQUIM •www.abiquim.org.br
•CONAMA •www.mma.gov.br/port/conama/index.cfm
Registro de pesticidas •ANVISA •www.anvisa.gov.br
Fichas de informação •CETESB •www.cetesb.sp.gov.br
de segurança sobre •JTBaker •www.jtbaker.com
produtos químicos •Merck •chemdat.merck.de/mda/br/msds/index.html,
chemdat.merck.de/mda/br/safety/index.html
•SUCEN •www.sucen.sp.gov.br
Normas •ABNT •www.abnt.org.br
Capítulo II

ATIVIDADE LABORATORIAL E GERAÇÃO DE RESÍDUOS


Qualquer atividade laboratorial gera resíduos. O risco associado a esses resíduos
depende de algumas variáveis como: características intrínsecas ao resíduo
(toxicidade, mutagenicidade, teratogenicidade, radioatividade, carcinogenicidade e
ecotoxicidade), quantidade, freqüência, habilidade do manipulador (conhecimento
técnico, treinamento), ambiente (natural, sazonalidade e infra-estrutura
disponível), equipamento de proteção e fatores humanos como estado emocional
e humor. Resultado dessa combinação, muitos desses resíduos poderão ser
prejudiciais ao ser humano e ao meio ambiente.

Em parte, esta geração não pode ser evitada, entretanto, aplicando-se conceitos
simples e operações que eventualmente são complexas, pode ser minimizada.

Um laboratório químico possui várias fontes de resíduos, dentre as quais se


destacam:

• Reagentes e padrões com validade expirada ou contaminados


• Resíduos (sobras) de amostras sólidas e líquidas
• Efluentes líquidos gerados na análise
• Resíduos sólidos gerados na análise
• Vidraria e embalagens contaminadas
• Reagentes desconhecidos (sem rótulo, sem histórico, não passível de
identificação visual)
O cuidado e a preocupação com a geração e eliminação de resíduos é dever de
todos. A preocupação inicia-se com o estabelecimento das metodologias
analíticas que serão utilizadas, dos reagentes que deverão ser adquiridos, seu
armazenamento e disposição final. Em trabalhos acadêmicos, esta previsão
deverá estar contemplada já no planejamento do projeto a ser desenvolvido.

Uma importante ferramenta conhecida e difundida para a minimização dos


resíduos gerados é a aplicação dos 3R’s, ou seja, reduzir, reutilizar e reciclar.

A minimização é obtida a partir da redução na fonte, da reutilização e da


reciclagem e revisando e modernizando os procedimentos a fim de diminuir a
quantidade de resíduos gerados. Esses resíduos devem ser dispostos
adequadamente, observando seu potencial de contaminação (Abordagem Pró-
ativa). Nesta etapa é interessante definir perigo e risco.

Perigo
Característica intrínseca de uma substância, condição ou atividade
com o potencial de causar efeitos adversos
à saúde de seres vivos, à propriedade ou ao meio ambiente.

Risco
É resultado da interação entre a probabilidade de ocorrer efeito
adverso à saúde de seres vivos e ao meio ambiente devido ao
perigo de uma substância e a conseqüência de um perigo.

A redução na fonte e/ou origem proporciona a redução dos resíduos gerados.


Essa redução pode ser alcançada com alterações de hábitos, processos e
materiais e treinamento/atualização técnica.

A reutilização consiste no aproveitamento do material nas condições em que é


descartado, submetendo-o a tratamento adequado, envolvendo operações simples
de limpeza, etiquetagem, entre outras, como por exemplo, no caso de reutilização
segura de recipientes.

A reciclagem é o processo através do qual os resíduos retornam ao sistema


produtivo como matéria prima. Pode ser considerada como uma forma de
tratamento de parte dos resíduos sólidos gerados .

A redução pode ser obtida com a aplicação dos princípios de tecnologias limpas,
ou seja, metodologias que utilizem reagentes de menor impacto ao meio ambiente

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ou que utilizem menor quantidade de reagentes, gerando menor quantidade de
resíduo.

A reutilização pode se dar pelo intercâmbio de reagentes (válidos e/ou vencidos)


com outras instituições.

A reciclagem pode ser implementada a partir da purificação de solventes para


utilização em metodologias que permitam o uso de reagentes de menor pureza.

Outros 2 R´s podem ser adicionados: raciocinar e racionalizar. O primeiro está


associado ao planejamento e planejamento é entendido como uma previsão do
que será utilizado em cada etapa da atividade. No planejamento são otimizadas as
quantidades (massa e volume) e concentrações dos reagentes a serem utilizados.
Racionalizar não deve ser confundido com racionar. A racionalização de uma
atividade é o produto do planejamento, do raciocínio. Mesmo planejando, algumas
vezes não se percebe que a atividade planejada está super ou sub estimada, ou
seja, a atividade é longa demais para ser realizada no período de um dia de
trabalho ou que as quantidades de produtos obtidos não poderão ser
armazenadas adequadamente naquele período ou então, que as quantidades
previstas são tão diminutas que as necessidades paralelas serão custosas demais
(consumo de gás e/ou eletricidade para aquecimento e/ou estabilização de um
equipamento/linha de processo, por exemplo). Durante o planejamento é essencial
que se estabeleçam as dimensões ou escala da atividade: bancada, piloto ou
industrial.

Todo resíduo deve ser segregado até o momento de sua destinação final.

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CAPÍTULO III

DEFINIÇÕES
RESÍDUOS

No escopo deste manual, é considerado como resíduo tudo que deverá ser
descartado durante ou ao final de uma atividade no laboratório, efluentes oriundos
de análises ou lavagem de vidraria que não podem ser descartados na rede
pública, reagentes com data de validade expirada, materiais e embalagens que
não podem ser reutilizados ou reciclados.

Segundo a ABNT (NBR 10004), resíduos sólidos são “Resíduos nos estados
sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem:
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.

Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistema de tratamento


de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição,
bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água, ou exijam para isso
soluções técnicas e economicamente inviáveis, em face à melhor tecnologia
disponível. “

ABNT NBR 10004:2004


Resíduo Perigoso
Classe I

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Os resíduos podem ser divididos em perigosos, não perigosos e desconhecidos, o
último é o que traz maior problema na manipulação e eliminação.

Um RESÍDUO PERIGOSO é definido como “Uma substância que, descartada,


pode apresentar efeito tóxico, mutagênico, carcinogênico, teratogênico ou
que seja potencialmente agressiva à saúde humana, e/ou causar fortes
impactos ao meio ambiente, quando impropriamente manipulado”.

As substâncias consideradas como resíduos perigosos podem ser:


• Resíduo ignitável
• Resíduo corrosivo
• Resíduo reativo
• Resíduo tóxico

As Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos, FISPQ,


(MSDS, material safety data sheet) de cada produto ou substância devem ser
consultadas para se obter esclarecimentos sobre o grau de toxicidade ou perigo
dos resíduos.

Estas fichas de segurança podem ser encontradas nos sites:


www.cetesb.sp.gov.br, www.jtbaker.com ou www.merck.com e devem estar
disponíveis nos laboratórios. Preferencialmente, essas fichas deverão estar em
português.

Normalmente, fornecedores conscientes encaminham as FISPQ juntamente com


os produtos adquiridos. Caso contrário, exija/solicite no ato da compra.

IDENTIFICAÇÃO

Sempre que possível, as substâncias devem apresentar identificação completa no


rótulo que acompanha o recipiente que o contém.

Sempre dê preferência ao rótulo original. Mesmo que muito antigo, pode ser uma
informação muito importante já que muitas substâncias se alteram
(decomposição, modificação, reatividade) intensificando ou amenizando com o
tempo.

Se necessário, adicione somente informações pertinentes.

Quaisquer que sejam as quantidades, as seguintes informações são importantes


ou podem fazer parte de um conjunto de informações para identificar e

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caracterizar um resíduo e devem, de preferência, estar prontamente disponíveis
no caso de emergência.
Nome comum, científico, comercial, Degradabilidade
tradicional, sinônimo,
Número ONU Toxicidade
Rótulo de risco Limite de percepção olfativa
Número de risco Potencial de concentração na cadeia
alimentar
Classe/subclasse Padrão de potabilidade
Aparência Limite de tolerância
Fórmula molecular Limite de exposição TLV TWA
Média ponderada pelo tempo
Família química Limite de exposição TLV STEL
Exposição de curta duração
Fabricantes Limite de exposição TLV-C
Valor teto
Medida de segurança preventiva Toxicidade a organismos aquáticos
imediata
Equipamentos de proteção individual Toxicidade a outros organismos
Comportamento do produto ao fogo CL50
Produtos de reação DL50
Agentes de extinção que NÃO podem CLLo
ser utilizados
Limite de inflamabilidade ao ar MEC50
Ponto de fulgor EC50
Temperatura de ignição DI50
Taxa de queima RM
Taxa de evaporação CE50
Ponto de ebulição LTox
Ponto de fusão TLm
Pressão crítica IDLH/IPVS
Densidade relativa ao vapor
Densidade relativa líqüido/sólido
Pressão de vapor OBSERVAÇÕES
Calor latente de vaporização
Calor de combustão As abreviações e definições podem e
Viscosidade devem ser consultadas em textos
Solubilidade em água técnico/científicos, FISPQ e tabelas de
pH orientação.
Reatividade com água
Reatividade com materiais comuns Esta publicação é um guia de referência.
Polimerização
Reatividade com produtos químicos

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As seguintes informações são utilizadas para a classificação da
substância/produto.

