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Trabalho e Saúde
Terminologia e conceitos
Prevenção dos riscos profissionais
12 de Fevereiro de 2021
SUMÁRIO
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Acidentes de trabalho
Intervenção nas estruturas, processos e
materiais de trabalho
(SEGURANÇA)
Consequências nocivas
do trabalho
Intervenção no indivíduo:
Programas de vigilância e de promoção da saúde
(MEDICINA DO TRABALHO)
(ENFERMAGEM DO TRABALHO)
Saúde ERGONOMIA
(Ocupacional) PSICOSSOCIOLOGIA DO TRABALHO
- ENGENHARIA
-TOXICOLOGIA
- EPIDEMIOLOGIA
- BIOESTATISTICA
- Multidisciplinar
- Trabalho em grupo (partilha de informação)
- Prioridade: PREVENÇÃO
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- Trabalhador: pessoa singular que, mediante retribuição, se obriga a prestar um serviço a um empregador e, bem assim, o tirocinante, o
estagiário e o aprendiz que estejam na dependência económica do empregador em razão dos meios de trabalho e do resultado da sua
atividade.
- Local de trabalho: lugar em que o trabalhador se encontra ou de onde ou para onde deva dirigir - se em virtude do seu trabalho, no
qual esteja direta ou indiretamente sujeito ao controlo do empregador.
- Posto de trabalho: sistema constituído por um conjunto de recursos físicos, tecnológicos e organizacionais e meios humanos que, no
seio de uma organização, visa a realização de uma atividade
- Componentes materiais do trabalho: local de trabalho, o ambiente de trabalho, as ferramentas, as máquinas, equipamentos e
materiais, as substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos e os processos de trabalho.
- Perigo /acontecimento perigoso/ fator de risco (hazard): caraterística/ propriedade intrínseca de uma instalação,
de um equipamento (máquinas e ferramentas), de uma atividade (processos, operações), de um agente ou de outro
componente material do trabalho ou de um comportamento, com potencial para provocar um dano e/ou uma lesão.
PERIGO ≠ RISCO
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RISCO DIFERENTE
Elevado na situação 1
Controlado na situação 2
A situação considerada segura não significa que seja isenta de risco, mas sim
executada com RISCO ACEITÁVEL
RISCO ACEITÁVEL: risco que foi reduzido a um nível que pode ser tolerado
pela organização levando em consideração suas obrigações legais e sua política
de Segurança e Saúde do Trabalho.
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- Incidente: acontecimento(s) relacionado(s) com o trabalho em que ocorreu ou poderia ter ocorrido lesão
(independentemente da gravidade) ou morte. Incorpora:
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- Doença Profissional: a que resulta diretamente das condições de trabalho e da exposição a certos perigos e causa incapacidade para o
exercício da profissão ou morte.
.
- Doença Relacionada com o Trabalho: é toda aquela que não consta da lista oficial de doenças profissionais, por um lado, e em que o
trabalho não tem um papel etiologicamente determinante.
- Doenç̧a agravada pelo trabalho: é toda a doença em que o trabalho contém fatores de risco que agravam os seus efeitos. O trabalhador
já possui a doença, o trabalho agrava-a.
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ENQUADRAMENTO LEGAL
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EMPRESAS
SERVIÇOS DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE DO TRABALHO
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Ter em conta não só os trabalhadores como também terceiros susceptíveis de serem abrangidos
pelos riscos.
Assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores em função dos riscos a que se
encontram expostos no local de trabalho.
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Dever do empregador
(criar condições de trabalho seguras e
saudáveis, avaliar e prevenir riscos,
formar/informar os trabalhadores)
Dever do trabalhador
(colaborar na criação de condições de trabalho
seguras e saudáveis, cumprir planos de prevenção)
EMPENHAMENTO DE TODOS
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Enquadramento legal
-DL 441/91 de 14 de Novembro – lei quadro da prevenção dos riscos profissionais, organização da Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho.
