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2008
II
Agradecimentos
…à Professora Doutora Glória Ramalho, à qual não tenho palavras para agradecer pela
preciosa orientação, apoio e tempo disponibilizado,
…à Professora Doutora Lourdes Mata pelo seu rigor e incentivo para o término deste
trabalho,
…aos professores que colaboraram nas entrevistas, pela sua disponibilidade e colaboração,
…aos meus pais, Irene e Alfredo, especialmente pelo esforço e sacrifício que fizeram para
que pudesse chegar até aqui,
RESUMO
Este estudo tem como objectivo olhar para três manuais de Matemática e ver como estes
introduzem a Álgebra nos 7º e 8º anos, uma vez que é bem patente a importância que estes
têm assumido no processo de ensino-aprendizagem. A análise dos três manuais seguiu os
procedimentos do Project 2061, apoiado pela American Association for the Advancement of
Science. Esta análise assenta na verificação de seis critérios de avaliação: Identificação de um
objectivo, Construção de conhecimento a partir das ideias matemáticas dos alunos,
Mobilização dos alunos para a Matemática, Desenvolvimento de ideias matemáticas,
Promoção do pensamento da Matemática e Avaliação do progresso dos alunos.
Como complemento recorreu-se à entrevista a 13 professores a leccionar Matemática do
7º ano para percebermos qual é a opinião destes professores face à frequência da utilização, ao
papel, função e importância atribuídas ao manual escolar.
Através da aplicação da Grelha de Análise e da análise de conteúdo das entrevistas, os
resultados sugerem que tendo em conta as orientações do Project 2061 os manuais em causa
apresentam uma classificação muito baixa, alertando para a necessidade melhorar em vários
aspectos, especialmente, porque, segundo os professores entrevistados, o manual é ainda um
instrumento muito utilizado: quase todos os professores dizem utilizá-lo no ensino da
Álgebra, e muitos referem que o manual está na base da planificação das aulas leccionadas.
ABSTRACT
This study will look at three manuals of mathematics and see how they introduce
algebra in 7th and 8th grades, since it is clear the importance they have assumed in the
teaching-learning process. The analysis of the three manuals followed the procedures of
Project 2061, supported by the American Association for the Advancement of Science. This
analysis is based on verification of six criteria evaluation: Identifying a Sense of Purpose,
Building on Student Ideas about Mathematics, Engaging Students in Mathematics,
Developing Mathematical Ideas, Promoting Student Thinking about Mathematics and
Assessing Student Progress in Mathematics.
As supplement were interview thirteen teachers who teach Mathematics of the 7th grade
to realize what is the view of these teachers about the frequency of use, the role, function and
importance assigned to the school manual.
Through the implementation of the Grid Analysis and the analysis of contents of the
interviews, the results suggest that taking into account the guidelines of Project 2061 the
manuals in question have a very low rating, prompting the need to improve in several aspects,
especially because, according to teachers interviewed, the manual is still an instrument widely
used: almost every teacher says use it in the teaching of Algebra, and many note that the
manual is the basis of their lessons planning.
ÍNDICE
2.1. Manuais 4
2.4.1. O Currículo 14
2.4.2. As Normas e Princípios para o Ensino da Matemática Escolar 15
2.5. Álgebra 17
3.2. Instrumentos 25
3.3.1. Os Manuais 28
3.3.2. Entrevista 29
3.4. Procedimento 29
VII
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………………..68
ANEXOS
VIII
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Gráfico com o número de itens e a sua respectiva pontuação, obtidos na análise
dos manuais de 7º ano…...………….…………………………………………………….......32
FIGURA 2: Gráfico com o número de itens e a sua respectiva pontuação, obtidos na análise
dos manuais de 8º ano.………….…………………………………………………………….32
XI
LISTA DE ANEXOS
Deste modo, atravØs da anÆlise de alguns manuais do7” e 8” anos, surge o objectivo
principal geral desta investigaªo: saber se os manuais de MatemÆtica, especificamente na
Ærea da `lgebra, tŒm em consideraªo determinados critØrios estabelecidos para anÆlise de
2
manuais, tendo como referŒncia a Grelha de Avaliaª o utilizada no Project 2061, e tambØm o
Programa Nacional de MatemÆtica para o ano lectivode 2007/08.
Deste modo, e por tudo o que jÆ foi dito, a relevncia deste estudo estÆ claramente
associada importncia do manual escolar, enquanto ferramenta de mediaªo entre o
currculo prescrito e as prÆticas pedaggicas, e qu e assume um papel especialmente
importante na orientaªo do ensino da matemÆtica. M as estarÆ ele elaborado de acordo com as
competŒncias matemÆticas que se pretendem atingironfinal de cada ciclo?
Assim, elucidando, os objectivos especficos deste trabalho prendem-se com:
1. Verificar como Ø que luz dos critØrios utilizados na Grelha de Avaliaªo no Project
2061 os 6 manuais portugueses analisados se comportam quanto Identificaªo de um
sentido de objectivo, Construªo de conhecimento a partir de ideias matemÆticas dos alunos,
Mobilizaªo dos alunos para a MatemÆtica, Desenvolv imento de ideias matemÆticas,
Promoªo do pensamento sobre a MatemÆtica e Avaliaªo do progresso dos alunos na
MatemÆtica.
2. Verificar quais as opiniıes de um grupo de docen tes face utilizaªo, papel,
importncia e funªo do manual escolar de MatemÆtic a, especificamente na Ærea da `lgebra.
