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SUMÁRIO
I. APRESENTAÇÃO 7
V. PROCESSO DE PRODUÇÃO 23
ANEXO 47
II DELIMITAÇÃO E
INTERFACES
No início dos estudos das Diretrizes Curriculares das áreas profissionais, Telecomunicações
integrava a área da Indústria, mas, após análise das pesquisas de mercado desenvolvidas pelas
instituições de ensino, ficou bastante claro que a área de Telecomunicações tem como objetivo prin-
cipal a prestação de serviço e não a produção de bens no chão de fábrica, por isso, ficando separada
e formando uma área distinta.
Resultante de uma especialização da Eletrônica na qual se encontram as bases tecnológicas e
através das competências e habilidades desenvolvidas nos estudos de língua portuguesa, do idioma
inglês, da matemática e dos conceitos e princípios de física, mais especificamente de óptica, acústi-
ca, eletricidade básica, eletromagnetismo, eletrônica e informática, estão os fundamentos para a
compreensão e, portanto, para a possibilidade de maior e melhor exploração das ferramentas ou dos
recursos que a ciência vem, cada vez mais de maneira rápida e sofisticada, impondo mudanças
tecnológicas na área de Telecomunicações.
A interface da área de Telecomunicações com a área da Indústria está evidente, pois as
telecomunicações são uma aplicação direta da eletrônica nos diferentes meios de comunicação,
visto que os equipamentos que permitem a troca de informações entre pontos distantes são
constituídos de circuitos eletrônicos interligados formando os chamados sistemas de Telecomu-
nicações.
Hoje, as Telecomunicações estão diretamente ligadas à informática, originando o espaço cha-
mado de Telemática, que permite a troca de informações de dados entre pontos distantes. A necessi-
dade cada vez maior de comunicação com maior rapidez e eficiência, e diante do avanço tecnológico,
os sistemas de telecomunicações estão cada vez mais sofisticados, permitindo informações instantâ-
neas entre terminais de computadores interligados por enlaces de comunicação terrestre ou via
satélite. Portanto, é fundamental que o profissional que atua na área de Telecomunicações tenha
competências e habilidades ligadas à Informática, mais precisamente a Telemática, isto é, informática
a distância.
Com o avanço tecnológico, a privatização da Telebrás e o investimento de capital estrangeiro
no país, gerou-se uma importação de tecnologia de ponta e de equipamentos de telecomunicações de
pequeno, médio e grande porte. Isto vem determinando a necessidade crescente de preparar bons 9
profissionais para atuar nessa área, com competências, habilidades e conhecimentos tecnológicos
que os habilitem ao exercício satisfatório nas profissões decorrentes do desenvolvimento das teleco-
municações no Brasil.
10
III CENÁRIOS,
TENDÊNCIAS E DESAFIOS
A pesquisa feita para dar suporte ao estabelecimento das diretrizes curriculares para a área
de Telecomunicações permite inicialmente a identificação das características mais significativas do
cenário contemporâneo, no qual se desenvolvem suas atividades produtivas, incluindo suas tendênci-
as de evolução, possibilitando a construção de um útil quadro de indicações gerais para a educação
profissional especificamente voltada para o setor.
Na nova era do mundo do trabalho, já em curso, pelas possibilidades oferecidas com o desenvol-
vimento tecnológico, a reversão da maciça concentração do trabalho humano nas atividades de produ-
ção industrial é característica. No já constatado crescimento da representatividade do setor de servi-
ços, na divisão da oferta de trabalho, na sociedade contemporânea, o espaço ocupado pela área de
Telecomunicações, no Brasil e no mundo, vem se expandindo. A emergência e a acelerada consolidação
da sociedade da informação, do conhecimento e do lazer ou do entretenimento concedem, em parte,
sentido e razão a essa expansão. Certamente, também neste caso, as conquistas tecnológicas da eletrô-
nica e das telecomunicações, em especial, são determinantes de boa parcela desse crescimento.
