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SEJA UM SHELBY

"FRIO E GENIAL"

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EDITORA WEBER
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 03

ORIGEM DOS SHELBY 08

THOMAS SHELBY 16

FILOSOFIA SHELBY 21

INTELIGENCIA EMOCIONAL 21
O PODER DO SILÊNCIO 43
COMPORTAMENTO SOCIAL 51

SEJA UM SHELBY 63
ESTOICISMO 65
INTRODUÇÃO

Você está aqui por um desses motivos.

Primeiro: Você admira a personalidade do famoso


personagem, Thomas Shelby.

Segundo: Você deseja ter os traços de personalidade


dele.

Se você respondeu “sim” para pelo menos um desses


motivos, esse e-book pode ajudar você.

Vivemos atualmente em uma sociedade onde os


homens estão cada vez mais fragilizados, perdidos,
fracos mentalmente e de condutas impróprias.

A grande maioria desses homens não conseguem ao


menos se definir, pergunte-se: Quais os meus valores?
Qual a minha essência? No que acredito? Poucos
saberão responder essa pergunta.

A nova geração vem se destacando como a mais


fraca, fragilidade masculina, comodismo, imediatismo,
desequilíbrio emocional e intolerância reinam nos
tempos modernos, mas por quê?
Os pais da nova geração vieram de tempos difíceis,
tanto financeiramente como emocionalmente. O país
viveu momentos delicados de ditadura militar,
transição para democracia, um Brasil sem
perspectivas positivas e muito menos tecnologia que
os permitissem sonhar.

Muitos pais dizem que os seus filhos terão tudo o que


eles não tiveram, que não passarão pelo que eles
passaram, o que é completamente normal vindo de
um pai, só há um detalhe nisso tudo, isso teria que ter
um data de validade.

O erro de muitos pais, foi de facilitar demais a vida dos


filhos, não houve freio nessa tentativa errônea de não
deixar que seus filhos passem pelo pior, no entanto
isso se estendeu demais, muitos meninos
permaneceram meninos e não homens e muitas
meninas continuaram meninas e não mulheres.

É muito difícil você tentar impedir uma viagem já em


curso, é mais simples você impedi-lá logo no
planejamento e esse foi o erro, a permissão de uma
vida "melhor" para os filhos virou o tormento de uma
sociedade que se tornou doente.
Não é apenas culpa desses pais que queriam o
"melhor" para os filhos, não é justo despejar toda a
culpa dessa geração nos pais.

Essa geração desenvolveu aquilo que chamo de,


"demônios de paradigmas", eles criam resposta para
tudo aquilo que for contra o que eles pensam, não são
auto responsáveis, terceirizam problemas, usam muito
o "eles" fizeram aquilo, "elas" estão erradas, sempre
apontando erros e justificando o injustificável, já que a
nova geração é a que mais teve em mãos tecnologias
como: acesso fácil a internet, celular, smartphones,
acesso a livros, e-books como em nenhum outro
momento na história da humanidade tivemos.

O mundo diminuiu do ano 2000 pra cá. Hoje você sabe


o que acontece nos EUA em tempo real, hoje
assistimos guerras pelos telejornais, a internet
aproximou o mundo demais.

A geração do "mimimi" vai continuar, no entanto é tão


repugnante, asco, muitos traços que eles possuem
que as pessoas começaram a perceber, pararam de
passar a mão na cabeça e começaram a questioná-los,
e para surpresa de todos, eles mal tinham motivos.
A vida do Thomas Shelby não é um exemplo a ser
seguido, o que podemos tirar e tomar posse são as
suas características, tais como: Inteligência emocional,
postura, comportamento social, feeling com mulheres,
persuasão.

Essas características, se usadas da maneira correta,


transformam homens comuns em super homens,
dispostos a mudar suas vidas para melhor, aprender a
lidar com a dor, a ter postura nos momentos difíceis,
se controlar em momentos caóticos, saber ler uma
mulher e poder tê-las com naturalidade.

Assim como Thomas Shelby, outros personagens se


destacam pela auto confiança, inteligência e auto
estima elevada, Harvey Specter, Jax Teller, Don Draper,
são personagens com personalidades totalmente
diferentes, mas se sobressaem por terem qualidades
que elevam sua masculinidade ao máximo.

A parte mais difícil de mudar não é você aprender algo


novo e sim você desaprender o que foi te ensinado e
se modelar da forma correta, mudando sua
mentalidade e se tornando o cara mais foda a cada dia
que passa.
THOMAS
SHELBY
ORIGEM DOS SHELBY

No começo do ano de 1890 a Inglaterra era


fortemente dominada por uma onda crescente de
violência devido a uma grave crise econômica, que
levava muitos pais e mães de família a atividades
ilegais.

No entanto, com o tempo, ataques violentos e furtos


passaram a fazer parte de um sistema hierárquico,
feito presente através da criação de gangues
compostas por homens de 12 a 30 anos de idade.

Sem ver outras alternativas além de desafiar o sistema


britânico, uma das gangues surgiu devagar no final de
1890, intitulada de Peaky Blinders, sob a liderança de
um rapaz chamado Kevin Mooney.

Para despistar as autoridades, Kevin constantemente


mudava o seu nome real e inventava pseudônimos,
sendo um deles o de Thomas Gilbert, o que
possivelmente inspirou a criação de "Thomas Shelby".
À medida que a cultura de gangues de jovens
começou a dominar as ruas de Birmingham, áreas
inteiras ficaram sob o controle dos grupos, com
“grilagem de terras” uma fonte comum de rivalidade
entre gangues. Mooney foi um grande instigador
dessas atividades e logo os Peaky Blinders se
tornaram uma entidade singular, operando em áreas
e comunidades favoráveis ​em Birmingham.

A região de Cheapside e Small Heath era um alvo


principal e envolvia a competição de outros gângsteres
conhecidos como “Cheapside Sloggers”, que estavam
ansiosos para colocar as mãos na área.

Este grupo em particular já havia ganhado


notoriedade por suas atividades de luta de rua em
alguns dos bairros mais pobres. Como principais
rivais, as “batalhas por território” tornaram-se comuns,
uma forma de discernir o poder e o controle em certos
locais, ao mesmo tempo em que afirmam os limites
territoriais ditados e compreendidos pela zona
criminosa da cidade.

Um dos principais fatores que precipitaram sua


ascensão ao poder foi que muitas figuras importantes,
por exemplo, nos negócios, na lei e em outros lugares
recebiam seus salários, permitindo assim um
crescente desprezo pela criminalidade que sabiam
que dificilmente enfrentaria punição.
Em 1899, houve tentativas de controlar sua atividade
instalando um policial irlandês em Birmingham, a fim
de obter maiores níveis de aplicação da lei na área.

Essa tentativa, entretanto, teve vida curta e foi


imprudente, considerando a cultura mais ampla de
corrupção dentro da própria força policial.

Os Peaky Blinders, sabendo que o suborno compraria


o silêncio, continuaram suas atividades relativamente
desimpedidos, enquanto a eficácia da polícia diminuiu
consideravelmente.

A violência e o suborno permitiram aos Peaky Blinders


um enorme controle na área. Economicamente,
politicamente e socialmente, os Peaky Blinders deram
as cartas e ditaram as decisões. Culturalmente, eles
estavam dominando a área.

Como um grupo, os Peaky Blinders entraram na esfera


da cultura popular não apenas por meio de suas
negociações criminosas, mas também por meio de seu
notável estilo e senso de vestir. Os membros do grupo
adotaram um estilo característico que incluía um boné
achatado (que se acredita ser a origem de seu nome),
botas de couro, coletes, jaquetas feitas sob medida e
lenços de seda. A gangue criminosa adquiriu uniforme
e também hierarquia.
Esse estilo distinto foi eficaz em muitos aspectos. Em
primeiro lugar, chamou muita atenção e os separou
de outros gângsteres. Em segundo lugar, as roupas
demonstravam poder, riqueza e luxo, inacessíveis para
outras pessoas ao seu redor. Isso se estendeu aos
membros da família da gangue, incluindo esposas e
namoradas que podiam pagar por roupas caras em
comparação com seus inimigos. Finalmente, a luxuosa
forma de se vestir foi uma demonstração de desafio
contra a polícia, que poderia identificá-los facilmente,
mas permaneceu relativamente impotente ao mesmo
tempo.

A gangue conseguiu controlar Birmingham e exercer


sua vontade por quase vinte anos, em um dos maiores
empreendimentos criminosos do século XIX. Como
parte de sua expansão, eles ampliaram seu portfólio
criminal para incluir contrabando, roubo, suborno,
formação de esquemas de proteção, fraude e também
sequestro.

Embora participando de uma série de atividades, sua


especialidade permaneceu no crime local de rua,
como roubos e agressões.
Alguns dos indivíduos mais conhecidos incluíam Harry
Fowles, também conhecido como "Harry com cara de
bebê", que estava preso por roubo em outubro de
1904.

Outros membros também presos na mesma época


incluíam Stephen McNickle e Earnest Haynes, embora
seus a punição durou apenas um mês e então eles
voltaram para a rua.

Os registros policiais de Midlands mostram uma série


de prisões por atividades que vão desde assalto,
roubo e, no caso de David Taylor, porte de arma de
fogo aos treze anos. A aplicação da lei achou difícil
manter o controle das atividades em expansão e dos
diferentes membros do grupo.

O grupo atingiu o auge de suas atividades no início do


século XX, após dominar a cena criminal em
Birmingham por vários anos.

Eles logo chamaram alguma atenção indesejada dos


“Birmingham Boys”.

A expansão do território dos Peaky Blinders,


especialmente em pistas de corrida, levou a uma
escalada de violência que foi recebida com fúria por
gângsteres rivais.
Posteriormente, as famílias dos membros se
mudaram do centro de Birmingham e de suas ruas,
optando por viver no campo, favoravelmente distante
da principal fonte de violência.

Com o tempo, os Peaky Blinders foram usurpados por


outra gangue com fortes afiliações, afirmando seu
controle político e cultural em Midlands.

Os Birmingham Boys liderados por Billy Kimber


tomariam seu lugar e dominariam a cena do crime até
que eles também fossem derrotados por outra
rivalidade, a gangue Sabini que assumiu o controle na
década de 1930.

A notoriedade e o estilo da gangue deram a eles


grandes níveis de atenção; sua capacidade de exercer
controle, desrespeitar a lei e exibir seus ganhos
continua a ser um fenômeno cultural e histórico que
chama a atenção hoje.

Enquanto o poder dos Peaky Blinders enfraqueceu


com o tempo, sua fama e histórias vivem na cultura
popular.
THOMAS SHELBY

Thomas Michael 'Tommy' Shelby é filho de Arthur e


Sra. Shelby, irmão de Arthur , John , Ada e Finn Shelby ,
pai de Charles e Ruby Shelby , além de ser marido de
Grace (primeira esposa) e Lizzie Shelby . Ele é o líder
da gangue criminosa de Birmingham, os Peaky
Blinders e o patriarca da Família Shelby .