1. Número ONU: é uma classificação internacional. O número identifica a


substância/produto.

2. Nome do Produto: Nome usual o qual é associado imediatamente à


substância/produto

3. Rótulo de Risco: Figura na forma de um losango contendo símbolos,


cores e/ou expressões que informam visual e rapidamente a classe da
substância/produto.

4. Número de Risco: Indicam a natureza do risco e a intensidade do risco.


São resultados da combinação de dois ou três algarismos indicando a
prioridade do risco da esquerda para a direita. A presença da letra X à
esquerda desses números indica reação química perigosa na presença de
água. A identificação da natureza do risco é dada na tabela a seguir.

1 Explosivos
2 Emissão de gás devido à pressão ou à reação química (inflamáveis, não
inflamáveis e não tóxicos)
3 Líquidos inflamáveis (vapores) e gases ou líqüido sujeito à auto-
aquecimento
4 Sólidos inflamáveis ou sólidos sujeitos à combustão espontânea e/ou
quando expostas à água geram gases inflamáveis
5 Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos (favorece incêndio)
6 Substância tóxica (venenosa) e/ou infectante
7 Material radioativo
8 Corrosivo
9 Risco de violenta reação espontânea

Veja esses exemplos:

56 Produto oxidante (favorece incêndios), tóxico


568 Produto oxidante (favorece incêndios), tóxico, corrosivo
58 Produto oxidante (favorece incêndios), corrosivo

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O diagrama de Hommel também é interessante como forma de comunicação
imediata.

Risco à Saúde Inflamabilidade


(Toxicidade)
0 4. Abaixo de 23 oC
4. Extremamente 3. Abaixo de 38 oC
Perigoso 3 2 2. Abaixo de 94 oC
3. Muito Perigoso 1. Acima de 94 oC
2. Perigoso COR 0. Não Inflamável
1. Perigo Mínimo
0. Nenhum Perigo

Recomendações Diagrama de Hommel Reatividade


Especiais para o ácido clorídrico
(Índice de Contato) 4. Extremamente Reativo
3. Reativo por Ação do Calor
Oxidante OXI 2. Reação Química Possível
Ácido ACID 1. Torna-se Instável
Corrosivo COR 0. Estável
Não Use Água W

Radioatividade

RESÍDUOS IGNITÁVEIS

Os Resíduos Ignitáveis devem possuir uma das seguintes características:


• Líquido com ponto de ignição <60°C;
• Materiais que causam incêndio por fricção, ignição, absorção de umidade,
mudança química espontânea, que mantém o calor do processo ou, de uma
forma geral, sob qualquer condição de temperatura ambiente;
• Um oxidante forte, um gás comprimido ignitável (permanganatos,
percloratos, gás hidrogênio).
• Materiais que se inflamam muito facilmente por ter oxigênio disponível em
sua composição química (nitrocelulose,...)

Líquidos Inflamáveis
Acetato de etila/Acetato de metila Ciclohexano
Acetona 1,2 dicloroetano
Álcool etílico Éter de petróleo
Álcool isopropílico Éter etílico
Álcool metílico Hexano
Benzeno Trietilamina

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Produtos químicos perigosos sensíveis à luz e fricção
Perclorato de prata H2O2 concentrada
Peróxido de benzoila Peróxido de sódio

Produtos Pirofóricos
Butil lítio Potássio
Cloreto de dietil alumínio Sódio
Dietil zinco Trietil alumínio
Hidreto de alumínio lítio Triisobutil alumínio/Tripropil alumínio

Produtos Químicos Oxidantes


Bromatos Periodatos
Nitratos Cromatos
Bromo Permanganatos
Perbromatos Dicromatos
Cloratos e Percloratos Peróxidos
Percloratos Iodatos

A National Fire Protection Association, NFPA, americana, adota a seguinte


classificação para as substâncias inflamáveis.

4 Substâncias e produtos que apresentam evaporação fácil


ou o fazem completamente à pressão e temperatura
ambiente, queimando completamente ao ar normal.
3 Líquidos e sólidos capazes de ignitar-se à temperatura Fósforo,
ambiente acrilonitrila
2 Substâncias e produtos que se inflamam somente após
aquecimento moderado ou temperatura ambiental elevada
1 Substâncias e produtos que se inflamam somente após Sódio, fósforo
aquecimento vermelho
0 Substâncias e produtos que não se inflamam

RESÍDUO CORROSIVO

Os Resíduos Corrosivos possuem uma das seguintes características:


• Material com pH ≤ 2 ou pH ≥ 12,5
• Material que corrói o aço (SAE 1020) a uma velocidade de 6,35 mm/ano a
550C. (ácido clorídrico, ácido sulfúrico, hidróxido de sódio...).

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Substâncias Corrosivas
Ácido bromídrico Ácido iodídrico
Ácido sulfúrico Fenol
Ácido cloroacético Ácido nítrico
Bromo Hidróxido de sódio
Ácido fluorídrico Hidróxido de potássio
Água régia Ácido perclórico concentrado
Ácido fórmico Oxicloreto de fósforo
Cloreto de estanho Ácido clorídrico concentrado
Ácido acético glacial Solução sulfocrômica

A identificação dessas substâncias e produtos pode ser realizada a partir do


diagrama de Hommel ou da classificação da NFPA, por exemplo.

RESÍDUO REATIVO

Os Resíduos Reativos possuem as seguintes características:


• Material ignitável (explosivo) (ácido pícrico) - Ver tabela de resíduo
ignitável.
• Material que reage violentamente com água ou ar (sódio metálico)
• Material que gera gases tóxicos quando reage com ácidos ou bases
(cianeto de potássio)
• Material que gera gases tóxicos quando reage com água (fosfetos)
• Material e um oxidante Forte (ácido nítrico) ou forma peróxido orgânico
(éter velho).
• Material que se decompõe, polimeriza ou condensa muito violentamente

A identificação dessas substâncias e produtos pode ser realizada a partir do


diagrama de Hommel ou da classificação da NFPA, por exemplo.

RESÍDUO TÓXICO

Os Resíduos Tóxicos possuem qualquer uma das seguintes características:


• Efeito mutagênico, carcinogênico, teratogênico ou potencialmente agressivo
a saúde humana ou ao meio ambiente;

Substâncias Tóxicas
Acido cianídrico Fenol
Ácido fluorídrico Flúor
Ácido fórmico Formaldeído
Ácido oxálico Hidrocarbonetos
Anidrido ftálico Polihalogenados
Anilina Iodo

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Benzeno Iodometano
Bromo Isocianatos (TDI)
Cianeto de Potássio Mercúrio
Cloro Nitrobenzeno
Cloronitrobenzeno Piridina
Etanolamina Toluidina
Triclorofenol Vapores nitrosos
Metais tóxicos

A identificação dessas substâncias e produtos pode ser realizada a partir do


diagrama de Hommel ou da classificação da NFPA, por exemplo.

LISTA DE RESÍDUOS

Com base nas informações obtidas nas FISPQ, catalogue todos os resíduos
gerados no laboratório, para permitir uma apropriada segregação e posterior
disposição dos mesmos.

RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS

Os Resíduos não Perigosos são obtidos por exclusão dos perigosos, ou seja, em
geral não possuem odor, solúveis em água, pouco reativos e não causam danos
ao ser humano e ao meio ambiente.
Para melhor classificar os resíduos:
1. Verifique as FISPQ, rótulos, manuais, índice Merck, etc. de que
efetivamente se trata de um resíduo NÃO PERIGOSO.
2. Sólidos sem odor forte podem ser jogados no lixo comum (tenha certeza de
que não é perigoso)
3. Líquidos solúveis em água, sem odor forte, podem ser jogados na rede de
esgoto (desde que a legislação ambiental vigente permita – Artigo 19A, Lei
estadual 997/76, Decreto 8468/76)
4. Sólidos ou líquidos, com odor forte, ou líquidos insolúveis, devem ser
descartados apropriadamente.

RESÍDUOS DESCONHECIDOS

Os Resíduos Desconhecidos devem ser tratados como Resíduos Perigosos.


