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PM CE

História
do Ceará

Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
História do Ceará
Daniel Vasconcellos

Sumário
História do Ceará. . .............................................................................................................................................................3
Introdução.............................................................................................................................................................................3
Análise do Edital...............................................................................................................................................................3
Soldado...................................................................................................................................................................................3
Oficial.......................................................................................................................................................................................4
Pesquisa de Questões...................................................................................................................................................5
História do Ceará. . .............................................................................................................................................................6
1. O Período Colonial: a Ocupação do Território: Disputas Entre Nativos e Portugueses;
Acesso à Terra: Sesmarias e a Economia Pecuária.......................................................................................6
2. O Período Imperial: o Ceará na Confederação do Equador; Importância da Economia
do Algodão; a Escravidão Negra no Ceará...................................................................................................... 10
3. O Ceará e a “República Velha”: a Política Oligárquica: Coronelismo e Clientelismo;
Movimentos Sociais Religiosos e “Banditismo”..........................................................................................14
4. O Período 1930/1964: o Ceará Durante o Estado-Novo; Repercussões da
Redemocratização; “Indústria da Seca”: DNOCS e SUDENE.................................................................18
5. Os Governos Militares e o “Novo” Coronelismo; a “Modernização Conservadora”. ..........21
6. A “Nova” República: os “Governos das Mudanças”.............................................................................25
Questões de Concurso................................................................................................................................................27
Gabarito...............................................................................................................................................................................46
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................47

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RAYSSA MARTINS MOREIRA - 03666274307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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História do Ceará
Daniel Vasconcellos

HISTÓRIA DO CEARÁ

Introdução
Olá, querido(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) novamente!
Depois de estudar profundamente, ao longo do curso, os conteúdos listados no edital,
chegou o momento de fazermos uma revisão e esmiuçarmos a maneira com que a banca da
IDECAN – lhe cobrará o conhecimento.
Infelizmente, o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacio-
nal – IDECAN – organizará pela primeira vez um certame para o Estado do Ceará que aborde
sua história. Isso é problema porque não poderemos utilizar questões específicas da banca.
Contudo, ao seguirmos estritamente a ordem do edital, poderei utilizar questões da banca
com temáticas semelhantes para elucidar a forma como o examinador lhe cobrará esse co-
nhecimento. Ainda, utilizei de questões de outras bancas com características de avaliação
semelhantes às da IDECAN. O que farei é extrair os conteúdos mais relevantes e direcionar
sua preparação, sua energia para aquilo que é mais avaliado.
No entanto, chamo a sua atenção: essa aula articula todo o conhecimento discutido ao
longo de nosso curso. Foram das aulas em que discutimos os tópicos do edital acerca da
História Mundial, do Brasil e da Bahia, com resumos, mapas mentais e exercícios de suma
importância para a internalização do que é exigido. Portanto, caso ainda não tenha estudado
as aulas anteriores, recomendo que o faça antes de seguir. Esta aula visa justamente a oti-
mização do que fora trabalhado anteriormente.

Análise do Edital
Soldado
Análise do edital do concurso público e questões de provas para admissão no cargo de
Soldado da Polícia Militar do Estado do Ceará EDITAL N. 001/2022 – SSPDS/AESP – SOLDADO
PMCE, DE 07 DE OUTUBRO DE 2022:
O edital aponta a quantidade de vagas destinadas à Ampla Concorrência e à de reservadas
para negros, tanto masculino como feminino. Veja:

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Em seu item 9.1, o edital diz: Serão aplicadas provas objetivas, de caráter eliminatório e
classificatório, abrangendo os objetos de avaliação constantes do Anexo I deste Edital, con-
forme os quadros a seguir:

Assim, as questões de História estarão entre as 40 questões da Prova Objetiva de Conhe-


cimentos Básicos, que também inclui Atualidades. Desse modo, podemos estimar cerca de
5 a 6 questões de História na sua prova.

Oficial
Análise do edital do concurso público e questões de provas para o cargo de Aspirante a
Oficial da Polícia Militar do Estado do Ceará. EDITAL n. 001/2022 – SSPDS/AESP – 2º TE-
NENTE PMCE, DE 20 DE OUTUBRO DE 2022.
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Em seu item 9.1 o edital diz: Serão aplicadas provas objetivas, de caráter eliminatório e
classificatório, abrangendo os objetos de avaliação constantes do Anexo I deste Edital, con-
forme os quadros a seguir:

As questões de História do Ceará estarão entre as 40 de sua prova de Conhecimentos


Básicos. Podemos estimar entre 5 a 6 questões de História do Ceará.

Pesquisa de Questões
O método para a coleta de questões passa pela pesquisa na plataforma Gran Cursos Questões:
https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos
Aplicamos os seguintes filtros:
• Disciplina: História
• Banca: IDECAN

Encontramos, assim, 220 questões de História elaboradas pela IDECAN. Nenhuma delas
abordando a História do Ceará. Mas, entre elas, listei às que tratam de temas que se relacionam
com a história do Ceará, seja por influenciar diretamente o estado, seja por contextualizar um
cenário nacional ou internacional para compreensão dos seus reflexos na região. Também
listei questões de outras bancas que tratam do conteúdo de maneira semelhante a maneira
como a IDECAN avalia o candidato e que são específicas sobre a História do Ceará.
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História do Ceará
Querido(a), insisto: TODOS os conteúdos elencados estão contemplados em meu curso
de História para o cargo de Soldado e Aspirante a Oficial da Polícia Militar do Estado do Ceará
(aulas autossuficientes em PDF, Gran Cursos Online). Como disse, o objetivo agora é otimizar a
sua preparação. Por isso, abordarei de forma objetiva e concisa os conteúdos mais relevantes
para a sua preparação – isto é, os conteúdos mais cobrados nas últimas provas.
O conteúdo para os cargos de Soldado e de Oficial são os mesmos. Nos dois editais,
ocupam o ANEXO I: - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO - MÓDULO I - CONHECIMENTOS BÁSICOS
História do Ceará
1. O período colonial: a ocupação do território: disputas entre nativos e portugueses;
acesso à terra: sesmarias e a economia pecuária.
2. O período imperial: o Ceará na Confederação do Equador; importância da economia do
algodão; a escravidão negra no Ceará.
3. O Ceará e a “República Velha”: a política oligárquica: coronelismo e clientelismo; movi-
mentos sociais religiosos e “banditismo”;
4. O período 1930/1964: o Ceará durante o Esta do-Novo; repercussões da redemocrati-
zação; “indústria da seca”: DNOCS e SUDENE.
5. Os governos militares e o “novo” coronelismo; a “modernização conservadora”.
6. A “nova” República: os “governos das mudanças”.
A IDECAN utiliza de muitos textos e imagens nos enunciados. É muito importante que
você “saiba” lê-los, capturando informações sobre conceitos, datas ou períodos que podem
ser de contextos nacionais e/ou internacionais, para que consiga relacioná-los com os acon-
tecimentos no Estado.
Outra estratégia da banca consiste em descrever um conjunto de acontecimentos e, no
comando da questão, exigir do candidato o nome dado a esses eventos ou a uma personagem.
Ainda, podem exigir que assinale o conceito que se relaciona aos eventos escritos ou con-
textualizados em imagem. Para que consiga visualizar o que digo, vou apontar os principais
conteúdos e, apontar questões que exemplifiquem.

1. O Período Colonial: a Ocupação do Território: Disputas Entre


Nativos e Portugueses; Acesso à Terra: Sesmarias e a Economia Pecuária
Concurseiro(a), a colonização do atual território do estado do Ceará, está relacionada às
grandes navegações, que iniciou o processo de globalização econômica, na medida em que
as potências europeias do período (Portugal, Espanha, França, Holanda, Inglaterra) promove-
ram um intercâmbio comercial através do mercantilismo (comércio triangular entre Europa,
América e África), buscando metais preciosos, mão de obra escrava ou especiarias.
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Para ocupar definitivamente o território brasileiro, a Coroa Portuguesa decidiu terceirizar


a empreitada, criando o sistema de Capitanias Hereditárias. Ou a coroa povoava a colônia, ou
poderia perde-la, já que franceses e holandeses já frequentavam o litoral e a bacia amazônica.
A Capitania do Siará foi doada em 1535 ao donatário Antônio Cardoso de Barros. Em 2022
a IDECAN cobrou essa temática. Veja:

001. (IDECAN/IBGE/AGENTE CENSITÁRIO/ÁREA: PESQUISAS POR TELEFONE/2022) Du-


rante os primeiros séculos o futuro território brasileiro foi dividido em Capitanias Hereditárias,
como o mapa a seguir representa:

(Fonte: Multi Rio. Disponível em: Mapa_Luis_Teixeira_t.jpg - rio.rj.gov.br)

A configuração territorial das Capitanias Hereditárias apresentava alguns desafios e obstáculos


a serem transpostos. Dentre eles, pode-se destacar, principalmente:
a) A necessidade de ocupar cada vez mais faixas interioranas do território, controlando algumas
das principais bacias hidrográficas da América do Sul.
b) A grande extensão costeira do Brasil, que era uma enorme desvantagem militar e econômica,
devido a necessidade de defendê-la de invasores estrangeiros.
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c) Uma concentração de terras continentais, mais para o interior do país, imprimindo dificuldades
para quem quisesse criar instalações de navegação.
d) A proximidade das primeiras vilas e cidades em áreas de relevo rebaixadas, em planícies de
inundação que constantemente causavam enchentes e perdas materiais.
e) Florestas Equatoriais e Tropicais muito densas, que não permitiam adentrar o território, obri-
gando o Tratado de Tordesilhas a limitar-se na foz do Rio Amazonas.

a) Certa. Lembre-se do que disse sobre saber ler as informações. Note que o mapa apresenta
também várias bacias hidrográficas. Elas eram importantes para controlar os cursos dos rios
para interiorização do continente. Essa foi uma dificuldade que os portugueses enfrentaram
bem, criando fortificações e vilarejos nesses pontos estratégicos.
b) Errada. A longa extensão litorânea, na verdade, favorecia a ocupação. O problema era interiorizar.
c) Errada. Com um vasto litoral e com grandes bacias hidrográficas, isso foi facilitador para o
transporte naval.
d) Errada. Por mais que as vilas e cidades não tivessem planejamento, sendo criadas organi-
camente, os portugueses e brasileiros criavam suas comunidades em terrenos estratégicos.
e) Errada. O Tratado de Tordesilhas (1494), que dividia as terras “descobertas e a descobrir”
entre Espanha e Portugal, não teve nenhuma relação com as florestas densas. Foi um acordo
entre as duas coroas, até então as únicas potências marítimas, para impedir que entrassem
em disputas.
Letra a.

O Período Colonial: a Ocupação do Território: Disputas entre Nativos e Portugueses

Como disse, a Capitania do Siará foi doada em 1535 ao donatário Antônio Cardoso de Bar-
ros. No entanto, não realizou imediatamente sua ocupação. A primeira expedição bandeirante
na Capitania somente ocorreu em 1603. Liderada por Pero Coelho de Souza, fracassou ante
a resistência dos índios Potiguaras. No entanto, conseguiu construir o Forte de São Tiago.
Os padres jesuítas Francisco Pinto e Pereira Figueira também enfrentaram a fúria dos indíge-
nas que não se deixaram catequisar. Francisco Pinto foi morto e Pereira Figueira teve que fugir.
Martim Soares Moreno, considerado o grande fundador do Ceará, conseguiu a confiança
dos índios potiguaras e, em 1611, construiu o Forte de São Sebastião, ocupando efetivamen-
te a região.
A ocupação do território, a partir de então, levou a mais conflitos entre os criadores de
gado e os nativos. O maior destes conflitos foi, sem dúvida, a Guerra dos Bárbaros ou Con-
federação do Cariri (1683-1713): um movimento de resistência da nação Cariri (ou Kiriri) à
dominação portuguesa, que envolveu nativos principalmente do Ceará e algumas tribos de
Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. Veja mais um exemplo de questão da banca
sobre essa temática.
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002. (IDECAN/IFPR/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ÁREA:


HISTÓRIA/2019)

a) Caetés
b) Potiguaras
c) Tabajaras
d) Tamoios
e) Tupiniquins

Querido(a), na Bahia foram os Caetés. Você não tem a obrigação de saber disto. Listei essa
questão aqui justamente para que veja um exemplo de como a IDECAN poderá lhe cobrar o
conhecimento sobre a resistência indígena. No Ceará, os povos que ofereceram resistência
foram os potiguaras, tapuias e tabajaras.
Letra a.

Acesso à Terra: Sesmarias e a Economia Pecuária

Após as ações de Martin Soares Moreno, para aproveitamento econômico e ocupação do


território, foram concedidas sesmarias (lotes de terra). A atividade econômica que surgiu daí
foi a pecuária que, como economia subsidiária da economia açucareira, fornecendo carne
e couro para os engenhos e comerciantes portugueses, permitiu o desenvolvimento de um
mercado interno, ainda que incipiente.
A atividade pecuária atingiu tamanha importância nos séculos XVII e XVIII que foram os
cearenses chamados de Civilização do Couro. A ocupação do território com essa finalidade
teve duas frentes: Sertão-de-fora (pernambucanos do litoral), Sertão-de-dentro (baianos). No
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entanto, o charque cearense enfrentou a concorrência dos produtores sulistas e enfrentou


uma grande seca, levando a crise da pecuária.
Veja mais um exemplo de questão da IDECAN:

003. (IDECAN/IFPR/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ÁREA:


HISTÓRIA/2019) Quanto à formação de um incipiente mercado interno no Brasil durante o
período colonial, é correto afirmar que
a) era baseado na produção artesanal das populações indígenas nos aldeamentos.
b) era financiado pela metrópole portuguesa através do “exclusivo metropolitano”.
c) baseava-se nas grandes monoculturas agrícolas organizadas no modelo de plantation.
d) foi estimulado pelo incremento da agricultura de subsistência e da pecuária.
e) foi iniciado a partir do comércio de diamantes na região das Minas Gerais.

Cuidado com a pegadinha. A economia brasileira no período colonial era se baseada nas gran-
des monoculturas de cana de açúcar e organizadas no modelo de plantation (monocultura,
exportação, escravidão e latifúndio). No entanto, o enunciado da questão se refere á formação
do mercado interno. Ora, a economia açucareira era voltada para o mercado externo, para
atender às necessidades da metrópole portuguesa. Como vimos, a pecuária e a agricultura de
subsistência foram subsidiárias da atividade açucareira, permitindo a formação de um mercado
consumidor do charque produzido no Ceará, por exemplo.
Letra d.

2. O Período Imperial: o Ceará na Confederação do Equador; Importância


da Economia do Algodão; a Escravidão Negra no Ceará

O Período Imperial: o Ceará na Confederação do Equador

É importante que entenda as motivações da Confederação do Equador: A Constituição de


1824 instituiu o Poder Moderador, disfarçando de liberal uma constituição que, na prática, era
absolutista; o aumento de tributos cobrados pelo império sobre as províncias do Nordeste;
os ideais liberais da Revolução Francesa e o nacionalismo de movimentos como a Rebelião
Liberal do Porto de 1820 inspiraram os locais.
Seja pela luta relacionada à autonomia das províncias, seja meramente por manutenção
de poder e privilégios locais, destacaram-se a atuação conflitante de diversos liberais oriun-
dos do Ceará e de Pernambuco e de membros das camadas rurais e urbanas (aristocrática,
militar ou religiosa).
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Assim, a Confederação do Equador foi uma reação ao autoritarismo de D. Pedro I e uma


tentativa de formar uma república composta por unidades federativas: Pernambuco, Paraíba,
Rio Grande do Norte e Ceará.
Veja os objetivos da Confederação do Equador:
• Diminuir a influência do governo nos assuntos políticos regionais;
• Convocação de uma nova Assembleia Constituinte para elaboração de uma nova Cons-
tituição de cunho liberal;
• Organizar forças de resistências populares contra a repressão do governo imperial;
• Acabar com o tráfico de escravos para o Brasil;

Várias cidades cearenses, como Crato, Icó e Quixeramobim, demonstraram sua insatisfação
com o governo imperial. Após choques com o governo provisório controlado pelo Imperador
Dom Pedro I, foi estabelecida a República do Ceará em 26 de agosto de 1824, tendo Tristão
Alencar como presidente do Conselho que governaria a província.
A repressão pelo Império foi implacável e o Ceará ofereceu pouca resistência porque
havia uma superioridade militar das tropas do governo imperial; houve a pouca participação
popular; as principais lideranças terem sido presas ou mortas.

004. (IDECAN/SEARH/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2016)

Em 1824, eclodiu no Nordeste um movimento revolucionário – Confederação do Equador, de


tendência liberal, separatista e republicana, reagindo contra o centralismo monárquico consubs-
tanciado na Constituição outorgada de 1824. Em linhas gerais, o programa da Confederação
do Equador preconizava:
a) A implantação de um governo representativo, que garantisse a autonomia das províncias
confederadas.
b) A censura e reforma da Constituição de 1824 e o estabelecimento de um governo interino
no lugar de D. Pedro I.
c) A ruptura do comércio interprovincial e internacional das províncias confederadas, que esta-
beleceriam uniões aduaneiras.
d) A independência jurídica e política de cada província envolvida no conflito, que estabeleceria,
cada uma, o seu governo próprio.
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Olha aí um dos objetivos da Confederação do Equador: formar uma federação, modelo em que
os membros possuem autonomia, e com eleições (representativa).
Letra a.

Importância da Economia do Algodão

Querido(a), não encontrei nenhuma questão da IDECAN que pudesse pelo menos contex-
tualizar essa temática. Mas ela não é difícil.
A cotonicultura se desenvolveu no Ceará a partir de 1777, como uma mudança de ativi-
dade dos antigos criadores de gado que, como vimos, sucumbiram ante a concorrência dos
pecuaristas do sul. O auge do crescimento da produção de algodão, contudo, se deu a partir
da Guerra de Secessão nos Estados Unidos (1861–1865). Principal produtor de algodão do
mundo, envolvido no conflito interno, não conseguiu abastecer o mercado de têxteis, princi-
palmente o das indústrias inglesas.
Foi nesse período que Fortaleza desbancou Aracati do posto de cidade principal do Ceará:
o algodão substituía o charque em importância econômica. Entretanto, a Grande Seca (1877
a 1879), colocou fim ao sucesso da atividade.

005. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2016) A ocupação do território cearense no período colonial esteve, assim como o cres-
cimento econômico de Fortaleza, em uma relação direta com o binômio gado - algodão. Essa
produção da cotonicultura determinou mudanças nas relações econômicas e sociais. Sobre
esse processo, é correto dizer que:
a) Fortaleza tornou-se o maior centro coletor da produção algodoeira interiorana, esse fato con-
tribuiu para consolidá-la como principal núcleo urbano do Ceará na segunda metade do século
XIX. Com o seu desenvolvimento, as relações sociais desenvolvidas também obedeceram a um
modelo em que, de um lado, estavam os grandes proprietários de terras, coronéis do sertão, e,
do outro lado, camponeses sem terra ou com pequenos roçados. Com as grandes secas que
assolavam nosso estado, boa parte dessa população trabalhadora rural passou a migrar para
Fortaleza, submetendo suas famílias à proletarização nas periferias urbanas.
b) a grande capital política e econômica do Ceará, no período áureo da cotonicultura, era a
cidade de Icó. Na região, existiam grandes fazendas de algodão com o uso da mão de obra
escrava, o que justifica a predominância da raça negra no centro-sul do Ceará. Nesse período,
os governadores do estado (presidentes da província) pertenciam todos à região.
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c) a Guerra de Secessão nos Estados Unidos fez a indústria têxtil prosperar no Ceará. Com a ex-
portação de algodão para abastecer as indústrias inglesas no século XIX, nasce o polo industrial
de Fortaleza, que se instalou na região oeste da capital, onde hoje é a Avenida Franscisco Sá.
d) o desenvolvimento da região portuária de Fortaleza, com o crescimento do porto do Mucuripe
e o aumento do volume de navios cargueiros no litoral cearense, fez com que se desenvolvesse
uma grande zona hoteleira na capital, além do aumento grande de ruas asfaltadas e de veículos
automotores, em especial caminhões usados para auxiliar o transporte da carga do centro-sul
do estado para a capital.