A privatização das Teles está provocando uma revolução nas Telecomunicações. Os novos
desafios impostos para atualizar e ampliar os Sistemas de Telecomunicações em todo o país, bem
como a perspectiva de criação das empresas espelho, forçarão uma abertura de mercado, nunca
vista, em busca de mão-de-obra especializada, ou seja, pessoa de obra de qualidade, para cumprir
as metas determinadas pela Anatel Agência Nacional de Telecomunicações. Elas terão que, suces-
sivamente, ampliar seus serviços, contendo maior valor agregado, fornecendo soluções de call center
(centrais de atendimento), redes ISDN (que permitem receber em uma única linha telefônica de
dados voz e imagens, bem como acessar a Internet de forma mais rápida e sistemas wireless)
Em virtude da grande extensão territorial e das carências de telefones, o Brasil, assim como a
China, Índia e Rússia, terá um serviço via satélite diferenciado dos mercados europeu e norte-ame-
ricano, que se constituirá de uma rede de satélites de baixa órbita. Estes países são todos considera-
dos mercados crescentes, que entrarão em fase de constante expansão. Por meio do serviço de
telefonia móvel mundial por satélite, o Brasil trabalhou com a perspectiva de atingir um faturamento
de 188 milhões de dólares em 1999.
Além de todas as implicações em estabelecimentos de rede e linhas e, ainda, nas disputas 11
territoriais das bandas em implementação, a telefonia celular promove grande desenvolvimento nos
setores industriais correlatos, fabricando toda gama de produtos de maneira expansiva, tais como
aparelhos de telefone celular, fibras óticas, cabos, softwares de múltiplos fins, call center e equi-
pamentos para sistemas Wireless Local Loop (telefonia fixa sem fio), sem falar no significativo
aumento na fabricação de produtos tradicionais da área. Como exemplo, podemos destacar a Telet
empresa concessionária do serviço de telefonia móvel celular da banda B no Rio Grande do Sul, que
deverá selecionar aproximadamente mil pessoas até o final do ano 2000. Somente esta empresa tem
como meta um investimento de 350 milhões de reais nos primeiros três anos, criando 4 mil empregos
diretos e indiretos, com ênfase na mão-de-obra tecnicamente preparada.
A TV por assinatura está tardiamente sendo implantada no País, comparada com outras eco-
nomias emergentes, tais como Argentina e México. Somente em 1990 começou a exploração da
banda C e do MMDS no Brasil. A distribuição dos sinais de TV a cabo chegou aos assinantes em
1991. Em 1993, o País contava com 250 mil assinantes, expandindo para 1 milhão em 1995 e 2,5
milhões em 1997. Deste total, 69% correspondem aos serviços de TV a cabo, 17% MMDS e 14%
satélite (Banda C e Banda KU). É importante salientar que a indústria da TV por assinatura encon-
tra-se em fase de implantação no País, com consideráveis esforços de investimentos, seja na instala-
ção da rede de cabos, estações transmissoras para MMDS ou sistemas de DTH, desenvolvimento de
equipamentos, bem como na adaptação, aquisição e desenvolvimento de pacotes de programação.
A expansão das empresas de pager, a privatização da Telebrás e a exploração da Banda B
vêm proporcionando uma crescente expansão da oferta de novos postos de trabalho na área de
Telecomunicações. No total, estima-se que o setor de telecomunicações vai contratar cerca de 150.000
profissionais em quatro anos. Portanto, exigindo uma resposta adequada das agências de formação
de recursos humanos.
Declarou Roberto Isnard, Diretor de Assuntos Institucionais da Alcatel, parafraseando o conhe-
cido adágio se a economia vai bem, investir em telecomunicações é imprescindível. Se vai mal, inves-
te-se para superar as dificuldades. E, aqui, repetimos adequando, se o Brasil quiser situar-se concre-
tamente entre os países desenvolvidos, precisará formar recursos humanos indispensáveis ao desenvol-
vimento das telecomunicações, sem as quais não se criam espaços econômicos a serem ocupados.
A partir das privatizações, o planejamento da expansão das telecomunicações brasileiras está
definido com a perspectiva de que a competição de serviços será induzida imediatamente e se inten-
sificará com a entrada das empresas espelho e com a liberalização total de exploração após o ano
2002. A seguir, é identificado um conjunto de informações que demonstram todo o cenário atual e
futuro do mercado das telecomunicações brasileiras. Este conjunto de informações é oficial e forne-
cido pelo Ministério das Comunicações.
12
PERSPECTIVAS
PASSADO FUTURO
1
Terminais residenciais projetados por número total de domicílios da área de concessão das companhias do Sistema TELEBRÁS. 13
METAS DE UNIVERSALIZAÇÃO
METAS DE UNIVERSALIZAÇÃO
INVESTIMENTOS
O cumprimento das metas de universalização demandará altos investimentos nos primeiros anos de privatização.