Este trabalho compromete-se a tentar entender de que forma os manuais escolares vªo
ao encontro das competŒncias que se espera que os launos adquiram relativamente Ærea da
`lgebra, e se o conteœdo dos manuais pode facilitar ou nªo esse processo. O trabalho
desenvolvido encontra-se organizado em 5 captulos.
No presente captulo, Captulo I, apresentam-se os aspectos que me permitem identificar
e delimitar o campo de investigaªo, assim como as questıes a que se procura responder, o
contexto da literatura e os aspectos justificativos da importncia desta investigaªo.
No Captulo II vªo ser abordados aspectos de nature za terica que estªo na base de
sustentaªo do trabalho, ou seja, uma revisªo de li teratura que tentou englobar Æreas que vªo
desde os Manuais, a sua importncia e transformaªo , ao Currculo e s Normas
Internacionais para o ensino da MatemÆtica Escolar, `lgebra, e s Dificuldades encontradas
na aprendizagem da `lgebra.
3
O Captulo III esclarece o leitor, em termos metodo lgicos, das questıes de investigaªo
do estudo, de como se procedeu elaboraªo de todo o processo de recolha de dados, do
instrumento utilizado, e do tipo de estudo.
Neste captulo Ø apresentada uma revisªo de literat ura que procura focar os temas
relevantes para deste estudo.
Tendo em linha de conta que o objectivo serÆ analisar se os manuais de matemÆtica de
7” e 8” anos, especificamente na Ærea da `lgebra, Œ
t m em consideraªo os critØrios
estabelecidos para anÆlise de manuais, utilizados no Project 2061, e tambØm o Programa
Nacional de MatemÆtica para o ano lectivo de 2007/08, esta revisªo de literatura irÆ incidir
sobre aspectos como: os Manuais, a sua importncia e a transformaªo necessÆria, o Currculo
PortuguŒs e as Normas Internacionais para o ensinoda MatemÆtica Escolar, e a `lgebra e as
dificuldades a ela associada.
2.1. MANUAIS
Antes de tudo, importa deixar claro o que se considera efectivamente como manual
escolar.
Segundo a actual legislaªo por m anual escolar entende-se:
Para Cabrita (1999), o manual escolar deve assentar na interpretaªo escrita, em formato
de livro, do programa concebido para cada disciplina, para cada ano escolar, sendo, na
maioria das vezes, a ferramenta a que os professores mais recorrem, especialmente na
ausŒncia de uma formaªo adequada para a educaªo c ientifica no 1” ciclo (SÆ, Reis, Ramos
& Pato, 1999). Tormenta (1996) acentua a importnci a deste auxiliar de aprendizagem,
afirmando que muitas vezes este surge mais em funª o do prprio professor, do que
propriamente do aluno.
5
O conjunto de orientaıes curriculares, sujeitas a aprovaªo nos termos da lei, especficas para uma
dada disciplina ou Ærea curricular disciplinar, definidoras de um percurso para alcanar um conjunto
de aprendizagens e de competŒncias definidas no currculo nacional do ensino bÆsico ou no currculo
nacional do ensino secundÆrio(Lei n”47/2006).
aluno, que, obviamente, nªo contenha erros cientfi cos, e que, principalmente, esteja de
acordo com as directrizes do programa oficial, como refere Ponte et al. (1997).
Autores como Correia (1998) consideram que os manuais de MatemÆtica sªo, em grande
parte, responsÆveis pelo insucesso dos alunos na Ær
ea, sobretudo pelo modo como as
actividades sªo apresentadas, postulando mesmo que raramente possuem rigor cientfico, e
que ao invØs de proporem verdadeiros problemas, propıem meros exerccios de treino
repetitivo.
Alargando os horizontes verificamos tambØm que nªo sªo s os autores portugueses a
demonstrar preocupaªo e interesse por estas matØri as. De facto, nos Estados Unidos da
AmØrica os investigadores averiguam se os manuais escolares estªo construdos da forma
mais adequada. E expressam a sua preocupaªo pelo f acto de o manual escolar de MatemÆtica
ser, para muitos professores de MatemÆtica, o seu principal suporte na implementaªo do
currculo. Avaliaıes recentes a manuais de ensino bÆsico e secundÆrio identificaram muitos
erros e uma grande nœmero de afirmaıes e problemas ambguos e confusos, diz-nos o
National Mathematics Advisory Panel (2008).
Cabrita (1999) levou a cabo um estudo, onde participaram 179 professores de
matemÆtica, a leccionar o 7” ano, onde encontrou da
dos que demonstravam que 80% desses
professores nªo participaram minimamente na escolha do manual escolar para a sua
disciplina, mas tambØm que os professores se encontram divididos quanto concordncia
com a escolha do manual. Os principais critØrios subjacentes selecªo do manual de
MatemÆtica foram: conceitos com um grau de complexidade adequado ao nvel cognitivo do
aluno; rigor cientfico; variedade de tarefas; aspe cto grÆfico adequado ao pœblico-alvo;
explicitaªo dos objectivos a atingir pelo aluno; e por fim, uma grande quantidade de
propostas de avaliaªo.
Segundo o mesmo autor, os docentes aderem, em grande maioria, sequŒncia proposta
pelo manual essencialmente a nvel de conteœdos mas tambØm a nvel de tarefas e
metodologia.