1. Considere-o como Perigoso
2. Não jogue na rede de esgoto ou no lixo comum
3. Rotule-o como “RESIDUO DESCONHECIDO” imediatamente

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4. Faça perguntas aos colegas de laboratório a respeito do resíduo. Caso não
seja possível identificá-lo, é necessária a determinação das propriedades
físicas para um descarte adequado.
o pH
o Ponto de fulgor
o Reatividade com água (em escala mínima)
o Massa específica
o Inflamabilidade (em escala mínima)
o Solubilidade em água

No caso de resíduos não identificados devemos utilizar um Protocolo para sua a


caracterização:
Ensaios a ser realizado Procedimento a ser seguido
Reatividade com água Adicione uma gota de água de observe se há a
formação de chama, geração de gás ou reação
violenta.
Presença de Cianeto Adicione uma gota de cloramina –T e uma gota de
ácido barbitúrico em 3 gotas do resíduo. A cor
vermelha indica teste positivo.
Presença de sulfetos Na amostra acidulada com HCl, o papel embebido em
acetato de chumbo fica enegrecido quando na
presença de sulfetos
pH Papel indicador ou pHmetro
Resíduo oxidante A oxidação de um sal de Mn(II), de cor rosa claro, para
uma coloração escura indica resíduo oxidante
Resíduo Redutor A observação de possível descoloração de um papel
umedecido em 2,6 dicloroindofenol ou azul de metileno
Inflamabilidade Introduza um palito de cerâmica no resíduo , deixar
escorrer o excesso e levar a chama.
Presença de halogênios Coloque um fio de cobre limpo e previamente aquecido
ao rubro no resíduo. Leve à chama e observe a
coloração: o verde indica a presença de halogênios
Solubilidade em água Após o ensaio de reatividade, a solubilidade pode ser
facilmente avaliada.

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Resíduos sólidos não Utilizar a técnica de Fluorescência de raios – X
identificados

Se mesmo após a determinação de algumas propriedades o resíduo não puder


ser identificado, uma empresa especializada em descarte tratará o mesmo, mas o
custo será muito elevado.

PROCURE SER RESPONSÁVEL PELA IDENTIFICAÇÃO DE SEUS


RESÍDUOS, ROTULANDO-OS CORRETAMENTE, FAZENDO INSPEÇÕES
PERIÓDICAS A SEU ESTOQUE E SEGUINDO AS BOAS PRÁTICAS DE
HIGIENE QUÍMICA PARA EVITAR O “RESÍDUO DESCONHECIDO”.

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Identificação de Resíduos Desconhecidos Não Contemplados Pela NBR 10004

CN- S2-
L inflamável
< 2,5 (+)
(-) (-)
Teste Teste p/ Teste p/
2,5<pH<10 > 10 p/ CN
- L ou S *
pH L sulfeto oxidantes

> 10 L ou S
sim
L inflamável - halogenado

(+)
S PF > 1,0
o o
não Teste p/ (-) Teste p/ Solubilidade (-) Densidade Teste p/
< 93 C pH 2,5<pH<10
u oxidantes peróxidos em água em água halogênio
L
(+) (+) (+) < 1,0 (-)
sim
oxidante peróxido L ou

Reage c/ água

sim não (+) L ou S


Reage Teste p/
< 2,5 oxidantes oxidante
c/ água
e ácido
S – sólido
Inflamável
L – líqüido
S - PQU
(-) PF – Ponto de
não Fulgor
Substância L ou S PQU – perigoso
reativa e ácido quando úmido
S
ácida • - oxidante e
alcalino
Fonte : National Research Council
CAPÍTULO IV
CUIDADOS BÁSICOS E MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS
PERIGOSOS

Antes de efetuar qualquer descarte de resíduo:


• Verificar a possibilidade de aplicação dos 3 R’s, ou seja, a possibilidade de
reutilização e/ou reciclagem;
• Ler o Procedimento de descarte específico e se disponível a ficha de
segurança do produto a ser descartado;
• Utilizar os EPI’s necessários;
• Verificar o local onde será feito o descarte;
• Identificar o recipiente de estocagem do resíduo;
• Verificar a incompatibilidade dos produtos;
• Não descartar nada na rede pública de esgoto sem certeza da toxicidade e
reatividade do produto;
• Etiquetar/identificar todo material/resíduo que não pode ser descartado na rede
pública de esgoto.

Todo o pessoal técnico do laboratório deve esforçar-se para minimizar a geração


de resíduos, devendo ser compromisso de todos:

• Substituição de reagentes e técnicas - Utilização de metodologias analíticas


ambientalmente menos impactantes
• Micro-química
• Procedimentos de re-destilação; reciclagem e redistribuição
• Tratamento no laboratório
• Evitar re-análises;
• Solicitar uma quantidade de amostra adequada (sobra de amostra também é
resíduo);
• Adequar estoque de produtos de forma a utilizar somente produtos no prazo de
validade. Estoques exagerados facilitam a expiração do prazo de validade dos
reagentes.

NORMAS PARA DESCARTAR E MANIPULAR RESÍDUOS PERIGOSOS

SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS

A separação adequada dos resíduos de laboratório é essencial para uma boa


higiene química e um ambiente de trabalho seguro. A ausência desse
cuidado pode expor o trabalhador a riscos inesperados além de poder
comprometer o desenvolvimento e os resultados da atividade.

Todo resíduo deve ser adequadamente embalado, identificado e segregado em


áreas específicas. A separação deve ser feita em recipiente quimicamente
compatível com a substância/produto a ser guardado, devendo ter tampa que
feche de forma firme e segura. A estocagem temporária deve ser feita em local
fresco com ampla ventilação, longe de fontes de calor, da circulação de pessoas e
veículos. Não estocar resíduos em capelas, armários ou em local onde seu
derrame possa contaminar o solo e água.

Os resíduos abaixo relacionados devem ser acondicionados separadamente:


• Solventes halogenados
• Solventes não halogenados
• Soluções aquosas de metais tóxicos
• Ácidos
• Bases
• Compostos reativos
• Soluções reativas
• Produtos químicos sólidos
• Resíduos de mercúrio e seus sais

INCOMPATIBILIDADE

Define-se como “Incompatibilidade entre Produtos Químicos” a condição na qual


determinados produtos se tornem perigosos quando manipulados ou
armazenados próximos a outros com os quais possam reagir, criando situações
perigosas. O mesmo conceito estende-se aos resíduos.

22
Os resíduos ignitáveis e reativos que contém agentes oxidantes são considerados
os mais perigosos pois, durante uma reação química podem provocar formação de
fogo aumentando o risco de explosão.

O armazenamento de resíduos oxidante próximo a um resíduo combustível, por


uma razão qualquer (danificação de embalagens ou volatilização) pode, ao
entrarem em contato, provocar um início de incêndio ou explosão.

Para armazenar produtos químicos, deve-se observar a seguinte regra geral:

NÃO GUARDAR SUBSTÂNCIAS OXIDANTES PRÓXIMOS A LÍQUIDOS


VOLÁTEIS E INFLAMÁVEIS

RESÍDUO LÍQUIDO ORGÂNICO

O descarte de resíduos orgânicos necessita dos seguintes cuidados:


• Utilizar como descarte intermediário bombonas plásticas inertes a solventes
orgânicos ou recipientes original do produto e mantê-los em local arejado e
longe de fontes de calor e ignição (ver cuidados básicos);
• Usar máscara com filtro de vapores orgânicos, luvas, óculos ampla visão,
calça e sapato de segurança e avental;
• Identificar o recipiente de descarte de forma clara e com etiqueta que não
sofra ação do tempo ou de intempérie;
• Não esquecer de ler previamente os procedimentos de descarte e fichas de
segurança dos produtos a descartar;
• Verifique previamente a existência e localização dos equipamentos de
segurança de proteção coletiva;
• Sempre que possível utilizar as capelas para descarte;
• Encaminhar as bombonas identificadas com os resíduos de solventes
orgânicos para o armazenamento provisório e depois para a queima em
incinerador;

RESÍDUO LÍQUIDO INORGÂNICO

O descarte de resíduos inorgânicos necessita dos seguintes cuidados:

Soluções ácidas ou alcalinas:


• Podem ser descartadas em pias com coifas ou em capelas desde que o
sistema de esgoto esteja interligado a estação de tratamento de efluente e
que este não possa afetar o desempenho da mesma;

23
• As soluções devem ser descartadas em água corrente e necessariamente
neutralizadas previamente. CUIDADO: Soluções concentradas geram
grande quantidade de calor.
• Caso não exista interligação com Estação de Tratamento de Efluente o
descarte deve obedecer à legislação ambiental vigente, vide Tabela 2. No
caso de instalações na região metropolitana de São Paulo, deve ser
obedecido para parâmetros de descarte o Artigo 19A, Lei estadual 997/76,
Decreto 8468/76.

O manuseio de soluções ácidas ou básicas somente será realizado se e


somente se houver certeza de que não há CIANETO em sua composição.

• A comprovação da existência de cianeto na solução implica em


cuidados específicos descritos a seguir

Soluções diluídas de sais:


Excluem-se as soluções contendo metais tóxicos e cianetos.
• Podem ser descartadas em pia com coifas ou em capelas desde que o
sistema de esgoto esteja interligado a estação de tratamento de
efluentes e que este não possa afetar o desempenho da mesma;
• As soluções devem ser descartadas em água corrente.
• As concentrações devem obedecer o artigo 19A, Lei estadual 997/76,
Decreto 8468/76.

