POMBAGIRA

ADe u s a
MULHER IGUAL VOCeˆ

ACESSO AO LIVRO QUE AINDA

NÃO FOI LANÇADO
Quem é
Deusa?
A A arqueologia religiosa realizada na re-
gião onde existiu o Templo de Jerusalém
aponta, as famílias mantinham culto do-
méstico para a Deusa Mãe Asherat, com-
panheira do Deus Pai El ou Elohim (Deus
de Abraão, Isac e Jacó), mais tarde IAVÉ
ou JAVÉ (YHWH - Deus de Moisés).

Não precisa ir tão longe em pesquisas, na

Bíblia há cerca de quarenta citações à Deu-
sa Asherat, muitas estão no Livro de Reis,
onde um Rei aceitava o culto de Asherat e
Astarte, posteriormente outro Rei condena-
va o mesmo culto, alternando períodos de
liberdade e castração à Deusa Mãe Asherat.

Aceito ou não pelo patriarcado sacerdotal

do templo, a Deusa Asherat e outras Deu-

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sas como Astarte e Lilith sempre foram pre-
sentes e cultuadas por aquele povo semita,
sumerianos e cananeus.

Em 609 a.C., o Rei Nabucodonosor II escra-

viza os semitas, cativos por setenta anos na
Babilônia, anciãos passam a escrever, regis-
trar e organizar textos sagrados em hebrai-
co, sua língua de origem.

Para preservar a cultura e criar identidade ju-

daica, em torno do livro sagrado Torá, Bíblia
Hebraica. Enquanto isso os jovens falam ara-
maico do opressor e passam a sincretizar seus
valores culturais e religiosos com os de origem.

Em 538 a.C., Judeus são libertos por meio de

Ciro II, o Grande, agora estão em contato com
os persas que possuem o Deus Bom Ormuz
e o Deus Mau Arrimã, esta dualidade mani-
queísta vai inspirar textos apócrifos judaicos,
como o Livro de Enoc e Livro de Jubileus, tra-
zendo a lenda de um Anjo Caído que se opõe
a Deus e dá base para a tardia construção, Ca-

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tólica Romana, de um arqui inimigo de Deus,
conhecido como Lúcifer, uma releitura católi-
ca do persa Arrimã.

A ideia de um demônio poderoso das Tre-

vas ou Inferno que se opõe ao Deus da Luz
e do Céu começa a ganhar espaço no ima-
ginário judaico cristão, como ferramenta de
conversão e opressão na estrutura: pecado,
diabo, inferno.

Nesse período é retomada a conspiração do

patriarcado que evoca nos textos agora sagra-
dos as figuras de Abraão, Isaac, Jacó, Moisés,
Davi, Salomão legitimando uma sociedade
machista onde homens assumem o poder
religioso, legal e secular do povo judeu e sua
descendência em detrimento da mulher.

Os textos condenam o culto a outros Deu-

ses e condena também qualquer culto a uma
Deusa Mãe, seja ela quem for. O Deus Pai é
ciumento, agressivo e possessivo, um perfil
psicólogo frágil e infantil.

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A mulher será oficial e legalmente sub-
missa ao homem. A divindade lhe será ne-
gada, ali Deusa não existe mais, foi suprimi-
da e cassada oficialmente.

A mulher já foi livre, selvagem, feroz, in-

domável como Asherat, Astarte e Lilith.

O homem diminui a mulher com lendas

que a condenam como traidora, semen-
te do mal, cobra, perversa; seu objetivo é
controlar, domesticar, doutrinar por meio
de textos dogmáticos de ordem machista,
sexista e misógina.

E foi assim que nasceu esta cultura patriarcal

judaica, repressora a da mulher e da Deusa,
a sua divindade.

Da para entender porque foi criado um

culto exclusivo ao Deus Pai El, Elohim ou
IAVÉ sem uma Deusa Mãe? entender que
rezar para um único Deus Pai reforça uma

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cultura patriarcal e opressora, contra a mu-
lher e sua divindade?

Dá para enxergar uma conspiração?

Se não consegue ver isso pode parar de ler

este livro, o pior cego é aquele que não quer
ver. Para quem não quer ver o que está bem
na sua frente nenhuma palavra serve.