- Lei nº 99/2003 de 27 de Agosto (aprova o Código do Trabalho - CT) – inclui a legislação sobre prevenção de riscos
profissionais)
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Lei nº 7/2009, de 12 de fevereiro - Código do Trabalho - Art.º 281º a 284º - ( Estabelece os princípios gerais em
matéria de segurança e saúde no trabalho)
Lei n.º 42/2012, de 28 de agosto - Aprova os regimes de acesso e de exercício das profissões de técnico
superior de segurança no trabalho e de técnico de segurança no trabalho e procede à primeira alteração à Lei n.º
102/2009, de 10 de setembro, que aprova o Regime Jurídico ao revogar o n.º 3 do artigo 100.º)
Lei nº 3/2014, de 28 de janeiro - (Procede à segunda alteração à Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que
aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, e à segunda alteração ao Decreto -Lei
n.º 116/97, de 12 de maio, que transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 93/103/CE, do Conselho, de
23 de novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde no trabalho a bordo dos navios de
pesca)
Lei nº 146/2015, de 09 de setembro - (Regula a atividade de marítimos a bordo de navios que arvoram bandeira
portuguesa e procede à segunda alteração aos Decretos-Leis 274/95, de 23 de outubro, e 260/2009, de 25 de
setembro, e à quarta alteração à Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, e revoga o Decreto-Lei n.º 145/2003, de 2
de julho)
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Decreto-Lei nº 88/2015, de 28 de maio - (Procede à alteração da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que aprova o
regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, alterada pelas Leis n.ºs 42/2012, de 28 de agosto, e
3/2014, de 28 de janeiro)
Lei n.º 28/2016, de 23 de agosto - (Procede à quinta alteração à Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, dando nova
redação ao artigo 16)
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Portaria nº 255/2010, de 5 de Maio - (Estabelece o modelo de requerimento de autorização de serviço comum, de serviço
externo e de dispensa de serviço interno de segurança e saúde do trabalho)
Portaria nº 275/2010, de 19 de maio - (Estabelece as taxas aplicáveis aos processos de autorização de Serviços de SST
Portaria n.º 257/2014, de 11 de dezembro - (Fixa o pagamento de taxas para a certificação de entidades formadoras
para cursos de formação de técnico superior e técnico de segurança no trabalho e revoga a Portaria n.º 137/2001, de 1 de
março)
Portaria nº 121/2016, de 4 de maio - (Revoga a Portaria n.º 112/2014, de 23 de maio, que regula a prestação de
cuidados de saúde primários do trabalho através dos Agrupamentos de Centros de Saúde - ACES)
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Lei n.º 25/2017, de 30 de maio - (Altera a Lei n.º 35/2014 de 20 de junho - Lei Geral do Trabalho em
Funções Públicas) – Devolve a competência inspetiva em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho à
Autoridade para as Condições do Trabalho)
Legislação: www.act.gov.pt
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serviços internos
atividade exercida pelo empregador ou por trabalhador designado
serviços comuns
serviços externos
Notas:
Regulamento do Código do Trabalho (RT), nº 4 do artº 119 - as atividades de medicina do trabalho podem ser
organizadas separadamente das de segurança e higiene do trabalho
Em qualquer das modalidades deve existir uma estrutura interna que assegure as atividades de primeiros
socorros, de combate a incêndios e de evacuação de trabalhadores em situações de perigo grave e iminente, e
designar os trabalhadores responsáveis por essas atividades
-
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A lei 102/2009 parte sempre da noção de “atividade de risco elevado” para a opção por determinadas modalidades.
Atividades consideradas de risco elevado (art. 79):
a) Trabalhos em obras de construção, escavação, movimentação de terras, de túneis, com riscos de quedas de altura ou de
soterramento, demolições e intervenção em ferrovias e rodovias sem interrupção de tráfego;
b) Atividades de indústrias extrativas;
c) Trabalho hiperbárico;
d) Atividades que envolvam a utilização ou armazenagem de produtos químicos perigosos suscetíveis de provocar acidentes
graves;
e) Fabrico, transporte e utilização de explosivos e pirotecnia;
f) Atividades de indústria siderúrgica e construção naval;
g) Atividades que envolvam contacto com correntes elétricas de média e alta tensões;
h) Produção e transporte de gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos ou a utilização significativa dos mesmos;
i) Atividades que impliquem a exposição a radiações ionizantes;
j) Atividades que impliquem a exposição a agentes cancerígenos, mutagénicos ou tóxicos para a reprodução;
l) Atividades que impliquem a exposição a agentes biológicos do grupo 3 ou 4;
m) Trabalhos que envolvam exposição a sílica.
