Você está na página 1de 27

PROJETO ECORAIS

biodiversidade
e educação
ambiental
marinha e
costeira de
ARmAçãO dOS
BúzIOS
PROJETO ECORAIS
biodiversidade
e educação
ambiental
realização: marinha e
costeira de
armação dos
búzios
apoio: Parcerias:
o livreto “biodiversidade e educação ambiental marinha e costeira de armação
dos búzios” foi oferecido por uma medida compensatória estabelecida pelo termo de
ajustamento de conduta de responsabilidade da empresa chevron, conduzido pelo
ministério Público Federal – mPF/rJ
SUmÁRIO
1 apresentação 7
2 introdução: Projeto ecorais 8
3 biodiversidade marinha e costeira 10
4 ambientes coralíneos 16
5 o tesouro da armação dos búzios 18
6 educação ambiental marinha 29
e costeira
7 estratégias para o ensino Formal 34
e não Formal
Bibliografia Consultada 50
Apresentação
o livreto “Projeto ecorais: biodiversidade e educação
ambiental marinha e costeira de armação dos búzios” foi
desenvolvido pelo instituto brasileiro de biodiversidade – brbio.
O BrBio é uma associação de fins não econômicos
ou lucrativos, fundada em 2013, no rio de Janeiro
e reconhecida como organização da sociedade civil
de interesse Público (osciP) em 2014. o instituto
atua como agente de multiplicação do conhecimento
científico para a conservação da biodiversidade brasileira,
com respeito, sustentabilidade, determinação, criatividade,
interdisciplinaridade, trabalho em parceria e transparência.
a missão do brbio é a articulação e integração com
os diferentes setores da sociedade em busca de soluções
para minimizar problemas ambientais, contribuindo para
uma melhor qualidade de vida da sociedade. seu principal
objetivo é contribuir para a proteção e conservação
1
do ambiente através da promoção e implementação
de projetos de pesquisas básicas e aplicadas ao
desenvolvimento sustentável. neste sentido, é responsável
por iniciativas socioambientais que contemplam ações de
monitoramento, manejo, educação ambiental, mobilização
social, pesquisa científica, desenvolvimento e inovação,
além de contribuir para a formulação de políticas públicas.
na área de conservação costeira e marinha, o brbio
realiza os Projetos coral-sol, restinga viva e ecorais.
esta publicação é fruto das ações de educação ambiental
desenvolvidas pelo Projeto ecorais em armação dos búzios
(rJ), em 2017 e 2018, em parceria com a secretaria de
educação, ciência e tecnologia de armação dos búzios,
que possibilitou a participação de educadores da rede
municipal de ensino. desta forma, os autores esperam
difundir mais informações sobre os ambientes costeiros
e marinhos da região, compartilhar as propostas de
atividades de educação ambiental desenvolvidas durante
os cursos de qualificação para educadores e contribuir para
a formação de agentes multiplicadores sobre a temática da
conservação ambiental.
7
Introdução: Projeto Ecorais
simone siag oigman-Pszczol
esta publicação foi desenvolvida para educadores
em 2000, os pescadores de búzios, preocupados com de armação dos búzios e demais interessados na
os danos causados aos corais, contataram a Prefeitura, temática do conhecimento gerado pelo Projeto ecorais.
que acionou as universidades para iniciar um estudo está dividida em sete capítulos que disponibilizam
detalhado sobre a influência das atividades humanas informações sobre a biodiversidade marinha e costeira,
sobre o ambiente marinho. assim nascia o Projeto assim como educação ambiental e estratégias de ensino.
ecorais. inicialmente, era um projeto focado em pesquisa o capítulo 3 aborda o conceito de biodiversidade, em
científica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, especial da biodiversidade marinha, que envolve espécies e
com o objetivo de avaliar a saúde dos corais como ecossistemas do brasil, apresentando um panorama geral.
indicador da qualidade ambiental de armação dos búzios. o capítulo 4 trata dos ambientes coralíneos em geral e no
com o tempo, foi se transformando e virou um projeto nosso litoral, destacando sua importância ambiental e as
socioambiental. atualmente, é realizado pelo instituto iniciativas de conservação em andamento.
brasileiro de biodiversidade, o brbio, e conta com o apoio o capítulo 5 caracteriza os ecossistemas coralíneos
do Fundo brasileiro para a biodiversidade – Funbio. de armação dos búzios, contextualizando aspectos
o Projeto ecorais busca avaliar e monitorar a saúde socioambientais da região, apresentando, inclusive, as
dos ambientes coralíneos, promover a sensibilização da pressões antrópicas identificadas pelo Projeto. O capítulo
sociedade e subsidiar informações relevantes para a gestão 6 apresenta aspectos da educação ambiental e como
ambiental de Armação dos Búzios, a fim de contribuir para ela está inserida nos ambientes costeiros e marinhos.
2
o uso sustentável desses ecossistemas marinhos. Por fim, o capítulo 7 é resultado das ações de educação
o Projeto tem forte interação com os atores locais e ambiental marinha e costeira do Projeto ecorais com os
através de campanhas de sensibilização, encontros, professores da rede municipal de armação dos búzios
reuniões e cursos de qualificação vem buscando e apresenta propostas de ensino formal e não formal
disseminar o conhecimento científico, engajar a sociedade de fácil reprodução, assim como introduz a prática da
e sensibilizar a população sobre a importância da “literacia oceânica”. a partir deste conteúdo, esperamos dar
preservação e conservação do ambiente marinho. subsídios para que a sociedade insira ciência, educação e
conservação em seu dia a dia.
através das ações de educação e mobilização realizadas
nos últimos dois anos, foi possível alcançar 26.100 pessoas.
Destas, 60 educadores e 33 profissionais do turismo
participaram de cursos de qualificação para atuarem
como agentes multiplicadores das informações recebidas.
além disto, foram produzidos materiais didáticos e
de comunicação sobre armação dos búzios como, por
exemplo, um guia de identificação de espécies dos
ambientes coralíneos, um cartaz de conduta consciente
para embarcações e um guia sobre turismo sustentável.
o Projeto ecorais possuiuma equipe multidisciplinar de 30
pessoas, além de parcerias com a universidade Federal
do rio de Janeiro, universidade do estado do rio de
Janeiro, universidade Federal Fluminense, com a secretaria
municipal do meio ambiente e Pesca e a secretaria
municipal de educação, ciência e tecnologia de armação
dos búzios e estabelecimentos comerciais locais.
8 9
LIM
IT
E
EX
T ER
ZO

LIMITE EXTERIOR (200 mn)


IO
N

Biodiversidade marinha e Costeira R


Figura 1: Área
A

(2
(Z

00
EE

m
n) marítima
)

camila P. meireles e
brasileira
simone siag oigman-Pszczol Arquipélago de São Pedro e São Paulo designada como
ZON
A (ZE
E)
Amazônia Azul.
você já parou para pensar em marés até a quebra da plataforma
Arquipélago de Fernando de Noronha
quantas espécies existem no planeta? continental, proporcionam mais do que Atol das Rocas
os cientistas estimam que são 8,7 us$ 49.7 trilhões por ano em bens (ex.:

)
mn
00
milhões, sendo que 2,5 milhões seriam matérias-primas para alimentação,

(2
OR
de espécies marinhas1. conhecer e saúde e construção) e serviços COSTA E ILHAS AO LARGO

RI
TE
DO RIO OIAPOQUE AO ARROIO CHUI
estudar todos esses seres marinhos e (regulação de distúrbios, ciclagem de

EX
ESCALA 1 : 5.000.000 (13° 30’)

TE
Posições Referidas ao Datum WGS-84
seus ambientes é uma tarefa difícil,

MI
nutrientes, oportunidades de lazer, Projeção : Mercator

LI
)
mas essencial para a preservação da educação e empregos)3. neste sentido,

EE
(Z
A
biodiversidade e, consequentemente,

N
a biodiversidade também pode ser

O
Z
para a existência humana. embora toda vista como uma fonte de oportunidades B R A S I L
essa riqueza de espécies seja parte da econômicas e sociais, especialmente
chamada biodiversidade, esse conceito se as atividades humanas forem LIMITE EXTERIOR (200 mn)
é ainda mais complexo. realizadas de forma sustentável.
a riqueza de espécies às vezes no contexto da zona costeira

