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Unidade do paciente e seu

preparo

Professora: Enfº Sabrina


Unidade do paciente
A Unidade do Paciente é o conjunto de espaço e móveis, dentro da unidade de enfermagem
necessário a cada paciente.
Quando uma pessoa é internada em um hospital, é designada a uma unidade. Essa unidade pode
estar em um quarto individual, sendo identificada pelo número do quarto, ou pode dividir o
quarto com outras unidades (não mais de três ou quatro), sendo designada, neste caso, pelo
número do quarto seguido de uma letra ou de outro número. Quando há várias unidades em um
quarto, deve haver um sistema de biombos ou de cortinas que permita manter a intimidade do
paciente e isolar a sua unidade das outras.
É importante que as pessoas que trabalham em um hospital conheçam quais são os componentes
da unidade do paciente e os cuidados que é preciso ter com ele.
Objetivos:
− Proporcionar ao paciente: ambiente agradável, seguro e confortável; estas são condições para a
sua rápida recuperação.
− Proporcionar à enfermagem condições para o bom desempenho de suas atividades.
Descrição da unidade do paciente
Há Unidades do Paciente mais ou menos sofisticada, mas basicamente constam de: 1 cama com colchão, 1
mesa de cabeceira, 1 cadeira, 1 mesa de refeições, ponto de 02, campainha, etc. .
Se precisar, a mesa de cabeceira deverá estar equipada com: cuba rim, papagaio e/ou comadre, bacia,
saboneteira.
Os móveis devem estar dispostos sem ajuntamentos, permitindo boa circulação ao redor. Há leis que
determinam a metragem dos quartos e enfermarias, levando em conta o número de leitos e o tipo de
pacientes que irão ocupá-los.
Quando uma pessoa é internada em um hospital, permanecerá na cama durante a maior parte do tempo de
estada no hospital. Em certos casos, não poderá levantar-se da cama durante todo o dia e nela realizará todas
as atividades que o seu estado lhe permita. Por isso, dá-se muita importância a tudo que se relacione com a
cama, nos cuidados aos pacientes e ao ambiente. Pelo mesmo motivo, os leitos usados em hospitais têm uma
forma peculiar e isso é a primeira coisa que se estuda ao falar da unidade do paciente.
Existem vários tipos de camas hospitalares adaptadas aos diferentes problemas que os pacientes podem
apresentar. Há camas especiais, de acordo com problemas apresentados pelos pacientes (paralíticos, com
grandes queimaduras, etc.).
Cama padrão segue as seguintes
características:
• É mais alta e mais larga do que aquelas não utilizadas nos
hospitais, para facilitar o trabalho das pessoas que vão cuidar
do paciente.
• A cabeceira é articulada. Isso permite que o paciente possa
ficar sentado na cama com facilidade. Também permite outros
tipos de posições adequadas a certos pacientes. Os
movimentos da cabeceira se realizam com ajuda de manivelas,
embora também existam camas com dispositivos elétricos.
• Tem rodas para facilitar o traslado do paciente dentro do
hospital para alguns exames ou para o centro cirúrgico. Dispõe
de um dispositivo de freio para mantê-la imóvel.
• Podem ser acopladas algumas grades nela para evitar quedas
em situações de pacientes com o equilíbrio alterado ou que se
movimentam de maneira descontrolada.
• O colchão da cama é adaptado aos movimentos da cabeceira.
Deve ser duro e estar protegido por uma capa impermeável e
de fácil limpeza. Para os pacientes com dificuldade de
movimentação, podem ser colocados colchões especiais (de
água, de ar, etc.).
Encontram-se também em uma unidade do paciente os elementos comuns de um quarto, isto é: há uma
mesinha de cabeceira, uma cadeira, uma lâmpada que pode ser acesa sem sair da cama, um cesto para papéis
e um armário para roupa. Nos quartos dos hospitais, existe ainda uma mesinha auxiliar para refeição e para ler
na cama. Muitas mesinhas de cabeceira podem converter-se em mesas auxiliares.
Além disso a unidade deve ter:
• sistema de comunicação
• válvula para oxigênio
• suportes para o soro
• ar-condicionado
• porta é suficientemente larga
• sofá-cama para o acompanhante

