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Anjo

existência, dando-lhes variados nomes, mas às vezes são


descritos como tendo características e funções bem di-
ferentes daquelas apontadas pela tradição judaico-cristã,
esta mesma apresentando contradições e inconsistências
de acordo com os vários autores que se ocuparam deste
tema.
Além disso a cultura popular em vários países do mundo
deu origem a um copioso folclore sobre os anjos, que
muitas vezes se afasta bastante da descrição mantida pe-
los credos institucionalizados dessas regiões.

1 Anjos no cristianismo

Ícone de Arcanjo Rafael

Nota: Se procura outros significados da palavra


Anjo, veja Anjo (desambiguação).

Anjo (do latim angelus e do grego ángelos (ἄγγελος),


mensageiro), segundo a tradição judaico-cristã, a mais
divulgada no ocidente, conforme relatos bíblicos, são cri-
aturas espirituais, conservos de Deus como os homens
(Apocalipse 19:10), que servem como ajudantes ou men-
sageiros de Deus. Na iconografia comum, os anjos geral-
mente têm asas de ave, um halo e tem uma beleza deli-
cada, emanando forte brilho. Por vezes são representa-
dos como uma criança, por sua inocência e virtude. Os
relatos bíblicos e a hagiografia cristã contam que os anjos
muitas vezes foram autores de fenômenos milagrosos e a Gustave Doré: Ilustração para a Divina Comédia, de Dante
crença corrente nesta tradição é que uma de suas missões Alighieri: Paraíso, canto XXXI
é ajudar a humanidade em seu processo de aproximação
a Deus. No cristianismo os anjos foram estudados de acordo com
Os anjos são ainda figuras importantes em muitas ou- diversos sistemas de classificação em coros ou hierarquias
tras tradições religiosas do passado e do presente e o angélicas. A mais influente de tais classificações foi es-
nome de “anjo” é dado amiúde indistintamente a todas as tabelecida pelo Pseudo-Dionísio, o Areopagita entre [1]
os
classes de seres celestes. Os muçulmanos, zoroastrianos, séculos IV e V, em seu livro De Coelesti Hierarchia.
espíritas, hindus e budistas, todos aceitam como fato sua A fonte primária ao estudo dos anjos são as citações

1
2 1 ANJOS NO CRISTIANISMO

• 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Dominações,


4. Tronos, 5. Principados, 6. Potestades, 7.
Virtudes, 8. Anjos, 9. Arcanjos.

• São Jerônimo, século IV:

• 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4.


Dominações, 5. Tronos, 6. Arcanjos, 7. An-
jos.

• Pseudo-Dionísio, o Areopagita, em De Coelesti Hi-


erarchia, c. século V:

• 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Do-


minações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Prin-
cipados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.

• São Gregório Magno, em Homilia, século VI:

• 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Do-


Teto do Batistério de São João, em Florença, mostrando as hie-
minações, 5. Principados, 6. Potestades, 7.
rarquias angélicas
Virtudes, 8. Arcanjos, 9. Anjos.

bíblicas, como quando três anjos apareceram a Abraão • Santo Isidoro de Sevilha, em Etymologiae, século
em Gênesis 6:1, embora existam apenas sugestões am- VII:
bíguas para a construção de um sistema como se ele se
tivesse desenvolvido em tempos posteriores.[2] Isaías fala • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4.
de serafins (Isaías 6:2; outro anjo acompanhou Tobias; a Principados, 5. Virtudes, 6. Dominações, 7.
Virgem Maria recebeu uma visita angélica na Anunciação Tronos, 8. Arcanjos, 9. Anjos
do futuro nascimento de Cristo e o próprio Jesus fala de-
les em vários momentos, como quando sofreu a Tentação • São João Damasceno, em De Fide Orthodoxa, sé-
no deserto e na cena do Horto das Oliveiras, quando um culo VIII:
anjo lhe fortaleceu antes da Paixão.
São Paulo faz alusão a cinco ordens de anjos em Efésios • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Do-
1:21. Depois foi Dionísio, o Areopagita, um dos primei- minações, 5. Potestades, 6. Autoridades (Vir-
ros a propor um sistema organizado do estudo dos anjos e tudes), 7. Governantes (Principados), 8. Ar-
seus escritos tiveram muita influência, mas foi precedido canjos, 9. Anjos.
por outros escritores, como São Clemente, Santo Am-
brósio e São Jerônimo. Na Idade Média surgiram muitos • São Tomás de Aquino, em Summa Theologica,
outros esquemas, alguns baseados no de Dionísio, outros (1225-1274):
independentes, sugerindo uma hierarquia bastante dife-
rente. Alguns autores acreditavam que apenas os anjos • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Do-
de classes inferiores interferiam nos assuntos humanos. minações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Prin-
cipados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
As classificações propostas na Idade Média são as seguin-
tes:
• Dante Alighieri, na Divina Comédia (1308-1321):
• São Clemente, em Constituições Apostólicas, século • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Do-
I: minações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Ar-
canjos, 8. Principados, 9. Anjos[3] .
• 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Éons, 4. Hostes,
5. Potestades, 6. Autoridades, 7. Principa-
dos, 8. Tronos, 9. Arcanjos, 10. Anjos, 11. 1.1 As três tríades
Dominações.
De todas estas ordenações a mais corrente, derivada do
• Santo Ambrósio, em Apologia do Profeta David, sé- Pseudo-Dionísio e de Tomás de Aquino, divide os anjos
culo IV: em nove coros, agrupados em três tríades.
1.1 As três tríades 3