E)
é considerada sinônimo de e marinha do brasil, essas

E
(Z
Ilha da Trindade e Martin Vaz

NA
3
biodiversidade, mas esse conceito oportunidades ocorrem de norte a sul

ZO
é muito mais complexo. o conceito do país. dada a grande relevância Brasil Área Km²
surgiu no contexto do fórum sobre dessa área, a marinha do brasil criou Território 8.5 milhões
LIMITE EXTERIOR (200 mn)
diversidade biológica na década de a “Amazônia Azul”, para denominar Zona
Econômica 3.5 milhões
80. em 1992, durante a conferência o território marítimo brasileiro em Exclusiva
das nações unidas sobre meio comparação ao território amazônico Extensão da

)
EE
ambiente e desenvolvimento no rio (Figura 1), ambos abundantes em Plataforma 960 mil

(Z
Continental

NA
de Janeiro, conhecida como rio-92, recursos naturais de importância

ZO
ZEE
a biodiversidade ou diversidade estratégica para o país4. + Amazônia Azul
Extensão da
biológica foi definida de forma mais Plataforma 4.5 milhões

n)
(52% do Território)

m
Continental
ampla e funcional, abrangendo

00
E)

(2
E
(Z
Mar

R
três níveis: diversidade genética, 12 milhas

O
A
Territorial

RI
ZO

TE
diversidade de espécies e diversidade

EX
E
IT
de ecossistemas2.