Cada quarto terá um banheiro. A porta de entrada será suficientemente ampla para permitir a entrada de uma
cadeira de rodas. Costumeiramente, tem pia, vaso sanitário e bidê com algum sistema de apoio que facilite o
seu uso pelos pacientes com problemas de movimentação. Na maioria dos hospitais, existe banheira ou ducha
nos banheiros dos quartos. Em alguns, o banheiro é compartilhado por dois quartos conjugados.
Unidade de enfermagem
Os pacientes são agrupados por patologias semelhantes ou por idade. Quer dizer, os doentes com problemas
respiratórios estarão na mesma área, as crianças também estarão juntas, etc., formando unidades de
enfermagem.
Uma Unidade de Enfermagem é formada por um número variável de unidades de pacientes (conforme o
tipo de doente) e os espaços comuns. Normalmente, o pessoal da saúde se encarrega do atendimento a
pacientes de uma só unidade de enfermagem.
Conforme o tamanho do hospital, cada unidade pode ocupar um andar ou parte dele. Nos hospitais grandes,
podem existir várias unidades dedicadas a uma mesma especialidade. Nos pequenos, pacientes de diferente
especialidade podem estar reunidos na mesma unidade. Entre o pessoal que trabalha em um hospital, é
comum referir-se a uma especialidade pelo número do andar que ocupa.
Componentes das unidades de enfermagem:

Posto de enfermagem
Sala de serviço
Sala de utilidades
Copa
Enfermaria
Quartos
Rouparia
Expurgo
Todos os andares têm uma sala de estoque para material de reserva, coisas que não são usadas
constantemente.
Além disso, existe uma sala para exames ou curativos com uma maca adequada e o material característico da
especialidade. Encontram-se nessa sala o aparelho para ECG e maca especial para paradas cardíacas ou
ressuscitação.
Numa extremidade da unidade, pode haver uma sala de estar para os doentes e família, com poltronas, mesas
e cadeiras. Tem televisão, revistas, jornais e alguns jogos de mesa. Todas as seções devem ter salas de
descanso para o pessoal e outras salas para as visitas, que terão banheiros anexos. Também há uma sala de
aula pequena para consultas clínicas ou de estudo e uma sala para os médicos.
Tipos de unidades

As Unidades de Enfermagem podem ser classificadas de acordo com o tipo de paciente que recebem ou de
acordo com os cuidados que esses pacientes requerem.

Exemplos: 1º tipo: unidades médicas, cirúrgicas, de pediatria, de isolamento, feminina e masculina.


2º tipo: unidades de tratamento intensivo, unidades de cuidados intermediários.
Limpeza da unidade do paciente
Ao pessoal de enfermagem compete concorrer para que essas condições sejam oferecidas ao paciente.
A limpeza de Unidade consiste na limpeza geral de todo o mobiliário que compõe a unidade; é feita sempre
que o paciente deixar definitivamente o leito (alta, óbito, transferência) ou quando a permanência do paciente
no hospital torna-se prolongada (Uma vez por semana).

Finalidades:
• Manter a Unidade com aspecto limpo e agradável;
• Remover microrganismos, para evitar contaminação.
• Para que a limpeza seja feita de maneira rápida e eficiente, alguns pontos devem ser observados.

