Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
REITOR
Prof. Dr. Valter Joviniano de Santana Filho
VICE-REITOR
Prof. Dr. Rosalvo Ferreira Santos
COORDENADOR GRÁFICO
Prof. Dr. Luís Américo Silva Bonfim
Este livro, ou parte dele, não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização
escrita da Editora.
Este livro segue as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, adotado no
Brasil em 2009.
Leituras
Contra-Hegemônicas
e Decolonialidades
Organizadores:
Tiago Silva
Carlos Magno Gomes
Joseana Souza da Fonsêca
Tatianne Santos Dantas
São Cristóvão/SE
2022
Copyright 2022 by organizadores
Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, com finalidade de
comercialização ou aproveitamento de lucros ou vantagens, com observância da Lei de
regência. Poderá ser reproduzido texto, entre aspas, desde que haja expressa marcação do
nome do autor, título da obra, editora, edição e paginação.
A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.619/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código
penal.
Projeto Gráfico:
Adilma Menezes
Foto da capa:
Adilma Menezes com ilustração de RLRRLRLL Adobe Stock
Revisão:
Tiago Silva
Joseana Souza da Fonsêca
Tatianne Santos Dantas
CDU 82-83
COLONIALIDADE E QUESTÕES DE GÊNERO
A MÁQUINA DE MATAR MULHERES: O GÊNERO FEMININO E O
CAPITALISMO GENOCIDA EM 2666, DE ROBERTO BOLAÑO............................ 209
Juliana dos Santos Santana
Índice remessivo...............................................................................................................395
REFLEXÕES DECOLONIAIS EM A SOMBRA DO
PATRIARCA
INTRODUÇÃO
251
REFLEXÕES DECOLONIAIS EM A SOMBRA DO PATRIARCA
252
Luciana Novais Maciel
253
REFLEXÕES DECOLONIAIS EM A SOMBRA DO PATRIARCA
das ideologias, Alina Paim permite essa leitura a partir das denúncias
apresentadas acerca do comportamento explorador do Tio Ramiro,
bem como através da representação da protagonista Raquel, que desa-
fia o coronelismo e o machismo estruturados na família.
Boaventura Souza Santos e Maria Paula Meneses (2009) discutem
a condição do controle da epistemologia pelos colonizadores ou deten-
tores do poder como um processo de epistemicídio frequentemente
provocado e exercido diante dos povos colonizados. Compreende-se por
epistemicídio o processo de supressão da verdade, do conhecimento,
principalmente dos saberes locais (MENESES E SANTOS, 2009). Dife-
rente do século XVI, quando as terras da América Latina eram invadi-
das por navegadores sedentos por riquezas, por territórios físicos, na
atualidade, observamos a continuidade desta conjuntura, no entanto,
sob a forma de poder e de saber. “O projeto de colonização procurou ho-
mogeneizar o mundo, obliterando as diferenças culturais” (MENESES E
SANTOS, 2009, p. 10). Há inúmeras formas de realizar o epistemicídio,
como ignorar o saber de uma determinada comunidade local, proibin-
do o indivíduo de realizar leituras livremente, sem censura, inibindo a
comunicação do conhecimento, bloqueando informações de todas as
formas. Verificamos essa continuidade das imposições coloniais nos
textos literários, representando na arte as diferentes práticas de coloni-
zação presentes na sociedade.
Hall (2016), discutindo sobre a representação cultural, traz uma
abordagem acerca do funcionamento das imagens sociais que apre-
sentam a realidade, os valores, as identidades, como efeito da mídia. O
autor apresenta ainda a condição da linguagem como o mecanismo de
representação dos sentimentos de uma comunidade, de uma determi-
nada cultura. “A cultura se relaciona a sentimentos, a emoções, a um
senso de pertencimento, bem como a conceitos e a ideias” (HALL, 2016,
p. 20). Compreende-se essa relação entre a formação/construção identi-
tária com as emoções vividas por uma sociedade, por uma comunidade,
o que vai gerar o sentimento de pertencimento àquele grupo social, seja
254
Luciana Novais Maciel
255
REFLEXÕES DECOLONIAIS EM A SOMBRA DO PATRIARCA
256
Luciana Novais Maciel
257
REFLEXÕES DECOLONIAIS EM A SOMBRA DO PATRIARCA
258
Luciana Novais Maciel
259
REFLEXÕES DECOLONIAIS EM A SOMBRA DO PATRIARCA
autor nos deixou, o de lutar pela dignidade do ser humano, sendo ele
negro, branco. “Antes de se engajar na voz positiva, há de ser realizada
uma tentativa de desalienação em prol da liberdade” (FANON, 2008,
p. 191). É essa desalienação que deve ser resolvida, discutida, o homem
branco não é melhor em nada que o homem negro, este não é pior em
nada que aquele. Faz-se necessário desarticular esta ideia organizada e
racional de desumanização diante dos sujeitos.
ANÁLISE DO CORPUS
260
Luciana Novais Maciel
261
REFLEXÕES DECOLONIAIS EM A SOMBRA DO PATRIARCA
262
Luciana Novais Maciel
263
REFLEXÕES DECOLONIAIS EM A SOMBRA DO PATRIARCA
264
Luciana Novais Maciel
265
REFLEXÕES DECOLONIAIS EM A SOMBRA DO PATRIARCA
266
Luciana Novais Maciel
CONSIDERAÇÕES FINAIS
267
REFLEXÕES DECOLONIAIS EM A SOMBRA DO PATRIARCA
REFERÊNCIAS
CARDOSO, Ana Leal. Uma visão panorâmica da vida e obra de Alina Paim. In:
XIII Seminário Nacional e IV Seminário Internacional Mulher e Literatura:
memórias, representações, trajetórias, Natal, Universidade Potiguar, set. 2009.
268
Luciana Novais Maciel
269