M
LI
no brasil, mais de 50 milhões de
pessoas habitam municípios da
zona costeira, o que causa intensa
transformação nos ecossistemas O qUE é A AmAzônIA AzUl?
marinhos e costeiros. esses ambientes
estão entre os mais importantes em a zona costeira e marinha pode ser em torno do atol das rocas, dos
termos ecológicos e socioeconômicos, definida como a área que se estende arquipélagos de Fernando de noronha
pois sustentam uma alta biodiversidade da foz do rio oiapoque à foz do rio e de são Pedro e são Paulo e das ilhas
e fornecem vários bens e serviços para chuí e dos limites dos municípios da trindade e martin vaz, situadas além
a população3. Já foi estimado que faixa costeira, a oeste, até as 200 do citado limite marítimo4.
habitats marinhos, desde a zona entre milhas náuticas, incluindo as áreas
10 11
a área costeira e marinha brasileira VOCê JÁ OUVIU fAlAR Em
abrange uma grande diversidade gRAmA mARInhA?
de ecossistemas como: restinga,
manguezal, estuário, laguna, lagoa, as gramas marinhas são plantas
praia arenosa, costão rochoso, recife com flores que vivem submersas em
de coral, entre outros (Figura 2). água salgada ou salobra. no brasil,
alguns ecossistemas marinhos não são são representadas por três gêneros:
tão conhecidos ou fáceis de identificar Halophila (hydricharitaceae),
ou observar como, por exemplo, Halodule (hydrocharitaceae) e Ruppia
os bancos de gramas marinhas, os (ruppiaceae). são muito importantes
do ponto de vista ecológico, porque
bancos de rodolitos (algas calcárias),
fornecem alimento, abrigo e área de
os recifes de profundidade do
reprodução para diversas espécies,
talude continental e os ambientes
formando um ecossistema.
pelágicos e abissais de forma geral.
em armação dos búzios (rJ) as
a biodiversidade marinha e costeira
gramas marinhas já foram encontradas
pode estar inserida em dois biomas:
na praia da armação, em João
mata atlântica e zona costeira e
Fernandinho, em manguinhos, na rasa,
Marinha. Dependendo da classificação na Ferradura e na tartaruga!
utilizada, é possível considerar as ilhas
oceânicas como ecossistemas marinhos,
mesmo que tenham áreas de florestas. Foto por Joel creed
ao visitar esses ambientes é possível
observar espécies de macroalgas
(ex.: verdes, vermelhas e pardas),
plantas (ex.: grama marinha, mangue-
branco, bromélias, cactos), animais
invertebrados como poríferos (ex.: mAngUE dE PEdRA:
esponjas-do-mar), cnidários (ex.: Um ECOSSISTEmA SIngUlAR!
hidras, medusas, anêmonas, corais),
os manguezais são ecossistemas
moluscos (ex.: caramujos, mexilhões,
característicos de áreas estuarinas,
polvos), poliquetas (ex.: vermes-de-
onde as águas do rio e do mar se
fogo, vermes tubícolas), crustáceos
encontram. no entanto, em armação
(ex.: camarões, caranguejos, cracas),
dos búzios, encontra-se o mangue de
ectoprocta (ex.: briozoários),
Pedra, na Praia da Gorda, na rasa.
equinodermos (estrelas-do-mar, diferentemente dos manguezais
ouriços-do-mar, lírios-do-mar, pepino- típicos que ocorrem sobre substrato
do-mar), de tunicados (ex.: ascídias) lamoso junto à foz de rios, o mangue
e animais vertebrados como peixes de Pedra se desenvolve sobre
(ex.: raias, tubarões, sardinhas, substrato rochoso, abastecido por
cavalos-marinho), répteis (ex.: água subterrânea proveniente da
tartarugas-verde, lagartos-teiu, infiltração de chuvas no aquífero.
cobras), aves (fragatas, gaivotões, além de lá, esse tipo de ecossistema
atobás) e mamíferos (baleias, só é conhecido em outros dois lugares
golfinhos, focas). do mundo: recife (Pe) e Japão.
12 13
Foto por eduardo rodrigues
COSTÃO
CORAL BABA-DE-BOI
CORAL ORELHA
AMBIENTE
DE ELEFANTE CORALÍNEO
BANCO DE
GRAMA
CORAL CÉREBRO CORAL MOLE CORAL
MARINHA
ESTRELINHA MEXILHÃO ALGAS
MARROM
CORAL DE FOGO
PRAIA
TARTARUGA
VERDE CARANGUEJO
MARIA-FARINHA
BIVALVE
TIÊ SANGUE
IPOMEA
MANGUE
CARANGUEJO DE PEDRA
AROEIRA
MANGUEZAL
GURIRI
MANGUE VERMELHO
LAGUNA
RESTINGA
GARÇA
Figura 2:
ecossistemas
marinhos e
costeiros.
14 15
CACTO CABEÇA DE VELHO
TABOA
Pólipo
Boca Tentáculo
Gastroderme
com zooxantelas
Ambientes Coralíneos Figura 3:
Coralito
características
camila P. meireles e Septo calcário
morfológicas Tecido
simone siag oigman-Pszczol Faringe colonial
dos corais. Esqueleto
calcário
os ambientes coralíneos incluem em serviços ecossistêmicos em todo
os recifes de coral, recifes de arenito o mundo. são fonte de alimento, Cavidade Mesentério
gástrica
e costões rochosos com presença servindo de refúgio para peixes,
de corais. os recifes de coral ou recifes crustáceos e moluscos e contribuem
verdadeiros são formações biogênicas para a proteção do litoral contra a
resultantes do acúmulo de corais, ação das ondas. além disso, fornecem
que incluem os corais-pétreos matéria-prima para desenvolvimento
e corais-de-fogo, juntamente com de medicamentos, oferecem
algas calcárias e outros organismos oportunidades de lazer e educação,
que também possuem esqueleto de geram emprego em atividades de
carbonato de cálcio. esses ambientes ecoturismo e possuem valor espiritual
são os ecossistemas marinhos com para comunidades tradicionais.
maior diversidade de espécies como são ecossistemas sensíveis
e podem ser encontrados de águas a distúrbios ambientais e que
rasas até grandes profundidades sofrem constantes ameaças, se
e são muito sensíveis. fazem urgentes ações de pesquisa
4
no mundo, os recifes com maior e conservação. em 2016, foi publicado
diversidade coralínea são os do o Plano de ação nacional para a
CORAIS SãO AnImAIS? qUESTÕES PARA
Indo-Pacífico, chegando a apresentar conservação dos ambientes coralíneos
605 espécies de corais-pétreos (Pan corais) que envolve diversos corais são animais marinhos invertebrados, do Filo cnidária, dISCUSSãO:
zooxantelados. no atlântico, o caribe atores, buscando diminuir as ameaças sésseis, ou seja, fixos a um substrato, e que apresentam
o aumento da
apresenta a maior diversidade, com 65 na vida marinha da costa brasileira. como estrutura corporal básica o pólipo. o pólipo é uma
temperatura dos
espécies zooxanteladas. Já no brasil, além de iniciativas do governo, estrutura cilíndrica, com uma cavidade interna e uma única
mares e a consequente
essa diversidade coralínea é mais baixa, a sociedade civil vem atuando na abertura superior, que serve de boca e ânus, circundada por
expulsão das microalgas
com apenas 16 espécies de corais- conservação desses ambientes através tentáculos. os tentáculos são estruturas que servem para
zooxantelas do
pétreos zooxantelados. vale destacar de Projetos socioambientais, por alimentação e proteção e possuem grande quantidade de
corpo dos corais
que estes apresentam uma fauna exemplo, o Projeto coral vivo, Projeto células especializadas chamadas cnidócitos, que possuem
causam o chamado
distinta com alto grau de endemismo conservação recifal e o Projeto substância urticante e paralisante. eles podem viver de
branqueamento dos
e que atraem muitas espécies. ecorais, que estuda os ambientes forma solitária ou em colônias, que podem ser compostas
corais, já que são elas
por muito pólipos em um esqueleto calcário ou córneo.
na costa brasileira, os ambientes coralíneos de armação dos búzios que dão a coloração
e busca compreender melhor os em geral, o termo “coral” é um nome popular associado destes organismos.
coralíneos (recifes de coral
fatores ambientais e antrópicos que aos “coráis-pétreos” ou “verdadeiros”, ou seja, que possuem este é um grande
e comunidades coralíneas) podem ser
interferem em sua estrutura. esqueleto. no entanto, outros grupos de cnidários também problema que ameaça
encontrados do maranhão até santa
podem ser denominados de corais, como corais-negros, os ambientes coralíneos.
catarina, com maior desenvolvimento corais-de-fogo ou hidrocorais e octocorais. além disso, existem
de recifes de coral no sul da bahia. mas você sabe dizer qual
corais zooxantelados, que apresentam relação de simbiose a sua origem? Faça uma
os ambientes coralíneos são com microalgas zooxantelas, as quais fornecem compostos pesquisa sobre o tema!
de grande importância ambiental, orgânicos para o animal e recebem abrigo e nutrientes. estes
econômica e social pois rendem ao são característicos na formação de recifes em áreas tropicais
ano mais de 10 trilhões de dólares e rasas, com bastante presença de luz, o que possibilita o
processo de fotossíntese realizado pelas algas.
16 17
O Tesouro de Armação dos Búzios de corais por m2, porcentagem de
Fernanda a. casares e cobertura e tamanho de colônias de
simone siag oigman-Pszczol corais para a região6.
as pesquisas sobre a saúde do
ambiente nessa região revelaram
o município de armação dos búzios a cidade possui uma população de que metade dos locais estudados
abriga ecossistemas marinhos e 32.260 pessoas8 e recebe em torno apresentava uma situação crítica
costeiros de grande importância de 1 milhão de visitantes por ano. para os corais, com alta porcentagem
ecológica, sociocultural e econômica. entretanto, armação dos búzios, assim de mortalidade parcial das espécies
o município está incluído no centro como outras regiões costeiras, vem estudadas9 e que um terço dos costões
de diversidade vegetal de cabo Frio, enfrentando ameaças locais como rochosos estudados possuíam alto grau
devido à alta diversidade de espécies desmatamento, poluição por esgotos, de estresse ambiental9.
e elevado nível de endemismo. suas sobrepesca e turismo desordenado ao correlacionar as pressões
restingas apresentam um número de que prejudicam os corais e o ambiente relacionadas às atividades humanas
espécies maior do que outras restingas marinho de diferentes formas. com os corais, observou-se que os locais
da costa sudeste e a região abriga o efeito dos impactos locais se com a maior pressão apresentaram,
ainda uma das poucas populações agrava ainda mais pelo sinergismo por exemplo, a menor porcentagem
naturais de pau-brasil (Paubralisia com os impactos globais relacionados de tecido vivo do coral endêmico
echinata) remanescentes, encontrada às mudanças climáticas. Siderastrea stellata. Já em relação ao
nos arredores da serra das emerências. diante deste contexto, desde 2000, lixo marinho das praias e do mar de
armação dos búzios, foi visto que grande
5
no mar, além de bancos de o Projeto ecorais vem produzindo
angiospermas marinhas (gramas informações relevantes sobre a parte do lixo das praias era descartada
marinhas), praias arenosas e costões comunidade bentônica marinha e as por frequentadores, enquanto que o
rochosos, a região abriga comunidades pressões ambientais na região, com lixo encontrado no mar era proveniente
coralíneas, que foram chamadas destaque para os corais, interagindo da pesca artesanal, refletindo, assim,
por laborel5 de oásis coralíneo e com os atores locais (comerciantes, práticas inadequadas de uso10. a análise
constituem formações únicas de coral. governo, moradores e turistas), das entrevistas sobre percepção de
na praia da tartaruga e na orla disseminando o conhecimento moradores e turistas revelou que esses
Bardot são encontradas colônias de descoberto, engajando-os e possuem pouco conhecimento sobre
grande tamanho do coral-estrelinha sensibilizando-os sobre a importância os corais e, além disso, praticam a
(Siderastrea stellata) com mais de da conservação do ambiente marinho. comercialização e coleta indiscriminada
2m de diâmetro ocupando grandes destes organismos10.
a partir do levantamento da
extensões, podendo ter mais de 300 biodiversidade marinha, realizado em 2009, o governo municipal
anos. Plataformas deste tipo só são em 2000, gerou-se um mapa instituiu a Área de Proteção ambiental
encontradas neste local e em cabo detalhado da fauna e flora marinha marinha de armação dos búzios
verde, na África. encontramos, também, de 11 costões rochosos de armação (aPamab), que abrange toda a área
o coral-cérebro (Mussismilia hispida), dos búzios (Figura 4). das 53 marinha do município. além disso, foi
a orelha-de-elefante (Phyllogorgia espécies encontradas, 16 organismos, criado o Parque natural dos corais
dilatata), o coral-de-fogo (Millepora incluindo algas, cnidários, esponjas de armação dos búzios, uma unidade
alcicornis) e o baba-de-boi (Palythoa e equinodermas, dominaram essas de conservação que abrange três
caribaeorum). os ambientes coralíneos comunidades7. o papel de armação núcleos (orla bardot, tartaruga e João
de armação dos búzios formam dos búzios como uma região Fernandes), para preservar a fauna
importantes habitats para algas, importante para o crescimento de marinha e os ecossistemas associados.
invertebrados e peixes recifais5, 6, 7. corais foi novamente evidenciado, em
função do registro da alta densidade
18 19
Figura 4: mapa
de armação dos
búzios
Lot. Praia
Baia Formosa 3
Estr
. da
Mar