Eles são: os movimentos utilizados devem ser amplos e sempre num só sentido; a sequência da limpeza deve
ser observada para evitar sujar áreas que já foram limpas; a água utilizada deve ser trocada sempre que
estiver suja; após a limpeza, se possível, o leito deve permanecer exposto ao ar e à luz solar.
Só em caso de emergência o leito deve ser imediatamente arrumado.
Material necessário:
Bacia, panos de limpeza, vidro com a solução desinfetante, balde e sabão.
Cuidados:
• Remover o pó com pano úmido;
• Usar a solução na concentração certa;
• A limpeza da unidade inclui limpeza da mesinha, cama, cadeira e utensílios de uso individual;
Como proceder para a Limpeza
• Abrir portas e janelas, se possível, para arejar o ambiente;
• Desocupar a mesa de cabeceira e cadeira e levar o jarro de água, copo, comadre para desinfecção;
• Retirar a roupa de cama e colocá-la no hamper ou no local apropriado;
• Levar o material para a unidade, forrar a cadeira e colocar o material sobre a mesma;
• Iniciar a limpeza pela mesa de cabeceira, parte externa e interna;
• Limpar um lado do travesseiro colocá-lo sobre a mesa de cabeceira e proceder a limpeza do outro lado;
• Se houver impermeável, abri-lo sobre o colchão e limpar a parte exposta, dobrar e afastá-lo para uma metade do colchão;
• Limpar a metade livre do colchão;
• Passar o impermeável para a parte limpa do colchão, unindo parte limpa com parte limpa e a seguir proceder à limpeza da
outra parte do impermeável; colocar o impermeável todo limpo sobre a mesa da cabeceira;
• Limpar a outra metade do colchão;
• Afastar o colchão para expor metade da cama e proceder a limpeza dessa parte, incluindo as molas;
• Unir parte limpa da cama com parte limpa do colchão para proceder a limpeza do restante da cama;
• Expor a parte do colchão ainda suja e proceder para a sua limpeza;
• Retirar o material da cadeira e limpá-lo;
• Limpar a parede próxima á unidade;
• Deixar a unidade do paciente em ordem e arrumar o leito quando for necessário;
• Levar o material utilizado para o local apropriado lavá-lo e guardá-lo.

Arrumação da unidade do paciente
Durante sua permanência no hospital, o paciente passa a maior parte do tempo no leito. Existem vários
modelos de camas hospitalares, desde o mais tradicional, com manivelas nos pés da cama para elevar a
cabeceira os joelhos, os pés e a altura da cama, até os modelos mais modernos, elétricos. Todas elas possuem
grades laterais, que não só garantem a segurança do doente, evitando que ele caia do leito, como também o
ajudam a se virar e a se movimentar.
Contudo, tanto na cama elétrica quanto manual, o conforto do paciente só pode ser garantido por um bom
colchão e por uma cama bem arrumada; isto é responsabilidade da equipe de enfermagem.
Precauções na arrumação da cama do paciente:
• Deve ficar com aspecto agradável e acolhedor, para que o doente se acomode à vontade sobre ela;
• Não deve ter dobras, visto que estas são incômodas. Além disso, em pacientes com a pele alterada ou com
problemas de sensibilidade, as dobras dos lençóis podem produzir lesões ou úlceras de decúbito, como
estudaremos em capítulo posterior;
• Por outro lado, não esquecer nunca que a roupa de cama pode constituir-se em importante veículo de
transmissão de doenças de um doente para outro e para o pessoal do hospital. Lembrar que a temperatura
do corpo é excelente para favorecer o crescimento de germes e esta situação ocorre claramente quando o
paciente ocupa a cama por grande número de horas diárias
Tipos de camas

∙ Cama fechada (desocupada);