1.1.1 Primeira tríade em mais alto grau. Assistem ante o Trono de Deus e é seu
privilégio estar unido a Deus de maneira mais íntima, e
A primeira tríade é composta pelos anjos mais próximos são descritos em Isaías como cantando perpetuamente o
de Deus, que desempenham suas funções diante do Pai. louvor de Deus e tendo seis asas.
O Pseudo-Dionísio diz que sua natureza ígnea espelha
a exuberância de sua atividade perpétua e infatigável, e
Serafins Ver artigo principal: Serafim
sua capacidade de inflamar os anjos inferiores no cum-
O nome serafim vem do hebreu saraf (‫)שרף‬, e do grego,
primento dos desígnios divinos, purificando-os com seu
fogo e iluminando suas inteligências, destruindo toda
sombra.[4] Pico della Mirandola fala deles em sua Oração
sobre a Dignidade do Homem (1487) como incandescen-
tes do fogo da caridade, e modelos da mais alta aspiração
humana [5]

Querubins Ver artigo principal: Querubim

Do hebreu ‫ כרוב‬- keruv, ou do plural ‫ כרובים‬- keruvim, os


querubins são seres misteriosos, descritos tanto no Cris-
tianismo como em tradições mais antigas às vezes mos-
trando formas híbridas de homem e animal. Os povos
da Mesopotâmia tinham o nome karabu e suas varian-
tes para denominar seres fantásticos com forma de touro
alado de face humana, e a palavra significa em algumas
daquelas línguas “poderoso”, noutras “abençoado”.
No Gênesis aparece um querubim como guardião do
Jardim do Éden, expulsando Adão e Eva após o pecado
original (Gênesis 3:23-24). Ezequiel os descreve como
Serafins rodeando o trono de Deus, em iluminura das Petites
guardiães do trono de Deus e diz que o ruflar de suas asas
Heures de Jean de Berry século XIV enchia todo o templo da divindade e se parecia com som
de vozes humanas; a cada um estava ligada uma roda, e
se moviam em todas as direções sem se voltar, pois pos-
suíam quatro faces: leão, (O leão sempre foi reconhecido
como forte, feroz, majestoso, ele é o rei dos animais e
essa face simboliza então sua força). touro, (o touro é re-
conhecido como um animal que trabalha pacientemente
para seu dono. Ele é forte, podendo carregar um urso, e
conhece o seu dono). águia, (como um anjo, este pássaro
voa acima das tempestades, enquanto abaixo delas exis-
tem tristezas, perigos, e angústias. Um pássaro ligeiro e
poderoso, elegante, incansável) e homem, Esta face fala
da mente, razão, afeições,e todas as coisas que envolvem
a natureza humana, isso, para alguns estudiosos, significa
que eles assim como os homens possuem o livre arbítrio.
E eram inteiramente cobertos de olhos, significando a sua
onisciência (Ezequiel 10). Mas as imagens querubins que
Moisés colocou sobre a Arca da Aliança tinham forma
humana, embora com asas (Êxodo 25:10-21; Êxodo 37:7-
9).