14
INCENTIVO À INDÚSTRIA NACIONAL
Cláusula dos contratos de concessão determina que as operadoras devem consultar fornecedores nacionais de bens e serviços e dar-lhes preferências em
caso de condições equivalentes de qualidade, preços e prazos de entrega.
Art. 7 °, § 3° da LGT: Praticará infração da ordem econômica a prestadora de serviço de telecomunicações que, na celebração de contratos
de fornecimento de bens e serviços, adotar práticas que possam limitar, falsear ou, de qualquer forma, prejudicar a livre concorrência ou a livre
iniciativa.
Possibilidades de apoio creditício pelo BNDES.
GERAÇÃO DE EMPREGOS
Previsão para os próximos 10 anos
INDÚSTRIA DE TELECOMUNICAÇÕES
(MERCADO BRASILEIRO)
Cabo 1.773.899 67
MMDS 345.611 13
Satélite Banda C 69.335 3
Satélite Banda Ku 449.154 17
Total 2.637.999 100,00
Estados %
São Paulo 36
Rio de Janeiro 8
Rio Grande do Sul 8
Minas Gerais 6
Paraná 6
Brasília 4
Goiás 2
Santa Catarina 3
Satélite1 18
Outros 2
Total 100
Período Assinantes
1993 250.000
1994 400.000
1995 1.000.000
1996 1.800.000
16 Fonte: ABTA
Análise comparada de indicadores de mercado
Fonte: Net Brasil CIA Banco Central NCTA/96 * NCTA/97 ** Grupo Mídia *** Donaldson,Lufkin&Jenrette # FMI
País US$
Chile 25
México 32
Argentina 36
Estados Unidos 39
Brasil 41
Período 2000 2003 2005 2000 2003 2005 2000 2003 2005
Assinantes
(milhões) 4 6 8 6 10 13 8 12 15
Penetração (%) 11 15 20 17 25 40 22 40 60
17
Atualmente, não existe previsão de desaceleração no setor, continua validando as informações estatísticas apresen-
tadas anteriormente e principalmente no caso latino-americano, que apenas oito em cada grupo de 100 pessoas têm acesso
a uma linha telefônica (fixa ou celular), uma das taxas mais baixas do planeta, portanto, o potencial de mercado da região
situa-se entre as mais atrativas do mundo para investimentos.
Com estas informações, pode-se definir que o mercado em telecomunicações é o que mais
cresce no mundo, mantendo as condições de qualidade preservadas em virtude da forte concorrência
que existe entre as empresas do setor, pois o grande avanço tecnológico na área propicia baratea-
mento da tecnologia e, com isso, aumento do número de pequenas empresas que terceirizam serviços
das operadoras do sistema de telecomunicações, bem como aumento de profissionais autônomos
dotados de recursos ou equipamento próprio de trabalho. Em termos de educação profissional, isso
significa aliar formação humanística essencial e tecnológica atualizada e de ótima qualidade que
possibilite a geração de produtos competitivos ao desenvolvimento de competências e habilidades.
Mesmo a atuação profissional com vínculo empregatício dentro de empresas de telecomunicações
vem, cada vez mais, requisitando competências e habilidades relacionadas ao mercado de trabalho,
demandando profissionais com visão de mercado.
Para acompanhar o rápido e eficaz desenvolvimento tecnológico é necessário que os profissi-
onais estejam atualizados, acompanhando a revolução tecnológica, sendo indispensável que os currí-
culos dos cursos técnicos da área de Telecomunicações:
Ø estejam atualizados e sincronizados com as diferentes e novas tecnologias utilizadas nas
telecomunicações, possibilitando, sob supervisão, elaborar projetos e pesquisas de aplica-
ção em Telecomunicações e em Telemática.
Ø possibilitem o desenvolvimento de habilidades que proporcionem a execução de projetos e
coordenação de profissionais que atuam na fabricação, montagem, instalação, manuten-
ção e controle de qualidade de equipamentos, bem como avaliação e suprimento de neces-
sidades de treinamento ou de suporte técnico.
Ø permitam ao profissional a capacidade de orientar clientes e especificar aos setores de
compra e venda as características de equipamentos e serviços adequados às suas necessi-
dades.
Ø ofereçam a partir de uma base instrumental de informática, bem como do idioma inglês, a
possibilidade de desenvolvimento de habilidades ligadas ao uso de software, permitindo o
planejamento, a execução e a operação dos sistemas de telecomunicações.