Outra conclusªo importante a ressalvar do estudo Ø que a percentagem (10%) dos
professores que nªo fazem uso do manual aquando da planificaªo da aula, Ø um valor
demasiado baixo. Principalmente se atentarmos que 96% destes docentes advogam a
utilizaªo pelo aluno do manual fora da aula, seja para fomentar hÆbitos de estudo, seja para
aprofundarem conceitos abordados nas aulas.
7
A autora, refere ainda que a quase totalidade dos docentes afirma utilizar outros
elementos de trabalho, tais como: outros manuais escolares, fichas de trabalho, material
didÆctico, livros de exerccios, e livros e revistas cientfico-didÆcticos da especialidade.
Sintetizando as ideias apresentadas podemos concluir que o manual escolar assume um
papel demasiado importante na planificaªo de aulas e na utilizaªo por parte dos professores,
para que a qualidade dos conteœdos, a forma de apresentaªo das tarefas propostas, ou atØ a
apresentaªo grÆfica sejam deixadas ao acaso. Um es tudo acerca de manuais do ensino bÆsico,
denominado Project 2061, desenvolvido nos Estados Unidos da AmØrica, evidenciou que
nenhum dos manuais analisados possua os requisitos mnimos para um ensino eficaz, e
inclusive de 13 manuais de matemÆtica, apenas 4 foram classificados satisfatoriamente
(Budiansky, 2001).
8
Considerando que os manuais escolares sªo o ponto d e partida deste trabalho, seria
impensÆvel nªo referir a questªo central do mesmo, a anÆlise de manuais.
Reys et al. (2004) abordam a importncia dos manuai s escolares de MatemÆtica,
referindo pontos importantes no que concerne a construªo e validaªo dos mesmos. Uma das
crticas que fazem remete-nos para o facto de os ma nuais escolares nªo serem testados nem
avaliados antes de serem comercializados, em parte devido aos largos custos que da adviriam
para as editoras. O que resulta numa falta de controlo do que Ø mantido de uma ediªo para a
outra.
Outra questªo levantada por Reys et al. (2004) estÆ directamente relacionada com uma
das questıes colocadas neste estudo: serÆ que a elaboraªo dos manuais escolares estÆ
baseada nos objectivos do currculo? Os autores afi rmam que nªo, pois na grande maioria dos
pases industrializados o conteœdo dos manuais escolares Ø deixado responsabilidade de um
poder mais local e nªo administrativo. Ter-se-Æ a oportunidade neste estudo de verificar que
no caso especfico de Portugal isso tambØm se constata.
Em Portugal, o MinistØrio da Educaªo, atravØs da Direcªo Geral de Inovaªo e
Desenvolvimento Curricular, criou recentemente um conjunto de 4 critØrios e vÆrios pontos de
anÆlise, que as escolas deverªo ter em consideraªo aquando da selecªo e adopªo dos
manuais escolares, nomeadamente a organizaªo e mØt odo do manual, a informaªo, a
comunicaªo e as caractersticas materiais do manua l [Anexo C].
TambØm nos Estados Unidos da AmØrica nªo existia, atØ hÆ pouco tempo, nenhum
referencial que permitisse avaliar de forma apropriada o conteœdo e utilidade dos materiais
educativos, como de resto acontece na maioria dos pases. Mas recentemente, com a criaªo
dos Princpios e Normas para a MatemÆtica Escolar (Principles and Standards for School
Mathematics), isso tornou-se possvel nos Estados Unidos da Am Ørica e veio facilitar a
tomada de decisıes mais eficazes acerca dos materia is curriculares (NCTM, 2000).
Tendo como objectivo analisar os materiais curriculares relativos `lgebra, um grupo
de investigadores, iniciou em 1985, o denominado Project 2061, financiado pela National
Science Foundation, e apoiado pela American Association for the Advancement of Science
AAAS. A criaªo deste projecto surge da necessidade dos professores/educadores terem de
escolher qual o manual mais indicado. Os comitØs de adopªo de manuais fazem
recomendaıes que influenciam as decisıes diÆrias q ue os professores tomam acerca de quais
9
as unidades ou captulos a ensinar. Essas decisıes requerem um mØtodo fiÆvel e vÆlido para
avaliar a qualidade dos materiais curriculares.
Na prÆtica, o que resultou deste projecto, isto Ø,o procedimento de anÆlise dos manuais,
dizem os autores, serve nªo s para responder s ne cessidades da escola face escolha de um
manual como tambØm, auxilia os professores a reveros materiais (manuais) jÆ existentes para
melhorar a sua eficÆcia e pode ainda servir de guiaaos investigadores na criaªo de novos
materiais.
No seu nvel mais simples, a anÆlise dos manuais do Project 2061 envolve cinco passos:
1. Identificar objectivos especficos de aprendizag em, para servir como a base
intelectual para a anÆlise. Isto Ø feito antes de es comear a examinar qualquer material
curricular. Na base da criaªo de objectivos apropr iados poderªo estar o programa nacional,
documentos como por exemplo, Curriculum and Evaluation Standards for School
Mathematics (NCTM, 1989) ou Principles and Standards for School Mathematics (NCTM,
2000), entre outros, normas estatais ou locais e estruturas do curriculum. Para serem œteis, os
objectivos devem ser precisos na descriªo do conhe cimento ou das competŒncias que se
pretende que os estudantes adquiram. Se o leque dos objectivos for muito grande, deve ser
seleccionada uma amostra representativa destes, com a finalidade de anÆlise.