Letra a: Certo. A alternativa apresenta a história do crescimento da capital Fortaleza, que surgiu
como vila no século XVII nas imediações do antigo Forte de São Tiago, reconstruído como Forte
de São Sebastião pelos portugueses, pertencente à capitania de Pernambuco. A partir de 1800,
a autonomia é adquirida sob o título de Capitania do Ceará, separando-se do “Grão Pará e Ma-
ranhão”. O crescimento de Fortaleza ao longo das décadas foi decorrente da seca que forçava
milhares de retirantes ao êxodo rural. O algodão era o principal produto agrícola do Ceará na
época. O êxodo proporciona a urbanização desordenada (favelização) nos subúrbios. A política
do coronelismo remonta aos primórdios da República Velha, sendo que o texto mostra a divisão
de classes no final do XIX que daria origem ao coronelismo.
Letra b: Errado. Fortaleza superou Aracati quando o algodão passou a ser mais importante
que o charque, principalmente por ser produto de exportação e trazer grande riqueza à aris-
tocracia fortalezense.
Letra c: Errada. A alternativa delimita a produção do algodão a apenas um lado da cidade, o que
é ridículo, pois a riqueza do algodão conferiu a Fortaleza grande riqueza ao longo do século
XIX, permitindo inclusive o florescimento de grandes casarões e espaços luxuosos, além dos
prédios públicos do centro histórico, cuja exuberância revela a grande riqueza da aristocracia
cotoneira. De fato, a Guerra de Secessão nos Estados Unidos fez a indústria têxtil prosperar
no Ceará, pois o algodão produzido nas fazendas do Sul escravocrata americano não mais era
produzido, deixando de abastecer a Europa, hiato de oportunidade que foi aproveitado pelos
cearenses, cujo agreste e semiárido era propício à plantação de algodão.
Letra d: Errada. A alternativa aponta que no período colonial ocorreu o “crescimento econômico
de Fortaleza”. No entanto, isso ocorreu no século XIX, durante o Império.
Letra a.

A Escravidão Negra no Ceará

A escravidão na região do Ceará foi pouco significativa em virtude de a criação de gado


não exigir tanta mão de obra. Somente a partir do desenvolvimento da cotonicultura é que a
escravidão africana passou a ser mais utilizada.
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Entretanto, o que mais chama atenção é que primeiro município a abolir a escravatura no
país foi Acarape, que depois do evento, passou a ser chamado de Redenção (1º de janeiro
de 1883). Ainda, a campanha abolicionista aboliu a escravidão no Estado em 25 de março de
1884, antes da Lei áurea, que é de 1888. Foi, portanto, a primeira província brasileira a abolir
a escravatura.
Outra informação importante que é explorada pelas bancas foi a atuação do jangadeiro
Francisco José do Nascimento, o “Dragão do Mar”, que organizou os jangadeiros para não
transportarem escravos. Dizia o Dragão do Mar: “No Ceará não se embarcam mais escravos.”

006. (SEDUC CE/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2016) É célebre a frase de Francisco José


do Nascimento, o Dragão do Mar: “Aqui não se embarca mais escravos”. O contexto sociopo-
lítico cearense que representa esse momento é
a) de proibição do tráfico de escravos, decretado recentemente no Ceará, dando início às ma-
nifestações abolicionistas e suas ações radicais.
b) de lutas em torno da abolição dos escravos, que ganharam grande alcance em face do au-
mento do número de negros que foram trazidos para a Província do Ceará, após a seca de 1877.
c) da campanha abolicionista, que alcançava seu auge no Ceará, conseguindo a adesão dos
jangadeiros que faziam o transporte dos escravos dos navios para o porto.
d) do tráfico interprovincial, que estava levando à falência comerciantes e fazendeiros cearenses,
os quais decidiram impedir, pela força, o embarque de escravos para os navios que comercia-
lizavam os negros escravizados para o Sudeste e Sul do país.
e) da abolição dos escravos no Ceará, que aconteceu pacificamente através de um ato do governo
provincial; o que levou à desmobilização e desmoralização dos poucos abolicionistas cearenses.

Francisco José do Nascimento, também conhecido como Dragão do Mar, era negro e foi um
líder abolicionista no litoral do Ceará. O Ceará aboliu a escravidão em 1884, tendo sido a 1ª
província a fazê-lo.
Letra c.

3. O Ceará e a “República Velha”: a Política Oligárquica: Coronelismo


e Clientelismo; Movimentos Sociais Religiosos e “Banditismo”

República Oligárquica

Querido(a), existem várias questões da IDECAN sobre a política na República Oligárquica


e os movimentos messiânicos e o banditismo social. Ainda que não sejam específicas sobre
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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o estado do Ceará, elas apontam características do sistema coronelista e os movimentos


de resistência a ele. Podemos esperar que há grande possibilidade de que sejam cobrados,
justamente por ser temática recorrente. Contudo, caso venha a ser, esse conteúdo tomará os
contextos locais.
Para otimizar o estudo, não me ocuparei da estrutura política nacional do período. Caso
tenha alguma dúvida, volte a nossa segunda aula “História do Ceará – Parte II e revise o con-
teúdo sobre a política República Oligárquica.

A Política Oligárquica: Coronelismo e Clientelismo

Após a Proclamação da República no Brasil, em 1889, o quadro político-econômico do


Ceará começou a se transformar. Alguns anos depois, teve início a poderosa oligarquia ac-
ciolina, que recebeu esse nome por ser comandada pelo comendador Antônio Pinto Nogueira
Accioli, que governou o estado de forma autoritária e monolítica entre 1896 e 1912. Durante
esse período, a família Accioli controlou, literalmente, todas as esferas do poder cearense,
desde os altos escalões do Governo estadual até as delegacias.
Se vivia uma conturbada e violenta campanha eleitoral no Ceará, graças ao Salvacionismo
pretendido pelo presidente Hermes da Fonseca, que procurava enfraquecer as oligarquias re-
gionais contrárias ao seu poder. Dentro da “política das Salvações”, foi lançada a candidatura
de Franco Rabelo para o governo, enquanto Accioli apontava como seu candidato Domingos
Carneiro. Em Fortaleza, houve uma passeata de crianças em favor de Franco Rabelo, a qual
foi repreendida duramente pelas forças policiais, causando a morte de algumas crianças e
ferindo outras tantas.
Em consequência, a população fortalezense se revoltou contra o governo, mergulhando a
capital em verdadeiro estado de guerra civil durante três dias. Accioli teve, então, que renun-
ciar ao governo cearense, tendo como garantia o direito de permanecer vivo e poder fugir do
Estado. Franco Rabelo foi eleito para governar o Ceará logo em seguida, mas acabou sendo
deposto por outra revolta, a Sedição de Juazeiro, entre 1913 e 1914.
Juazeiro do Norte era uma cidade recém-emancipada do Crato. Seu surgimento se deveu
ao carismático Padre Cícero, que, após ter ficado famoso devido ao suposto milagre da Bea-
ta Maria de Araújo (cuja hóstia teria se transformado em sangue), conquistou uma imensa
massa de sertanejos pobres e religiosos. Muitos passaram a morar em Juazeiro, de modo
que em pouco tempo o local possuía milhares de moradores. Como não tinha o apoio da alta
hierarquia católica, Padre Cícero procurou evitar que Juazeiro tivesse o mesmo fim trágico
de Canudos e aliou-se ao poder político dos coronéis, posicionando-se ao lado da oligarquia
de Nogueira Accioli. Embora mantendo a proximidade com o povo, o padre tornou-se, para
alguns, um “coronel de batina”.
Franco Rabelo havia, em pouco tempo, perdido o apoio de muitos políticos que o haviam
ajudado a chegar ao poder - a Assembleia Legislativa tentou até mesmo, sem sucesso, votar

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o impeachment do “salvacionista”. Os oposicionistas tentaram, então, convocar extraordina-


riamente a Assembleia Legislativa em Juazeiro e cassaram o mandato de Rabelo. Este, que
tinha ainda bastante apoio em Fortaleza, mandou tropas para Juazeiro do Norte, pretendendo
derrotar os golpistas. Os sertanejos, incitados pelo Padre Cícero e pelos coronéis, acreditaram
ser aquela uma agressão contra o “Padim Ciço”. Iniciou-se um verdadeiro clima de guerra
santa em Juazeiro. Após meses de combate, os seguidores de Padre Cícero venceram as
tropas de Rabelo e iniciaram uma longa marcha até Fortaleza, obrigando Rabelo a renunciar
ao governo cearense.
Após a Sedição de Juazeiro, estabeleceu-se um certo equilíbrio entre as oligarquias
cearenses, não havendo mais conflitos militares entre elas. O povo, no entanto, continuou
reprimido e sem voz.

007. (IDECAN/PREFEITURA/PROFESSOR SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL/ÁREA:


HISTÓRIA/2017) “De acordo com o historiador Edgar Carone o poder dos coronéis adquiriu
uma dimensão sem precedentes na história republicana. Referindo-se à influência dos coro-
néis, ele afirmou: ‘Socialmente, o coronel exerce uma série de funções que o fazem temido e
obedecido [...] Aos agregados, ele dispensa favores; dá-lhes terras, tira da cadeia e ajuda-os
com os doentes; em compensação exige fidelidade, serviços, permanência infinita em suas
terras, participação nos grupos armados etc’.”
(CARONE, Edgar. A República Velha. Sãso Paulo: Difel, s.d., p. 106.)

Sobre o coronelismo e a situação política do Brasil durante a República Velha, assinale a afir-
mativa correta.
a) O acesso à cidadania plena só era outorgado pelos coronéis, o que acentuava seu poder
político e econômico.
b) A subordinação econômica exercida pelos coronéis era inversamente proporcional à subor-
dinação política exercida por eles.
c) O fato de mais de 70% da população brasileira da época viver em zonas rurais facilitava a
manipulação política e eleitoral.
d) O processo antidemocrático e excludente característico daquele período transformou-se num
instrumento de limitação do poder dos coronéis.

Por viverem no espaço rural, a maioria da população dependia das atividades econômicas dos
coronéis, direta ou indiretamente. De tal modo, faziam parte do “curral eleitoral” desses coronéis.
Letra c.
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Movimentos Sociais Religiosos e “Banditismo”

O messianismo e o banditismo são reações à dominação coronelista, ainda que não fosse
uma pauta discutida pelos membros desses movimentos. A miséria da população nordestina,
especialmente no Ceará, estava muito ligada à seca e à exploração dos coronéis que contro-
lavam os latifúndios, quando não expulsavam pequenos proprietários.
Além de Antônio Conselheiro, famoso beato nascido em Quixeramobim (CE), líder do po-
voado de Canudos na Bahia (Guerra de Canudos, 1896-1897), o Ceará teve experiências com
esses movimentos em seu território.
Padre Ibiapina iniciou uma obra missionária somente aos 47 anos, percorrendo a região
Nordeste em missões evangelizadoras, erguendo inúmeras casas de caridade, igrejas, cape-
las, cemitérios, cacimbas d’água, açudes. Ensinou técnicas agrícolas aos sertanejos, atuação
que inspirou no Nordeste o Padre Cícero e Antônio Conselheiro, e defendeu os direitos dos
trabalhadores rurais.
O Beato Zé Lourenço foi o líder da comunidade Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, loca-
lizada na zona rural do Crato (Ceará), recebendo apoio do Padre Cícero. Lembra-se? Caldeirão
era uma comunidade autossustentável que dava abrigo a famílias camponesas que fugiam da
exploração imposta pelos latifundiários. Em 11 de maio de 1937, portanto, 6 meses antes da
implantação da ditadura do Estado Novo, cerca de 700 camponeses foram mortos por bom-
bardeios da Força Aérea Brasileira. O caso do massacre do Caldeirão costuma ser comparado
à guerra de Canudos (1896-1897), na Bahia, e à guerra do Contestado (1912-1916), na fronteira
entre os estados do Paraná e Santa Catarina — episódios com desfechos semelhantes.
O caso mais emblemático do messianismo no Ceará, entretanto, é o do Padre Cícero,
Patriarca de Juazeiro. Ocupava uma posição de autoridade tanto religiosa quanto política em
Juazeiro e, ao contrário da regra dos movimentos messiânicos de insurgirem contra o corone-
lismo, Padre Cícero se tornou um coronel, sendo chamado de “Coronel de Batina”. Se aliou a
outros nomes da política local e defendeu a emancipação do povoado de Juazeiro durante a
Sedição de Juazeiro. Em 1911, a emancipação de Juazeiro foi reconhecida politicamente e a
cidade se desligou de Crato. Depois disso, padre Cícero foi eleito primeiro prefeito de Juazeiro.
O nome atual da cidade (Juazeiro do Norte) só foi adotado na década de 1940.
Padre Cícero, ainda, articulou um pacto entre os coronéis da região. Esse acordo, assinado
em 4 de outubro de 1911 e conhecido como “pacto dos coronéis”, foi uma costura política no
qual os coronéis da região do vale do Cariri se comprometiam a pôr fim nas suas desavenças
para apoiar o governo do Ceará e o chefe da oligarquia desse estado, Antônio Pinto Nogueira
Accioly. Muitos falam também que padre Cícero teria tido laços com membros do cangaço.
Já o chamado banditismo é como o historiador Eric Hobsbawm chamou o cangaço. Os
principais representantes do cangaço no Ceará foram João Calangro, Inocêncio Vermelho
e Virgulino Ferreira (Lampião). Além de ser importante a memorização dos nomes destes
personagens, o conceito de banditismo social pode ser cobrado.
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Banditismo social: Modo de proceder de bandido, tipo de vida de bandido ou conjunto dos
crimes cometidos em certo lugar ou época (criminalidade). Também pode ser considerado
uma forma de atividade predatória realizada por bandos armados, organizados ou não, contra
propriedades e autoridades. Segundo o historiador Eric Hobsbawm, “o banditismo é uma forma
bastante primitiva de protesto social organizado”.

008. (IDECAN/PREFEITURA DE SIMONÉSIA/ASSISTENTE SOCIAL/2016) O cangaço tem


suas origens históricas por volta do século XVIII; se constituiu num movimento social rela-
cionado à questão fundiária do Nordeste e teve seu auge entre os anos de 1919 e 1927. São
nomes relacionados ao Cangaço, EXCETO:
a) Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.
b) Cristiano Gomes da Silva Cleto, o Corisco
c) Manuel Batista de Morais, o Antônio Silvino.
d) Antônio Vicente Maciel, o Antônio Conselheiro.

Querido(a), ainda que não soubesse os nomes de todas as personagens do cangaço, você deve
associar imediatamente o nome de Antônio Conselheiro à Guerra de Canudos.
Letra d.

4. O Período 1930/1964: o Ceará Durante o Estado-Novo; Repercussões


da Redemocratização; “Indústria da Seca”: DNOCS e SUDENE

Estimado(a), por questão de espaço, não vou me ocupar do processo que levou à Revolu-
ção de 1930 e ao fim do domínio Oligárquico da política brasileira. Caso sinta a necessidade,
retorne à nossa segunda aula “História do Ceará – Parte II”. O mais importante é que você
memorize que o fim da República Oligárquica no Brasil não significou o fim do domínio oli-
gárquico no Ceará!
Um tema que não fora especificamente listado no edital, mas que pode ser sim cobrado,
é a existência de Campos de Concentração no Ceará em 1932. Para controlar a “invasão” de
retirantes da seca nas principais cidades do Ceará, foram criados 7 campos de concentração
em seis cidades. Em péssimas condições, doenças se espalharam. Além disso, essa popula-
ção foi explorada como mão de obra em obras públicas da cidade de Fortaleza.

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O Ceará Durante o Estado Novo

Com a Ditadura do Estado Novo (1937-1945), Getúlio Vargas indicava interventores para
governar os Estados. Nesse contexto, no Ceará surgiram a Liga Eleitoral Católica (fascista,
formada por latifundiários interioranos) e a Legião Cearense do Trabalho (também fascista e
liderada por Severino Sombra que, após apoiar a Revolução Constitucionalista de São Paulo
em 1932, perdeu influência).
Fato também importante foi a participação do Ceará da Segunda Guerra Mundial. Com
base nos Acordos de Washington, que definiram o apoio brasileiro aos Aliados na Segunda
Guerra, estabeleceu-se uma base militar norte-americana em Fortaleza, de maneira que os
aliados tivessem uma estrutura de suporte no Atlântico.
Outra informação importante foi a estratégia do Governo de Getúlio Vargas de atrair
imigrantes nordestinos, especialmente cearenses, para os trabalhos na extração do látex na
região amazônica. Como as regiões produtoras de borracha na Ásia estavam invadidas pelos
japoneses, os o Brasil se tornou o principal fornecedor do produto. Para tanto, Vargas criou
o SEMTA: Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia. Para atrair
esses trabalhadores, ocorreu uma forte campanha nacionalista, a ponto de serem chamados
de Soldados da Borracha.

009. (FGV/TJ-RO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) A presença da exploração da borracha no Vale


do Madeira impulsionou a prosperidade econômica da região em razão da grande demanda
internacional por esse produto entre o final do século XIX e o início do século XX. Em relação
à mão de obra utilizada na região, é correto afirmar que:
a) a imigração de europeus foi decisiva para suprir a necessidade de mão de obra na região;
b) a presença de imigrantes asiáticos foi a saída encontrada para a mão de obra da região;
c) a migração da população gaúcha e catarinense supriu a necessidade de mão de obra da região;
d) a migração da população oriunda dos grandes centros urbanos do Sudeste atendeu à de-
manda da região;
e) a migração da população do nordeste foi a solução para suprir a necessidade de mão de
obra da região.

A mão de obra de migrantes nordestinos foi a mais utilizada. No segundo ciclo, inclusive, foi
incentivada pelo governo Vargas.
Letra e.

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Repercussões da Redemocratização

A UDN e o PSD, partidos conservadores e elitistas, dominariam o cenário político cearen-


se entre 1946 e 1964, enquanto o PSP, chefiado por Olavo Oliveira, seria, ao menos nos anos
1950, o “fiel da balança” nas disputas eleitorais.
Durante o governo de Raul Barbosa, iniciado em 1950, é instalado o Banco do Nordeste
(1952) com sede em fortaleza. Também é durante seu governo que se instalam usinas ter-
moelétricas e o porto de Mucuripe.
Já durante o governo de Parsifal Barroso, eleito em 1958, é construído o açude de Orós e
Banco do Estado do Ceará.

“Indústria da Seca”: DNOCS e SUDENE

Estimado(a), mais do que memorizar datas de criações e decretos, o mais importante


aqui é assimilar o conceito de Indústria da Seca: Corrupção. Estratégia de alguns políticos
que aproveitam a tragédia da seca na região nordeste do Brasil para ganho próprio.
Duas instituições foram criadas para combater a seca:
• DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas): criado em 1909. Em 1919
passou a sse chamado de IFOCS (Inspetoria Federal de Obras contra as Secas (IFOCS).
Novamente DNOCS em 1945. Comissão do Vale do São Francisco (CVSF) e a Companhia
Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF).
• SUDENE: 1959: Juscelino Kubitschek. Lei 3.692. Sede em Recife. Polígono das Secas.
Intervenção Estatal no Nordeste: Combate à seca. Corrupção: oligarquia agrária.

010. (CPCON/UEPB/VESTIBULAR/GEOGRAFIA/2009) A política de combate às secas no


Nordeste remonta a época de D. Pedro II. Com o desenvolvimento industrial brasileiro, o Nor-
deste se configurou como uma região problema, periférica e deprimida, com vários problemas
econômicos e sociais que são históricos, além da herança de sua estrutura produtiva arcaica
que atravanca o seu desenvolvimento. Assinale com V ou com F as proposições, conforme
sejam respectivamente verdadeiras ou falsas em relação às políticas implantadas no Nordeste
com o objetivo de amenizar tais problemas.
I – ( ) A construção de estradas pelo DNOCS teve uma importante contribuição na agilização do
socorro às vítimas das secas, no entanto, a construção de açudes em propriedades particulares
é ainda hoje motivo de críticas por ter proporcionado o favorecimento das elites regionais que
se utilizam da água para conseguir favorecimentos políticos.
II – ( ) O surto industrial induzido pela SUDENE promoveu a modernização e o crescimento
econômico de alguns setores da economia nordestina, mas não foi capaz de reduzir os dese-
quilíbrios regionais a que se propunha.
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III – ( ) O socorro às populações atingidas pelas secas através das frentes de trabalho, bem
como outras medidas emergenciais empregadas pelo governo federal no “combate à seca” foram
instrumentos utilizados pelas elites e políticos nordestinos para manter o “voto de cabresto” e
outros privilégios, o que passou a ser conhecido como a “indústria da seca”.
IV – ( ) A redemocratização da sociedade brasileira permitiu que setores da sociedade civil se
organizassem e que trouxessem para o debate o questionamento sobre a ideia do “combate à
seca”, os quais afirmam que a seca não se combate, mas sim, que é uma realidade na qual é
necessário criar mecanismos de convivência. Neste sentido, várias ONGS têm atuado para a
implantação de políticas públicas que garantam a segurança hídrica e alimentar e a convivência
sustentável no semiárido nordestino.
A sequência correta das assertivas é:
a) V V V V
b) V F V F
c) F F F F
d) V V V F
e) F F V F

Todas as alternativas estão corretas. Assimile as informações das alternativas.