∙ Cama aberta (ocupada por um doente ambulante);
∙ Cama ocupada (ocupada por um paciente que não pode andar);
∙ Cama de Operado.
Cama fechada (cama desocupada)
A Cama Fechada é feita após alta do paciente, ou antes, de uma nova admissão, e permanece fechada até que
novo paciente seja admitido.
Material necessário:
− Lençóis de baixo, de cima e fronhas. São de algodão forte e branco, para resistir às lavagens freqüentes e
às altas temperaturas. Não se tem o hábito de usar lençóis de baixo ajustáveis, porque são mais difíceis de
deixar totalmente esticados e seria difícil fazer a cama ocupada com eles.
− Traçado. É um lençol pequeno que cobre desde a metade das costas até a coxa. Coloca-se em cima do
impermeável sobre o lençol de baixo, especialmente para os pacientes com problemas de incontinência ou
que tenham de usar o papagaio ou a comadre na cama. É muito mais fácil trocar quando suja do que o
lençol de baixo. O traçado também pode ser empregado para ajudar a mover o paciente.
− Cobertores. Nos hospitais, a temperatura costuma ser elevada e muitas vezes não é preciso utilizá-los, mas
especialmente os pacientes idosos e quando está frio necessitam de um ou dois cobertores. Os cobertores
dos hospitais são de algodão, pela mesma razão que os lençóis.
− Colchas. São igualmente de algodão e geralmente bordadas para enfeitar um pouco a cama.
Costuma-se levar a roupa de cama em um carrinho próprio que se deixa na porta do quarto. Nunca entrar
com os carrinhos nos quartos. A roupa suja não deve entrar em contato com a roupa limpa. Outras vezes,
pode-se ir buscar a roupa na rouparia, especialmente quando é preciso arrumar uma cama fora do horário de
rotina.
Prepara-se toda a roupa necessária e coloca-se sobre uma cadeira na ordem em que será utilizada, fazer a
lavagem das mãos e calçar luva se necessario.

1. Lençol de baixo.
2. Impermeável.
3. Traçado.
4. Lençol de cima.
5. Cobertor.
6. Colcha.
7. Fronha.
Técnica de arrumação:
Colocar o lençol de baixo. Coloca-se a dobra central exatamente na metade da cama e
abre-se deixando cair meio lençol para cada lado. Se uma só pessoa o faz, ajusta-se
primeiro a parte da cabeceira, colocando o lençol por baixo do colchão, depois a parte
dos pés do mesmo lado, esticando bem o lençol. Faz-se o mesmo do outro lado. Se
forem duas pessoas, farão ao mesmo tempo a parte da cabeceira e a dos pés, para
evitar que o lençol fique torcido. As dobras são feitas em forma de "V". É a característica
maior das camas de hospital. É uma forma cômoda e fácil para conseguir que as camas
fiquem esticadas e com boa aparência.
Colocar o traçado e se necessário um impermeável embaixo, este é colocado
aproximadamente a 40 cm da cabeceira, sendo preciso considerar que deve proteger a
região das nádegas até a metade da coxa. Esse lençol deve ser um pouco maior do que
o impermeável, porque se este entrar em contato com a pele, pode causar irritação.
Colocar o lençol de cima. Centraliza-se do mesmo modo que o de baixo e deixa-se a
parte de cima dobrada, próxima da cabeceira. A parte dos pés é melhor deixá-la
pendurada até pôr o cobertor e a colcha.
Colocar o cobertor. Centraliza-se bem e deixa-se a parte da cabeceira a uns 10 cm da
borda do colchão.
Colocar a colcha. Para começar, a colcha situa-se na mesma altura que o cobertor e, em alguns lugares,
dobra-se por baixo do cobertor alguns centímetros. Depois, dobra-se a parte da dobra do lençol de cima e
por fim colocam-se por baixo do colchão o lençol superior, o cobertor e a colcha ao mesmo tempo, fazendo
uma dobra em "V", porém sem introduzir os lados por baixo do colchão. Eles ficam pendurados. Realizar
uma dobra de conforto para deixar mais espaço para os pés do paciente.
Coloque os travesseiros na cabeceira da cama, tendo cuidado de não deixar a extremidade aberta da fronha
voltada para o lado da porta.
Coloque a mesa de cabeceira paralela à cama; coloque a cadeira à altura dos pés da cama. Nessa altura, mas
do lado oposto, encaixe a mesa móvel. Deixe o fio da campainha ao alcance do paciente. Se a cama não vai
ser ocupada ou há mais de um paciente no quarto, pode-se deixar a cama por fazer e coberta com a colcha.
Ao terminar de arrumar a cama, recolher tudo e, se for um quarto individual, fechá-lo até a chegada de novo
paciente. Em muitos lugares, costuma-se fechar as persianas para que o quarto fique em penumbra e não
aqueça demais ao ficar fechado.
Também deve-se comunicar ao setor de admissão que a unidade está pronta para receber um novo paciente.
Cama aberta (ocupada por um doente
ambulante)
Significa quando o leito está ocupado por um paciente.