2. Fazer uma inspecªo preliminar dos materiais cur riculares para verificar se se dirigem
aos objectivos de aprendizagem estipulados. Se se comprovar pouca ou nenhuma
correspondŒncia, os materiais podem ser rejeitados sem anÆlise adicional. Se a
correspondŒncia for mais positiva, admite-se continuar a anÆlise.
3. Analisar os materiais curriculares verificando se existe um alinhamento entre o ndice
e os objectivos de aprendizagem apresentados. A finalidade aqui Ø determinar se o ndice do
manual concilia os objectivos especficos de aprend izagem, e nªo apenas apurar se os ttulos
dos tpicos sªo similares. Ao nvel do tpico, o al inhamento nunca Ø difcil, visto que a
maioria de tpicos, variÆveis, equaıes, e assim po r diante, pecam pela falta de
especificidade, tornando-os os fÆceis de combinar. Se os resultados desta anÆlise forem
positivos, a seguir os revisores passam etapa seg uinte.
4. Analisar os manuais averiguando se existe um alinhamento entre a instruªo e os
objectivos de aprendizagem definidos. Isto envolve estimar o grau em que os materiais
(incluindo o guia do professor) reflectem o que Ø conhecido acerca dos processos de
aprendizagem dos estudantes e acerca do ensino eficaz e, mais importante, o grau em que ele
apoia o aluno na aprendizagem de um determinado saber e as competŒncias a que corresponde
o conteœdo encontrado. Novamente, a clareza dos manuais deve ser notria.
10
Foi, assim, apresentada a literatura encontrada acerca da anÆlise de manuais, que elucida
jÆ o leitor para a necessidade de explorar este tipo de questıes.
12
A escolha do manual escolar muitas vezes determina o que os professores vªo ensinar,
como o vªo fazer, e como os alunos vªo aprender (R eys et al., 2004, p.61). Se atentarmos
nesta afirmaªo serÆ lgico pensarmos entªo, que a escolha e adopªo desses manuais deverÆ
ser feita de modo cuidadoso, pois muitas sªo as imp licaıes que dela advØm. Portanto essa
escolha deveria basear-se numa anÆlise criteriosa de alguns itens que asseguram com a sua
presena que determinado manual Ø detentor das cara ctersticas indispensÆveis para um ensino
de qualidade.
Remillard (2000) sugere que os manuais deverªo func ionar como um apoio aos
professores para que estes possam interpretar e desenvolver as tarefas.
Novamente, Reys et al. (2004) sugerem que ao invØs de cada unidade da matØria
consistir numa pequena amostra de exerccios que o professor apresenta, seguido de um
conjunto de exerccios repetitivos e que remetem ap enas para a memorizaªo, os manuais
escolares deveriam basear-se em objectivos curriculares desafiantes e em estratØgias
educativas consonantes com os actuais estudos acerca da aprendizagem. As skills
(capacidades) continuariam a ser o tema central dos manuais, mas os professores
introduziriam essas skills em contextos vÆrios, onde encorajem os estudantesa explorar novas
ideias, a resolver problemas, a partilhar estratØgias, e a construir o conhecimento com base
numa slida compreensªo conceptual.
Um estudo de grande relevncia e que nos alerta par a a necessidade de fazer alteraıes
na forma como os conteœdos sªo apresentados aos alunos Ø-nos dado a conhecer por
Watanabe (2003), onde ainda que recorrendo Ærea especfica da multiplicaªo verifica um
conjunto de diferenas entre manuais americanos e j aponeses.
Outro aspecto, que tambØm remete para alteraıes ne cessÆrias a efectuar nos manuais,
ainda no referente multiplicaªo, Ø sugerido por Anghileri (1995) e estÆ directamente
relacionado com a utilizaªo comummente errada da e xpressªo vezes, ao invØs da correcta
multiplicado por, e que muitas vezes induz os alu nos em diferentes interpretaıes da
mesma afirmaªo multiplicativa. Por exemplo, 3x4 li do como 3 multiplicado por 4 significa
3+3+3+3, enquanto que 3 vezes 4 significa 4+4+4. Esta diferente forma de anÆlise em
consequŒncia do tipo de linguagem utilizado pode criar dificuldades significativas entre as
crianas que estªo a comear a lidar com esta opera ªo, segundo o autor.
13
Como verificamos nesta pequena sntese sªo muitas a inda as transformaıes necessÆrias
defendidas por alguns autores confirmando o que nos diz Dionsio (1999) sobre o facto de os
manuais serem ainda elaborados a pensar essencialmente nos docentes, e nªo nos alunos,
revelando-se assim pouco adequados como recurso de aprendizagem.
14
Sendo jÆ um pouco mais especfico e detalhado este documento faz tambØm referŒncia
ao que chama ExperiŒncias de Aprendizagem
, onde remete o leitor para a importncia de
todos os alunos terem oportunidades de vivenciar diversos tipos de experiŒncia, para o
desenvolvimento de uma boa competŒncia matemÆtica.
Sugere, entªo a realizaªo de quatro
tipos de experiŒncia: resoluªo de problemas, activ idades de investigaªo, realizaªo de
projectos e jogos.
Para alØm destes tipos de experiŒncias de aprendiza
gem, sugere que os alunos tenham
oportunidade de contactar com aspectos da Histria, do desenvolvimento e da utilizaªo da
MatemÆtica.