Por vir de uma família desestruturada ele teve


dificuldades de criar laços emocionais, manteve sua
vida em grande parte silenciosa, pois sua família era
invisível para a sociedade.

Durante a guerra Thomas viu a oportunidade única de


conquistar algo, ser reconhecido, elevar o nome da
sua família, e as mais altas condecorações que ele
recebeu preencheram o vazio de ser rejeitado em
grande parte da sua vida.

Thomas serviu na Primeira Guerra Mundial com o


posto de Sargento-Mor e foi condecorado por bravura.

Suas experiências na Primeira Guerra Mundial o


deixaram desiludido e atormentado por pesadelos
contínuos, e ele se tornou determinado a levar o nome
de sua família para o mundo.
Thomas Shelby e seus irmãos são ciganos de ambos
os lados da família. É dito por várias vezes por sua tia,
Polly, irmã de seu pai e pelo próprio Thomas, quando
ele afirma na 1ª temporada que a família Lee é
parente da família Shelby por parte de sua mãe.

Pode-se concluir que talvez os pais de Thomas sejam


parcialmente ciganos, também está implícito que eles
têm ascendência irlandesa Traveller, já que Polly
menciona que, ao lado do Romani, eles não deveriam
falar Shelta com Karl Thorne , que é a língua falada por
viajantes irlandeses.

Shelby estava apaixonado por uma garota chamada


Greta Jurossi antes da Primeira Guerra Mundial, como
afirma Jessie Eden . Gretta adoeceu e Thomas ficou ao
lado dela por três meses antes que ela falecesse e ele
fosse para a guerra.

Está claro que houve uma mudança drástica de


personalidade antes e depois de suas experiências na
Primeira Guerra Mundial , a qual ele era um Tunneller
ou Sapper (um voluntário que cavava túneis
traiçoeiros secretamente, a fim de colocar uma
enorme quantidade de explosivos sob as linhas
inimigas, um tática usada várias vezes na guerra com
um efeito devastador) .
Após a guerra, ele começou a apresentar sintomas de
transtorno de estresse pós-traumático .

Shelby é mostrado como um membro dos Small


Heath Rifles no posto de sargento-mor, um sub-oficial
encarregado do bem-estar, moral e treinamento de
toda a unidade (todos os outros sargentos e cabos
respondem a ele, bem como aos atuais comandantes).

Sua conduta impecável neste papel (tornada ainda


mais difícil por causa de sua juventude na época)
rendeu-lhe respeito inabalável tanto de membros de
sua unidade quanto de outros veteranos e o tornou
grande em reputação nas ruas.

Quanto à sua herança, Thomas afirma que é parente


da família Lee por parte de sua mãe e Johnny Dogs
afirma que o avô de Thomas era um "rei",
provavelmente um Rei dos Ciganos. Ele é o segundo
dos irmãos Shelby.

Shelby é um ex-soldado britânico e seu histórico de


guerra afirma que ele lutou bravamente na Batalha de
Verdun e na Batalha de Somme . Suas ações em Mons
supostamente salvaram milhares de vidas aliadas,
pelas quais ele recebeu medalhas de honra após a
guerra, incluindo a Medalha Militar e a Medalha de
Conduta Distinta .
FILOSOFIA SHELBY

São apenas 3 pontos fortes que fazem a filosofia de


Thomas Shelby dar tão certo e não só na série, na sua
vida também, são conceitos que qualquer pessoa
pode usar, com inteligência é claro.

Inteligência Emocional

Dentro dessa característica Thomas é perfeito, ele usa


3 pontos muito fortes que são: o princípio da não
reatividade, poder do silêncio e comportamento social.

Pode parecer estranho a gente tentar usar isso no dia


a dia, no entanto existem situações que você precisa
aprender a lidar e você só lida bem com elas quando
entende o que essas três características significam.

O princípio da não reatividade é utilizado pelo Thomas


em quase todas as situações, pois ele é um gângster e
precisa manter a compostura e não reagir as
provocações sendo isso o grande problema, ele é
provocado o tempo inteiro.

Pessoas comuns passam por situações tensas com


chefes, discussões, reuniões e qual sua postura diante
delas? Elas dizem muito sobre você.
Primeira mulher de Thomas - Greta Jurossi
Se tratando do Thomas é mais fácil e não pode haver
comparações, ele veio de uma guerra onde matou
milhares e viu morrer milhares de companheiros, uma
infância traumática e perdeu um amor antes de ir pra
guerra. Então todo o traço frio e calculista do Thomas
veio de traumas e situações que pessoas comuns não
passam, pelo menos não com todas elas juntas assim.

As situações tensas vividas em grande parte da sua


vida o tornaram uma pessoa ponderada, equilibrada
porque ele sabe o quão devastador é uma reação não
calculada.

Quando você é provocado e reage, você demonstra


pra essa pessoa que ela está no controle, agora
quando você reflete e dá uma resposta branda ou
apenas se mantém em silêncio, você vence.

Uma pessoa reativa se torna passional pois perde a


autonomia sobre si, ficando refém da circunstâncias.

É fácil você perceber uma pessoa assim, ela possui


essas características:
- Agir impulsivamente;
- Perda de controle sobre suas emoções;
- Melindrar-se com facilidade;
- Explosão emocional;
- Se indispor constantemente com amigos e familiares;
- Afetividade vinculada à sua reatividade;
- Se chatear com críticas;
- Pouquíssima tolerância à frustração;
- Dificuldade em ouvir uma opinião contrária (sempre
interrompe a pessoa antes dela terminar)
- Desfaz laços de amizades caso algo lhe desagrade;

A reatividade é um mecanismo de defesa que deriva


do medo.

O reativo é um medroso que, por insegurança, ataca


para se defender.

Isso é bem evidente nas atitudes dos irmãos do


Tommy, Arthur e Jon. Eles durante grande parte da
série optam pela reação agressiva e ás vezes extrema.

Tommy teve algumas reações, no entanto avaliando o


contexto delas é percebido que não haveria tantos
riscos.
Uma das cenas mais fortes do seriado é quando o
filho do Thomas Shelby é raptado pelo padre, fica
evidente o ponto fraco do Thomas, sua família e
naquele momento o seu filho.

Segundos após o sumiço ele tem reações


aparentemente desesperadas com até mesmo o seu
irmão Arthur pedindo para ele se acalmar. No entanto
logo em seguida que ele é abordado e levado ao carro
onde estava o padre que havia raptado seu filho,
temendo qualquer represália que colocasse a vida do
seu filho em risco ele se propõe a fazer tudo o que o
padre pede, só que aquele momento o Thomas já
sabe que seu filho está bem e que a situação está mais
controlada pois só depende dele e do plano que ele
elaborou para salvá-lo e cumprir todos as regras
impostas pelo padre e sua laia.

Na vida real só uma pessoa muito bem treinada daria


conta dessa pressão mental absurda onde a vida de
alguém que você ama depende de você.

Levando para o lado corporativo, relacionamentos,


comercial, existem milhares de situações onde você
precisa pensar sob pressão e tomar atitudes que
definiriam seu futuro e nesse ponto raras pessoas
conseguem.

Como controlar nossas emoções?


Um casal chamado Louis e Nina, pais dedicados e
apaixonados por sua filha Andrea, de 11 anos, que foi
confinada a uma cadeira de rodas devido a paralisia
cerebral. A família viajava em um trem que durante o
percurso caiu em um rio, depois que um dos trilhos se
soltou e abalou as estruturas da ponte rodoviária, em
uma região isolada em Louisiana nos EUA.

Quando a água começou entrar rapidamente no trem,


o casal, pensando primeiro na filha, fez o que pode
para salvar Andrea; conseguiram entregá-la, através
de uma das janelas, para uma equipe de resgate. E
morreram, quando o vagão afundou.

O que essa história nos ensina sobre emoções?

Essa história da Andrea, de pais, que no último ato


heroico foi o de assegurar a sobrevivência da filha,
capta o momento de coragem mítica.

No ponto de vista científico isso se chama, auto-


sacrifício dos pais a serviço do sucesso reprodutivo
das futuras gerações da sua família.

Mas da perspectiva de um pai que em um momento


de desespero, toma uma decisão como essa, trata-se
simplesmente de amor.
Como se fosse uma intuição do objetivo e da força das
emoções, o ato heroico dos pais atesta o papel que
exercem na vida humana, o amor altruístico e as
demais emoções que sentimos.

Isso indica que nossos mais profundos sentimentos,


as nossas paixões e anseios são condutas essenciais e
que nossa espécie deve grande parte de sua existência
à força que eles emprestam nas questões humanas.

Essa força é extraordinária: só um amor tão forte


como o dos pais com a filha, foi capaz de fazê-los
esquecer o instinto de sobrevivência.

Do ponto de vista intelectual e frio, esse auto-sacrifício


foi irracional. Sob a ótica do coração era a única ação
a ser tomada.

Isso explica muito o porque da reação dos membros


dos Peaky Blinders, quando se trata de proteger um
dos deles, as reações são muitas vezes irracionais e
absurdas, com Thomas Shelby se destacando e
colocando a cabeça pra pensar enquanto o caos
estava instalado no emocional dos outros.

Todas as vezes que Thomas perdeu o controle foram


com ações relacionadas a vida das pessoas que ele
"ama" e que estão sob sua responsabilidade.
Todas as emoções são, em essência, impulsos herdados,
para uma ação imediata, para planejamentos rápidos
que visam lidar com a vida.

A própria raiz da palavra emoção é do latim movere -


"mover"- acrescida pelo prefixo "e" que significa
"afastar-se", o que indica que em qualquer emoção está
implícita uma propensão para agir de imediato.

Sentimentos humanos mais comuns:

Raiva: o sangue flui para as mãos, tornando mais fácil


sacar uma arma ou golpear um inimigo; os batimentos
cardíacos aceleram-se e uma onda de adrenalina gera
pulsação, energia suficientemente forte para uma
atuação rápida e vigorosa.

Medo: o sangue corre para os músculos do esqueleto,


como os das pernas, facilitando a fuga; o rosto fica
gélido, branco já que o sangue lhe é subtraído. Ao
mesmo tempo, o corpo imobiliza-se, ainda que por um
breve momento, talvez para permitir que a pessoa
considere a possibilidade de, em vez de agir, fugir e se
esconder.