Criatura fantástica do tipo dos kerabu, proveniente de Os Querubins, para alguns teólogos, ocupam o topo da
Khorsabad hierarquia, pois alguns não consideram os serafins como
anjos , uma vez que a palavra hebraica para anjo é “ma-
séraph, que significam “abrasar, queimar, consumir”. lak” (mensageiro) e da mesma forma no grego, anjo é
Também foram chamados de ardentes ou de serpentes de “angelus” (mensageiro) e estas figuras aladas que apare-
fogo. É a ordem mais elevada da esfera mais alta. São os cem, na Bíblia, apenas em Isaías capítulo 6, onde exaltam
anjos mais próximos de Deus e emanam a essência divina a Deus mas não comunicam mensagens ao profeta.
4 1 ANJOS NO CRISTIANISMO

São Jerônimo e Santo Agostinho interpretam seu nome fortaleza. Pseudo-Dionísio diz que eles possuem uma vi-
como “plenitude de sabedoria e ciência”. São represen- rilidade e poder inabaláveis, buscando sempre espelhar-
tados muitas vezes como crianças pequenas dotadas de se na fonte de todas as virtudes e as transmitindo aos seus
asas, chamados putti (meninos) em italiano. Têm o po- inferiores.[6]
der de conhecer e contemplar a Deus, e serem receptivos Orientam as pessoas sobre sua missão. São encarrega-
ao mais alto dom da luz e da verdade, à beleza e à sabedo-
dos de eliminar os obstáculos que se opõe ao cumpri-
ria divinas em sua primeira manifestação. Estão cheio do mento das ordens de Deus, afastando os anjos maus que
amor divino e o derramam sobre os níveis abaixo deles.[6]assediam as nações para desviá-las de seu fim, e man-
Satanás é descrito como o querubim ungido, sendo cha- tendo assim as criaturas e a ordem da Divina providên-
mado antes pelo nome de Lúcifer ou Belial. cia. Eles são particularmente importantes porque têm a
capacidade de transmitir grande quantidade de energia
divina. Imersas na força de Deus, as Virtudes derramam
Tronos ou Ofanins Ver artigo principal: Tronos bênçãos do alto, frequentemente na forma de milagres.
São sempre associados com os heróis e aqueles que lutam
em nome de Deus e da verdade. São chamados quando
Os Tronos têm seu nome derivado do grego thronos, que
se necessita de coragem.
significa “anciãos”. São chamados também de “erelins”
ou “ofanins”, ou algumas vezes de Sedes Dei (Trono de
Deus), e são identificados com os 24 anciãos que perpe-
tuamente se prostram diante de Deus e a Seus pés lançam Potestades Ver artigo principal: Potestades
suas coroas (Apocalipse 11:16-17</ref>. São os símbo-
los da autoridade divina e da humildade, e da perfeita As Potestades ou Potências são também chamadas de
pureza, livre de toda contaminação.[6] “condutores da ordem sagrada”. Executam as grandes
ações que tocam no governo universal. Eles são os porta-
dores da consciência de toda a humanidade, os encarre-
1.1.2 Segunda tríade gados da sua história e de sua memória coletiva, estando
relacionados com o pensamento superior - ideais, ética,
A segunda tríade é composta pelos príncipes da corte ce- religião e filosofia, além da política em seu sentido abs-
lestial. trato.
Também são descritos como anjos guerreiros comple-
Dominações Ver artigo principal: Dominação tamente fiéis a Deus. Seus atributos de organizadores
(anjo) e agentes do intelecto iluminado são enfatizados pelo
Pseudo-Dionísio, e acrescenta que sua autoridade é ba-
seada no espelhamento da ordem divina e não na tirania.
As Dominações ou Domínios (do latim dominationes)
Eles têm a capacidade de absorver e armazenar e trans-
têm a função de regular as atividades dos anjos inferi-
mitir o poder do plano divino, donde seus nomes.[6]
ores, distribuem aos outros anjos as funções e seus mis-
térios, e presidem os destinos das nações. Crê-se que as Os anjos do nascimento e da morte pertencem a essa ca-
Dominações possuam uma forma humana alada de be- tegoria. São também os guardiões dos animais.
leza inefável, e são descritos portando orbes de luz e ce-
tros indicativos de seu poder de governo. Sua liderança
também é afirmada na tradução do termo grego kyriotes 1.1.3 Terceira tríade
[küriotés], que significa “senhor”, aplicado a esta classe
de seres. A terceira tríade é composta pelos anjos ministrantes, que
são encarregados dos caminhos das nações e dos homens
São anjos que auxiliam nas emergências ou conflitos que e estão mais intimamente ligados ao mundo material.
devem ser resolvidos logo. Também atuam como ele-
mentos de integração entre os mundos materiais e espiri-
tuais, embora raramente entrem em contato com as pes- Principados Ver artigo principal: Principados
soas. Os Principados, do latim principatus, são os anjos en-
carregados de receber as ordens das Dominações e Po-
testades e transmití-las aos reinos inferiores, e sua po-
Virtudes Ver artigo principal: Virtudes sição é representada simbolicamente pela coroa e cetro
que usam. Guardam as cidades e os países. Protegem
As Virtudes são os responsáveis pela manutenção do também a fauna e a flora. Como seu nome indica, estão
curso dos astros para que a ordem do universo seja pre- revestidos de uma autoridade especial: são os que presi-
servada. Seu nome está associado ao grego dunamis, sig- dem os reinos, as províncias, e as dioceses, e velam pelo
nificando “poder” ou “força”, e traduzido como “virtu- cultivo de sementes boas no campo das ideologias, da arte
des” em Efésios 1:21, e seus atributos são a pureza e a e da ciência.
1.2 Anjos especiais 5