2.5. `LGEBRA
2.5.1. `lgebra
Segundo os autores Stacey e MacGregor (1997), a `lg ebra corresponde Ærea da
MatemÆtica que recorre utilizaªo de smbolos e l etras para representar nœmeros, pontos e
outros objectos, assim como as relaıes entre eles. A `lgebra pode ser utilizada como meio
de simplificar uma comunicaªo, mostrar que um cÆlc ulo pode ser feito por nœmeros
particulares e tambØm para um nœmero geral, alØm depoder ser utilizada para resolver
equaıes.
Pode mesmo dizer-se que a compreensªo do significad o do sinal de igualdade tem sido
alvo de muita atenªo, como conceito fundamental no entendimento da `lgebra. Um estudo
recente levado a cabo por Knuth et al. (2006), nos Estados Unidos da AmØrica, onde foi
analisada a compreensªo do sinal de igualdade de al unos no ensino bÆsico, confirma que
muito poucos alunos retØm uma perspectiva relacional do sinal de igualdade, e que nªo existe
uma melhoria no entendimento do significado do smb olo de igualdade com o avanar dos
anos. Outra conclusªo importante, talvez a mais rev eladora, Ø a forte relaªo encontrada entre
o entendimento do significado do sinal e o desempenho dos alunos na resoluªo de
problemas. Sugerindo, tambØm, que atØ alunos que ai
nda nªo contactam directamente com a
`lgebra possuem um melhor entendimento de como reso lver equaıes, quando por sua vez
possuem um entendimento relacional do sinal de igualdade.
fundamental para o aluno que estuda `lgebra compr eender a interacªo entre as
operaıes, como por exemplo, o caso da relaªo inve rsa entre a multiplicaªo e a divisªo,
bem como a adiªo e a subtracªo. Ainda assim, Ø ai nda mais importante conhecer a
hierarquia das operaıes numa expressªo matemÆtica, pois, Ø fundamental que os alunos
saibam calcular 5 + 4 x 7/3.
Tal como nas operaıes comuns, existem determinadas regras a respeitar quando se
executam operaıes algØbricas. As principais, segun do Linchevski e Herscovics (1994),
apresentam-se de seguida:
- ordem das operaıes: a multiplicaªo e divisªo tŒ m prioridade sobre a adiªo e a
subtracªo;
- entre as operaıes de multiplicaªo e divisªo, nª o existe uma prioridade definida;
- as operaıes entre parŒnteses tŒm prioridade sobre as restantes;
- um sinal antes de um parŒnteses afecta todos os nœmeros constantes nesse parŒntesis.
19
Relativamente anÆlise do erro, Booker (1988 cit. por InÆcio, 1997) sªo cinco as fases a
seguir relativamente a esta.
1. Identificar as estratØgias do aluno
2. Determinar a origem das dificuldades do aluno
3. Proporcionar que o aluno compreenda que a sua estratØgia Ø inadequada
4. Demonstrar ao aluno a estratØgia correcta
5. Colocar disposiªo do aluno a prÆtica necessÆria generalizaªo dessa estratØgia,
em vÆrios graus de dificuldade.
2.5.3. Razıes para que tantos alunos encontrem difi culdades na aprendizagem da
`lgebra
Os nœmeros racionais
Raciocnio quantitativo
Muitos erros cometidos pelos alunos na `lgebra pare cem ser o resultado da sua
inatenªo a estruturar expressıes e equaıes. Segun do Thompson e Thompson (1987) os
erros tpicos encontrados em estudos anteriores ace rca dos erros dos alunos sugerem que os
alunos falham frequentemente na compreensªo de que as frmulas nos sistemas simblicos
matemÆticos possuem uma estrutura intrnseca.
Thompson (s.d.) defende a premissa de que a `lgebra Ø fundada geneticamente sobre
um raciocnio quantitativo competente, e por racioc nio quantitativo entende-se o raciocnio
sobre situaıes atravØs de termos quantitativos ou operaıes quantitativas, ou seja, pensar
numa situaªo com base numa estrutura quantitativa (rede de relaıes quantitativas), em que
duas de trŒs quantidades determinam a 3“ atravØs de
uma operaªo quantitativa.
Por exemplo, supıe-se que uma velocidade mØdia Ø concebida por uma comparaªo
multiplicativa de uma distncia e um intervalo de t empo. Essa velocidade mØdia Ø umratio.
Para conceber a distncia percorrida, como sendo fe ita pela movimentaªo a uma velocidade
mØdia, num intervalo de tempo, temos de reconsiderar a velocidade mØdia como uma escala
de variaªo, da distncia em relaªo ao tempo.
importante ter em atenªo que o raciocnio quanti tativo dos alunos Ø quase como uma
teia de contradiıes. Os manuais escolares e o curr culo nªo promove esse tipo de pensamento
(Stigler, Fuson, Ham & Kim, 1985; Fuson & Stigler, 1989; Porter, 1989, cit. por Thompson,
1990). Seria, portanto, surpreendente encontrar professores em funıes promovendo o
23
raciocnio quantitativo, visto que a maior parte nª o raciocinam eles prprios dessa forma
(Post, Harel, Lesh & Behr, cit. por Thompson, 1990).
EstÆ-se, portanto, a falar de um particular estilode cogniªo que deveria funcionar como
base para o ensino primÆrio, bÆsico e secundÆrio, mas que acaba por ser muito raro.