Praia Azedinha
ina

Praia Azeda
Praia Baía
Formosa

es
ndo
Praia dos Ossos oã
1 R.
J

na
Praia dos Amores

er
F
Praia da 2Praia da Armação
Tartaruga
Praia do Canto
Ilha do Cabloco
Vila Luiza
Praia Brava
Praia Olho de Boi
s
zio Av.
Bú José
B
Alto de Búzios
os ento
.d Ribe
Estr iro D
antas
R.
M
er
ce

ura
rrad Praia da
de

Fe
s

Foca
da

ia
Pra
de Geribá
Praia Ponta da
Lagoinha
Praia da Fe
rr

ad
ur
ns

inh
cu
Tu

a
de
a
ai
Pr
Unidades de Conservação em Búzios:
Região dos Lagos, RJ Legenda
1 Parque Natural Municipal dos Corais de Armação
dos Búzios (3 núcleos)
Parque Natural Municipal Dos Corais da
2 APA Municipal Marinha da Armação dos Búzios
Armação dos Búzios
(toda área marinha do município)
22
3 APA Municipal da Praia Azeda e Azedinha 1 Núcleo Tartaruga
4
1 3 4 APA Mangue de Pedras 2 Núcleo Bardot
2
APA Estadual do Pau-Brasil 3 Núcleo João Fernandes
2
2 Parque Estadual da Costa do Sol Área de atuação do Projeto Ecorais
21
espécies ameaçadas: status - vulnerável
coral de fogo orelha de elefante coral cérebro baba de boi raia viola de tartaruga verde Garoupa
Millepora alcicornis Phyllogorgia dilatata Mussismilia hispida Palythoa focinho curto Chelonia mydas Epinephelus
caribaeorum Zapterix brevirostis marginatus
os pesquisadores do Projeto ecorais os locais com maior número de
voltaram às praias da cidade depois espécies de peixes foram as praias
de 16 anos da primeira fase da da azedinha e João Fernandinho.
pesquisa e constataram que o plástico o menor número de peixes foi
coral mole coral mole coral estrelinha cirugião substituiu as guimbas de cigarro como observado no lado esquerdo da
Palythoa grandiflora Zoanthus sociatus Siderastrea stellata Acanthurus chirurgus o item mais abundante na areia. praia dos ossos, o que sugere que as
a praia de João Fernandes é a que pressões ambientais podem afetar
recebe o maior número de visitantes, a comunidade de peixes com valor
o dobro do registrado em 2001. comercial e ornamental.
o lado esquerdo da praia dos o lado direito da praia da tartaruga
ossos, seguido pela ilha do caboclo, apresentou a maior cobertura de
foram os locais de maior pressão, corais, como observado em 2000.
provavelmente devido ao crescimento o coral-estrelinha, S. stellata, espécie
urbano expressivo do entorno. endêmica do brasil, continua sendo o
borboleta budião lanceta donzelinha o menor nível de pressão foi destaque da região.
Chaetodon striatus Halichoeres poeyi Acanthurus bahianus Stegastes fuscus
registrado na Praia da tartaruga, as informações resultantes dessas
assim como ocorreu em 2001. pesquisas são importantes para
durante o novo levantamento da avaliar a saúde do ambiente marinho
Figura 5: biodiversidade marinha, foram frente às pressões humanas e apontar
Principais identificadas 44 espécies que vivem quais são as atividades humanas
espécies sobre os costões rochosos, incluindo potencialmente prejudiciais para
encontradas macroalgas, esponjas, corais e os ambientes coralíneos auxiliando
no ambiente equinodermas (grupo das estrelas-do- as melhores estratégias de gestão
cocoroca Frade sargentinho coralíneo de mar e ouriços). ambiental da região. o Projeto
Haemulon Pomacanthus paru Abudefduf saxatilis búzios (Fotos de Desta vez, quantificamos também ecorais espera em breve divulgar
aurolineatum Áthila bertoncini/ os peixes recifais. Foram observadas essas informações através de um
augusto 75 espécies de peixes, incluindo a protocolo de avaliação ambiental.
machado) garoupa verdadeira e a raia viola.
22 23
lazer
biodiversidade
proteção da costa
lazer
oportunidades de emprego
e fonte de alimento
Figura 6: serviços
ecossistêmicos
costeiros de
armação
dos búzios
24 fonte de medicamentos 25
desmatamento
lixo
poluição orgânica
turismo desordenado
figura 7 :
pressões
humanas no
sobrepesca
ambiente costeiro
de búzios
26 27
Educação Ambiental marinha e em todos os níveis de ensino e a
Costeira conscientização pública para a
camila P. meireles e Fabiana santos preservação do Meio Ambiente.”
em 1992, com a realização da
conferência das nações unidas para
diante da importância da o meio ambiente e desenvolvimento,
biodiversidade, dos bens e serviços a rio-92, e do Fórum Global
prestados por ela à humanidade (precursor do Fórum social
e do atual cenário socioambiental, mundial), a ea é abordada através
a sociedade desperta para a da agenda 21 e do “tratado de
necessidade de reverter o processo educação ambiental para sociedades
destrutivo gerado pelo modelo sustentáveis e responsabilidade
econômico insustentável adotado em Global”. Como reflexo desses
grande parte do planeta. a partir da acontecimentos, em 1994 é lançado
década de 60 se delineia o histórico o Programa nacional de educação
da educação ambiental (ea) e, ambiental - Pronea, e em 1996, a ea
mais recentemente, da chamada ea entra nos Parâmetros curriculares
marinha e costeira. nacionais através do tema transversal
meio ambiente. em 1999, é publicada
desde então, diversos eventos
a lei 9.795/99 que institui a Política
socioambientais e documentos sobre
nacional de educação ambiental
o tema foram produzidos pelo mundo.
- PNEA. O PNEA define a EA,
na i conferência intergovernamental
afirmando que ela deve ser “um
de educação ambiental, realizada em
componente permanente da educação
1977, em tbilisi, Geórgia, foi elaborado
nacional, devendo estar presente, de
Figura 8: um documento considerado um marco
AlERTA: CORAl InVASOR à VISTA! qUESTÕES PARA forma articulada, em todos os níveis
costão com conceitual. neste, é possível destacar
dISCUSSãO: e modalidades do processo educativo,
além dos corais nativos, ocorrem grande alguns objetivos básicos de ea que
em caráter formal e não formal” 11.
na armação dos búzios duas Reflita sobre possíveis quantidade de são utilizados até hoje e envolvem
espécies exóticas de corais invasores, soluções práticas para coral-sol (Foto os seguintes aspectos: consciência,
conhecimento, comportamento, COnCEITO dE EA dA POlíTICA
Tubastraea tagusensis e Tubastraea reduzir as pressões locais de edson
coccinea. conhecidas como coral- sobre os ambientes Faria Júnior) habilidades e participação. nACIOnAl dE EdUCAçãO
sol, essas espécies são originários coralíneos de búzios. desta forma, o educador pode AmBIEnTAl11
do Indo-Pacífico e chegaram ao nortear suas ações buscando atingir
esses pontos, o que contribui para a [...] processos por meio dos quais o
brasil, na década de 80, através de indivíduo e a coletividade constroem
plataformas de petróleo, incrustadas conservação socioambiental e a melhoria
valores sociais, conhecimentos,
em suas superfícies. o coral-sol invadiu da qualidade de vida da sociedade. a
habilidades, atitudes e competências
inicialmente os costões rochosos da partir desta conferência, o conceito de
voltadas para a conservação do meio
ilha Grande, no rio de Janeiro e ea surge associado à palavra “processo”,
ambiente, bem do uso comum do povo,
atualmente é encontrado em mais de dando ideia de continuidade e não de
essencial à sadia qualidade de vida e
7 estados brasileiros. em armação dos ação pontual e isolada.
sua sustentabilidade.
búzios, é possível encontrar o coral- no brasil, a ea é incluída na
sol em algumas ilhas, como a ilha de constituição de 1988, através do
Âncora. o problema deste bioinvasor, capítulo sobre meio ambiente, o qual
é que toma espaço das algas e afirma que compete ao poder público:
mata os corais nativos, levando a “promover a Educação Ambiental
homogeneização dos costões rochosos.