Soluções diluídas de sais contendo metais tóxicos e/ou cianeto:


• Utilizar como descarte intermediário bombonas plásticas inertes ou
recipientes original do produto a ser descartado e mantê-las em local
arejado e preferencialmente coberto (ver cuidados básicos);
• Usar máscara com filtro de vapores inorgânicos, luvas, óculos ampla visão
calça, sapato de segurança, avental;
• Identificar o recipiente de descarte de forma clara e com etiqueta que não
sofra ação do tempo ou de intempéries;
• Não esquecer de ler previamente os procedimentos de descarte e fichas de
segurança, quando possível, dos produtos a descartar;
• Verifique previamente a existência e localização de equipamentos de
segurança de proteção coletiva;
• Sempre que possível utilizar capelas para manuseio e descarte;
• Descartar em bombonas separadas, resíduos diferentes Ex: cianetos;
mercúrio, arsênio, etc.;
• Sempre descartar resíduo contendo cianeto em recipientes com meio
alcalino e em pH acima de 8;

24
• Sempre que possível neutralizar previamente o resíduo a ser descartado.

Mercúrio e seus sais


• Em caso de derramamento o mercúrio pode ser recolhido em frasco
contendo 50% de seu volume de água. O mercúrio deve ser segregado em
frasco separado, e enviado para pré-tratamento ou aterro.
• Soluções contendo mercúrio podem ser tratadas por precipitação com NaS.
O sulfeto de mercúrio é pouco solúvel em solução aquosa.
• Mercúrio metálico em pouca quantidade (gotas) pode ser retirado do meio
pelo contato com fios e placas e cobre limpo. O mercúrio metálico tende e
se depositar na superfície do cobre.

RESÍDUO SÓLIDO INORGÂNICO

Papeis de filtro, toalhas contaminadas também deverão ser tratadas como


resíduos sólidos. O descarte de resíduos orgânicos necessita dos seguintes
cuidados:
• Utilizar como descarte intermediário bombonas plásticas inertes a produtos
orgânicos com boca larga ou recipiente original do produto e mantê-lo em
local arejado e longe de fontes de calor e ignição;
• Usar máscara com filtro de vapores inorgânicos, luvas, óculos ampla visão,
calça e sapato de segurança e avental;

Procedimentos gerais de descarte: A Tabela 2 apresenta procedimentos


básicos para tratamento e disposição de substâncias químicas. Qualquer
dúvida consultar literatura básica disponível no laboratório:

25
TABELA 2. Relação dos procedimentos básicos utilizados para tratamento e disposição de substâncias químicas levantadas
(inflamáveis -i, corrosivas -c, oxidantes-O; reativas-R; tóxicas – T; radioativas - rad. )

Substância/CAS Classe Tratamento/disposição


Acetaldeido i Incineração [b]
CAS 75-07-0
Acetato de butila i Incineração [b]
CAS 123-86-4
Acetona i Destilar para reuso ou Incineração [b, c]
CAS 67-64
Acetonitrila I 1) 50 mL de solução aquosa de ACN 10 mg .L-1 + 50 mL KOH 1M + 5 g Liga Ni-Al , reagir por 12
CAS 67-64-1 horas, filtrar, neutralizar o filtrado e descarta na rede de esgoto [c];
2) NaOH em excesso + CaCl2O2. após 24 horas, desprezar na rede de esgoto [c];
3) incineração [c]
Ácido acético c Neutralizar com NaOH 5% ou Na2CO3
CAS 64-19-7
Ácido clorídrico c Neutralizar com NaOH ou Na2CO3 ou CaCO3.
Ácido nítrico c Diluir (1: 10) em água e neutralizar com NaOH ou Na2CO3.
CAS 7697-37-2
c 1) Deve ser colocado em recipiente separado, para reciclagem disposição ou queima.
Ácido oxálico 2) Decomposição: Para cada 5 g de ácido adicionar 25 g de H2SO4 concentrado. Aquecer a
CAS 144-62-7 mistura 80-100oC por 30 minutos. Neutralizar com carbonato de sódio [b]
Ácido perclórico c 1) Diluir com água para concentrações < 0,1% e neutralizar com NaOH
CAS 7601-903
Ácido sulfúrico c Neutralizar com NaOH ou Na2CO3
CAS 7664-93-9
Álcool isoamílico i Incineração
CAS 123-51-3
Butanol i Incineração [c,d]
CAS 71-36-3
Ciclohexano i Incineração [c,d]
CAS 110-82-7
Etanol i a) concentrações inferiores a 24% podem ser descartadas nona rede de esgoto;
CAS 64-17-5 b) concentrações superiores a 24%- incineração
Éter de petróleo i Incineração [b]
CAS 8032-4
Heptano i 1. Destilar para reuso
CAS 142-82-5 2. Incineração [b]
3. Pequenas quantidades: evaporar em disco ou béquer até liberação de fumos (longe de
fontes de ignição)
Hexano i 1. Destilar para reuso
CAS 110-54-3 2. Incineração [b]
3. pequenas quantidades: Se a legislação local permitir deixar evaporar em disco ou béquer.
Metanol i Incineração [b]
CAS 67-56-1
Hidróxido de amônio c Neutralizado com HCl
CAS 1336-21-6
Hidróxido de potássio c Neutralizar com HCl
CAS 1310-58-3
Hidróxido de sódio c Neutralizar com HCl
CAS 1310-73
Permanganato de potássio o Acidificar com H2SO4 3M, adicionar bissulfito de sódio (sol. concentrada) e até desaparecimento da
CAS 7722-64-7 cor magenta. Neutralizar com Na2CO3, se necessário. Descartar na rede de esgoto [b]
Tolueno i 1.Destilar para reuso ou
CAS 108-88-3 2. incineração [b]
Cloreto de antimônio r Adicionar 4 g de silicato de sódio para cada grama de sal de antimônio. Leve a fervura, resfrie, Filtre
CAS 10025-91-9 o precipitado, descarte o filtrado na rede de esgoto e disponha o resíduo em aterro industrial [b]
Cloreto de alumínio r Adicionar excesso de Na2CO3. Neutralizar se necessário e descartar na rede de esgoto (b)
CAS 7446-70-0
Peróxido de o Adicionar à solução de H2O2 diluída (5%) uma solução de metabissulfito de sódio 50% em excesso.
Hidrogênio Reação exotérmica.. Neutralizar e descartar na rede de esgoto [b]
CAS 7722-84-1
t Para solução com <0,45 mg mL-1 Cd: precipitar com metassilicato de sódio 0,125 g mL-1. Aquecer o
Cádmio precipitado branco formado de silicato de sódio a 80°C por 15 minutos, para completar a reação.
CAS 7440-43-9 Resfriar, filtrar, descartar o filtrado na rede de esgoto e o resíduo encaminhar para o aterro sanitário.
t 1 g de IR 120 ou Dowex 50X8-100 para 40 mL de solução contendo no máximo 1000 mg.L-1 .
Cloreto estanoso Misturar 24 h, filtrar, encaminhar o resíduo para aterro industrial [d].
CAS 7772-99-8

27
Sais de chumbo t a) Para 40 mL de solução contendo no máximo 1000 mg.L-1 do metal: 1 g de resina Amberlite IR 120
CAS Nitrato 10099-74-8 ou Dowex 50x8 – 100. Misturar por 24 horas, filtrar. O resíduo deve ser encaminhado a um aterro
Acetato 546-67-8 industrial [b]
Sais de mercúrio t a) Soluções 1 g L-1 – ajustar pH para 10 com NaOH 10%, adicionar solução de Na2S 20% em
CAS Nitrato 14836-60-3 excesso até precipitar, filtrar, descartar o filtrado na rede de esgoto com volume 50 vezes maior de
água . Encaminhar o resíduo para um aterro industrial.
b) Para cada 200 mL de solução com até 1000 mg L-1 . adicionar 1 g de resina Amberlite IRA 120
ou Dowex 1X8- 100, misturar por 24 horas, filtrar e dispor o resíduo em aterro industrial[d].
Sais de urânio t, rad Misturar a solução contendo urânio com resina Amberlite IR 120 - 1 g de resina para cada 200 mL
Acetato de Uranila de solução 1000 mg.L-1 ou 1 g para l litro de solução 60 mg.L-1. Contatar por 24 horas ou 4 horas
CAS 541-09-3 respectivamente. Filtrar, descartar o filtrado na rede de esgoto e a resina complexada dispor como
resíduo radioativo [d].
Solução de cromo t Reduzir o Cr (VI) a Cr(III) adicionando solução de metabissulfito de sódio em meio ácido. Reduzir o
pH até 3-4 com solução de HCl Adicionar carbonato de cálcio ou cal virgem para auxiliar na
precipitação do cromo. Precipitar o cromo elevando o pH para 8-9. Deixar decantar por uma noite.
a) ASTM-Standard Guide for Disposal of Laboratory Chemicals and samples. D 4447-84;
b) ARMOUR, M.A. Hazardous laboratory chemical: disposal guide. Boca Raton: CRC Press, 1996;
c) International technical information institute Toxic and hazardous industrial chemicals safety manual Tokyo, 1977;
d) Lune, G.; Sansone, E.B. Destruction hazardous chemical in the laboratory. 2 ed. N.Y., John Wiley & Sons, 1994.

