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Outra Obra-prima de Steven Spielberg

O filme A lista de Schindler(1993) é uma obra baseada em uma história real,


onde um empresário alemão, Oskar Schindler, decide aplicar sua influência do
partido nazista para abrir uma fábrica e realizar seu grande sonho. Nesse
contexto, ele irá usar a mão de obra judia, por ser mais barata, para lucrar nos
negócios. Porém, ao ver a real situação que os judeus se encontravam durante
a guerra, ele se compromete a mudar esse contexto, mesmo que isso custe o
seu sonho e toda a sua fortuna.

Esse filme foi escrito pelo roteirista Steven Zaillian e dirigido por um dos
grandes diretores do cinema norte-americano, Steven Spielberg. Para os
ignorantes, é o diretor com a maior quantidade de obras listadas no ranking dos
100 Melhores Filmes de Todos os Tempos, tendo vencido o Oscar de melhor
diretor por duas vezes. Para os apaixonados, um dos melhores diretores de
todos os tempos. Mesmo tendo feito tantos filmes que mudaram a história do
cinema, como E.T – O Extraterrestre(1982), Tubarão(1975), Indiana Jones e os
Caçadores da Arca Perdida(1981), entre outros; Steven Spielberg lançou A
Lista de Schindler e mexeu mais uma vez com seus expectadores.

Usando um olhar crítico para essa obra, A lista de Schindler é um filme que
cumpre o seu propósito. Mesmo tendo um andamento mais devagar e
apresentando o estilo antigo do uso do “preto e branco” na maior parte do
filme(99,9%), o filme conseguiu atrair a atenção do público á história. Foram
apresentadas cenas extremamente impactantes que mostraram a brutalidade
da época da II Guerra Mundial, com sangue sem censura e violência abusiva
contra os judeus diante dos espectadores. Mesmo assim, a visão otimista
sobre o filme não mudou, pelo contrário, ela aumentou. Uma história tão bem
contada sobre o Holocausto e apresentando tantas coisas que puderam ser
vistas de vários ângulos diferentes. Também houveram críticas ás ações
tomadas pelo mundo diante do Holocausto. Enquanto tiveram aqueles que não
tomaram nenhuma iniciativa durante o ocorrido, houveram aqueles como Oskar
Schindler que viram o sofrimento dos judeus e fizeram de tudo para salvar o
máximo de pessoas possíveis, gerando assim verdadeiros exemplos de
compaixão e coragem em um momento tão caótico. Grande parte do crédito
entregue ao filme deve ser direcionado aos atores, pois por causa deles e de
suas interpretações, os personagens saíram melhor do que o esperado.

A escolha do ator Liam Neeson para o papel de Oskar Schindler, o


protagonista do filme, foi sensacional. Além da grande interpretação do ator
diante o seu personagem, o diretor provavelmente pensou, no momento da
escolha, na aparência de Liam. O ator tem uma altura de aproximadamente
1,93m e houve vários momentos em aspectos visuais que esse foi um fator que
ajudou a crescer a imagem do personagem no filme. Oskar Schindler foi um
“salvador” dos judeus no filme e ocorreram cenas onde o personagem foi
cercado por pessoas e isso evidenciou mais a sua ideia de alguém amado,
respeitado e importante para todos aqueles judeus salvos na fábrica.

Uma das muitas artimanhas usadas pelo diretor no filme foi á dualidade. No
decorrer do filme, foram mostrados alguns exemplos dessa dualidade e talvez
podem ter passado despercebidos. Um uso nítido ocorreu na dualidade entre o
bem e o mal, onde o protagonista do filme Oskar Schindle foi representado
como o “bem” e o antagonista do filme Amon Goeth (interpretado pelo ator
Ralph Fiennes) foi presentado como o “mal”, levaram a história a outro nível de
interpretação. Os dois personagens não eram e nem nunca foram bons devido
aos seus interesses egoístas, mas ao longo do filme, o diretor te apresenta
ações individuais de cada personagem que acabam te induzindo a construir
uma imagem “boa ou má” para cada um. Outro exemplo de ambiguidade foi a
qualidade visual. Houve diversos momentos que o diretor usou e abusou da
tremida da câmera como uma forma de contraste com o padrão e de
ambientação com a cena para atrair cada vez mais a atenção do público. Mas
o mais evidente foram as cores. O filme foi apresentado no formato preto e
branco e isso, sem sombra de dúvidas, foi uma grande jogada do diretor. Essa
foi a maior representação do bem e do mal ao filme, o que deu um tom muito
mais dramático e cativante.

Resumindo, “A lista de Schindler“ é um filme importante e emocionante que


retrata de forma impactante um dos períodos mais sombrios da história da
humanidade. Ele nos lembra da importância da compaixão e da coragem em
tempos de adversidade e da necessidade de nunca esquecermos as lições do
passado. Um filme com um roteiro ótimo, uma trilha sonora colocada nos
momentos certos, cenas que marcam o telespectador deixando nunca as
esquecerem, personagens extremamente cativantes, frases que te impactam
diretamente e um final de tirar o fôlego. Eu tiro o meu chapéu para o diretor
diante a essa obra de arte e encerro aqui a minha resenha crítica.

AUTOR: JEFERSON E. M. JÚNIOR


TEMA: FILME A LISTA DE SCHINDLER
ENDEREÇADO A: ROBSON ROMULO VALENTI
DATA: 20/04/2023

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