Felicidade: causa uma das principais alterações


biológicas. A atividade do cérebro é aperfeiçoada, o que
inibe sentimentos negativos e favorece o aumento da
energia existente, silenciando aqueles que geram
pensamentos de preocupação. No corpo não tem
muitas alterações, apenas tranquilidade, total
relaxamento.
Surpresa: o erguer das sobrancelhas proporciona uma
varredura visual mais ampla, e também mais luz para a
retina. Isso permite que obtenhamos mais informação
sobre um acontecimento que se deu de forma
inesperada, tornando mais fácil perceber exatamente o
que está acontecendo e criar o melhor plano de ação.

Repugnância: em todos a expressão de repugnância se


assemelha e envia a mesma mensagem: alguma coisa
desagradou ao gosto ou ao olfato, real ou
metaforicamente. A expressão facial de repugnância - o
lábio superior se retorcendo para o lado e o nariz se
enrugando ligeiramente, sugere uma tentativa
instantânea de tapar o nariz parar evitar um odor nocivo
ou cuspir algo desagradável.

Tristeza: uma da suas principais funções é a de


propiciar um ajustamento a uma grande perda, como a
morte de alguém ou uma decepção significativa. A
tristeza acarreta uma perda de energia e entusiasmo
pelas atividades da vida, em particular por diversões e
prazeres. Quando a tristeza é profunda, aproximando-se
da depressão, a velocidade metabólica fica reduzida e
cria a oportunidade para que seja lamentada uma
perda ou frustração, para captar suas consequências
para a vida e para planejar um recomeço quando a
energia retorna. É possível que essa perda de energia
tenha tido como objetivo manter os seres humanos
vulneráveis em estado de tristeza para que
permanecessem perto de casa, onde estariam em maior
segurança.
Uma grande dificuldade das pessoas está em não
identificar os sentimentos comuns e por não identificar,
eles não sabem como agir e ficam confusos. Confusão
traz paralisia, a pessoa não sabe como se portar.

Nós temos dois tipos de mentes: racional e emocional.

Esses dois modos fundamentalmente diferentes de


conhecimento interagem na construção de nossa vida
mental. Uma mente racional é o modo de compreensão
de que, em geral, temos consciência: é mais destacado
na consciência, mais atento e capaz de ponderar e
refletir. Mas, além desse, há um outro sistema de
conhecimento que é impulsivo e poderoso, embora às
vezes absurdo, a mente emocional.

Qual dessas duas mentes predominam a cabeça do


grande Thomas Shelby? A racional é claro, por isso ele
tem tanto auto controle. Mas isso não exclui em
definitivo seu lado emocional, ele simplesmente sabe o
anular bem.

Essas duas mentes, emocional e racional, na maior parte


do tempo operam em estreita harmonia, entrelaçando
seus modos de conhecimento para que nos orientemos
no mundo. Em geral, há um equilíbrio entre as mentes
emocional e racional, com a emoção alimentando e
informando as operações da mente racional, e a mente
racional refinando e, às vezes, vetando a entrada das
emoções
Quando se trata de nós, pessoas comuns que desejam
ter uma mentalidade absurdamente acima da média,
sem ter tido experiências de guerra, grandes traumas
emocionais ou percas dolorosas, o que precisamos
fazer?

A resposta é, criar consciência de poder. E como fazer?


Alterando sua forma de pensar até que ela se torne
simples como beber um copo com água.

Ai entramos em um outro tema chamado paradigmas.

Um paradigma é essencialmente uma visão particular


do mundo. Ou seja, uma estrutura mental composta por
metodologias, experiências e teorias utilizada para
formação da realidade e seus acontecimentos no
pensamento dos seres humanos.

Em outras palavras, quando um conjunto de elementos,


crenças, técnicas e/ou valores são aceitos por você ele
se torna um paradigma.

Exemplos de paradigmas:

- Crenças em Deuses;
- Quem é rico, é pilantra;
- Dinheiro é sujo;
- Você é pobre! Nunca vai ser ninguém;
- Você é gordo e vai morrer sozinho.
Os paradigmas fazem parte do nosso cotidiano e são tão
naturais que quando percebemos o resultado é tomar
ações baseadas naquilo que acreditamos através delas.

É tão nocivo quanto veneno e destrói sonhos, amores,


projetos, vida social.

Você só pode e consegue se tornar uma pessoa acima


da média quando você identifica quais seus paradigmas,
valores que você carrega e se eles são de fato o que
estimulam você positivamente, caso contrário exclua.

A maneira habitual de pensar e formar imagens mentais


modela, configura e cria seu destino. Assim como o
homem pensa em sua mente, assim ele é.

Por que uma pessoa está triste e a outra feliz? Por que
uma vive alegre e próspera e a outra pobre e sofredora?
Por que uma está assustada e ansiosa e a outra
transbordante de fé e confiança? Por que alguém tem
uma casa bela, luxuosa, enquanto outra leva uma vida
pobre ?

Mudanças de paradigmas é a resposta, o cérebro ele


funciona como milhões de gavetas e nessas gavetas
você armazena o que você aprendeu quando começou a
escutar e racionar tudo o que se passava ao seu redor,
tudo que você viu e escutou está armazenado nessas
gavetas, agora me diz, o que tem nas suas gavetas?
A mudança é de dentro pra fora, você não muda
comprando um carro do ano e demonstrando para
outras pessoas o quão bem sucedido você é, você
muda quando cria a consciência que, em sua conta
corrente, você pode ter o carro que quiser e não
simplesmente pelo ato de ter e mostrar, e nisso,
muitas pessoas pecam.

O pensamento correto é "Ser para ter e não Ter para


ser".

Então como criar novos paradigmas e se tornar uma


pessoa com valores, hábitos e comportamentos bem
definidos?

O primeiro passo consiste em lidar com a necessidade


de rever e mudar a maneira de pensar, agir,
comunicar, inter-relacionar-se e de criar novos
significados para a sua vida.

Mudar envolve você e meio que você vive e o maior


obstáculo à mudança está dentro de nós mesmos, na
forma de perceber o mundo à nossa volta, quer como
ameaça ou oportunidade.

Você vai precisar apenas de papel, caneta e repetições,


ações simples e resultados gigantescos.
Frases como:

- Eu não posso;
- Eu não consigo;
- Nunca tenho dinheiro;
- Sou feio;
- Ninguém me quer;
- Sempre vou ser pobre;
- Odeio minha vida;
- Nunca vou ter esse carro;
- Ela nunca vai me olhar;
- Sou pequeno e ninguém me respeita.

São frases que você precisa abominar e excluir


definitivamente da sua vida, esses paradigmas
instalados na sua mente subconscientes ditam a
forma com que a sua vida está hoje, você precisa
substituir de forma inteligente e ter paciência, pois por
anos você obteve esses pensamentos e não será em
poucos dias que você vai mudar, mas acredite as
mudanças ocorrem, grandes homens da nossa
história mudaram sua forma de pensar e viram a sua
vida mudar.

Exemplo de um paradigma criado por uma mulher


que descobriu que estava com câncer:
" Meu corpo e todos os seus órgãos foram criados por
Deus. Ele sabe como me curar. Sua sabedoria modelou
todos os meus órgãos, tecidos, músculos e ossos. A
presença curadora infinita que existe em mim está neste
momento transformando cada célula de meu ser,
tornando-me inteiro e perfeito. Sou grato pela cura que
sei que está acontecendo neste momento. Maravilhosas
são as obras da inteligência criadora em mim existente"

Durante 15 minutos, duas ou três vezes por dia, ela


repetiu em voz alta essa frase simples que se tornou
um paradigma que ajudou na cura dessa doença
terrível.

E se você não crê em Deus, mas crê que existe algo


superior, por exemplo: Inteligência infinita, ser
superior, você pode substituir na frase, o que mais
importa é a repetição com desejo de mudança.

Talvez agora o seu maior problema seja acreditar


nisso e que isso funcione, e não sou eu que afirmo
que sim, isso funciona, nem os centenas de cientistas
de física quântica, estudo da mente subconsciente e
milhares de teses das maiores universidades do
planeta, e sim você, tudo começa e termina na crença
e desejo de querer mudar.

Vou citar outros exemplos de frases que se tornaram


paradigmas mudaram e curaram pessoas mundo
afora.
"Eu sou completo, perfeito, forte, poderoso, amoroso,
harmonioso e feliz."

Essa era a frase de Andrew Pott um adolescente que


convivia com uma doença que atrofiava seus músculos
o tornando incapaz de andar e tinha que se arrastar
sobre mãos e joelhos.

Ele repetiu isso todos os dias antes de dormir com


uma fé absurda e a certeza de que algo bom ia
acontecer, no decorrer de meses o seu corpo foi
sendo modificando e ele voltou a ter força suficiente
para andar e viver uma vida comum.

A frase seguinte é dita por pessoas no mundo todo


que tiveram suas vidas financeiras transformadas, elas
criaram consciência de riqueza e no decorrer dos
anos, tudo caminhava para que elas pudessem obter
mais e mais.

"Gosto de dinheiro, eu o adoro. Eu o uso de forma sábia,


construtiva e sensata. O dinheiro circula constantemente
em minha vida, Eu o gasto com alegria, e ele me volta
multiplicado, de uma maneira maravilhosa. Dinheiro é
bom, muito bom. O dinheiro flui através de mim em
avalanches de abundância. Só o uso para o bem, sou
grato pelo bem que ele me faz e pelas riquezas da minha
mente."
Você deve está pensando, o que isso tem a ver com a
mentalidade Shelby? E eu respondo, TUDO.

Você tem apenas duas opções para se tornar um cara


bem sucedido, frio, equilibrado e inteligente
emocionalmente.

A primeira é você passar por todos absurdos que o


Thomas Shelb, que é um personagem, passou e ter
poder para superá-los.

A segunda é você mudar seus paradigmas e primeiro


ter um sucesso particular onde você domina suas
emoções para depois você ter um sucesso público
onde fica visível de forma natural a sua mudança.

O mais difícil é realmente colocar em prática, mas em


todos esses anos o que você tem feito? O que você
tentou de forma exaustiva para mudar? Talvez nada,
talvez até tentou de forma displicente e irresponsável,
como normalmente muitas pessoas fazem.

O seu maior desafio não é família, amigos, inimigos,


politica, o seu maior desafio é sua mente, o desejo
ardente e insano de querer ser alguém melhor e ter
inteligência emocional vai te ajudar muito nisso.

Anote agora mesmo novos paradigmas que você


deseja ter para o restante da sua vida e os repita
SOZINHO pelo menos 3x por dia e veja sua vida
mudar.
O PODER DO SILÊNCIO

Pessoas introvertidas, solitárias, caladas, que preferem


ficar em seu canto, mesmo que pareçam satisfeitas,
são quase sempre incentivadas a se soltar mais, a
procurar amigos, a sair da toca. Tanto em casa como
na escola, elas são classificadas como envergonhadas,
retraídas, sem iniciativa, e comparadas negativamente
com colegas que parecem já ter nascido para brilhar
sob as luzes dos refletores.