Letra a.

5. Os Governos Militares e o “Novo” Coronelismo; a “Modernização


Conservadora”
Querido(a), a como vimos em nossa última aula, a Ditadura Militar foi instaurada no Brasil
com apoio dos Estados Unidos e organizada pela direita nacional, elites e classe média contra
o presidente João Goulart por este pretender um programa que acusavam ser comunista: as
Reformas de Base.
Uma abordagem recorrente da IDECAN sobre o período diz respeito ao autoritarismo do
regime: a violência das perseguições, torturas e mortes, Atos Institucionais (tabela a seguir).

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Veja mais um exemplo:

011. (IDECAN/PREFEITURA DE APIACÁ/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2016) A chegada


dos militares ao poder, em 1964, inaugurou um período de intensa repressão e violência no
Brasil. A vida política passou a ser regida por dispositivos autoritários que concentravam o
poder nas mãos do governo militar. O primeiro desses dispositivos foi o Ato Institucional (AI-
1) que instituiu, EXCETO:
a) A eleição presidencial indireta.
b) Suspendeu a estabilidade de vários funcionários públicos.
c) Implantou a censura dos meios de comunicação e proibiu a liberdade de expressão de ca-
ráter político.
d) Autorizou o governo a caçar mandatos de parlamentares e suspendeu os direitos políticos
daqueles que eram considerados uma ameaça contra o Estado.

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Acredito que haja pouca chance de que o Ato Institucional número 1 ser cobrado em sua prova.
Entretanto, note o que a banca faz: indica as características autoritárias do regime militar e pede
que assinale a alternativa que não se relaciona ao AI-1. A chave para a questão é lembrar-se de
que foi o AI-5, que implantou a censura dos meios e comunicação e a liberdade de expressão,
foi decretado em 1968, portanto, após o AI-1.
Letra c.

Governos Militares e o “Novo” Coronelismo

O reflexo da instalação da ditadura militar no Ceará foi a formação de lideranças políticas


coronelistas. Virgílio Távora, Marcos César Cals, Adauto Bezerra, que eram aliados e oposi-
tores entre si.
• Virgílio Távora: Ampliação do Porto do Mucuripe, transmissão da energia de Paulo Afonso.
Distrito Industrial de Maracanaú, BEC, a CODEC e da Companhia DOCAS do Ceará. Com
o AI-2, Virgílio aderiu à ARENA, e seu vice Figueiredo Correia ao MDB.
• Marcos César Cals: primeiro indicado pelo Governo Militar. Guerrilha do Araguaia

012. (IDECAN/PREFEITURA/PROFESSOR SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL/ÁREA:


HISTÓRIA/2017) “A falência do modelo populista na América Latina ficou evidenciada já na
década de 1950 do século XX, com a queda e o assassinato de Arbenz, em 1953, na Guatemala,
o suicídio de Vargas, em 1954, no Brasil, e a deposição de Perón, em 1955, na Argentina. No
entanto, foi nas décadas de 60 e 70 do mesmo século que os regimes populistas entraram
definitivamente em colapso.”
(Disponível em: http://sidartaemhistoria.blogspot.com.br/2013/06/3-em-brasil-populismo.html.)

Essa desintegração dos regimes populistas na América Latina pode ser explicada, em parte,
a) pelo temor generalizado de que a ordem proletária, em amplo crescimento, fosse contestada.
b) pelo desmantelamento da ordem capitalista e burguesa, paulatinamente substituída pelo
avanço comunista.
c) pela radicalização ideológica dos líderes populistas que estabeleceram partidos de extrema
direita para deterem os avanços trabalhistas.
d) pela crescente desconfiança das elites empresariais, associadas ao capital estrangeiro, ante
ao avanço dos movimentos sindicais.

O fim do populismo está atrelado à alta da inflação. No Brasil o populismo terminou com JK. Como
os trabalhadores começaram a sentir o peso da inflação e a diminuição do poder de compra do
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salário começou a haver greves ininterruptas. Isso favoreceu o aumento de poder dos sindicatos.
Além disso, o fato de o ciclo de expansão industrial ter se esgotado, devido ao baixo mercado
consumidor interno, fez com que as multinacionais voltassem a se instalar no país.
a) Errada. O fim do populismo está ligado à falta de capacidade do estado de continuar promo-
vendo o grande crescimento econômico que vinha ocorrendo nos últimos anos.
b) Errada. Não houve desmantelamento da ordem capitalista. Não é porque houve o fortaleci-
mento do comunismo que o capitalismo foi desmantelado.
c) Errada. O fim do populismo está ligado à falta de capacidade do estado de continuar promo-
vendo o grande crescimento econômico que vinha ocorrendo nos últimos anos.
Letra d.

A “Modernização Conservadora”

Estimado(a), neste tópico é preciso que você compreenda o conceito de modernização


conservadora: modernizar a economia desenvolvendo atividades industriais e agrícolas, mas,
mantendo a estrutura social. Tem por objetivo o crescimento da produção agropecuária me-
diante a renovação tecnológica, sem que seja tocada ou grandemente alterada a estrutura
agrária (sem, por exemplo, uma reforma agrária).
Apesar de existirem várias questões da banca que tratem do Regime Militar, nenhuma
delas foi elaborada contemplando também a história do Ceará. Contudo, no exemplo a seguir,
é possível perceber como a banca poderá lhe cobrar o conhecimento sobre o assunto.

013. (IDECAN/PREFEITURA DE SIMONÉSIA – MG/ENFERMEIRO/2016) Analise as afirma-


tivas referentes ao período de 1969 a 1974 no Brasil.
I – A economia brasileira entrou em um período de intenso crescimento econômico, dando a
essa época a denominação de “milagre econômico brasileiro”.
II – Esse período foi também denominado “anos de chumbo” e considerado o mais violento da
ditadura militar.
III – O general Artur da Costa e Silva era o presidente do Brasil nesse momento.
IV – Foi instituído o Ato Institucional n. 1 (AI-1), o mais repressivo de todos os dispositivos
militares.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e IV.
b) I e II, apenas.
c) III e IV, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
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O “milagre econômico” (1970-1973) foi o nome dado ao crescimento da economia brasileira que
chegou aos incríveis 11% ao ano. Contudo, dentro da lógica da “modernização conservadora”,
o importante era modernizar as atividades industriais e agrícolas sem, contudo, promover um
desenvolvimento social, de tal modo que o então ministro da fazenda, Delfim Netto, chegou a
dizer que era “necessário deixar o bolo crescer para depois dividi-lo”, o que não ocorreu, já que
houve grande concentração de renda. Ocorre que esse “milagre” foi artificial, embasado em em-
préstimos e em investimentos estatais em infraestrutura de comunicação, transporte e energia.
III – Errada. Emílio Garrastazu Médici foi o presidente no período listado. Foi o presidente que
agiu com mais truculência, sendo o período de seu governo conhecido como “anos de chum-
bo”: guerrilha, ditadura total, tortura, repressão política, milagre econômico, fechamento do
congresso, estado de sítio.
IV – Errada. O mais repressivo de todos os Atos Institucionais foi o AI-5, de 1968.
Letra b.

6. A “Nova” República: os “Governos das Mudanças”


Querido(a), com o fim do regime militar e a redemocratização, surgiu no Ceará um grupo
de políticos encabeçados por Tasso Jereissati apregoando uma política contrária ao corone-
lismo das décadas anteriores. Nesse sentido, utilizaram o discurso do mudancismo.
Se beneficiando da guerra fiscal (concorrência de tarifas como o ICMS entre os estados
da federação) o Ceará atraiu investimentos. Junte-se a isso, a adoção do neoliberalismo
(doutrina econômica que prega a diminuição do estado ou Estado-Mínimo, a livre circulação
de mercadoria, privatizações de empresas estatais.), permitiu uma racionalização da admi-
nistração pública e significativos avanços na educação.
É durante o governo das mudanças (Tasso Jereissati e Ciro Gomes) que se realizam obras
como: Porto do Pecem, novo Aeroporto Internacional de Fortaleza, Açude Castanhão e o início
das obras do Metrofor.
De acordo com as questões anteriores da IDECAN, atente-se para o neoliberalismo. Veja
mais um exemplo:

014. (IDECAN/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO/PROFESSOR/ÁREA:


HISTÓRIA/2017) Imperialismo, globalização, neoliberalismo, multipolarização e blocos eco-
nômicos são palavras do cotidiano das sociedades, principalmente a partir dos anos 70 do
século passado. Tais palavras fazem parte do conjunto de acontecimentos chamado Nova
Ordem Mundial, estabelecida no pós-Guerra Fria. Sobre a Nova Ordem Mundial, assinale a
afirmativa correta.
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a) No final da década de 1980 estabeleceu-se a Nova Ordem Mundial, quando da queda do Muro
de Berlim e do fortalecimento do bloco soviético.
b) Ela aponta para um mundo integrado em torno do capitalismo. As propostas dos países mais
ricos do mundo buscam garantir o desenvolvimento do capitalismo e estruturam-se segundo
um conjunto de países, hierarquizados de acordo com seu desenvolvimento
c) A formação de megablocos parte do pressuposto de que o mundo hoje está organizado a
partir de associações de países de regiões geográficas distintas, por meio do estabelecimento
de relações político-econômicas privilegiadas entre si, visando uma atuação individual no mer-
cado internacional.
d) As denominações países capitalistas e países socialistas foram substituídas pelos termos
Norte e Sul para classificá-los, respectivamente, em subdesenvolvidos industrializados (tam-
bém chamados “em desenvolvimento” ou “emergentes”) e desenvolvidos (entre eles alguns se
destacam como “ilhas de desenvolvimento”).
A globalização iniciou-se com as grandes navegações e alcançou maior integração a partir
dos anos de 1990, quando do fim da Guerra Fria. No Ceará, os “governos das mudanças” se
beneficiaram do neoliberalismo e da abertura dos mercados, aumentando as exportações e
investimentos, além de promover a modernização administrativa.

Concurseiro(a), chegamos ao final de nosso curso. Como disse, apesar de não existirem ques-
tões sobre a história do Ceará elaboradas pela IDECAN, foi possível utilizar de questões para
outros certames para contextualizar seu estudo e compreender a maneira de cobrar da banca.
Letra b.

Na sequência, listei mais exercícios da IDECAN e de outras bancas que já organizaram


concursos com conteúdos sobre a História do Ceará. Não deixe de resolvê-los.
Qualquer dúvida e/ou sugestão, pode me chamar no fórum.
No mais, lhe desejo sucesso.
Abraços,
Professor Daniel.

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (IDECAN/IFPR/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2019) “O período histórico a que se refere o mandato conferido à Comissão Nacional da
Verdade (CNV), o período da ditadura militar instalada em 1964, esteve associado a um qua-
dro de violações massivas e sistemáticas de direitos humanos. A Lei Federal no 12.528/2011
define a competência da CNV, estipulando-a para o esclarecimento de fatos, circunstâncias e
autoria de graves violações de direitos humanos praticadas pelo Estado brasileiro no período
de 1946 a 1988. O legislador apresenta, no artigo 3º, II da lei, uma lista de quatro condutas,
às quais deve ser concedido tratamento especial em razão de sua gravidade. No entanto, a
despeito da não inclusão explícita dessa conduta no texto da lei, a CNV decidiu considerá-la
como grave violação de direitos humanos, seja porque já é assim considerada, como proibi-
ção imperativa para todos os Estados, seja porque foram tidas como uma espécie de porta
de entrada do sistema repressivo do regime militar e um facilitador para a prática de outras
graves violações, como denunciou o projeto Brasil: nunca mais.” Brasil. Comissão Nacional
da Verdade. Relatório / Comissão Nacional da Verdade. – Recurso eletrônico. – Brasília:
CNV, 2014. Volume I. p. 278-279 (com adaptações). Dentre as graves violações aos direitos
humanos praticadas durante a ditadura militar no Brasil e denunciadas pela Comissão Na-
cional da Verdade, qual das seguintes medidas foi considerada como porta de entrada para
as arbitrariedades cometidas pelo regime?
a) Desaparecimento forçado.
b) Morte
c) Ocultação de cadáver.
d) Prisão ilegal e arbitrária.
e) Tortura

002. (IDECAN/IFPR/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ÁREA:


HISTÓRIA/2019) Quanto à primeira Constituição do Brasil, outorgada por D. Pedro I em 25
de março de 1824, é correto afirmar que
a) apresentou como forma de governo a monarquia constitucional, parlamentar e representativa,
em acordo com os princípios liberais, e tinha na Assembleia Geral os representantes da nação
brasileira
b) constituiu um governo baseado em três poderes políticos, Legislativo, Judiciário e Moderador,
sendo este último considerado “a chave de toda organização política”, sendo, portanto, exercido
pelo próprio Imperador
c) definiu juridicamente a condição de cidadão, assegurando a inviolabilidade dos direitos civis
e políticos a todos os homens maiores de 21 anos nascidos no Brasil, além de a todos os nas-
cidos em Portugal que residissem no país por ocasião da Independência.
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d) estabeleceu um sistema eleitoral baseado em uma acepção de cidadania que não distinguia
os detentores dos direitos civis dos que usufruíam direitos políticos, qualificando os eleitores
unicamente com base no critério censitário.
e) influenciada pela matriz teórica iluminista e apoiada no pensamento político de Benjamin
Constant, resultou da tentativa de conciliar os princípios do liberalismo à manutenção da es-
trutura socioeconômica e da organização política do Estado monárquico e escravocrata que
emergira da Independência

003. (IDECAN/IFPR/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ÁREA: HIS-


TÓRIA/2019) “Para além de uma rejeição ou negação dos valores de civilização e progresso
que se tentava materializar na cidade do Rio de Janeiro, a Revolta da Vacina, na sua dimen-
são popular, trazia em seu bojo a defesa e a afirmação de uma outra lógica de interpretação
do mundo.”
AQUINO e MITTELMAN, Tania. A revolta da vacina. Vacinando contra a varíola e contra o povo.
Rio de Janeiro: Ed. Ciência Moderna, 2003.
Entre as crenças que geraram desconfiança e aversão à obrigatoriedade da vacinação imposta
pelas autoridades cariocas e que resultaram na Revolta da Vacina, encontramos as tradições
culturais das populações negras descendentes dos grupos bantus e iorubás, para quem
a) a introdução da vacina no corpo representaria a inoculação da própria doença, o que era
contrário aos preceitos da variolização.
b) a vacina animal, extraída do pús vacínico de vitelos, poderia transmitir características dos
animais para os serem humanos, ou seja, poderia animalizar as pessoas.
c) a vacina obrigatória, realizada através do método de braço-a- braço, poderia transmitir a sífilis,
que seria passada pelos brancos às populações negras.
d) as epidemias de varíola eram um castigo infligido por Omolu, sendo a doença uma espécie
de purificação dos pecados. Assim, vacinar-se só causaria mais epidemias e mortes.
e) o método de aplicação da vacina nos braços, pernas ou até nas nádegas feriam os estritos
códigos morais femininos, posto que teriam que se despir para os vacinadores.

004. (IDECAN/IFPR/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ÁREA:


HISTÓRIA/2019) José Murilo de Carvalho, em sua obra “Cidadania no Brasil: o longo cami-
nho”, salienta que, no auge do entusiasmo cívico, considerou-se a Constituição de 1988 como
sendo a “Constituição Cidadã”. O autor destaca ainda que para se pensar uma cidadania plena
é necessária, em uma democracia, a garantia dos direitos civis, políticos e sociais.
Nesta perspectiva, em que consistem os direitos civis?
a) Na capacidade de promover a liberdade de se fazer demonstrações políticas, de organizar
partidos, de votar, de ser votado, cuja essência é a ideia de autogoverno
b) Na garantia da participação da sociedade no governo e na riqueza coletiva, incluindo o direito
à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, à aposentadoria.

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c) Na garantia dos direitos fundamentais à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a


lei, e que se desdobram no direito de ir e vir, de escolher o trabalho e de manifestar o pensamento
d) Em permitir a participação do cidadão no governo da sociedade, cujo exercício pode ser
limitado a determinadas parcelas da população politicamente organizadas.
e) Em permitir às sociedades politicamente organizadas reduzirem os excessos de desigualdade
produzidos pelo capitalismo e garantirem um mínimo de bem-estar para todos.

005. (IDECAN/CBM PB/SARGENTO/ÁREA: COMBATENTE/2015) “Um dos fatores fundamen-


tais para a conquista da Paraíba foi a divisão existente entre os antigos habitantes das terras,
os índios ______________ e os ______________, estes últimos vieram das margens do rio São
Francisco na Bahia e se tornaram aliados dos portugueses em terras paraibanas.” Assinale a
alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) Caetés / Tupinambás
b) Tupinambás / Caetés
c) Potiguaras / Tabajaras
d) Tabajaras / Potiguaras

006. (IDECAN/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO/PROFESSOR/ÁREA: HIS-


TÓRIA/2017) Em termos da influência exercida pelo primeiro contato da civilização europeia
da Época Moderna com os povos da América e com a abundância dos recursos ali existentes
sobre o pensamento político e filosófico, podemos afirmar que, no século XIX, houve uma
reviravolta de 180 graus: à medida que evoluíram as condições econômicas e sociais e, a
Europa “mercantilista” deu lugar à Europa do capitalismo, difundiu-se a propriedade privada
exclusiva e excludente, corolário deste sistema, e não houve mais espaço para terras “livres”,
não cercadas, não apropriadas (no sentido “moderno”), nem para seus habitantes. O estado
natural ao invés de suscitar a admiração, como inicialmente, transformou-se em “evidência
de desperdício” e toda apropriação “produtiva” legitimava a violência exercida sobre as po-
pulações “perdulárias”. Da influência ocorrida entre o contato europeu com as civilizações
pré-colombianas, é INCORRETO afirmar que:
a) A introdução da propriedade privada da terra nas novas nações americanas não encontrou
a resistência de classes sociais interessadas na preservação de usos e costumes atinentes a
outras épocas históricas.
b) Os estados nacionais puderam aplicar o conceito de “espaços vazios” para caracterizar par-
tes de seus territórios como pré-requisito para estimular a imigração europeia e pouparem as
populações indígenas de um cruel destino.
c) Embora um processo similar de “racionalização” do uso produtivo da terra estivesse ocorren-
do na Europa, o processo tinha características distintas dado que a nova forma de produção
estava se impondo sobre uma antiga forma que possuía raízes profundas nos costumes e na
tradição dos povos.

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d) Por um lado, a resistência, quando e onde ocorreu, era oferecida por populações que, no
geral, integravam a mesma etnia e a mesma cultura dos agentes da inovação; por outro lado,
os “espoliados” (os camponeses) eram membros do terceiro estado e seu apoio era, muitas
vezes, crucial para a redefinição do poder dentro dos Estados nacionais, em particular para a
ascensão da burguesia.

007. (IDECAN/CÂMARA DE CORONEL FABRICIANO/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2017)


Ao longo da história da humanidade vários processos históricos internacionais influenciaram
ações políticas econômicas e culturais no Brasil. Assinale alternativa que contém um processo
histórico internacional e a sua respectiva influência no Brasil.
a) Guerra Fria – Ditadura Militar brasileira.
b) Revolução industrial – Revolta da Vacina.
c) Segunda Guerra Mundial – República da Espada.
d) Revolução Francesa – Revolta de Felipe dos Santos.

008. (IDECAN/PREFEITURA/PROFESSOR SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL/


ÁREA: HISTÓRIA/2017) Observe as imagens.

(Disponível em: http://neinordin.com.br/a-historia-do-tio-sam/.)

(Disponível em: https://exploradoresdahistoria.wordpress.com/2012/04/28/


nacionalismo-brasileiro-acao-integralista-brasileira-aib/.)

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Em relação aos cartazes expostos, referentes a países distintos, é correto afirmar que:
a) Os dois são cartazes pagos pelo governo, constituídos, em seus respectivos períodos, para
propagarem a defesa do liberalismo e do integralismo.
b) Ambos representam um apelo à disciplina e à ordem, como elementos propulsores do de-
senvolvimento econômico e político de suas respectivas nações.
c) A semelhança entre eles, além do gesto inquisidor de seus protagonistas, é que ambos, em
seus respectivos contextos, têm um cunho nacionalista.
d) Ambos foram utilizados com muito sucesso para recrutar soldados para várias guerras e
movimentos anticomunistas, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

009. (IDECAN/PREFEITURA DE ALÉM PARAÍBA/ENFERMEIRO/2016) Quando os europeus


chegaram ao Brasil no século XVI encontraram toda uma população de nativos já estabelecida
no território. Foi uma consequência patológica desse encontro étnico:
a) A imposição da fé cristã-católica aos nativos por meio da presença de padres jesuítas entre
os colonizadores.
b) A intensificação das relações de trocas materiais entre os europeus e os nativos americanos,
como foi o caso do “Pau Brasil”.
c) A morte de dezenas de milhares de nativos em função da ausência de imunização natural
diante das doenças trazidas pelos europeus.
d) A imposição do poder português sobre os nativos em busca do domínio das riquezas terri-
toriais, o que levou a verdadeiras carnificinas indígenas em solo brasileiro.