28
ROTULAGEM, RECOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DOS RECIPIENTES

Rotulagem dos recipientes de resíduos

Todos os recipientes dos resíduos perigosos deverão ser identificados com


rotulagem adequada tendo um rótulo escrito: “RESIDUO PERIGOSO” na parte
superior e, na parte inferior
”Manusear com cuidado.
Contém Resíduos tóxicos ou perigosos”

Etiqueta de identificação

Bombonas, tonéis e recipientes de estocagem temporária devem ser identificados


com rótulos contendo informações como data de descarte; volume, características
do resíduo (natureza química, propriedades físicas, tais como, volatilidade, ponto
de fusão e de ebulição) e se possível da composição do resíduo mesmo que
aproximada.

Características especiais devem ser ressaltadas. Por exemplo, explosivo,


pirofórico, radioativo, entre outras.

No rótulo não se aceitam nomes genéricos, abreviações ou fórmulas. Deve ser


evitado colocar rótulos escritos à mão.

A rotulagem do frasco e a ficha de acompanhamento para descarte ou pré-


tratamento podem seguir os Modelos do Anexo 1

É necessário que seja realizado um controle do que é descartado, de sua


quantidade, da data, do responsável pelo descarte e, principalmente, do
tratamento aplicado no material descartado.

A rotulagem dos resíduos segue um padrão de cores, da mesma forma que a


classificação de reagentes.

Rótulos vermelhos para RESÍDUOS ORGÂNICOS


Rótulos amarelos para RESÍDUOS ÁCIDOS
Rótulos azuis para VENENOS OU TÓXICOS
Rótulos brancos para RISCO DE CONTATO - CORROSIVO
Rótulos laranja para resíduos que podem ser armazenados em locais gerais

Outras informações podem ser adicionadas tais como, diagrama de Hommel,


número ONU e número de risco.
A incompatibilidade entre substâncias deve estar expressa nos rótulos. As
etiquetas raiadas indicam incompatibilidade da tal substância com as demais e/ou
outras substâncias da mesma classe de risco. Por exemplo:

Não devem ser armazenadas com outras substâncias da


mesma classe da cor sólida, no caso, de outros
inflamáveis.

ACONDICIONAMENTO E EMBALAGENS

Segundo as normas ABNT, acondicionamento (NBR 12807, 1993) é o ato de


embalar os RSSS (Resíduos Sólidos do Serviço de Saúde) em recipientes para
protegê-los de risco e facilitar o seu transporte, devendo ser executado no
momento de sua geração, no seu local de origem ou próximo, e com a correta
identificação (ABNT - NBR 12809 ).

• Embalagens apropriadas para acumulação e armazenamento devem ser


proporcionados para o pessoal que gera resíduos.

• Os recipientes utilizados devem ser de tipo e tamanho adequados, com alta


vedação e material estável.

• Geralmente a melhor embalagem é a própria do reagente.

• Manter sempre uma embalagem secundária que possa conter 110% do


volume de resíduo.

A segregação dos resíduos deve obedecer a uma classificação básica,


dependendo do tipo de resíduo, suas propriedades físico-químicas bem como a
compatibilidade entre os resíduos. Os procedimentos para recolhimento e
desativação de resíduos deverão seguir indicadores distintos, como:

Classificação dos recipientes para Resíduos Recipiente


Coletor
Solventes e soluções de substâncias orgânicas que não A
contenham halogênios
Solventes orgânicos contendo halogênios B
Reagentes orgânicos relativamente inertes, do ponto de A
vista químico, recolher no recipiente Coletor A
Reagentes orgânicos relativamente inertes, do ponto de C
vista químico. Se contiverem halogênios no Coletor B
Soluções aquosas de ácidos orgânicos deverão ser D
neutralizadas cuidadosamente com bicarbonato de sódio ou

30
hidróxido de sódio
Soluções salinas (pH entre 6-8) E
Inorgânicos tóxicos (metais tóxicos ) F
Mercúrio e seus sais G
Sais metálicos regeneráveis – Coletor I H
Resíduos sólidos de orgânicos: sacos plásticos ou barricas I
originais
Sólidos inorgânicos K

Estocagem/Armazenamento

A estocagem/armazenamento deve seguir as normas estabelecidas pela ABNT.


Normas que deverão ser consultadas:

• NBR 11174 – Armazenamento de resíduos classe II (IIA não inertes e


IIB inertes)
• NBR 12235 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos
• NBR 7500 – Identificação para transporte terrestre, manuseio,
movimentação e armazenamento de produtos

Para os resíduos Classe I, a NBR 12235 estabelece que “4.3.1. Um local a ser
utilizado para o armazenamento de resíduos deve ser tal que:”

• O perigo de contaminação ambiental seja minimizado


• A aceitação da instalação pela população seja maximizada
• Evite, ao máximo, a alteração da ecologia da região
• Esteja de acordo com o zoneamento da região

Além disso, devem ser observados:

• Acondicionamento de resíduos
• Características dos resíduos
• Critérios de localização
• Isolamento e sinalização
• Iluminação e força
• Comunicação
• Acessos
• Treinamento
• Manuseio
• Controle da poluição
• Armazenamento em contêineres e/ou tambores

31
Para os resíduos Classe II, a NBR 11174 estabelece que, “Na seleção do local de
armazenamento devem ser considerados os seguintes fatores:”

Uso do solo
Topografia
Geologia
Recursos Hídricos
Acesso
Área Disponível
Meteorologia

As normas da ABNT não mencionam quais são os tipos de materiais constituintes


dos recipientes

Mencionam apenas que devem ser resistentes e compatíveis segundo as


características físico-químicas do resíduo

Para a estocagem deverão seguir os mesmos critérios de estocagem de


reagentes novos e seguindo estas recomendações:

• Não guardar material na capela, bancadas ou pias


• Não guardar material em lugares onde um derrame poderia contaminar o
solo ou áreas externas
• O resíduo deve ser guardado em lugar que esteja sob o controle do gerador
• Material fora do laboratório deve estar sob chave e ser inspecionado
regularmente.
• Segundo as normas da EPA, os resíduos de laboratório devem ser
descartados no mínimo a cada 90 dias.

Alguns problemas comuns com o armazenamento de substâncias/produtos


inflamáveis são:

• Armazenamento inapropriado em frascos de vidro


• Falta de conexão-terra adequada para evitar a produção de faíscas por
estática devido ao fluxo do líqüido
• Mistura de solventes no frasco de resíduos
• Falta de um sistema de limpeza dos derrames de solventes
• Falta de ventilação ao nível do solo
• Fumar em áreas de solventes ou presença de fontes de ignição
• Armazenamento de solventes (éter, p.e.) em refrigeradores sem sistema à
prova de explosões
• Transporte inapropriado de solventes
• Armazenamento inadequado de solventes ao lado de oxidantes ou outros
reativos químicos
• Extintores de fogo inadequados ou sistemas de extinção automáticos
deficientes

32
• Falta de sistema de detecção de chamas e de amortecimento/acomodação
de explosões

O local deverá apresentar extintores de incêndio para os casos de emergência. Os


operadores deverão ser treinados no uso desses extintores.

EXTINTOR QUANTO AO TIPO DE FOGO


Tipo de fogo a À
Dióxido Químicos
ser combatido Espuma Base Bomba Cartucho Químicos
de Secos
de Tanque de Gás Secos
Carbono Ordinários
Água
CLASSE:
SIM NÃO SIM SIM SIM SIM SIM
Combustíveis
Ordinários
CLASSE:
SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
Líquidos
Inflamáveis
CLASSE:
NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
Equipamentos
Elétricos

A escolha do local de estocagem/armazenamento ou, se já existente, pode ser


avaliada aplicando-se o seguinte questionário:

Em tempo: O site do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São


Paulo traz muitas informações importantes.