Ø incluam o desenvolvimento das capacidades de leitura e interpretação de diagramas elétri-
cos, leiautes de circuitos e desenhos técnicos.
Ø propiciem a partir de uma base instrumental de Língua Portuguesa e Inglesa a leitura e
18 interpretação de manuais técnicos e elaboração de relatórios específicos.
Para finalizar, deve-se salientar o ritmo acelerado do avanço tecnológico na área de Teleco-
municações. Segundo informações coletadas, uma das operadoras já anunciou que em breve todos
os serviços técnicos prestados pela mesma, como projetos, implantação e manutenção, serão
terceirizados, não só os de implantação como acontece hoje, sendo a tendência de todas as demais
operadoras adotarem a mesma sistemática, o que resultará em uma nova estruturação das Teles
no Brasil, revolucionando o mercado de trabalho.
19
IV PANORAMA DA OFERTA
DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Podemos dizer que atualmente a oferta de cursos de formação de profissionais na área deixa
a desejar e segundo alguns empresários os cursos apresentam em sua grande maioria recursos
tecnológicos superados, incompatíveis com o processo produtivo e corpo docente muitas vezes sem
experiências ou sem efetiva atuação no mercado de trabalho, até mesmo porque a Dedicação Exclu-
siva impede suas atividades externas ao ensino. A maior dificuldade para as instituições de ensino é
o elevado preço dos equipamentos de Telecomunicações, sendo difícil equipar os laboratórios com
instrumental e equipamentos com tecnologia de ponta, adequados para proporcionar aulas práticas
mais próximas da realidade do mercado de trabalho.
As instituições de ensino precisam estreitar o relacionamento com as empresas, criando pro-
gramas plenos e atualizados. Por outro lado, estas devem aumentar sua participação no treinamento
e no desenvolvimento das aptidões técnicas e gerênciais de seu pessoal. As empresas precisam de
profissionais que tenham mente aberta, compromisso com o aprendizado, disposição para mudan-
ças, autodesenvolvimento e responsabilidade, confiança mútua entre parceiros e que trabalhem em
equipe. O sucesso profissional dentro da empresa vai depender de sua flexibilidade para enfrentar os
muitos desafios que lhe são impostos, até porque na disputa do mercado ganha quem tiver competên-
cia e eficiência gerencial.
Salientamos que a evolução tecnológica na área de Telecomunicações é tão rápida que 70% do
faturamento das indústrias vem de produtos com menos de dois anos. Portanto, a palavra de ordem
para trabalhar em telecomunicações hoje é acompanhamento tecnológico contínuo, observa Emílio
Creto, gerente-geral de Recursos Humanos da Siemens.
Os Referenciais estão mais adiante essencialmente explicitados em forma de matrizes, que
estabelecem as competências, habilidades e bases tecnológicas a serem contempladas nos currículos
da educação profissional de nível técnico para a área de Telecomunicações. Ressalta-se que, qual-
quer que seja o desenho ou formato que os currículos assumirem, os fatos e as manifestações registradas
anteriormente sugerem um pequeno mas fundamental conjunto inicial de recomendações às unida-
des dos sistemas de ensino que se mantiverem nessa área. Portanto, recomenda-se:
Ø a adoção de desenhos curriculares e de alternativas metodológicas inovadoras, dinâmicas,
que substituam o modelo centrado nas aulas tradicionais, de forma quase que exclusiva ou 21
com ênfase absoluta, por um ambiente pedagógico caracterizado por aulas objetivas a
realidade do mercado, workshop e laboratórios nos quais os alunos trabalhem em projetos
concretos e experimentais característicos da área, por oferecer espaços de discussão fun-
damentada do que está fartamente disponível para ser ouvido, visto e lido no mundo fora do
espaço escolar, por seminários e palestras com profissionais atuantes, por visitas técnicas;
Ø a busca de alternativas de gestão de recursos educacionais, tais como acordos, convênios,
patrocínios ou parcerias, que viabilizem constante renovação ou atualização tecnológica,
condição essencial para que a educação profissional não faça da efetiva realidade do pro-
cesso de produção da área uma ficção;
Ø o estudo e a implantação de formas mais flexíveis de organização do trabalho escolar e de
estabelecimento de vínculos contratuais com professores, de maneira a possibilitar a con-
tribuição de profissionais efetivamente engajados na atividade produtiva, atualizados e
responsáveis por produção reconhecidas pela sua qualidade, cuja disponibilidade e interes-
se não se ajustam aos esquemas pedagógicos e administrativos convencionais.
