Você está na página 1de 6

CURSO MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

DISCIPLINA ORGANIZAÇÕES, DIVERSIDADE E RELAÇÕES DE TRABALHO


PROFESSOR HELIO ARTHUR IRIGARAY
CONTATO (End.) JOD 30 – sala 220
CONTATO (e-mail) helio.irigaray@fgv.br
CONTATO (tel) (21) 3083.2434
CARGA HORÁRIA 30h
TURMA AGU III - 2022
PERÍODO 11/10/2022 - 17/12/2022
ENCONTROS Período do curso online: 27/03 – 07/04
02/05 – 12/05

Aulas Presenciais (Zoom): 14/04 – 14:30 / 19:15


15/04 – 08:30 / 12:45
14:00 / 17:45
18/05 – 13:00 / 20:15
19/05 – 08:00 / 13:15

PROGRAMA DA DISCIPLINA

EMENTA DA DISCIPLINA
A construção social das identidades e do comportamento humano, seus impactos
no indivíduo e na vida organizacional, bem como nas relações (sociais) de trabalho.
Os movimentos sociais como fonte de pressões institucionais sobre as
organizações. As políticas de diversidade como respostas estratégicas. Diversidade
da força de trabalho, ESG (Environmental, Social and Corporate Governance),
Responsabilidade Social Corporativa e elemento constitutivo do GRI Report.

OBJETIVOS
As organizações têm sido historicamente estudadas e gerenciadas como entidades
assépticas, em que os indivíduos convivem de forma funcional e neutra em prol de
objetivos econômicos comuns. Esta visão negligencia que, no ambiente
empresarial, convivem indivíduos de distintos segmentos psicográficos e estilos de
vida, os quais, para sobreviver, muitas vezes, se calam e se escondem sob o manto
da impessoalidade profissional. O objetivo deste curso é discutir a diversidade da
força de trabalho (gênero, etnia, deficiência física, estética, religião, doenças
crônicas, orientação sexual): as políticas públicas e organizacionais, o cotidiano nas
relações e nos ambientes de trabalho, bem como os custos psicossomáticos para os
grupos minorizados. Neste sentido, as identidades sociais serão analisadas sob os
diferentes olhares ontológicos.

METODOLOGIA
Você deverá fazer leitura prévia dos textos, condição fundamental para os debates,
exercícios e produtos da disciplina. A experiência tem mostrado que os alunos
habituados a vir para as aulas nutridos pela leitura dos textos levam vantagens
sobre os demais, na construção de seu próprio conhecimento, além de se
destacarem na contribuição do conhecimento grupal. Espera-se que os alunos
contribuam com suas vivências pessoais e experiência profissional.

1
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Apresentação de seminários em grupos de 3 (Action) .............30%
Trabalho Final (individual)...............................................................40%
Participação.......................................................................................30%

ORIENTAÇÕES SOBRE INTEGRIDADE ACADÊMICA


A integridade acadêmica é violada quando ocorre:

• Cola – o uso de material oral ou escrito, informações não autorizadas, nas provas,
estudos de caso, relatórios ou exercícios. Caso ocorra, o(a) aluno(a) está
automaticamente reprovado(a) na disciplina e será encaminhado (a) ao Comitê de
Ética da EBAPE.

• Trabalho de grupo X trabalho individual – o trabalho em equipe é muito bem visto


neste curso; todavia, espera-se que todos os membros da equipe colaborem e
participem no produto final entregue. Caso seja detectado que um membro da
equipe não tenha participado do trabalho entregue, todo o grupo será penalizado
com grau ZERO na atividade.

• Plágio – ou uso proposital – ou não – de material, ideias, artigos, textos de outros,


que não sejam citados, será considerado plágio. O(s) autor(es) deve(m) ser citado(s) ao
longo do texto e não apenas nas referências finais.

• Citações falsas - uso de dados fatos, uso de fontes incorretas ou fabricadas


comprometem a integridade acadêmica; portanto, será atribuído grau ZERO na
atividade.

• Propriedade da informação – informação, seja ela quantitativa ou qualitativa,


escrita ou verbal, que pertença a uma pessoa ou empresa, só poderá ser utilizada
com a autorização escrita do(a) proprietário(a).

• Trabalho igual ou similar que seja submetido em diversas disciplinas, só será aceito
caso haja autorização prévia de todos os professores envolvidos. Caso isso ocorra,
sem a autorização dos professores, será atribuído grau ZERO na atividade. O mesmo
vale para qualquer trabalho da disciplina que tenha sido apresentado em anos
anteriores.