010. (IDECAN/PREFEITURA DE LEOPOLDINA/OFICIAL DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS/


ÁREA: AUXILIAR ADMINISTRATIVOS/2016) De 1889 a 1930 a república brasileira foi coman-
dada por marechais e pelas oligarquias agrárias. NÃO tem relação com esse período histórico,
que teve início na Proclamação da República e durou até a Revolução de 1930:
a) Coronelismo.
b) República Velha.
c) República Populista.
d) Política do Café com Leite.

011. (IDECAN/PREFEITURA DE SIMONÉSIA/PEDAGOGO/2016) O período regencial foi


marcado pela abdicação do trono do então imperador Dom Pedro I e pela ascensão de seu
sucessor Pedro de Alcântara, ainda uma criança, situação que tornava inviável sua real efe-
tivação no poder. O país então passou a ser comandado por regentes até que Dom Pedro II
atingisse sua maioridade. Entretanto, a disputa pelo controle do governo gerou uma grave
crise política que culminou no surgimento de inúmeras revoltas pelo império. São revoltas do
período regencial, EXCETO:
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a) Cabanagem.
b) Revolta dos Malês.
c) Guerra de Canudos.
d) Guerra dos Farrapos.

012. (IDECAN/PREFEITURA DE LEOPOLDINA/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2016) “Até a


descoberta dos metais preciosos a colonização foi marcada pela grande propriedade onde
se cultivava predominantemente um gênero destinado à exportação com base no trabalho
escravo. A afirmativa de que a Plantation foi a forma básica da colonização foi criticada
por alguns historiadores que o projeto ‘plantacionista’ era assumido pela classe dominante
colonial, mas a Coroa sempre se preocupou em diversificar a produção e garantir o plantio
de gêneros alimentícios para o consumo da própria colônia. Houve uma excessiva redução
da estrutura social a senhores e escravos esquecendo-se a importância dos brancos e igno-
rando-se a existência de um campesinato – pequenos proprietários. Além disso, o negócio
da escravidão resultou na cumulação urbana propiciado por capitais investidos no tráfico de
escravos. Esse grupo de traficantes não se especializava apenas no comércio de homens,
dedicando-se também aos investimentos em prédios urbanos, à usura e às operações de
importação e exportação.”
(Fausto, 2002).

Dentre as marcas deixadas pela grande empresa monocultora que caracterizou o Brasil no
período colonial podemos destacar:
a) O tráfico humano, negócio altamente lucrativo, feito através de alianças entre traficantes
europeus, brasileiros e africanos.
b) O Plantation, localizado apenas em alguns pontos específicos do Brasil, por ser considerado
um modo de agricultura sustentável.
c) A cultura da cana-de-açúcar, que apesar de ter se iniciado nos tempos coloniais, ainda repre-
senta o sustentáculo da economia nordestina.
d) A grande propriedade, a vinculação com o exterior através de uns poucos produtos primários
de exportação, a escravidão e suas consequências.

013. (IDECAN/PREFEITURA/PROFESSOR SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL/ÁREA:


HISTÓRIA/2017)
Trecho I
“Quem chamou as oficinas, em que se fabrica o açúcar, engenhos, acertou verdadeiramente
no nome. [...] invenções do engenho humano, o qual com pequena porção do Divino, sempre se
mostra no seu modo de obrar, admirável. Dos engenhos uns se chamam reais, outros inferiores
vulgarmente engenhocas.”
(ANTONIL, 1711, p. 13-14. Disponível em: http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2013/12/o-engenho-
-e-o-fabrico-do-acucar-no.html.)

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Trecho II
“O ser senhor de engenho é título, a que muitos aspiram, porque traz consigo, o ser servido,
obedecido e respeitado de muitos. E se for, qual deve ser, homem de cabedal, e governo; bem
se pode estimar no Brasil o ser senhor de engenho, quanto proporcionadamente se estimam
os títulos entre os fidalgos do reino.”
(ANTONIL, 1711, p. 19.)

Acerca dos engenhos, da produção de açúcar e da organização social do Brasil no período


colonial, é correto afirmar que:
a) A produção da cana estimulou o investimento do governo português na ampliação do tráfico
de escravos.
b) A administração dos engenhos reais ficava a cargo dos nobres lusitanos, que vinham em
busca de liberdade religiosa.
c) As capitanias, bem como os dois tipos de engenho coloniais, eram financiadas exclusiva-
mente pela Coroa Portuguesa.
d) O uso das Capitanias hereditárias foi a forma que os lusitanos descobriram para expandir a
cana-de-açúcar em todo o território nacional.

014. (FGV/IBGE/TECNOLOGISTA/ÁREA GEOGRAFIA/2016) A modernização conservadora,


empreendida pelo Estado brasileiro a partir do golpe de 1964, baseou-se em um projeto territorial
fundado no ideário da integração nacional e do Brasil potência. A integração da Amazônia foi
considerada prioridade máxima por razões de acumulação e legitimação. Entre as estratégias
do governo federal para a integração da Amazônia, durante o regime militar, destaca-se um
modelo de ocupação do território fundamentado no conceito de vantagens comparativas.
Com a menor disponibilidade de recursos após a crise de 1973, a estratégia governamental
se tornou mais seletiva, atuando não mais em uma escala macrorregional e sim sub-regional.
O Estado central viu-se obrigado a escolher áreas prioritárias para investimentos, ou seja,
aquelas com maior potencial de obtenção de benefícios imediatos. O modelo mostrou-se o
mais adequado para a organização do território proposta pelo Estado autoritário, uma vez que
os lugares privilegiados seriam capazes de interligar os circuitos nacionais e internacionais
de fluxos financeiros e de mercadorias.
Adaptado de: BECKER, B. e EGLER, C. Brasil: uma nova potência regional na economia-mundo. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1994 e MACHADO, L. O. A fronteira agrícola na Amazônia brasileira. Revista Brasileira de Geo-
grafia, v. 54, n. 2, 1992: 27-56.

A estratégia descrita no texto acima foi denominada:


a) Eixos de Integração;
b) Programa Calha Norte;
c) Projeto Brasil em Ação;
d) Polos de Desenvolvimento;
e) Projeto Integrado de Colonização.
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015. (FCC/AL-PB/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO/2013) As principais motivações para a


proclamação da Confederação do Equador, que ocorreu entre julho e novembro de 1824, foram a
a) difusão da recém promulgada Doutrina Monroe, que alimentava o sentimento antieuropeu, e
a popularidade de Frei Caneca junto às massas, fator responsável pela grande adesão popular
e pela absolvição desse clérigo após o fim da Confederação.
b) insatisfação das províncias do Norte e do Nordeste com a forte exploração econômica
exercida pelo Sudeste, e a abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho, ato que fragilizou a
centralização política.
c) continuidade dos ideais e propósitos defendidos pela Revolução de 1817, e a ameaça de
dominação política por parte do governo da Bahia, que encabeçava uma luta pela emancipação
do Nordeste brasileiro, defendendo a instauração de outra monarquia.
d) reação ao autoritarismo de D. Pedro I, que outorgou uma constituição nesse mesmo ano, e
a tentativa de formar uma república composta por unidades federativas, fundamentalmente:
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
e) influência direta do processo de independência vivido pelo Equador, o qual inspirou o nome
do movimento, e a busca por autonomia política, administrativa e econômica por parte das
províncias que eram as maiores produtoras de gado e cana- de-açúcar.

016. (IDIB/PREFEITURA DE JAGUARIBE/ASSISTENTE SOCIAL/2020) Leia o trecho a seguir,


retirado da obra Notas para a História do Ceará, de Guilherme Studart (1856-1938), conhecido
como Barão de Studart:
É a Capitania do Ceará bem considerável pela sua grandeza, como mostra um mapa bem cir-
cunstanciado, que o mesmo hábil Targine traçou de todo o seu território. Pela sua ilustração se
conhece ser o ar saudável, o céu sereno, campinas amenas, serras fertilíssimas, rios caudalosos,
maiormente na estação das águas. Os naturais Tapuias ou Caboclos (a que vulgarmente chamam
índios), vivendo naquela indolência, que inclui nos seus habitantes os climas ardentes, contudo
são suscetíveis de estímulos, e de condição de obrarem quanto um superior sábio e ativo lhe
inspirar, não fugindo de os sujeitar pelas suas próprias inclinações, o que bem se verifica no In-
dustão pelos ingleses, e na Pensilvânia pelos Quakers, pois é incompatível apareça um homem
inábil tirado das mãos de um Diretor filósofo, e político e de um gênio facundo que sabe destruir
quanto a ignorância inclui; por esta falta não dá aquela Capitania as consideráveis riquezas, que
ela ofereceu à sua capital e se vê tão destituída, desprezada, e inculta desde o seu descobrimento.
(STUDART, Guilherme, 1856-1938. Notas para a História do Ceará. 2004. p.493-494 Disponível em: https://
www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1090/702791.pdf Acesso em 16 set 2020)

De acordo com o trecho supracitado, de que maneira a figura do tapuia é retratada pelo Barão?
a) De modo respeitoso, elogioso, principalmente quando se refere aos Tapuia os chamando
pelo termo correto, seu nome tradicional.
b) De modo pejorativo, notadamente em um discurso influenciado pela visão externa, deter-
minística, extremamente naturalista, romântica e de supremacia dos europeus e apropriatória,
típica desse momento histórico.
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c) De modo imparcial, comparando o modo de vida dos Tapuia aos povos do Industão (região
da índia, Birmânia e Vietnã), como povos com grande semelhança, encontrados pelos colonia-
listas britânicos no século XIX.
d) De modo violento, defendendo o uso de violência pelos colonialistas frente aos povos origi-
nários do Ceará, os Tapuia.

017. (SEDUC CE/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2016) No âmbito do processo de ocupação


da Capitania do Siará Grande, as expedições dos Capitães Mor Pero Coelho e Martim Soares
Moreno representaram
a) o início de uma política de desenvolvimento econômico, através da decisão de produzir açú-
car, com a ocupação da zona fértil da região do Cariri e de Redenção.
b) a decisão do Estado português em retomar o território do Norte, ocupado pelos franceses
que fundaram a França Equinocial e, por razões de estratégia militar, a Capitania do Siará serviria
de ponte para o abastecimento das viagens para o norte da colônia.
c) ações diplomáticas com as nações indígenas, aqui sediadas, principalmente as da região do
sertão e da Serra Grande central, objetivando a imediata pacificação, através de laços de comércio.
d) o desenvolvimento urbano, a partir do litoral, através da fundação dos fortes de São Tiago e
São Sebastião, que dariam proteção para a criação de portos, os quais escoariam a produção
de gado, vinda do sertão, e de açúcar, proveniente da Serra Grande.
e) ocupação do território cearense, a partir da empresa agrícola da cana de açúcar e da expor-
tação para o mercado europeu, através do porto do Mucuripe.

018. (URCA/PREFEITURA DE CRATO/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2021) “O estabelecimento


dos aldeamentos foi essencial para consolidar a conquista portuguesa e redefinir o espaço
cearense. Teve também um papel importante quanto ao nível ideológico desses povos para
aceitarem o novo modo de vida, pois nenhuma conquista se mantém apenas pela violência,”.
Pinheiro, F. J. Mundos em confronto: povos nativos e europeus na disputa pelo território. In:
Uma nova história do Ceará. (Org.). Simone de Sousa, Adelaide Gonçalves... [et al]. Fortaleza:
Edições Demócrito Rocha, 2007. (Adaptado)
Acerca do processo de ocupação do território e da criação dos núcleos urbanos na Região do
Cariri, marque a opção incorreta:
a) O processo de ocupação e povoamento do Cariri foi realizado desde a ação de criação das
fazendas e organização dos aldeamentos nas Missões Religiosas;
b) O processo de organização econômica, administrativa e religiosa do Cariri cearense foi rea-
lizado sob o domínio da Capitania de Pernambuco;
c) As chamadas Missões religiosas no Cariri tiveram representações na Missão Velha e Missão
do Miranda;

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d) A ocupação e a criação dos núcleos urbanos no Cariri cearense foi facilitada pela ausência
de grupos indígenas na região. Com isso, as atividades da pecuária e dos engenhos de açúcar
prosperaram rapidamente, uma das principais marcas da economia caririense;
e) As inciativas de ocupação do território e de criação dos núcleos urbanos foram ainda mais
fortalecidas com a criação das Vilas Reais, como a Vila Real do Crato, realizada por ordem do
Governador General do Pernambuco em 21 de junho de 1764.

019. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2017) Durante o período colonial, formou-se, no Ceará, a chamada Civilização do Couro,
assim nomeada pelo célebre historiador cearense, Capistrano de Abreu. Assim denominava-se
a formação cultural sertaneja, fruto da miscigenação das raças branca, indígena e negra. Sobre
a importância da pecuária na história do Ceará, marque V para a verdadeira e F para a falsa.
I – (__) Possuir gado bovino em grande número significava sinônimo de poder, enquanto dispor
de rebanho caprino definia a situação de cada um na escala social. A cabra, ou vaca do pobre,
era criada, como ainda é hoje, no conjunto regional, pelas pessoas que detinham menos poder
aquisitivo.
II – (__) A vegetação extremamente espinhenta fez com que o vaqueiro nordestino se diferisse
dos outros campeadores de gado espalhados Brasil afora. O couro passou a ser utilizado na
confecção de gibões, chapéus, cantis, alforjes, luvas, silhas, selas, perneiras e uma gama de
outros apetrechos de trabalho, indispensáveis para que o campear do gado fosse realizado no
semiárido.
III – (__) Com o couro, os sertanejos passaram a fazer verdadeiras obras de arte, usando-o em
camas, cadeiras, estofados, mesas, portas, enfim, na própria construção cultural que se efeti-
vou enquanto produto direto da habilidade humana. Com essa produção, nascem as primeiras
fábricas de couro no Brasil.
IV – (__) As relações sociais entre o grande proprietário de terra e o vaqueiro tinham particula-
ridades próprias da região. A negociação do pagamento em nascimento de cabeças de gado
era comum. Tais relações eram conhecidas como meeiro, terceiros e quartil.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) F, V, F, V.
b) F, V, V, F.
c) V, V, F, V.
d) V, F, V, F.

020. (FCC/AL-PB/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO/2013) As principais motivações para a


proclamação da Confederação do Equador, que ocorreu entre julho e novembro de 1824, foram a
a) difusão da recém promulgada Doutrina Monroe, que alimentava o sentimento antieuropeu, e
a popularidade de Frei Caneca junto às massas, fator responsável pela grande adesão popular
e pela absolvição desse clérigo após o fim da Confederação.
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b) insatisfação das províncias do Norte e do Nordeste com a forte exploração econômica


exercida pelo Sudeste, e a abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho, ato que fragilizou a
centralização política.
c) continuidade dos ideais e propósitos defendidos pela Revolução de 1817, e a ameaça de
dominação política por parte do governo da Bahia, que encabeçava uma luta pela emancipação
do Nordeste brasileiro, defendendo a instauração de outra monarquia.
d) reação ao autoritarismo de D. Pedro I, que outorgou uma constituição nesse mesmo ano, e
a tentativa de formar uma república composta por unidades federativas, fundamentalmente:
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
e) influência direta do processo de independência vivido pelo Equador, o qual inspirou o nome
do movimento, e a busca por autonomia política, administrativa e econômica por parte das
províncias que eram as maiores produtoras de gado e cana- de-açúcar.

021. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2016) A ocupação do território cearense no período colonial esteve, assim como o cres-
cimento econômico de Fortaleza, em uma relação direta com o binômio gado - algodão. Essa
produção da cotonicultura determinou mudanças nas relações econômicas e sociais. Sobre
esse processo, é correto dizer que:
a) Fortaleza tornou-se o maior centro coletor da produção algodoeira interiorana, esse fato con-
tribuiu para consolidá-la como principal núcleo urbano do Ceará na segunda metade do século
XIX. Com o seu desenvolvimento, as relações sociais desenvolvidas também obedeceram a um
modelo em que, de um lado, estavam os grandes proprietários de terras, coronéis do sertão, e,
do outro lado, camponeses sem terra ou com pequenos roçados. Com as grandes secas que
assolavam nosso estado, boa parte dessa população trabalhadora rural passou a migrar para
Fortaleza, submetendo suas famílias à proletarização nas periferias urbanas.
b) a grande capital política e econômica do Ceará, no período áureo da cotonicultura, era a
cidade de Icó. Na região, existiam grandes fazendas de algodão com o uso da mão de obra
escrava, o que justifica a predominância da raça negra no centro-sul do Ceará. Nesse período,
os governadores do estado (presidentes da província) pertenciam todos à região.
c) a Guerra de Secessão nos Estados Unidos fez a indústria têxtil prosperar no Ceará. Com a ex-
portação de algodão para abastecer as indústrias inglesas no século XIX, nasce o polo industrial
de Fortaleza, que se instalou na região oeste da capital, onde hoje é a Avenida Franscisco Sá.
d) o desenvolvimento da região portuária de Fortaleza, com o crescimento do porto do Mucuripe
e o aumento do volume de navios cargueiros no litoral cearense, fez com que se desenvolvesse
uma grande zona hoteleira na capital, além do aumento grande de ruas asfaltadas e de veículos
automotores, em especial caminhões usados para auxiliar o transporte da carga do centro-sul
do estado para a capital.
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022. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA/REDATOR/2019) Entre as principais causas da cha-


mada “Sedição de Juazeiro”, em 1914, estava a
a) tensão camponesa na luta pela terra e a ação dos jagunços e cangaceiros, que exigiu uma
intervenção do Exército para conter uma revolta popular.
b) política de intervenções do governo federal nos estados, também conhecida como “política
das salvações”, que interferia nas hegemonias locais que lhe eram contrárias.
c) política de laicização da República, comandada por militares positivistas, que desagradou a
Igreja Católica e fez com que os padres se tornassem líderes políticos.
d) guerra entre famílias tradicionais pelo controle das pequenas cidades do Sertão, e a existência
de um núcleo monarquista no interior do estado.
e) política de valorização da produção de café por parte do governo federal, que retirava recursos
do Norte do país e da pecuária, para investir no Sudeste.

023. (FCC/AL-RN/TÉCNICO LEGISLATIVO/TAQUIGRAFIA/2013) Considere:


Dizem que o cangaceiro,
valentão e corajoso,
se arrependeu e foi salvo
por Jesus, pai generoso.
Mossoró guarda um mistério,
porque no seu Cemitério
Jararaca é milagroso.
Nestes versos de cordel, de autoria de Concriz, o poeta menciona a figura de José Leite de
Santana, cangaceiro cujo apelido era Jararaca. Fazia ele parte do bando de Lampião, que em
1927 tentou assaltar a cidade de Mossoró e foi violentamente rechaçado. Sobre o episódio, é
correto afirmar que Jararaca
a) abandonou o grupo de Lampião e uniu-se ao padre Cícero, ajudando-o a construir templos
no Cariri e em outras cidades do interior nordestino. Morreu idoso e foi enterrado em Mossoró.
b) arrependeu-se dos crimes que havia cometido e ingressou na Ordem dos Capuchinhos. Pre-
gava contra a violência, e conseguiu aliciar muitos jovens para a vida religiosa.
c) foi preso e enterrado vivo pela polícia local. A maneira covarde com que foi morto acabou por
guindá-lo à condição de mártir e santo, ao qual se atribuem até hoje diversos milagres.
d) denunciou Lampião às autoridades municipais, como meio de obter perdão pelos assaltos
que havia cometido. Mas permitiu que seu chefe fugisse antes de ser alcançado pela polícia.
e) conseguiu escapar ao cerco que lhe fizeram as tropas potiguares sediadas em Mossoró,
refugiando-se no cemitério local, junto ao túmulo de um dos fundadores da cidade.

024. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2018) O estado do Ceará passou quase todo o século XX nas mãos dos coronéis, período
chamado de coronelismo. No entanto, em 1986, o então jovem candidato Tarso Jereissati
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ganhou as eleições diretas para governador e marcou uma nova era de empresários na políti-
ca. Seu slogan “governo das mudanças” mexeu com a estrutura política do estado do Ceará.
Com base nesse contexto, analise as afirmativas seguintes.
I – Apesar de defender uma mudança na estrutura política do estado, seu governo manteve
as relações clientelistas e com o apoio dos coronéis municipais, garantindo uma boa aceita-
ção popular.
II – Tasso Jeressati vem de uma família tradicional mais ligada ao comércio e à indústria, tendo
formação acadêmica em administração; seu intuito foi de preparar o Ceará para a industrializa-
ção e o crescimento econômico do qual fazia parte.
III – Em termos reais, o governo Tasso Jereissati trouxe as mudanças de modernização neces-
sária para uma industrialização e o consequente desenvolvimento econômico, mas fortaleceu
ainda mais o poder dos empresários cearenses.
IV – No governo de Tasso, houve uma visível mudança no núcleo gestor no qual se deu abertura
para os técnicos atuarem, no sentido de um domínio de conhecimento nos setores, porém não
tirou o controle do governador.
V – A primeira campanha de Tasso Jereissati teve o maciço apoio das camadas médias, sindi-
catos e de coronéis que queriam participar do governo.
Estão corretas:
a) II, IV e V.
b) I, III e V.
c) II, III e IV.
d) I, II e IV.

025. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2018) Eleito prefeito de Juazeiro do Norte em 1911, envolveu se na disputa com o presi-
dente Hermes da Fonseca para manter a família Accioly no poder regional. Em 1912, por conta
da dura repressão a uma passeata de crianças a favor de Franco Rabelo, a intervenção federal
baniu Nogueira Accioly do meio político. Ainda no mesmo ano, o coronel Franco Rabelo foi
nomeado interventor federal, havendo eleição apenas para o cargo de vice governador, para
o qual foi eleito, acumulando o cargo de intendente (administrador municipal) de Juazeiro do
Norte. Estamos nos referindo:
a) ao Padre Cícero/Sedição de Juazeiro.
b) ao Dragão do Mar/Abolição dos escravos no Ceará.
c) a Antônio Conselheiro/Canudos.
d) ao Beato José Lourenço/Sedição do Juazeiro.

026. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2017) Figura de grande importância no Estado do Ceará durante o período Getulista,
Francisco Menezes Pimentel foi governador do Estado, eleito pela Liga Eleitoral Católica, de

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1935 a 1937, e interventor a mando de Getúlio de 1937 a 1945 no Ceará. Sobre o período,
analise as assertivas.
I – Durante o governo de Menezes Pimentel, um amplo programa de criação de campos de con-
centração, em que os retirantes fossem induzidos a entrar e proibidos de sair, foi implementado
com total apoio da Interventoria Federal no Ceará. A fim de prevenir a “afluência tumultuária” de
retirantes famintos a Fortaleza, cinco campos localizavam-se nas proximidades das principais
vias de acesso à capital, atraindo os agricultores que perdiam suas colheitas e se viam à mercê
da caridade pública ou privada.
II – No governo de Menezes Pimentel, a Igreja Católica se fortalece no Ceará e, como conse-
quência, lojas maçônicas, centros espíritas e terreiros de candomblé foram fechados na capital
e no interior do Estado. Livrarias tiveram seus estoques revisados para a apreensão de livros e
revistas portadoras de ideias consideradas subversivas ou amorais.
III – Estimulou a ida de migrantes para o Norte do Brasil para que estes atuassem na Amazônia,
nos chamados exércitos da borracha. Foi no governo de Menezes Pimentel que foi inaugurada
a famosa Hospedaria Getúlio Vargas, criada para abrigar confortavelmente cerca de 1.200
pessoas e que tinha por finalidade oferecer pouso provisório, na travessia do Estado do Ceará
para a região Norte.
São corretos:
a) apenas I e II.
b) apenas I e III.
c) apenas II e III.
d) I, II e III.

027. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2017) Sobre o Caldeirão dos Jesuítas e a história do Ceará, marque V para as afirmativas
verdadeiras e F para as falsas.

 (  ) Foi um movimento político-messiânico, articulado inicialmente pelo Padre Cícero Ro-
mão Batista para garantir votos nas suas campanhas eleitorais na recém-criada Juazei-
ro do Norte.
 (  ) Liderados pelo negro paraibano conhecido como beato José Lourenço, os membros do
Caldeirão viviam em uma comunidade coletiva, onde a produção era dividida por todos
os membros.
 (  ) As ideias do beato José Lourenço e a estruturação social do Caldeirão como comunida-
de, começou a atrair cada vez mais nordestinos de todos os estados, reduzindo a mão
de obra barata nas fazendas de algodão e açúcar, o que vai gerar uma forte reação por
parte dos latifundiários e da Igreja Católica.
 (  ) A lenda do Boi Mansinho foi responsável pelo rompimento do beato José Lourenço e o
Padre Cícero Romão. Após esse rompimento, Padre Cícero autorizou a atuação forte do
exército e da polícia na destruição do Caldeirão.
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 (  ) Considerado pela elite cearense como um antro de “comunistas” e “fanáticos”, o Cal-
deirão do Deserto de Santa Cruz era na realidade apenas uma comunidade camponesa
com base na religiosidade popular e no igualitarismo, no sertão nordestino, na primeira
metade do século XX.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:


a) F, F, V, V, V.
b) F, V, V, F, V.
c) V, V, F, F, F.
d) V, F, F, V, F.

028. (CESPE-CEBRASPE/PM CE/POLICIAL MILITAR PM/SOLDADO/2008) A colonização do


Brasil assentou-se, fundamentalmente, no latifúndio, na monocultura e no trabalho escravo.
Proclamada a independência, não houve efetiva ruptura com o passado colonial. A abolição
da escravidão, por exemplo, somente se deu em fins do século XIX, ainda assim inconclusa.
A República Velha, nascida de um golpe de Estado, representou o domínio das oligarquias,
com forte exclusão social e processos políticos viciados. A Revolução de 1930 inaugurou a
Era Vargas e o início da modernização do país. Depois da ditadura do Estado Novo, o país
iniciou o processo de aprendizado democrático em meio a crises agudas, que culminaram
com o golpe de 1964. Após 21 anos de regime militar, restaurou-se a democracia, cujo grande
marco definidor é a Constituição de 1988.
Considerando as informações acima e os aspectos significativos da História do Brasil, jul-
gue o item:
Nas últimas décadas, a economia cearense tem procurado acompanhar o processo de moder-
nização econômica do país e se inserir na chamada globalização.

029. (UECE-CEV/2018/SEDUC-CE/PROFESSOR/HISTÓRIA) Atente para o seguinte excerto


que se refere às razões que levaram à criação dos campos de concentração no Ceará em
1932: “(...) o “campo” era o último recurso, cheio de sofrimento e dor, que sua condição de
sem-terra tornava inevitável. Mas nestes anos eles aprenderam a se organizar em multidões
aparentemente disformes e sem controle, que levavam o medo às autoridades e aos comer-
ciantes de alimentos. O simples ajuntamento de retirantes já era suficiente para aterrorizar
as populações das cidades mais próximas às áreas secas”.
CASTRO NEVES, Frederico de. Tragédia Oculta. in: Revista Nossa História. ano 1 n. 2 dez. 2003. Publicação
Editada pela Biblioteca Nacional, p. 74.

O evento acima retratado se deu


a) como forma de tratar os sobreviventes do massacre da comunidade do Caldeirão da Santa
Cruz do Deserto, que foi liderada pelo beato José Lourenço.
b) em função da grande epidemia de varíola que se abateu sobre o Ceará e ameaçou a capital
do estado, sendo contida pelas ações profiláticas promovidas por Rodolfo Teófilo.
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c) como estratégia governamental para conter o fluxo de flagelados que rumavam às principais
cidades cearenses em virtude da seca iniciada em 1930.
d) devido à necessidade de conter os fluxos migratórios de cearenses para outras regiões do
país, como o Sudeste, o que causaria a falência da economia local por falta de mão de obra.
30. Um dos fatores que mais contribuíram para o agravamento da situação das pessoas atingi-
das pelos períodos de seca no Brasil foi o uso privado, por parte de políticos locais, de verbas
do governo federal destinadas à construção de poços e açudes públicos. Esse fenômeno ficou
conhecido como:
a) Indústria da água.
b) Transposição do Rio São Francisco
c) Água para todos.
d) Política do açude
e) Indústria da seca

030. Um dos fatores que mais contribuíram para o agravamento da situação das pessoas
atingidas pelos períodos de seca no Brasil foi o uso privado, por parte de políticos locais, de
verbas do governo federal destinadas à construção de poços e açudes públicos. Esse fenô-
meno ficou conhecido como:
a) Indústria da água.
b) Transposição do Rio São Francisco
c) Água para todos.
d) Política do açude
e) Indústria da seca

031. (CESPE-CEBRASPE/PM CE/SOLDADO/2012) Com relação à história do Ceará, julgue


os itens seguintes.
No Ceará, o predomínio das oligarquias na política local teve fim com a Revolução de 1930.

032. (CETREDE/PREFEITURA DE ICAPUÍ/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2021) Sobre os


Campos de Concentração no Estado do Ceará durante a seca de 1932, assinale (V) para as
afirmativas Verdadeiras e (F) para as Falsas.

 (  ) O contingente de retirantes dos Campos de Concentração que não retornava para o
interior depois da passagem do período de estiagem contribuiu para o crescimento po-
pulacional e habitacional fora dos padrões impostos pelas elites de Fortaleza.
 (  ) Os campos de concentração eram construídos perto de estações ferroviárias, tentando
atenuar a tensão e os conflitos nestes locais ao mesmo tempo em que tentavam impe-
dir a chegada de retirantes à capital.

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 (  ) Os principais campos de concentração foram construídos próximos às Estradas de Fer-


ro de Baturité e de Sobral.
 (  ) Os retirantes dos campos de concentração eram empregados como mão de obra em
obras públicas e também nas indústrias de Fortaleza.

Marque a opção que indica a sequência CORRETA.


a) F – F – V – V.
b) V – F – F – V.
c) V – V – V – F.
d) F – V – F – V.
e) V – V – V – V.

033. (URCA/PREFEITURA DE CRATO/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2021) “[...] Ao assumir a


condição de beato [...] abraçou, também, um direcionamento político para a sua vida. Baixa
Danta e Caldeirão foram organizados a partir de sua liderança, baseada em três princípios:
fraternidade, oração e trabalho. [...] Naquela ética de base cristã, o trabalho era a única forma
de obter o pão de cada dia, pois ninguém deveria viver às custas do trabalho alheio. Um ho-
mem não poderia ficar rico explorando o semelhante. Era uma religiosidade não-capitalista.”
Lopes Ramos, Francisco R. Juazeiro e Caldeirão: espaços de sagrado e profano. In: Simone
de Sousa; Adelaide Gonçalves... [et al]. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2007. (Adaptado)
Acerca das experiências do Caldeirão marque a opção correta:
a) Tratou-se de um movimento comunitário e político liderado e organizado por Antônio Con-
selheiro que de forma rápida ganhou seguidores em grande número e fundou um Arraial. Pelo
seu caráter comunitário foi acusado de experiência comunista e foram atacados e destruídos
por forças legalistas;
b) Foi uma experiência organizada em meio as políticas públicas do Estado do Ceará para o
controle social sobre os retirantes durante os períodos de estiagem. Como o Caldeirão, outras
comunidades desse tipo foram realizadas em Quixeramobim, Crateús, Ipu e Senador Pompeu,
além de Fortaleza;
c) Representando um contraponto ao contexto vigente de individualismo capitalista e de desi-
gualdades sociais, o Caldeirão sob a liderança do Beato José Lourenço era organizado como
uma cooperativa de camponeses, tendo como orientação os princípios da solidariedade cristã;
d) Com objetivo eleitoreiros e econômicos, José Lourenço, integrante do Partido Operário Cea-
rense, organizou a comunidade do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto para garantir o sistema
de votação pela política do voto de cabresto, mecanismo que deu base ao poder das oligarquias
durante o período inicial da República no Brasil;
e) De acordo com a imprensa da época, a experiência religiosa do Caldeirão da Santa Cruz do
Deserto, liderada pelo Beato José Lourenço tinha como objetivo a organização e o controle so-

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cial, garantindo o bem estar e a ordem das populações que viviam no interior do Ceará. Dessa
forma, o Caldeirão era organizado como um campo de concentração, a exemplo de outros que
haviam no Ceará.

034. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA/REDATOR/2019) Durante a II Guerra Mundial, o governo


brasileiro implantou, no Ceará, o Serviço Especial de Mobilização dos Trabalhadores para a
Amazônia (SEMTA). Esse organismo foi
a) resultado da política de Getúlio Vargas, que, para evitar uma revolta popular decorrente da
calamidade social causada pela seca na região, criou frentes de trabalho na Amazônia visando
o combate à fome e o assistencialismo social permanente às famílias.
b) implementado pelo governo norte-americano como parte do acordo de que os Estados Uni-
dos defenderiam o Brasil em caso de ataque inimigo, em troca da livre exploração da Amazônia
para sanar suas necessidades de guerra e de mercado.
c) responsável pelo recrutamento dos chamados “soldados da borracha”, para assegurar a ex-
tração de látex nos seringais da Amazônia e a exportação dessa matéria-prima para os Aliados,
por meio de acordos político-econômicos firmados entre Brasil e EUA.
d) criado como parte dos Acordos de Washington, que estabeleceu compromissos entre o Brasil
e os países Aliados no sentido da cooperação militar e econômica para ocupar e desenvolver
a Amazônia, região de fronteiras porosas e vulnerável à invasão por parte dos países do Eixo.
e) uma instituição de fachada, como exigia o contexto de guerra, que administrava as várias
bases militares no Ceará e em outros estados nordestinos, encarregadas de garantir o forneci-
mento de combustíveis e outros insumos para a indústria norte-americana.

035. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2017) O período do Regime Militar (1964-1985) suscita sempre novos questionamentos,
embora muitos documentos ainda não estejam totalmente disponíveis, o assunto exige dos
pesquisadores e da sociedade brasileira acompanhamento dos novos fatos que surgem,
porque são do interesse da história do país.
No Ceará, politicamente três nomes comandaram o Estado durante o período: os coronéis
Adauto Bezerra, César Cals de Oliveira e Virgílio Távora.
Qual opção contém uma característica do governo de Virgílio Távora?
a) Com o discurso de desenvolvimento industrial para o Estado, Virgílio criou o Plano de Metas
Governamentais (Plameg), o Banco do Estado do Ceará (BEC), a Companhia das Docas e a
Secretaria de Planejamento (Seplan).
b) Rebelou-se contra o Golpe Militar por ter boas relações com o presidente João Goulart. Com
isso, foi deposto em 1966 e impedido de ocupar qualquer outro cargo público.

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c) Criou o “Trem da Alegria”, que eram as nomeações de apadrinhados políticos sem concurso
público estadual. Ao contrário de seus aliados políticos, privou pela manutenção e fortalecimento
da economia agroexportadora no Ceará.
d) Ao final de seu governo, fez um grande acordo com os jovens empresários do Ceará e acabou
apoiando Tasso Jereissati para o Governo do Ceará e saiu candidato ao senado com o apoio
do Galego. Tasso venceu as eleições, mas Virgílio foi derrotado e se afastou da política local.

036. (CETREDE/PREFEITURA DE JUAZEIRO DO NORTE/AUXILIAR DE SERVIÇOS FÚNE-


BRES/2019) Padre Cícero Romão é considerado a grande personalidade de Juazeiro do Norte.
Analise as afirmativas sobre ele.
I – Após a morte de seu pai a família passou por dificuldades financeiras e somente com a
ajuda do seu padrinho de crisma o Coronel Antônio Luiz Alves Pequeno ingressou no Seminário
da Prainha em Fortaleza.
II – Foi ordenado no dia 30 de novembro de 1870.
III – Conseguida a independência de Juazeiro, em 22 de junho de 1911, Padre Cícero foi no-
meado Prefeito do recém-criado município. Além de Prefeito, também ocupou a Vice- Presidên-
cia do Ceará.
IV – Padre Cícero morreu no dia no dia 20 de junho de 1937, aos 91 anos. Ainda hoje, uma
grande multidão de romeiros, vinda de diversos lugares do Nordeste, visita o túmulo do padre
na Capela do Socorro.
Marque a opção que apresenta as afirmativas CORRETAS.
a) I – II – III – IV.
b) II – III – IV.
c) I – III – IV.
d) I – II.
e) I – IV.

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GABARITO

1. d
2. e
3. d
4. c
5. c
6. b
7. a
8. c
9. c
10. c
11. c
12. d
13. a
14. d
15. d
16. b
17. b
18. d
19. c
20. d
21. a
22. b
23. c
24. c
25. a
26. d
27. b
28. C
29. c
30. e
31. E
32. e
33. c
34. c
35. a
36. d
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GABARITO COMENTADO

001. (IDECAN/IFPR/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2019) “O período histórico a que se refere o mandato conferido à Comissão Nacional da
Verdade (CNV), o período da ditadura militar instalada em 1964, esteve associado a um qua-
dro de violações massivas e sistemáticas de direitos humanos. A Lei Federal no 12.528/2011
define a competência da CNV, estipulando-a para o esclarecimento de fatos, circunstâncias e
autoria de graves violações de direitos humanos praticadas pelo Estado brasileiro no período
de 1946 a 1988. O legislador apresenta, no artigo 3º, II da lei, uma lista de quatro condutas,
às quais deve ser concedido tratamento especial em razão de sua gravidade. No entanto, a
despeito da não inclusão explícita dessa conduta no texto da lei, a CNV decidiu considerá-la
como grave violação de direitos humanos, seja porque já é assim considerada, como proibi-
ção imperativa para todos os Estados, seja porque foram tidas como uma espécie de porta
de entrada do sistema repressivo do regime militar e um facilitador para a prática de outras
graves violações, como denunciou o projeto Brasil: nunca mais.” Brasil. Comissão Nacional
da Verdade. Relatório / Comissão Nacional da Verdade. – Recurso eletrônico. – Brasília:
CNV, 2014. Volume I. p. 278-279 (com adaptações). Dentre as graves violações aos direitos
humanos praticadas durante a ditadura militar no Brasil e denunciadas pela Comissão Na-
cional da Verdade, qual das seguintes medidas foi considerada como porta de entrada para
as arbitrariedades cometidas pelo regime?
a) Desaparecimento forçado.
b) Morte
c) Ocultação de cadáver.
d) Prisão ilegal e arbitrária.
e) Tortura

Em relatório divulgado em 2014 a CNV alegou que muitas prisões realizadas por agentes da re-
pressão eram ilegais e arbitrárias. Como forma de explicar as prisões as prisões a CNV disse que:

As pessoas eram detidas com uso de meios ilegais, desproporcionais ou desnecessários e sem
informação sobre os fundamentos da prisão; Foram feitas prisões coletivas e programadas, sem
a individualização de condutas puníveis; Os presos eram mantidos durante longos períodos em
incomunicabilidade; Não havia registro formal da detenção, o que obstava o controle judicial da
detenção; A integridade física e psíquica do detido era sistematicamente violada.

Letra d.

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002. (IDECAN/IFPR/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ÁREA:


HISTÓRIA/2019) Quanto à primeira Constituição do Brasil, outorgada por D. Pedro I em 25
de março de 1824, é correto afirmar que
a) apresentou como forma de governo a monarquia constitucional, parlamentar e represen-
tativa, em acordo com os princípios liberais, e tinha na Assembleia Geral os representantes
da nação brasileira
b) constituiu um governo baseado em três poderes políticos, Legislativo, Judiciário e Moderador,
sendo este último considerado “a chave de toda organização política”, sendo, portanto, exercido
pelo próprio Imperador
c) definiu juridicamente a condição de cidadão, assegurando a inviolabilidade dos direitos civis
e políticos a todos os homens maiores de 21 anos nascidos no Brasil, além de a todos os nas-
cidos em Portugal que residissem no país por ocasião da Independência.
d) estabeleceu um sistema eleitoral baseado em uma acepção de cidadania que não distinguia
os detentores dos direitos civis dos que usufruíam direitos políticos, qualificando os eleitores
unicamente com base no critério censitário.
e) influenciada pela matriz teórica iluminista e apoiada no pensamento político de Benjamin
Constant, resultou da tentativa de conciliar os princípios do liberalismo à manutenção da es-
trutura socioeconômica e da organização política do Estado monárquico e escravocrata que
emergira da Independência

Benjamin Constant e suas obras “Escritos de política” e “Princípios fundamentais aplicados a


todos os governos” serviram de fonte para construção da constituição de 1824. Para forjar a nova
nação independente o poder moderador conservava os interesses políticos. “Quando Benjamin
propõe a neutralidade do poder moderador ressalta que a autoridade real deveria estar inclusa
na política, porém imposição altaneira, afastada, com a perspectiva de mantê-la equilibrada, se
configurando como o fator de estabilidade e harmonia entre os poderes.” O poder moderador
conservou a igreja e a escravidão como ativos importantes do País. Ainda, o autoritarismo de
Dom Pedro foi um dos principais motivos da Eclosão da Confederação do Equador.
Letra e.