22
V PROCESSO DE
PRODUÇÃO
24
VI MATRIZES DE
REFERÊNCIA
A matriz curricular foi construída a partir de estudos, pesquisas e experiências das Institui-
ções de Ensino Profissionalizante, da sedimentação do trabalho na vida produtiva e dos indicadores
das tendências futuras nas relações entre o capital, o emprego e o trabalho. Portanto, os referenciais
curriculares apresentados na planilha a seguir resultam de uma análise na qual, para cada subfunção
ou componente significativo do processo de produção na área de Telecomunicações, foram identificadas:
Ø as competências ou os insumos geradores de competências envolvendo os saberes e as
habilidades mentais, socioafetivas e/ou psicomotoras, estas ligadas em geral ao uso fluente
de técnicas e ferramentas profissionais, bem como as especificidades do contexto e do
convívio humano, característico da atividade, elementos estes mobilizados de forma arti-
culada para a obtenção de resultados produtivos, compatíveis com os padrões de qualidade
requisitados, normal ou distintamente, da produção da área;
Ø as bases tecnológicas que dão suporte a essas competências.
A organização desta matriz, no que se refere às competências e habilidades, baseia-se na
própria estruturação do mundo do trabalho, além dos enfoques tradicionais e legalmente consagra-
dos para a formação deste técnico, suprindo a crescente necessidade de que ele atue efetiva e direta-
mente nas atividades de Transmissão, Comutação e Telemática, atividades estas cujos processos
produtivos são semelhantes e segmentados nas funções específicas de: Planejamento e Projeto, Exe-
cução e Operação.
A adoção do conceito matricial, para análise do processo produtivo das Telecomunicações,
permite uma visão exata de como atuam os profissionais e as empresas desta área. Este processo é
constituído de características comuns e específicas, ou seja, semelhanças e dessemelhanças. Os
Referenciais Curriculares Nacionais foram definidos a partir das semelhanças, das competências e
habilidades indispensáveis à função de todo e qualquer técnico desta área. As dessemelhanças ou
especificidades das diversas atividades, tais como Transmissão, Comutação e Telemática, devem ter
suas competências e habilidades definidas no currículo da Instituição de Ensino em razão dos estu-
dos de tendências econômicas e tecnológicas em sua área de abrangência.
A estrutura matricial adotada permite flexibilidade aos estabelecimentos de ensino e os meca-
nismos de atualização, previstos na legislação, serão também essenciais para que as matrizes e os 25
currículos gerados pelas escolas incorporem mais rapidamente as mudanças e inovações dos mutantes
processos produtivos da área.
O conteúdo das matrizes também deve dar suporte referencial ao reconhecimento de compe-
tências adquiridas em diferentes situações, dentro e fora dos espaços escolares, conforme previsto
na Resolução CNE/CEB nº 04/99, por meio de procedimentos certamente ágeis, eficientes e
desburocratizados, a serem implementados pelos sistemas de ensino e escolas.
É importante que as matrizes representem fontes inspiradoras de currículos modernos e flexí-
veis, permitindo que se experimentem novos modelos e alternativas de trabalho pedagógico na edu-
cação profissional.
FUNÇÕES SUBFUNÇÕES
COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
BASES TECNOLÓGICAS
COMPETÊNCIAS
COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
BASES TECNOLÓGICAS
COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
BASES TECNOLÓGICAS
COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
BASES TECNOLÓGICAS
FUNÇÃO 3 - OPERAÇÃO
COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
COMPETÊNCIAS
BASES TECNOLÓGICAS
COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
BASES TECNOLÓGICAS
43
VII INDICAÇÕES PARA
ITINERÁRIOS FORMATIVOS
45
ANEXO
Pesquisa e Elaboração:
Luiz Elpídio Cruz de Oliveira CEFET/RS Consultor
Edgar Antônio Costa Mattarredona CEFET/RS Consultor
Josmar Giovannini Junior CEFET/SP - Consultor
Rogério Rodrigues Rocha Consultor
Coordenação da Elaboração:
Bernardes Martins Lindoso
Revisão Final:
Cleunice Matos Rehem
José Gilson Matos
Colaboração:
Jazon de Souza Macedo
Joana DArc de Castro Ribeiro
Márcia Brandão
Neide Maria Romeiro Macedo
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