28 29
no contexto marinho e costeiro, sendo incluída mais uma categoria, do contexto histórico, com intervenção
um diagnóstico sobre a diversidade com enfoque nas espécies exóticas política, público-alvo englobando toda a
biológica marinha e costeira do brasil, invasoras (Figura 9). comunidade e unindo o social ao natural.
divulgado em 1999 pelo ministério no capítulo seguinte, o leitor nesse sentido, vale o exercício
do meio ambiente com o apoio de encontrará propostas de atividades contínuo de reflexão-ação, para que
outras instituições, culminou em um de eamc para educação formal e o educador possa avaliar o efeito
workshop, que apresentou entre as não formal, especialmente para os de suas ações e modificar o que for
suas recomendações:“intensificar os ambientes de armação dos búzios. preciso para alcançar a transformação
esforços de educação ambiental para Para que suas ações não estejam necessária em aspectos básicos como
os ecossistemas costeiros e oceânicos desconectadas dos objetivos da ea tomada de consciência, conhecimento,
e, em particular, nas áreas de recifes e e descontextualizadas da situação comportamento, habilidade e
ilhas com maior vocação turística”12. socioambiental local é importante participação. com isso, é possível
em 2012, o mma divulgou o mapa que o educador tenha clareza de seu alcançar a mobilização social através
com as Áreas Prioritárias atualizadas papel e busque um referencial teórico de um grupo, uma comunidade ou
da zona costeira e marinha, onde a para nortear esse processo. uma sociedade que decide e age na
fiscalização e a educação ambiental busca de um propósito comum16.
ao longo da história, além das várias
foram identificadas como as ações definições de EA que surgiram, como
mais indicadas para as novas áreas a de tbilisi ou a do tratado de ea
costeiras, por serem instrumentos para para sociedades sustentáveis e
reverter o processo de destruição dos responsabilidade Global, surgiram
6
recursos naturais e evitar os inúmeros também diversas vertentes. essas
conflitos de uso na Zona Costeira4. vertentes são correntes de pensamento
apesar de todas essas indicações, pautadas em diferentes fundamentos.
a educação ambiental marinha e a educação ambiental crítica,
costeira (eamc) ainda é restrita por exemplo, apresenta origem
no brasil13. embora os ecossistemas na teoria marxista, tendo como
marinhos e costeiros sejam pauta a transformação social. mas
extremamente ricos em recursos existem outras vertentes pautadas
naturais e importantes bancos em um contexto mais ecológico e
genéticos de organismos, a ea ainda conservacionista. alguns autores
é focada em ambientes terrestres, agrupam essas vertentes em dois
tanto no brasil quanto no exterior14. grandes grupos: ea convencional e
a eamc, que vem sendo praticada ea emancipatória.
no Brasil foi classificada nas a convencional possui características
seguintes tipologias: a) por meio voltadas para a ecologia, com
de espécies/ organismos bandeira, abordagem global, soluções mais
ícones ou carismáticos, b) em função técnicas e individuais, pautada na
de variados ecossistemas marinhos mudança de comportamento, com
e costeiros, c) para diferentes público-alvo focado apenas em escolas e
públicos/ atores sociais, d) baseados crianças e separando o social do natural.
em simulacros da realidade como
aquários ou oceanários, e) como na emancipatória são considerados
aulas de biologia marinha. Guerra15 os sistemas sociais, a abordagem mais
também cita a eamc por “ambientes local, as soluções políticas e coletivas,
virtuais” e, mais recentemente, está a leitura crítica da realidade, dentro
30
14 VIDA NA ÁGUA
AMBIENTES
VIRTUAIS Conservação e uso
sustentáveis dos oceanos,
dos mares e dos recursos
marinhos para o
ESPÉCIES
BANDEIRA
Conhecimento
AULAS desenvolvimento sustentável
Conservação
ambiental Tomada de
Habilidades consciência/
Processos sensibilização
E.A.
SIMULACROS ECOSSISTEMAS
Figura 10:
objetivo de
Ação/ Valores/ desenvolvimento
Participação Atitude sustentável nº 14
ESPÉCIES
ATORES
INVASORAS
SOCIAIS
qUESTÕES PARA
dISCUSSãO:
recentemente por todos os países desenvolvimento
a organização das até 2030. a ods 14 sustentável. É possível
Figura 9: nações unidas adotou está relacionada aos conciliar a conservação
esquema da uma série de objetivos ambientes marinhos marinha e costeira
educação de desenvolvimento (figura 10). Consulte com o desenvolvimento
ambiental sustentável (ods) para mais informações sobre sustentável?
marinha e uma agenda que precisa esta ods e pesquise
costeira (eamc) ser implementada sobre o conceito de
32 33
Estratégias para ensino formal Proposta de atividade 1 em seguida, a turma é dividida em
e não formal os sete Princípios do oceano, sete grupos e cada um recebe um dos
diana Kaplan barbosa, camila P. baseado no Projeto “conhecer princípios essenciais, sendo eles:
meireles, Fabiana santos o oceano” e “Ocean Literacy” 1. a terra tem um oceano global
Objetivo: Visa promover a reflexão e muito diverso.
sobre cada princípio essencial da 2. o oceano e a vida marinha têm
a educação ambiental marinha uma forte ação na dinâmica da terra.
e costeira (eamc) pode ser literacia oceânica, buscando o
envolvimento dos estudantes no 3. O Oceano exerce uma influência
desenvolvida de diversas formas, importante no clima.
dentro do contexto de educação formal tema e a integração de conceitos no
currículo escolar. 4. o oceano permite que a terra
e não formal. entende-se por educação seja habitável.
formal, a que ocorre em instituições Público-alvo: ensino Fundamental ii 5. o oceano suporta uma imensa
de ensino, inserida no planejamento ou ensino médio. diversidade de vida e de ecossistemas.
político pedagógico de uma escola Tempo de duração: dois tempos de 6. o oceano e a humanidade estão
e regulamentada por lei Federal. aula, aproximadamente 1h30. fortemente interligados.
educação não formal constitui a 7. há muito por descobrir e explorar
educação fora dos espaços escolares, lista de materiais:
no oceano.
que se desenvolve em espaços não • Quadro branco;
convencionais de educação e que • 7 papéis pardo; a partir disto, cada grupo deve
tem por finalidade desenvolver o • 7 papéis ou placas com elaborar um esquema do tipo “mapa
ensino-aprendizagem de forma pouco os princípios escritos; conceitual”, utilizando apenas as
• 7 canetas hidrocor; palavras registradas no quadro e
77
explorada pela educação formal.
• fita adesiva para prender relacionando-as através de ações
este capítulo reúne algumas os diagramas prontos. ou “nós”, para apresentar o princípio
estratégias que podem ser aplicadas recebido (figura 11c). Cada grupo
no ensino formal e não formal. descrição: consiste em desenvolver
pode elaborar seu mapa conceitual
as propostas de atividades foram atividades baseadas na iniciativa
em aproximadamente 15 minutos e
elaboradas pela equipe de educação norte-americana intitulada “Ocean
apresentar as relações estabelecidas
ambiental do Projeto ecorais e por Literacy”17 (literacia oceânica),
entre os termos escolhidos para o
professores de armação dos búzios desenvolvida por entidades científicas
restante da turma. nesse momento,
que participaram do curso “conhecer e educativas que identificaram sete
deve ser estimulado o debate sobre
para conservar”, realizado pelo princípios essenciais sobre a cultura
as diversas questões acerca dos temas
Projeto ecorais para formar agentes científica do Oceano e integraram-nos
apresentados. Por serem conceitos