Estudantes que nªo sªo bons alunos na resoluªo de problemas aritmØticos e algØbricos,
possuem deficiŒncias substanciais ao nvel do pensamento quantitativo (Thompson, s.d.).
A inspiraªo deste modelo terico de pensamento qua ntitativo provØm de vÆrias
perspectivas. A mais proeminente, talvez, serÆ a dos campos conceptuais aditivos e
multiplicativos (Vergnaud, 1982, 1983, 1988; Kaput, 1985; Schawrtz, 1988; Post, Lesh &
Behr, 1988 cit. por Thompson, s.d.).
Muitas fontes sugerem que o raciocnio dos alunos r aramente se dÆ em termos de
operaıes quantitativas. Mais facilmente, o seu pen samento Ø dominado por operaıes
numØricas, que segundo Thompson sªo ortogonais s o peraıes quantitativas.
Um grande obstÆculo para muitos estudantes surge quando tŒm a necessidade de inverter
uma quantidade na resoluªo de um problema.
Uma outra origem das dificuldades surge quando as afirmaıes de um exerccio sªo
muito curtas, mas o nœmero de quantidades envolvidas Ø relativamente vasto. Alunos que
antecipam que vªo precisar apenas da informaªo dad a, e de antemªo sªo influenciados contra
conceber um resultado intermØdio de quantidades, vªo fazer progressos muito reduzidos.
Nos dias de hoje, o conhecimento acerca das dificuldades que os alunos sentem na
aprendizagem da `lgebra, e dos obstÆculos que os professores tŒm que transpor Ø bem maior.
Sªo vÆrios os estudos em que Ø dada atenªo ao papel do erro, como factor fundamental na
aprendizagem da `lgebra. possvel que muitas das dificuldades com que os alunos se
deparam resultem do facto de lhes serem ensinados apenas procedimentos e regras, limitando-
lhes a sua capacidade de compreensªo dos conceitos, as representaıes e as actividades que
sªo importantes neste domnio do conhecimento.
Booth defende que algumas das dificuldades sentidas pelos alunos na compreensªo da
`lgebra, se devem falha na compreensªo das vÆrias noıes estruturais na AritmØtica (cit.
por Linchevkksy, 1996).
24
Relembremos, agora, as questıes que presidem inve stigaªo emprica que a seguir se
apresenta:
1. Verificar como Ø que luz dos critØrios utilizados na Grelha de Avaliaªo no Project
2061 os 6 manuais portugueses analisados se comportam quanto Identificaªo de um
sentido de objectivo, Construªo de conhecimento a partir de ideias matemÆticas dos alunos,
Mobilizaªo dos alunos para a MatemÆtica, Desenvolv imento de ideias matemÆticas,
Promoªo do pensamento sobre a MatemÆtica e Avaliaªo do progresso dos alunos na
MatemÆtica.
2. Verificar quais as opiniıes de um grupo de docen tes face utilizaªo, papel,
importncia e funªo do manual escolar de MatemÆtic a, especificamente na Ærea da `lgebra.
25
3.2. INSTRUMENTOS
Estes critØrios compreendem entre 2 a 6 itens cadaum, perfazendo um total de 24, que
uma vez aplicados, depois da cotaªo poderªo assumi r a classificaªo de Nenhuma, Baixa,
MØdia ou Alta. A classificaªo obtida varia conforme o nœmero de indicadores preenchidos
pelo manual. Ou seja, para cada item existe um conjunto de indicadores a serem preenchidos,
esses indicadores podem variar entre 2 e 4. A pontuaªo Ø, entªo, atribuda, pelo facto do
manual preencher 1, 2, 3 ou 4 dos indicadores, ou por outro lado se nªo preencher nenhum.
28
Devida extensa descriªo dos itens e da sua cota ªo, optou-se por colocar essa
informaªo em Anexo [Anexo F].
3.3.1. Os Manuais
Tendo em conta que se pretendia levar a cabo a anÆlise dos manuais para se verificar
como se situam relativamente aos critØrios apontados no Project 2061 e ao Programa
Curricular em vigor, tomou-se em consideraªo seis manuais do 7.” e do 8.” anos. Os manuais
aqui em causa, ressalve-se tŒm como pœblico-alvo osalunos.
Tendo isto em linha de conta, foi contactada uma das editoras de manuais escolares, de
forma a averiguar quais os manuais mais vendidos/utilizados nas escolas portuguesas. Foram
assim identificados 6 manuais, 3 direccionados ao 7”, e 3 direccionados ao 8” ano.
Os manuais foram identificados e serªo mencionados daqui em diante como manual n”
1, n” 2 e n” 3, para o 7” ano e n”4, n” 5 e n” 6 pa
ra o 8” ano.
3.3.2. Entrevista
Bogdan e Biklen (1994) consideram que uma entrevista constitui uma conversa
intencional, normalmente entre duas pessoas, com o objectivo de uma das partes recolher
dados sobre a outra. Neste caso especfico, as entr evistas realizadas foram constitudas por
perguntas includas num guiªo, visto que as questıe s estavam jÆ preestabelecidas e
procuraram obter determinada informaªo (Daron & Pa rot, 2001).