O introvertido foi aquele aluno que sabia a resposta a


uma pergunta que a professora fez, mas não levantou
a mão para responder. Foi aquele que, quando havia
um teatrinho na festa da escola e o coordenador
solicitava voluntários para atuar, imediatamente
decidia que seu lugar era na plateia, e não no palco.

O introvertido foi aquele pré-adolescente que,


arrastado para uma festinha com colegas da mesma
idade, ficou sentado o tempo todo em sua cadeira,
observando os acontecimentos, enquanto os colegas
mais animados corriam, dançavam e falavam alto. Foi
aquele adolescente que aprendeu a tocar um
instrumento musical para exprimir um talento, mas
nunca cogitou se apresentar em público para mostrar
o quanto era bom.
Na vida adulta foi, e continua sendo aquele profissional
incapaz de insinuar que está fazendo um excelente
trabalho. Se o chefe notar, tudo bem. Se não, paciência. O
mundo dos que querem e precisam se sobressair não é o
mundo dele, no entanto pessoas assim já tiveram grandes
feitos no mundo, seja por suas obras, por suas ações sem
ter que elevar o tom de voz para conseguir.

O introvertido é uma pessoa sensível que se sente


confortável tendo a si mesmo como companhia (Thomás
Shelby).

Ele quer entender o que se passa a seu redor, mas não


sente a necessidade de explanar de forma alardeada ou
ansiosa seus pontos de vista. Entre um filósofo em causa
própria e um alienado social, ele se encaixa perfeitamente
na primeira definição, mas a escolha das pessoas tende a
empurrá-lo para a segunda. Porque, ao buscar líderes para
seus quadros, a maioria das empresas parece confundir
liderança com autopromoção e exuberância.

O introvertido sabe que dificilmente será o general que sai


brandindo a espada à frente de suas tropas, mas tem tudo
para ser o estrategista cujo plano garantirá a vitória na
batalha.

Valorize seu silêncio, não se compare.


Um introvertido pode eventualmente ser tímido, mas
não necessariamente é.

Tímidas são as pessoas que gostaria de mudar seu


comportamento por temerem as consequências dele
(o verbo latino timere, origem da palavra, significa "ter
medo").

Introvertidos não compartilham dessa necessidade.

Eles não sentem falta de ser o que não são, nem


qualquer receio de continuar sendo como são.

A definição de ser introvertido não é a de caminhar


sozinho o resto da vida sem criar laços, família, não é
sobre isso, é sobre valorizar que a introversão é uma
qualidade não valorizada, mas de entrega de alto valor
seja qual for a área que a pessoa introvertida venha a
se dedicar.

Enquanto os extrovertidos tendem a alcançar a


liderança em domínios públicos, os introvertidos
tendem a alcançar outras lideranças como, cientistas,
estudiosos, áreas de inteligência de diversos campos.

Líderes introvertidos excepcionais como Charles


Darwin, Patrick White, Arthur Bloyd, Bill Gates, Steve
Jobs, Jeff Bezos, Elon Musk vem mudando o futuro da
humanidade a séculos e no mundo moderno.
Thomas Shelby é um líder solitário e cercado de
pessoas, isso explica a diferença entre ser introvertido
e ser tímido, pois ele não sente vergonha de expressar
os seus princípios e valores, pelo contrário, no entanto
ele não precisa gritar aos quatro cantos do mundo
para ser escutar, sua entrega, sua ação diz muito
sobre quem ele é.

O que pode ser muito difícil pra você é perceber que


se você é uma pessoa assim, introvertida, silenciosa,
mas com a cabeça a mil, o seu valor não é menor do
que aquele cara que reúne várias pessoas ao seu
redor e é popular, pessoas mais caladas despertam
mais interesse, mas você precisa ter conteúdo.

Durante toda a série pouco se sabe sobre a vida do


Thomas Shelby, o que se sabe é que ele é ex
combatente condecorado de guerra que ganhou
medalhas por bravura.

Em muitos diálogos dele na série, nota-se que ele é


sempre o que menos fala, e quando perguntam algo
sobre a vida dele e ele responde com outra pergunta
ou sai totalmente do contexto, dando a entender que
ele não é o tipo de pessoa que expressaria qualquer
particularidade por simplesmente querer algo em
troca, ele apenas extrai o que deseja e sem
despedidas ele abandona o local, o que demonstra
que sua presença é merecida.
Muitas pessoas acham que é uma fraqueza ficar em
silêncio, porém mais erros são cometidos por tentar
falar quando não se deve do que por deixar de falar
quando deveria.

A verdade é que quanto mais você fala mais você se


expõe a riscos, mais você deixa claro para todos a sua
posição, mais exposto você se torna.

Em algumas organizações, falar demais e se expor


demais pode ser ruim em jogos de poder.

Assim como você não vai trabalhar de bermuda e


chinelo por conta do que seu cliente vai pensar, você
também deve cuidar do que fala, pois isso dirá muito
sobre você.

Entenda que falar menos que o necessário não é


sobre não falar. É sobre falar pouco, e nos momentos
corretos.

Em uma reunião de grandes debates e decisões, uma


fala expõe seu ponto de vista, e torna difícil depois
você voltar atrás.

Se falar uma besteira, fica complicado de concertar, se


falar algo que diverge da opinião de um líder, pode
gerar atritos.
Falar por último é como jogar um jogo que você já viu
a carta dos outros participantes, pois eles falaram
primeiro e lhe deram informações, assim fica mais
fácil se posicionar.

Você sabe a opinião de cada um, você já enxergou as


ideias e agora pode somar o que for valioso, além de
evitar se meter em encrencas ou falar algo errado.

Grandes líderes muitas vezes não são as pessoas mais


inteligentes da mesa. Pessoas de poder muitas vezes
estão lá porque se cercaram de outras pessoas mais
inteligentes que elas.

Saber usar a fala dos outros é uma arte que se


dominada pode lhe colocar em vantagem e lhe dar
poder.

Enaltecer boas ideias cria grandes aliados. Aliviar


erros, e pontuar pontos relevantes de uma linha de
raciocínio reforça seu valor pelas pessoas.

Muitas vezes em uma reunião sobre um tema que


você não domina, ao invés de abrir a boca para falar
qualquer coisa e aparecer, você pode atuar como um
mediador.
Valorizar a ideia de alguém, mesmo sem concordar,
mas colocar as vantagens da ideia de uma segunda
pessoa, e conectar com outras ideias já expostas.

Saber sintetizar o que todos já falaram em uma linha


de raciocínio que facilite a execução, bem como
organizar todos os pensamentos daqueles que
trouxeram suas ideias muitas vezes é mais valioso do
que as próprias ideias.

Você não acrescentou nada de novo, mas


simplesmente por organizar a informação e manter o
espírito de equipe ganhou aliados, respeito e poder.

Thomas, sempre age assim, fala pouco e é preciso ao


expor o que deseja no momento.

Isso gera confusão na cabeça da outra pessoa.

Pense bem na próxima vez antes de falar. Se estiver


na dúvida, escute mais primeiro, e só depois se
posicione.
COMPORTAMENTO SOCIAL

Vivemos em uma sociedade extremamente conectada,


e ficamos expostos a diversas informações e a pessoas
durante grande parte do tempo — no trabalho, nos
momentos de lazer com amigos e família ou nas redes
sociais.

Essa conexão e exposição demonstram a importância


da nossa imagem social, de praticarmos
comportamentos sociais adequados e de seguirmos as
regras básicas de etiqueta.

Conviver em sociedade exige capacidade de se


comunicar, se relacionar e interagir.

Como a imagem é o primeiro impacto que as pessoas


têm de nós, quanto mais ela for positiva, mais fácil
será a representação pessoal ou profissional em
determinado ambiente.

Mais do que ajudar a conquistar os seus objetivos


pessoais e profissionais, ter um comportamento
adequado e seguir regras básicas de etiqueta são
formas de respeito ao próximo.
Ao procurar uma linha histórica para os
comportamentos sociais, percebo que vários debates
construtivos são elaborados, pois o comportamento
varia de cultura para cultura, de país para país, de
região para região e até de uma cidade para outra.

Quem imagina que o comportamento social é uma


etiqueta atual, engana-se: o ser humano sempre foi
preocupado com a imagem social e pessoal que passa
para o próximo.

Por isso, quando penso em uma análise histórica,


reparo que a sociedade sempre buscou criar normas
para guiar e organizar as relações interpessoais, e
esses princípios estavam ligados à ética, à moral e ao
valor interno de cada pessoa.

Antigamente, antes mesmo da imprensa surgir na


Europa, não se usava o termo “comportamento social”
ou “etiqueta”: falava-se em “cortesia” e já existiam
manuscritos latinos, franceses, ingleses e outros que
descreviam as regras para uma boa convivência.

A ideia de cortesia provém da cultura antiga, em que


as pessoas que frequentavam ou se apresentavam à
corte deveriam demonstrar uma atitude delicada e
respeitável, e para isso, cumpriam certas formalidades
essenciais para a comunicação.
Os comportamentos sociais, assim como o próprio
nome afirma, são maneiras adequadas de se portar
em sociedade.

As normas que regem esses comportamentos são


necessárias para orientar as ações dos indivíduos em
suas relações no trabalho, em casa, em festas, em
reuniões, entre outros.

Uma regra que hoje todos aplicam sem


questionamentos é a do uso do tabaco. Em 1989
entrou em vigor a lei que proibia o fumo em locais
fechados. Na época, essa foi uma lei que impactou o
comportamento de muitas pessoas. Hoje, esse
princípio já está implícito no comportamento:
qualquer pessoa sabe que fumar em ambientes
fechados é inadequado e desrespeitoso com o
próximo.

Outros exemplos são as normas que regem o


comportamento dos alunos em escolas — elas têm a
finalidade de evitar o caos em um ambiente de
educação e ensino. No trânsito também há regras que
evitam acidentes e cuidam de vidas. Esses são
exemplos práticos de como o bom comportamento
demonstra gentileza e consideração com a vida e o
espaço do próximo.
Dentro de toda essa organização existem as normas
de comportamento social, que buscam alinhar uma
boa relação entre nós e os companheiros de trabalho,
a família e os amigos.

Esse tipo de comportamento interfere diretamente na


qualidade de vida, e quando bem aplicado e estudado,
gera efeitos positivos para os ambientes que
frequentamos.

Quando eu respeito os limites e o espaço do outro,


por exemplo, traduzo a minha gentileza, simpatia e
elegância para o grupo que estou dedicando meu
tempo.

Assim, posso promover um contato saudável sem


deixar de respeitar a mim mesma e a minha opinião.