estão diante do Senhor” em Tobias 12:15, uma classe de


seres mencionada também Apocalipse 1:5.
Considerado canônico somente pela Igreja Ortodoxa da
Etiópia, o "Livro de Enoque" fala de mais quatro arcan-
jos, Uriel, Ituriel, Amitiel e Samuel, responsáveis pela vi-
gilância universal durante o período dos nefilim, os “anjos
caídos”. Contudo em outras fontes apócrifas estes são por
vezes chamados de querubins. A igreja Ortodoxa faz de
Uriel um arcanjo e o festeja com Rafael, Gabriel e Miguel
na festa de “Miguel e os outros Poderes Incorpóreos”, em
21 de novembro.
Seu caráter de mensageiros, ou intermediários, é assina-
lada pelo seu papel de elo entre os Principados e os Anjos,
interpretando e iluminando as ordens superiores para seus
subordinados, além de inspirar misticamente as mentes e
corações humanos para execução de atos de acordo com a
vontade divina[8] . Atuam assim como arautos dos desíg-
nios divinos, tanto para os Anjos como para os homens,
como foi no caso de Gabriel na Anunciação a Maria. A
cultura popular faz deles protetores dos bons relaciona-
mentos, da sabedoria e dos estudos, e guerreiros contra
as ações do Diabo.

Anjos Os anjos são os seres angélicos mais próximos


do reino humano, o último degrau da hierarquia angé-
Guido Reni: São Miguel, 1636
lica acima descrita e pertencentes à sua terceira tríade. A
tradição hebraica, de onde nasceu a Bíblia, está cheia de
alusões a seres celestiais identificados como anjos, e que
ocasionalmente aparecem aos seres humanos trazendo or-
dens divinas. São citados em vários textos místicos ju-
deus, especialmente nos ligados à tradição Merkabah.
Na Bíblia são chamados de ‫( מלאך אלהים‬mensageiros de
Deus), ‫( מלאך יהוה‬mensageiros do Senhor), ‫בני אלוהים‬
(filhos de Deus) e ‫( הקדושים‬santos).[9] São dotados de vá-
rios poderes supernaturais, como o de se tornarem visí-
veis e invisíveis à vontade, voar, operar milagres diversos
e consumir sacrifícios com seu toque de fogo. Feitos de
luz e fogo (Jó 15:15; Salmos 104:4), sua aparição é ime-
diatamente reconhecida como de origem divina também
por sua extraordinária beleza.
Fra Angelico; Anunciação

Arcanjo Ver artigo principal: Arcanjo 1.2 Anjos especiais

O nome de arcanjo vem do grego αρχάγγελος, arkangé- 1.2.1 Anjo da guarda


los, que significa “anjo principal” ou “chefe”, pela com-
binação de archō, o primeiro ou principal governante, e
άγγελος, aggělǒs, que quer dizer “mensageiro”. Este tí- Ver artigo principal: Anjos da Guarda
tulo é mencionado no Novo Testamento por duas vezes e
a esta ordem pertencem os únicos anjos cujos nomes são Dentre os anjos da tradição cristã está o tipo do anjo
conhecidos através da Bíblia: Miguel, Rafael e Gabriel. da guarda, chamado "fravashi" pelos seguidores de
Miguel é especificamente citado como “O” arcanjo,[7] ao Zoroastro, e ao anjo da guarda, como o nome diz, é confi-
passo que, embora se presuma pela tradição que Gabriel ada individualmente cada pessoa ao nascer, protegendo-a
também seja um arcanjo, não há referências sólidas a res- do mal até onde a ordem divina o permita, fortalecendo
peito. Rafael descreve a si mesmo como “um dos sete que corpo e alma e inspirando-a à prática das boas ações.
6 2 OS ANJOS EM OUTRAS TRADIÇÕES

que se rebelou contra o Arcanjo Miguel, e contra o pró-


prio Deus, sendo posto por Miguel para fora do Céu.
Com Lúcifer foram todos seus seguidores.
Outros teólogos e alguns grupos cristãos como as
Testemunhas de Jeová, afirmam que “a única referência a
Lúcifer na Bíblia aplicava-se a Nabucodonosor, rei de Ba-
bilônia. E embora a arrogância dos governantes babilôni-
cos realmente refletisse a atitude de Satanás que também
anseia ter poder e deseja colocar-se acima de Deus, a Bí-
blia não atribui claramente o nome Lúcifer a Satanás”.[13]

