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TRABALHO ACADÊMICO
CURITIBA
2023
1. RESUMO
2. ELABORAÇÃO DA PERGUNTA
De acordo com Pompeu et al. (2019, p. 660), algumas pessoas tendem a naturalizar o
humor homofóbico, não o associando a um ato de discriminação. Elas o enxergam como
parte da cultura brasileira ou de algum determinado local. Na cultura brasileira, o uso de
piadas é comum no dia a dia, o que leva muitas pessoas a terem dificuldades em reconhecê-
las como bullying direcionado a homossexuais. Então muitos funcionários naturalizam esse
humor, não reconhecendo a associação dessas palavras à discriminação.
Outro ponto importante é que as piadas homofóbicas servem como uma forma de
reafirmar e manter a heteronormatividade, ou seja, “a heterossexualidade é uma posição
política hegemônica imposta como fato natural, uma necessidade ontológica colocada como
imprescindível à inteligibilidade dos corpos e condição prévia da identidade humana – não se
trata apenas de exclusão política e social” (MELLO, 2015, p. 233 apud COSTA, 2019, p. 35).
Alguns discursos buscam criar oportunidades para fazer piadas, especialmente quando há
iniciativas anti-homofobia na empresa. Além disso, a associação da homossexualidade a algo
falho, feminino e negativo reforça a ideia de que o masculino é igual ao homem
heterossexual.
Resumindo, os motivos que levam à redução do caráter ofensivo de piadas homofóbicas
são a associação cultural, a dificuldade em reconhecer o bullying e a manutenção da
heteronormatividade.
4. REFERÊNCIAS
POMPEU, Samira Loreto E.; SOUZA, Eloisio M. de. A discriminação homofóbica por meio
do humor: naturalização e manutenção da heteronormatividade no contexto organizacional.
Revista Organizações & Sociedade, v. 26, n. 91, p. 645-664, out./dez. 2019.