Dessa forma, quando estou em uma reunião de


trabalho, posso prezar pela boa convivência expondo
o meu ponto de vista de forma elegante, investindo
em diálogos saudáveis e sabendo ouvir com paciência
e atenção plena.
Respeite-se

Nunca deixe de observar o que faz com que você se


sinta bem e o que é prejudicial. Há ambientes onde
nos sentimos bem e valorizados, e há outros que
devemos ser mais objetivos — não que esse segundo
lugar seja negativo, ele apenas não está de acordo
com o nosso perfil. Saiba observar esses aspectos.

Cuide da privacidade

Já parou para pensar que às vezes convivemos mais


com os companheiros de trabalho do que com os
nossos familiares? É por isso que devemos valorizar o
nosso espaço e o espaço do outro. Tudo vai depender
do grau de intimidade que você tem com o outro
colega. Medie esses momentos, busque compreender
o quão importante é a sua privacidade e exponha
apenas o necessário.

Trabalhe sua autoestima

Durante a nossa vida passamos por situações que


testam a nossa segurança. Por mais que tenhamos
sido aprovados, o que fica na memória é o medo de
errar. Além disso, sempre vemos a grama do vizinho
mais verde.

Sendo assim, comece um trabalho de valorização da


sua própria história. Se você chegou onde chegou é
porque é merecedor do cargo que ocupa, da menção
que recebe, do conhecimento e das oportunidades
atribuídas a si.
Trabalhe seu corpo e sua mente

É importante nos sentirmos bem como nosso corpo e


com a nossa mente. Há estudos que indicam o quanto
trabalhar essa conexão é importante para a nossa
saúde. Então, não falte às atividades físicas. Mesmo
que a exaustão chegue, não dê ouvidos a ela, só siga
seu caminho e vá.

As práticas de mindfulness* também são essenciais


para trabalharmos a nossa organização mental e os
nossos sentimentos, de forma a aprendermos a
separar o que é nosso e o que não nos pertence.

Muitas pessoas funcionam como esponja: absorvem


todos os problemas do trabalho, todas as inquietações
do passado e do futuro.

A atenção plena e a percepção de si mesmo vão


trabalhar esses aspectos de uma maneira
impressionante para a sua saúde mental.

É alinhando o respeito consigo mesmo ao respeito


com o próximo que você poderá trabalhar de maneira
positiva relações cada vez mais saudáveis.

*Mindfulness, palavra que pode ser traduzida como “atenção


plena”, é a prática de se concentrar completamente no presente.
5 regras de comportamento social

1-Cumprimento e apresentações

Quando chegar a um local, cumprimente, na medida


do possível, todos os demais presentes. Se houver um
número muito grande de convidados, não é
conveniente falar com todos, um a um.

A primeira pessoa que você deve se preocupar em


cumprimentar é o anfitrião, no caso de
confraternizações, ou aquele que ocupa um cargo
mais elevado, quando no âmbito profissional.

Busque ser amável e sorrir, mas sem exageros! Utilize


o bom senso. É isso que determina se você vai
cumprimentar a pessoa com beijo no rosto ou aperto
de mão. O equilíbrio é sempre uma boa medida.

Se for dar um aperto de mão, por exemplo, não o faça


com a mão flácida, mas também não tão firme a ponto
de machucar a outra pessoa. Já na hora da
apresentação existem diferentes situações, que vão
exigir diferentes comportamentos.

Se você for se apresentar a uma pessoa muito


importante ou que esteja sendo homenageada, não é
de bom-tom perguntar o nome dela. Acene com a
cabeça em sinal de respeito e diga algo como: “Prazer,
sr. Fulano, me chamo Ciclano. Como vai?”.
2. ​Recepção dos convidados em casa

Quando for organizar algum evento, o planejamento


deve ser a sua maior preocupação. A bebida está
gelada? A comida é suficiente? Foi feita uma boa
limpeza nos ambientes destinados à festa?

Deixar tudo organizado para a ocasião permite que


você dê mais atenção aos seus convidados e reaja de
maneira adequada diante de possíveis imprevistos.

O segredo para ser um bom anfitrião é fazer com que


o seus convidados fiquem confortáveis. Para tanto,
receba-os na porta e apresente-os aos demais
convidados. Deixe sempre as comidas e bebidas
acessíveis, caso não haja garçons.

Outro importante cuidado é em relação ao ambiente.


Se for preciso, mude a disposição dos móveis para
facilitar a circulação das pessoas e invista na
decoração. Uma boa música é sempre importante,
mas não deixe o volume muito elevado a ponto das
pessoas não conseguirem conversar.

Os convidados se sentem mais confortáveis quando


percebem que o anfitrião se dedicou a preparar cada
detalhe para que eles se sentissem bem acolhidos.
3-Pontualidade

​ uantas vezes já ouvimos as pessoas dizendo: “Se o


Q
evento está marcado para 20h, eu chegarei às 21h”.

Como já comentado aqui sobre os comportamentos


de um bom anfitrião, não ser pontual é um sinal de
desrespeito a todo o trabalho e carinho investido por
ele.

Essa regra, muitas vezes esquecida pelos brasileiros,


deve ser seguida em outras situações também, como
reuniões de trabalho, aulas e eventos maiores.

Para tudo existe uma hora para começar e acabar —


além disso, as pessoas têm outros compromissos.

A falta de pontualidade transmite uma imagem de


irresponsabilidade.

Pode significar o insucesso em um negócio ou o não


crescimento profissional na sua empresa.
4-Postura

O comportamento pode gerar consequências muito


agradáveis para o seu desempenho no trabalho.

Quando sabemos manter uma postura adequada


usando os gestos, movimentos e a linguagem corporal
a nosso favor, podemos influenciar, ganhar
visibilidade e inspirar confiança para as pessoas ao
nosso redor.

Ao ficar de pé, cuide da sua coluna. Mantenha uma


postura ereta, com ombros para trás e a cabeça
sutilmente erguida.

Quando conversar com as pessoas, mantenha o


contato visual.

Caso não se sinta muito confortável fazendo isso, olhe


para o ponto da testa entre as duas sobrancelhas.

Ao falar, não gesticule tanto, pois movimentos em


excesso podem transmitir a ideia de nervosismo.
Busque equilíbrio entre corpo e fala.

Quando gesticulamos bem, o nosso discurso pode


ficar mais claro para que vê e escuta.
5-Comportamento em sociedade

Muitas pessoas se enganam ao pensar que


determinados comportamentos sociais e regras de
etiqueta são uma forma de moldá-las a um modo rígido
de se portar.

Essas regras são flexíveis e adaptáveis aos mais diversos


tipos de situação.

Além disso, elas funcionam como um orientador para


que você consiga transmitir uma boa imagem pessoal e
profissional, tão importante nos dias de hoje.

Estamos vivendo em uma época em que cada um quer


impor o seu modo se comportar, de viver em sociedade.

Estamos esquecendo de princípios básicos, que


representam a base dos bons comportamentos sociais,
como respeito, cordialidade, saber ouvir etc. — detalhes
simples que permitem um melhor convívio em
sociedade.

Saber como fazer dos comportamentos sociais algo


positivo para a sua imagem é de extrema importância,
especialmente para quem deseja alçar voos maiores na
vida.
No mundo real a mentalidade Shelby é um presente,
para quem realmente deseja se tornar uma pessoa
acima da média.

O Thomas tem uma frase assim:

" Pareço um homem que deseja uma vida simples"

O contexto dessa frase diz muito sobre que tipo de


personalidade que ele tem e aonde ele quer chegar e
raramente vemos pessoas que, possuem esse grau
elevado de estima e desejo de vencer. Desde que o
mundo é mundo, são poucos os homens e mulheres
que alcançaram patamares altíssimos, e por quê?
Porque se abdica de muita coisa para se chegar ao topo.
As pessoas, em sua maioria, amam o resultado dos
vencedores, amam a casa que eles vivem, os carros que
possuem, as viagens que eles fazem, o que eles comem,
a forma com que falam, como se vestem, mas são
poucas as pessoas que querem saber e pagar o preço de
alcançar tudo aquilo.

Stephen R Covey tem uma frase que resume isso:

" A vitória particular precede a vitória pública"

Ou seja ... as pessoas só veem os seus resultados e não


o caminho que você trilhou, por isso elas não fazem
ideia do que você passou para chegar até ali.
O mundo do imediatismo somado a falta de disciplina
tem destruído a vida de milhões de pessoas no mundo.
As pessoas tem que entender que ter auto
responsabilidade é meio caminho andado para se
conseguir o que deseja, porque a responsabilidade
começa quando a empolgação termina e isso é tão difícil
de entender.

Ter a mentalidade de grandes homens leva tempo e


tomada de decisão, você precisa entender que assumir
esse papel vai afastar muitas pessoas da sua vida, atrair
poucas para o seu ciclo social, no entanto o resultado
final disso tudo é que você terá dentro de si o necessário
para alcançar qualquer coisa que você se propor a fazer
e ainda terá pessoas leais capazes de dar a vida para
que consiga, pois lealdade nesses casos é uma via de
mão dupla, se eu peço a sua, você terá a minha, já dizia
o genial Harvey Specter, de Suits.

Durante a guerra, Thomas SHelby tomou uma decisão,


ser alguém reconhecido e ter o nome da sua família no
mais alto escalão, ele foi paciente e agiu no momento
certo, mesmo que durante essa jornada a morte passou
na sua porta por várias vezes, mas ele sabia do risco, ele
calculou tudo isso, no entanto, no fim ele se perdeu por
tomadas erradas de decisões, mas o seu legado ficará
pra sempre na memória dos fãs.
ESTOICISMO: O PODER INVÍSIVEL

O estoicismo é uma filosofia prática que ensina você a


como viver uma vida boa ao focar naquilo que é
possível você controlar. As ideias estoicas ajudam a
reduzir a ansiedade, estresse e a lidar com a
insegurança e outros sentimentos negativos que você
venha a ter.

Seus praticantes prezam por manter a mente calma e


racional independentemente do que aconteça.

No google mais de 130 mil pessoas pesquisam


semanalmente sobre como controlar suas emoções.
Mas, por quê? Por que uma filosofia tão antiga como o
estoicismo continua sendo tão válida e procurada nos
dias de hoje?

Um dos principais motivos é a de que o estoicismo


não é uma filosofia chata e de difícil compreensão,
como muitas outras que escutamos por ai. Todos os
adeptos dessa filosofia são pessoas que valorizam
ações acima de palavras. Eles nunca fizeram distinção
sobre quem você é ou de onde veio.