003. (IDECAN/IFPR/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ÁREA: HIS-


TÓRIA/2019) “Para além de uma rejeição ou negação dos valores de civilização e progresso
que se tentava materializar na cidade do Rio de Janeiro, a Revolta da Vacina, na sua dimen-
são popular, trazia em seu bojo a defesa e a afirmação de uma outra lógica de interpretação
do mundo.”
AQUINO e MITTELMAN, Tania. A revolta da vacina. Vacinando contra a varíola e contra o povo.
Rio de Janeiro: Ed. Ciência Moderna, 2003.
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Entre as crenças que geraram desconfiança e aversão à obrigatoriedade da vacinação imposta


pelas autoridades cariocas e que resultaram na Revolta da Vacina, encontramos as tradições
culturais das populações negras descendentes dos grupos bantus e iorubás, para quem
a) a introdução da vacina no corpo representaria a inoculação da própria doença, o que era
contrário aos preceitos da variolização.
b) a vacina animal, extraída do pús vacínico de vitelos, poderia transmitir características dos
animais para os serem humanos, ou seja, poderia animalizar as pessoas.
c) a vacina obrigatória, realizada através do método de braço-a- braço, poderia transmitir a sífilis,
que seria passada pelos brancos às populações negras.
d) as epidemias de varíola eram um castigo infligido por Omolu, sendo a doença uma espécie
de purificação dos pecados. Assim, vacinar-se só causaria mais epidemias e mortes.
e) o método de aplicação da vacina nos braços, pernas ou até nas nádegas feriam os estritos
códigos morais femininos, posto que teriam que se despir para os vacinadores.

Omolu frequentemente é confundido com Obaluaiê. Ambos são orixás ligados à questão das
doenças, cujo benefício de cura, segundo a crença, ocorre após o vencimento do castigo da doença.
Letra d.

004. (IDECAN/IFPR/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ÁREA:


HISTÓRIA/2019) José Murilo de Carvalho, em sua obra “Cidadania no Brasil: o longo cami-
nho”, salienta que, no auge do entusiasmo cívico, considerou-se a Constituição de 1988 como
sendo a “Constituição Cidadã”. O autor destaca ainda que para se pensar uma cidadania plena
é necessária, em uma democracia, a garantia dos direitos civis, políticos e sociais.
Nesta perspectiva, em que consistem os direitos civis?
a) Na capacidade de promover a liberdade de se fazer demonstrações políticas, de organizar
partidos, de votar, de ser votado, cuja essência é a ideia de autogoverno
b) Na garantia da participação da sociedade no governo e na riqueza coletiva, incluindo o direito
à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, à aposentadoria.
c) Na garantia dos direitos fundamentais à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a
lei, e que se desdobram no direito de ir e vir, de escolher o trabalho e de manifestar o pensamento
d) Em permitir a participação do cidadão no governo da sociedade, cujo exercício pode ser
limitado a determinadas parcelas da população politicamente organizadas.
e) Em permitir às sociedades politicamente organizadas reduzirem os excessos de desigualdade
produzidos pelo capitalismo e garantirem um mínimo de bem-estar para todos.

A alternativa “c” traz os principais pontos da Constituição de 1988, pontos estes que lhe rende-
ram a alcunha de “Constituição Cidadã”.
Letra c.
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005. (IDECAN/CBM PB/SARGENTO/ÁREA: COMBATENTE/2015) “Um dos fatores fundamen-


tais para a conquista da Paraíba foi a divisão existente entre os antigos habitantes das terras,
os índios ______________ e os ______________, estes últimos vieram das margens do rio São
Francisco na Bahia e se tornaram aliados dos portugueses em terras paraibanas.” Assinale a
alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) Caetés / Tupinambás
b) Tupinambás / Caetés
c) Potiguaras / Tabajaras
d) Tabajaras / Potiguaras

Estimado(a), os potiguaras ocuparam a região do atual estado do Ceará e forneceram resistên-


cia à ocupação portuguesa.
Letra c.

006. (IDECAN/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO/PROFESSOR/ÁREA: HIS-


TÓRIA/2017) Em termos da influência exercida pelo primeiro contato da civilização europeia
da Época Moderna com os povos da América e com a abundância dos recursos ali existentes
sobre o pensamento político e filosófico, podemos afirmar que, no século XIX, houve uma
reviravolta de 180 graus: à medida que evoluíram as condições econômicas e sociais e, a
Europa “mercantilista” deu lugar à Europa do capitalismo, difundiu-se a propriedade privada
exclusiva e excludente, corolário deste sistema, e não houve mais espaço para terras “livres”,
não cercadas, não apropriadas (no sentido “moderno”), nem para seus habitantes. O estado
natural ao invés de suscitar a admiração, como inicialmente, transformou-se em “evidência
de desperdício” e toda apropriação “produtiva” legitimava a violência exercida sobre as po-
pulações “perdulárias”. Da influência ocorrida entre o contato europeu com as civilizações
pré-colombianas, é INCORRETO afirmar que:
a) A introdução da propriedade privada da terra nas novas nações americanas não encontrou
a resistência de classes sociais interessadas na preservação de usos e costumes atinentes a
outras épocas históricas.
b) Os estados nacionais puderam aplicar o conceito de “espaços vazios” para caracterizar par-
tes de seus territórios como pré-requisito para estimular a imigração europeia e pouparem as
populações indígenas de um cruel destino.
c) Embora um processo similar de “racionalização” do uso produtivo da terra estivesse ocorren-
do na Europa, o processo tinha características distintas dado que a nova forma de produção
estava se impondo sobre uma antiga forma que possuía raízes profundas nos costumes e na
tradição dos povos.
d) Por um lado, a resistência, quando e onde ocorreu, era oferecida por populações que, no
geral, integravam a mesma etnia e a mesma cultura dos agentes da inovação; por outro lado,
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os “espoliados” (os camponeses) eram membros do terceiro estado e seu apoio era, muitas
vezes, crucial para a redefinição do poder dentro dos Estados nacionais, em particular para a
ascensão da burguesia.

Note a afirmativa “pouparem as populações indígenas de um cruel destino” é falsa, pois os


indígenas foram combatidos pelos portugueses e mesmo escravizados – em maior escala
pelos espanhóis. No Ceará, exemplo de violência foi a Guerra dos Bárbaros, como vimos, um
movimento de resistência à dominação portuguesa.
Letra b.

007. (IDECAN/CÂMARA DE CORONEL FABRICIANO/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2017)


Ao longo da história da humanidade vários processos históricos internacionais influenciaram
ações políticas econômicas e culturais no Brasil. Assinale alternativa que contém um processo
histórico internacional e a sua respectiva influência no Brasil.
a) Guerra Fria – Ditadura Militar brasileira.
b) Revolução industrial – Revolta da Vacina.
c) Segunda Guerra Mundial – República da Espada.
d) Revolução Francesa – Revolta de Felipe dos Santos.

É no contexto da Guerra Fria que os Estados Unidos apoiaram regimes autoritários na América
Latina. A Ditadura Militar no Brasil buscou conter os avanços do socialismo e dos movimentos
sindicais. O autoritarismo do regime militar se fez presente no Ceará com a indicação dos Go-
vernadores do Estado.
Letra a.

008. (IDECAN/PREFEITURA/PROFESSOR SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL/


ÁREA: HISTÓRIA/2017) Observe as imagens.

(Disponível em: http://neinordin.com.br/a-historia-do-tio-sam/.)

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(Disponível em: https://exploradoresdahistoria.wordpress.com/2012/04/28/


nacionalismo-brasileiro-acao-integralista-brasileira-aib/.)

Em relação aos cartazes expostos, referentes a países distintos, é correto afirmar que:
a) Os dois são cartazes pagos pelo governo, constituídos, em seus respectivos períodos, para
propagarem a defesa do liberalismo e do integralismo.
b) Ambos representam um apelo à disciplina e à ordem, como elementos propulsores do de-
senvolvimento econômico e político de suas respectivas nações.
c) A semelhança entre eles, além do gesto inquisidor de seus protagonistas, é que ambos, em
seus respectivos contextos, têm um cunho nacionalista.
d) Ambos foram utilizados com muito sucesso para recrutar soldados para várias guerras e
movimentos anticomunistas, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Os cartazes foram produzidos no contexto da Segunda Guerra Mundial e apelam ao naciona-


lismo. O segundo cartaz é uma peça publicitária da Ação Integralista Brasileira, organização
de orientação fascista que existiu no Brasil durante a Era Vargas. No Ceará, como vimos, esse
apelo ao nacionalismo também foi visto na convocação de mão-de-obra para os seringais na
região norte através da SEMTA (Serviço de Especial de Mobilização de Trabalhadores para a
Amazônia) e esses migrantes nordestinos eram chamados de Soldados da Borracha.
Letra c.

009. (IDECAN/PREFEITURA DE ALÉM PARAÍBA/ENFERMEIRO/2016) Quando os europeus


chegaram ao Brasil no século XVI encontraram toda uma população de nativos já estabelecida
no território. Foi uma consequência patológica desse encontro étnico:
a) A imposição da fé cristã-católica aos nativos por meio da presença de padres jesuítas entre
os colonizadores.
b) A intensificação das relações de trocas materiais entre os europeus e os nativos americanos,
como foi o caso do “Pau Brasil”.
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c) A morte de dezenas de milhares de nativos em função da ausência de imunização natural


diante das doenças trazidas pelos europeus.
d) A imposição do poder português sobre os nativos em busca do domínio das riquezas terri-
toriais, o que levou a verdadeiras carnificinas indígenas em solo brasileiro.

Além da violência para com os nativos que ofereciam resistência – “Guerra Justa” –, milhares
de nativos morreram no contato com doenças trazidas pelos europeus.
Letra c.

010. (IDECAN/PREFEITURA DE LEOPOLDINA/OFICIAL DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS/


ÁREA: AUXILIAR ADMINISTRATIVOS/2016) De 1889 a 1930 a república brasileira foi coman-
dada por marechais e pelas oligarquias agrárias. NÃO tem relação com esse período histórico,
que teve início na Proclamação da República e durou até a Revolução de 1930:
a) Coronelismo.
b) República Velha.
c) República Populista.
d) Política do Café com Leite.

Essa é fácil! Seu concorrente não irá errar. A República Populista ocorreu entre 1946 e 1964.
Letra c.

011. (IDECAN/PREFEITURA DE SIMONÉSIA/PEDAGOGO/2016) O período regencial foi


marcado pela abdicação do trono do então imperador Dom Pedro I e pela ascensão de seu
sucessor Pedro de Alcântara, ainda uma criança, situação que tornava inviável sua real efe-
tivação no poder. O país então passou a ser comandado por regentes até que Dom Pedro II
atingisse sua maioridade. Entretanto, a disputa pelo controle do governo gerou uma grave
crise política que culminou no surgimento de inúmeras revoltas pelo império. São revoltas do
período regencial, EXCETO:
a) Cabanagem.
b) Revolta dos Malês.
c) Guerra de Canudos.
d) Guerra dos Farrapos.

Guerra de Canudos ou Campanha de Canudos foi um conflito armado que envolveu o Exército
Brasileiro e membros da comunidade sociorreligiosa em Canudos, no interior do estado da Bahia,
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entre 7 de nov. de 1896 e 5 de out. de 1897. Canudos era comandada por Antônio Conselheiro,
beato e líder messiânico nascido em Quixeramobim, Ceará.
Letra c.

012. (IDECAN/PREFEITURA DE LEOPOLDINA/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2016) “Até a


descoberta dos metais preciosos a colonização foi marcada pela grande propriedade onde
se cultivava predominantemente um gênero destinado à exportação com base no trabalho
escravo. A afirmativa de que a Plantation foi a forma básica da colonização foi criticada
por alguns historiadores que o projeto ‘plantacionista’ era assumido pela classe dominante
colonial, mas a Coroa sempre se preocupou em diversificar a produção e garantir o plantio
de gêneros alimentícios para o consumo da própria colônia. Houve uma excessiva redução
da estrutura social a senhores e escravos esquecendo-se a importância dos brancos e igno-
rando-se a existência de um campesinato – pequenos proprietários. Além disso, o negócio
da escravidão resultou na cumulação urbana propiciado por capitais investidos no tráfico de
escravos. Esse grupo de traficantes não se especializava apenas no comércio de homens,
dedicando-se também aos investimentos em prédios urbanos, à usura e às operações de
importação e exportação.”
(Fausto, 2002).

Dentre as marcas deixadas pela grande empresa monocultora que caracterizou o Brasil no
período colonial podemos destacar:
a) O tráfico humano, negócio altamente lucrativo, feito através de alianças entre traficantes
europeus, brasileiros e africanos.
b) O Plantation, localizado apenas em alguns pontos específicos do Brasil, por ser considerado
um modo de agricultura sustentável.
c) A cultura da cana-de-açúcar, que apesar de ter se iniciado nos tempos coloniais, ainda repre-
senta o sustentáculo da economia nordestina.
d) A grande propriedade, a vinculação com o exterior através de uns poucos produtos primários
de exportação, a escravidão e suas consequências.

Cuidado! É muito importante que leia com atenção os textos dos enunciados e o comando da
questão. Note que o examinador pede as “marcas deixadas”, ou seja, a herança da monocultura
do açúcar do período colonial no desenvolver da história do Brasil. Assim, podemos visualizar
hoje a herança dos grandes latifúndios e das consequências desastrosas da escravidão, como
o preconceito e o racismo.
Letra d.
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013. (IDECAN/PREFEITURA/PROFESSOR SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL/ÁREA:


HISTÓRIA/2017)
Trecho I
“Quem chamou as oficinas, em que se fabrica o açúcar, engenhos, acertou verdadeiramente
no nome. [...] invenções do engenho humano, o qual com pequena porção do Divino, sempre se
mostra no seu modo de obrar, admirável. Dos engenhos uns se chamam reais, outros inferiores
vulgarmente engenhocas.”
(ANTONIL, 1711, p. 13-14. Disponível em: http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2013/12/o-engenho-
-e-o-fabrico-do-acucar-no.html.)

Trecho II
“O ser senhor de engenho é título, a que muitos aspiram, porque traz consigo, o ser servido,
obedecido e respeitado de muitos. E se for, qual deve ser, homem de cabedal, e governo; bem
se pode estimar no Brasil o ser senhor de engenho, quanto proporcionadamente se estimam
os títulos entre os fidalgos do reino.”
(ANTONIL, 1711, p. 19.)

Acerca dos engenhos, da produção de açúcar e da organização social do Brasil no período


colonial, é correto afirmar que:
a) A produção da cana estimulou o investimento do governo português na ampliação do tráfico
de escravos.
b) A administração dos engenhos reais ficava a cargo dos nobres lusitanos, que vinham em
busca de liberdade religiosa.
c) As capitanias, bem como os dois tipos de engenho coloniais, eram financiadas exclusiva-
mente pela Coroa Portuguesa.
d) O uso das Capitanias hereditárias foi a forma que os lusitanos descobriram para expandir a
cana-de-açúcar em todo o território nacional.

a) Certa. O tráfico de escravos foi um negócio lucrativo incentivado pela coroa portuguesa.
b) Errada. Os nobres portugueses que vieram para o Brasil eram fidalgos católicos e, portanto,
não eram perseguidos em função de sua religião.
c) Errada. Como vimos, a coroa portuguesa terceirizou a colonização, fazendo com que os
engenhos fossem investimentos dos donatários ou sesmeiros.
d) Errada. A cultura da cana-de-açúcar não foi implantada em todo território brasileiro, e sim no
litoral, principalmente do nordeste.
Letra a.

014. (FGV/IBGE/TECNOLOGISTA/ÁREA GEOGRAFIA/2016) A modernização conservadora,


empreendida pelo Estado brasileiro a partir do golpe de 1964, baseou-se em um projeto territorial
fundado no ideário da integração nacional e do Brasil potência. A integração da Amazônia foi
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considerada prioridade máxima por razões de acumulação e legitimação. Entre as estratégias


do governo federal para a integração da Amazônia, durante o regime militar, destaca-se um
modelo de ocupação do território fundamentado no conceito de vantagens comparativas.
Com a menor disponibilidade de recursos após a crise de 1973, a estratégia governamental
se tornou mais seletiva, atuando não mais em uma escala macrorregional e sim sub-regional.
O Estado central viu-se obrigado a escolher áreas prioritárias para investimentos, ou seja,
aquelas com maior potencial de obtenção de benefícios imediatos. O modelo mostrou-se o
mais adequado para a organização do território proposta pelo Estado autoritário, uma vez que
os lugares privilegiados seriam capazes de interligar os circuitos nacionais e internacionais
de fluxos financeiros e de mercadorias.
Adaptado de: BECKER, B. e EGLER, C. Brasil: uma nova potência regional na economia-mundo. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1994 e MACHADO, L. O. A fronteira agrícola na Amazônia brasileira. Revista Brasileira de Geo-
grafia, v. 54, n. 2, 1992: 27-56.

A estratégia descrita no texto acima foi denominada:


a) Eixos de Integração;
b) Programa Calha Norte;
c) Projeto Brasil em Ação;
d) Polos de Desenvolvimento;
e) Projeto Integrado de Colonização.

Polos de Desenvolvimento eram criados para impulsionar a competitividade e a produtividade


de setores produtivos já instalados de forma aglomerada no território.
Letra d.

015. (FCC/AL-PB/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO/2013) As principais motivações para a


proclamação da Confederação do Equador, que ocorreu entre julho e novembro de 1824, foram a
a) difusão da recém promulgada Doutrina Monroe, que alimentava o sentimento antieuropeu, e
a popularidade de Frei Caneca junto às massas, fator responsável pela grande adesão popular
e pela absolvição desse clérigo após o fim da Confederação.
b) insatisfação das províncias do Norte e do Nordeste com a forte exploração econômica
exercida pelo Sudeste, e a abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho, ato que fragilizou a
centralização política.
c) continuidade dos ideais e propósitos defendidos pela Revolução de 1817, e a ameaça de
dominação política por parte do governo da Bahia, que encabeçava uma luta pela emancipação
do Nordeste brasileiro, defendendo a instauração de outra monarquia.
d) reação ao autoritarismo de D. Pedro I, que outorgou uma constituição nesse mesmo ano, e
a tentativa de formar uma república composta por unidades federativas, fundamentalmente:
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
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e) influência direta do processo de independência vivido pelo Equador, o qual inspirou o nome
do movimento, e a busca por autonomia política, administrativa e econômica por parte das
províncias que eram as maiores produtoras de gado e cana- de-açúcar.

Guarde essa informação: O autoritarismo de Dom Pedro, materializado na Constituição de 1824


que, entre outras coisas, impunha o chamado Poder Moderador (exercido pelo Imperador para
subjugar os poderes Legislativo e Judiciário, já que também detinha o poder executivo), foi
justificativa para a tentativa de criação de uma República no Nordeste.
Letra d.

016. (IDIB/PREFEITURA DE JAGUARIBE/ASSISTENTE SOCIAL/2020) Leia o trecho a seguir,


retirado da obra Notas para a História do Ceará, de Guilherme Studart (1856-1938), conhecido
como Barão de Studart:
É a Capitania do Ceará bem considerável pela sua grandeza, como mostra um mapa bem cir-
cunstanciado, que o mesmo hábil Targine traçou de todo o seu território. Pela sua ilustração se
conhece ser o ar saudável, o céu sereno, campinas amenas, serras fertilíssimas, rios caudalo-
sos, maiormente na estação das águas. Os naturais Tapuias ou Caboclos (a que vulgarmente
chamam índios), vivendo naquela indolência, que inclui nos seus habitantes os climas ardentes,
contudo são suscetíveis de estímulos, e de condição de obrarem quanto um superior sábio e
ativo lhe inspirar, não fugindo de os sujeitar pelas suas próprias inclinações, o que bem se ve-
rifica no Industão pelos ingleses, e na Pensilvânia pelos Quakers, pois é incompatível apareça
um homem inábil tirado das mãos de um Diretor filósofo, e político e de um gênio facundo que
sabe destruir quanto a ignorância inclui; por esta falta não dá aquela Capitania as consideráveis
riquezas, que ela ofereceu à sua capital e se vê tão destituída, desprezada, e inculta desde o
seu descobrimento.
(STUDART, Guilherme, 1856-1938. Notas para a História do Ceará. 2004. p.493-494 Disponível em: https://
www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1090/702791.pdf Acesso em 16 set 2020)

De acordo com o trecho supracitado, de que maneira a figura do tapuia é retratada pelo Barão?
a) De modo respeitoso, elogioso, principalmente quando se refere aos Tapuia os chamando
pelo termo correto, seu nome tradicional.
b) De modo pejorativo, notadamente em um discurso influenciado pela visão externa, deter-
minística, extremamente naturalista, romântica e de supremacia dos europeus e apropriatória,
típica desse momento histórico.
c) De modo imparcial, comparando o modo de vida dos Tapuia aos povos do Industão (região
da índia, Birmânia e Vietnã), como povos com grande semelhança, encontrados pelos colonia-
listas britânicos no século XIX.
d) De modo violento, defendendo o uso de violência pelos colonialistas frente aos povos origi-
nários do Ceará, os Tapuia.
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Segundo o fragmento, existe a representação feita pelo Barão de Studart sobre os Tapuias. No
fragmento é notório a visão etnocêntrica ao referir-se de modo pejorativo, notadamente em um
discurso influenciado pela visão externa, determinística, extremamente naturalista, romântica,
de supremacia dos europeus e expropriatória, típica desse momento histórico. Esse tipo de
discurso reforçou a necessidade da imposição cultural, causando genocídio e a aculturação.
Letra b.