multiplicadores de informações. a vários níveis de ensino do currículo
chave, permitem que diversos outros
escolar (figura 11a). Nesta atividade,
temas se desdobrem e possam ser
foi utilizado o Projeto conhecer o
trabalhados de acordo com o ano
oceano18, que adaptou a iniciativa
escolar. além disso, pode-se questionar
à realidade de Portugal.
se faltou alguma palavra-chave no
a palavra oceano é apresentada no quadro inicial e discutir os motivos
quadro para que os participantes pelos quais eles podem ter destacado
citem termos que estejam relacionados alguns e esquecido outros.
ao tema, como uma estratégia de
“tempestade de ideias”. todas as
palavras ou conceitos devem ser
anotados em um quadro visível para
todos (figura 11b).
34 35
ECOSSISTEMASVIDADIVERSIDADEAR
2EB
1EB 3EB CORAISSUSTENTABILIDADELAZER
Pré Sec
MAROCEANOMISTÉRIOPERIGOMAR
3EB Sec 1 Pré
2EB Global
1EB
2EB
UNIVERSOPARALELOMERGULHOAR
e diverso ORIGEMEQUILÍBRIOSURPRESAMARÉ
1EB
7 2 3EB
Desconhecido Influencia ONDAINTERFERÊNCIAFUTUROVIDA
Pré
e inexplorado a dinamica Sec
PRESERVAÇÃOHISTÓRIACORAISMAR
da terra
SOBREVIVÊNCIAFICÇÃOUNIVERSO
Sec Pré DESCOBERTAOCEANOARPROTEÇÃO
3EB
6 Oceano 3 OXIGÊNIOCLAREZAENIGMAMARAR
1EB
Influencia
a sociedade
Regula ALIMENTOFORÇAENERGIABELEZA
2EB o clima 2EB
humana ALGASPAZCORESRECURSOSCORAIS
1EB
5
3EB POLUIÇÃOSAÚDEPROFUNDIDADEAR
Pré 4 Sec
Abriga Torna PERIGOELEMENTOQUÍMICOSONDA
Sec
uma imensa
biodiversidade
a Terra
Pré SALINIDADEERIQUEZAPEIXESBRISA
habitável
3EB 1EB
CULINÁRIAESPORTEMITOLOGIAMAR
2EB Pré Sec 2EB
IMAGINÁRIOIMENSIDÃOTRANSPORTE
1EB 3EB
RESPEITOMISTÉRIOOXIGÊNIOMARAR
Figura 11b:
Quadro com a
palavra-chave
“oceano” e os
Figura 11a: sete resultados da
princípios do estratégia de
Projeto “conhecer “tempestade de
o oceano” ideias”
36 37
Proposta de atividade 2
produzida renovável trilhas interpretativas costeiras • Álcool 70o para desinfetar
pelo das e marinhas equipamentos de mergulho;
ENERGIA Objetivo: as trilhas interpretativas • Caixa de primeiros socorros;
visam desenvolver um processo • Questionários pré e pós-teste;
de educação ambiental com os • Termos de responsabilidade
PETRÓLEO dos seres vivos visitantes capaz de sensibilizar sobre e fichas médicas.
depende do CORRENTES
a importância da biodiversidade descrição: trilhas interpretativas
marinha, gerar maior noção de (tis) são atividades de interpretação
provoca a pertencimento do ambiente, incentivar ambiental que proporcionam o
OXIGÊNIO marinhas e das uma participação mais ativa em ações contato direto entre os indivíduos
de conservação e formar agentes e o ambiente natural, através da
multiplicadores de informação. construção de conhecimentos, da
POLUIÇÃO do Público-alvo: ensino Fundamental ii sensibilização, da reflexão crítica
ONDAS e da noção de pertencimento.
ou ensino médio.
Para isso, podem abordar um
tempo de duração: 3 a 4 horas. tema central e utilizar de pontos
gera muito PLÂNCTON preservam a lista de materiais: interpretativos para proporcionar
• Máscaras e snorkels (tubo aos visitantes uma vivência única, em
respirador); geral mediada por atividades lúdicas.
tornando mais • Flutuantes (boia “macarrão”), em armação dos búzios existem
DINHEIRO abundante a BIODIVERSIDADE pranchas de natação ou balsa diversas praias e ambientes costeiros
de garrafa pet; adequados para o desenvolvimento
• Corda flutuante de polipropileno de trilhas interpretativas. Para isto, é
pode causar a (60 m) em cor contrastante com preciso escolher um local com pouco
PESCA
a água (ex.: vermelho); batimento de ondas, boa visibilidade
• Cones de trânsito para fazer o e de fácil acesso para os estudantes.
recurso indispensável “cone-lupa” (ver figura 10b); o Projeto ecorais testou a atividade
GUERRA como fonte de serviço de vidraçaria para montagem com os participantes de um curso
e colagem dos vidros nas bases para educadores na Praia dos ossos.
dos cones; esta trilha foi implantada através
Há muito por
• Lupa de mão; de uma adaptação do método de
ALIMENTO descobrir e explorar
o oceano. • Placas para sinalização (pode indicadores de atratividade de
ser reaproveitado o plástico de Pontos interpretativos19. o local foi
embalagem de sorvete ou isopor); selecionado devido a diversidade de
Figura 11c:
• Caneta permanente para escrever corais e outros organismos marinhos,
mapa conceitual
nas placas; ideal para a interpretação ambiental
baseado em um
• Baú/ caixa pequena com espelho na sobre o tema “oásis coralíneo”.
dos princípios,
parte interna; Foi possível delimitar um percurso de
criado por um
• Fichas de espécies (plastificada) aproximadamente 50 metros, com
grupo com
as palavras
para identificação dos organismos; corda flutuante. O desenvolvimento
disponíveis no • Chumbos ou pesos para prender das atividades de educação ambiental
quadro sobre a corda e o baú no percurso; subaquáticas foi orientado por
o oceano. • Máquina fotográfica; pontos de parada para interpretação
• Guarda-sol ou tenda de apoio; ambiental indicados na tabela 1.
38 39
em geral, trilhas interpretativas para autorização. esse termo deve
devem ser realizadas com a presença estar com o educador para consulta
de um monitor ou educador ambiental no momento da atividade.
a cada cinco visitantes e devem
contar com mergulhadores experientes
na equipe, nos casos de trilhas
subaquáticas. além disso, é preciso
realizar uma oficina de mergulho
livre para treinamento dos visitantes
e verificação de habilidades pelo
educador ambiental ou mergulhador
responsável. o ideal é que sejam
disponibilizadas máscaras e snorkel,
mas não nadadeiras, para uma
atividade de mínimo impacto. além
disso, o uso de flutuantes do tipo
“macarrão” ou pranchas de natação
facilitam a contemplação e evitam
desgaste físico.
Para estudantes do ensino
fundamental, as trilhas podem
ser realizadas na beira da praia,
utilizando cones de observação
dos seres marinhos. assim, não é
preciso mergulhar ou saber nadar e
o estudante pode conhecer espécies
que vivem no fundo do mar sem a
necessidade de colocar máscara e Figuras 12:
snorkel. o equipamento consiste em a) turma de
um cone de trânsito (também pode educadores
ser feito de cano de Pvc), com uma participando
das extremidades tampada por vidro de oficina
ou chapa de acrílico. isso cria uma de mergulho
coluna de ar entre o observador e o livre para
observado, funcionando com uma lupa. realizar trilha
Para avaliar a prática de educação subaquática
ambiental e verificar seu efeito nos “oásis coralíneo”.
participantes, o educador pode b) educadores
aplicar questionários diagnósticos, observando
redação ou desenho, dependendo da os organismos
idade do estudante, antes e depois da marinhos através
do “cone-lupa” na
atividade. antes da prática, é muito
Praia dos ossos.
importante que o educador envie para
Fotos: camila P.
os responsáveis do aluno um termo de
meireles/ acervo
responsabilidade com ficha médica
brbio.
40 41
Pontos da trilha Proposta de atividade 3
interpretativa subaquática conduta consciente nos
ambientes marinhos
ponto de partida ponto 4 Objetivo: Visa refletir sobre os
apresentação da proposta Fauna de ambientes coralíneos principais problemas socioambientais
na areia da praia identificados nos ambientes coralíneos
descrição/ objetivos: para que sejam evitados.
descrição/ objetivos: - “Quais animais, além dos corais, você
Público-alvo: ensino Fundamental i, ii
- informações gerais sobre consegue ver?”
ou ensino médio.
a atividade e sobre a região; Ponto para incentivar a observação