Outro motivo é que o estoicismo trata de questões


atemporais (independente do tempo, época) como
lidar com adversidades, emoções negativas, conhecer
a si próprio e investir energia no que importa
CARACTERÍSTICAS

O aspecto mais conhecido dessa escola de


pensamentos é a sua perspectiva ética baseada na
indiferença. Nela a filosofia é entendida como um
exercício e não como uma atividade meramente
intelectual. Esses pensadores acreditavam que tudo o
que existe estava sob a determinação de uma força
cósmica harmônica e que a virtude estaria em viver
em acordo com o seu desígnio.

Os demais bens a que o ser humano possa desejar,


como saúde, alegria e amizade, são secundários, e não
essencialmente bons. De modo semelhante, noções
tipicamente rejeitadas como enfermidades(doenças),
inimizade devem ser evitadas. A recusa em deixar
levar-se por sentimentos e desejos visa evitar que
excessos sejam cometidos e fins supérfluos sejam
valorizados. só o que é incondicional pode ser
considerado essencialmente bom ou mau.

Preservar uma boa reputação é benéfico, mas não se


deve lamentar amargamente sua perda, assim como a
inimizade deve ser evitada, embora sua presença não
diminua a felicidade.
ENSINAMENTOS

A filosofia estoica tem o foco na vida prática, nas ações


e acontecimentos do cotidiano e em como o ser
humano lida com esses acontecimentos
racionalmente.

Segundo o pensamento estoico, há coisas que não


estão sob o controle das pessoas e há coisas que são
possíveis de serem controladas. Neste caso, sobre o
que não é possível controlar, como o clima, por
exemplo, não há nada que possa ser feito para alterar
o seu estado.

A ataraxia (ausência de preocupação, inquietude), a


autossuficiência, a negação de sentimentos externos e
o enfrentamento dos problemas através da razão são
ensinamentos da filosofia cujo objetivo é mostrar que
o indivíduo deve se concentrar apenas no que é
possível controlar. Deve ser grato ao que já possui e
negar os prazeres e emoções extremas.

Segundo a filosofia estoica, os acontecimentos que


estão fora do seu controle não podem proporcionar a
felicidade. A felicidade depende unicamente dos
acontecimentos dos quais se pode controlar.
ATARAXIA

O foco da filosofia estoica é a conquista da felicidade


por meio da ataraxia, um ideal de tranquilidade em
que é possível viver serenamente e com paz de
espírito.

Para os estoicos, o indivíduo apenas poderia conseguir


essa felicidade através das suas próprias virtudes, ou
seja, dos seus conhecimentos.

AUTOSSUFICIÊNCIA

A autossuficiência é um dos principais objetivos dos


estoicos. Isso porque o estoicismo prega que cada ser
deve viver conforme a sua natureza, ou seja, deve agir
de forma responsável com o que acontece na sua
própria vida.

Assim sendo, como ser racional que é, o ser humano


deve se valer das suas próprias virtudes em prol da
conquista do seu maior propósito: a felicidade.

NEGAÇÃO DE SENTIMENTOS EXTERNOS

Os estoicos consideram que os sentimentos externos


(paixão, luxúria, etc.) são nocivos ao ser humano, pois
fazem com que ele deixe de ser imparcial e se torne
irracional.
Todos esses sentimentos são tidos como vícios e como
causadores de males absolutos que comprometem as
tomadas de decisões e a organização dos
pensamentos de forma lógica e inteligente.

SER RACIONAL NA ADVERSIDADE

Na busca pela vida tranquila e feliz, a filosofia estoica


defende que todos os fatores externos que
comprometem a perfeição moral e intelectual devem
ser ignorados.

Mesmo na adversidade, em situações problemáticas


ou difíceis, as pessoas devem optar por reagir sempre
com calma, tranquilidade e racionalidade, sem deixar
que os fatores externos comprometam a sua
capacidade de julgamento e ação.
INFLUENCIA ESTOICA ATUALMENTE

Como você pode perceber, é provável que você tenha


tido contato com ideias Estoicas antes de saber que
eles tinham nome e mais de dois milênios de idade.

E esse é exatamente um motivo para você se


aprofundar no Estoicismo. Afinal, quantas ideias são
sólidas o suficiente para permanecerem relevantes
após 2300 anos?

Muitas escolas de filosofia existiram desde então, mas


nem todas tiveram uma influência igualmente
profunda na sociedade. Não é possível hoje encontrar
pessoas morando em cavernas, mas é possível
encontrar pessoas que aderiram ao estoicismo.

Por quê?

Existem diversos motivos que tornam as ideias


Estoicas influentes até hoje. Um dos principais é o fato
de muitos conceitos Estoicos serem práticos e
direcionados para a ação.

Alguns princípios são contra intuitivos. Outros são


quase óbvios. Se dermos o máximo de nós mesmos, e
focarmos naquilo que está sob nosso controle,
estaremos mais próximos de sermos felizes.

Como alguém poderia discordar disso?


A simplicidade dos conceitos Estoicos é proposital.

Quando uma filosofia é muito complexa, passamos


mais tempo tentando entendê-la do que a colocando
em prática. Como os Estoicos valorizam ações acima
de palavras, o Estoicismo não é sobre conceitos
complexos e abstratos.

O resto deste artigo é, portanto, um convite para você


não só entender mas também começar a praticar os
princípios Estoicos. Mas, para que você aprenda como
praticar o Estoicismo no dia a dia, é importante que
você entenda como ele era praticado pelas pessoas
que o criaram.

Talvez você era um daqueles alunos que odiava


história na escola, e ficou para sempre traumatizado
pelo assunto. Eu lhe entendo. De qualquer forma,
confie em mim: será difícil entender como praticar o
Estoicismo hoje sem saber minimamente como os
filósofos na Grécia e Roma Antiga o praticavam.

Um exemplo de onde há uma influência invisível do


Estoicismo é no Cristianismo.

O Cristianismo saiu de uma religião perseguida para


se tornar a religião oficial do Império Romano em um
período quando o Estoicismo era popular e parte do
inconsciente coletivo da civilização romana.

Por isso, não é surpreendente que Estoicismo tenha


influenciado a religião cristã.
DEZ PRINCÍPIOS ESTÓICOS

1. Aja de forma virtuosa

“Um bom caráter é a única garantia de eterna e


despreocupada felicidade.” - Sêneca

Para os Estoicos, agir de forma virtuosa é a única


forma de atingir uma boa vida. Por isso, eles guiavam
suas ações com base nas quatro virtudes cardeais
gregas.

As quatro virtudes cardeais foram definidas por


Platão, mas influenciaram os Estoicos, outros filósofos
helenísticos e até pensadores cristãos.

As quatro virtudes são traços de caráter que devemos


agir de acordo e valorizar nos outros:

• Sabedoria: agir de forma sábia significa tomar


decisões com excelência, realizar julgamentos com
base na razão e diferenciar entre o certo e o errado. É
uma importante virtude por sustentar as outras três.
• Coragem: agir de forma corajosa significa enfrentar
situações amedrontadoras, incertas, intimidadoras e
difíceis sem covardia.
• Temperança: agir de forma moderada significa evitar
o excesso, agir de forma equilibrada, ter autocontrole
e não se deixar levar por desejos desenfreados.
Significa não deixar a busca por prazeres se sobrepor
à razão.
• Justiça: agir de forma justa significa ser razoável,
íntegro e honesto ao lidar com o outro. Sem a justiça,
a sabedoria, coragem e temperança podem se
transformar em vícios. Por isso, as quatro virtudes
precisam existir em harmonia.
Para os Estoicos, não importa seu cargo no trabalho,
seus patrimônios, sua posição social, seu momento de
vida, ou se usa gravata ou camiseta. O que importa
são apenas o seu caráter, os valores que você nutre, e
a integridade das suas ações. É por esse motivo que o
Estoicismo era praticado por ricos e pobres, nobres e
escravos.

2. Concentre-se no que você controla e aceite o


restante

“O que é, enfim, ser educado adequadamente? É saber


separar as coisas que estão sob nosso controle
daquelas que não estão.”
- Epicteto

Essa citação é primeira frase a ser lida no Manual de


Epicteto por definir a dicotomia do controle, um
princípio que sustenta a filosofia Estoica.

Para vivermos uma boa vida, devemos focar no que


controlamos e aceitar todo o restante que acontecer.
Não podemos mudar o que já ocorreu, mas podemos
escolher o que fazer com as circunstâncias em que
nos encontramos.
“Faça o melhor com o que estiver em seu poder, e
apenas aceite o que vier a acontecer. Algumas coisas
estão ao nosso alcance e outras coisas não estão.” -
Epicteto

Em nosso poder estão nossas escolhas voluntárias,


nossas ações e julgamentos. O restante não está sob
nosso controle completo, e pode ser categorizado
conforme nosso nível de influência:

• Influência parcial: nossa saúde, patrimônio,


relacionamentos e o que resulta das nossas ações e
pensamentos.
• Influência pequena ou inexistente: o tempo, nossa
origem e outras circunstâncias completamente
externas a nós.

Está sob seu controle fazer atividade física. Mas não


está sob seu controle definir se o display da balança
irá mostrar 60, 70 ou 80kg. Talvez você descubra que
possui uma condição que lhe impede de emagrecer,
por exemplo.

Está sob seu poder trabalhar. Mas não está sob seu
poder definir quantos dígitos haverão na sua conta
bancária daqui a alguns anos. Talvez o banco central
do seu país desvalorize a moeda local e os dígitos que
você acumulou passem a não ter valor nenhum, por
exemplo.
Não temos poder total sobre os eventos ao nosso
redor, mas controlamos nossas ações, crenças e
julgamentos. É por isso que agir de forma virtuosa é
tão importante. Se agirmos, pensarmos e julgarmos de
forma sábia, corajosa, moderada e justa, teremos uma
boa vida. Se tentarmos controlar o incontrolável,
teremos uma vida de sofrimento.

3. Assuma responsabilidade pelo que você controla:

“Os homens são perturbados não pelas coisas que


acontecem, mas sim por suas opiniões sobre os
acontecimentos.” - Epicteto

Você não escolhe seus pais, a escola onde estudou


quando criança ou os amigos que conheceu por lá, por
exemplo. Ainda assim, esses fatores influenciam o que
acontece na sua vida posteriormente.

Ou seja, a maior parte do que acontece em nossas


vidas não está sob nosso controle. Apesar disso,
podemos escolher como vamos responder aos
acontecimentos incontroláveis.

Nós devemos ser responsáveis pelo o que pensamos e


fazemos a respeito das situações onde nos
encontramos.

Afinal, se não assumirmos responsabilidade por isso,


pelo o que mais podemos nos responsabilizar?
Independente de qual seja a situação onde você se
encontra, assumir responsabilidade por suas ações e
pensamentos é essencial para navegar pelo mar
violento que é a vida. Se você não assume
responsabilidade e fica à deriva no mar violento, você
está propenso a naufragar.