O guiªo da entrevista era composto por 3 partes dis tintas. A primeira dedicada ao
conhecimento dos alunos em `lgebra (5 questıes), a segunda aos manuais especificamente
(11 questıes), e a terceira ao Currculo PortuguŒs da MatemÆtica (2 questıes). No total a
entrevista abrange 18 questıes abertas [Anexo G].
3.4. PROCEDIMENTO
Numa 1“ fase foi realizada uma traduªo e adaptaªo da Grelha utilizada pela AAAS no
Project 2061 Algebra Textbooks Evaluation. E depois utilizada na anÆlise dos manuais.
Numa 2“ fase foram realizadas entrevistas aos treze professores individualmente. Nesse
sentido foram contactas as escolas de 3” ciclo do concelho do Barreiro, das quais obtivemos
cinco respostas favorÆveis realizaªo da entrevis tas. Aps contacto inicial com os
respectivos Conselhos Executivos, foram, efectivamente, realizadas as entrevistas
individualmente a cada professor. Entrevistas gravadas na ntegra.
Iniciou-se, entªo o processo de transcriªo das ent revistas, atravØs da qual foi possvel
analisar o conteœdo das mesmas.
Com base nesta anÆlise, foram identificadas categorias e subcategorias de respostas, a
fim de permitir uma anÆlise a partir da frequŒncia
relativa das respostas obtidas.
30
Neste captulo irªo ser analisados os dados respeit antes realizaªo deste trabalho. Estes
dados organizam-se de duas formas distintas: uma primeira relativa anÆlise dos manuais,
atravØs da respectiva grelha, e uma segunda referente anÆlise de conteœdo das entrevistas
realizadas aos professores.
Tabela 1
Resultados da anÆlise aos seis manuais, trŒs do 7”
e trŒs do 8” ano.
MANUAIS
Manuais de 7º ano
20
18
16
14 13 12 13
12
Nenhuma
10
8 7 7 Baixa
6
3 3 Média
4 2 2
2 1 Alta
0 0
0
Manual nº
1 2 3
Manuais de 8º ano
20
18
16
16
14 13 13
Nenhuma
12
10 Baixa
8 Média
6 5
4 Alta
4 3 3 3
2
2 1
0 0
0
Manual nº
4 5 6
foi atribuda a 3 itens, o nœmero de itens com pontuaªo mØdia subiu para 3, e surgem 2 itens
classificados com pontuaªo alta.
Por fim, o manual n” 3 apresenta, tambØm ele, resultados muito semelhantes aos dos
restantes manuais. Nomeadamente, continuam a existir 13 itens sem pontuaªo atribuda, com
baixa pontuaªo apenas 2 itens, com pontuaªo, 3 e pela primeira vez, existem 3 itens aos
quais foi atribuda a pontuaªo alta. Por sua vez, o manual n” 6 apresenta resultados um pouco
mais baixos. Deste modo, constatamos que 16 itens nªo possuem pontuaªo, e 5 foram
classificados com baixa pontuaªo. Nªo existem iten s classificados com pontuaªo mØdia
e/ou alta.
Tabela 2
MØdia das pontuaıes em cada critØrio (mÆximo 3 pontos).
Manuais
Critérios de Análise
7” ano 8” ano
II. Construªo de conhecimento a partir de ideias m atemÆticas dos alunos 0,1(6) 0,08
Alerta-se para a ideia de que o objectivo deste trabalho nªo Ø de todo comparar manuais
entre si, mas sim verificar quais as Æreas que de um modo geral necessitam de mais atenªo de
acordo com os critØrios do Project 2061. Da que se tenha feito a mØdia ao conjunto dos 3
manuais do 7”, e a mØdia aos outros 3 manuais do 8”ano. Comparando os manuais do 7” e do
8” ano constatamos que os de 7” ano, ainda assim, apresentam melhores resultados que os do
8”, com 0,61 e 0,53 de mØdia, respectivamente.
Nas tabelas que de seguida irªo ser apresentadas, o leitor irÆ encontrar muitas vezes sub-
categorias onde Ø apenas encontrada uma frequŒnciade resposta s questıes colocadas. Tal
deve-se baixa quantidade de participantes, s 13, e diversidade de respostas que as
prprias questıes proporcionam. Por outro lado os p rofessores nem sempre respondiam com
clareza e assertividade, o que levou a que em algumas questıes nªo se verifiquem pelo menos
as 13 frequŒncias esperadas.
Alguns professores indicaram vÆrias maneiras diferentes de como por vezes introduzem
a `lgebra aos seus alunos, da que, por vezes, se s omarmos as vÆrias frequŒncias obteremos
mais de 13 respostas.
36
O primeiro tema inquiria sobre a preparaªo anterio r dos alunos, quando estes chegam
ao 7” ano de escolaridade. Pretendia-se perceber o que pensam os docentes sobre esta matØria.
Tabela 3
Categorias, subcategorias, frequŒncias e percentagens das respostas questªo : Dado que os alunos jÆ
tiveram contacto com a matemÆtica no 1” e 2” ciclos
do ensino bÆsico, considera que os alunos vŒm
bem preparados para a introduªo da `lgebra? Se sim , porquŒ? Se nªo, porquŒ?
Tabuada/ expressªo
Nªo sabem a tabuada, por exemplo. 2 15,38%
numØrica
() a ideia de operaªo e de nœmero nªo
Conceito de nœmero 2 15,38%
muito bem desenvolvida.