http://200.136.89.251/default.html

33
Sim Não
Localização e Construção
1. A construção satisfaz os requisitos técnicos no que diz respeito à localização (ABNT)? Se
for não, em quais aspectos existem falhas?
2. O acesso ao local (entradas e saídas) satisfaz os requisitos técnicos?
3. Qual a capacidade nominal do local?
4. Em relação à construção, o local corresponde aos requisitos considerados (ABNT):
- Edificação?
- Pavimentação?
- Drenagem?
- Ventilação?
- Iluminação?
- Saídas de emergência?
- Pára-raios?
Se não, em quais aspectos existem falhas? Descrever.
5. O local contém sistema de diques de contenção com no mínimo 20 cm de altura?
6. O local possui sistema adicional para contenção de resíduos resultantes de incêndios?
Qual?
- Fosso para retenção?
- Parede externa para contenção?
- Sistema para contenção de gases?
- Outros? Descrever.
7. Se houver algum tipo de acomodação ou escritório na estrutura do local:
- Está adequadamente separado deste?
- Tem pelo menos uma saída que não passa pelo local de armazenamento?
Gerenciamento do Local de Armazenamento
8. Quais são as condições do local? Está:
- Bem sinalizado?
- Limpo?
- Isolado?
- Com disposição correta de produtos?(In)Compatibilidade.
- Com equipamentos de proteção (contra incêndio e individual)?
- Equipado com materiais absorventes e neutralizantes?
- Equipado com tambores para retirada de material descartado?
- Com telefones de emergência em local visível?
- Com fichas de emergência e segurança dos produtos armazenados?
9. Respeitando a altura máxima de empilhamento das embalagens?
10. Há uma estrutura gerencial definida, com responsabilidades claras das pessoas que estão
autorizadas a trabalhar no local?
11. Estas responsabilidades incluem:
- Recebimento e despacho de mercadorias?
- Higiene, saúde e segurança?
- Condições de armazenamento apropriadas?
- Sistema de segurança do local (contra assalto e incêndio criminoso)?
- Proteção ao meio ambiente?
- Procedimentos do plano de emergência?
- Requisitos quando forem realizados trabalhos secundários?
12. Precauções de segurança contra assalto e incêndio criminoso, incluem:
- Sistema de alarme?
- Janelas e portas protegidas?
- Vigilância durante 24 horas?
- Suficiente iluminação externa?
13. Todos os trabalhadores do local estão treinados com relação à:
- Conhecimento dos riscos à saúde dos diferentes produtos armazenados?
- Manuseio seguro e correto destes produtos?
- Procedimentos de emergência?

35
14. As Fichas de Emergência e Segurança de Produtos estão completas e atualizadas?
15. Os registros de entrada e saída (estoque) de produtos estão atualizados? Este fato garante
saber quantidade e localização desses produtos a qualquer momento se for necessário?
Higiene e Segurança Pessoal
16. Os padrões de higiene e segurança pessoal são adequados?
17. São usadas roupas específicas para o trabalho realizado no local?
18. Quando necessário, são usados Equipamentos de Proteção Individual?
Descarte de Resíduos e Embalagens
19. Há um procedimento para o caso de derrame, vazamento ou escape de produtos?
20. Esse material resultante é absorvido e descartado adequadamente?
21. Há um procedimento de emergência no caso de intoxicações?
22. As embalagens vazias são armazenadas, descartadas ou destinadas adequadamente?
Incêndio
23. Existem sinais de "É Proibido Fumar" na área?
24. Os produtos são armazenados distantes de equipamentos que possam causar faísca e
conseqüentemente fogo?
25. O número de extintores de incêndio, hidrantes e geradores de espuma é suficiente no caso
de incêndio no depósito?
26. O local contém detectores de fumaça e incêndio (alarme)?
27. O alarme está ligado ao corpo de bombeiros?
28. Existe um plano de emergência?
29. Funcionários são treinados e praticam freqüentemente o plano de emergência?
30. Autoridades locais conhecem o sistema de segurança do local?
Fonte: Modificado de: ANDEF - Associação Nacional de Defesa Vegetal

36
CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES BÁSICAS DOS PRINCIPAIS TERMOPLÁSTICOS

Propriedades físicas e mecânicas

Temperatura
Aspecto Outras Aplicações Comportamento quanto à
Plástico de fusão
visual propriedades principais inflamabilidade
(oC)

tampas, vasilhames
PEAD incolor, opaco 130-135 alta rigidez e resistência
frascos em geral
queima lenta, chama amarela, com odor de vela

incolor,
alta flexibilidade e boa utensílios domésticos
PEBD translúcido a 109-125
resistência mecânica sacos, frascos flexíveis
queima lenta, chama amarela, com odor de vela
opaco
boa resistência a
pára-coques de carro
PP incolor, opaco 160-170 choques alta resistência
garrafas, pacotes
queima lenta, chama amarela, com odor de vela
química
grande rigidez; baixa utensílios domésticos
incolor, queima rápida, chama amarela/laranja, com odor
PS transparente
235 resistência a choques rígidos, brinquedos,
de estireno
ou riscos; transparência industria eletrônica
flexibilidade com adição
incolor, tubos rígidos água/esgoto queima difícil, com carbonização e chama
PVC transparente 273 de modificadores; alta
tubos flexíveis, cortinas amarelada com toques verdes
resistência à chama
incolor, alta resistência fibras têxteis, frascos de
queima razoavelmente rápida, com chama
PET transparente 250-270 mecânica e química, refrigerante, mantas de
amarela fuliginosa
opaco transparência e brilho impermeabilização

Um bom exemplo a ser seguido, como referência, é dado na tabela a seguir para o caso do armazenamento de
agrotóxicos (SUCEN, www.sucen.sp.gov.br/docs_tec/seguranca/cap23arm.pdf).
39
Normas para outros resíduos

• Resíduos Biológicos: São resíduos humanos, animais, tecidos de plantas


ou qualquer fluido com organismos patogênicos. Estes resíduos devem
estar claramente identificados com símbolo universal para bioperigo.
Devem ser se possível Autoclavados antes do descarte ou incinerados.

• Cilindros de gás – devolver ao fabricante

• Vidro quebrado, ponteiras ou material cortante: O vidro quebrado deve


ser colocado numa embalagem apropriada (caixa de papelão duro) e
identificada como “VIDRO Quebrado”.

• Descarte de vidros: O laboratório deverá dispor de lixeiras específicas


para descarte de vidros e vidraria de laboratório.

Antes de descartar qualquer embalagem:


• Retirar o rótulo
• Enxaguar três vezes com solvente apropriado (água, acetona, etanol)
que solubilize os restos de produtos que estavam presentes nos
recipientes. Estocar o resíduo ou água de lavagem para tratamento;
• INUTILIZAR para Descartar em lixo comum ou “lixo que não é lixo” para
reciclagem quebrando o recipiente.

• Lixo e embalagens: Papeis usados e materiais inservíveis só deverão ser


jogados no coletor de lixo reciclável, caso não estejam contaminados. Os
papeis contaminados (papel de filtro, filtros de gases, sílica, absorvedores
de umidade) deverão ser separados para descarte junto aos resíduos
sólidos.

O mesmo tratamento deve ser dado às embalagens plásticas que devem ser
descartadas na lixeira específica de plásticos após lavagem prévia de
descontaminação quando não represente riscos. As embalagens contaminadas
deverão ser separadas e descartadas junto aos resíduos sólidos.

RESÍDUOS DESTINADOS PARA INCINERAÇÃO E/OU ATERRO SANITÁRIO

Contatar empresa para destinação adequada do passivo (resíduos químicos -


classe I) com destino ao incinerador e/ou aterro. Itens importantes a serem
observados na contratação serviços:

• Responsabilidade da obtenção do CADRI – Certificado de


Autorização de Destino de Resíduos Industriais
• Responsabilidade sobre o acondicionamento
• Possível custo de análise da CETESB (dispensável)
• Responsável pela rotulagem adequada
• Acompanhamento por engenheiro químico responsável
• Emissão de Laudo de queima
• Fornecer nome dos cientes que já utilizaram do serviço

Coleta seletiva

O laboratório deverá dispor de containers (recipientes, cestas) coloridas


padronizadas e identificadas dispostas por todo o laboratório para coleta seletiva
dos materiais a serem descartados. As cores seguem a padronização (Resolução
CONAMA no 275 de 25 de abril de 2001 (Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998,
e no Decreto no 3.179, de 21 de setembro de 1999, Artigo1o estabelece o código
de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de
coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta
seletiva).

AZUL: papel/papelão

VERMELHO: plástico

VERDE: vidro

AMARELO: metal

PRETO: madeira

LARANJA: resíduos perigosos

BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de


saúde

ROXO: resíduos radioativos

MARROM: resíduos orgânicos

CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou


contaminado não passível de separação

41
• Papéis sem tratamento superficial como plastificação, metalização,
carbonatos, etc.
• Materiais e frascos de vidro devem ser lavados (descontaminar) antes do
descarte.
• Tampas e embalagens plásticas devem ser lavados (descontaminar) antes
do descarte.

Respostas à emergência de derrame

Utilizar kits e aplicar normas no caso de derrame.

No site da CETESB há um vasto material que pode ser consultado em casos de


derrame, vazamento e emergência química em geral.

No site da EMBRAPA há recomendações específicas para manuseio de


agrotóxicos
(www.cpatu.embrapa.br/sistemasdeproducao/pimenta_do_reino/paginas/uso.htm)

Sempre ter facilmente disponível as FISPQ para consulta em emergências.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Equipamento Característica
Avental Algodão,
Óculos Ampla visão, proteção UV, proteção
impacto, proteção facial,
Luvas Geral: látex, PVC, couro,
Calor: Kevlar®, Nomex®
Sapatos Couro com biqueira de aço,
antiderrapante, anti-estático
Máscara gases/partículas Partículas aéreas, gases
Inorgânicos, gases orgânicos,
respiração autônoma
Capacete Proteção impacto,
Dosímetro*
*O dosímetro não é um EPI, porém, no manuseio de substâncias radioativas ou
em atividades em áreas com material radioativo é importante o seu uso.