017. (SEDUC CE/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2016) No âmbito do processo de ocupação


da Capitania do Siará Grande, as expedições dos Capitães Mor Pero Coelho e Martim Soares
Moreno representaram
a) o início de uma política de desenvolvimento econômico, através da decisão de produzir açú-
car, com a ocupação da zona fértil da região do Cariri e de Redenção.
b) a decisão do Estado português em retomar o território do Norte, ocupado pelos franceses
que fundaram a França Equinocial e, por razões de estratégia militar, a Capitania do Siará serviria
de ponte para o abastecimento das viagens para o norte da colônia.
c) ações diplomáticas com as nações indígenas, aqui sediadas, principalmente as da região do
sertão e da Serra Grande central, objetivando a imediata pacificação, através de laços de comércio.
d) o desenvolvimento urbano, a partir do litoral, através da fundação dos fortes de São Tiago e
São Sebastião, que dariam proteção para a criação de portos, os quais escoariam a produção
de gado, vinda do sertão, e de açúcar, proveniente da Serra Grande.
e) ocupação do território cearense, a partir da empresa agrícola da cana de açúcar e da expor-
tação para o mercado europeu, através do porto do Mucuripe.

O Ceará foi palco de guerras para expulsar invasores, notadamente os franceses no começo do
século XVII (anos seiscentos), e posteriormente, no mesmo século, os holandeses.
Letra b.

018. (URCA/PREFEITURA DE CRATO/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2021) “O estabelecimento


dos aldeamentos foi essencial para consolidar a conquista portuguesa e redefinir o espaço
cearense. Teve também um papel importante quanto ao nível ideológico desses povos para
aceitarem o novo modo de vida, pois nenhuma conquista se mantém apenas pela violência,”.
Pinheiro, F. J. Mundos em confronto: povos nativos e europeus na disputa pelo território. In:
Uma nova história do Ceará. (Org.). Simone de Sousa, Adelaide Gonçalves... [et al]. Fortaleza:
Edições Demócrito Rocha, 2007. (Adaptado)
Acerca do processo de ocupação do território e da criação dos núcleos urbanos na Região do
Cariri, marque a opção incorreta:
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a) O processo de ocupação e povoamento do Cariri foi realizado desde a ação de criação das
fazendas e organização dos aldeamentos nas Missões Religiosas;
b) O processo de organização econômica, administrativa e religiosa do Cariri cearense foi rea-
lizado sob o domínio da Capitania de Pernambuco;
c) As chamadas Missões religiosas no Cariri tiveram representações na Missão Velha e Missão
do Miranda;
d) A ocupação e a criação dos núcleos urbanos no Cariri cearense foi facilitada pela ausência
de grupos indígenas na região. Com isso, as atividades da pecuária e dos engenhos de açúcar
prosperaram rapidamente, uma das principais marcas da economia caririense;
e) As inciativas de ocupação do território e de criação dos núcleos urbanos foram ainda mais
fortalecidas com a criação das Vilas Reais, como a Vila Real do Crato, realizada por ordem do
Governador General do Pernambuco em 21 de junho de 1764.

a) Certa. A ocupação e povoamento do Cariri foi realizado desde a ação de criação de fazendas
e organização dos aldeamentos nas Missões Religiosas.
b) Certa. O processo de organização econômica, administrativa e religiosa do Cariri cearense
foi realizado sob o domínio da Capitania de Pernambuco.
c) Certa. As Missões religiosas no Cariri tiveram representações na Missão Velha e Missão
do Miranda.
d) Errada. Os indígenas presentes na região não se sujeitavam aos portugueses, ocorrendo
revoltas indígenas e conflitos armados entre índios e forças militares da região.
e) Certa. As inciativas de ocupação do território e de criação dos núcleos urbanos foram ainda
mais fortalecidas com a criação das Vilas Reais, como a Vila Real do Crato, realizada por ordem
do Governador Geral do Pernambuco em 21 de junho de 1764.
Letra d.

019. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2017) Durante o período colonial, formou-se, no Ceará, a chamada Civilização do Couro,
assim nomeada pelo célebre historiador cearense, Capistrano de Abreu. Assim denominava-se
a formação cultural sertaneja, fruto da miscigenação das raças branca, indígena e negra. Sobre
a importância da pecuária na história do Ceará, marque V para a verdadeira e F para a falsa.
I – (__) Possuir gado bovino em grande número significava sinônimo de poder, enquanto
dispor de rebanho caprino definia a situação de cada um na escala social. A cabra, ou vaca
do pobre, era criada, como ainda é hoje, no conjunto regional, pelas pessoas que detinham
menos poder aquisitivo.
II – (__) A vegetação extremamente espinhenta fez com que o vaqueiro nordestino se diferisse
dos outros campeadores de gado espalhados Brasil afora. O couro passou a ser utilizado na
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confecção de gibões, chapéus, cantis, alforjes, luvas, silhas, selas, perneiras e uma gama de
outros apetrechos de trabalho, indispensáveis para que o campear do gado fosse realizado
no semiárido.
III – (__) Com o couro, os sertanejos passaram a fazer verdadeiras obras de arte, usando-o em
camas, cadeiras, estofados, mesas, portas, enfim, na própria construção cultural que se efeti-
vou enquanto produto direto da habilidade humana. Com essa produção, nascem as primeiras
fábricas de couro no Brasil.
IV – (__) As relações sociais entre o grande proprietário de terra e o vaqueiro tinham particula-
ridades próprias da região. A negociação do pagamento em nascimento de cabeças de gado
era comum. Tais relações eram conhecidas como meeiro, terceiros e quartil.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) F, V, F, V.
b) F, V, V, F.
c) V, V, F, V.
d) V, F, V, F.

I – Certa. De fato, no Cariri a criação de bovinos é muito mais reduzida em comparação com a
criação de caprinos.
II – Certa. Por esta imagem encouraçada do vaqueiro nordestino é que Euclides da Cunha es-
creveu: “O nordestino é sobretudo um forte”.
III – Errada. Não consta que as primeiras fábricas de couro no Brasil sejam cearenses. Ademais,
a produção caseira de couro ocorre desde a Colônia em todo o território nacional, notadamente
no Rio Grande do Sul e nos demais estados pecuaristas por excelência – Mato Grosso, Goiás,
Minas Gerais.
IV – Certa. O meeiro é o trabalhador rural que aufere lucros trabalhando em terra alheia, cujos
frutos de seu trabalho são divididos entre ele e o proprietário da terra. Nada impede que o pa-
gamento por serviços ou mesmo administração de rebanhos seja feito por cabeça de rês.
Letra c.

020. (FCC/AL-PB/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO/2013) As principais motivações para a


proclamação da Confederação do Equador, que ocorreu entre julho e novembro de 1824, foram a
a) difusão da recém promulgada Doutrina Monroe, que alimentava o sentimento antieuropeu, e
a popularidade de Frei Caneca junto às massas, fator responsável pela grande adesão popular
e pela absolvição desse clérigo após o fim da Confederação.
b) insatisfação das províncias do Norte e do Nordeste com a forte exploração econômica
exercida pelo Sudeste, e a abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho, ato que fragilizou a
centralização política.
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c) continuidade dos ideais e propósitos defendidos pela Revolução de 1817, e a ameaça de


dominação política por parte do governo da Bahia, que encabeçava uma luta pela emancipação
do Nordeste brasileiro, defendendo a instauração de outra monarquia.
d) reação ao autoritarismo de D. Pedro I, que outorgou uma constituição nesse mesmo ano, e
a tentativa de formar uma república composta por unidades federativas, fundamentalmente:
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
e) influência direta do processo de independência vivido pelo Equador, o qual inspirou o nome
do movimento, e a busca por autonomia política, administrativa e econômica por parte das
províncias que eram as maiores produtoras de gado e cana- de-açúcar.

Guarde essa informação: o autoritarismo de Dom Pedro, materializado na Constituição de 1824


que, entre outras coisas, impunha o chamado Poder Moderador (exercido pelo Imperador para
subjugar os poderes Legislativo e Judiciário, já que também detinha o poder executivo), foi
justificativa para a tentativa de criação de uma República no Nordeste.
Letra d.

021. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2016) A ocupação do território cearense no período colonial esteve, assim como o cres-
cimento econômico de Fortaleza, em uma relação direta com o binômio gado - algodão. Essa
produção da cotonicultura determinou mudanças nas relações econômicas e sociais. Sobre
esse processo, é correto dizer que:
a) Fortaleza tornou-se o maior centro coletor da produção algodoeira interiorana, esse fato con-
tribuiu para consolidá-la como principal núcleo urbano do Ceará na segunda metade do século
XIX. Com o seu desenvolvimento, as relações sociais desenvolvidas também obedeceram a um
modelo em que, de um lado, estavam os grandes proprietários de terras, coronéis do sertão, e,
do outro lado, camponeses sem terra ou com pequenos roçados. Com as grandes secas que
assolavam nosso estado, boa parte dessa população trabalhadora rural passou a migrar para
Fortaleza, submetendo suas famílias à proletarização nas periferias urbanas.
b) a grande capital política e econômica do Ceará, no período áureo da cotonicultura, era a
cidade de Icó. Na região, existiam grandes fazendas de algodão com o uso da mão de obra
escrava, o que justifica a predominância da raça negra no centro-sul do Ceará. Nesse período,
os governadores do estado (presidentes da província) pertenciam todos à região.
c) a Guerra de Secessão nos Estados Unidos fez a indústria têxtil prosperar no Ceará. Com a ex-
portação de algodão para abastecer as indústrias inglesas no século XIX, nasce o polo industrial
de Fortaleza, que se instalou na região oeste da capital, onde hoje é a Avenida Franscisco Sá.
d) o desenvolvimento da região portuária de Fortaleza, com o crescimento do porto do Mucuripe
e o aumento do volume de navios cargueiros no litoral cearense, fez com que se desenvolvesse
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uma grande zona hoteleira na capital, além do aumento grande de ruas asfaltadas e de veículos
automotores, em especial caminhões usados para auxiliar o transporte da carga do centro-sul
do estado para a capital.

a) Certa. A alternativa apresenta a história do crescimento da capital Fortaleza, que surgiu como
vila no século XVII nas imediações do antigo Forte de São Tiago, reconstruído como Forte de
São Sebastião pelos portugueses, pertencente à capitania de Pernambuco. A partir de 1800,
a autonomia é adquirida sob o título de Capitania do Ceará, separando-se do “Grão Pará e Ma-
ranhão”. O crescimento de Fortaleza ao longo das décadas foi decorrente da seca que forçava
milhares de retirantes ao êxodo rural. O algodão era o principal produto agrícola do Ceará na
época. O êxodo proporciona a urbanização desordenada (favelização) nos subúrbios. A política
do coronelismo remonta aos primórdios da República Velha, sendo que o texto mostra a divisão
de classes no final do XIX que daria origem ao coronelismo.
b) Errada. Fortaleza superou Aracati quando o algodão passou a ser mais importante que o charque,
principalmente por ser produto de exportação e trazer grande riqueza à aristocracia fortalezense.
c) Errada. A alternativa delimita a produção do algodão a apenas um lado da cidade, o que
é ridículo, pois a riqueza do algodão conferiu a Fortaleza grande riqueza ao longo do século
XIX, permitindo inclusive o florescimento de grandes casarões e espaços luxuosos, além dos
prédios públicos do centro histórico, cuja exuberância revela a grande riqueza da aristocracia
cotoneira. De fato, a Guerra de Secessão nos Estados Unidos fez a indústria têxtil prosperar
no Ceará, pois o algodão produzido nas fazendas do Sul escravocrata americano não mais era
produzido, deixando de abastecer a Europa, hiato de oportunidade que foi aproveitado pelos
cearenses, cujo agreste e semiárido era propício à plantação de algodão.
d) Errada. A alternativa aponta que no período colonial ocorreu o “crescimento econômico de
Fortaleza”. No entanto, isso ocorreu no século XIX, durante o Império.
Letra a.

022. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA/REDATOR/2019) Entre as principais causas da cha-


mada “Sedição de Juazeiro”, em 1914, estava a
a) tensão camponesa na luta pela terra e a ação dos jagunços e cangaceiros, que exigiu uma
intervenção do Exército para conter uma revolta popular.
b) política de intervenções do governo federal nos estados, também conhecida como “política
das salvações”, que interferia nas hegemonias locais que lhe eram contrárias.
c) política de laicização da República, comandada por militares positivistas, que desagradou a
Igreja Católica e fez com que os padres se tornassem líderes políticos.
d) guerra entre famílias tradicionais pelo controle das pequenas cidades do Sertão, e a existência
de um núcleo monarquista no interior do estado.
e) política de valorização da produção de café por parte do governo federal, que retirava recursos
do Norte do país e da pecuária, para investir no Sudeste.
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O governo federal intercedeu pelo grupo do coronel Padre Cícero, que desde o início era aliado
de Antônio Nogueira Acioli, presidente do Ceará que tinha sido expulso por manifestações po-
pulares que lutavam contra a corrupção e a opressão do coronelismo.
Letra b.

023. (FCC/AL-RN/TÉCNICO LEGISLATIVO/TAQUIGRAFIA/2013) Considere:


Dizem que o cangaceiro,
valentão e corajoso,
se arrependeu e foi salvo
por Jesus, pai generoso.
Mossoró guarda um mistério,
porque no seu Cemitério
Jararaca é milagroso.
Nestes versos de cordel, de autoria de Concriz, o poeta menciona a figura de José Leite de
Santana, cangaceiro cujo apelido era Jararaca. Fazia ele parte do bando de Lampião, que em
1927 tentou assaltar a cidade de Mossoró e foi violentamente rechaçado. Sobre o episódio, é
correto afirmar que Jararaca
a) abandonou o grupo de Lampião e uniu-se ao padre Cícero, ajudando-o a construir templos
no Cariri e em outras cidades do interior nordestino. Morreu idoso e foi enterrado em Mossoró.
b) arrependeu-se dos crimes que havia cometido e ingressou na Ordem dos Capuchinhos. Pre-
gava contra a violência, e conseguiu aliciar muitos jovens para a vida religiosa.
c) foi preso e enterrado vivo pela polícia local. A maneira covarde com que foi morto acabou por
guindá-lo à condição de mártir e santo, ao qual se atribuem até hoje diversos milagres.
d) denunciou Lampião às autoridades municipais, como meio de obter perdão pelos assaltos
que havia cometido. Mas permitiu que seu chefe fugisse antes de ser alcançado pela polícia.
e) conseguiu escapar ao cerco que lhe fizeram as tropas potiguares sediadas em Mossoró,
refugiando-se no cemitério local, junto ao túmulo de um dos fundadores da cidade.

Como vimos, uma das características do banditismo é a santificação dos cangaceiros.


Letra c.

024. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2018) O estado do Ceará passou quase todo o século XX nas mãos dos coronéis, período
chamado de coronelismo. No entanto, em 1986, o então jovem candidato Tarso Jereissati ga-
nhou as eleições diretas para governador e marcou uma nova era de empresários na política.
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Seu slogan “governo das mudanças” mexeu com a estrutura política do estado do Ceará. Com
base nesse contexto, analise as afirmativas seguintes.
I – Apesar de defender uma mudança na estrutura política do estado, seu governo manteve
as relações clientelistas e com o apoio dos coronéis municipais, garantindo uma boa aceita-
ção popular.
II – Tasso Jeressati vem de uma família tradicional mais ligada ao comércio e à indústria, tendo
formação acadêmica em administração; seu intuito foi de preparar o Ceará para a industrializa-
ção e o crescimento econômico do qual fazia parte.
III – Em termos reais, o governo Tasso Jereissati trouxe as mudanças de modernização neces-
sária para uma industrialização e o consequente desenvolvimento econômico, mas fortaleceu
ainda mais o poder dos empresários cearenses.
IV – No governo de Tasso, houve uma visível mudança no núcleo gestor no qual se deu abertura
para os técnicos atuarem, no sentido de um domínio de conhecimento nos setores, porém não
tirou o controle do governador.
V – A primeira campanha de Tasso Jereissati teve o maciço apoio das camadas médias, sindi-
catos e de coronéis que queriam participar do governo.
Estão corretas:
a) II, IV e V.
b) I, III e V.
c) II, III e IV.
d) I, II e IV.

I – Errada. Dois erros: tanto o governo deste político não era frequentemente associado com o
coronelismo, quanto o coronelismo não tem boa aceitação popular.
II – Certa. Ligado à indústria e ao comércio, o candidato priorizou a política desenvolvimentista
ao invés das políticas sociais retrógradas típicas da esquerda da época.
III – Certa. Ligado à indústria e ao comércio, o candidato priorizou a política desenvolvimentista
ao invés das políticas sociais retrógradas típicas da esquerda da época.
IV – Certa. Houve uma melhora administrativa no governo do estado sem deixar de ocupar car-
gos comissionados com indicados políticos, pois a prática é típica de partidos como o PMDB,
ao qual ele era filiado em seu primeiro mandato de governador do Ceará (1987 / 1990).
V – Errada. Por se tratar de um governo do PMDB, de perfil de centro, a tendência foi encontrar
oposição da esquerda totalitária da época – coronelistas e sindicalistas radicais. Portanto, de
forma alguma houve tal apoio.
Letra c.

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025. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2018) Eleito prefeito de Juazeiro do Norte em 1911, envolveu se na disputa com o presi-
dente Hermes da Fonseca para manter a família Accioly no poder regional. Em 1912, por conta
da dura repressão a uma passeata de crianças a favor de Franco Rabelo, a intervenção federal
baniu Nogueira Accioly do meio político. Ainda no mesmo ano, o coronel Franco Rabelo foi
nomeado interventor federal, havendo eleição apenas para o cargo de vice governador, para
o qual foi eleito, acumulando o cargo de intendente (administrador municipal) de Juazeiro do
Norte. Estamos nos referindo:
a) ao Padre Cícero/Sedição de Juazeiro.
b) ao Dragão do Mar/Abolição dos escravos no Ceará.
c) a Antônio Conselheiro/Canudos.
d) ao Beato José Lourenço/Sedição do Juazeiro.

Nogueira Accioly governou o estado entre os anos de 1896 e 1912. Nesse período os cangacei-
ros, o messianismo e o coronelismo imperavam.
Coronelismo era uma forma de garantir a estrutura de poder durante a Primeira República 1889-
1930. Era comum que os coronéis enviassem seus capangas armados para dentro da sessão
eleitoral a fim de controlar o voto e se manterem no poder. O voto de cabresto era uma forma
de alguém poderoso controlar o voto do indivíduo. Quando Accioly foi substituído devido às
políticas do presidente Hermes da Fonseca Padre Cícero também foi retirado de suas funções
políticas, visto que era apoiador de Accioly. Mas com a Revolução Cearense/Revolta de Juazeiro
conseguiram que tudo voltasse como era e Padre Cícero voltou a ser vice-presidente no novo
governo de Accioly.
Letra a.

026. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2017) Figura de grande importância no Estado do Ceará durante o período Getulista,
Francisco Menezes Pimentel foi governador do Estado, eleito pela Liga Eleitoral Católica, de
1935 a 1937, e interventor a mando de Getúlio de 1937 a 1945 no Ceará. Sobre o período,
analise as assertivas.
I – Durante o governo de Menezes Pimentel, um amplo programa de criação de campos de con-
centração, em que os retirantes fossem induzidos a entrar e proibidos de sair, foi implementado
com total apoio da Interventoria Federal no Ceará. A fim de prevenir a “afluência tumultuária” de
retirantes famintos a Fortaleza, cinco campos localizavam-se nas proximidades das principais
vias de acesso à capital, atraindo os agricultores que perdiam suas colheitas e se viam à mercê
da caridade pública ou privada.
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II – No governo de Menezes Pimentel, a Igreja Católica se fortalece no Ceará e, como conse-


quência, lojas maçônicas, centros espíritas e terreiros de candomblé foram fechados na capital
e no interior do Estado. Livrarias tiveram seus estoques revisados para a apreensão de livros e
revistas portadoras de ideias consideradas subversivas ou amorais.
III – Estimulou a ida de migrantes para o Norte do Brasil para que estes atuassem na Amazônia,
nos chamados exércitos da borracha. Foi no governo de Menezes Pimentel que foi inaugurada
a famosa Hospedaria Getúlio Vargas, criada para abrigar confortavelmente cerca de 1.200
pessoas e que tinha por finalidade oferecer pouso provisório, na travessia do Estado do Ceará
para a região Norte.
São corretos:
a) apenas I e II.
b) apenas I e III.
c) apenas II e III.
d) I, II e III.