Assumir a responsabilidade por nossas ações e


julgamentos nos faz parar de acusar fatores externos
como culpados pela nossa felicidade ou miséria. Uma
vez que fatores externos estão fora do nosso controle,
apontá-los como culpados não gera nada de
produtivo.

Se você culpa algo ou alguém por suas ações e


pensamentos, você está abrindo mão do pouco que
você controla e condicionando seu sofrimento ao
acaso.

Quando passamos a assumir responsabilidade pelo o


que controlamos, o que acontece à nossa volta perde
importância. Afinal, o que passa a importar é agir de
acordo com nossos valores, independente do que
aconteça conosco.

4. Saiba diferenciar entre o que é bom, mau ou


indiferente

Segundo os Estoicos, podemos separar todas as coisas


em 3 categorias: as coisas boas, as más e as
indiferentes.
As coisas boas são apenas as virtudes. Ou seja, ações,
pensamentos e julgamentos sábios, corajosos,
moderados e justos.

As coisas más são apenas os vícios, o oposto das


virtudes. Ou seja, ações, pensamentos e julgamentos
ignorantes, covardes, libertinos e injustos.

Todo o resto é indiferente. Ou seja, vida ou morte, boa


ou má reputação, riqueza ou miséria, saúde ou
doença.

Apenas o que está em nosso controle pode ser


considerado bom ou mau. Tudo que foge do nosso
poder é indiferente.

Afinal, se considerarmos algo fora do nosso poder


como bom, nós iremos desejar tê-lo. Mas esse algo
pode ser ressarcido pelo destino a qualquer
momento. Se o desejo por esse algo existir, iremos
nos frustrar quando esse algo for tirado de nós contra
nossa vontade.

É simples entender o porquê com um exemplo: Se


você considera a saúde como algo bom, você vai
desejar ser saudável. O problema é que sua saúde
pode ser ressarcida pelo destino a qualquer momento.
Mesmo que você considere a saúde algo bom, você
pode desenvolver uma doença rara futuramente, por
exemplo. Se você criou a expectativa de estar sempre
saudável, você irá se frustrar quando descobrir a
doença. Sempre que criamos um desejo por algo
externo, criamos também um sofrimento futuro no
momento em que este algo for tirado de nós.

É por isso que não devemos desejar nada externo. É


por isso que apenas nossas ações, pensamentos e
julgamentos podem ser considerados coisas boas ou
más.

Para os Estoicos, ficar doente não é bom ou mau, mas


sim indiferente. Afinal, não temos total controle se
ficaremos doentes ou não. Mas não é porque a
doença é indiferente que um Estoico não cuidaria da
própria saúde. Os Estoicos consideram que é
preferível estarmos saudáveis. Os Estoicos separam
tudo o que é indiferente entre preferíveis, neutros e
não-preferíveis.

No caso acima, se estivermos saudáveis podemos


utilizar nossa racionalidade humana para sermos úteis
a outros seres do cosmos. Se estivermos confinados a
uma cama, não conseguiremos nos levantar para
cumprir nossa tarefa como seres humanos. É por isso
que Estoicos valorizam ações como praticar exercícios,
ter uma alimentação balanceada e manter o sono
regular.
Seguindo a mesma lógica, a riqueza também é
indiferente. Mas é preferível termos independência
financeira, já que por meio dela podemos direcionar
parte de nossa renda para causas que acreditamos e
dedicar tempo à filosofia, por exemplo.

Ter amigos é preferível a ter inimigos. Ter boa


reputação é preferível a ter má-reputação. Já a fama
não é preferível ao anonimato, por exemplo. E assim
por diante. Por último, é importante não preferir
saúde ou riqueza a ponto de desejá-las. A partir do
momento que as desejamos, deixamos de considerá-
las indiferentes e passamos a considerá-los como
coisas boas. Por consequência, deixamos de ser
sábios, dado que sabedoria inclui saber diferenciar
entre o que é bom, mau ou indiferente.

5. Coloque os aprendizados em prática:

“Não perca tempo discutindo sobre o que um bom


homem deve ser. Seja um.” - Marco Aurélio

O Estoicismo é uma filosofia prática. Para os Estoicos,


pensar sobre como viver a vida não é o bastante. Não
colocar pensamentos em prática é o mesmo que não
pensar. Discussões e argumentos são desnecessários
e inúteis se não nos propusermos a agir.

Não devemos nos satisfazer apenas em aprender


conceitos teóricos e abstratos. Não devemos esperar a
oportunidade ideal para experimentar o que
aprendemos.
Precisamos traduzir nossos pensamentos para a
prática.

Conquistamos uma boa vida por meio de boas ações.

6. Pergunte-se o que poderia dar errado:

A grande maioria das situações que vivemos são


imprevistas. Como não é possível nos preparamos
para todas elas, costumamos nos sentir ansiosos e
nervosos quando as enfrentamos.

Contudo, não são essas situações as responsáveis por


causar perturbações no nosso estado de tranquilidade
natural. O que nos perturba são nossos julgamentos e
a forma como reagimos a elas. Afinal, uma mesma
circunstância pode fazer pessoas diferentes rirem ou
chorarem. Ou seja, a diferença está na perspectiva.

Por definição não conseguimos prever o imprevisível,


mas podemos exercitar nossa mente para lidar
melhor com o imprevisto quando ele chegar. Para não
perderem a serenidade em situações adversas, os
Estoicos utilizam a premeditação dos males (do latim:
premeditatio malorum).

Vamos supor que você planeja navegar pelo litoral


brasileiro de ponta a ponta. Antes de começar a
viagem, você vai listar cidades e praias para visitar,
culinárias locais para experimentar, e assim por
diante. Mas, se você é como a maioria, você não vai
listar o que poderia dar de errado na sua viagem.
A premeditação dos males é exatamente esse
exercício de imaginar os piores cenários que a maioria
não faz. Além de praias, cidades e culinárias, um
Estoico em uma viagem de barco pensaria:

O que aconteceria se meu barco naufragasse? E se


viesse uma tempestade muito forte? E se minhas velas
não suportassem o vento? E se eu me perdesse? E se
acabasse a comida e eu ainda estivesse muito longe
de outro porto?

Ao premeditar os males, treinamos nossa mente para


lidar de forma calma e racional com cenários
desfavoráveis e até catastróficos.

Então, que tal você começar agora?

Pense no que você está planejando fazer nesta


semana. Em seguida, pergunta-se: O que poderia dar
errado nesses planos?

7. Internalize seus objetivos

“Eu vou fazer isso e mais aquilo, se nada acontecer


que possa se tornar um obstáculo para a minha
decisão. Eu vou cruzar o oceano, se nada me impedir
de fazê-lo.” - Sêneca

O Estoicismo nos ensina a sempre darmos o nosso


melhor. Mas não podemos nos iludir acreditando que
o nosso melhor sempre nos levará ao resultado
esperado. Nós controlamos nossas ações, não o
resultado delas.
Para os Estoicos, não há sentido em definir como meta
“cruzar o oceano.” Afinal, uma tempestade pode
impedir você de chegar às terras do outro lado. Por
outro lado, nada pode lhe impedir de navegar pelo
mar da melhor forma que você é capaz e de usar suas
habilidades até o limite.

Em vez de atrelar um objetivo a algo externo, que não


se pode ter total controle sobre, um Estoico atrela seu
objetivo a algo interno, que está em seu poder. Esse é
o princípio de internalizar objetivos na prática.

Talvez você esteja pensando que esse princípio soe


como passividade. Algo como:

“Vou tentar. Mas, se eu não conseguir, está tudo bem.


Dei o meu melhor.”

Mas é exatamente o oposto.

Afinal, uma vez que você age como um Estoico e


remove o desejo de atingir determinado resultado,
você elimina também a frustração futura de não o ter
atingido. Uma vez que sua mente estará livre de
sofrimentos desnecessários no futuro, você poderá
focar nas suas ações, que estão sob seu controle.

Em outras palavras, o entendimento de que nem tudo


acontecerá como planejamos nos previne de
frustrações e sofrimentos desnecessários. Já que não
estamos gastando tempo sofrendo
desnecessariamente, podemos focar em agir dadas as
novas circunstâncias que nos foram apresentadas.
O oposto de agir como um Estoico é ficar preso na
imaginação, pensando em como as circunstâncias se
desenrolaram em universos paralelos. Isso sim é
passividade.

Pense comigo: Qual marinheiro tem mais chances de


cruzar o mar? O que fica se lamentando por ter
aparecido uma tempestade? Ou o que foca em
navegar da melhor forma possível, independente se o
mar está violento ou não?

8. Transforme obstáculos em oportunidades

Já sabemos que eventos externos não são bons e nem


ruins, mas sim indiferentes. Isso significa que nenhum
evento em si é uma oportunidade ou uma obstáculo.
O que importa é o que fazemos, pensamos e julgamos
sobre esses acontecimentos.

Nossa percepção pode se comportar com uma âncora,


que nos prende e nos impede de navegar. Ou pode
ser um vento forte que infla nossas velas e nos faz
atravessar o oceano.

Historicamente, provavelmente você considera


oportunidade aquilo que, por exemplo, lhe ajuda a
atingir seus objetivos de ganhar mais dinheiro ou
reconhecimento. Mas não é sobre esse tipo de
oportunidade que estou falando aqui. Afinal, se você
colocar em prática o princípio de internalizar seus
objetivos, você irá parar buscar coisas externas como
dinheiro ou reconhecimento.
A partir do momento que você define objetivos
internos—por exemplo, se tornar uma pessoa mais
sábia, corajosa, moderada ou justa—, todo
acontecimento que lhe aproxima desse objetivo será
uma oportunidade.

Uma proposta de emprego pode ser uma boa


oportunidade de ganhar mais dinheiro ou
reconhecimento, mas nem sempre irá lhe ajudar a se
tornar uma pessoa melhor.

Por outro lado, é pouco provável que você consiga


monetizar o fato de estar doente. Ainda assim, a
doença pode ser uma boa oportunidade para
aprender a lidar com adversidades.
A partir do momento que você internaliza seus
objetivos, será mais simples transformar obstáculos
em oportunidades.

9. Ame seu destino, porque não há outro melhor

“Não queira que tudo aconteça como deseja. Deseje


que tudo aconteça como deve acontecer, e terá
serenidade.” - Epicteto

Parece loucura amar acontecimentos que nos


desfavorecem e nos tiram do conforto. A princípio,
talvez você pense:
“Como desejar ter sido demitido? Devo preferir estar
doente? Se um familiar querido faleceu, é possível
evitar querer que ele ainda vivesse?”

Eu lhe entendo. Não é um princípio tão simples de


compreender, e muito menos de colocar em prática.
Para que esse conceito fique mais claro, pense
comigo: é mais fácil mudar um evento que já
aconteceu, ou o seu julgamento sobre o acontecido?