2 Os anjos em outras tradições

2.1 Judaísmo

Ver artigo principal: Anjo (judaísmo)

Anjo (em hebraico: ‫ַמְלָאְך‬, malach, “mensageiro”) é um


ente no mor das vezes espiritual que serve de elo transmis-
sor entre o homem e o Criador. Sua existência é denotada
em vários trechos da Bíblia hebraica e em diversos textos
da literatura rabínica e do folclore judaico. Alguns an-
Bernhard Plockhorst: Anjo da guarda jos são citados por nome, até mencionados em excertos
da liturgia religiosa, e também servem de protetores da
humanidades e das pessoas individualmente. São entes
1.2.2 O Anjo do Senhor inteligentes mas vinculados e dependentes do poder Di-
vino, que podem assumir diversos tipos de tarefas, que,
Ver artigo principal: Anjo do Senhor aos olhos humanos, podem ser boas ou más.

Na Bíblia, sobretudo no Antigo Testamento há várias


menções à aparição do Anjo do Senhor. A expressão 2.2 Budismo e hinduísmo
“Anjo do Senhor” causa curiosidade por tratar-se não
apenas de mais um anjo e sim de um anjo específico, con- Ver artigo principal: Deva (budismo)
siderando a antecedência do artigo definido o.
De acordo com algumas posições teológicas, o Anjo do O Budismo e o Hinduísmo descrevem os anjos, ou devas,
Senhor que fez vários contatos com personagens bíblicos, como os chamam, de maneira semelhante às outras reli-
entre os quais Abraão, Hagar, Gideão, sendo aparições giões ocidentais. Seu nome deriva da raiz sânscrita div,
do próprio Deus e constituindo, portanto, uma espécie de que significa “brilhar”, e seu nome significa, então, os “se-
teofania ou até mesmo uma cristofania.[10] res brilhantes” ou “auto-luminosos”. Dizem que alguns
deles comem e bebem, e podem construir formas ilusó-
Também é conhecido como o “Anjo da Presença”, em- rias para poderem se manifestar em planos de existência
bora este termo tenha em certas filosofias um significado diferentes dos seus próprios. O Budismo estabelece uma
bem específico. O Anjo da Presença, segundo o pensa- categorização bastante completa para os seus devas, em
mento gnóstico e cristão esotérico, não é um ser com vida grande parte herdada da tradição hinduísta.
própria, mas sim uma forma-pensamento que representa
Cristo durante o sacramento da Eucaristia e é um veículo
da Sua consciência e das Suas bênçãos.[11][12]
2.3 Islamismo

1.2.3 Lúcifer A angelologia islâmica é largamente devedora às tradi-


ções do zoroastrianismo, do judaísmo e do cristianismo
primitivo, e divide os anjos em dois partidos principais,
Ver artigo principal: Lúcifer os bons, fiéis a Deus, e os maus, cujo chefe é Iblis ou Ash-
Shaytan, privados da graça divina por terem se recusado
Segundo diversas tradições, Lúcifer seria um Querubim a prestar homenagens a Adão..[14]
2.4 Espiritismo 7