Todos os itens estão corretos.


I – Certa. O fato narrado é pouco divulgado na historiografia, mas é verdadeiro. A informação
pode ser confirmada em artigo de Frederico de Castro Neves no acervo Scielo: https://www.
scielo.br/j/rbh/a/5GNSQTXnMM7kTM3rr8B4TrM/?lang=pt.
Alguns prefeitos procuraram sensibilizar o próprio presidente Vargas, enviando-lhe telegramas rela-
tando a situação em seus municípios. Foi denunciada uma ‘calamidade indescritível’, uma ‘horrenda
situação’, em que ‘nossos patrícios’ encontravam-se ‘morrendo de fome’. Os ‘infelizes famintos’
percorriam as cidades em ‘afluência tumultuária’, esgotando as reservas da caridade particular.

II – Certa. A informação pode ser confirmada no blog Ceará em Fotos e Histórias, em artigo sobre
“A Interventoria de Menezes Pimentel (1937-1945)”: http://cearaemfotos.blogspot.com/2012/01/
interventoria-de-menezes-pimentel-1937.html.
A eclosão da Intentona Comunista em 1935, em Natal, Recife e Rio de Janeiro, foi usada como
pretexto por Menezes Pimentel para perseguir adversários que foram considerados subversivos.
Com Menezes Pimentel a Igreja continuou firme, influenciando a sociedade civil, em nome da moral
e dos bons costumes. O regime instaurado fechou as lojas maçônicas, os centros espíritas e os
terreiros de candomblé na capital e no interior do Estado; as livrarias tiveram os estoques revisados
para apreensão de livros e de revistas portadoras de ideias amorais ou subversivas. Instalou-se um
serviço de controle de pensões e hotéis no sentido de controlar os hóspedes. Até os aparelhos de
rádio deveriam ser registrados na polícia (CAMPOS, Nelson. História do Ceará. In: Revista Fortaleza,
Fascículo 4, de 30 de abril de 2006).

III – Certa. Sobre a Hospedaria Getúlio Vargas, vide artigo no site História & Historiografia: https://
histhioriografia2020.ufc.br/trabalhos/deslocados-da-seca-na-hospedaria-getulio-vargas-trajeto-
rias-de-migracao-para-diversas-paragens/.
Letra d.
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027. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2017) Sobre o Caldeirão dos Jesuítas e a história do Ceará, marque V para as afirmativas
verdadeiras e F para as falsas.

 (  ) Foi um movimento político-messiânico, articulado inicialmente pelo Padre Cícero Ro-
mão Batista para garantir votos nas suas campanhas eleitorais na recém-criada Juazei-
ro do Norte.
 (  ) Liderados pelo negro paraibano conhecido como beato José Lourenço, os membros do
Caldeirão viviam em uma comunidade coletiva, onde a produção era dividida por todos
os membros.
 (  ) As ideias do beato José Lourenço e a estruturação social do Caldeirão como comunida-
de, começou a atrair cada vez mais nordestinos de todos os estados, reduzindo a mão
de obra barata nas fazendas de algodão e açúcar, o que vai gerar uma forte reação por
parte dos latifundiários e da Igreja Católica.
 (  ) A lenda do Boi Mansinho foi responsável pelo rompimento do beato José Lourenço e o
Padre Cícero Romão. Após esse rompimento, Padre Cícero autorizou a atuação forte do
exército e da polícia na destruição do Caldeirão.
 (  ) Considerado pela elite cearense como um antro de “comunistas” e “fanáticos”, o Cal-
deirão do Deserto de Santa Cruz era na realidade apenas uma comunidade camponesa
com base na religiosidade popular e no igualitarismo, no sertão nordestino, na primeira
metade do século XX.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:


a) F, F, V, V, V.
b) F, V, V, F, V.
c) V, V, F, F, F.
d) V, F, F, V, F.

1ª afirmativa: Errada. Padre Cícero teve participação como amigo de José Lourenço – homem
muito caridoso que tomava conta de todos no Sítio Baixa Dantas – mas não articulou nada em
benefício próprio. A história do Caldeirão dos Jesuítas é um exemplo histórico de caridade e
comunidade autossuficiente no interior do Cariri.
2ª afirmativa: Certa. De fato, o Sítio Baixa Dantas era administrado por José Lourenço, homem
muito caridoso e agarrado na fé cristã.
3ª afirmativa: Certa. De fato, o Sítio Baixa Dantas – e posteriormente o Caldeirão dos Jesuítas
– começou a incomodar, pois era autossuficiente, produzindo frutas e hortaliças e toda sorte
de sustento, sendo que os políticos da época dependiam da pobreza, pois sem ela tornava-se
impossível capitalizar politicamente o sofrimento alheio.
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4ª afirmativa: Errada. O episódio do boi Mansinho foi um boato que espalharam contra José
Lourenço, o qual foi preso pelas forças dos sediciosos que eram lideradas por Floro Bartolomeu,
aliado de Padre Cícero que tinha ajudado a emancipar Juazeiro e, portanto, fazia parte da arti-
culação do Pacto dos Coronéis que havia sido derrubado com a expulsão de Antônio Nogueira
Acioli. Contudo, Padre Cícero intercedeu pela libertação de José Lourenço.
5ª afirmativa: Certa. De fato, tanto o Sítio Baixa Dantas quanto o Caldeirão de Santa Cruz do
Deserto, não eram um antro de comunistas, mas sim, uma comunidade que funcionava como
uma irmandade cristã, muito apoiada por Padre Cícero, inclusive, o qual sagrou-se, como se
sabe, como grande crítico do comunismo.
Letra b.

028. (CESPE-CEBRASPE/PM CE/POLICIAL MILITAR PM/SOLDADO/2008) A colonização do


Brasil assentou-se, fundamentalmente, no latifúndio, na monocultura e no trabalho escravo.
Proclamada a independência, não houve efetiva ruptura com o passado colonial. A abolição
da escravidão, por exemplo, somente se deu em fins do século XIX, ainda assim inconclusa.
A República Velha, nascida de um golpe de Estado, representou o domínio das oligarquias,
com forte exclusão social e processos políticos viciados. A Revolução de 1930 inaugurou a
Era Vargas e o início da modernização do país. Depois da ditadura do Estado Novo, o país
iniciou o processo de aprendizado democrático em meio a crises agudas, que culminaram
com o golpe de 1964. Após 21 anos de regime militar, restaurou-se a democracia, cujo grande
marco definidor é a Constituição de 1988.
Considerando as informações acima e os aspectos significativos da História do Brasil, jul-
gue o item:
Nas últimas décadas, a economia cearense tem procurado acompanhar o processo de moder-
nização econômica do país e se inserir na chamada globalização.

Com os “Governos das Mudanças”, encabeçado por Tasso Jereissati, ocorreu a modernização
da administração do Estado do Ceará.
Certo.

029. (UECE-CEV/2018/SEDUC-CE/PROFESSOR/HISTÓRIA) Atente para o seguinte excerto


que se refere às razões que levaram à criação dos campos de concentração no Ceará em
1932: “(...) o “campo” era o último recurso, cheio de sofrimento e dor, que sua condição de
sem-terra tornava inevitável. Mas nestes anos eles aprenderam a se organizar em multidões
aparentemente disformes e sem controle, que levavam o medo às autoridades e aos comer-
ciantes de alimentos. O simples ajuntamento de retirantes já era suficiente para aterrorizar
as populações das cidades mais próximas às áreas secas”.
CASTRO NEVES, Frederico de. Tragédia Oculta. in: Revista Nossa História. ano 1 n. 2 dez. 2003. Publicação
Editada pela Biblioteca Nacional, p. 74.

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O evento acima retratado se deu


a) como forma de tratar os sobreviventes do massacre da comunidade do Caldeirão da Santa
Cruz do Deserto, que foi liderada pelo beato José Lourenço.
b) em função da grande epidemia de varíola que se abateu sobre o Ceará e ameaçou a capital
do estado, sendo contida pelas ações profiláticas promovidas por Rodolfo Teófilo.
c) como estratégia governamental para conter o fluxo de flagelados que rumavam às principais
cidades cearenses em virtude da seca iniciada em 1930.
d) devido à necessidade de conter os fluxos migratórios de cearenses para outras regiões do
país, como o Sudeste, o que causaria a falência da economia local por falta de mão de obra.

Os Campos de Concentração tinham o objetivo de controlar a migração, impedindo que os reti-


rantes se tornassem um problema para as maiores cidades do Ceará. Ainda, foram explorados
como mão de obra em obras públicas de Fortaleza.
Letra c.

030. Um dos fatores que mais contribuíram para o agravamento da situação das pessoas
atingidas pelos períodos de seca no Brasil foi o uso privado, por parte de políticos locais, de
verbas do governo federal destinadas à construção de poços e açudes públicos. Esse fenô-
meno ficou conhecido como:
a) Indústria da água.
b) Transposição do Rio São Francisco
c) Água para todos.
d) Política do açude
e) Indústria da seca

A chamada “Indústria da Seca” é compreendida pelos historiadores como um fenômeno de


agravamento dos efeitos dos longos períodos de estiagem no Nordeste brasileiro. Ela consis-
tia na falta de lisura política e no uso privado de verbas destinadas à construção de poços e
açudes para suprir a necessidade de água da população. Alguns políticos do Nordeste, entre
meados do século XIX e início do século XX, em vez de construírem poços e açudes públicos,
faziam-no nos domínios de suas propriedades, privando a grande massa da população de usu-
fruir do benefício vital.
Letra e.

031. (CESPE-CEBRASPE/PM CE/SOLDADO/2012) Com relação à história do Ceará, julgue


os itens seguintes.
No Ceará, o predomínio das oligarquias na política local teve fim com a Revolução de 1930.
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O século XX, para o Ceará, foi marcado pelos ciclos de poder dos ‘coronéis’ e por enormes trans-
formações de ordem social e econômica. Ainda, como vimos no tópico “2.1 Governos militares
e o novo coronelismo”, o coronelismo continuará como marca na história do Ceará.
Errado.

032. (CETREDE/PREFEITURA DE ICAPUÍ/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2021) Sobre os


Campos de Concentração no Estado do Ceará durante a seca de 1932, assinale (V) para as
afirmativas Verdadeiras e (F) para as Falsas.

 (  ) O contingente de retirantes dos Campos de Concentração que não retornava para o
interior depois da passagem do período de estiagem contribuiu para o crescimento po-
pulacional e habitacional fora dos padrões impostos pelas elites de Fortaleza.
 (  ) Os campos de concentração eram construídos perto de estações ferroviárias, tentando
atenuar a tensão e os conflitos nestes locais ao mesmo tempo em que tentavam impe-
dir a chegada de retirantes à capital.
 (  ) Os principais campos de concentração foram construídos próximos às Estradas de Fer-
ro de Baturité e de Sobral.
 (  ) Os retirantes dos campos de concentração eram empregados como mão de obra em
obras públicas e também nas indústrias de Fortaleza.

Marque a opção que indica a sequência CORRETA.


a) F – F – V – V.
b) V – F – F – V.
c) V – V – V – F.
d) F – V – F – V.
e) V – V – V – V.

Todas estão corretas. Como vimos, os campos de concentração foram uma política estatal para
impedir a migração de retirantes. Ainda, foram explorados como mão de obra.
Letra e.

033. (URCA/PREFEITURA DE CRATO/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2021) “[...] Ao assumir a


condição de beato [...] abraçou, também, um direcionamento político para a sua vida. Baixa
Danta e Caldeirão foram organizados a partir de sua liderança, baseada em três princípios:
fraternidade, oração e trabalho. [...] Naquela ética de base cristã, o trabalho era a única forma
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de obter o pão de cada dia, pois ninguém deveria viver às custas do trabalho alheio. Um ho-
mem não poderia ficar rico explorando o semelhante. Era uma religiosidade não-capitalista.”
Lopes Ramos, Francisco R. Juazeiro e Caldeirão: espaços de sagrado e profano. In: Simone
de Sousa; Adelaide Gonçalves... [et al]. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2007. (Adaptado)
Acerca das experiências do Caldeirão marque a opção correta:
a) Tratou-se de um movimento comunitário e político liderado e organizado por Antônio Con-
selheiro que de forma rápida ganhou seguidores em grande número e fundou um Arraial. Pelo
seu caráter comunitário foi acusado de experiência comunista e foram atacados e destruídos
por forças legalistas;
b) Foi uma experiência organizada em meio as políticas públicas do Estado do Ceará para o
controle social sobre os retirantes durante os períodos de estiagem. Como o Caldeirão, outras
comunidades desse tipo foram realizadas em Quixeramobim, Crateús, Ipu e Senador Pompeu,
além de Fortaleza;
c) Representando um contraponto ao contexto vigente de individualismo capitalista e de desi-
gualdades sociais, o Caldeirão sob a liderança do Beato José Lourenço era organizado como
uma cooperativa de camponeses, tendo como orientação os princípios da solidariedade cristã;
d) Com objetivo eleitoreiros e econômicos, José Lourenço, integrante do Partido Operário Cea-
rense, organizou a comunidade do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto para garantir o sistema
de votação pela política do voto de cabresto, mecanismo que deu base ao poder das oligarquias
durante o período inicial da República no Brasil;
e) De acordo com a imprensa da época, a experiência religiosa do Caldeirão da Santa Cruz do
Deserto, liderada pelo Beato José Lourenço tinha como objetivo a organização e o controle so-
cial, garantindo o bem estar e a ordem das populações que viviam no interior do Ceará. Dessa
forma, o Caldeirão era organizado como um campo de concentração, a exemplo de outros que
haviam no Ceará.

a) Errada. O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto ou Caldeirão dos Jesuítas foi um dos movi-
mentos messiânicos que surgiu nas terras do Crato. Antônio conselheiro foi líder messiânico
na Guerra de Canudos (Bahia, 1896 a 1897)
b) Errada. Caldeirão foi um movimento messiânico que priorizava a religião, a caridade e o servir
ao próximo.
c) Certa. O Beato José Lourenço organizou Caldeirão como uma cooperativa de camponeses,
tendo como orientação os princípios da solidariedade cristã.
d) Errada. Caldeirão não tinha objetivos eleitoreiros e econômicos.
e) Errada. Na época a notícia não foi divulgada por conta do regime de Vargas que via a comu-
nidade como comunista.
Letra c.
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034. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA/REDATOR/2019) Durante a II Guerra Mundial, o governo


brasileiro implantou, no Ceará, o Serviço Especial de Mobilização dos Trabalhadores para a
Amazônia (SEMTA). Esse organismo foi
a) resultado da política de Getúlio Vargas, que, para evitar uma revolta popular decorrente da
calamidade social causada pela seca na região, criou frentes de trabalho na Amazônia visando
o combate à fome e o assistencialismo social permanente às famílias.
b) implementado pelo governo norte-americano como parte do acordo de que os Estados Uni-
dos defenderiam o Brasil em caso de ataque inimigo, em troca da livre exploração da Amazônia
para sanar suas necessidades de guerra e de mercado.
c) responsável pelo recrutamento dos chamados “soldados da borracha”, para assegurar a ex-
tração de látex nos seringais da Amazônia e a exportação dessa matéria-prima para os Aliados,
por meio de acordos político-econômicos firmados entre Brasil e EUA.
d) criado como parte dos Acordos de Washington, que estabeleceu compromissos entre o Brasil
e os países Aliados no sentido da cooperação militar e econômica para ocupar e desenvolver
a Amazônia, região de fronteiras porosas e vulnerável à invasão por parte dos países do Eixo.
e) uma instituição de fachada, como exigia o contexto de guerra, que administrava as várias
bases militares no Ceará e em outros estados nordestinos, encarregadas de garantir o forneci-
mento de combustíveis e outros insumos para a indústria norte-americana.

O ponto máximo do ciclo da borracha foi depois do fim do império. Sobre o ciclo da borracha,
Boris Fausto, no livro HISTÓRIA CONCISA DO BRASIL, afirma que “O avanço da produção, que
vinha ocorrendo em décadas anteriores, tomou grande impulso a partir de 1880”... “alcançando
o ponto máximo entre 1898 e 1910.” Outra época em que a borracha foi importante no Brasil foi
durante a segunda guerra mundial. Nesse período, os seringueiros ficaram conhecidos como
soldados da borracha
Letra c.

035. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROFESSOR SUBSTITUTO/ÁREA: HISTÓ-


RIA/2017) O período do Regime Militar (1964-1985) suscita sempre novos questionamentos,
embora muitos documentos ainda não estejam totalmente disponíveis, o assunto exige dos
pesquisadores e da sociedade brasileira acompanhamento dos novos fatos que surgem,
porque são do interesse da história do país.
No Ceará, politicamente três nomes comandaram o Estado durante o período: os coronéis
Adauto Bezerra, César Cals de Oliveira e Virgílio Távora.
Qual opção contém uma característica do governo de Virgílio Távora?

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a) Com o discurso de desenvolvimento industrial para o Estado, Virgílio criou o Plano de Metas
Governamentais (Plameg), o Banco do Estado do Ceará (BEC), a Companhia das Docas e a
Secretaria de Planejamento (Seplan).
b) Rebelou-se contra o Golpe Militar por ter boas relações com o presidente João Goulart. Com
isso, foi deposto em 1966 e impedido de ocupar qualquer outro cargo público.
c) Criou o “Trem da Alegria”, que eram as nomeações de apadrinhados políticos sem concurso
público estadual. Ao contrário de seus aliados políticos, privou pela manutenção e fortalecimento
da economia agroexportadora no Ceará.
d) Ao final de seu governo, fez um grande acordo com os jovens empresários do Ceará e acabou
apoiando Tasso Jereissati para o Governo do Ceará e saiu candidato ao senado com o apoio
do Galego. Tasso venceu as eleições, mas Virgílio foi derrotado e se afastou da política local.

Assim como em outros estados, durante o regime ditatorial civil-militar (1964-1985) os governa-
dores foram indicados via ratificação do Senado Federal. Os governadores, geralmente do ARENA
(Aliança Renovadora Nacional – partido governista) seguiram a mesma cartilha supostamente
“desenvolvimentista” ditada em âmbito Federal. Como foi o caso de Virgílio Távora no Ceará.
A alternativa “a” lista os acontecimentos mais relevantes durante o governo de Virgílio Távora.
Letra a.

036. (CETREDE/PREFEITURA DE JUAZEIRO DO NORTE/AUXILIAR DE SERVIÇOS FÚNE-


BRES/2019) Padre Cícero Romão é considerado a grande personalidade de Juazeiro do Norte.
Analise as afirmativas sobre ele.
I – Após a morte de seu pai a família passou por dificuldades financeiras e somente com a
ajuda do seu padrinho de crisma o Coronel Antônio Luiz Alves Pequeno ingressou no Seminário
da Prainha em Fortaleza.
II – Foi ordenado no dia 30 de novembro de 1870.
III – Conseguida a independência de Juazeiro, em 22 de junho de 1911, Padre Cícero foi no-
meado Prefeito do recém-criado município. Além de Prefeito, também ocupou a Vice- Presidên-
cia do Ceará.
IV – Padre Cícero morreu no dia no dia 20 de junho de 1937, aos 91 anos. Ainda hoje, uma
grande multidão de romeiros, vinda de diversos lugares do Nordeste, visita o túmulo do padre
na Capela do Socorro.
Marque a opção que apresenta as afirmativas CORRETAS.
a) I – II – III – IV.
b) II – III – IV.
c) I – III – IV.
d) I – II.
e) I – IV.
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Apenas as afirmativas “I” e “II” são verdadeiras. O padre Cícero Romão, popularmente chama-
do de “Padim Ciço” ingressou no Seminário da Prainha, em Fortaleza, após receber ajuda de
seu padrinho. Padre Cícero foi ordenado em 30 de novembro de 1870. As demais afirmativas
estão ERRADAS pois, Padre Cícero morreu no ano de 1934, aos 90 anos e, embora tenha sido
de fato o primeiro prefeito de Juazeiro do Norte, ele não foi “Vice-Presidente” do Ceará, e sim
“Vice-Governador” do Ceará.
Letra d.

Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor
concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.

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