42
RESUMO DAS AÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS

É importante que haja interesse da Instituição em implementar o Programa de


Gerenciamento de Resíduos Químicos (PGRQ). Atitudes isoladas tendem a
apresentar muitas dificuldades para se disseminar para outras áreas. É altamente
recomendável que esse interesse esteja documentado de modo a evidenciar o
envolvimento institucional. A Instituição precisa apoiar a implementação e a
manutenção do programa consubstanciado por provisão de verbas e pessoal
competente.

ETAPA PREPARATÓRIA

1. Comunicação
a. Disseminar o Programa
b. Manter as informações atualizadas
c. Estabelecer uma via de comunicação entre as partes interessadas e
a Gerência do programa
2. Se existir passivo
a. Inventário
b. Foi caracterizado ?
i. Onde estão as informações ?
c. Há possibilidades de reuso e/ou reciclo desse passivo (total ou
parcial)
i. Estabelecer comunicação entre as unidades para verificar
possível uso desse passivo em outras atividades
d. Qual é a destinação final ?
i. É possível ?
ii. Há verba e procedimento adequado ?
iii. Há cronograma de ação para eliminação desse passivo ?
3. Legislação para destinação final do passivo
a. O órgão de controle ambiental competente (CETESB, vigilância
sanitária, ANVISA) deverá ser contatada;
b. Deverá ser verificada a necessidade do CADRI junto ao órgão de
controle ambiental;
c. Algumas empresas exigem informações sobre a natureza dos
resíduos já que a presença de substâncias cloradas, cianeto ou
geradores de cianeto, pesticidas, metais tóxicos determinam o
processo aplicável

43
4. Fontes geradoras de resíduos (ativos)
a. Muitas vezes é mais fácil e conveniente inventariar inicialmente o
estoque
b. As fontes geradoras devem ser identificadas,
i. Atividades rotineiras (pesquisa, prestação de serviços)
ii. Atividades esporádicas
iii. Quantidades e natureza dos resíduos gerados por período
c. Estabelecimento de um mapa das fontes geradoras para melhorar
gerenciar o Programa (otimização, racionalização, minimização)
5. Segregação dos resíduos
a. Classes
i. Menor número possível
ii. De acordo com características semelhantes (metais, resíduos
sólidos, solventes clorados e não-clorados, cianeto e
geradores de cianeto, por exemplo),
iii. Considerar as exigências do destinatário final dos resíduos.

AÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO E DE MANUTENÇÃO

1. Comunicação
a. Manter as informações atualizadas
b. Estabelecer uma via de comunicação entre as partes
interessadas e a Gerência do programa
c. Incentivo permanente por ações alinhadas
d. Apresentação de metas, estratégias e resultados
2. Minimizar a geração de resíduos
a. Reduzir a escala
b. Procedimentos mais recentes
c. Planejamento e otimização dos processos (ensaios, reações)
d. Estabelecer metas de redução de uso e geração de resíduos
3. Responsabilidade Objetiva
a. Apresentar e fundamentar
b. Conscientizar a idéia de que o gerador do resíduo (individual ou
institucional) é o responsável pelo seu tratamento

44
c. Divulgar que nem sempre a centralização do tratamento é a
estratégia mais eficiente para o gerenciamento dos resíduos
4. Fichas de informações de produtos químicos, FISPQ
a. Estimular o uso das FISPQ
b. Obter informações básicas sobre propriedades, características e
comportamento das substâncias
c. Incentivar o conhecimento prévio das substâncias manipuladas
5. Identificação
a. Incentivar a obrigatoriedade da rotulagem
b. Características, prazo de validade, responsável
6. Minimização do perigo
a. Decomposição/destruição dos resíduos
b. Procedimentos eficazes e eficientes
c. Tradicionais e avançados
d. Pequena e grande escala
e. Baixo custo
7. Armazenamento
a. Temporário
b. Recolhimento adequado (forma, volume, compatibilidade)
c. Condições e locais adequados para o recolhimento e estocagem
8. Áreas críticas
a. Natureza, freqüência e quantidade das substâncias geradas
b. Atividade (laboratório, processo, unidade)
9. Gerenciamento
a. Estabelecimento de metas factíveis
b. Avaliações periódicas
c. Comunicação de resultados (participação e conscientização)
d. Reconhecimento de resultados e atuações positivas

45
LEMBRETES

Prevenir é mais fácil do que remediar

O produto TREINAMENTO X ATUALIZAÇÃO é sempre POSITIVO.

Separe os resíduos antes de adicionar no Coletor de Resíduos


(Segregação)

Nunca jogue resíduos químicos, biológicos na rede de esgoto ou lixo


comum

Designe uma área específica do laboratório para a coleta de


resíduo e rotule adequadamente como “PERIGO! Resíduo
Perigoso”

Os resíduos não devem ser guardados por mais de 90 dias

Rotule e etiquete todas as embalagens

Sua Saúde e O meio Ambiente Agradecem


CQMA/IPEN
2006

Agradecimentos: FAPESP Processo n. 01/01207-0.

46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

American Chemical Society Task Force on Laboratory Waste Management,


Laboratory Waste Management: a guide book. Washington(DC): American
Chemical Society, 1994.

American Standard for testing and materials. Standard Guide for Disposal of
Laboratory Chemicals and samples. ASTM, 2003. (ASTM D 4447-84).

ARMOUR, M.A. Hazardous laboratory chemical: disposal guide. Boca


Raton: CRC Press, 1996.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Resíduos sólidos:


Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. (NBR- 10004).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Armazenamento de


resíduos sólidos perigosos: procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1988.
(NBR-1183).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Critérios para


lançamento de efluentes líquidos industriais no sistema coletor público de
esgotos sanitários: procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1995 (NBR 9800).

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA VEGETAL. Disponível em


<www.andef.com.br/2003/index.asp>. Acesso em 23 julho 2006.

COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR - CNEN. Gerência de


rejeitos radioativos em instalações radioativas. Rio de Janeiro, 1985
(CNEN.NE-6-05).

INTERNATIONAL TECHNICAL INFORMATION INSTITUTE: Toxic and


hazardous industrial chemicals safety manual, Tókio, 1977.

JARDIM, W. F. Gerenciamento de resíduos Químicos, Apostila. Laboratório


de Química, Instituto de Química, UNICAMP. Disponível em
<www.lqa.iqm.unicamp.br>. Acesso em 23 julho 2006.

FONTES PARA CONSULTA

ALEXEYEV, V.N. Qualitative chemical semimicroanalysis. Mir Publishers,


Moscow, 1980.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA – ABIQUIM.


<www.abiquim.org.br/>
• Lista de Produtos Químicos Brasileiros

47
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB.
<www.cetesb.sp.gov.br>
• Manual de Gestão de Riscos Químicos
• Manual de Produtos Químicos Perigosos
• FISPQ

Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA.


<www.mma.gov.br/port/conama/index.cfm>.
• Resoluções: 5/1988, 6/1988, 357/2005

DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES. CENTERS FOR


DISEASE CONTROL & PREVENTION. THE NATIONAL INSTITUTE FOR
OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH – NIOSH.
<www.cdc.gov/niosh/homepage.html>
• Saúde Ocupacional e do Trabalho
• Informações sobre substâncias químicas

Portal FUNDACENTRO – Centro Técnico Nacional. Fundação Jorge Duprat


Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO.
<www.fundacentro.gov.br>.
• Saúde do Trabalhador

KURIACOSE, J.C., RAJARAM, J. Physical chemistry of inorganic qualitative


analysis. A laboratory manual. Tata McGraw-Hill Publishing, New Delhi,
1972.

MALLINCKRODT BAKER DO BRASIL LTDA. < www.mallbaker.com>


• MSDS

MERCK S.A. <chemdat.merck.de>


• MSDS
• Segurança

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. <www.agricultura.gov.br>


• Agrotóxicos
• Codex Alimentarius
• Programa AGROFIT

Ministério da Saúde. <www.saude.gov.br>


• ANVISA <www.anvisa.gov.br>
• Monografia de Agrotóxicos
• Legislação

Ministério do Trabalho e Emprego. <www.mte.gov.br>

48
• Relações do Trabalho

U.S. DEPARTMENT OF LABOR OCCUPATIONAL SAFETY & HEALTH


ADMINISTRATION – OSHA.< www.osha.gov>
• Segurança do trabalho e saúde ocupacional

SINDICATO DOS PROFISSIONAIS DA QUÍMICA DO ESTADO DE SÃO


PAULO – SINQUISP. <www.sinquisp.org.br>
• Bolsa de Resíduos

VOGEL, A.I. Química analítica qualitativa. Editora Mestre Jou, 5ª. Edição, São
Paulo, 1981.