Técnica de arrumação:
Dobre a colcha para baixo até altura do cobertor, envolvendo a extremidade deste, de modo que a lã não
entre em contato com a pele do paciente.
Dobre o lençol protetor do paciente fazendo uma vira sobre a colcha.
Fique de frente para os pés da cama, segurando as cobertas pela vira do lençol com ambas nas mãos.
Faça dobras em leque até ao meio ou até aos pés. As dobras devem ser da mesma largura da vira.
O travesseiro fica encostado na grade da cabeceira.
Cama ocupada (ocupada por um doente
que não pode levantar-se)
Se o paciente não tiver ordem médica para levantar-se, a cama deve ser arrumada com o mesmo deitado. No
caso da pessoa gravemente ferida, a ajuda de uma colega na arrumação pode diminuir bastante o
desconforto que se pode causar ao paciente.
Lembre-se de proteger a intimidade do paciente colocando um biombo.

Técnica de arrumação:
− Coloque a roupa limpa de cama sobre uma cadeira aos pés da cama, na ordem em que será utilizada.
− Coloque um forro para banho sobre a roupa limpa.
− Solte as cobertas dos pés da cama; retire-o travesseiro (a menos que isso cause grande incômodo ao
paciente) e coloque-o sobre a cadeira ou sobre a mesa de cabeceira.
− Dobre a colcha ao meio, na direção dos pés da cama e em seguida dobre-a em quatro; retire-a da cama e
coloque-a sobre as costas da cadeira.
− Faça o mesmo com o cobertor.
− Cubra o paciente com o forro de banho e peça-lhe que segure a extremidade superior.
− Retire o lençol protetor por baixo do forro, dobrando-o da mesma maneira que a colcha e coloque-o sobre
as costas da cadeira. (Em geral é nesse momento que o paciente recebe o banho no leito e veste um
roupão limpo). Se ainda não retirou o travesseiro, faça-o agora.
− Vire o paciente de lado, de costas para você. Oriente-o para que ele segure nas grades da cama, de forma a
se sustentar.
− Solte o traçado, o forro de borracha e o lençol de forrar.
− Enrole o lençol de forrar até o centro da cama.
− Coloque o lençol limpo, dobrado, sobre a cama, com a bainha mais estreita nos pés da mesma.
− Desenrole o lençol limpo até o centro da cama, encontrando com o lençol usado.
− Prenda sob o colchão, na cabeceira da cama, a borda do lençol que está próxima a você, escondendo as
pontas.
− Solte o forro de borracha. Se for necessário, seque-o com a toalha de banho usada.
− Coloque o traçado limpo sobre o forro de borracha, verificando se este cobre por completo o primeiro e
desenrole-o até o centro da cama (onde se encontra o traçado sujo).
− Prenda os dois lençóis sob o colchão, juntos ou separadamente.
− Vire o paciente de frente para você deitando-o sobre a roupa de cama limpa e vá para o outro lado da
cama. Antes de virar o doente levante a grade da cama do lado em que você se encontra.
− Solte a roupa de cama deste lado.
− Seque o forro de borracha e enrole-o em direção ao paciente.
− Retire o lençol de forrar e os traçados sujos, enrolando-os juntos, de tal maneira que as partículas e
objetos contaminados que se encontram sobre eles não caiam no chão. Coloque-os juntos com o restante
da roupa suja em um saco apropriado ou sobre uma cadeira. (Nunca jogue no chão a roupa de cama
usada).
− Estique o lençol de forrar, prenda-o sob o colchão na cabeceira e nos pés da cama e esconda as pontas.
− Puxe o forro de borracha e o traçado, estique-os e prenda os juntos separadamente.
− Vire o paciente, colocando-o em decúbito dorsal.
− Mude a fronha do travesseiro e coloque-o sob a cabeça do paciente, sem deixar a extremidade voltada para a porta.
− Estenda o lençol de cobrir limpo, com a bainha mais larga coincidindo com a cabeceira da cama, com o lado do