Como poderia haver um Deus Pai sem

uma Deusa Mãe?

Se um Deus é Pai é porque em algum mo-

mento ele teve uma companheira Deusa
Mãe. O que fizeram com esta Deusa Mãe?

Assassinato Teológico?

Mataram a Deusa Mãe? Condenaram ela às

masmorras do Sheol ou inferno?

ESTUDE COM PAI ALEXANDRE CUMINO

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 Me
chamam
puta
H
Por Pombagira (Alexandre Cumino)

Hipócritas me chamam puta, demô-

nia, vadia, rameira e na calada da noite
procuram minhas filhas para satisfazer
seus desejos mais baixos e aumentar seu
abismo existencial.

Em um mundo invertido, vejo a puta e a

santa em papéis trocados. Santas que pros-
tituem a Alma ou putas que prosti-
tuem o corpo.

Mulheres que se vendem

por pouco, se casam
com o dinheiro, deitam

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sem prazer e alimentam seus medos, mostras e demônios à procura da
mesma segurança que parece existir nos covardes que as subjugam e vio-
lam sem pudor.

Mulheres que prostituíram a alma, o destino, criam filhos sem amor e

chamam puta as outras que apenas se parecem ou se tornaram o que elas
gostariam de ser, livres e donas de sua sexualidade.

Tanto umas quanto outras carregam suas dores, e pagam com lágrimas,
nem melhor ou pior, nem santas ou putas, todas me procuram, mas nem
todas sabem ainda onde me encontrar.

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Estou em seu íntimo, em sua alma, em seu
coração, sou sua verdade mais profunda, mui-
tas vezes oculta, me revelo onde há consciên-
cia de si e do mundo. Sou Anima Mundi, sou
a Alma do Mundo, a Alma e as verdades da
Alma que existe em cada um ou cada uma.

Sou sua força de mulher, uma força da na-

tureza, um poder ancestral, sou a
origem de tudo que é mulher ou fe-
minina. Sou eu quem lhe dá força
e poder de ser você mesma, de
ser inteira no mundo. Sou a rai-
nha que existe em você, seu
mundo seu reinado; sou a
Deusa que se realiza no
seu ser; sou mulher em
você; sou você por intei-
ro e você é uma parte de
mim. Sou Pombagira!

ESTUDE COM PAI ALEXANDRE CUMINO

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Lilith
a Deusa
E Embora “puros”, Adão e Eva são ignorantes.
Lilith a Deusa volta para seus domínios e de lá
assiste a tudo, ainda se reconhece na mulher
que lhe procura na própria carne em busca da
Alma. Ainda cultuada em sociedades secretas
de mulheres. Aguarda o dia de se mostrar e di-
zer que esta lenda, este mito de esposa rejeita-
da não lhe representa, a única lenda possível é
de que Ela é uma Deusa, uma Rainha e Adão
tão humano não soube como lidar com isso. A
ignorância de Adão recai sobre seus filhos, afi-
nal ser filho de Adão, Eva ou Lilith é apenas
um estado de consciência.

Eva quando transgride está seguindo

sua alma, está mostrando a força da
liberdade, está tornando humano,
dando uma alma para Adão. Quem

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 tem alma e segue o coração não pode ser
refém de promessas vazias ou sem sen-
tido, seguir a alma muitas vezes signi-
fica trair certa tradição, em nome
da lealdade a sua alma, coração
é verdade.

Mas as Deusas, não tem pressa e

observam a tudo com os olhos da eter-
nidade e assim hoje elas estão reas-
sumindo o seu lugar e junto delas
também a mulher volta a ocu-
par um espaço de poder.

Se Lilith é uma excluída a Umban-

da lhe acolhe e lhe reconhece Deusa
Pombagira. Não apenas acolhemos, cul-
tuamos, louvamos, reverenciamos, invo-
camos, chamamos, clamamos e incorpo-
ramos seu poder e mistério.

Este texto faz parte do Livro “Pombagira, A Deusa -

Mulher igual você”, Alexandre Cumino, Madras Editora
Lançamento em Breve

ESTUDE COM PAI ALEXANDRE CUMINO

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