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Serviço interno - atividade exercida pelo empregador ou por trabalhador designado (apenas para as atividades de
segurança e higiene do trabalho), quando:
5 - Empregador tem de solicitar autorização à ACT para utilizar esta modalidade e tiver sido concedida
6 - A empresa:
a) não apresentar taxas de incidência e de gravidade de acidentes de trabalho, em cinco anos seguidos, superiores à média
do respetivo setor;
b) não tiver sido condenada, nos dois últimos anos, pela prática de contraordenação muito grave em matéria de SHST ou
em reincidência pela prática de contraordenação grave em matéria de SHST;
c) não tiver comunicado à ACT e DGS a verificação da alteração dos elementos que fundamentaram a autorização, no prazo
de 30 dias.
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Serviço interno
2 - No conjunto de estabelecimentos distanciados até 50 km daquele que ocupa maior número de trabalhadores e que, com este, tenham
pelo menos 400 trabalhadores
3 - Em estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos que desenvolvam atividades de risco elevado, a que estejam expostos pelo
menos 30 trabalhadores.
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Serviços externos
2 - Tenham 400 ou mais trabalhadores mas dispersos por estabelecimentos distanciados mais de 50 km a partir do de maior
dimensão
3 - Tenham pelo menos, 400 trabalhadores no mesmo estabelecimento ou no conjunto dos estabelecimentos distanciados até 50 km
a partir do de maior dimensão, mas obtenham, junto da ACT, a dispensa de serviços internos por reunirem os seguintes
requisitos(artº 80º da Lei nº 102/2009)
b) Apresente taxas de incidência e de gravidade de acidentes de trabalho, nos dois últimos anos, não superiores à média do respetivo seto
r
c) Não existam registos de doenças profissionais contraídas ao serviço da empresa ou para as quais tenham contribuído direta e
decisivamente as condições de trabalho da empresa
d) O empregador não tenha sido punido por infrações muito graves respeitantes à violação da legislação de segurança e saúde no trabalho
praticadas no mesmo estabelecimento nos últimos dois anos
e) Se verifique, pela análise dos relatórios de avaliação de risco apresentados pelo requerente ou através de vistoria, quando necessário,
que são respeitados os valores limite de exposição a substâncias ou fatores de risco. e designem um trabalhador com formação adequada que
represente o empregador para acompanhar e coadjuvar a adequada execução das atividades de prevenção pelos serviços externos
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2 - Não sejam abrangidas pela obrigatoriedade de organizar serviços internos (n.º 3 artº 78.º)
As empresas têm de celebrar acordo escrito entre elas, destacando a empresa “lider” e as suas funções nesse
agrupamento,
O acordo tem de ser submetido à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) a fim de obterem autorização
para utilizar esta modalidade
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- o planeamento da prevenção, integrando, a todos os níveis e para o conjunto das atividades da empresa;
- a organização dos meios destinados à prevenção e proteção, coletiva e individual, e coordenação das medidas
a adotar em caso de perigo grave e iminente
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Requisitos de pessoal do serviço de Segurança e Saúde do Trabalho (artº 101 da Lei nº 102/2009)
Estabelecimento industrial
- Até 50 trabalhadores: 1 técnico o controlo periódico da exposição a agentes químicos, físicos e biológicos;
- Mais de 50 trabalhadores: 2 técnicos por cada 1500 trabalhadores abrangidos ou fração, sendo um deles
técnico superior
Restantes estabelecimentos:
- Mais de 50 trabalhadores2 t+ecnicos por cada 3000 trabalhadores abrangidos ou fração, sendo pelo menos um
deles técnico superiora elaboração de um programa de prevenção de riscos profissionais;
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Requisitos de pessoal do serviço de Segurança e Saúde do Trabalho (artº 101 da Lei nº 102/2009)
Estabelecimento industrial
Restantes estabelecimentos:
Empresas com mais de 250 trabalhadores, o médico ser coadjuvado por um enfermeiro com experiência
adequada
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