49
Anexo 1. Modelos de etiquetas para armazenamento de resíduos

50
51
52
CQMA CQMA

RESÍDUO ORGÂNICO RESÍDUO ÁCIDO


Não descarte na Pia Não descarte na Pia
Data:
Data: Técnico:
Técnico: Material.
Material:

CQMA CQMA

ELFUENTE PERIGOSO METAIS TÓXICOS


Não descarte na Pia Não descarte na Pia
Data:
Técnico: Data:
Material Técnico:
Material

CQMA

RESÍDUO RADIOATIVO
NÃO DESCARTAR NA PIA

Data:
Técnico:
Material:
Encaminhar: DSR- Rejeito CCN

53
RESIDUO PERIGOSO

Ácido Metais Tóxicos Radioativo


Orgânico Efluente Tóxico

Data descarte: Responsável


Volume: DESTINO: Tratamento Rejeito Radioativo
Incineração Aterro
Características:

FICHA DE CONTROLE DE DESCARTE

CONTROLE DE DESCARTE DE RESIDUOS DO LABORATÓRIO_______________________


CARACTERÍSTICAS DO RESIDUO:

DATA DE DESCARTE QUANTIDADE LOCAL DE RESPONSÁVEL/ MAT.


DESCARTE

54
Anexo 2. Legislação Ambiental Vigente para Descarte de Efluentes
Padrões Legais para Descarte de Efluentes Líquidos
Parâmetros Unidade Decreto Estadual Federal Decreto Estadual
8468/76Artigo 18 CONAMA 357/2005 Artigo 34 8468/76Artigo 19A
pH - 5,0 e 9,0 5,0 e 9,0 6,0 e 10,0
o
Temperatura C <40 <40(1) <40
Resíduos Sedimentáveis mL/L <=1,0 <=1,0 <=20
Óleos e Graxas mg/L 100,0 - 150,0
Óleos Minerais mg/L - 20,0 -
Óleos Vegetais e mg/L - 50,0 -
Gorduras Animais
DBO mg/L 60,0 (2) - -
Solventes, Combustíveis - - - Ausência
Inflamáveis, etc.
Despejos causadores de - - - Ausência
obstrução na rede
Substâncias - - - Ausência
Potencialmente Tóxicas
Materiais Flutuantes - - Ausência -
Amônia mg/L - - -
Arsênio mg/L 0,2 0,5 1,5(3)
Bário mg/L 5,0 5,0 -
Boro mg/L 5,0 5,0 -
Cádmio mg/L 0,2 0,2 1,5(3)
Chumbo mg/L 0,5 0,5 1,5(3)
Cianeto mg/L 0,2 0,2 0,2
Cobre mg/L 1,0 1,0 1,5(3)
Cromo Hexavalente mg/L 0,1 - 1,5
Cromo Trivalente mg/L - - -
Cromo Total mg/L 5,0 0,5 5,0(3)
Estanho mg/L 4,0 4,0 4,0(3)
Fenol mg/L 0,5 0,5(2) 5,0
Ferro solúvel mg/L 15,0 15,0 15,0
Fluoretos mg/L 10,0 10,0 10,0
Manganês solúvel mg/L 1,0 1,0 -
Mercúrio mg/L 0,01 0,01 1,5(3)
Níquel mg/L 2,0 2,0 2,0(3)
Nitrogênio amoniacal Mg/L 20,0
Prata mg/L 0,02 0,1 1,5(3)
Selênio mg/L 0,02 0,30 1,5(3)
Sulfato mg/L - - 1000
Sulfeto mg/L - 1,0 1,0
Sulfito mg/L - - -
Zinco mg/L 5,0 5,0 5,0(3)
Organofosforados e mg/L - - -
Carbamatos Totais
Sulfeto de Carbono mg/L - - -
Tricloroeteno mg/L - 1,0 -
Clorofórmio mg/L - 1,0 -
Tetracloreto de carbono mg/L - 1,0 -
Dicloroeteno mg/L - 1,0 -
Organoclorados não mg/L - - -
listados
Poluentes Orgânicos Não permitido
Persistentes, POPs (3)
o
(1) a variação no corpo receptor não deverá exceder em 3 C na zona de mistura
(2) Fenóis total, C6H5OH
o
(3) Segundo a Convenção de Estocolmo, ratificada pelo Decreto Legislativo n 204 de 7 de maio de 2004
(4) CONAMA 257/2005: Para os parâmetros não incluídos nas metas obrigatórias, os padrões de qualidade a serem
obedecidos são os que constam na classe no qual o corpo receptor estiver enquadrado

55
Anexo 3. Ficha de acompanhamento e de descarte de resíduo

FICHA DE CONTEÚDO DO FRASCO N0 : ..............


Cada embalagem de resíduo perigoso deve ter um rótulo identificando todos os seus
componentes e uma cópia deve ficar em arquivo.

1. Identificação da Unidade Geradora:

1.1Nome: _____________________________________________________DATA___/____/____

e-mail:__________________________________________________________Ramal:_______
2. Identificação do Resíduo: Liste todos os componentes nesta embalagem, o total deve fechar
em 100%. Use só nomes químicos, não se aceita abreviaturas ou fórmulas
Nome da substância ou elemento químico majoritários concentração (%)

Total 100%
Resíduo líquido..................................................................... pH (indispensável)...................
Tamanho da embalagem ..............................................................Tipo...................................
Quantidade de resíduo gerado.............................................................................................

3. Propriedades do Resíduo - Classificação de Risco (circule todas as que se aplica)


INFLAMÁVEL CORROSIVO TÓXICO REATIVO BIOLÓGICO RADIOATIVO
OUTROS (ESPECIFICAR).........................
Outras Informações: Contém
Cianeto/Nitrila e/ou geradores de cianetos: sim não
Enxofre e/ou compostos de enxofre: sim não
Metais tóxicos? - Sublinhe: cromo, cádmio, chumbo, antimônio, arsênio, níquel, cobalto, estanho,
paládio, selênio, vanádio, manganês, ródio, platina, tálio, telúrio, zinco
Compostos nitrogenados? - sim não
Cloro e/ou compostos clorados ? - sim não .

4. Destino Final: 1.reciclagem 2. reuso 3. Descarte rede de esgoto/lixo comum


Devolução para a Unidade de Processo:
• Centro Combustível Nuclear - CCN: Urânio Enriquecido 20%; 8,9%; baixo
enriquecimento: outros........................................................................................)
• Encaminhamento ao Rejeito Radioativo do IPEN (DSR);
• Estocagem aguardando tratamento adequado
• Lixo reciclável;
• Outros (especificar)........................
o
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PERTINENTE: Resolução CONAMA n 357/2005, Decreto
o
Estadual n 8468/76, CONAMA 05/88, CONAMA 06/88, CNEN NE - 6.05, ANVISA RDC 304/04
outros (especificar):

Observações:_

data Assinatura do responsável pela dela Unidade Geradora

56
Anexo 4. Laudo para acompanhamento de descarte na rede coletora.
CQMA Centro de Química e Meio Ambiente.
0
LAUDO DE ANÁLISES QUÍMICAS N ......./ ........
Controle Origem Inicial Final
Data da Coleta: Data de saída: Temperatura: Coletor:
Parâmetros Unidade Resultados Lei Estadual
997/76Artigo 19A
pH - >=6,0 E <=10,0
o
Temperatura C <40
Resíduos mL/L <=20
Sedimentáveis
Óleos e Graxas mg/L 150,0
Óleos Minerais mg/L -
Óleos Vegetais e mg/L -
Gorduras Animais
DBO mg/L -
Solventes, Comb. - Ausência
Inflamáveis, etc.
Despejos causadores - Ausência
de obstrução na rede
Sub. Potencialmente - Ausência
Tóxicas
Materiais Flutuantes - -
Amônia mg/L -
Arsênio mg/L 1,5
Bário mg/L -
Boro mg/L -
Cádmio mg/L 1,5
Chumbo mg/L 1,5
Cianeto mg/L 0,2
Cobre mg/L 1,5
Cromo Hexavalente mg/L 1,5
Cromo Trivalente mg/L -
Cromo Total mg/L 5,0
Estanho mg/L 4,0
Fenol mg/L 5,0
Ferro solúvel mg/L 15,0
Fluoretos mg/L 10,0
Manganês solúvel mg/L -
Mercúrio mg/L 1,5
Níquel mg/L 2,0
Prata mg/L 1,5
Selênio mg/L 1,5
Sulfato mg/L 1000
Sulfeto mg/L 1,0
Sulfito mg/L -
Zinco mg/L 5,0
Organofosforados e mg/L -
Carbamatos Totais
Sulfeto de Carbono mg/L -
Tricloroeteno mg/L -
Clorofórmio mg/L -
Tetracloreto de carbono mg/L -
Dicloroeteno mg/L -
Organoclorados não mg/L -
listados
(Responsável Técnico:........................................................DATA: .......................

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