como mensageiros dos planos superiores, sem, no en-


tanto, tentar atribuir forma ou aparência a tais seres: seria
apenas uma visão de suas formas morais. A diferença da
visão espírita se faz apenas pelo raciocínio de que Deus,
sendo soberanamente justo e bom (atributos que seguem-
lhe a perfeição, ou seja, Deus não precisa evoluir, já é e
sempre foi perfeito e imutável), não os teria criado per-
feitos, pois isso seria creditar a Deus a capacidade de ser
injusto, face à necessidade que os homens enfrentam de
experimentação sucessiva para aperfeiçoarem-se. O Es-
piritismo apresenta a visão de que tais seres angélicos,
independente de suas hierarquias celestiais, estão nesse
ponto evolutivo por mérito próprio, são espíritos santifi-
cados e livres da interferência da matéria pelas próprias
escolhas que fizeram no sentido evolutivo e de renúncia
de si mesmos ao longo do tempo, sendo facultado também
aos homens atuais - ainda muito materializados - atingi-
rem, através de seus esforços morais e intelectuais nas
múltiplas reencarnações, tais pontos de perfeição[17] .
Segundo Allan Kardec, os anjos seriam os espíritos ele-
vados de benignidade superior que são protetores dos ne-
cessitados e mensageiros do amor.[18] Seriam, portanto,
aqueles que trazem mensagens do mundo incorpóreo. Por
este motivo seriam chamados de anjos, palavra que signi-
fica mensageiros, os quais aparecem inúmeras vezes nos
textos sagrados de religiões judaico-cristãs, indicando a
comunicabilidade entre vivos e mortos. Ainda segundo
Sultão Muhammad: A Mi'raj, ou Ascensão de Maomé, rodeado
de anjos. Iluminura, c. 1650 o Espiritismo, os anjos, em sua concepção mais comu-
mente conhecida e aceita - criaturas perfeitas, a serviço
direto de Deus - seriam os espíritos que já alcançaram
Por outro lado, existe também no Islamismo uma catego- a perfeição passível de ser alcançada pelas criaturas. Es-
rização hierárquica. Em primeiro lugar estão os quatro tes, ao fazê-lo, passariam a dedicar a sua existência a fazer
Tronos de Deus, com formas de leão, touro, águia e ho- cumprir a vontade de Deus na Criação, por serem capazes
mem. Em seqüência, vêm o querubim, e logo os quatro de compreendê-la completamente.
arcanjos: Jibril ou Jabra'il, o revelador, intermediário en- Entretanto, a alma, qual criança, é inexperiente nas pri-
tre Deus e os profetas e constante auxiliador de Maomé; meiras fases da existência, e daí o ser falível. Não lhe dá
Mikal ou Mika'il, o provedor, citado apenas uma vez no Deus essa experiência, mas dá-lhe meios de adquiri-la.
Corão (2:98) e quem, segundo a tradição, ficou tão hor- Assim, um passo em falso na senda do mal é um atraso
rorizado com a visão do inferno quando este foi criado para a alma, que, sofrendo-lhe as conseqüências, aprende
que jamais pôde falar de novo; Izrail, o anjo da morte, à sua custa o que importa evitar. Deste modo, pouco a
uma criatura espantosa de dimensões cósmicas, quatro pouco, se desenvolve, aperfeiçoa e adianta na hierarquia
mil asas e um corpo formado de tantos olhos e línguas espiritual até ao estado de puro Espírito ou anjo. Os an-
quantas são as pessoas da Terra, que se posta com um pé jos são, pois, as almas dos homens chegados ao grau de
no sétimo céu e outro no limite entre o paraíso e o inferno; perfeição que a criatura comporta, fruindo em sua pleni-
e Israfil, o anjo do julgamento, aquele que tocará a trom- tude a prometida felicidade. Antes, porém, de atingir o
beta no Juízo Final; tem um corpo cheio de pelos e feitos grau supremo, gozam de felicidade relativa ao seu adian-
de inumeráveis línguas e bocas, quatro asas e uma esta- tamento, felicidade que consiste, não na ociosidade, mas
tura que vai desde o trono de Deus até o sétimo céu.[15] nas funções que a Deus apraz confiar-lhes, e por cujo de-
Por fim, os demais anjos. Como uma classe à parte estão sempenho se sentem ditosas, tendo ainda nele um meio
os gênios, ou djins, que possuem muitas características de progresso.[19]
humanas, como a capacidade de se alimentar, propagar a
espécie, e morrer, e cujo caráter é ambíguo.[16] De toda a eternidade tem havido, pois, puros espíritos
ou anjos; mas, como a sua existência humana se passou
num infinito passado, eis que os supomos como se tives-
2.4 Espiritismo sem sido sempre anjos de todos os tempos. Realiza-se
assim a grande lei de unidade da Criação; Deus nunca
O Espiritismo faz uma descrição em muito semelhante à esteve inativo e sempre teve puros Espíritos, experimen-
judaico-cristã, considerando-os seres perfeitos que atuam tados e esclarecidos, para transmissão de suas ordens e
8 2 OS ANJOS EM OUTRAS TRADIÇÕES