- apresentação da atividade em terra: de fauna associada: peixes, moluscos, Tempo de duração: 30 a 40 minutos.
observação de fauna e flora, através crustáceos, equinodermas, etc. lista de materiais:
de “lupa-cone”; • Painel de conduta consciente;
- distribuição da turma em grupos. • Marcadores para os problemas
ponto 5
encontrados (com adesivos).
ponto 1 ouvindo o que o ambiente fala
Oficina de Mergulho descrição: consiste em apresentar
descrição/ objetivos:
painel sobre conduta consciente em
descrição/ objetivos: - “Feche os olhos e perceba os
ambientes coralíneos aos estudantes,
- uso do equipamento (máscara, diferentes sons do ambiente”.
para que possam reconhecer, através
snorkel e flutuantes); atividade sensorial de interação com das figuras, quais são adequadas
- Noções básicas de mergulho livre; o ambiente e identificação de uma e quais não devem ser praticadas
- Procedimentos de mínimo impacto; possível poluição sonora. por impactar negativamente o
- apresentação do guia de ambiente. a atividade é inspirada na
identificação de organismos marinhos. ponto 6
campanha de conduta consciente
baú do tesouro.
em ambientes recifais20, do ministério
ponto 2
descrição/ objetivos: do meio ambiente, divulgada através
algas, as produtoras primárias
- “encontre o tesouro!” do manual para multiplicadores da
descrição/ objetivos: campanha, de 2010.
baú ou caixinha de madeira
- Primeira placa de sinalização: o painel deve ser posicionado em
posicionada no final da corda e com um
“encontre os produtores primários”. um local com ampla visibilidade do
espelho dentro, e com a frase: “abra e
descubra quem poderá conservar o mar grupo, e o condutor da atividade deve
ponto 3 indagar aos participantes sobre quais
tesouro coralíneo de búzios” escrita na tampa.
atitudes podem prejudicar o ambiente.
descrição/ objetivos: fim da trilha sub além das questões mais imediatas
- “Quantos corais você consegue ver?” atividade opcional – dependente das que as figuras trazem, também é
condições do mar (visibilidade). possível problematizar os exemplos
com outras questões, por exemplo,
atitudes permitidas e proibidas dentro
das unidades de conservação, como o
Parque natural municipal dos corais.
É possível também abrir para outras
questões que não foram citadas, como a
pesca, que dependendo da forma como
é feita pode ser prejudicial ao ambiente,
mesmo na modalidade esportiva.
42 43
você consegue apontar quais atitudes podem prejudicar os ambientes
coralíneos?
1 2 5 6
3 4 7 8
Quadro 1: Quadro 3: deixá-los mais frágeis e suscetíveis organismos marinhos estão adaptados
mergulhador observando os organismos Pessoa andando de caiaque – a doenças. outro fator é a poluição a esse ambiente, por isso não devem
– Praticada da forma correta não causa não causa dano ao ambiente. causada no mar, prejudicando também ser retirados da água. Por serem
prejuízo ao ambiente. no entanto pode ser comentado sobre as algas devido ao aumento da turbidez, animais sensíveis, podem sofrer danos
o cuidado de remar em lugares onde os e consequentemente, interferindo em e morrer facilmente. É importante
Quadro 2: corais ocorrem no raso, pois o remo pode toda cadeia alimentar. essa atitude deve destacar que mesmo que o animal seja
lixo jogado no mar – é prejudicial ao bater num organismo e danificá-lo. ser amplamente discutida, por se tratar devolvido rapidamente para a água,
ambiente. Pode ser debatido sobre ainda de uma prática comum em barcos ainda assim ele pode sofrer danos,
o tempo de decomposição de cada Quadro 4: de passeio, que buscam atrair os peixes de forma que nunca se deve retirar
elemento, o que pode ser feito para Pessoa alimentando os peixes – com comida. organismos da água.
reduzir o lixo, formas de reutilizar cada é prejudicial ao ambiente, pois alimentar
item, entre outras questões. os peixes pode levar a uma mudança na Quadro 5: Figura 13: Painel
dieta e no comportamento, causando mergulhador com estrela-do-mar sobre conduta
um desequilíbrio ecológico, além de fora d`água para fotografá-la – é consciente
prejudicial ao ambiente, pois os em ambientes
44 coralíneos 45
Quadro 6: Proposta de atividade 4 em seguida, deve ser exibido um hino do município de Armação dos
Âncora lançada sobre ambiente coralíneo Quem conhece, valoriza! pequeno filme com imagens dos corais Búzios (RJ)
– é prejudicial ao ambiente, pois as Professora marilda dos santos leal alegre locais (Filme do Projeto ecorais). letra e melodia de marcos clayton
âncoras danificam os corais, que podem após esse primeiro momento, pode assis sodré e José mendes simões.
morrer parcialmente ou completamente. Objetivos: visa conhecer os ambientes
coralíneos de Armação dos Búzios; ser feita uma visita monitorada nos
reconhecer a sua importância ecológica pontos de avistamento do Parque salve búzios, cidade rainha!
Quadro 7: natural municipal dos corais,
e destacá-los como potencial atrativo vestida de verde e azul
mergulhador fotografando organismos por exemplo, em parceria com És um braço sobre o oceano
de baixo d`água – não é prejudicial, já turístico para a economia da cidade, de
forma a contribuir para sua conservação. a secretaria de meio ambiente emanando beleza e amor
que não está retirando os organismos de e Pesca de armação dos búzios. nascida em casa de pau a pique
seu habitat. Pode ser debatido a questão Público-alvo: ensino Fundamental a partir da visita, os alunos devem em quilombos se fortaleceu
do uso do flash, pois certos organismos elaborar um texto coletivo e produzir
tempo de duração: 3 meses. seu roçado a alimentou
podem ter reações à luz forte. cartazes sobre o que foi visto e falado
lista de materiais: e da pesca sobreviveu
até o momento, incluindo também armação das baleias já fostes
Quadro 8: • Hino de Armação dos Búzios; questões socioambientais identificadas e o rio iluminou
mergulhador pisando nos corais – é • Aparelho de som para apresentar durante a visita. os cartazes poderão Fazenda de bananeiras
prejudicial, pois assim como a âncora, o hino; ser distribuídos nos bairros dos alunos. Que Brigitte se encantou
causa danos aos organismos. também • Computador para elaboração
Para verificar o potencial turístico dos caravelas surgiram no horizonte
pode ser abordado o fato dos corais e análise dos questionários
ambientes coralíneos da cidade, os correntes, grilhões e algoz
apresentarem substâncias urticantes que para entrevista,
alunos poderão se dividir em grupos e contracenando com o balneário calmo
podem vir a prejudicar o mergulhador. • Questionários impressos
entrevistar pescadores e profissionais de praias, recifes e corais
para entrevista;
da área. com esses resultados, os de vila a distrito e cidade
• Canetas e pranchetas para
alunos deverão montar um gráfico, a o himalaia que nos sorriu
preenchimento dos questionários
ser apresentado e discutido com os na emerências sua majestade
em campo;
outros grupos em sala de aula. e o seu cedro de pau-brasil
• Máquina fotográfica ou similar para
registro das atividades de campo; a turma deve então elaborar uma antes, pequena e simplória
• TV ou computador para exibição carta a ser entregue a secretaria de de beleza e valor sem igual
de vídeos sobre os corais; meio ambiente e Pesca municipal com hoje, no auge da glória
• Folders e demais materiais didáticos a conclusão do trabalho realizado. És orgulho nacional
sobre corais, turismo e conservação. e como forma de fechamento da seus súditos reverenciam