avesso para cima e desdobre-o primeiro até os pés da cama e, em seguida, até o lado oposto da cama. Faça uma
dobra no alto, de mais ou menos 12cm.
− Retire o forro para banho que está por baixo do lençol limpo, dobre-o e guarde-o.
− Prenda o lençol de cobrir nos pés da cama.
− Coloque o cobertor sob o queixo do paciente e desdobre-o até os pés da cama e até o lado oposto.
− Prendo o cobertor nos pés da cama e esconda as pontas.
− Estenda a colcha sobre o cobertor desdobrando-a em direção ao lado oposto e aos pés da cama. Dobre a
extremidade superior da colcha para baixo do cobertor, para que este não fique em contato com o rosto do
paciente.
− Dobre o lençol de cobrir por sobre a colcha e o cobertor.
− Amarre o fio da campainha e os outros dispositivos na cama.
− Coloque toalhas limpas na mesa de cabeceira e deixe o paciente descansar.
− Apanhe a roupa de cama suja e também as toalhas e a esponja de banho e leve-as, sem encostá-las no corpo, para
o saco de roupa suja.
Cama do operado
Esse tipo de cama é preparado somente na sala de recuperação. Os princípios são os mesmos; a cama é
preparada depois que o paciente é levado para cirurgia. Ela é arrumada de modo que o colchão fique
protegido e a roupa de cama possa ser trocada com o mínimo de desconforto para o paciente. Geralmente
usa-se uma cama especial para esse fim.
O paciente é colocado nessa cama na sala de operação, então é transportado para a enfermaria.

A cama de recuperação possui características especiais, as quais facilitam o cuidado do paciente após a
operação:

• A cabeceira e os pés são desmontáveis;


• A cama é suficientemente estreita para permitir a sua passagem através das portas e dos corredores do
hospital;
• Nesta cama pode ser montado equipamento especial para fraturas, lateralmente ou em nível mais alto;
• O suporte para o soro endovenoso pode ser usado em seis lugares diferentes e tem encaixe com trava.
Técnica de arrumação:
− Descubra a cama, vire o colchão e forre a cama de maneira habitual, usando roupa de cama limpa.
− Estenda um forro de borracha na cabeceira e cubra-o com um traçado de algodão, ou, então, com um
lençol grande, dobrado ao meio, com a dobra voltada para os pés da cama. Prenda-os na cabeceira da
cama e esconda as pontas.
− Estenda as cobertas da mesma forma como o fez na cama desocupada, sem entretanto prendê-las nos pés.
Faça as dobras como de hábito.
− Traga todas as cobertas para os pés da cama, paralelas ao colchão, terminando por dobras. Esconda os
cantos, dobre e enrole.
− Coloque um dos travesseiros de encontro às barras da cabeceira da cama e prenda as pontas nos cantos da
armação da cama.
− Com pedaços de esparadrapo prenda um saco de papel á mesa da cabeceira e não aos lençóis. Cole uma
folha de papel na cama para anotar as medidas de pulso respiração e pressão.
− Arrume os seguintes artigos na mesa de cabeceira, de modo que fiquem ao alcance da enfermeira: papel e
lápis, dois abaixadores de língua, cuba para vômito e uma caixa de papel absorvente.
Cuidados com o paciente
Higiene oral
A boca é a principal porta de entrada para os germes causadores de doenças no organismo; é um excelente
meio de incubação para estes germes, porque fornece umidade, alimento, calor e proteção em condições
ideais. As infecções da boca são perigosas tanto para o trato digestivo quanto para o trato respiratório.
Uma boca mal tratada pode determinar o aparecimento de cáries dentárias ou halitose (mau hálito), pode
diminuir o apetite e causar desconforto ao paciente, enquanto que uma boca bem cuidada contribui para
dar um aspecto agradável ao rosto.