direção do Universo, desde o governo dos mundos até os quistam a individualização, tornando-se serafins.[22]
mais ínfimos detalhes. Tampouco teve Deus necessidade Os anjos são descritos por Hodson como tendo uma ati-
de criar seres privilegiados, isentos de obrigações; todos, tude em relação a Deus completamente diversa da hu-
antigos e novos, adquiriram suas posições na luta e por mana, não concebendo uma existência personalizada in-
mérito próprio; todos, enfim, são filhos de suas obras. dividual, mas sim uma consciência única central e ao
mesmo tempo difusa e onipresente, de onde suas próprias
2.5 Teosofia consciências derivam e à qual estão inextrincavelmente
ligadas. Sentem-se unidos a esta consciência e para eles
não é possível, exatamente por esta unidade, experimen-
tarem egoísmo, separatividade, desejo, possessividade,
ódio, medo, revolta ou amargura. Apesar de serem essen-
cialmente seres amorosos, seu amor é impessoal, sendo
extremamente raras associações estreitas com quaisquer
indivíduos. Em seus estudos Hodson os divide em qua-
tro tipos principais, associados aos quatro elementos da
filosofia antiga: terra, água, fogo e ar.
Hodson faz também uma associação dos anjos com a
Árvore Sefirotal, derivada da tradição Cabalística, defi-
nindo dez ordens. Afirma que um dos aspectos do Logos
é de natureza angélica e acrescenta que ao reino angé-
lico pertencem os chamados espíritos da natureza. Mui-
tos destas classes estão envolvidos em processos naturais
básicos como a formação celular e cristalização mine-
ral, sendo por isso de dimensões microscópicas, cons-
tituindo os primeiros degraus da sua longa evolução em
direção aos anjos planetários e formas ainda mais grandi-
osas como os grandes arcanjos solares, de estatura verda-
Anatomia esquemática do anjo patrono do santuário de Borobu-
deiramente colossal, a ponto de poderem ser percebidos
dur, Java, segundo indicações do teosofista Geoffrey Hodson em
de pontos próximos à extremidade externa do sistema so-
seu livro O Reino dos Deuses. Sua forma é na verdade esférica,
com feixes de luz irradiante, e aqui se mostra em corte. Os cír- lar. Outros tipos são os silfos, as salamandras, as fadas,
culos regulares concêntricos de sua aura indicam sua avançada dríades, ondinas e os variados espíritos da natureza co-
evolução. Muitos detalhes foram omitidos nhecidos desde a antigüidade em várias culturas. Suas
descrições dão uma vívida ideia da importância destes
A Teosofia admite a existência dos seres angélicos, e vá- seres na manutenção da ordem cósmica e na manifes-
rias classes dentre eles, embora existam relativamente tação do universo desde sua origem insondável até as
poucos estudos neste campo que as sistematizem profun- formas físicas, passando por todos os degraus intermé-
damente, dos quais os de Charles Leadbeater e sobretudo dios. Em seu livro O Reino dos Deuses oferece uma série
Geoffrey Hodson são as fontes mais ricas e interessantes. de ilustrações do aspecto dos vários tipos de anjos, di-
ferindo radicalmente das tradicionais representações an-
Charles Leadbeater diz que, sendo um dos muitos reinos gélicas da cultura ocidental, e diz que apesar disso am-
da criação divina, o reino angélico também está, como bos, anjo e homem, derivam suas formas de um mesmo
os outros, sujeito à evolução, e que existem grandes di- arquétipo.[23][24][25]
ferenças em poder, sabedoria, amor e inteligência entre
seus integrantes. Pelo mesmo motivo, o de constituírem
um reino independente, com interesses e metas próprias, 2.6 Na Literatura
diz que os anjos não existem mormente em função dos
homens e seus problemas, como reza a cultura popular, Pouco espaço foi ocupado pelo anjo na modernidade, so-
apesar de assistí-los de uma variedade imensa de for- brevivendo na literatura por meio do culto dos jovens. No
mas, como por exemplo na ministração dos sacramentos entanto, perdeu seu significado original e assumiu outro:
das igrejas, na cura espiritual e corporal dos seres hu- um ser romântico que muitas vezes foi “amaldiçoado”
manos, e na sua inspiração, encorajamento, proteção e ao se apaixonar por uma humana, as histórias mais re-
instrução.[20][21] Mesmo que o reino angélico como um centes são a dos livros "Fallen" (com direitos comprados
todo esteja envolvido em muitas tarefas que não dizem pela Disney) que é o primeiro volume da saga composta
respeito ao homem, Leadbeater afirma em A Ciência dos por Tormenta, Paixão e Rapture. Também é famosa a
Sacramentos que existe uma classe deles especialmente saga “Hush Hush”, composta por Sussurro, Crescendo e
associada aos seres humanos, a dos anjos da guarda, na Silêncio. Já “Halo” trata de um amor que ultrapassa as
verdade uma espécie de silfos, à qual se confia uma pes- barreiras do céu e do inferno”. A saga "Os Instrumentos
soa por ocasião de seu batismo, e que por seu serviço con- Mortais", também tem a temática sobre serafins, e seus
9

descendentes na terra, os Caçadores de Sombras, que pro- [21] Leadbeater, Charles. Los Ángeles Custodios e otros Pro-
tegem os humanos de demônios. tectores Invisibles. Biblioteca Upasika

[22] Leadbeater, Charles.The Science of the Sacraments

3 Ver também [23] Geoffrey HODSON. As Hostes Angélicas

[24] Geoffrey HODSON. O Reino dos Deuses. São Paulo: Pen-


• Angelologia samento, sd.