Uma vez que o ocorrido está no passado, não há nada


que possamos fazer para mudá-lo. Por outro lado,
nossos julgamentos são um fenômeno do presente.
Dado que tudo que temos é o presente e nossa
capacidade de lidar com ele, podemos alterar nossos
julgamentos sobre as situações.

Você se lembra do princípio que coisas externas não


são boas ou más, mas sim indiferentes? O conceito de
amar o seu destino complementa este ponto. Dado
que você apenas controla suas ações, pensamentos e
julgamentos, tente agir, pensar e julgar positivamente
tudo que acontece com você.

Lembre-se de Zenão: todo naufrágio é uma


oportunidade de atracar em terras novas.
Para amar seu destino, primeiro você precisa aceitar
que você não controla, apenas influencia o que
acontece com você. Você controla apenas como age,
pensa e julga o que acontece com você. Por isso, tudo
que vier a ocorrer é indiferente. Sua vontade não dita
se vai chover ou fazer sol, ou se vai estar frio ou calor.
Portanto, só lhe resta aceitar estes acontecimentos.
Em seguida, vá além da simples aceitação, e ame
profundamente tudo que acontecer com você.

Se o dia começa frio, você pode aproveitar para sair


com sua roupa mais quente e confortável. Se
esquenta no meio da tarde, você poder tirar o casaco
e aproveitar o vento no rosto. Se chove, o ar estará
melhor para respirar. Se ficar ensolarado, seu corpo
irá produzir vitamina D.

Ou seja, amar seu destino significa não se importar


com o tempo em si. Afinal, você sempre pode
aproveitar o melhor dele.

10. Esteja sempre autoconsciente

A autoconsciência anda de mãos dadas com o


autoconhecimento. Estar autoconsciente significa ser
capaz de observar e analisar suas próprias ações,
pensamentos e julgamentos.

A autoconsciência é ao mesmo tempo um pré-


requisito e uma consequência da prática do
Estoicismo. Ao mesmo tempo que é preciso
autoconsciência para se tornar uma pessoa Estoica,
você desenvolve autoconsciência à medida que pratica
o Estoicismo.

Um bom exercício para começar a treinar essa


consciência de si é se observar em terceira pessoa.
Se você pudesse dar um passo para trás e ver você
mesmo no seu dia-a-dia, o que você veria? Quais ações
você estaria fazendo? Quais pensamentos estariam
passando pela sua mente? Quais emoções estariam
tomando conta de você?

Caso você pudesse se observar em terceira pessoa,


você ficaria feliz com o que veria?

A capacidade de se afastar brevemente de si é o que


irá lhe permitir lidar melhor com seus pensamentos e
tomar boas decisões no agora. Ao se observar à
distância, você sai do piloto automático.

Quando você se depara com qualquer situação, você


reage inicialmente com uma emoção automática e
incontrolável, como raiva, alegria, ou medo. Em
seguida, em resposta você faz um julgamento de valor
sobre a emoção e cria um sentimento. Esse
sentimento engatilha ações como gritar quando sente
raiva ou travar quando sente medo.

Estar autoconsciente significa separar a emoção em si


do seu julgamento de valor sobre ela. Uma vez que
você tem consciência de si próprio, você pode avaliar
se determinado sentimento está lhe favorecendo ou
prejudicando diante da situação.

Agir como um Estoico significa não controlar suas


emoções, mas sim sobre não deixar suas emoções
controlarem você.
Quando você desenvolver a capacidade de observar,
analisar e julgar seus próprios pensamentos, você se
irá tomar decisões cada vez melhores e mais racionais.
Somente assim poderá mudar seu comportamento e
sua vida para melhor.

Exercícios dos filósofos Estoicos aplicáveis hoje


Você não vai absorver os princípios Estoicos da noite
para o dia. É necessário se imergir neles por algum
tempo.

Mas não basta se imergir apenas na teoria. Os


Estoicos valorizam ações acima de palavras. É por isso
que os princípios Estoicos não são complexos e
abstratos. Caso fossem, não seria possível traduzi-los
para a prática.

Para lhe ajudar na tarefa de se imergir no Estoicismo,


você pode começar por exercícios espirituais
praticados por Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio
adaptados para os tempos modernos.

Aqui estão 3 deles:

1. Reflexão diária

Nós temos a sensação que o tempo “voa” quando


vivemos no piloto automático. Pare para pensar sobre
o seu dia de hoje: Quanto do seu dia você de fato
viveu? Quanto passou sem que nem se desse conta?
Reflexões diárias nos tiram do piloto automático e nos
ajudam a retomar o controle da direção da nossa vida.
Refletir sobre como ser uma pessoa mais sábia,
corajosa, moderada e justa é o que lhe mantém mais
próximo do seu eu ideal. É por isso que Marco Aurélio
escreveu Meditações, afinal. A escrita de Meditações o
ajudava a refletir.

Você pode começar sua reflexão diária se


perguntando:

• O que eu fiz de bom hoje?


• Onde falhei?
• O que eu poderia ter feito melhor?

Além dessas 3 perguntas, defina melhorias tangíveis


para implementar no próximo dia. Algo como: sorrir
mais, fazer mais silêncio ou respirar antes de
responder uma pergunta.

O simples ato de propor a você mesmo ações


melhores ajuda a refletir, no dia seguinte, se você fez
ou não aquilo que se propôs. No dia seguinte, você irá
refletir sobre os efeitos da nova ação que colocou em
prática, ou o que lhe impediu de agir.
Manter o hábito de registrar suas reflexões em texto,
áudio ou vídeo lhe ajudará a ter uma referência da sua
evolução ao longo do tempo. Quando passamos muito
tempo vidrados na trajetória que ainda precisamos
percorrer, costumamos esquecer de olhar para trás.
Perceber o quão longe chegamos nos ajuda a saber
que estamos no caminho certo.
Na prática: Separe cinco minutos antes de dormir para
refletir sobre o seu dia usando as 3 perguntas
anteriores.

Registrar suas reflexões não é uma obrigação, mas


torna o exercício mais eficiente. Algumas formas de
você registrar suas reflexões diárias são:

• Usar apps como o Notion;


• Gravar áudios ou escrever em grupos de WhatsApp
só com você neles;
• Manter um caderno físico de anotações;
• Gravar vídeos e salvá-los em um local que você tenha
acesso fácil no futuro.

2. Ame seu destino

“O destino conduz a vontade e arrasta consigo os


relutantes.”
- Sêneca

Quantas vezes você já viu alguém bravo por o


semáforo ter aberto logo quando a pessoa estava
prestes a atravessar a rua? Quantas vezes viu alguém
impaciente por causa da demora do elevador?
Quantas vezes você já foi esse alguém?

É comum sentirmos frustração quando mesmo as


situações mais insignificantes não acontecem como
desejamos. E esse é um dos maiores males que
podemos cometer contra nós mesmos. Quanto mais
justificável parece se sentir mal por conta de um
acontecido, mais mal estamos nos infringindo.
Quando nos frustramos, estamos abrimos mão do
controle sobre as ações que podemos tomar em
resposta ao acontecido. Sua frustração não muda o
passado. Por isso, não relute contra o fato de o
elevador estar demorando para chegar. Não deseje
que o elevador fosse mais rápido. Aceite a velocidade
do elevador como ela é.

Pessoas Estoicas se preocupam apenas com o que


podem controlar. O futuro é incerto e não está sob
nosso controle. Não se apegue às suas expectativas e
lembre-se que as coisas vêm e vão. Um Estoico não se
frustra quando as coisas acontecem de forma
supostamente desfavorável.

Não há sentido em relutar contra algo que está fora


do seu poder de escolha. Essa relutância só torna você
miserável diante da situação. Aceitar o destino, amá-lo
e fazer o melhor a partir do que aconteceu é uma
essencial para viver uma vida boa, plena e feliz.

Na prática: Quando algo acontecer com você,


pergunte a si mesmo se você pode ou não fazer algo a
respeito. Se a resposta for não, então apenas aceite o
acontecimento. Se a resposta for sim, foque nas ações
que você deve tomar a partir do acontecido.

3. Dor e doença, duas oportunidades para exercitar


suas virtudes
“Doenças são um impedimento para o corpo, mas não
para o pensamento, a menos que pense que sim.
Mancar é um impedimento para as pernas, não para a
vontade. Use essa mesma lógica para tudo mais que
vier acontecer. Você poderá achar um impedimento
para qualquer coisa, mas não para você mesmo.” -
Epicteto

Epicteto era manco. Ele sabia que mancar era um


impedimento para suas pernas, não para sua mente.
Ser manco o impedia de ser soldado, mas não de viver
uma boa vida.

O mesmo pode ser aplicado para dores físicas ou


doenças. A doença afeta o corpo, não a mente. A
doença não afeta nossa capacidade de escolher como
agir e pensar em resposta à doença. Afinal, nós
podemos tanto suportar dores de cabeça com
serenidade, ou fazer delas uma desculpa para não
cumprir nenhuma tarefa no dia.

Sentir dor ou estar doente não pode ser justificativa


para fraquejar seu caráter. Preserve a sua
tranquilidade. Opte por não ser afetado pela dor, e
você não terá sido.

Na prática: Na próxima vez que você sentir qualquer


espécie de dor ou estiver doente, lembre-se de
exercitar as virtudes (sabedoria, coragem, temperança
e justiça). Não se esqueça de que a dor afeta o corpo,
não a mente.

A busca pela felicidade


“Doenças são um impedimento para o corpo, mas não
para o pensamento, a menos que pense que sim.
Mancar é um impedimento para as pernas, não para a
vontade. Use essa mesma lógica para tudo mais que
vier acontecer. Você poderá achar um impedimento
para qualquer coisa, mas não para você mesmo.” -
Epicteto

Epicteto era manco. Ele sabia que mancar era um


impedimento para suas pernas, não para sua mente.
Ser manco o impedia de ser soldado, mas não de viver
uma boa vida.

O mesmo pode ser aplicado para dores físicas ou


doenças. A doença afeta o corpo, não a mente. A
doença não afeta nossa capacidade de escolher como
agir e pensar em resposta à doença. Afinal, nós
podemos tanto suportar dores de cabeça com
serenidade, ou fazer delas uma desculpa para não
cumprir nenhuma tarefa no dia.

Sentir dor ou estar doente não pode ser justificativa


para fraquejar seu caráter. Preserve a sua
tranquilidade. Opte por não ser afetado pela dor, e
você não terá sido.

Na prática: Na próxima vez que você sentir qualquer


espécie de dor ou estiver doente, lembre-se de
exercitar as virtudes (sabedoria, coragem, temperança
e justiça). Não se esqueça de que a dor afeta o corpo,
não a mente.

A busca pela felicidade


FIM

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