Deve-se fazer a higiene oral nos seguintes horários: pela manhã antes e após o desjejum
após o almoço, após cada refeição e antes de dormir.

Em casos especiais, como em pacientes graves inconscientes, com sonda no estômago (sng/sog), com
temperatura elevada, operados de estômago, deve-se fazer a higiene oral de duas em duas horas ou mais
vezes, de acordo com a situação.
Material:
• Uma bandeja contendo:
− 01 cuba rim - 01 vidro com solução dentifrícia ou pasta dentifrícia;
− 01 copo com água – 01 escova p/ dentes;
− 01 toalha de rosto - 01 recipiente com cotonetes ou palitos protegidos - 01 abaixador de língua.

Anti-sépticos usados na Higiene Oral:


− Água bicarbonatada a 2%;
− Água mais água oxigenada, em partes iguais;
− Solução dentifrícia
• Supervisionando o cuidado bucal.
− Colocar o material sobre a mesinha de cabeceira, próximo do leito e comunicar ao
paciente.
− Levantar a cama na posição de Fowler.
− Colocar a toalha sobre o tórax do paciente.
− Entregar-lhe a escova com dentifrício e um copo d'água; ensinar como o paciente deve
usar o fio dental.
− Colocar a cuba rim sob o queixo do paciente, para receber a água usada.
− Se necessário, ensiná-lo a escovar os dentes.
− Após a higiene, recolher o material usado, lavar e pôr em ordem, na gaveta da
mesinha.

∙ Cuidados
− Não guardar a escova molhada; colocar para secar.
− Colocar a cama em posição normal.
− Usar água em abundância evitando que o paciente fique asfixiado.

∙ Observações
− Observar se houve sangramento das gengivas no ato da escovação.
− Registrar no prontuário os cuidados prestados e as alterações observadas.
Quando o paciente não pode cuidar de si.
Material: idêntico ao anterior, acrescentando: canudo de plástico ou de borracha.

Procedimentos:
− Suspender levemente e colocar na posição de Fowler.
− Proteger a roupa do leito e a camisola, com toalha de rosto.
− Adaptar a cuba rim ao queixo do paciente.
− Umedecer a escova com a solução dentifrícia.
− Fazer uso do abaixador de língua, se necessário.
∙ Escovar os dentes do paciente na seguinte ordem:
✔ Incisivos e caninos superiores, colocando a escova na altura da gengiva e movê-la para baixo;
✔ Incisivos e caninos inferiores, movendo a escova para cima;
✔ Molares superiores e inferiores com os mesmos movimentos.
− Dar água para bochechar, usando o canudo.
− Dar a cuba para cuspir, logo a seguir.
− Escovar um pouco a língua, para remover a saburra.
− Enxugar-lhe a boca com a toalha
− Após a higiene, recolher o material usado, lavar e guardar.

∙ Cuidados
− Colocar a cama na posição normal.
− Evitar que o paciente fique asfixiado.
− Não guardar a escova molhada, colocá-la para secar.

∙ Observações: as mesmas do procedimento anterior.


Quando o paciente está em estado grave ou inconsciente.
Material: Idêntico ao anterior, acrescentando: abaixador de língua, palitos protegidos ou cotonetes; bolas e algodão.