• Deva [25] Geoffrey HODSON. A Fraternidade de Anjos e Homens.


São Paulo: Pensamento, sd.
• Celestial

6 Ligações externas
4 Notas
• Os Anjos de Deus
5 Referências • Santos Anjos da Guarda, evangelizo.com, 02 de Ou-
tubro de 2011
[1] DIONYSIUS, the Areopagite: The Celestial Hierarchy

[2] Anjos na Bíblia

[3] 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5.


Virtudes, 6. Potestades, 7. Arcanjos, 8. Principados, 9.
Anjos. Site Católico Online

[4] DIONYSIUS, op cit. VII

[5] Giovanni Pico della MIRANDOLA. Oration on the Dig-


nity of Man

[6] Dionísio, De Coelesti Hierarchia, VIII

[7] J. STRONG. Strong’s Exhaustive Concordance of the Bi-


ble, Riverside Books and Bible House, Iowa Falls (Iowa),
ISBN 0-917006-01-1.

[8] Dionísio, “Da Hierarquia Celeste”, IX

[9] Ludwig BLAU & Kaufmann KOHLER. Angelology. In


Jewish Encyclopedia

[10] Paul MIZI. Cristo: o Anjo da presença de Deus

[11] LEADBEATER, Op. cit

[12] Santa Eucaristia. Missão de São Paulo Apóstolo da Igreja


Católica Liberal

[13] Estudo Perspicaz das Escrituras, it-1 379

[14] Mohammed. The Truth Seekers

[15] Angels in Islam, a partir de Encyclopædia Britannica, Inc.


On-line 2002.

[16] Mohammed. The Truth Seekers.

[17] O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 1865

[18] Allan KARDEC. O Livro dos Espíritos, Parte 2, Capítulo


1

[19] Vede 1ª Parte, cap. III, O céu.

[20] Leadbeater, Charles.O Festival dos Anjos


10 7 FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENÇAS DE TEXTO E IMAGEM

7 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem


7.1 Texto
• Anjo Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Anjo?oldid=45852025 Contribuidores: Robbot, Manuel Anastácio, Xadai, Mschlindwein, Rui
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cadito, Danilobd, Lijealso, YurikBot, Fábio Soldá, Porantim, Gpvos, Luís Felipe Braga, MalafayaBot, Fabio b, Arges, Erikebenavraham,
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Gustavo, Escarbot, Wmarcosw, Eduardo.alv.alb, Miguelfornari, Marcus br, Tfcastro, JAnDbot, Alchimista, Hawk~ptwiki, SM~ptwiki,
Celiahelena, Observatore, Idioma-bot, TXiKiBoT, VolkovBot, SieBot, Miguel Couto, Rautopia, Teles, BotMultichill, Blamed, Mário Hen-
rique, AlleborgoBot, Tetraktys, STBot~ptwiki, PipepBot, Jcegobrain, Raphaelmhmorais, Kim richard, Isaiaslima, Mtsviana, Zen Mind,
Oraculomiraculoso, Lourencoalmada, RadiX, SilvonenBot, Vitor Mazuco, Dc1001, Cadur, ChristianH, Luckas-bot, R.i.t.c.h.i.e., Ptbot-
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tins, FMTbot, EmausBot, ZéroBot, Renato de carvalho ferreira, Reporter, Jbribeiro1, Mentibot, ChuispastonBot, Stuckkey, Mjbmrbot,
Allanandre, Colaborador Z, Rrodri13, Paulo Victor Parente, MerlIwBot, Kleber Rayzenn, Antero de Quintal, Shgür Datsügen, Zoldyick,
Nathanael Everton, Leon saudanha, XDiih, Prima.philosophia, Legobot, Nathyvico, LucasFVenturini, Gui0109, Bohème, Marcos dias
de oliveira, Phelipe-1212, Nakinn, NPNP, O revolucionário aliado, Wikimasterbz, Fábia Johansen, Adenilson Lemos Pelozi, Filipe Luís
Brustolin e Anónimo: 187

7.2 Imagens
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IGID-$-$1009314/Blessed_Are_the_Children.htm?sOrig=CAT&sOrigID=12124&ui=6C19473B2A154BB399A10A16F08022BB
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Henry Francis (ed) (1892) "Canto XXXI" in The Divine Comedy by Dante, Illustrated, Hell, Complete, London, Paris & Melbourne: Cassell
& Company Retrieved on 13 de julho de 2009. Artista original: Gustave Doré
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7.3 Licença
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