atividade, deve ser realizada uma a terra que nos uniu
descrição: a atividade se inicia com somos todos nós buzianos
roda de conversa na escola, com
a apresentação do hino municipal de vindos de pátrias mil
convite aos responsáveis da turma
armação dos búzios, que serve como
participante. o material produzido caravelas surgiram no horizonte
ponto de partida para promover o
deve ser exposto para toda correntes, grilhões e algoz
debate sobre o ambiente marinho,
comunidade escolar. contracenando com o balneário calmo
em especial os corais da região.
a partir do conhecimento dos alunos, de praias, recifes e corais
é realizada uma roda de conversa salve búzios, cidade rainha!
apresentando materiais impressos que vestida de verde e azul
tratem de unidades de conservação És um braço sobre o oceano
marinhas e costeiras da região, como emanando beleza e glamour
o Parque natural municipal dos corais. salve búzios, cidade rainha!
vestida de verde e azul
És um braço sobre o oceano
emanando beleza e amor
46
Proposta de atividade 5 Proposta de atividade 6
É meu é nosso! Preservar sempre! Fichas dos ambientes coralíneos de
Professora denise bregunce armação dos búzios.
Objetivo: visa ampliar e difundir o Professora Juliana marques da costa
conhecimento sobre os ambientes Pereira
marinhos através de vídeos produzidos Objetivo: Visa produzir fichas
pelos alunos. de identificação dos organismos
Público-alvo: ensino médio. marinhos para moradores locais e
Tempo de duração: 1 mês turistas estrangeiros.
lista de materiais: Público-alvo: ensino médio.
• Câmeras de filmar ou similares para Tempo de duração: 3 meses
fotografias e filmagens; lista de materiais:
• Computadores para edição das • máscaras e snorkel;
imagens; • cartolinas;
• Projetor. • papel contact transparente;
descrição: a atividade consiste em • capa à prova d'água para celular
montar filmes de curta duração sobre ou máquina à prova d’água;
os ambientes costeiros e marinhos. • impressora para imprimir as fichas.
os alunos devem ser divididos em descrição: a atividade consiste em
grupos de 5 integrantes, e cada realizar aula teórica sobre o ambiente
grupo deve organizar o roteiro do seu marinho, para introdução do conceito
filme. As filmagens devem ser feitas de biodiversidade. em seguida, deve
durante uma saída de campo, e em ser feita uma saída de campo em praia
seguida os grupos devem editar seus ou ambiente costeiro da região, por
vídeos. As filmagens de cada grupo exemplo, a Praia João Fernandes, para
podem ser apresentadas durante fotografar as espécies encontradas.
um evento sobre as questões de os alunos podem registrar as espécies
cidadania ambiental, esclarecimento terrestres e marinhas.
da importância dos ecossistemas e sua
preservação com uso sustentável. após esse momento, os alunos
devem identificar os organismos
que fotografaram, utilizando livros
e outras fontes bibliográficas.
Cada espécie deverá ser identificada
com o nome científico, o nome vulgar
em português, espanhol e inglês.
48 49
Bibliografia Consultada institui a Política nacional de educação ficha técnica
1. mora c, tittensor dP, adl s, simpson aGb, ambiental e dá outras providências. brasília,
Worm b (2011) how many species are there dF, abr 1999.
on earth and in the ocean? Plos biol 9(8): 12 amaral ac, Jablonski s (2005). Realização: Projeto ecorais/ instituto brasileiro de
e1001127. conservação da biodiversidade marinha e biodiversidade
2. Franco, Jla (2013). o conceito de costeira no brasil. Megadiversidade. v.1/n°1.
biodiversidade e a história da biologia da 13. Pedrini aG (2010). A Educação Texto: simone siag oigman-Pszczol, camila P. meireles &
conservação: a preservação da wilderness à Ambiental Marinha e Costeira no Brasil. rio Fernanda casares
conservação da biodiverdidade. história (são de Janeiro: eduerJ, 2010. 280 p.
Paulo) v.32, n.2, p.21-48. Revisão de texto: m. do rosário de almeida braga e
14. berchez Fas, Ghilardi-lopes nP, correa
3. costanza r, de Groot r, sutton P, van der md, sovierzoski hh, Pedrini aG, ursi s, tatiana Wehb
Ploeg s, anderson sJ, Kubiszewski i, Farber s, Kremer LP, Almeida R, Schaeffer-Novelli
turner rK (2014) changes in the global value Y, marques v, brotto ds (2016). marine Ilustrações: ana borelli & co
of ecosystem services. Global environmental and coastal environmental education in the
change 26: 152-158. context of global climate changes - synthesis Projeto Editorial e Capa: ana borelli & co
4. Prates aPl, Gonçalves ma, rosa, mr and subsidies for rebentos (coastal benthic
(2012). Panorama da conservação dos habitats monitoring network).Brazilian
Journal of Oceanography, 64(sp2):137-156.
Revisão gráfica: ligia bassoul
ecossistemas costeiros e marinhos no Brasil.
brasília: mma. 152 p. 15. Guerra, a. educação ambiental em áreas Produção: tiX editora
5. laborel J. (1969) les peuplements de costeiras: o aprender e o ensinar usando a
madréporaires des côtes tropicales du Brésil. internet. in: Pedrini, a. G.(org.) 2002. O
contrato social da ciência unindo saberes Impressão: Walprint
annales de l’université d’abidjan (series e)
2:1–260 na Educação Ambiental. Petrópolis: vozes,
2002, p. 45-55.
6. oigman-Pszczol ss, creed Jc (2004) size
structure and spatial distribution of the corals 16. toro, Jb, Werneck, nmd (2004).
Mussismilia hispida and Siderastrea stellata mobilização social: um modo de construir a
(Scleractinia) at armação dos búzios, brazil. democracia e a Participação. rio de Janeiro:
bulletin of marine science 74: 433-448. autêntica, 2004. 104 p.
7. oigman-Pszczol ss, Figueiredo mo, creed 17. ocean literacy. disponível em <http://
Jc (2004) distribution of benthic communities www.oceanliteracy.net>. acessado em out
on the tropical rocky subtidal of armação dos 2018.
búzios, southeastern brazil. P.s.z.n. marine 18. conhecer o oceano. disponível em
ecology 25: 173–190 <http://www.cienciaviva.pt/oceano/home/>. dados internacionais Para cataloGação na Publicação (ciP)
8. ibGe 2017. disponível em: <https://cidades. acessado em out 2018. P958
ibge.gov.br/brasil/rj/armacao-dos-buzios/ 19. magro tc, Freixêdas vm (1998)
panorama>. acessado em: outubro de 2018 trilhas: como facilitar a seleção de pontos Projeto ecorais : biodiversidade e educação ambiental marinha e costeira
da Armação dos Búzios / [Simone Siog Oigman-Pszcol ... et al. ; Ana
9. oigman-Pszczol ss, creed Jc (2011) can interpretativos. circular técnica iPeF n. 186:
borelli, ilustrações]. - rio de Janeiro : tiX, 2019.
patterns in benthic communities be explained 4-10. 52 p. : il. col. ; ... cm.
by an environmental pressure index? marine 20. mma - ministÉrio do meio
Pollution bulletin 62: 2181-2189 ambiente e dos recursos naturais Inclui bibliografia.
isbn 9788562733239
10. oigman-Pszczol ss, creed Jc (2007) renovÁveis (2010). conduta consciente
Quantification and classification of marine em ambientes recifais / Gerência de 1. biodiversidade marinha - conservaçãol –armação dos búzios (rJ)
litter on beaches along armação dos búzios, biodiversidade aquática e recursos corais – armação dos búzios (rJ). 3. ecologia costeira – armação dos
rio de Janeiro, brazil. Journal of coastal Pesqueiros. - brasília: mma/ sbF. 32 p. búzios (rJ). 4.ecologia marinha – armação dos búzios (rJ) i. Pszcol,
simone siog oigman-, 1976 .ii. borelli, ana, 1970- . iii. título.
research 23: 421–428.
11. brasil (1999). Lei nº 9.795, de 27 de abril cdd- 333.917098153
de 1999. dispõe sobre a educação ambiental,
50 51
52

Você também pode gostar