• Cumplicidade – também é considerada violação acadêmica: encobrir ou ajudar


outra pessoa na violação das regras, como por exemplo, assinar a chamada por
outro. Caso ocorra, os envolvidos serão reprovados na disciplina e encaminhados ao
Comitê de Ética da EBAPE

PROGRAMAÇÃO

ENCONTRO 0: 27/03 – 16:00 – 18:00 – Apresentação do curso

ENCONTRO 1: 14/04 – 14:30/19:15


Conteúdo Identidades e Indivíduos: Os Diferentes Enfoques
programático Ontológicos
Hall, S. (2006). A identidade cultural na pós-modernidade.
Leitura obrigatória
Rio de janeiro: DP&A, 2006.

2
Goffman, E (2004). A Representação do Eu na Vida
Cotidiana. 12ª. Edição. Petrópolis: Vozes
Carrieri, A.; Saraiva, L. A.; ENOQUE, A.; Gandolfi, P. (2014).
Leitura recomendada
Identidade nas Organizações Curitiba: Ed. Juruá.
Conteúdo A Construção Social da identidade e Interculturalidade:
programático Quem são os brasileiros?
Berger, P.; Luckman, T. (2014). A Construção Social da
Realidade. São Paulo: Vozes, 2014.
Leitura obrigatória
Social Identity (Harvard course pack)
Da Matta, R. (1979). Carnavais, malandros e heróis. Rio de
Janeiro: Rocco.

Bauman, Z. (2008). O Medo Líquido. Rio de Janeiro: Zahar

Leitura recomendada Freitas, M. E. Diversidade: uma realidade incômoda. GV


Executivo, v. 15, p. 12-15, 2016.

Fotaki, M.; Prasad, A. Questioning Neoliberal Capitalism


and Economic Inequality in Business Schools. Academy of
Management Learning & Education, v.14, n.4, p. 556-575.

Atividade Papel do grupo (experimento de Asch)

ENCONTRO 2: 15/04 – 08:30/ 17:45


Conteúdo Movimentos Sociais, Imigrantes, Refugiados e
programático Expatriados: Fontes de Pressões Institucionais
Rosa, A. (2018). Modelos de mundo como modelos de
organização: framing global e ativismo transnacional no
movimento negro brasileiro. Organizações & Sociedade,
v.25, n.87, p. 704-732

Oliver, C. (1991). Strategic Responses to Institutional


Leitura obrigatória Processes. Academy of Management, 1991, Vol. 16. No, 1,
pp. 145-179.

Freitas, M.E. (2015). Contexto, Políticas Públicas e Práticas


Empresariais no Tratamento da Diversidade no Brasil.
RIGS, v.4n.3 p . 87- 135

Freitas, M. E. 92009). A Mobilidade como Novo Capital


Simbólico nas Organizações: sejamos nômades? O&S
Salvador, v.16 - n.49, p. 247-264 - Abril/Junho.

Warren, I. (2008). Redes de Movimentos Sociais na América


Leitura recomendada
Latina: caminhos para uma política emancipatória?
Cadernos CRH, v. 21, n.54, p. 505-517.

ISER (2018). Movimentos Migratórios: Estudos Sobre


Refugiados.
Conteúdo Políticas de Diversidade: Respostas Estratégicas às
programático Pressões Institucionais

3
Saraiva, L. A. ; Irigaray, H. A. R. (2009) . Políticas de
Diversidade: Uma Questão de Discurso?. RAE. Revista de
Administração de Empresas, v. 49, p. 337-348.
Leitura obrigatória
Global Reporting Initiative [online]
https://www.globalreporting.org/Pages/default.aspx
Cañas, K.; Sondak, H. (2013). Opportunities and Challenges
Leitura recomendada:
of Workplace Diversity. New York: Prentice-Hall.
Conteúdo A construção social dos gêneros: ser homem e mulher no
programático Brasil
Irigaray H.; Vergara, S. (2009). Abrindo o Pacote de Gênero.
Anais do EnANPAD.
Leitura obrigatória
Lugones, M. (2010). Toward a Decolonial Feminism.
Hypatia, v.25, n.4.

Bourdieu, P. (2005). A Dominação Masculina. São Paulo:


Bertand, 2005.

Lanaj, K.; Hollenbeck, J. (2015). Leadership Over-


Leitura recomendada:
Emergence in Self-Managing Teams: The Role of Gender
and Countervailing Biases. Academy of Management
Journal, v.58, n.5, p. 1476-1494

Caso para discussão (ler previamente): Humor or


Atividade
harassment? (Harvard course pack)
Conteúdo Ambiente de trabalho, cor da pele, raça e etnia: Todos nós
programático somos iguais; mas uns são mais iguais do que os outros
Acker, J. (2006). Inequality Regimes Gender, Class, and
Leitura obrigatória Race in Organizations. Gender and Society, vol. 20, n. 4, p.
441-464.
Jaime, P.(2016). Executivos Negros. São Paulo: EDUSP

Leitura recomendada:
Cañas, K.; Sondak, H. (2013). Opportunities and Challenges
of Workplace Diversity. New York: Prentice-Hall.