Procedimentos
− Caso seja possível, levantar a cama em posição de Fowler.
− Proteger a roupa do leito e do paciente com toalha de rosto.
− Adaptar a cuba rim ao lado do queixo do paciente .
− Usar palitos protegidos ou a pinça com algodão (ou gazes).
− Umedecer o palito ou algodão na solução dentifrícia e proceder à limpeza dos dentes com os mesmos cuidados de antes.
− Lavar a língua; usando o abaixador de língua.
− Lavar os lábios e lubrificá-los se estiver ressequido.
− Lavar e guardar o material usado.

∙ Cuidados
− Jogar o saco de papel com o material usado no lixo.
− Ensinar o paciente a deixar escorrer a água pelo canto da boca e não cuspi-la.
− Usar sempre soluções frescas e fracas para a limpeza da boca.

∙ Observações: as mesmas dos procedimentos anteriores.

• Nos pacientes febris e naqueles que se encontram em estado grave, os cuidados de higiene da boca devem ser repetidos a
cada 4 horas, especialmente antes e depois da ingestão de alimentos; o doente deve ingerir bastante líquido, para manter a
umidade da mucosa da boca.
• Todas as precauções devem ser tomadas para que ele não aspire líquido durante a higiene oral, então o equipamento de
aspiração deve estar à mão, para manter a boca e garganta livre de excesso de secreção mucosa ou liquido.
Cuidados com a Dentadura Móvel:
É de responsabilidade da equipe de enfermagem guardar em lugar seguro a dentadura ou a ponte móvel do
paciente, quando ele não tem condições de conservá-la na boca.

∙ Procedimentos:
− Retirar a dentadura com o auxilio de uma gaze e com todo cuidado para não machucar as gengivas.
− Proceder à limpeza das gengivas, língua e lábios.
− Escovar a dentadura, colocar em solução até ser recolocada na boca do paciente.
− Se o paciente estiver inconsciente ou submetido a uma cirurgia, a dentadura não devera ser recolocada.
Banho no leito
Os banhos favorecem a eliminação de impurezas e estimulam a circulação na pele; constituem de certa
forma um exercício moderado, relaxa o paciente e é, ao mesmo tempo, uma boa oportunidade para
observá-lo:
Em geral, todos os pacientes que não podem andar, recebem todos os dias um banho completo no leito.
A enfermeira chefe irá informá-lo sobre o tipo de banho que cada enfermo deverá receber: completo,
parcial, de banheira ou de chuveiro.
A higienização da pele é de grande valia para o organismo humano, devido ás funções que desempenham,
tais como: excreção; respiração proteção, sensibilidade, regulação térmica.
• Finalidades do banho
− Limpar a pele.
− Promover o relaxamento muscular.
− Estimular as glândulas sudoríparas.
− Ativar a circulação.
− Aliviar a sensação de fadiga e o desconforto da posição permanente e da umidade produzida pelo calor.

Os cuidados de higiene podem ser classificar-se de acordo com a extensão corporal, com a
ajuda e com o local onde são executados:
• Segundo a extensão
− Total
− Parcial
• Segundo a ajuda
− Total
− Parcial
• Segundo o local
− Cama
− chuveiro
• Material necessário
∙ Bandeja contendo:

− 01 cuba rim com 03 compressas;


− 01 jarro com agua na temperatura de 40 Cº
− 01 jarro com agua na temperatura natural
− 01 bacia
− Luvas
− 01 cuba rim com termômetro para agua
− 01 pente ou escova de cabelo
− Sabonete
− Creme para hidratação
− Talco

• Material necessário fora da bandeja:


− 01 Comadre ou papagaio;
− Camisola ou pijama;
− Roupa de cama completa, incluindo as toalhas.
Material acessório: 01 Hamper (para roupa usada); 01 balde; biombos.

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