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O STJ é um tribunal criado a partir da constituição federal de 1988, com o objetivo de

responsabilizá-lo em uniformizar a interpretação da lei federal em todo o Brasil, ou seja,


o STJ foi criado para resolver e guiar o modo de como as leis são interpretadas, como
um órgão que resolva as diferentes interpretações sobre um determinado dispositivo de
lei.
Dessarte, o STJ como órgão do poder Judiciário, tem como função principal a proteção
das leis federais, com o objetivo de, com suas decisões, sanar divergências (de
interpretações da lei) entre os tribunais regionais federais e os tribunais estaduais,
buscando com que os mesmos regularizem seus entendimentos sobre determinado
assunto.
Ressaltando que, o STJ não soluciona casos que envolvam matérias constitucionais,
bem como da justiça especializada, assim os recursos especiais são o principal tipo de
processo julgado pelo STJ. Com isso, o Superior Tribunal de Justiça versa sobre temas
civis e criminais, onde o mesmo é dotado de competências para realizar atos, estando
previstas principalmente no art.105, da Constituição Federal Brasileira.
Assim, para atender as suas diligências, o STJ se organiza internamente por seus
respectivos ministros, dessa maneira o STJ é composto por, no mínimo, 33 (trinta e três)
ministros, nomeados pelo Presidente da República. Para isso, os mesmos devem seguir
critérios exigidos pelo ordenamento jurídico, ou seja, para ser ministro do Superior
Tribunal de Justiça, é exigido que sejam brasileiros (natos ou naturalizados) como mais
de 35 (trinta e cinco) anos e menos de 65 (sessenta e cinco) anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada, sendo aprovados por maioria absoluta no Senado Federal.
Com a observância do art. 104 incisos I e II do parágrafo uni. que diz:

I - Um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre


desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo
próprio Tribunal;

II - Um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério


Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente,
indicados na forma do art. 94.

Dessa maneira, dentro do STJ existem sessões parlamentares, sendo ao todo 3 (três)
sessões especializadas. Dentro de cada especialidade, elas julgam mandados de
segurança, reclamações e conflitos de competência, são responsáveis também pelo
julgamento de recursos repetitivos.
Cada sessão reúne ministros de duas turmas (também especializadas). Vale ressaltar que
as sessões são compostas por 10 (dez) ministros e as turmas por 5 (cinco) ministros
cada. Há uma diferença quanto ao conteúdo abordado nas turmas, pois nas mesmas são
julgados os recursos especiais sem caráter repetitivo, habeas corpus criminais, recursos
em mandado de segurança, entre outros tipos de processo.
Por conseguinte, após falarmos da composição do STJ, não poderíamos deixar de
mencionar o presidente do STJ, com isso de acordo com a publicação feita pelo site do
STJ, a atual presidente do Superior Tribunal de Justiça é a ministra Maria Thereza de
Assis Moura e o ministro Og Fernandes nos cargos de presidente e vice-presidente da
corte. Com isso, o (a) presidente (a) dirige o Conselho da Justiça Federal (CJF), que é o
órgão responsável por promover a integração das instituições que compõe a Justiça
Federal.
Dessarte, como o presidente é quem dirige o CJF, o mesmo é responsável por realizar as
ações desse conselho, que são desde a supervisão orçamentária e administrativa, como
também promover a integração e o aprimoramento da Justiça Federal, ressaltando que a
sua estratégia a fim de alcançar esses objetivos, é dinâmica, e assim suas atribuições
igualmente devem ser, sempre evoluindo, a fim de que os seus resultados sejam
adequados ao alcance da visão de futuro da instituição.
Desse modo, o ordenamento jurídico aborda sobre competências para que o Superior
Tribunal de Justiça exerça suas diligências, essas competências são chamadas de
“competências originárias”, onde o STJ será em primeira instância a julgar os atos
previstos, no artigo citado anteriormente, como por exemplo: processar e julgar nos
crimes comuns Governadores dos Estados, entre outras competências que serão
explanadas a seguir. As competências originarias do STJ estão dispostas nos incisos do
art.105, CRF, que aborda sobre os temas que serão julgados ou analisados pelo STJ
originalmente, ou seja, em primeiro grau, não sendo objeto de recurso para o mesmo.
Assim, entre as principais competências temos:

I - Processar e julgar, originariamente:

a) Os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, nos crimes comuns, bem como
os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal;
c) Os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer uma das pessoas citadas
na alínea “a”, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de
Estado ou Comandante de algumas das forças brasileiras, ressalvada a competência
Eleitoral;
e) As revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
i) A homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas
rogatórias;

Il - julgar, em recurso ordinário:

a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais


Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a
decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando
denegatória a decisão;

III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância,


pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito
Federal e Territórios, quando a decisão recorrida;
O STJ é responsável, de acordo com a EC n°45/04, pela administração da Justiça
Federal, por meio do Conselho da Justiça Federal, o qual é responsável pela fiscalização
dos trabalhos e juntamente com ENFAM (Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados), que é responsável pela organização dos cursos
oficiais relativos ao ingresso e promoção dos magistrados.

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