Atividade Documentário Blue-eyed (olhos azuis)

ENCONTRO 0: 10/05 – 16:00 – 18:00 – Orientação do |Trabalho

ENCONTRO 3: 18/05 – 13:00 / 20:15


Conteúdo
Orientação sexual e ambiente de trabalho
programático
Irigaray, H.; Freitas, M. (2013). Estratégia de Sobrevivência
dos Gays nos Ambientes de Trabalho. Revista de Psicologia
Leitura obrigatória
Política, v.13, n. 26, p. 75-96.

4
Irigaray, H.; Freitas, M. (2011). Sexualidade e Organizações:
Estudos Sobre Lésbicas no Ambiente de Trabalho. O&S,
v.18, n.59, p. 625-641

Eccel, C.; Saraiva, L.; Carrieri, A. (2015). Masculinidade,


Autoimagem e Preconceito em Representações Sociais de
Homossexuais. RPCA, v.9, n.1, p.1-15.
Conteúdo Deficientes Físicos e Mentais, Gordos, Feios: A estética em
programático cena
Irigaray, H.; Vergara, S. (2011). O tempo como dimensão de
pesquisa sobre uma política de diversidade e relações de
trabalho. Cadernos EBAPE.BR (FGV), v. IX, p. 47-62.
Leitura obrigatória
Viana, A.; Irigaray, H. (2016). A Inserção dos Surdos no
Mercado de Trabalho: Políticas Públicas, Práticas
Organizacionais e Realidades Subjetivas. Revista Gestão e
Planejamento, v.17, n.2, p. 214-232
Novaes, J. (2007). O Intolerável Peso da Feiúra - Sobre as
Leitura recomendada
Mulheres e seus Corpos. Rio de Janeiro: Garamond.
Conteúdo Classe social, envelhecimento, sentido do Trabalho e
programático resiliência: Avançando as discussões
Gray, B.; Kish-Gephardt. (2013). Encountering Social Class
Differences at Work. How “Class Work” perpetuates
inequality. Academy of Management Review, v.38, n.4,
p.670-699.

Irigaray, H.; Goldschimidt, C.; Queiroz, L. (2017). Resiliência,


Orientação Sexual e Ambiente do Trabalho: Uma Conversa
Leitura obrigatória Possível? RGSA. Edição Especial, p. 40-54.

Tonelli, M. et al (2018). Envelhecimento nas Organizações:


Postura dos Profissionais Maduros e Práticas de Gestão da
Idade. Anais EnANPAD.

Morin, E.; Tonelli, M.; Plipas, V. (2012). O Trabalho e Seus


Sentidos. Anais do EnANPAD

Leitura recomendada Diversity: the forgotten dimension (Harvard case pack)

ENCONTRO 4: 19/05 – 08:00/13:15


Conteúdo
Avaliação
programático

Atividade Apresentação do Trabalho final

ORIENTAÇÃO TRABALHO FINAL


Os artigos devem ter entre 4.000 e 8.000 palavras, escritos em TNR 12,
espaçamento simples, justificado, seguindo às regras da APA ou ABNT, obedecendo,
obrigatoriamente, a seguinte estrutura:

1. 1. O PROBLEMA
1.1 Introdução

5
1.2 Objetivos da Pesquisa
1.3 Relevância da Pesquisa
1.4 Limitação do Estudo
1.5 Delimitação do Estudo
2. 2. MARCO TEÓRICO
3. 3. PERCURSO METODOLÓGICO
3.1 Coleta de dados
3.2 Tratamento de dados
4. 4. RESULTADOS DA PESQUISA
5. 5. DISCUSSÃO
6. 6. IMPLICAÇÕES DO ESTUDO
7. 7. CONCLUSÃO
8. 8.REFERÊNCIAS
ORIENTAÇÃO TRABALHO FINAL
9. Relatório gerencial – Grupo (3 ou 4 componentes):
Objetivo: avaliar as políticas de diversidade da sua organização

Que desafios e oportunidades existem?


Sugira a adequação de uma política para um grupo minoritário especifico
Explicite as ações a serem adotadas
Justifique os benefícios esperados
Calcule os custos (pecuniários e não pecuniários) esperados

Você também pode gostar