CÆlculo mental () por terem muito pouco cÆlculo mental () 3 23,08%
Utilizaªo excessiva da () Ø permitido o uso da calculadora e se calhar
1 7,69%
Preparaªo calculadora no 1” ciclo abusa-se um bocadinho ()
MÆ
em CÆlculo de fracıes
() cÆlculo de fracıes, Ø onde eu noto mais
7,69%
dificuldades.
1
domnios
A nvel de resoluªo de problemas nem vale a
Resoluªo de Problemas 1 7,69%
especficos pena falar nisso.
Utilizaªo de () tŒm alguma dificuldade em trabalhar coma
`lgebra, portanto trabalhar com letras, no fundo 1 7,69%
letras/conceito de variÆvel
()
() certos miœdos que nªo se interessam pela
Falta de interesse 1 7,69%
aprendizagem, ()
Encadeamento da
Boa Ns na matemÆtica temos todo um seguimento. 1 7,69%
matemÆtica
Problemas de DÆ a sensaªo que eles tŒm mesmo problemas
1 7,69%
Aprendizagem de aprendizagem ()
Passagem da aritmØtica
(concreto) para a os alunos vŒm muito ligados ao concreto, () 1 7,69%
Justificaªo
abstracªo
da MÆ
AcrØscimo de dificuldade
Preparaªo () hÆ um acrØscimo de dificuldade muito grande
na passagem do 2” para 1 7,69%
do 2” para o 3” ciclo ()
o 3” ciclo
`lgebra nªo () a parte da `lgebra nem sempre vem nos
1 7,69%
suficientemente manuais com a devida fora.
37
desenvolvida nos
manuais
() nªo quer dizer que a nvel de aproveitamento
Falta de motivaªo/ Falta sejam alunos com dificuldades, (), s que Ø
3 23,08%
de hÆbitos de estudo mais o desinteresse; () ou porque nªo
estudam.
O 7” vem na continuidade () muita da matØria que os manuais trazem no
Boa 1 7,69%
do 6” 7” jÆ foi inicialmente abordada no 6”.
Tabela 4
Categorias, subcategorias, frequŒncias e percentage
ns das respostas questªo Considera que os alunos que
chegam do 6” ano vŒm com as bases necessÆrias do nto
po de vista da utilizaªo de smbolos, de
expressªo simblica, de resoluªo de problemas de c ariz multiplicativo ou de proporcionalidade
directa para conseguirem assimilar determinados conceitos algØbricos?
estÆ a fazer Cuidado com a introduªo da `lgebra () tem Ø que se ter cuidado na forma
1 7,69%
aplicar a situaıes reais como se introduz a Ælgebra.
Na tabela 4 vamos encontrar respostas mais especfi cas acerca da falta de bases dos
alunos que ingressam no 7” ano. Verificamos, entªo, que a Ærea mais vezes identificada como
39
Tabela 5
Categorias, subcategorias, frequŒncias e percentage
ns das respostas questªo Em que aspectos conclui ser
necessÆrio trabalhar mais para que os alunos venhammais bem preparados?
estendem-se por 9 aspectos diferenciados, sendo que o mais vezes mencionado prende-se com
a Falta de motivaªo e a Falta de HÆbitos de Estudo por parte dos alunos (38,46%) seguida
pela dificuldade na construªo do Conceito de Opera ªo/ Fracıes, com 23,08%.
42
Tabela 6
Categorias, subcategorias, frequŒncias e percentagens das respostas questªo No seu caso especfico,
numa primeira abordagem, como procede introduªo das equaıes, portanto da `lgebra, quando os
alunos chegam ao 7” ano de escolaridade?
O quinto tema estÆ relacionado com o tipo de metodologia utilizada pelos professores
entrevistados nas aulas direccionadas `lgebra.
Tabela 7
Categorias, subcategorias, frequŒncias e percentagens das respostas questªo Que tipo de metodologia
utiliza?
O sexto tema diz respeito ao manual utilizado pelos professores, no presente ano lectivo.
Tabela 8
Categorias, subcategorias, frequŒncias e percentage
ns das respostas questªo Qual o manual ou manuais
de MatemÆtica para o 7” ano adoptados por esta esco
la?
Categorias Subcategorias F %
MatemÆtica, Porto Editora 3 23,08%
Aventuras no Labirinto, Ediıes Asa 2 15,38%
Ttulo, Editora
A Giz de Cor, Texto Editora 5 38,46%
Sem limites 7, Santillana-Constncia 3 23,08%
Nesta tabela Ø possvel constatar que dos 13 professores inquiridos 5 (38,46%) utilizam
o manual A Giz de Cor da Texto Editora, 3 (23,08%) utilizam MatemÆticada Porto Editora e
Sem Limites 7 da Santillana-Constncia, e 2 (15,38%) utilizam Aventuras no Labirinto da
Ediıes Asa, consoante as escolas onde leccionavam.
45
Tabela 9
Categorias, subcategorias, frequŒncias e percentagens das respostas s questıes Que critØrios de apre ciaªo
estiveram presentes na selecªo do manual adoptado pela escola?, Sabe quem participou na escolha? e
Participou?
Face questªo subjacente a esta tabela, podemos co nstatar que mais de metade dos
professores (53,85%) nªo teve conhecimento dos crit Ørios inerentes selecªo do manual, em
grande parte por nªo estarem ainda colocados nas es colas no momento da escolha. Das
restantes respostas, as 8 subcategorias foram equitativamente referidas, ainda que as